TÓPICOS DA DISCIPLINA
1. Economia
1.1 Conceito:
É a ciência social que estuda a maneira pela qual os homens decidem empregar recursos
escassos, a fim de produzir diferentes bens e serviços resultantes das transações econômicas
provenientes dos setores intermediários, para atender às necessidades de consumo.
● Oikos (casa)
● Nomos (norma, lei)
Pode ser definida como: “A Ciência Social que estuda como o indivíduo e a sociedade empregam os
recursos produtivos, a fim de satisfazer as necessidades humanas, que são crescentes e ilimitadas”.
São necessários conhecimentos teóricos sólidos para poder analisar os problemas econômicos que
nos rodeiam, Tais como:
Questões Econômicas:
Aumento de preços
Diferenças Salariais
Desvalorização Cambial
Taxas de juros
Elevação de impostos
Um Sistema econômico pode ser definido como a forma política, social e econômica, pela qual
está organizada uma sociedade. É um sistema de organização da produção, distribuição e consumo
dos bens e serviços que as pessoas utilizam, buscando uma melhoria no padrão de vida e bem estar.
1. Economia (no sentido popular) – fazer economia, poupar, gastar menos em um determinado
ato de consumo.
2. Economia (no sentido do sistema econômico) – quando alguém pergunta como é a economia
de um determinado país. Existem algumas classificações que levam em consideração a evolução
do modo de produção como: escravista, feudal, mercantilista, socialista e capitalista.
3. Economia (no sentido de Ciência Econômica) – pode ser definida como a ciência social que
estuda a maneira pela qual os homens decidem empregar recursos escassos, a fim de produzir
diferentes bens e serviços e atender às necessidades de consumo.
Assim, economia, é uma ciência social, já que objetiva atender às necessidades humanas e a de
consumo. Entretanto, depende das restrições físicas, devido à escassez de recursos ou fatores de
produção (mão de obra, capital, terra, matérias-primas).
Posto isso, define-se o estudo da Economia mediante as palavras-chave (key words), que são:
- Ciência Social;
- Emprega recursos;
_ Transações econômicas;
- Bens e serviços;
- Atender às necessidades de consumo (humana; animal e vegetal).
Capital Juros
Trabalho Salários
Todas as sociedades por mais desenvolvidas que sejam, sendo elas de economia capitalista
ou de economia socialista, são obrigadas a fazer escolhas ou opções, uma vez que os recursos não
são abundantes, ou seja, não são encontrados em abundância na natureza. Assim, estas sociedades
para atender as suas necessidades geram problemas econômicos, que serão questionados através de
três perguntas fundamentais, que são:
4. BENS ECONÔMICOS
4.1 Conceitos:
- BENS ECONÔMICOS – são os bens que existem em relativa escassez, não suficientes
para todos. Como tal, tem um valor (preço) de mercado. Exemplos: carne, feijão, arroz, café,
manteiga etc.
1. Bens Materiais – são coisas físicas, tangíveis, concretas como por exemplo: o carro, a
geladeira, o vestuário etc.
2. Serviços Remunerados - são as coisas intangíveis, não concretas como, por exemplo, os
serviços de saúde, de educação, de transporte, públicos, de bancários etc.
1.a) Bens de Consumo Duráveis – são aqueles que não se esgotam imediatamente com o uso. Ex.:
Eletrodomésticos, eletroeletrônicos, automóveis etc.
1.b) Bens de Consumo Não-Duráveis – são aqueles que se esgotam no ato de sua utilização.
Alimentos, bebidas, combustíveis, roupas etc.
− Bens de Produção (ou de capital) – não são diretamente úteis aos consumidores, pois
servem para a produção de bens de consumo. Ex.: os fios, as tintas e a maquinaria de uma
fiação de tecelagem. Classificam-se em dois tipos:
BENS PÚBLICOS – são definidos por sua indivisibilidade e pela dificuldade em se ressarcirem
seus custos de oferta pelos mecanismos do mercado, ou seja, são aqueles cujo consumo não é
exclusivo. Exs.: A Segurança Nacional e a dos cidadãos; saneamento básico e a limpeza
urbana.
Portanto, em todos esses casos não é possível medir quanto desses bens cada agente
econômico “consome”.
BENS SEMIPÚBLICOS – são aqueles que combinam os atributos dos “Bens Públicos”
com os dos “Bens de Mercado”. Ex.: A educação escolar e o atendimento médico.
(Ofertar produtos)
Legenda:
-------------- Fluxo Real
__________ Fluxo Monetário
Fluxo Real é caracterizado pelo fato das Empresas ou unidades produtoras fornecerem os bens
e serviços para as Famílias ou unidades consumidoras e essas fornecerem os serviços dos fatores de
produção.
Fluxo Monetário é caracterizado pelo fato das Famílias ou unidades consumidoras efetuarem
os pagamentos (despesas) pelo consumo de bens e serviços para as empresas ou unidades
produtoras e essas pagarem mediante a remuneração aos serviços dos fatores de produção.
Alternativas de Produção
Bens Econômicos A B C D E F
Chapas de Aço (Em mil toneladas) 0 3 6 8 9 10
Trilhos (Em mil unidades) 15 14 12 10 7 0
Chapas de aço Y
(Mil Toneladas)
X
Trilhos (Mil unidades)
Conclusões:
- Os pontos que estão em cima da curva (A; B; C; D; E; e F) , representam os pontos de máxima
produção, ou pontos de maximização da produção ou pontos de otimização da produção,
caracterizando assim, uma situação de pleno emprego;
- As extremidades dos eixos que constituem o plano cartesiano, têm do lado vertical o eixo que
representa a ordenada (Eixo: Y); e do lado horizontal o eixo que representa a abscissa (Eixo: X);
sendo que no Ponto A, são alocados todos os recursos na produção de trilhos e no Ponto F, são
alocados todos os recursos na produção de chapas de aço;
- A essência da Curva de Possibilidades de Produção (CPP), está fundamentada no fato de que
ao aumentar a produção de um determinado bem econômico (por exemplo: chapas de aço),
escolhido mediante a necessidade imediata ou urgente de uma sociedade ou de uma empresa,
ocasionará uma perda ou detrimento na produção do outro bem (por exemplo: trilhos); e
vice-versa;
- O Ponto K, que está acima ou fora da Curva de Possibilidade de Produção (CPP),
representa um ponto inatingível para a empresa, isto é, não poderá ser atingido com os recursos
disponíveis existentes (tais como: mão de obra especializada; insumos; capacidade tecnológica e
investimentos);
- O Ponto L, localizado abaixo ou dentro da Curva de Possibilidades de Produção (CPP),
mostra que existem recursos ociosos, ou seja, a empresa não está empregando todos os recursos
necessários em sua totalidade, por exemplo: a relação Homens/Horas/Máquinas trabalhadas não
está funcionado em sua total plenitude de capacidade produtiva, caracterizando assim, o
desemprego de recursos;
- O Custo de Oportunidade é o grau de sacrifício que se faz ao optar-se pelo aumento da produção
de um bem econômico (Chapas de aço, por exemplo), em detrimento ou perda da produção do
outro bem (Trilhos, por exemplo), sendo representado, portanto, pelo valor numérico
correspondente a essa perda ou redução na produção;
- O conceito de Custo de Oportunidade só é válido nos pontos que estão em cima da CPP,
caracterizando o pleno emprego, enquanto que os pontos que estão abaixo da CPP ou dentro da
CPP, representam um custo de oportunidade zero, pois não é necessário o sacrifício de recursos
produtivos;
- A Curva de Possibilidades de Produção (CPP) é decrescente devido ao sacrifício que tem de
ser feito quando uma sociedade ou uma empresa faz uma escolha ao optar pelo aumento da
produção de um bem econômico (chapas de aço), em detrimento ou perda da produção de outro
bem (trilhos) e vice-versa;
- A Curva de Possibilidades de Produção (CPP) é côncava em relação à origem, devido à "Lei
dos Custos Crescentes", pois, quando uma sociedade ou empresa opta ou faz uma escolha para
aumentar a produção de um bem (chapas de aço), a massa de trabalhadores com mão de obra
especializada, se desloca da produção do outro bem (trilhos) e vai aumentar o contingente de
trabalhadores na produção de chapas de aço. Portanto, à medida que ocorre esse deslocamento de
mão de obra especializada de maneira sucessiva, vai ocasionando aumento no custo da empresa,
gerando custos crescentes.
Exemplos numéricos de Custo de Oportunidade, obtidos mediante o diagrama dos pares
ordenados, assinalados por meio da associação dos pontos representados pelas letras A; B; C; D;
E e F , mostrados nas alternativas de produção.
DN = C
Fornecimento de Bens e Serviços
PN = ∑ pi qi PN = ∑ pi qi
Legenda:
------------- luxo Real
F
________ Fluxo Monetário
Fluxo Real é caracterizado pelo fato das Empresas ou unidades produtoras fornecerem os bens
e serviços para as Famílias ou unidades consumidoras e essas fornecerem os serviços dos fatores de
produção.
Fluxo Monetário é caracterizado pelo fato das Famílias ou unidades consumidoras efetuarem
os pagamentos (despesas) pelo consumo de bens e serviços para as empresas ou unidades
produtoras e essas pagarem mediante a remuneração aos serviços dos fatores de produção.
Com relação aos estudiosos do tema, costumam resumir a evolução histórica do pensamento
econômico em três etapas:
● O período “contemporâneo”, que se inicia com Adam Smith, no final do século XVIII,
chegando até nossos dias.
Posto isto, a periodização da História de qualquer teoria depende muito do aspecto que está
privilegiando, bem como tem embutido certo grau de arbitrariedade. Entretanto, existe consenso de
que o início da teoria econômica, de forma sistematizada, deu-se no ano de 1776, quando foi
publicada a obra de Adam Smith, “A Riqueza das Nações”.
Então, a partir do século XVI, observamos o nascimento do primeiro conjunto de ideias mais
sistematizadas sobre o comportamento econômico: o Mercantilismo.
A-) ANTIGUIDADE
Na Grécia Antiga, as primeiras referências conhecidas à Economia aparecem nos trabalhos
dos gregos que fizeram importantes contribuições ao estudo dessa Ciência, discorrendo sobre
questões relativas à riqueza, à propriedade e ao comércio. Por exemplo, Xenofonte (440 – 355 a.C.)
produziu diversos escritos importantes sobre agricultura e sobre o sistema tributário na Grécia
Antiga. Foi esse historiador quem primeiro utilizou o termo “econômico” numa obra. O
filósofo Aristóteles (384 – 322 a. C.) também escreveu obras em que discutia a função do Estado
na economia, a usura, o salário, a aquisição e a troca de bens, o valor e a formação da riqueza.
Pode-se dizer que, na Idade Antiga, o que se poderia chamar de “pensamento econômico”
voltava-se principalmente para a solução de problemas relacionados à administração de bens e
recursos dos indivíduos, ou às transações comerciais.
Durante toda a Idade Média predominou no Ocidente as teses da Igreja Católica, regendo
todas as instâncias da vida do homem, inclusive a economia. A Igreja considerava, por exemplo,
que o comércio seria uma atividade econômica de menor valor que a agricultura. As questões
teológicas estavam profundamente envolvidas nos debates sobre economia, como no caso da
condenação da usura (tal como se chamava a cobrança de juros em contratos de empréstimos) pelo
direito canônico (a ordem jurídica imposta pela Igreja). Outra questão muito debatida pela Igreja foi
o que seria o preço justo de um bem qualquer.
