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Considerações sobre o texto “ A Suportável Realidade”

Nesse texto o autor (Edgar Morin) discorre que o ser humano, diante da realidade
angustiante, cria estratégias de fuga do real, a fim de mascarar a realidade. Para tanto, ele
(autor) desenvolve alguns conceitos subjetivos definidores desse enfrentamento contra a
crueldade do mundo, crueldade essa que, para além das causas naturais que infligem
dissabores e angustias, inclui uma projeção do próprio EU, este, responsável pelas maiores
aflições humanas. Nesse viés, o autor discorre como forma de compensação, enfrentamento e
ordenação da realidade “O Compromisso Neurótico” onde há uma compensação do excesso
de crueldade e as insatisfações no amor, pelas fantasias e nos mitos, donde se tem um alivio
provisório do peso da coação do real, bem como o mascaramento da incompreensibilidade do
destino e do vazio da morte, respectivamente; “O Pacto Surrealista” no qual há uma
cooperação realista entre sapiens e demens no jogo existencial, havendo uma condução da
agressividade regulada por esporte, jogos e filmes de violência; “ A Cooperação Realista” em
que o mito casa-se com a razão, espiritualizando e divinizando as ideias; “As duas Vontades de
Controle” nas quais a realidade é domesticada pela magia e pela ciência-técnica; “O Oasis?”
nessa finalização o autor demonstra seu ceticismo na felicidade humana em razão da
complexidade individual e social que formam o tecido da condição humana.

Minhas impressões do texto:

Percebo que o autor traça um perfil do ser humano a partir de sua observação do
dialogismo que tece a condição humana e que essa condição esta intrinsecamente relacionada
à característica sapiens/demens que é própria e única do ser humano. Nesse sentido a
sapiência e a demência humanas são responsáveis pelo equilíbrio existencial que permeia a
vida na terra, não só do homem, mas de todo o ecossistema, dai os pactos surreais, os
compromisso neuróticos, as cooperações realistas, as vontades de controle e, porque não, a
utopia do oásis, só para completar a demência.

A natureza do ser humano e dos seres vivos de um nodo geral, bem como a natureza
das coisas são por demais complexas. Essa complexidade é “a sopa” na qual a personalidade
no ser é formada, por tanto, independente do contexto histórico, social ou geográfico que ele
for formado, terá uma personalidade multíplice que o caracteriza como sapiente demente. É
algo do qual não se pode fugir, se for diferente disso não possui faculdades mentais normais
ou não é ser humano é outra coisa.
Considerações sobre o conteúdo do vídeo Empatia e Cuidado

O vídeo, cujo tema é “Empatia e Cuidado”, tem como conteúdo, discussão a respeito
da empatia e o cuidado como elementos essenciais para a construção de uma sociedade mais
justa e sustentável.

Tendo como apresentadora a repórter Renata Ceribelli, e, debatedores: O teólogo e


escritor Leonardo Boff; o filósofo e educador colombiano Bernardo Toro; a socióloga Ana
Maria Schindler, Có-Presidente da Ashoka na America Latina.

O riquíssimo vídeo é produzido com uma temática que aborda diversos problemas
sociais decorrentes da falta de empatia e apresenta propostas de soluções que amenizariam os
problemas sociais advindos da negligencia com a empatia e o cuidado. Nesse sentido, os
debatedores discutem questões como: a) Trabalho cooperativo para ser possível quebrar
paradigmas individuais de aprendizagens; b) Resgate da razão sensível versos razão intelectual
tecnológica; c) Reconhecimento de valor intrínseco de cada criatura; d) Educação
fundamentada no conhecimento da autonomia do outro, dentre outros que não foi possível
captar.

Minhas impressões:

A relevância dessa temática esta explicita no modus vivendi/operandi da sociedade


como um todo. Estamos em uma verdadeira guerra de interesses, muitas vezes espúrios, e não
estamos dispostos a abrir mão de nossas posições, por ridículas que sejam ou absurdas que
pareçam. Nossa desumanização é tal que nossos paradigmas são, em sua natureza intrínseca,
excludentes, quer religiosos, quer políticos ideológicos, quer sócio-funcionais. Na teoria
amamos todos, compartilhamos tudo, dividimos simpatias, porém, na prática somos
exclusivistas, partidários, arredios com as diferenças. É com se a antipatia fosse a regra, ser
simpático é a exceção. E quando somos simpáticos, o somos por interesse próprio. Não há
sacrifício pelo outro, o que há é uma relação de troca, de “toma-lá-dá-cá”. O que somos?
Defino em uma palavra: EGOISTAS, em seu sentido pleno. Há exceções? Claro que há, sempre
houve e sempre haverá, todavia o que prevalece são os desmandos da demência humana em
razão dos modelos preestabelecidos. Precisamos como Jesus, Buda, Mahatma Gandhi, Albert
Einstein, Charles Darwin, São Francisco de Assis, dentre outros, fazer nosso próprio sacrifício
pelo outro, esse outro poder ser de uma pedra a um continente, de uma bactéria às grandes
baleias, de um simples símio aos grandes primatas.

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