1 – CONTEXTO OPERACIONAL
1.2 – Desverticalização
ii Como garantia do aporte do valor total da subscrição, a CEB constituiu, em favor da CEB
Distribuição S.A., penhor sobre 33.830.000 (trinta e três milhões, oitocentos e trinta mil)
ações ordinárias da CEB Lajeado S.A., de sua propriedade, devendo o valor desta garantia
ser reduzido na proporção em que forem acontecendo as integralizações.
Por sua vez, o § 3º do Art. 5º da citada Resolução, estabelece que “...na hipótese da
insuficiência dos dividendos e juros sobre o capital próprio, a CEB holding deverá aportar
os recursos necessários no capital social da CEB Distribuição, cujo aporte anual não
poderá ser inferior ao montante das dívidas referidas no Caput deste artigo.”
A CEB Distribuição S.A. é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei Distrital nº 2.710
de 24 de maio de 2001, constituída como subsidiária integral, concessionária do serviço
público de energia elétrica, atuando desde 12 de janeiro de 2006, conforme
desverticalização da Companhia Energética de Brasília, na atividade de distribuição de
energia elétrica no Distrito Federal.
A CEB Geração S.A. é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei Distrital nº 2.648 de
26 de dezembro de 2000, constituída como subsidiária integral, concessionária do serviço
público de energia elétrica, atuando na geração de energia elétrica.
A CEB Lajeado S.A. é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei Distrital nº 2.515 de
31 de dezembro de 1999, controlada pela Companhia Energética de Brasília – CEB, com
59,93% (cinqüenta e nove vírgula noventa e três por cento) das ações ordinárias. A
Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS, detém 40,07% (quarenta vírgula zero
sete por cento) das ações da Companhia.
A Energética Corumbá III S.A. é uma sociedade por ações, constituída em 25 de julho de
2001, concessionária do serviço público de energia elétrica, na condição de produtora
independente de energia elétrica.
A BSB Energética S.A. é uma sociedade por ações, constituída em 24 de março de 2000,
para construir Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, com potência global máxima
instalada de 200 MW e participar de outros empreendimentos ou sociedades, seja como
acionista ou quotista.
A autorização para a conclusão das demonstrações financeiras foi dada pelo Conselho de
Administração em 19/03/2009.
3.1 – Disponibilidades
Estão registradas pelo valor original acrescido dos rendimentos auferidos até as datas de
encerramento das demonstrações financeiras (nota 4.1).
Está constituída em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir as prováveis
perdas na realização das contas a receber de consumidores, com base em análise dos
valores a receber dos clientes da classe residencial vencidos há mais de 90 dias, da classe
comercial vencidos há mais de 180 dias e das demais classes para os valores vencidos há
mais de 360 dias, inclusive clientes da classe do poder público, à exceção do Governo do
Distrito Federal – GDF.
Estão representados pelo saldo dos créditos a receber do Governo do Distrito Federal,
referentes aos serviços de construção e de manutenção da rede de iluminação pública do
Distrito Federal.
3.5 – Estoques
Os materiais em estoque estão registrados pelo custo médio de aquisição, não excedendo os
seus custos de reposição ou valores de realização; e, no caso da controladora, são
destinados à aplicação na construção e na manutenção da rede de iluminação pública do
Distrito Federal.
3.8 – Investimentos
Outros investimentos que não se enquadrem na categoria acima são avaliados pelo custo de
aquisição, deduzido de provisão para desvalorização, enquanto aplicável. (nota 5).
3.9 – Imobilizado
São compostos pelos encargos específicos impostos às concessionárias do setor elétrico, tais
como: Quota da Reserva Global de Reversão – RGR, Quota da Conta de Consumo de
Combustível – CCC, PROINFA e a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE.
O imposto de renda é calculado à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescido de 10%
nos termos da legislação em vigor. A contribuição social é calculada à alíquota de 9% sobre o
lucro tributável antes do imposto de renda.
● Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas;
● Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas
consolidadas;
● Eliminação dos saldos de receitas e despesas decorrentes de negócio entre as empresas.