B-) Mercantilismo
A política mercantilista, que buscava caminhos para a gestão das economias nacionais,
tinha como prática o Intervencionismo Estatal, que era consubstanciado na ideia de que o Estado
intervém na economia, isto é, o Estado comanda a economia, regulariza as transações econômicas
mediante a cobrança de pesados impostos e tarifas, criando barreiras alfandegárias, para impedir o
livre comércio entre cidades locais ou inter-regionais de longas distâncias (Mercantilismo
Comercial e Marítimo).
A prática mercantilista era voltada para o acúmulo de metais preciosos (ouro e a prata),
assim, a visão mercantilista de riqueza de uma nação era mensurada ou medida pelo crescente
acúmulo desses metais (obtidos muitas vezes pelos constantes ataques de corsários e piratas).
Portanto, era de todo vantajoso, ainda, que o país tivesse colônias, pois atenderia a quatro
importantes conveniências: além de ouro e outros metais preciosos, conforme já mencionados, as
colônias também forneciam matérias-primas e mão de obra para alimentar a manufatura nacional, e,
transformavam-se em mercados consumidores dos produtos manufaturados pela metrópole.
C-) Fisiocracia
D-) Clássicos
Na corrente Clássica destaca-se o seu principal expoente Adam Smith, que em 1776,
publicou o livro “A Riqueza das Nações”. A ideia central desse livro era o fato de que a economia
funcionava em equilíbrio, mediante a ação de “uma mão invisível” que atuava fazendo com que as
quantidades demandadas (curva de demanda) se igualariam com as quantidades ofertadas (curva de
oferta), proporcionando o ponto de equilíbrio resultante da interseção das curvas de demanda e de
oferta. Segundo a ideia de Smith, a produtividade decorre da divisão de trabalho, e essa, por sua
vez, decorre da tendência inata da troca, que é estimulada pela ampliação dos mercados.
Thomas Robert Malthus, foi o autor do livro “Ensaio sobre o Princípio da População”, em
1798, onde concluiu que a produção de alimentos cresce em Progressão Aritmética (P.A), enquanto
a população tenderia a aumentar em Progressão Geométrica (P.G.), o que acarretaria pobreza e
fome generalizadas. Malthus não previu o ritmo e o impacto do progresso tecnológico na
agricultura, nem as técnicas de controle da natalidade que se seguiriam.
John Stuart Mill (filho de James Mill) representa o último filamento das ideias clássicas, pois
buscou sistematizar e consolidar a análise clássica, desde Adam Smith. Ao fazê-lo, modificou
algumas premissas, e introduziu na economia preocupações de “Justiça Social” que lhe valeram o
qualitativo de “Clássico da Transição” entre a sua Escola e as reações socialistas. Foi um dos
grandes defensores do Utilitarismo (Teoria da Utilidade), conhecido também como Pragmatismo,
o qual significava uma teoria ética e social que defende a maximização da utilidade como objetivo
do homem e do pensamento liberal e dos ideais democráticos do século XIX. Sua obra consolida o
exposto por seus antecessores, e avança ao incorporar mais elementos institucionais e ao definir
melhor as restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado.
Karl Marx e seu seguidor Friedrich Engels estabeleceram as bases da doutrina socialista centrada
na Teoria do valor-trabalho, onde o operário cria um valor equivalente ao do gasto de sua força de
trabalho durante a jornada total, valor que lhe é devolvido sob a forma de salário; e no conceito da
mais-valia que representa o trabalho suplementar, em que o operário cria um valor excedente ao de
sua força de trabalho, valor esse que é apropriado pelo capitalista sem repassar nada ao operário,
constituindo assim, um sobrevalor ou mais-valia. Foi autor do livro “O Capital”, publicado em
1867, o qual neste livro procurou explicar a evolução das relações econômicas nas sociedades
humanas ao longo do processo histórico. A essência deste livro visava a luta de classes entre
senhores versus escravos, senhores feudais versus servos da gleba e burgueses versus
proletários.
Por fim, aparecem Samuelson e Hicks como autores da chamada 2ª síntese Neoclássica,
ou seja, da tentativa de se enquadrarem Keynes (sua teoria será abordada logo a seguir) e os
Clássicos em um mesmo modelo teórico explicativo, em que as políticas econômicas de cada um
são utilizadas de acordo com a situação em que se encontra a economia. Quando ocorresse pleno
emprego, a teoria clássica deveria ser aceita; no desemprego e nas crises, teria lugar a política
econômica Keynesiana.
Com relação à Economia do Bem-estar, teve como principal expoente Arthur Pigou, que
foi o sucessor de Marshall na Cátedra de Economia Política da Universidade de Cambridge, que
desafiou a tradição Neoclássica relativamente à substituição da ação industrial privada pelo Estado,
na esfera econômica.
Para Keynes, não existem forças de auto-ajustamento na economia, por isso se torna
necessária a intervenção do Estado por meio de uma política de gastos públicos. Tal
posicionamento teórico significa o fim da crença no Laissez-Faire como regulador dos fluxos real e
monetário da economia e é chamado princípio da Demanda Efetiva.
os anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, houve desenvolvimento expressivo
N
da teoria econômica. Por um lado, incorporaram-se os modelos por meio do instrumental estatístico
e matemático, que ajudou a formalizar ainda mais a ciência econômica. Por outro, alguns
economistas trabalharam na esteira de pesquisa aberta pela obra de Keynes. Debates teóricos sobre
aspectos de seu trabalho duram até hoje, destacando-se três grupos: os monetaristas, os fiscalistas e
os pós-keynesianos.
Por fim, Keynes insiste numa política de dinheiro “exato”, medindo a redução da taxa de
juro, política necessária à expansão do crédito. Sendo assim, esta política do juro constitui a peça
central do sistema de Keynes. Ele ressalta também, o interesse das taxas internacionais, mostrando
que um produto, ou um serviço, exportado para o estrangeiro, apresenta, do ponto de vista do
emprego, a mesma vantagem que um investimento, e insiste na importância econômica de uma
balança de comércio favorável. Estas ideias de expansão das trocas, através de uma política de
investimentos internacionais, que serviram de inspiração para se criarem o Fundo Monetário
Internacional (FMI) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento Econômico
(BIRDE). As ideias expedidas por Keynes nas suas primeiras obras, mostram que a política por ele
preconizada consiste em permanente controle econômico por parte do Estado. Keynes visava
elaborar uma teoria do funcionamento do sistema em seu conjunto, ou seja, procurava considerar o
problema em termos mais gerais de rendimentos globais, procura global e emprego global. A teoria
econômica de Keynes proporcionou novas concepções e não só alargou o quadro do estudo
econômico, mas também tornou possível uma análise mais exata e mais completa.
J-) Os Pós-Keynesianos
Os economistas que se destacaram nesta corrente de pensadores foram Joan Robinson,
Paul Davidson, Hyman Minsky, Piero Sraffa e Alessandro Vercelli, cujo trabalho aborda
outras implicações da obra de Keynes, enfatizando o papel da moeda e da especulação
financeira e procurando uma análise alternativa no movimento de ruptura com os clássicos.
Esses autores insatisfeitos com os resultados que a macroeconomia vinha apresentando,
procuraram, a partir da década de 70, superar essas dificuldades com uma volta ao pensamento de
Keynes e outros autores do passado. O suporte para essa releitura de Keynes era a convicção de que
deficiências de demanda agregada constituem a questão mais importante das economias
capitalistas, sendo responsável pelos níveis de desemprego verificados em muitos países,
redução da atividade econômica e desaceleração das taxas de crescimento do produto. Portanto, na
realidade os pós-keynesianos retornam à obra básica de Keynes.
Por fim, pode-se destacar que, apesar das diferenças entre as várias correntes, há consenso
quanto aos pontos fundamentais da teoria, uma vez que todas são baseadas no trabalho de Keynes.
Os autores oferecem diferentes definições do Direito Econômico. Seguem linhas teóricas diversas e
as suas definições obedecem a essa diversificação. Porém, todos se dirigem no mesmo sentido de
atender à realidade de uma sociedade na qual Estados, indivíduos e diferentes entidades atuam
juridicamente, em sede de política econômica, na realização da justiça.
“Direito Econômico é o ramo do Direito que tem por objeto a juridicização, ou seja, o
tratamento jurídico da política econômica e, por sujeito, o agente que dela participe. Como tal, é o
conjunto de normas de conteúdo econômico que assegura a defesa e harmonia dos interesses
individuais e coletivos, de acordo com a ideologia adotada na ordem jurídica. Para tanto utiliza-se o
princípio da economicidade”.
Detalhemos:
Esses são exemplos dos “sujeitos” das atividades inseridas no campo do Direito
Econômico.
Na prática da atividade econômica, o indivíduo, o Estado, a empresa ou demais entes que
figurem como seu “sujeito” seguem uma linha políticoeconômica ditada pela ideologia
constitucional na defesa dos seus respectivos interesses. Assim, afirma-se o que identificamos como
o “poder de ação econômica” de cada um deles.
O Direito Econômico se incumbe precisamente da harmonização das atividades
correspondentes a essa prática levada a efeito pelos diversos sujeitos. Dessa forma, configura-se a
“relação de direito Econômico”.
- “normas-objeto”, postas em evidência no Direito brasileiro por Eros Grau, a partir da afirmativa
da “finalidade” como objetivo do Direito. Daí conclui que, ao ser o Direito (norma) dinamizado
como instrumento de governo, ultrapassa as funções tradicionais de “organização” e de “ordenação”
para ter em vista a implementação de políticas públicas referidas a fins múltiplos e específicos,
cabendo às “normas-objetivo” a tarefa de defini-las.
A particularidade das normas de direito Econômico, está em que o seu conteúdo é sempre
“econômico”, enquanto gênero, configurando a “política econômica”, enquanto espécie.
F-) ...”de acordo com a ideologia adotada”...
O Direito Econômico não se limita à ação econômica apenas do Estado, mas também dos
entes privados, como o indivíduo, as empresas, os órgãos de defesa de interesses individuais ou
coletivos pois todos eles participam da política econômica que envolve a vida social. Geralmente se
incluem entre os que assim o consideram aqueles que procedem de ramos jurídicos voltados para a
ação do Estado.
Aqueles que tomam o Direito Econômico pelo seu “objeto” geralmente focalizam a “realidade
econômica”, especialmente pelos “fatos econômicos fundamentais”, e lhe atribuem a incumbência
de discipliná-la juridicamente.
O poder econômico passa a ser tratado em ambos aspectos, sobretudo a partir do momento em
que o Estado passou a atuar economicamente e a preocupar-se com as manifestações do primeiro.
Assim, o poder econômico manifesta-se como força de imposição de decisões, dando ao “fato
econômico” tal significação que comumente é tomado como “fonte” de Direito, como detentor de
“força jurígena”.
Por outro lado, considera-se a própria estrutura da sociedade moderna, em que, ao lado dos
Poderes tradicionais, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, fala-se da institucionalização do
poder econômico.
A Teoria Geral do Direito Econômico deverá tomar por instrumentos os elementos fundamentais da
sua conceituação, seu sujeito, seu objeto, método, peculiaridades de sua legislação, técnica de
legislar, seu atendimento às características da dinâmica e das mutações sociais que a disciplina terá
de considerar, chegando aos dados de uma teoria capaz de garantir-lhe plena satisfação nos
objetivos da justiça, ante a realidade econômica.
Destaca-se para o tratamento jurídico da política econômica como elemento fundamental na
caracterização das suas normas típicas; a inviabilidade da divisão entre Direito público e Direito
Privado; a ampliação dos tipos dos sujeitos na relação jurídica; a desnecessidade da sanção penal
tradicional na efetivação de suas normas; o destaque para o entendimento do seu “conteúdo”; a
identificação dos seus “fundamentos”, “princípios”, “regras” e normas; o afastamento das linhas de
consideração da macroeconomia e microeconomia; a definição do seu campo de ação; a
flexibilidade hermenêutica para a qual oferecemos o instrumento da “economicidade”; a
possibilidade de afirmação enquanto Direito Positivo, que garantimos com o princípio da “ideologia
constitucionalmente adotada” e assim por diante.
