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Parte Geral

1. Eduardo comprometeu-se a transferir para Daniela um imóvel que possui no litoral, mas uma
cláusula especial no contrato previa que a transferência somente ocorreria caso a cidade em
que o imóvel se localiza viesse a sediar, nos próximos dez anos, um campeonato mundial de
surfe. Depois de realizado o negócio, todavia, o advento de nova legislação ambiental impôs
regras impeditivas para a realização do campeonato naquele local.
Sobre a incidência de tais regras, assinale a afirmativa correta.
A. Daniela tem direito adquirido à aquisição do imóvel, pois a cláusula especial configura
um termo.
B. Prevista uma condição na cláusula especial, Daniela tem direito adquirido à aquisição
do imóvel.
C. Há mera expectativa de direito à aquisição do imóvel por parte de Daniela, pois a
cláusula especial tem natureza jurídica de termo.
D. Daniela tem somente expectativa de direito à aquisição do imóvel, uma vez que há uma
condição na cláusula especial.

2. Em ação judicial na qual Paulo é réu, levantou-se controvérsia acerca de seu domicílio, relevante
para a determinação do juízo competente. Paulo alega que seu domicílio é a capital do Estado
do Rio de Janeiro, mas o autor sustenta que não há provas de manifestação de vontade de Paulo
no sentido de fixar seu domicílio naquela cidade.
Sobre o papel da vontade nesse caso, assinale a afirmativa correta.
A. Por se tratar de um fato jurídico em sentido estrito, a vontade de Paulo na fixação de
domicílio é irrelevante, uma vez que não é necessário levar em consideração a conduta
humana para a determinação dos efeitos jurídicos desse fato.
B. Por se tratar de um ato-fato jurídico, a vontade de Paulo na fixação de domicílio é
irrelevante, uma vez que, embora se leve em consideração a conduta humana para a
determinação dos efeitos jurídicos, não é exigível manifestação de vontade.
C. Por se tratar de um ato jurídico em sentido estrito, embora os seus efeitos sejam
predeterminados pela lei, a vontade de Paulo na fixação de domicílio é relevante, no
sentido de verificar a existência de um ânimo de permanecer naquele local.
D. Por se tratar de um negócio jurídico, a vontade de Paulo na fixação de domicílio é
relevante, já que é a manifestação de vontade que determina quais efeitos jurídicos o
negócio irá produzir.

3. Em um bazar beneficente, promovido por Júlia, Marta adquiriu um antigo faqueiro,


praticamente sem uso. Acreditando que o faqueiro era feito de prata, Marta ofereceu um preço
elevado sem nada perguntar sobre o produto. Júlia, acreditando no espírito benevolente de sua
vizinha, prontamente aceitou o preço oferecido.
Após dois anos de uso constante, Marta percebeu que os talheres começaram a ficar manchados
e a se dobrarem com facilidade. Consultando um especialista, ela descobre que o faqueiro era
feito de uma liga metálica barata, de vida útil curta, e que, com o uso reiterado, ele se
deterioraria.
De acordo com o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
A. A compra e venda firmada entre Marta e Júlia é nula, por conter vício em seu objeto,
um dos elementos essenciais do negócio jurídico.
B. O negócio foi plenamente válido, considerando ter restado comprovado que Júlia não
tinha qualquer motivo para suspeitar do engano de Marta.
C. O prazo decadencial a ser observado para que Marta pretenda judicialmente o
desfazimento do negócio deve ser contado da data de descoberta do vício.
D. De acordo com a disciplina do Código Civil, Júlia poderá evitar que o negócio seja
desfeito se oferecer um abatimento no preço de venda proporcional à baixa qualidade
do faqueiro.

4. Ricardo realizou diversas obras no imóvel que Cláudia lhe emprestou: reparou um vazamento
existente na cozinha; levantou uma divisória na área de serviço para formar um novo cômodo,
destinado a servir de despensa; ampliou o número de tomadas disponíveis; e trocou o portão
manual da garagem por um eletrônico.
Quando Cláudia pediu o imóvel de volta, Ricardo exigiu o ressarcimento por todas as
benfeitorias realizadas, embora sequer a tenha consultado previamente sobre as obras.
Somente pode-se considerar benfeitoria necessária, a justificar o direito ao ressarcimento,
A. o reparo do vazamento na cozinha.
B. A formação de novo cômodo, destinado a servir de despensa, pelo
levantamento de divisória na área de serviço.
C. a ampliação do número de tomadas.
D. a troca do portão manual da garagem por um eletrônico.