4 – ATIVO CIRCULANTE
Descrição Controladora
2008 2007
Juros Sobre Capital Próprio
CEB Lajeado S.A. 8.159 5.692
Dividendos
CEB Lajeado S.A. 3.584 796
CEB Participações S.A. – CEBPar 1.452 1.802
CEB Geração S.A. 784 2.884
Corumbá Concessões S.A. 282 131
5 – INVESTIMENTOS
Participação da Patrimônio
Quantidade de Capital Social Resultado
Empresas CEB no Capital Líquido
ações da CEB Integralizado Líquido
Social (a)
CEB Distribuição S.A. 48.406.369 100% 48.406 11.414 33.150
5.3 – Movimentações Ocorridas nos Saldos das Participações em 2008 – (R$ Mil)
Descrição CEB CEB CEBPar CEB CEBGAS Corumbá Energética BSB Total
Distribuição Geração Lajeado Concessões Corumbá III Energética
Saldo em 31.12.2007 - 7.824 41.566 93.693 487 140.038 19.750 794 304.152
Reembolso de investimento - - - - - - - - -
Redução de participação - - - - - - - - -
Saldo em 31.12.2008 11.414 6.766 43.493 96.311 463 143.323 25.782 1.054 328.606
2008 2007
Descrição (R$ Mil) (R$ Mil)
Investimento AFAC* Total Investimento AFAC* Total
Participações Societárias Permanentes
Empresas Controladas
CEB Distribuição S.A. 3.414 8000 11.414 - - -
CEB Geração S.A. 6.766 - 6.766 7.824 - 7.824
CEB Participações S.A. 43.493 - 43.493 39.032 2.534 41.566
CEB Lajeado S.A. 96.311 - 96.311 93.693 - 93.693
Companhia Brasiliense de Gás S.A. 463 - 463 487 - 487
Subtotal 158.447 8000 158.447 141.036 2.534 143.570
Empresas Coligadas e Ligadas
Corumbá Concessões S.A. 140.091 3.232 143.323 136.806 3.232 140.038
Energética Corumbá III S.A. 21.679 4.103 25.782 19.750 - 19.750
BSB Energética S.A. 794 260 1.054 176 618 794
Subtotal 162.564 7.595 170.159 156.732 3.850 160.582
Total de Ligadas, Coligadas e Controladas 321.011 15.595 328.606 297.768 6.384 304.152
Imóveis Destinados a Renda 1.442 - 1.442 1.442 - 1.442
Outros 195 - 195 747 - 747
Total Geral 322.648 15.594 330.243 299.957 6.384 306.341
* Adiantamentos para Futuros Aumentos de Capital
6 – IMOBILIZADO
Controladora Consolidado
(R$ Mil) (R$ Mil) Taxas Anuais de
Descrição Depreciação
2008 2007 2008 2007
Imobilizado em Serviço
Intangíveis 8 8 29.908 32.780
Terrenos - - 4.271 4.271
Reservatórios, Barragens e Adutoras - - 1.356 2.795 2,0 a 7,7%
Edificações, Obras Civis e Benfeitorias - - 42.157 42.960 2,0 a 4,0%
Máquinas e Equipamentos 191 116 918.586 857.450 3,3 a 6,7%
Veículos 97 97 8.423 8.400 20%
Móveis e Utensílios 100 26 3.508 3.380 10%
Subtotal 396 247 1.008.209 952.036
Depreciação Acumulada (129) (87) (547.212) (522.252)
Subtotal Imobilizado em Serviço 267 160 460.997 429.784
Imobilizado em Curso - - 209.472 147.359
Obrigações Vinculadas à Concessão* - - (92.961) (82.119)
Total 267 160 577.508 495.024
* Obrigações Vinculadas à Concessão – Controlada CEB Distribuição
São representadas pelos valores e/ou bens recebidos de municípios, de Estados, da União Federal e de
consumidores, relativos a doações e participações em investimentos realizados em parceria com a
concessionária. Para fins de elaboração do Balanço Patrimonial, os saldos destas obrigações foram
deduzidos do ativo imobilizado, conforme Instrução do Manual de Contabilidade do Serviço Público de
Energia Elétrica.