Sempre que um ramo novo do direito se destaca, e dizemos que conquista sua autonomia, não o faz
com facilidade ou sem resistências. Surgem as correntes que o combatem, que lhe negam a
existência e procuram impedir seu reconhecimento. A autonomia, entretanto, não se efetiva pela
vontade das pessoas, impõe-se pela realidade social. A configuração da chamada “sociedade
industrial”, “sociedade de consumo”, que representa um complexo de ideais ligados ao bem-estar
material do homem, e, portanto, com destaque para o tratamento jurídico do elemento
político-econômico sobre os demais, garantem a autonomia do Direito Econômico.
Quanto às mutações projetadas para o século XXI, com a política econômica das “Uniões” e das
“Comunidades” entre países, com a decadência das atuais relações contratuais entre o capitalismo e
o trabalho, prenunciando uma “sociedade sem emprego”, a “globalização” e as conquistas dos
Direitos Econômicos enquanto Direitos Humanos.
O Direito Econômico é como uma espécie do gênero “Direito”, visto que o tratamos como
disciplina jurídica aplicada ao campo específico e delimitado, da política econômica, embora esta
assuma extensão correspondente aos novos conceitos das relações político-econômicas entre povos,
sem perder a objetividade de Direito dos respectivos países, quer em suas ordens jurídicas internas,
quer nas relações internacionais e comunitárias.
Essa afirmativa fica mais esclarecida quando recorremos ao sentido do discurso do Direito
que se exprime no “dever-ser”, e o aplicamos ao direito Econômico, ditando as normas do
comportamento daqueles que praticam atividade políticoeconômica na sociedade.
O “fato econômico”, explicado pela Ciência Econômica, acontece na sociedade. Como tal, é
“fato social”. O “ato econômico” exprime a “atividade econômica” e também deve ser disciplinado
e submetido a regras jurídicas.
Assim, se o Direito se manifesta por “normas”, diremos que estas são “modo de agir”,
“formas de proceder”, “formas” de o sujeito se comportar. Também diremos que essas “normas”
têm um “conteúdo”, visto que são regras definidoras de determinado tipo de ação.
Desse modo, o Direito econômico cuida de temas econômicos, porém com a particularidade
que suas normas sempre têm, e somente têm, conteúdo econômico, e o apresentam na modalidade
“político-econômica”.
Por fim, ao se falar, enquanto Direito posto, que ele se fundamenta e estabelece os seus
princípios a partir da ideologia adotada constitucionalmente, subentende-se que se trata dos
aspectos políticoeconômicos dessa ideologia a serem concretizados por intermédio das normas de
Direito Econômico.
Por tudo isso é que se luta para o tratamento da "Economia Aplicada ao Direito" como
disciplina ou método de estudo da Economia voltada para objetivos de conhecimento jurídico.
Como "ciência-fronteira" cumpre essa função. Como método de estudo, assume a posição de
matéria fundamental ao próprio conhecimento das manifestações do direito, que procura
corresponder à chamada "sociedade moderna", "sociedade industrial", "sociedade de consumo"
mas, igualmente, à pós-industrial", ou "pós-moderna".
Bibliografia:
- SOUZA, W.P.A. Primeiras Linhas de Direito Econômico. 6. ed. São Paulo: LTr, 2005.
onde:
d
Q i = quantidade procurada (demandada) do bem i/t (/t significa num dado período de tempo);
Portanto, a relação entre Qi e o preço do próprio bem (Pi) é dada através da função geral da
demanda; que de forma reduzida é expressa por:
₫
Q i = f (Pi); supondo as variáveis Ps, Pc, R e G constantes. O Termo Coeteris Paribus, significa
que estas variáveis são constantes.
Portanto, a Lei Geral da Demanda diz que a quantidade demandada de um bem (Qdi) está
inversamente relacionada com o preço desse bem i (Pi), Coeteris Paribus, isto é, tudo o mais
permanecendo constante. Portanto, existe uma relação inversa ou indireta entre o preço de um
bem (Pi) e a quantidade demandada desse bem (Qdi).
Pi
Qi
Assim, essa relação é inversa devido aos chamados Efeitos Substituição e Renda, que
agem conjuntamente. Portanto, serão analisadas duas situações:
Efeito-Substituição - o bem fica barato relativamente a outros, com o que a quantidade demandada
desse bem aumenta;
Efeito-Renda - com a queda de preço, o poder aquisitivo (ou "Renda Real") do consumidor
aumenta, e a quantidade demandada do bem i (Qd i), deve aumentar. Isto é, ao cair o preço de um
bem (Pi), o consumidor tem mais renda para gastar.
Ocorrerá uma queda da Quantidade Demandada desse Bem i que será provocada pelo
Efeito-preço (ou Efeito-Total), que é a soma dos Efeitos: Substituição e Renda.
A curva de demanda ou procura mostra a relação entre o preço do bem e a quantidade deste
bem que o consumidor está disposto a adquirir num certo período de tempo (/t), tudo o mais
permanecendo constante, ou seja, não variando o Preço dos outros bens (Pi), a Renda (R) e o Gosto
do consumidor (G).
Quantidade demandada ou procurada (Qd) é a quantidade máxima de um bem que os
compradores estão dispostos a adquirir por certo preço (num intervalo fixo de tempo/t).
A Teoria da Oferta abrange a teoria da produção, que estuda o processo de produção numa
perspectiva econômica.
Relacionando a quantidade ofertada de um bem com seu preço obtemos a Curva de Oferta,
através do gráfico abaixo:
Gráfico da Oferta (S)
Pi
Qi
Portanto, a função ou Teoria da Oferta é colocada em função das seguintes variáveis,
consideradas as mais relevantes e gerais:
s
q i = f (Pi; Pn; Πm; T) = Função ou Teoria Geral da Oferta
onde:
s
q i = quantidade ofertada do bem i / t ( / t = significa em um dado período de tempo);
Pi = preço do bem i / t;
Pn = preços de outros bens / t;
Пm = preço dos fatores de produção / t;
T = Tecnologia ou o objetivo da empresa / t.
Portanto, a Lei da Oferta é quanto maior o preço de um bem econômico (Pi), maior
será a quantidade ofertada deste bem (Qis), (coeteris paribus) e vice-versa, ou seja, existe uma
relação diretamente proporcional entre o preço do bem (Pi) e a quantidade ofertada deste
bem i (Qis).
O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela procura.
O ponto de Equilíbrio (E) de mercado é quando ocorre a interseção das curvas de Oferta e de
Procura (demanda) de um bem, ou seja, quando a quantidade que os consumidores desejam
comprar é exatamente igual à quantidade que os produtores desejam vender (quando a
demanda for igual à oferta), conforme gráfico abaixo:
Pi
Qi
Qs = 48 + 10 P
Qd = 300 - 8 P
2-) Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente,
pelas seguintes equações:
Qs = 10 + 1P
Qd = 22 - 3p
ASPECTOS DA MACROECONOMIA
- emissões;
- reservas compulsórias (R) ou depósitos obrigatórios (percentual sobre os depósitos
que os bancos comerciais devem reter junto ao Banco Central); ou seja, os bancos
guardam certa parcela de seus depósitos no Banco Central (BACEN), para atender a seu
movimento de caixa e compensação de cheques. Essas são as contas de caixa e de
reservas ou depósitos voluntários. Todavia, o BACEN obriga os bancos comerciais a
reter uma parcela dos depósitos como depósitos obrigatórios, que não poderão ser
utilizados pelos bancos para empréstimos ou aplicações.
- As reservas obrigatórias representam importante instrumento de política monetária. Assim
temos as seguintes análises:
- Aumento da taxa de reservas compulsórias (R) (implicará em uma redução dos meios de
pagamento), dado que os bancos emprestarão menos ao público.
2ª Análise: Se o objetivo da Política do Governo for de optar por uma política de crescimento
e de geração de novos empregos, a medida adotada deve ser:
- Regulamentação sobre crédito e taxa de juros; ocorre quando o BACEN afeta o sistema
financeiro via regulamentação e controle do crédito, que se dá por meio da política de juros,
controle de prazos, regras para o financiamento aos consumidores etc.
São políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia (X e
M).
O controle de preços e salários são utilizados como política de combate à inflação. Por
fim, esses controles também são denominados “políticas de rendas” no sentido de que influem
diretamente sobre as rendas.
1ª) ANÁLISE: Se o objetivo da Política do Governo for combater ou controlar às expectativas
inflacionária (significa tirar Dinheiro de Circulação = Reduzir os Meios de Pagamento ou
Desmonetizar a Economia), as medidas econômicas reducionistas adotadas são;
(são medidas que desestimulam ou inibem o consumo):
− Redução dos Salários(W); Aluguéis (A); Lucros (L) e Juros (J); Política de Rendas;
− Aumento dos Preços dos Produtos ou Mercadorias; Política de Rendas;
− Aumento na Alíquota do IPI de Produtos Importados; Política Comercial/Vendas;
− Valorização Cambial, a Moeda Nacional (Real) está mais valorizada do que a Moeda
Estrangeira (Dólar), o que caracteriza uma queda Taxa de Câmbio. Política Cambial.
FLUXO CIRCULAR DE VENDA DE TÍTULOS PELO GOVERNO FEDERAL (TESOURO
NACIONAL= TN) PARA OS BANCOS COMERCIAIS
O Governo Federal vende títulos públicos para os bancos comerciais
FLUXO EXTERNO
DN = C
Os bancos comerciais vendem títulos para o Governo Federal (TN)
FLUXO INTERNO
O TN paga pelos títulos e injeta dinheiro
nos bancos comerciais
Política de Geração de Emprego e
crescimento
RN= W + A + L + J
Os Bancos comerciais pagam pelos títulos públicos e injeta dinheiro no
Governo Federal (Tesouro Nacional)
(Política de combate à expectativa de Inflação)
Legenda:
________ Fluxo Externo da Política do Governo de Combate à Inflação
2ª) ANÁLISE: Se o objetivo da Política do Governo for gerar maior Crescimento e Emprego
(significa colocar mais dinheiro em Circulação = Aumentar os Meios de Pagamento ou
Monetizar a Economia), as medidas econômicas expansionistas adotadas são;
(obs.: são medidas que estimulam ou incentivam o consumo):
FLUXO EXTERNO
DN = C
Os bancos comerciais vendem títulos para o Governo Federal (TN)
(Política de Geração de Emprego e
crescimento)
FLUXO INTERNO
O TN paga pelos títulos e injeta dinheiro
nos bancos comerciais
(Política de Geração de Emprego e crecimento)
RN= W + A + L + J
Legenda:
________ Fluxo Externo da Política do Governo de Combate à Inflação
- - - - - - - - Fluxo Interno da Política do Governo de Geração de Novos
Empregos e Crescimento
No mercado de bens e serviços, as formas de mercado, segundo essas três características, são
as seguintes:
A-) Concorrência Perfeita ou Pura – é uma estrutura de mercado no qual existem muitos
compradores e muitos vendedores, de forma que nenhum comprador ou vendedor individual exerce
influência sobre o preço. Portanto, possui um número infinito de firmas, produto homogêneo, e não
existem barreiras à entrada de firmas. Exemplo: Produtos hortifrutigranjeiros.