Direito Obrigacional

5. André, Mariana e Renata pegaram um automóvel emprestado com Flávio, comprometendo-se


solidariamente a devolvê-lo em quinze dias. Ocorre que Renata, dirigindo acima do limite de
velocidade, causou um acidente que levou à destruição total do veículo.
Assinale a opção que apresenta os direitos que Flávio tem diante dos três.

A. Pode exigir, de qualquer dos três, o equivalente pecuniário do carro, mais perdas e
danos.
B. Pode exigir, de qualquer dos três, o equivalente pecuniário do carro, mas só pode exigir
perdas e danos de Renata.
C. Pode exigir, de cada um dos três, um terço do equivalente pecuniário do carro e das
perdas e danos.
D. Pode exigir, de cada um dos três, um terço do equivalente pecuniário do carro, mas só
pode exigir perdas e danos de Renata.

6. Antônio, vendedor, celebrou contrato de compra e venda com Joaquim, comprador, no dia 1º
de setembro de 2016, cujo objeto era um carro da marca X no valor de R$ 20.000,00, sendo o
pagamento efetuado à vista na data de assinatura do contrato. Ficou estabelecido ainda que a
entrega do bem seria feita 30 dias depois, em 1º de outubro de 2016, na cidade do Rio de
Janeiro, domicílio do vendedor. Contudo, no dia 25 de setembro, uma chuva torrencial inundou
diversos bairros da cidade e o carro foi destruído pela enchente, com perda total.
Considerando a descrição dos fatos, Joaquim
A. não faz jus à devolução do pagamento de R$ 20.000,00.
B. terá direito à devolução de 50% do valor, tendo em vista que Antônio, vendedor, não
teve culpa.
C. terá direito à devolução de 50% do valor, tendo em vista que Antônio, vendedor, teve
culpa.
D. terá direito à devolução de 100% do valor, pois ainda não havia ocorrido a tradição no
momento do perecimento do bem.
7. Festas Ltda., compradora, celebrou, após negociações paritárias, contrato de compra e venda
com Chocolates S/A, vendedora. O objeto do contrato eram 100 caixas de chocolate, pelo preço
total de R$ 1.000,00, a serem entregues no dia 1º de novembro de 2016, data em que se
comemorou o aniversário de 50 anos de existência da sociedade.
No contrato, estava prevista uma multa de R$ 1.000,00 caso houvesse atraso na entrega.
Chocolates S/A, devido ao excesso de encomendas, não conseguiu entregar as caixas na data
combinada, mas somente dois dias depois. Festas Ltda., dizendo que a comemoração já havia
acontecido, recusou-se a receber e ainda cobrou a multa. Por sua vez, Chocolates S/A não
aceitou pagar a multa, afirmando que o atraso de dois dias não justificava sua cobrança e que o
produto vendido era o melhor do mercado.
Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A. Festas Ltda. tem razão, pois houve o inadimplemento absoluto por perda da utilidade
da prestação e a multa é uma cláusula penal compensatória.
B. Chocolates S/A não deve pagar a multa, pois a cláusula penal, quantificada em valor
idêntico ao valor da prestação principal, é abusiva.
C. Chocolates S/A adimpliu sua prestação, ainda que dois dias depois, razão pela qual nada
deve a título de multa.
D. Festas Ltda. só pode exigir 2% de multa (R$ 20,00), teto da cláusula penal, segundo o
Código de Defesa do Consumidor.