7 – FORNECEDORES
CONTROLADORA CONSOLIDADO
Descrição
2008 2007 2008 2007
- -
Encargos de Uso da Rede 10.056 3.458
Elétrica
Suprimento de Energia - - 53.879 47.509
Elétrica
Furnas – Repactuação de - - 217.519 26.392
Dívidas
Materiais e Serviços 4.293 1.990 73.514 36.440
Total do Circulante 4.293 1.990 354.968 113.799
Furnas – Repactuação de - - - 184.746
Dívidas
Total do Não Circulante - - - 184.746
4.293 1.990
Total Geral 354.968 298.545
As dívidas de longo prazo consolidadas serão liquidadas até o ano de 2022 e possuem seus
vencimentos anuais conforme cronograma a seguir:
CONSOLIDADO
Após
ANO 2010 2011 2012 2013 2014 Total
2014
Valor (R$ Mil) 10.310 9.929 8.180 6.191 4.741 15.255 54.606
As obrigações são atualizadas pela variação monetária e pelos juros incorridos até as datas
dos balanços, de acordo com os termos dos contratos.
Controladora Consolidado
Entidades (R$ Mil) (R$ Mil)
Encargos
2008 2007 2008 2007
ELETROBRÁS
- - 8.925 55.303 SELIC
(Repactuação de dívida)
Juros de 5% a 8% a.a. acrescidos de 1% a
ELETROBRÁS - 3.941 25.699 33.720
2% de taxa de administração.
Banco PINE - - - - CDI + 8,73% ao ano.
9 – CONTINGÊNCIAS
Referem-se a ações movidas por ex-empregados contra a controladora e sua controlada CEB
Distribuição S.A., envolvendo a cobrança de horas-extras, adicional de periculosidade,
equiparação/re-enquadramento salarial e outros, além de ações movidas por ex-empregados
de seus empreiteiros (responsabilidade subsidiária e/ou solidária) envolvendo cobrança de
parcelas indenizatórias e outras.
10 – CONTROLADAS E COLIGADAS
Pela Medida Provisória nº. 2.198, de 24 de agosto de 2001, foi criado o Programa Emergencial de
Redução do Consumo de Energia Elétrica - PERCEE. Esse programa teve por objetivo
compatibilizar a demanda de energia com a oferta, a fim de evitar interrupções intempestivas ou
imprevistas do suprimento de energia e vigorou de junho de 2001 até fevereiro de 2002, mês em
que o governo considerou normalizada a situação hidrológica.
Em dezembro de 2001, o governo e as empresas de energia elétrica firmaram o Acordo Geral do
Setor Elétrico com as concessionárias distribuidoras e as geradoras de energia elétrica para
retomada do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos existentes e a recomposição de receitas
relativas ao período de vigência do PERCEE.
Esse acordo abrangeu, no período de vigência do citado Programa Emergencial: (i) as perdas de
margem incorridas pelas distribuidoras; (ii) os custos adicionais da denominada “Parcela A” para o
período de 01.01.2001 a 25.10.2001; (iii) a parcela dos custos com a compra de energia, no âmbito
da CCEE, devida aos geradores não comprometidos com “Contratos Iniciais” de energia,
denominada “energia livre”, realizadas até dezembro de 2001; e (iv) a substituição do direito
contratual previsto no Anexo V dos Contratos Iniciais (compra e venda de energia) relativo ao
período de racionamento.
O Acordo Geral do Setor Elétrico também abrangeu o período pós racionamento, março a
dezembro de 2002, para tratar da comercialização das sobras dos Contratos Iniciais.
c) Energia Livre
A Energia Livre refere-se a parcela das despesas com a compra de energia no âmbito do MAE,
realizadas até dezembro de 2002, decorrentes da redução da geração de energia elétrica nas
usinas participantes do mecanismo de realocação de energia e consideradas nos denominados
contratos iniciais e equivalentes.
