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Estudou filosofia nos anos 1980 e seu primeiro livro teve como foco o impacto da obra
de Hegel sobre os filósofos franceses do século XX.
Sua obra não se presta à categorização fácil. Em maior ou menor grau, todos os seus
livros levantam questões sobre a formação da identidade e da subjetividade,
descrevendo os processos pelos quais nos tornamos sujeitos ao assumir as identidades
sexuadas/“generificadas”/racializadas que são construídas para nós (e, em certa
medida, por nós) no interior das estruturas de poder existentes.
A “sujeitidade” (subjecthood) não é um dado, e, uma vez que o sujeito está sempre
envolvido num processo de devir sem fim, é possível reassumir ou repetir a
sujeitidade de diferentes maneiras.
Dialética
Butler não é uma pensadora que pretende resolver os problemas e as questões que
levanta em suas análises, e, para ela, a dialética é um processo em aberto.
O trabalho de Butler se envolve numa discussão dialética com as categorias pelas quais
o sujeito é descrito e constituído, investigando por que o sujeito é hoje configurado do
modo como é, e sugerindo que é possível fazer com que modos alternativos de
descrição estejam disponíveis dentro das estruturas existentes de poder.
Em acordo com o espírito dialético, Butler se mostra disposta a voltar atrás e revisar suas
posições, admitindo o erro ou a falta de clareza, quando é o caso, e tirando proveito das
lacunas de sua escrita, transformando-as em pontos de partida para futuras orientações
críticas e teóricas.
Influências