Contratos
8. Caio, locador, celebrou com Marcos, locatário, contrato de locação predial urbana pelo período
de 30 meses, sendo o instrumento averbado junto à matrícula do imóvel no RGI. Contudo, após
seis meses do início da vigência do contrato, Caio resolveu se mudar para Portugal e colocou o
bem à venda, anunciando-o no jornal pelo valor de R$ 500.000,00.
Marcos tomou conhecimento do fato pelo anúncio e entrou em contato por telefone com Caio,
afirmando estar interessado na aquisição do bem e que estaria disposto a pagar o preço
anunciado. Caio, porém, disse que a venda do bem imóvel já tinha sido realizada pelo mesmo
preço a Alexandre. Além disso, o adquirente do bem, Alexandre, iria denunciar o contrato de
locação e Marcos teria que desocupar o imóvel em 90 dias.
Acerca dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A. Marcos, tendo sido preterido na alienação do bem, poderá depositar o preço pago e as
demais despesas do ato e haver para si a propriedade do imóvel.
B. Marcos não tem direito de preferência na aquisição do imóvel, pois a locação é por
prazo determinado.
C. Marcos somente poderia exercer direito de preferência na aquisição do imóvel se
fizesse oferta superior à de Alexandre.
D. Marcos, tendo sido preterido na alienação do bem, poderá reclamar de Alexandre,
adquirente, perdas e danos, e poderá permanecer no imóvel durante toda a vigência do
contrato, mesmo se Alexandre denunciar o contrato de locação.

9. Brito contratou os serviços da corretora Geru para mediar a venda de um imóvel em Estância. O
cliente ajustou com a corretora verbalmente que lhe daria exclusividade, fato presenciado por
cinco testemunhas.

A corretora, durante o tempo de vigência do contrato (seis meses), anunciou o imóvel em


veículos de comunicação de Estância, mas não conseguiu concretizar a venda, realizada
diretamente por Brito com o comprador, sem a mediação da corretora.
Considerando as informações e as regras do Código Civil quanto ao pagamento de comissão,
assinale a afirmativa correta.
A. A corretora não faz jus ao pagamento da comissão, porque o contrato de corretagem
foi celebrado por prazo determinado.
B. A corretora faz jus ao pagamento da comissão, porque a corretagem foi ajustada com
exclusividade, ainda que verbalmente.
C. A corretora não faz jus ao pagamento da comissão, porque o negócio foi iniciado e
concluído diretamente entre as partes, sem a sua mediação.
D. A corretora faz jus ao pagamento da comissão, porque envidou todos os esforços para
o êxito da mediação, que não se concluiu por causa alheia à sua vontade.

10. Juliana, por meio de contrato de compra e venda, adquiriu de Ricardo, profissional liberal, um
carro seminovo (30.000km) da marca Y pelo preço de R$ 24.000,00. Ficou acertado que Ricardo
faria a revisão de 30.000km no veículo antes de entregá-lo para Juliana no dia 23 de janeiro de
2017. Ricardo, porém, não realizou a revisão e omitiu tal fato de Juliana, pois acreditava que não
haveria qualquer problema, já que, aparentemente, o carro funcionava bem.

No dia 23 de fevereiro de 2017, Juliana sofreu acidente em razão de defeito no freio do carro,
com a perda total do veículo. A perícia demostrou que a causa do acidente foi falha na
conservação do bem, tendo em vista que as pastilhas do freio não tinham sido trocadas na
revisão de 30.000km, o que era essencial para a manutenção do carro.

Considerando os fatos, assinale a afirmativa correta.

A. Ricardo não tem nenhuma responsabilidade pelo dano sofrido por Juliana (perda total
do carro), tendo em vista que o carro estava aparentemente funcionando bem no
momento da tradição.
B. Ricardo deverá ressarcir o valor das pastilhas de freio, nada tendo a ver com o acidente
sofrido por Juliana.
C. Ricardo é responsável por todo o dano sofrido por Juliana, com a perda total do carro,
tendo em vista que o perecimento do bem foi devido a vício oculto já existente ao tempo
da tradição.
D. Ricardo deverá ressarcir o valor da revisão de 30.000km do carro, tendo em vista que
ela não foi realizada conforme previsto no contrato.