Os efeitos do racionamento e do término da cobrança da Perda de Receita em 2008
estão apresentados a seguir:
Composição representativa da Perda da Receita, registrada no Ativo:
A CEB Distribuição S.A. registrou como perda o valor de R$ 18.267, considerando que o prazo
de realização da RTE, se encerrou novembro de 2008.
Refere-se ao reembolso de Energia Livre que é feito por meio de repasse às Geradoras pela
Distribuidora dos recursos arrecadados relativos ao percentual tarifário indicado no parágrafo
1º do art. 4º da Lei nº 10.438/02, que se referem à compra de energia elétrica, no âmbito do
Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE, durante a vigência do Programa
Emergencial da Redução do Consumo de Energia Elétrica:
Remuneração Total Acumulado Total Amortizado Perdas Saldo a
Valor Homologado Acumulada até até 31/12/2008 até 31/12/2008 (5) amortizar
Resoluções 001/2004 e 31/12/2008 (3)=(1)+(2) (4) em
045/2004 (2) 31/12/2007
(1) (6)=(3-4-5)
38.398 40.280 78.678 (50.501) (28.177) -
Fonte: Demonstrações Financeiras da CEB Distribuição S.A.
Valor Homologado
Remuneração
Resoluções Total Acumulado Total Amortizado Saldo a amortizar
Acumulada até
482/2002 e até 31/12/2008 até 31/12/2008 em 31/12/2008
31/12/2008
001/2004 (3)=(1)+(2) (4) (6)=(3-4-5)
(2)
(1)
11.213 22.840 34.053 (4.966) 29.087
Fonte: Demonstrações Financeiras da CEB Distribuição S.A.
Superávit de Baixa Renda: refere-se ao montante dos valores a serem ressarcidos aos
consumidores em decorrência do processo de migração de determinados consumidores
residenciais, anteriormente enquadrados na subclasse de baixa renda, para consumidores
normais. O ressarcimento deve-se ao fato de as tarifas concedidas à Empresa já terem
considerado o enquadramento anterior dos consumidores como de baixa renda. A ANEEL
deverá estabelecer os procedimentos a serem adotados para o ressarcimento aos
consumidores e homologar os valores a serem ressarcidos.
A aplicação da tarifa social de baixa renda, que causou impacto significativo nas receitas
operacionais das concessionárias, foi instituída pela Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002. O
Decreto nº 4.538, de 23 de dezembro de 2002, e a Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002,
foram os instrumentos legais instituídos para regulamentar o processo de subvenção
econômica, com a finalidade de contribuir para a modicidade da tarifa de fornecimento de
energia elétrica dos consumidores finais integrantes da subclasse residencial.
2008 2007
Residencial vencidos a mais de 90 dias 20.984 21.308
Industrial vencidos a mais de 360 dias 1.532 1.730
Comercial vencidos a mais de 180 dias 23.942 20.267
Rural vencidos a mais de 360 dias 2.895 3.323
P. Público vencidos a mais de 360 dias 74.489 79.584
I. Pública vencidos a mais de 360 dias 26.483 26.402
S. Público vencidos a mais de 360 dias 3.926 3.985
Concessionários vencidos a mais de 360 dias 2.064 2.247
Governo do Distrito Federal - Acionista Controlador não provisionados (102.082) (102.757)
TOTAL 54.233 56.089
Os atuais créditos tributários ativados serão baixados de acordo com a realização das
respectivas diferenças temporárias ou no prazo máximo de 10 anos, caso este período for
menor.
2008 2007
Contingências Valor da Provisão Valor da Provisão
No Exercício Acumulada No Exercício Acumulada
Trabalhistas
periculosidade 3.557 8.553 619 4.996
horas Extras - 74 0 74
Empregados de Prestadoras de Serviços 234 711 (100) 477
Indenização de Acordo Coletivo 7.165 7.251 0 86
Indenização por Danos Morais 62 110 19 48
Outros 135 583 42 448
Subtotal 11.153 17.282 580 6.129
Cíveis
Fornecedores (70) 1.069 19 1.139
Consumidores (27) 1.434 0 1.461
Indenização por Danos Morais e Materiais 1.340 8.719 (725) 7.379
ANEEL 11.244 14.306 1.460 3.062
Outros 0 1.038 (259) 1.038
Subtotal 12.487 26.566 495 14.079
Fiscais
União Federal 0 3.913 0 3.913
SESC e SENAC 0 0 (480) 0
Outras Provisões 0 188 188 188
Subtotal 0 4.101 (292) 4.101
Total 23.640 47.949 783 24.309
Fonte: Demonstrações Financeiras da CEB Distribuição S.A.