Para que esse processo ocorra de maneira correta, a criação formal dos mercados perfeitamente
competitivos requer que se cumpram as quatro condições seguintes:
Existência de elevado número de ofertantes e demandantes. Implica que a decisão individual de
cada um deles exercerá pouca influência sobre o mercado global. Assim, se um produtor individual
decide aumentar ou reduzir a quantidade produzida, esta decisão não influi sobre o preço de
mercado do bem que produz.
Homogeneidade do produto. Supõe que não existe diferença entre o produto que vende um ofertante
e o que vende os demais.
Transparência do mercado. Requer que todos os participantes tenham pleno conhecimento das
condições gerais em que opera o mercado.
Liberdade de entrada e saída de empresas. Todas as empresas participantes poderão entrar e sair do
mercado de forma imediata. Assim, por exemplo, se uma empresa está produzindo calçados
esportivos e não obtém lucros, abandonará esta atividade e começará a produzir outros bens mais
lucrativos.
B-) Monopólio – no mundo real, não é frequente acontecer a concorrência perfeita, pois
existem fortes incentivos para tentar quebrá-la, já que a empresa tem certo controle sobre os preços
e pode utilizar essa capacidade para influir sobre os mesmos, buscando melhorar sua posição
individual. Dada esta perspectiva, o monopólio e a concorrência perfeita aprecem como dois
extremos. Assim, no mercado monopolista existe um só ofertante, que tem plena capacidade de
determinar o preço. Portanto, é uma estrutura de mercado em que existe uma única empresa, com
produto sem substitutos próximos, com barreiras à entrada de novas firmas.
D-) Oligopólio – é uma estrutura de mercado onde existe um número reduzido de vendedores
(ofertantes), diante de uma grande quantidade de compradores, de forma que os vendedores podem
exercer algum tipo de controle sobre o preço.
12.2.1 Externalidades
Quando uma ação individual gera, não apenas custos (benefícios) individuais, mas também
custos (benefícios) para terceiros, dizemos que existem externalidades negativas (positivas). Mais
ainda, em ambos os casos, a alocação de recursos não se mostrou eficiente, já que custos e
benefícios não foram devidamente internalizados pelos perpetradores dos atos analisados.
Temos também, o fato de que a população da cidade sem fábrica não tem empregos,
portanto, uma fábrica não se localizaria em uma cidade deserta, pois o que se vê são fábricas em
cidades gerando empregos e elaborando produtos para atender as necessidades dessa
população.
Algumas décadas mais tarde, Ronald Coase escreveu o artigo que viria a originar a
moderna Análise Econômica do Direito: (O Problema do Custo Social). Assim, a proposta de coase
para o problema das externalidades foi desviar o foco para os chamados custos de transação.
Posto isto, a análise econômica dos contratos deve ser processada a partir de duas premissas
diretamente vinculadas. A primeira se refere à existência dos chamados custos de transação e a
segunda diz respeito ao inevitável caráter incompleto dos vínculos firmados.
Posto isto, todos esses aspectos são considerados para a melhor configuração dos custos
transacionais. Papel relevante para instituições é poder equilibrar as relações negociais, atuando de
forma a reduzir esses custos de transação. Por outro lado, as empresas atuam de forma a buscar
melhor eficiência nos negócios. Essa eficiência se traduz, evidentemente, em maiores lucros e
resultados para os acionistas.
Posto isto, é necessário que os custos de transação sejam baixos, o que, infelizmente, não
ocorre no Brasil. A burocracia estatal é enorme, implicando efeitos também na relação Estado
e contribuinte. Os custos de conformidade, assim como as recorrentes sanções políticas
impostas pelo Estado, têm o efeito de aumentar os custos de transação, enferrujando o mercado.
Grande parte do enorme tempo necessário para abrir ou encerrar uma empresa se deve a
obrigações tributárias, e isso tem um efeito direto na atividade privada.
Por fim, a solução de Coase, depois denominada por outros economistas de “Teorema
de Coase”, pode ser assim enunciada (em uma versão simplificada):
Direitos de Propriedade Definidos e Objetivos (+) Custos de Transação Baixos (=) Eficiência
Econômica.
È difícil ver alguém que assista apenas a canais de televisão aberta hoje em dia. A
transmissão de programas pela televisão é um bom exemplo da evolução tecnológica e também um
excelente ponto de partida para se entenderem os conceitos de bem público, privado, de uso
comum ou de monopólios naturais.
Em primeiro lugar, tenha em mente que um programa de televisão é um bem público até o
advento da transmissão via cabo. O caráter “público” do bem, portanto, não tem relação alguma
com o governo ou estatais. Na verdade, um bem pode ser mais ou menos público conforme dois
atributos que lhe são inerentes: excludência e rivalidade.
12.1 Introdução
A Teoria Monetária aborda seus impactos na economia, e abrange um conjunto de instituições e
instrumentos que cumprem funções importantes, tais como:
12.2 Moeda
12.2.1 Conceito
É um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para intermediar as transações
econômicas, para pagamento dos bens, serviços e fatores de produção. Em síntese, é um
instrumento de troca.
a) Pré-economia monetária ou escambo – é o primeiro estágio que corresponde a poucas trocas esparsas e
esporádicas, em que as trocas são diretas e a atividade produtiva não está voltada para o mercado. A
sociedade medieval é um exemplo: apesar da existência de moedas, seu uso era esporádico e a maior parte
das trocas era realizada de forma direta;
b) O segundo estágio é o da moeda mercadoria. As trocas são indiretas, existe uma venda e depois uma
compra. O produtor troca seu produto pela moeda mercadoria, ou seja, vende, e, depois, troca a moeda
mercadoria pelo que deseja, portanto, compra.
A moeda mercadoria utilizada variava de lugar a lugar. Em alguns lugares, foi utilizado o gado, em outros o sal, ou,
ainda, conchas. Contudo, os metais acabam sendo utilizados como moeda, em função de suas qualidades de
homogeneidade; durabilidade, portabilidade e escassez;
13.1 Conceito
Instrumento ou meio de troca – serve para intermediar o fluxo de bens, serviços e fatores de
produção da economia;
A moeda como medida de valor ou Unidade de Conta – fornece o padrão para que as demais
mercadorias expressem seus valores;
Reserva de valor – a posse de moeda representa liquidez imediata para quem a possui. Pode ser
acumulada para a aquisição de um bem ou serviço no futuro (desde que a economia esteja estável
aos preços).
13.3 Características Essenciais da Moeda
Homogeneidade – duas unidades monetárias distintas, de igual valor, devem ser rigorosamente
iguais;
Transferibilidade – diz respeito à facilidade com que deve processar-se sua transferência, de um
possuidor para outro. Se a moeda estiver materializada em uma mercadoria qualquer ou em uma
cédula emitida e garantida pelo Estado, é desejável que tanto a mercadoria quanto a cédula não
tragam quaisquer registros que identifiquem seu atual possuidor.
Obs.: Exemplos de títulos emitidos por Instituições depositárias – depósitos a prazo correspondem
a aplicações financeiras de curto prazo (em torno de 30 dias), sob a forma de RDBs e CDBs (Recibos
e Certificados de Depósitos Bancários). As letras de câmbio são títulos emitidos por sociedades de
crédito, financiamento e investimento (chamadas “financeiras”), para financiamento de crédito ao
consumidor. As letras hipotecárias correspondem a títulos vinculados ao sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo (SBPE), emitidos por Sociedades de Crédito Imobiliário e pelo extinto Banco
Nacional da Habitação (BNH).
Exemplos de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central,
incluindo LTNs (Letras do Tesouro Nacional), BTNs (Bônus do Tesouro Nacional), NTNs
(Notas do Tesouro Nacional) e LFNs (Letras Financeiras do Tesouro Nacional), além de LBCs
(Letras do Banco Central) e BBCs (Bônus do Banco Central).
Mı, são haveres ou ativos monetários que constituem os meios de pagamento de liquidez
imediata que não rendem juros. Mo é também chamado de moeda manual ou moeda corrente, e é
o estoque de moeda metálica e papel-moeda que fica em poder das pessoas ou das firmas. Mı são os
depósitos em conta corrente nos bancos comerciais; também é chamado de Moeda escritural ou
bancária.
M2, M3 e M4 incluindo as quase-moedas, são haveres ou ativos não-monetários, que rendem
juros aos aplicadores. Exemplos: FAF; FIF-CP; FRF-CP; RDBs; CDBs; Letras Hipotecárias,
Letras de Câmbio; debêntures, ações, entre outros.
a) Moedas Metálicas – visam facilitar as operações de pequeno valor, através de unidade monetária
fracionada. São emitidas pelo BACEN.
M = Mc + Md
Onde,
M = Oferta Monetária Total;
13.6 Teoria Quantitativa da Moeda (TQM): Relação entre Moeda, Preços e Renda Nacional
Uma expressão antiga que mostra de forma simples a relação entre oferta e demanda de
moeda e que também permite verificar a relação entre o lado monetário e o real da economia é
a chamada equação de trocas ou teoria quantitativa da moeda. Essa expressão diz que MV =
PT, ou seja, a quantidade total de moeda (M) vezes a velocidade de transações (V) é igual ao
nível geral de preços (P) vezes o total de transações (T).
Portanto, os dois lados da equação são iguais, por definição: a quantidade total de
moeda multiplicada pelo número de vezes que circula é igual ao valor das transações
efetuadas. Por exemplo, supondo um saldo monetário de R$ 300 bilhões e uma velocidade de
circulação igual a seis, multiplicando o saldo pela velocidade obtém-se o valor total de transações
de R$ 1.800 bilhões.
Posto isso, na versão mais atualizada, o lado direito dessa equação é expresso em termos
da Renda ou Produto Nacional. Chamando de Y a Renda Nacional Real (já deflacionada),
temos a seguinte expressão:
MV = Py
Sendo Py o produto ou renda nacional corrente ou nominal.
Nesse caso, V passa a ser chamado de velocidade-renda da moeda, que é o número de vezes que
o estoque de moeda passa de mão em mão, em certo período, gerando produção e renda. Ou seja, é
o número de giros da moeda, criando renda, Esse processo é dado pela expressão:
Para mostrar o mecanismo de expansão monetária (ou seja, da oferta de moeda por meio dos
bancos comerciais= Bcoms), vamos supor que os bancos comerciais mantenham uma parcela de
r% dos seus depósitos como reservas e emprestem os restantes (1-r)% ao público; r é chamada
de taxa de reservas ou encaixes bancários, ou relação reservas-depósito.
Vamos supor também que o público decida reter c% do total dos seus ativos monetários
em moeda manual (Mm), não depositada nos bancos; c é a chamada taxa de retenção do
público em relação ao total dos meios de pagamento.
O processo pode se iniciar, por exemplo, como um novo depósito, digamos no Banco (A).
Esse Banco fica com r% como reserva e empresta (1 – r)% ao público. Já nesta primeira etapa
ocorreu um aumento da moeda escritural, pois parte do depósito inicial foi emprestada a
terceiros, criando mais moeda escritural, o que já representa um aumento dos meios de
pagamentos.
O público, recebendo (1-r), guardará c% como moeda manual (Mm) e depositará o
restante, (1-c).(1-r). Chamando M de multiplicador monetário, chega-se a fórmula da PG:
1
M = ______________________
1 – (1- c). (1 – r)
Portanto, chega-se a conclusão de que o multiplicador monetário varia inversamente em
relação à taxa de reservas ou à taxa de retenção ao público. Quanto mais os bancos forem
obrigados a reter em caixa (maior r), menos eles poderão emprestar ao público, e menor a
expansão monetária. Da mesma forma, quanto maior a taxa de retenção do público (maior c),
menos será depositado nos bancos, e, evidentemente, os bancos contarão com menos depósito para
repassar a outros clientes.