11. João e Maria, casados e donos de extenso patrimônio, celebraram contrato de fiança em favor
de seu filho, Carlos, contrato este acessório a contrato de locação residencial urbana, com
duração de 30 meses, celebrado entre Carlos, locatário, e Marcelo, proprietário do apartamento
e locador, com vigência a partir de 1º de setembro de 2015. Contudo, em novembro de 2016,
Carlos não pagou o aluguel.
Considerando que não houve renúncia a nenhum benefício pelos fiadores, assinale a afirmativa
correta.
A. Marcelo poderá cobrar diretamente de João e Maria, fiadores, tendo em vista que eles
são devedores solidários do afiançado, Carlos.
B. Marcelo poderá cobrar somente de João, tendo em vista que Maria não é fiadora, mas
somente deu a outorga uxória.
C. Marcelo poderá cobrar de Carlos, locatário, mas não dos fiadores, pois não respondem
pela dívida do contrato de locação.
D. Marcelo poderá cobrar de João e Maria, fiadores, após tentar cobrar a dívida de Carlos,
locatário, tendo em vista que os fiadores são devedores subsidiários.
12. Laurentino constituiu servidão de vista no registro competente, em favor de Januário,
assumindo o compromisso de não realizar qualquer ato ou construção que embarace a
paisagem de que Januário desfruta em sua janela. Após o falecimento de Laurentino, seu filho
Lucrécio decide construir mais dois pavimentos na casa para ali passar a habitar com sua esposa.
Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.

A. Januário não pode ajuizar uma ação possessória, eis que a servidão é não aparente.
B. Diante do falecimento de Laurentino, a servidão que havia sido instituída
automaticamente se extinguiu.
C. A servidão de vista pode ser considerada aparente quando houver algum tipo de aviso
sobre sua existência.
D. Januário pode ajuizar uma ação possessória, provando a existência da servidão com
base no título.

13. Quincas adentra terreno vazio e, de forma pública, passa a construir ali a sua moradia. Após o
exercício ininterrupto da posse por 17 (dezessete) anos, pleiteia judicialmente o
reconhecimento da propriedade do bem pela usucapião.
Durante o processo, constatou-se que o imóvel estava hipotecado em favor de Jovelino, para o
pagamento de numerários devidos por Adib, proprietário do imóvel.
Com base nos fatos apresentados, assinale a afirmativa correta.

A. A hipoteca existente em benefício de Jovelino prevalece sobre eventual direito de


Quincas, tendo em vista o princípio da prioridade no registro.
B. A hipoteca é um impeditivo para o reconhecimento da usucapião, tendo em vista a
função social do crédito garantido.
C. Como a usucapião é modo originário de aquisição da propriedade, a hipoteca não é
capaz de impedir a sua consumação.
D. Quincas pode adquirir, pela usucapião, o imóvel em questão, porém ficará com o ônus
de quitar o débito que a hipoteca garantia.

14. À vista de todos e sem o emprego de qualquer tipo de violência, o pequeno agricultor Joventino
adentra terreno vazio, constrói ali sua moradia e uma pequena horta para seu sustento, mesmo
sabendo que o terreno é de propriedade de terceiros.
Sem ser incomodado, exerce posse mansa e pacífica por 2 (dois) anos, quando é expulso por um
grupo armado comandado por Clodoaldo, proprietário do terreno, que só tomou conhecimento
da presença de Joventino no imóvel no dia anterior à retomada.

Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.

A. Como não houve emprego de violência, Joventino não pode ser considerado
esbulhador.
B. Clodoaldo tem o direito de retomar a posse do bem mediante o uso da força com base
no desforço imediato, eis que agiu imediatamente após a ciência do ocorrido.
C. Tendo em vista a ocorrência do esbulho, Joventino deve ajuizar uma ação possessória
contra Clodoaldo, no intuito de recuperar a posse que exercia.
D. Na condição de possuidor de boa-fé, Joventino tem direito aos frutos e ao ressarcimento
das benfeitorias realizadas durante o período de exercício da posse.