2008
PREMISSAS ATUARIAIS
Previdência e Saúde
Taxa de desconto da obrigação atuarial 11,30%
Taxa de rendimento esperado sobre os ativos do plano 11,30%
Expectativa de inflação para o exercício, annual 5,00%
Taxa real de crescimento salarial 1,00%
Taxas de crescimento dos custos médicos 7,10%
Taxa real de crescimento dos custos médicos 2,00%
Taxa de rotatividade 0,00%
Capacidade real dos salários e dos benefícios 100,00%
Aumentos futuros dos benefícios 5,00%
TÁBUAS BIOMÉTRICAS:
Mortalidade geral AT 83
Entrada em invalidez TASA 1927
Mortalidade de inválidos IAPC
Grupo de dependentes para pensão Família média regional
Tempo médio de serviço para aposentadoria 9 anos
Expectativa média de vida dos ativos 33,28 anos
Expectativa média de vida dos aposentados 20,95 anos
Método de financiamento Crédito unitário projetado
2008
PREMISSAS ATUARIAIS
Previdência Saúde Total
Valor presente das obrigações com cobertura (571.152) (571.152)
Participantes Ativos (358.409) (358.409)
Participantes Assistidos (346.832) (346.832)
Contrato de dívida (083/2001- CEB) 134.089 134.089
Valor presente das obrigações a descoberto (130.278) (130.278)
Participantes Ativos (93.973) (93.973)
Participantes Assistidos (36.305) (36.305)
Subtotal (571.152) (130.278) (701.430)
Valor justo dos ativos do plano 578.809 578.809
Resultado do plano 7.657 (130.278) (122.621)
Ganhos(perdas)atuariais não reconhecidos 61.188 61.188
Custo do serviço passado não reconhecido 0
Efeito do limite dos ativos do plano 0
Ativo(Passivo)atuarial líquido 68.845 (130.278) (61.433)
Programa Previdencial: a Empresa optou por não efetuar o registro contábil do superávit do
programa previdencial em relação aos cálculos acima demonstrados, nos termos da citada
deliberação.
Programa de Saúde: em 11 de julho de 2002, foi publicada a Lei Distrital nº 3.010, que
estendeu o plano de saúde a todos os ex-empregados da Empresa em gozo do benefício de
aposentadoria e seus cônjuges, com efeitos a partir de 05 de junho de 2002. De acordo com a
Deliberação CVM nº 371/2000, a Empresa vem contabilizando o gasto com esse benefício
pós-emprego integralmente no resultado desde o exercício de 2002 em relação à parcela
correspondente aos empregados assistidos, com montante calculado atuarialmente em R$
36.305, na data de 31 de dezembro de 2008.
10.1.11 – Seguros
Acionistas Quantidade de %
Ações Ordinárias
Governo do Distrito Federal – GDF 4.085.364 89,27
Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – NOVACAP 150.473 3,29
REGIUS – Sociedade Civil de Previdência Privada 97.380 2,13
BRADESCO Capitalização S.A. 57.340 1,26
OPPORTUNITY Lógica II FIA 44.600 0,97
International Markets Investimento C. V. 29.800 0,65
Bransfield LLC 20.670 0,45
Fundo de Investimento de Ações – Dividendos Canoi 15.900 0,35
Outros 74.905 1,63
Total 4.576.432 100,00
Fonte: Relações com Investidores da Companhia Energética de Brasília
* O saldo inclui R$ 5.592, relativos à CEB Distribuição S.A., decorrente da seguinte operação: a
Resolução nº 318/2005 da ANEEL, que aprovou a desverticalização da Companhia e respectivo
Laudo de Avaliação determinou que os empréstimos junto à ELETROBRÁS, no âmbito do
Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente – ReLuz, ficassem sob sua
responsabilidade. Em função disto, os recursos financeiros no montante de R$ 5.677,
decorrentes da aprovação pela ANEEL, conforme Despacho nº 773, de 18 de abril de 2006, do
projeto relativo ao Programa de Eficiência Energética do ciclo 2004/2005, executado com
recursos do ReLuz, foram transferidos da CEB Distribuição S.A. para a Companhia Energética
de Brasília – CEB.