No Brasil, a taxa de retenção do público (c) é normalmente calculada como a relação entre a
moeda manual (Mm) em poder do público e depósitos à vista, e a taxa de reservas r é repartida
em r1 que
é que é o total de encaixes (caixa) nos bancos comerciais (Bcoms), e r2, reservas
(depósitos) voluntários dos bancos comerciais e r3 total de reservas (depósitos) compulsórios
ou obrigatórios, ambos em relação aos depósitos à vista nos bancos comerciais.
As reservas e encaixes voluntários (R) são determinados pela experiência do banco, e
representam a parcela dos depósitos que deve ser guardada em moeda para atender ao movimento
normal do banco. As reservas obrigatórias (R), ou exigência de reservas, são determinadas
pelas autoridades monetárias, representando um dos principais instrumentos de política
monetária.
M
____ = m ou M= B.m
Sendo,
M = PMPP + DV
B = PMPP + R
Onde,
E = DV - R
M = M/B; temos,
m= 1+ c
______
c + r
b-) de variações na taxa de retenção do público c (maior c, menor m e, portanto, menor M);
c-) de variações na taxa de reservas bancárias r (maior r, menor m e, portanto, menor M).
Deve ser observado que as políticas monetárias não têm muito efeito sobre a taxa de
retenção do público c, pelo menos a curto prazo, dado que é um parâmetro que depende de hábitos
da coletividade, como por exemplo, o uso de cartões de crédito. A atuação maior das autoridades
dá-se sobre a taxa de reservas bancárias (r) e sobre a base monetária (B), não tendo
praticamente controle da taxa de retenção de moeda pelo público (c).
Por fim, a base monetária consiste da moeda emitida mais as reservas bancárias, sendo
praticamente toda a moeda “física” disponível (papel-moeda e moedas metálicas) que está em
poder do público, ou, então, com os bancos, ou seja, é o total do Papel moeda em poder do
público (PMPP) mas as reservas dos bancos comerciais (R) resultando na seguinte expressão:
B = PMPP + R
A.2 O mercado de crédito tem a função precípua de atender às necessidades de crédito a curto e
médios prazos. As operações mais freqüentes estão relacionadas ao crédito ao consumidor para
compra de bens duráveis e ao financiamento de capital de giro para as empresas. Atuam nesse
segmento, principalmente, as instituições financeiras bancárias e, complementarmente, as
instituições financeiras não bancárias.
A.4 O mercado cambial está sob a alçada do Banco Central e é onde se determina a taxa de
câmbio, influenciada pela oferta e pela demanda de divisas (moedas estrangeiras) e pela política
cambial que as autoridades têm em vista.
O Banco Central do Brasil (BACEN) é o principal poder executivo das políticas traçadas
pelo Conselho Monetário e, também, órgão executor da política monetária, ao exercer o controle
dos meios de pagamento e executar o orçamento monetário e um banco do governo, na gestão da
dívida pública interna e externa. O Banco Central é um banco fiscalizador e disciplinador do
mercado financeiro, ao definir regras, limites e condutas das instituições, banco de penalidades, ao
serem facultadas pela legislação a intervenção e a liquidação extrajudicial em instituições
financeiras e gestor do sistema financeiro nacional, ao expedir normas e autorizações e promover o
controle das instituições financeiras e de suas operações. Portanto, o Banco Central exerce a
regulamentação e fiscalização de todas as atividades de intermediação financeira no país. O
Banco Central deve zelar pela estabilidade do sistema bancário. Sua função deve ser a de socorrer
os bancos em dificuldades. O BACEN usa este poder de emprestar para controlar e regular as
atividades dos bancos comerciais.
- a emissão de moeda;
- o recebimento dos depósitos obrigatórios (recolhimentos) dos bancos comerciaise dos
depósitos voluntários das instituições financeiras em geral;
- a realização de operações de redesconto de liquidez e seletivo;
- controle de crédito, das taxas de juros e de capitais estrangeiros;
- a fiscalização das instituições financeiras e a concessão da autorização para seu
funcionamento;
- a administração das reservas cambiais do país;
- efetuar operações de compra e venda de títulos públicos e federais (operações de open
Market;
- supervisionar os serviços de compensação de cheques entre instituições financeiras.
Posto isso, uma instituição que tem o papel mais importante no mercado monetário é o
Banco Central, assim temos:
No Brasil, uma parte das funções é desempenhada pelos bancos públicos, como o Banco
do Brasil. O Banco Central do Brasil não recebe depósitos do governo, quem o faz, são os bancos
públicos; executor da política monetária: o Banco Central é responsável pelo controle da oferta de
moeda, por vários instrumentos. As alterações no volume de moeda têm impactos em muitas
variáveis econômicas importantes, como o nível de emprego, a taxa de inflação, a taxa de juros, o
volume de investimentos, entre outras.
A atuação da CVM abrange, dessa forma, três importantes segmentos do mercado: (a)
instituições financeiras do mercado; (b) companhias de capital aberto, cujos valores mobiliários de
sua emissão encontram-se em negociação em Bolsas de Valores e mercado de balcão; (c)
investidores à medida que é seu objetivo atuar de forma a proteger seus direitos.
Portanto, essa comissão possui caráter normativo. Sua principal atribuição é a de fiscalizar
as Bolsas de valores e a emissão de valores mobiliários negociados nessas instituições,
principalmente ações e debêntures.
a) Banco do Brasil
Após o Plano Cruzado, o Banco do Brasil deixou de ser Autoridade Monetária ao perder a
conta "Movimento" que lhe permitia sacar, a custo zero, volumes monetários contra o Tesouro
Nacional, e, com essa massa monetária, atender, notadamente, às demandas de crédito do setor
estatal. Hoje, é fundamentalmente um Banco Comercial, embora ainda conserve algumas funções
que não são próprias de um banco comercial comum, tais como operar a Câmara de compensação
de Cheques, além de executar a política dos preços mínimos de produtos agropecuários.
b) Bancos Comerciais
d) Bancos de Desenvolvimento
f) Instituições Auxiliares
Além das instituições anteriores, existem uma série de instituições auxiliares que
complementam o sistema financeiro, tais como Bolsa de Valores, Corretoras, Distribuidoras
de Valores etc.
OC10.1 Introdução
Inflação é um processo pelo qual ocorre aumento generalizado nos preços dos bens e
serviços, provocando perda do poder aquisitivo da moeda. Isso faz com que o dinheiro valha cada
vez menos, sendo necessária uma quantidade cada vez maior dele para adquirir os mesmos
produtos. Em sua forma extrema (hiperinflação), os preços aumentam tanto que as pessoas não
procuram reter dinheiro, nem mesmo por poucos dias, dada a rapidez com que diminui seu poder de
compra. O caso mais grave de hiperinflação (um trilhão por cento entre agosto de 1922 e novembro
de 1923) ocorreu na Alemanha, após a primeira guerra mundial, mas no caso do Brasil, já tivemos
que conviver com inflação de 2.708,39% segundo o IGP-DI calculado pela FGV (Fundação Getúlio
Vargas).
Há vários fatores que podem gerar inflação. O aumento muito grande do preço de um item
básico na economia pode contaminar os demais preços provocando uma alta generalizada. É o caso
do petróleo e da energia elétrica, por exemplo. O excesso de consumo também provoca inflação,
pois os produtos tornam-se escassos ocasionando aumento de seus preços. Em outra hipótese, se o
Governo gasta mais do que arrecada, e para pagar suas contas emite papel-moeda, provoca inflação,
pois está desvalorizando a moeda, uma vez que criou dinheiro novo sem lastro, sem garantia, sem
que tenha havido criação de riqueza, de produção. Assim, os bens e serviços continuam os mesmos,
mas o dinheiro em circulação aumenta de volume. Passa-se, então, a exigir maior quantidade de
dinheiro pela mesma quantidade de produto.
● Inflação de Demanda
É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As
chances da inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do
emprego de recursos. É principalmente causada pelo crescimento dos meios de pagamento
(principalmente o papel moeda em poder do público= PMPP), que não é acompanhado pelo
crescimento da produção.
Ocorre, assim, quando a economia está próxima do pleno-emprego, ou seja, não pode
aumentar substancialmente a oferta de bens e serviços no curto prazo. Intuitivamente, ela pode ser
entendida como “dinheiro demais à procura de poucos bens”. E nesse caso, para a inflação de
demanda ser combatida, adota-se uma política econômica baseada em instrumentos que
provoquem a redução da procura agregada (Consumo + Investimento).
● Inflação de Custos
● Inflação inercial
Por essa razão, nos planos antiinflacionários adotados após 1986, no caso da economia
brasileira, as autoridades monetárias, dentre outras medidas, adotaram o congelamento de preços
e salários, para tentar eliminar a chamada memória inflacionária.
Uma das distorções mais sérias provocadas pela inflação, diz respeito à redução do poder
aquisitivo das classes que dependem de rendimentos fixos. Neste caso, são principalmente os
assalariados que, com o passar do tempo, vão ficando com seus orçamentos cada vez mais
reduzidos, até a chegada de um novo reajuste.
Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda, que não tem condições de manter
alguma aplicação financeira, pois tudo o que ganham gastam com sua subsistência. Sendo assim,
percebe-se que a inflação acaba se constituindo em um imposto sobre os mais pobres.
No caso brasileiro, a abertura comercial iniciada em 1990 foi ponto fundamental no combate
à inflação e para a modernização da economia. Com a entrada de produtos importados, o
consumidor foi beneficiado: Atualmente, pode-se contar com produtos importados mais baratos e
de melhor qualidade e essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais
com preços menores e mais qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos,
carros, roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias, locadoras de vídeo e restaurantes. A
opção de escolha que temos hoje é muito maior.
Nesse período, o Brasil assinou um acordo com o FMI, cujo objetivo central não era o
combate à inflação, mas sim o equilíbrio das contas externas.
As principais medidas adotadas foram:
Apesar dessas medidas, a inflação (medida pelo IGP – DI) continuou acelerando-se:
1981: 95,2 %;
1982: 99,7 %;
1983: 211,0 %;
1984: 223,8 %.
A inflação não cedeu por três motivos básicos: (a) não houve “quebra” dos mecanismos de
indexação (ao contrário, em 1979, os reajustes salariais haviam passado de anuais para semestrais);
(b) o déficit público foi reduzido, mas permaneceu alto; (c) pressões de custos derivadas da
desvalorização (num quadro de indexação, pressões de custos aceleram a inflação).
_ congelamento do câmbio:
_ congelamento de preços;
_ congelamento do salário pela média dos últimos seis meses mais um aumento real de 8%;
_ “gatilho salarial” de 20%.
A evolução da inflação (IGP-DI) foi favorável num primeiro momento, mas subiu muito
depois do descongelamento:
_ fevereiro/1986 (último mês antes do Cruzado): 22,6%;
_ março/1986: _ 1,0%;
_ junho/1987 (último mês do Cruzado): 25,9%.
O objetivo do plano era o de reduzir a inflação, sem desarrumar as contas externas, com o
crescimento da produção ficando em segundo plano. Para isso, procurava desindexar a economia e
reduzir a demanda agregada, por meio das seguintes medidas:
- redução de despesas públicas;
- restrições ao crédito e aumento significativo das taxas de juros;
- desvalorização cambial de 17% e congelamento posterior do câmbio;
- extinção da URP e das OTN (Obrigações do Tesouro Nacional), que eram os indexadores da
época;
- salários definidos pela média real de 1988, mas sem aumentos reais.