15. George vende para Marília um terreno não edificado de sua propriedade, enfatizando a
existência de uma “vista eterna para a praia” que se encontra muito próxima do imóvel, mesmo
sem qualquer documento comprovando o fato. Marília adquire o bem, mas, dez anos após a
compra, é surpreendida com a construção de um edifício de vinte andares exatamente entre o
seu terreno e o mar, impossibilitando totalmente a vista que George havia prometido ser eterna.
Diante do exposto e considerando que a construção do edifício ocorreu em um terreno de
terceiro, assinale a afirmativa correta.
A. Uma vez transcorrido o prazo de 10 anos, Marília pode pleitear o reconhecimento da
usucapião da servidão de vista.
B. Mesmo sem registro, Marília pode ser considerada titular de uma servidão de vista por
destinação de George, o antigo proprietário do terreno.
C. Mesmo sendo uma servidão aparente, as circunstâncias do caso não permitem a
usucapião de vista.
D. Sem que tenha sido formalmente constituída, não é possível reconhecer servidão de
vista em favor de Marília.

Direito de Família
16. João e Carla foram casados por cinco anos, mas, com o passar dos anos, o casamento se
desgastou e eles se divorciaram. As três filhas do casal, menores impúberes, ficaram sob a
guarda exclusiva da mãe, que trabalha em uma escola como professora, mas que está com os
salários atrasados há quatro meses, sem previsão de recebimento.

João vinha contribuindo para o sustento das crianças, mas, estranhamente, deixou de fazê-lo no
último mês. Carla, ao procurá-lo, foi informada pelos pais de João que ele sofreu um
atropelamento e está em estado grave na UTI do Hospital Boa Sorte. Como João é autônomo,
não pode contribuir, justificadamente, com o sustento das filhas.

Sobre a possibilidade de os avós participarem do sustento das crianças, assinale a afirmativa


correta.

A. Em razão do divórcio, os sogros de Carla são ex-sogros, não são mais parentes, não
podendo ser compelidos judicialmente a contribuir com o pagamento de alimentos para
o sustento das netas.
B. As filhas podem requerer alimentos avoengos, se comprovada a impossibilidade de
Carla e de João garantirem o sustento das filhas.
C. Os alimentos avoengos não podem ser requeridos, porque os avós só podem ser réus
em ação de alimentos no caso de falecimento dos responsáveis pelo sustento das filhas.
D. Carla não pode representar as filhas em ação de alimentos avoengos, porque apenas os
genitores são responsáveis pelo sustento dos filhos.

17. Arlindo e Berta firmam pacto antenupcial, preenchendo todos os requisitos legais, no qual
estabelecem o regime de separação absoluta de bens. No entanto, por motivo de saúde de um
dos nubentes, a celebração civil do casamento não ocorreu na data estabelecida.

Diante disso, Arlindo e Berta decidem não se casar e passam a conviver maritalmente. Após
cinco anos de união estável, Arlindo pretende dissolver a relação familiar e aplicar o pacto
antenupcial, com o objetivo de não dividir os bens adquiridos na constância dessa união.

Nessas circunstâncias, o pacto antenupcial é

A. válido e ineficaz.
B. válido e eficaz.
C. inválido e ineficaz.
D. inválido e eficaz.
Direito Sucessório

18. Lúcia, sem ascendentes e sem descendentes, faleceu solteira e não deixou testamento. O pai de
Lúcia tinha dois irmãos, que tiveram, cada qual, dois filhos, sendo, portanto, primos dela.
Quando do falecimento de Lúcia, seus tios já haviam morrido. Ela deixou ainda um sobrinho,
filho de seu único irmão, que também falecera antes dela.

Sobre a sucessão de Lúcia, de acordo com os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.

A. O sobrinho concorre com o tio na sucessão de Lúcia, partilhando-se por cabeça.


B. O sobrinho representará seu pai, pré-morto, na sucessão de Lúcia.
C. O filho do tio pré-morto será chamado à sucessão por direito de representação.
D. O sobrinho é o único herdeiro chamado à sucessão e herda por direito próprio.

19. Paulo, viúvo, tinha dois filhos: Mário e Roberta. Em 2016, Mário, que estava muito endividado,
cedeu para seu amigo Francisco a quota-parte da herança a que fará jus quando seu pai falecer,
pelo valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), pago à vista.

Paulo falece, sem testamento, em 2017, deixando herança líquida no valor de R$ 3.000.000,00
(três milhões de reais).

Sobre a partilha da herança de Paulo, assinale a afirmativa correta.