13 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Considerações gerais:
● Numerário disponível – está representado ao seu valor de mercado, que equivale ao seu
valor contábil;
O resultado das operações da CEB Distribuição S.A. pode ser afetado significativamente pelo
fator de risco de mercado, taxa de câmbio (dólar norte-americano), em virtude de a Empresa
adquirir parte do suprimento de energia elétrica com pagamento nessa moeda estrangeira.
14 – SEGUROS
Os bens das Usinas Luís Eduardo Magalhães, Queimado e Corumbá IV também estão
devidamente segurados.
15 – PERSPECTIVAS EMPRESARIAIS A PARTIR DE 2009
Findo o exercício de 2008, a empresa Energética Corumbá III S.A., por estar na fase pré-
operacional, não gerou receita e, consequentemente, não influenciou o resultado da CEB.
Entretanto, como o empreendimento associado (AHE Corumbá III) entrará em operação no
primeiro semestre de 2009, a partir deste ano, de acordo com as projeções disponíveis,
ocorrerão apurações de resultados positivos de forma continuada.
Quanto a CEB Geração S.A., saliente-se o aumento de 49% da tarifa média da energia
comercializada a partir do mês de janeiro de 2009, trazendo a expectativa de lucros acima da
média projetada. Para os exercícios seguintes, há a previsão de investimentos para
recomposição da UHE do Paranoá, principal produtora de receitas da Empresa, cujas
instalações necessitam de intervenções que assegurem sua operação para as próximas
décadas. As receitas e os resultados esperados para o negócio, certamente serão suficientes
para suprir os recursos próprios demandados para modernização da Usina, oferecer garantias
de recebíveis para eventuais financiamentos, assim como distribuir resultados em montantes
adequados para a Controladora.
A propósito da BSB Energética S.A., cujo foco empresarial relaciona-se com a implantação de
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), em 2007, ao associar-se com outras empresas que
também possuíam concessões, projetos e licenças ambientais de empreendimentos de
mesma natureza, passou a deter participação acionária na Brasil PCH S.A.. Esta Empresa,
por sua vez, logrou sucesso quanto à captação de recursos para construção dos
empreendimentos, tendo como principal fonte financiadora o BNDES, resultando uma
conjuntura empresarial que possibilitou a entrada em operação de nove usinas em 2008,
restando quatro unidades a serem concluídas em 2009.
Note-se uma característica evidenciada para o futuro da BSB Energética S.A.. Houve a
decisão empresarial dos acionistas de não dar continuidade à prospecção de novos
aproveitamentos hidrelétricos. Por outro lado, como a Empresa associou-se à Brasil PCH S.A.
por meio de três projetos de usinas a serem construídas por esta última, sem qualquer
compromisso quanto a operação e manutenção dos empreendimentos, restou apenas a
participação acionária no negócio. Assim, a BSB Energética S.A. tornou-se uma empresa cuja
tarefa corresponderá tão somente à gestão da citada participação acionária. Apesar do
modesto percentual acionário da CEB na BSB Energética S.A. (apenas 9%), e, portanto, na
Brasil PCH S.A., serão alcançados resultados positivos no futuro próximo, cabendo à
Companhia o acompanhamento do desempenho projetado.
Por sua vez, as perspectivas de resultados da CEB Lajeado S.A. são positivas e crescentes
nos anos vindouros. Tal projeção tem como fundamento o comportamento do serviço da
dívida utilizada para construção da Usina Luís Eduardo Magalhães, produtora da energia
comercializada pelo negócio, que cumprirá doravante trajetória francamente decrescente,
encerrando-se em 2012, favorecendo apurações de lucros nos próximos exercícios.