Por ocasião da posse do presidente Fernando Collor de Melo, o pa´s vivia à beira da
hiperinflação (84% em março). As causas eram conhecidas: déficit público (6,9%) do PIB);
expansão monetária excessiva; indexação generalizada (preços, câmbio, salários, ativos financeiros
etc.); ineficiência do Estado; e excesso de proteção à produção doméstica. Apesar disso, o setor
produtivo não se desestruturou (ao contrário da Argentina), com o PIB crescendo 3,3% em 1989 e o
setor externo registrando saldo comercial de US$ 16 bilhões (em 1989).
a-) ajuste fiscal profundo, saindo de um resultado operacional de -6,9% do PIB (1989) para + 1,3
% (1990), com aumento substancial de impostos, redução de salários do funcionalismo, confisco da
dívida interna e atraso de pagamentos ao setor privado;
b-) contração monetária, com bloqueio de ativos financeiros (US$ 110 bilhões bloqueados de um
total de US$ 150 bilhões);
c-) desindexação, com a adoção do câmbio flutuante, livre negociação de salários, congelamento de
preços e posterior liberalização.
A médio e longo prazos, o objetivo era internacionalizar a economia brasileira, com redução
da proteção à produção doméstica, privatização e aumento da eficiência do Estado, integração
internacional e política de atração de capital externo de risco.
Como resultado, verificou-se que a inflação caiu de 84% para cerca de 10% em maio de
1990 e depois voltou a subir até atingir 20% em janeiro de 1991. Pode-se dizer que os resultados
esperados não foram alcançados, em função de: pressão para liberação de cruzados; falta de ajuste
fiscal nos Estados e Municípios; e conflito distributivo por causa da recessão.
Com isso, a inflação, que havia atingido 21,1% em fevereiro de 1991, caiu para 7,2% no
mês seguinte, mas, a exemplo dos outros planos, voltou a acelerar, atingindo 22,1% em dezembro
de 1991.
Com a devolução dos cruzados bloqueados a partir do segundo semestre de 1991, a política
econômica passa ser concentrada exclusivamente na prática de juros elevados. Tal estratégia, na
realidade, revelava a total incapacidade do governo de controlar a política fiscal, dadas as pressões
expansionistas estabelecidas na própria constituição.
Com a política de juros elevados, a inflação manteve-se estável, mas não cedeu: de um lado,
porque a indexação da economia manteve-se e, de outro, porque as reformas estruturais necessárias
para recuperar a política fiscal não foram executadas. A inflação ao longo de 1992 manteve-se
relativamente constante no patamar de 22 a 24% ao mês.
O início do governo Itamar Franco foi caracterizado pela freqüente troca de ministros na
área econômica, até a entrada do então senador Fernando Henrique Cardoso. Nesse período
tumultuado e no início da gestão FHC, que vai até o final de 1993, a inflação passou do patamar de
22% para casa dos 40%. Essa aceleração pode ser atribuída a: expansão dos gastos do governo, em
decorrência com pessoal e encargos; nova política salarial com aumento da indexação de salários; e
redução das taxas reais de juros. A aceleração da inflação leva o governo a adotar, no final de
1993, o chamado Plano FHC, que seria a base para a criação do Plano Real.
1ª Etapa
Foi baseada na busca de um ajuste fiscal provisório com aumento da carga tributária
(antecipação do prazo de recolhimento de impostos, do IPMF, Cofins, aumento do IOF etc.) e
criação do Fundo Social de Emergência (FSE), para dar maior flexibilidade à política fiscal.
2ª Etapa
A segunda etapa foi a fase preparatória para a “quebra” dos mecanismos de indexação. Para
isso, o governo procurou conduzir a economia para uma fase inicial de superindexação, em que os
preços foram definidos em URV (que acompanhava a cotação dólar), o mesmo acontecendo com os
salários, as aplicações financeiras etc. Com isso, procurava-se “alinhar” os preços e, no momento
em que todos estivessem definidos em URV e a inflação estável (embora em patamar elevado),
seria a ocasião de desindexar a economia, com a substituição da moeda e extinção do indexador.
Embora nem todos os preços estivessem convertidos em URV, e nem mesmo a inflação
estabilizada, em 1º/07/1994, o governo instala a terceira fase (etapa) de seu plano, que é a criação
do Real.
R$ 1 = US$ 1 = 1 URV
Por outro lado, com a extinção da URV, não há indexador e os preços, até então definidos
em URV, passam a ser cotados, no mesmo montante, em reais. Com isso, quebra-se o mecanismo
de indexação, sem os traumas do congelamento. Além disso, para dar suporte legal à desindexação,
fica proibido qualquer reajuste de contrato com intervalo inferior a um ano.
Os preços passam a ser livres e apenas a política salarial será mantida por um prazo de um
ano, para reposição da inflação residual do período anterior ao real.
DN = C
Fornecimento de Bens e Serviços
Fluxo Monetário é caracterizado pelo fato das Famílias ou unidades consumidoras efetuarem
os pagamentos (despesas) pelo consumo de bens e serviços para as empresas ou unidades
produtoras e essas pagarem mediante a remuneração aos serviços dos fatores de produção.
1. Valor agregado ou adicionado (Va) => é o valor que se adiciona ao produto em cada
estágio de produção, é o uso dos insumos intermediários no processo de produção necessário para a
elaboração de produto.
2. Produto Nacional (PN) => é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em
determinado período de tempo.
3. Produto Nacional Bruto (PNB) => é o somatório do valor agregado da produção, ou seja,
tudo que é produzido nesse país.
4. Produto Interno Bruto (PIB) => é o valor agregado, resultante das transações
intermediárias de todos os bens.
5. Despesa Nacional (DN) => é o gasto dos agentes econômicos com o produto nacional,
representa a demanda pela aquisição dos bens e serviços.
Despesa Nacional (DN) = Consumo (C) + Despesa de bens de capital (I) + Gastos do Governo (G)
+ Despesas Líquidas do Setor Externo (X – M).
Outras denominações de (X – M) = Transações correntes com o resto do mundo (Tcr);
Transações comerciais com o exterior (Tce); Despesas Líquidas do Setor Externo e Saldo
Líquido da Balança Comercial.
6. Renda Nacional (RN) => é a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são proprietárias
dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços produtivos, em determinado período de
tempo mais (+ ) a Renda Líquida do Fator Externo (RLFE).
RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l) + Renda Líquida do Fator Externo
(RLFE) ou RN = w + a + j + l + RLFE.
7. Identidade Básica das Contas Nacionais:
8. Valor Bruto de Produção (VBP) => é a receita de vendas de cada setor produtivo. Assim
temos, VBP = VAB + Insumos.
13. Investimento (I) => é o gasto em bens produzidos, que não foram consumidos no próprio
período e que serão utilizados para consumo futuro, ou seja:
I = PN - C
Investimento em Bens de Capital (IBK) => máquinas e equipamentos; imóveis =>
FBKF = (Formação Bruta de Capital Fixo).
Y a = Da
C + S = C + I; cortando o consumo no 1º e no 2º membro,
temos:
S = I
19. Impostos ou Tributos Indiretos (Ti) => incidem sobre as transações com bens
e serviços. Exemplos: ICMS e IPI.
20. Impostos ou Tributos diretos (Td) => incidem sobre as pessoas (físicas e
jurídicas). Exemplos: Imposto de Renda e IPTU.
25. RLFE = Renda Recebida do exterior (RR) – Renda Enviada ao exterior (RE)
RLFE = RR - RE
PIB = E + X -M
Sp = RLDSp – Cp
14.3 Nível de Equilíbrio entre a Renda Nacional (RN) e o Produto Nacional (PN)
YN = PN
C + S = C + I ; cortando o Consumo do 1º e do 2º
membro, temos:
Investimento (I), ou seja, isso ocorre quando uma economia é fechada e está em equilíbrio.
Y=C+I
2º) MODELO: Uma Economia Fechada e com a participação do Governo
Y=C+I+G
Y= C + I + G + X – M
Calcule:
a-) PIB :
b-) PNB :
c-) A Renda Líquida Disponível do Setor Privado (RLDSp):
Calcule:
a-) PIB :
b-) PNB :
b-) PNB:
Entende-se por Sociedade Anônima uma sociedade cujo valor do seu capital é dividido
em parcelas denominada ações. Sua responsabilidade é limitada até o montante do valor
integralizado, sendo seu capital dividido sob a forma de ações.
Assim, as ações podem ser emitidas sob a forma física de cautelas ou certificados, que
comprovam a existência e a posse de certa quantidade especificada de ações, ou do tipo escritural,
que dispensa sua emissão física, mantendo o controle das ações em contas de depósitos em nome de
seus titulares em uma instituição depositária.
Uma ação não tem prazo de resgate, sendo convertida em dinheiro a qualquer
momento mediante negociação no mercado
As sociedades anônimas emitentes de ações podem ser de dois tipos: abertas ou
fechadas. Assim, uma Companhia é aberta quando tem suas ações distribuídas entre um
número mínimo de acionistas, podendo ser negociadas em Bolsas de Valores. Essas sociedades
devem ser registradas na Comissão de Valores Mobiliários como de capital aberto e fornecem
ao mercado, de forma periódica, uma série de informações de caráter econômico, social e
financeiro. As companhias de capital fechado, por seu lado, são tipicamente empresas
familiares, com circulação de suas ações restrita a um grupo identificado de investidores.
Preferenciais: não atribuem a seu titular o direito de voto, porém conferem certas
preferências, como:
Ações Escriturais: são as ações nominativas sem suas respectivas cautelas, ou seja, são
ações que têm seu controle executado por uma instituição fiel depositária dos títulos ou ações da
companhia, a qual mantém uma conta de depósito em nome de seus proprietários. Portanto, todas as
movimentações com essas ações ocorrem mediante extratos bancários emitidos pelas instituições
depositárias, não ocorrendo o manuseio físico desses papéis.
15.3 MERCADOS: PRIMÁRIO e SECUNDÁRIO
Mercado Primário – nesse mercado ocorre a canalização direta dos recursos monetários
superavitários, para o financiamento das empresas, por meio da colocação (venda) inicial das ações
emitidas. Portanto, é nesse setor do mercado que as empresas buscam, os recursos próprios
necessários para a consecução de seu crescimento, promovendo, a partir do lançamento de ações, a
implementação de projetos de investimentos e o consequente incremento da riqueza nacional.
15.4.1 CONCEITO
São associações civis sem fins lucrativos, cujo objetivo básico é o de manter um local
em condições adequadas para a realização, entre seus membros, de operações de compra e
venda de títulos e valores mobiliários.
O local onde são realizadas as diversas transações de compra e venda de ações registradas
em Bolsas de Valores é denominado de Pregão.
Um Broker pode ser definido como corretor, operador ou intermediário entre comprador e
vendedor de títulos e valores mobiliários, transacionados em bolsas de valores e nos mercados de
balcão.
Índice de Bolsa de Valores – é um valor que mede o desempenho médio dos preços de
suposta carteira de ações, refletindo o comportamento do mercado em determinado intervalo de
tempo. O valor absoluto do índice da carteira expressa o valor de mercado da carteira de ações
negociadas na Bolsa de Valores, sendo as variações verificadas de um período para outro
entendidas como sua lucratividade. Assim, para o analista, a informação do índice é sua
lucratividade, e não seu valor monetário absoluto.
● a emissão de moeda;
● o recebimento dos depósitos obrigatórios (recolhimentos) dos bancos comerciais
e dos depósitos voluntários das instituições financeiras em geral;
● a realização de operações de redesconto de liquidez e seletivo;
● as operações de open market;
● controle de crédito e das taxas de juros;
● a fiscalização das instituições financeiras e a concessão da autorização para seu
funcionamento;
● a administração das reservas cambiais do país.
15.6 O Direito Financeiro
Direito Financeiro é o estudo da atividade financeira do Estado, quando abarcada pela norma
jurídica (Horvath e Oliveira, 2001).