A. Francisco não será contemplado na partilha porque a cessão feita por Mário é nula,
razão pela qual Mário e Roberta receberão, cada um, R$ 1.500.000,00 (um milhão e
quinhentos mil reais).
B. Francisco receberá, por força da partilha, R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), Mário
ficará com R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e Roberta com R$ 1.500.000,00 (um
milhão e quinhentos mil reais).
C. Francisco e Roberta receberão, cada um, por força da partilha, R$ 1.500.000,00 (um
milhão e quinhentos mil reais) e Mário nada receberá.
D. Francisco receberá, por força da partilha, R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), Roberta
ficará com R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) e Mário nada receberá.

20. Clara e Sérgio são casados pelo regime da comunhão parcial de bens. Durante o casamento, o
casal adquiriu onerosamente um apartamento e Sérgio herdou um sítio de seu pai. Sérgio morre
deixando, além de Clara, Joaquim, filho do casal.
Sobre os direitos de Clara, segundo os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A. Clara é herdeira do apartamento, em concorrência com Joaquim.
B. Clara é meeira no apartamento e herdeira do sítio, em concorrência com Joaquim.
C. Clara é herdeira do apartamento e do sítio, em concorrência com Joaquim.
D. Clara é meeira no sítio e herdeira do apartamento, em concorrência com Joaquim.

Responsabilidade Civil
21. André é motorista da transportadora Via Rápida Ltda. Certo dia, enquanto dirigia um ônibus da
empresa, se distraiu ao tentar se comunicar com um colega, que dirigia outro coletivo ao seu
lado, e precisou fazer uma freada brusca para evitar um acidente. Durante a manobra, Olívia,
uma passageira do ônibus, sofreu uma queda no interior do veículo, fraturando o fêmur direito.
Além do abalo moral, a passageira teve despesas médicas e permaneceu por semanas sem
trabalhar para se recuperar da fratura. Olívia decide, então, ajuizar ação indenizatória pelos
danos morais e materiais sofridos.
Em referência ao caso narrado, assinale a afirmativa correta.
A. Olívia deve, primeiramente, ajuizar a ação em face da transportadora, e apenas
demandar André se não obtiver a reparação pretendida, pois a responsabilidade do
motorista é subsidiária.
B. Olívia pode ajuizar ação em face da transportadora e de André, simultânea ou
alternativamente, pois ambos são solidariamente responsáveis.
C. Olívia apenas pode demandar, nesse caso, a transportadora, mas esta terá direito de
regresso em face de André, se for condenada ao dever de indenizar.
D. André e a transportadora são solidariamente responsáveis e podem ser demandados
diretamente por Olívia, mas aquele que vier a pagar a indenização não terá regresso em
face do outro.

22. Tomás e Vinícius trabalham em uma empresa de assistência técnica de informática. Após
diversas reclamações de seu chefe, Adilson, os dois funcionários decidem se vingar dele, criando
um perfil falso em seu nome, em uma rede social.

Tomás cria o referido perfil, inserindo no sistema os dados pessoais, fotografias e informações
diversas sobre Adilson. Vinícius, a seu turno, alimenta o perfil durante duas semanas com
postagens ofensivas, até que os dois são descobertos por um terceiro colega, que os denuncia
ao chefe. Ofendido, Adilson ajuíza ação indenizatória por danos morais em face de Tomás e
Vinícius.

A respeito do caso narrado, assinale a afirmativa correta.

A. Tomás e Vinícius são corresponsáveis pelo dano moral sofrido por Adilson e devem
responder solidariamente pelo dever de indenizar.
B. Tomás e Vinícius devem responder pelo dano moral sofrido por Adilson, sendo a
obrigação de indenizar, nesse caso, fracionária, diante da pluralidade de causadores do
dano.
C. Tomás e Vinícius apenas poderão responder, cada um, por metade do valor fixado a
título de indenização, pois cada um poderá alegar a culpa concorrente do outro para
limitar sua responsabilidade.
D. Adilson sofreu danos morais distintos: um causado por Tomás e outro por Vinícius,
devendo, portanto, receber duas indenizações autônomas.

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