Destaque-se o papel relevante da CEB Lajeado S.A. dentre as empresas geradoras
integrantes da CEB. Mantida a atual estrutura empresarial da Organização, esta Empresa
continuará sendo responsável pelas destinações dos maiores montantes de resultados para a
CEB, depois daqueles distribuídos pela CEB Distribuição S.A..
No que diz respeito à CEB Participações S.A., verifica-se que a Empresa está próxima de
atingir seu limite de resultados positivos anuais. O lucro no ano de 2008, significativamente
superior ao registrado em 2007, causado, principalmente, pelo incremento do preço médio da
energia comercializada da ordem de 50%, ocorrido em janeiro do exercício findo, assegurou a
elevação do patamar de resultados que será mantido por meio dos contratos de venda de
energia de longo prazo formalizados. Entretanto, a partir de 2009, será destinada particular
atenção à UHE de Queimado. Estudos preliminares indicam a possibilidade de melhorar o
desempenho do empreendimento, agregando, consequentemente, receitas adicionais
oriundas de incrementos da energia gerada pela Usina, até a completa estabilidade do
negócio.
Quanto à dívida com Furnas, após longa negociação, foi concluída a operação com a Caixa
Econômica Federal em 05 de janeiro de 2009, possibilitando a substituição do passivo
oneroso por empréstimo com essa entidade financiadora com custos menores (CDI mais
0,18% ao mês).
O caminho a ser percorrido exigirá continuidade dos altos níveis de investimentos, de maneira
a melhorar a qualidade dos serviços prestados e, ao mesmo tempo, aumentar a base de
remuneração, favorecendo o alcance de tarifas adequadas na data da próxima revisão
tarifária. Em outra vertente, deverá ser concluído o saneamento de custos em curso e
concebida a Empresa pautada pelos parâmetros relacionados com as despesas (Pessoal,
Materiais, Serviços de Terceiros e Outros) definidos pelo Órgão Regulador, assegurando a
continuidade de resultados positivos para o negócio.
16 – EVENTO SUBSEQÜENTE
No exercício de 2009, com o objetivo de gerar recursos para honrar seus compromissos
relativos a pagamento de dívida e investimentos, a Companhia continuará promovendo
alienações de ativos imóveis ociosos. Nesse sentido, saliente-se a preparação para venda da
unidade imobiliária localizada no Setor Noroeste, Brasília – DF, adquirida em 22 de maio de
1979 e registrada contabilmente pelo custo de aquisição, com área de 284.160 m2, cuja
ocupação tornou-se empresarialmente desnecessária, em função da atual estrutura
organizacional da CEB resultante do processo de desverticalização concluído no mês de
janeiro de 2006;
Em fevereiro de 2009, a CEB Distribuição S.A. concluiu as captações dos financiamentos com
o Banco do Brasil, por meio do Fundo de Desenvolvimento do Centro – Oeste e da Eletrobrás,
para utilização em investimentos, nos valores de R$ 60,0 milhões e R$ 56,0 milhões,
respectivamente;
A CEB encaminhou em 17 de fevereiro de 2009, a Carta n0 029/2009 – PRESI para a ANEEL,
informando que liquidou antecipadamente o montante de R$ 8,0 milhões referentes à primeira
parcela da dívida para com a CEB Distribuição S.A., no valor de R$ 22,7 milhões, com
vencimento em 31 de dezembro de 2008. Na mesma correspondência, foi manifestado o
entendimento de que o restante da referida parcela será liquidado após a publicação das
demonstrações contábeis de 2008, de acordo com o estabelecido nas Resoluções n 0 318, de
14 de setembro de 2005 e n0 958, de 12 de junho de 2007. É importante esclarecer que o
passivo, com valor histórico total de R$ 142,7 milhões, é corrigido pelo IGP-M, razão pela
qual, a referida interpretação não repercutirá negativamente na empresa distribuidora
controlada integralmente pela Companhia.