As divisões do Direito Financeiro
Orçamento Público
O orçamento público é lei em sentido formal (ou seja, emitida pelo Poder Legislativo), que
estabelece as obrigações do Estado em relação às receitas e despesas públicas.
Portanto, o orçamento conforme aprovado pelo Legislativo vincula o administrador público.
A iniciativa do projeto de lei cabe ao chefe do Poder Executivo.
Composta por:
1. Orçamento fiscal: receitas e despesas da União.
2. Orçamento de investimento: receitas e despesas das empresas em que a União tem
maioria do capital com direito a voto.
3. Orçamento da seguridade social: receitas e despesas da seguridade social, dos órgãos
vinculados ao INSS.
Despesas Públicas
DESPESA é todo gasto da administração pública.
Características:
Autorização legal (LOA)
Documentação (empenho)
Contrapartida em receita (programação financeira + execução mensal de
desembolso)
DESPESA COM PESSOAL: inclui ativos, inativos, pensionistas e contratos
de terceirização. Inclui também os encargos e contribuições previdenciárias.
A verificação dos limites globais ocorrerá a cada quadrimestre e está conforme a Lei
de Responsabilidade Fiscal (arts. 18 a 20 da LC 101/00).
Classificação legal das receitas e despesas
Execução Orçamentária
LTN
Letras do Tesouro Nacional (LTN): são negociadas com deságio (desconto), pagando o
investidor uma quantia inferior a seu valor de face. O prazo desses títulos é definido no momento de
sua emissão. As formas de emissão das LTNs dão-se por oferta pública, podendo ser ao par, com
ágio ou deságio, ou direta, não podendo nesse caso serem colocadas por valor inferior ao par.
LFT
Letras Financeiras do Tesouro (LFT): têm seus rendimentos definidos pela média da taxa
SELIC (overnight), garantindo uma rentabilidade de mercado investidor. São papéis atraentes, e
seus prazos de resgate são definidos por ocasião de sua emissão. O investidor recebe, por ocasião do
resgate, o valor nominal acrescido do rendimento respectivo.
NTN
Notas do Tesouro Nacional (NTN): oferecem rendimentos pós-fixados e atrelados, a um
indexador da economia. Os juros são pagos periodicamente e o prazo mínimo de emissão é de três
meses. São lançadas também séries especiais de NTN, pagando rendimentos diferenciados. Esses
títulos apresentam opções de rendimentos e prazos diferentes de acordo com seu tipo de emissão.
CTN
Certificado do Tesouro Nacional (CTN): objetiva levantar recursos visando cobrir déficits
orçamentários. O valor nominal do título é atualizado pela variação de um índice de preços da
economia. O preço unitário é calculado aplicando-se taxa de desconto de 12% sobre o valor
nominal atualizado.
CFT
Certificado Financeiro do Tesouro (CFT): tem por objetivo atender a finalidades
específicas previstas em lei. O prazo de emissão do CFT é definido no momento de seu lançamento.
A taxa de juro oferecida pelo título é definida também quando de sua emissão, sendo calculada
sobre o valor nominal atualizado. Há diversas séries emitidas do título, diferenciando-se
basicamente pelo rendimento oferecido.
O Banco do Brasil é uma sociedade anônima de capital misto, cujo controle acionário
é exercido pela União. Até 1986, a instituição era considerada uma autoridade monetária, atuando
na emissão de moeda no país por meio do acesso direto à conta movimento do tesouro nacional. Por
decisão do Conselho Monetário Nacional, esse privilégio do Banco do Brasil foi revogado,
conservando ainda a função de principal agente financeiro do Governo Federal.
B) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma empresa pública que está
atualmente vinculada ao Ministério do Planejamento. Constitui-se no principal instrumento, de
médio e longo prazos, de execução da política de financiamento do Governo Federal.
O objetivo principal do BNDES é o de reequipar e fomentar, por meio de várias linhas de
crédito voltadas para os setores industrial e social, as empresas consideradas de interesse ao
desenvolvimento do país.
Portanto, o Sistema BNDES conta principalmente com recursos provenientes do PIS –
Programa de Integração Social, PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público, dotações orçamentárias da União, recursos captados no exterior, e recursos próprios
provenientes do retorno das várias aplicações efetuadas.
Tanto a Caixa Econômica Federal como as demais caixas econômicas são instituições
financeiras públicas que atuam de forma autônoma e apresentam um objetivo claramente social. São
classificadas como órgãos auxiliares do Governo Federal na execução de sua política creditícia.
A CEF executa, ainda, atividades características de bancos comerciais e múltiplos, como
recebimentos de depósitos a vista e a prazo, cadernetas de poupança, concessões de empréstimos a
financiamentos em consonância com as políticas governamentais, adiantamentos a governos com
garantia na arrecadação futura de impostos, empréstimos sob consignação a funcionários de
empresas com desconto em folha de pagamento. Pode também executar operações de arrendamento
mercantil e promover o crédito direto ao consumidor, por meio do financiamento de bens duráveis.
A Caixa Econômica Federal constitui-se, com base em sua função social, no principal
agente do SFH – Sistema Financeiro de Habitação -, atuando no financiamento da casa própria,
principalmente no segmento de baixa renda.
Seus estatutos prevêm outros objetivos à Caixa Econômica Federal, tais como:
Atualmente, todos os países importam muitas mercadorias, bens e serviços que poderiam ser
produzidos por eles mesmos. A justificativa para esses intercâmbios internacionais baseia-se
fundamentalmente no fato de que todas as nações possuem recursos e capacidades
tecnológicas muito diferentes. Essas diferenças podem ser resumidas nos seguintes pontos: a)
Condições climatológicas; b) Riqueza mineral; c) Tecnologia; d) Quantidade disponível de mão de
obra; e) Quantidade disponível de capital; e f) Quantidade disponível de terra cultivável.
Esses pontos, são os fatores que condicionam a produção nos diferentes países e que lhes
propiciam a tendência para especializarem-se, isto é, produzirem os bens para os quais estão
mais bem dotados, de forma a terem um custo menor de produção.
- O comércio exterior ou internacional facilita a especialização, ao permitir que cada país
possa colocar no resto do mundo os excedentes dos produtos em que se especializou.
Os economistas clássicos forneceram a explicação teórica básica para o comércio internacional por
meio do chamado “princípio das vantagens comparativas”.
A Teoria das Vantagens Comparativas, formulada por David Ricardo em 1817, sugere que
cada país deva especializar-se na produção daquela mercadoria em que é relativamente mais
eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor). Essa será, portanto, a mercadoria a
ser exportada. Por outro lado, esse mesmo país deverá importar aqueles bens, cuja produção
implicar um custo relativamente maior (sendo relativamente menos eficiente). Desse modo,
explica-se a especialização dos países na produção de bens diferentes, com base na qual se
concretiza o processo de troca entre eles.
Por fim, a teoria desenvolvida por Ricardo fornece uma explicação para os movimentos de
mercadorias no comércio internacional, que está no lado da oferta ou dos custos de produção
existentes nesses países. Logo, os países exportarão e se especializarão na produção dos bens cujo
custo for comparativamente menor em relação àqueles existentes, para os mesmos bens, nos demais
países exportadores.
Na vida real, raramente acontece uma especialização absoluta de um país na produção de uns
poucos bens, isso se deve às seguintes razões:
A) Mesmo que um país produza um bem a um custo relativamente mais baixo que outros
países – isto é, que tenha vantagem comparativa -, é possível que ele não possa obter os ganhos
derivados do comércio internacional se os custos de transporte ultrapassam as vantagens e os
custos de produção.
Baseando-se nos argumentos assinalados, existem diversos tipos de intervenções que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
As tarifas e os subsídios alteram as vantagens comparativas dos diferentes países e seu efeito é
reduzir o comércio (no caso de tarifas) ou aumentá-lo (no caso de subsídios) de forma
artificial.
A) Comércio Internacional
Atualmente, todos os países importam muitas mercadorias, bens e serviços que poderiam ser
produzidos por eles mesmos. A justificativa para esses intercâmbios internacionais baseia-se
fundamentalmente no fato de que todas as nações possuem recursos e capacidades tecnológicas
muito diferentes. Essas diferenças podem ser resumidas nos seguintes pontos: a) Condições
climatológicas; b) Riqueza mineral; c) Tecnologia; d) Quantidade disponível de mãodeobra; e)
Quantidade disponível de capital; e f) Quantidade disponível de terra cultivável.
Esses pontos, são os fatores que condicionam a produção nos diferentes países e que lhes propiciam
a tendência para especializarem-se, isto é, produzirem os bens para os quais estão mais bem
dotados, de forma a terem um custo menor de produção.
- O comércio internacional facilita a especialização, ao permitir que cada país possa colocar
no resto do mundo os excedentes dos produtos em que se especializou.
Apesar das vantagens do livre comércio entre países, existe uma série de fatos que aconselha, ou
justifica, em certos casos, certo grau de intervencionismo,ou protecionismo, para limitar a entrada
de determinados produtos no país. Na literatura econômica, esse tipo de disposição é denominado
medidas protecionistas. Os argumentos empregados para justificar o estabelecimento dessas
medidas são os seguintes:
a) Proteger uma indústria considerada estratégica para a segurança nacional. Este seria o caso das
indústrias relacionadas à defesa. Fomentar a industrialização e a criação de empregos mediante um
processo de substituição de importações por produtos fabricados no próprio país.
b) Tornar possível o desenvolvimento das “indústrias nascentes”, isto é, novas indústrias que não
poderiam competir com as de outros países onde essas indústrias já estão desenvolvidas.
Além das tarifas e das quotas, existem outras formas sutis de colocar obstáculos ao livre comércio,
tais como: o estabelecimento de procedimentos aduaneiros complexos e custosos, e o recurso a
normas administrativas de qualidade e sanitárias muito estritas, que, genericamente, são
chamadas barreiras não-tarifárias.
As barreiras não-tarifárias são regulamentações administrativas que discriminam os produtos
estrangeiros e favorecem os nacionais.
Uma empresa que oferece bens e serviços a outros países requererá que se lhe pague na moeda de
seu próprio país. Assim, uma empresa brasileira que vende seus produtos nos Estados Unidos
desejará ser paga em reais, enquanto uma empresa norte-americana que vende ao Brasil pedirá o
pagamento em dólares. Consequentemente, os compradores nos mercados internacionais necessitam
obter moedas dos países dos quais compradores nos mercados internacionais necessitam obter
moedas dos países dos quais desejam comprar bens e serviços. Portanto, um sistema desenvolvido
de comércio internacional somente pode funcionar se existe um mercado onde uma moeda pode ser
trocada por outra. Esse é o papel atribuído ao mercado de divisas ou de câmbios.
Os mercados de divisas são os mercados nos quais se compram e vendem as moedas dos
diferentes países.
Nesse mercado faz-se a troca da moeda nacional pelas moedas dos países com os quais se mantêm
relações econômicas, originando um conjunto de ofertas e demandas de moeda nacional em troca de
moedas estrangeiras. Portanto,
A taxa de câmbio é o preço de uma moeda expressa em outra. A taxa de câmbio se expressa
como o número de unidades da moeda nacional por unidade de moeda estrangeira, ou seja, é a
conversão entre o valor da moeda nacional (do país onde a pessoa reside) com o valor da
moeda estrangeira (moeda de outro país).
Como todo preço, a taxa de câmbio é determinada pela oferta e pela demanda, no caso, de divisas.
Desse modo, associaremos as divisas ao dólar norte-americano. Assim temos:
Ao se analisar o mercado de divisas, cabe perguntar como são determinadas as taxas de câmbio.
Nesse sentido, uma análise prévia é o fato de conhecer o papel que o banco central tem no mercado
de divisas.
Desse ponto de vista, identificam-se dois sistemas opostos de taxas de câmbio: os sistemas de
taxas fixas e o sistema de taxa de câmbio livre ou flexível.
As taxas de câmbio totalmente flexíveis são determinadas sem a intervenção do banco central.
As taxas de câmbio fixas são determinadas rigidamente pelo banco central.
Na vida real, os sistemas de taxas de câmbio raramente se encontram em um dos doisextremos
citados. Deve-se levar em conta que a taxa de câmbio é o preço-chave que relaciona uma economia
com o resto do mundo.
O Banco Central fixa antecipadamente a taxa de câmbio, e compromete-se a comprar divisas à taxa
fixada. O que se ajusta é a oferta e a demanda de divisas, ao valor fixado. Portanto, no sistema de
câmbio fixo, a taxa de câmbio cai ligada a uma determinada mercadoria (historicamente o ouro) ou
a uma determinada moeda.
Portanto, mantendo a taxa de câmbio, elimina-se o desequilíbrio nas relações internacionais. Para
isso, só se exigia que as importações e as exportações fossem sensíveis às variações dos preços e
que o banco central estivesse disposto a aumentar ou diminuir a quantidade de dinheiro, quando a
quantidade de ouro aumentasse ou diminuísse.
B) Os Sistemas de Taxa de Câmbio Flexíveis ou Flutuantes
Para analisar as taxas de câmbio flexíveis devemos estudar o funcionamento do mercado livre da
taxa de câmbio.
Posto isto, no mercado de divisas, a demanda de dólares, derivada das importações nacionais e dos
investimentos brasileiros no exterior, e a oferta de dólares procedentes das exportações brasileiras e
dos investimentos estrangeiros no Brasil determinam, conjuntamente, a taxa de câmbio.
No sistema de câmbio flexível, são as variações das taxas de câmbio que promovem os ajustes
internacionais. Com as taxas de câmbio flexíveis, os ajustes podem produzir-se gradualmente, sem
ocasionar crises de confiança e com menos probabilidades de ocorrerem movimentos especulativos.
Sob um sistema de taxas de Câmbio flexível, as taxas podem apresentar uma elevada variabilidade,
o que tende a elevar a incerteza.
É uma organização internacional que trata das regras sobre o comércio entre as nações. Os
membros da OMC negociam e assinam acordos que depois são ratificados pelo parlamento de cada
nação e passam a regular o comércio internacional. A OMC possui 153 membros e sua sede fica em
Genebra na Suíça.
A OMC foi criada em 1994 durante a Conferência de Marrakech, ao termo das complexas
negociações da Rodada Uruguai. O surgimento da OMC veio coroar a montagem da arquitetura
mundial da nova ordem internacional, que começara a ser delineada no fim da Segunda Guerra
Mundial, com a criação do FMI, do Banco Mundial e das Nações Unidas, todas instituições
surgidas de Bretton Woods. A OMC entrou em funcionamento em 1º de Janeiro de 1995.
O FMI foi criado em 1945 e tem como objetivo básico zelar pela estabilidade do sistema
monetário internacional, notadamente através da promoção da cooperação e da consulta em
assuntos monetários entre os seus 184 países membros. Com exceção de Coreia do Norte, Cuba,
Liechtenstein, Andorra, Mônaco, Tuvalu e Nauru, todos os membros da ONU fazem parte do FMI.
Juntamente com o BIRD, o FMI emergiu das Conferências de Bretton Woods (em 1944) como um
dos pilares da ordem econômica internacional do pós-Guerra.
O FMI objetiva evitar que desequilíbrios nos balanços de pagamentos e nos sistemas
cambiais dos países membros possam prejudicar a expansão do comércio e dos fluxos de capitais
internacionais. O Fundo favorece a progressiva eliminação das restrições cambiais nos países
membros e concede recursos temporariamente para evitar ou remediar desequilíbrios no balanço de
pagamentos. Além disso, o FMI planeja e monitora programas de ajustes estruturais e oferece
assistência técnica e treinamento para os países membros.
Portanto, o FMI teria a função básica de fornecer recursos financeiros, tal como um
banqueiro de última instância, para aqueles países que apresentassem déficits nas contas externas,
decorrentes de conjunturas internacionais adversas.
Posto isto, o FMI se auto-proclama, mesmo diante de várias críticas em relação à sua
atuação, como uma organização de 184 países, trabalhando por uma cooperação monetária global,
assegurar estabilidade financeira, facilitar o comércio internacional, promover altos níveis de
emprego e desenvolvimento econômico sustentável, além de reduzir a pobreza.
Deve-se saber distinguir o Banco Mundial do Grupo Banco Mundial. O Banco Mundial
propriamente dito é composto pelo Banco Internacional para a Reconstrução e o
Desenvolvimento (BIRD) e pela Associação Internacional de Desenvolvimento (AID); sendo
que, o BIRD concede empréstimos e assistência para desenvolvimento a países de rendas médias,
enquanto que a AID atua predominantemente nos países pobres, aos quais proporciona empréstimos
sem juros e oferece outros serviços. Portanto, essas são duas das cinco instituições que compõem o
Grupo Banco Mundial. Assim, o Grupo Banco Mundial é composto por cinco instituições que estão
estreitamente relacionadas e funcionam sob uma única presidência. As cinco Instituições são:
Poder de voto no BM
País Porcentagem
Estados Unidos 16,39 %
Japão 7,86 %
Alemanha 4,49 %
França 4,30 %
Reino Unido 4,30 %
Outros 62,66 %
As operações do BID são governadas pelas políticas que são comuns às atividades de
financiamento em todos os campos, e pelas políticas setoriais, que dão orientação em campos de
atividade específicos. O banco também tem uma política de aquisições e uma política de divulgação
de informações.
O Banco obtém seus recursos financeiros por meio de seus países-membros, empréstimos
nos mercados financeiros, fundos que ele ministra e do pagamento de empréstimos. Ele usa estes
recursos para financiar empréstimos, subvenções, garantias e investimentos para projetos de
desenvolvimento na América Latina e no Caribe.
O capital estrangeiro pode ser considerado como um capital volátil e sensível à conjuntura
internacional.
Efeitos positivos:
- melhora na imagem internacional do país; com entrada de divisas, o governo pode financiar seu
déficit por prazos maiores e com taxas de juros menores.
Efeitos negativos:
- um incremento descontrolado do fluxo de divisas pode causar desequilíbrio nas contas do país;
- o país tem dificuldades para controlar uma fuga de capitais numa eventual crise financeira
internacional.
20. Globalização
Pode ser entendida como o processo pelo qual há uma maior interdependência de
países, devido a intensificação das trocas comerciais e da circulação dos fluxos de capitais,
serviços e pessoas. Entende-se ainda por Globalização o processo pelo qual são criadas as
condições, materiais e econômicas, para a mundialização do espaço de fluxo de capitais e
mercadorias.
Dessa forma, a globalização seria um processo que desemboca numa única sociedade
planetária, de indivíduos que se identificam uns com os outros, falam a mesma língua, professam as
mesmas crenças.
Assim, a globalização não é um fenômeno recente, pois trata-se de um processo que vem
ocorrendo desde que as nações europeias se lançaram ao mar em fins do século XV, iniciando as
Grandes Navegações e integrando ao espaço econômico europeu regiões até então isoladas e
encurtando as distâncias em relação a outras.
Além disso, com a ação das grandes corporações transnacionais, há uma tendência à união
de grandes empresas para melhor competir no mercado. As multinacionais procuram o ponto ótimo
da produção, ou seja: um produto tem seus componentes feitos nas mais diversas partes do mundo e
depois são reunidos para a montagem.
Portanto, trata-se de um movimento que está em marcha desde que as navegações europeias
do Século XVI e XVII romperam o isolamento das histórias regionais. A Globalização é de fato
uma maior interdependência dos países em nível planetário e na prática propõe, dentre outras
questões, o mesmo que é proposto pelos blocos regionais, ou seja, a eliminação de barreiras
alfandegárias.
Posto isso, a expressão "globalização" tem sido utilizada mais recentemente num sentido
marcadamente ideológico, no qual assiste-se no mundo inteiro a um processo de integração
econômica sob a égide do neoliberalismo, caracterizado pelo predomínio dos interesses financeiros,
pela desregulamentação dos mercados, pelas privatizações das empresas estatais, e pelo abandono
do estado de bem-estar social. Esta é uma das razões dos críticos acusarem-na, a globalização,
de ser responsável pela intensificação da exclusão social (com o aumento do número de pobres
e de desempregados) e de provocar crises econômicas sucessivas, arruinando milhares de
poupadores e de pequenos empreendimentos.
Podemos dizer assim que é um processo econômico e social que estabelece uma integração
entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas os governos e as
empresas trocam ideias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais
pelos quatro cantos do planeta. O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está
relacionado com a criação de uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas,
facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente.
Desse modo, a globalização pode ser definida pelas seguintes etapas: primeira fase da
globalização, ou primeira globalização, dominada pela expansão mercantilista (de 1450 a 1850) da
economia-mundo europeia, a segunda fase, ou segunda globalização, que vai de 1850 a 1950,
caracterizada pelo expansionismo industrial-imperialista e colonialista e, por última, a globalização
propriamente dita, ou globalização recente, acelerada a partir do colapso da URSS e a queda do
muro de Berlim, de 1989 até o presente.
É um fenômeno irreversível, implacável, que veio para ficar e contra o qual não adianta
lutar. Seus efeitos imediatos são predatórios. Mas, ao mesmo tempo, a globalização é capaz de
levar aos países e as pessoas benefícios ainda não totalmente dimensionados, como o acesso a uma
miríade de informações e a produtos das regiões mais distantes da Terra. No processo de
globalização, os países começaram a perceber que as negociações comerciais se tornariam mais
eficientes se houvesse uma aproximação setorial de suas economias. Dessa forma, iniciou-se a
formação de grupos de países, nos princípios regionais (devido à proximidade de suas fronteiras),
originando-se, assim, os atuais blocos econômicos mundiais.
Pode ser entendida como o processo pelo qual há uma maior interdependência de
países, devido a intensificação das trocas comerciais e da circulação dos fluxos de capitais,
serviços e pessoas. Entende-se ainda por Globalização o processo pelo qual são criadas as
condições, materiais e econômicas, para a mundialização do espaço de fluxo de capitais e
mercadorias.
Dessa forma, a globalização seria um processo que desemboca numa única sociedade
planetária, de indivíduos que se identificam uns com os outros, falam a mesma língua, professam as
mesmas crenças.
Assim, a globalização não é um fenômeno recente, pois trata-se de um processo que vem
ocorrendo desde que as nações europeias se lançaram ao mar em fins do século XV, iniciando as
Grandes Navegações e integrando ao espaço econômico europeu regiões até então isoladas e
encurtando as distâncias em relação a outras.
Além disso, com a ação das grandes corporações transnacionais, há uma tendência à união
de grandes empresas para melhor competir no mercado. As multinacionais procuram o ponto ótimo
da produção, ou seja: um produto tem seus componentes feitos nas mais diversas partes do mundo e
depois são reunidos para a montagem.
Portanto, trata-se de um movimento que está em marcha desde que as navegações europeias
do Século XVI e XVII romperam o isolamento das histórias regionais. A Globalização é de fato
uma maior interdependência dos países em nível planetário e na prática propõe, dentre outras
questões, o mesmo que é proposto pelos blocos regionais, ou seja, a eliminação de barreiras
alfandegárias.
Outra preocupação está relacionada ao desemprego estrutural, já que a globalização não está
dissociada de desenvolvimento tecnológico, automatização e robotização da produção, fazendo com
que o trabalhador seja substituído em todo o mundo por máquinas.