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Manual de Formação
UFCD 4478 – Primeiros Socorros
Princípios Básicos
(25 Horas)
Índice
Introdução ................................................................................................................................................................4
Conceito e importância..................................................................................................................................... 10
Problemas cardíacos.......................................................................................................................................... 44
Diabetes. ................................................................................................................................................................. 52
Crises convulsivas............................................................................................................................................... 54
Queimaduras......................................................................................................................................................... 64
Tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob sua
supervisão direta ................................................................................................................................................ 69
Introdução
Acidentes, lesões ou doenças podem acontecer subitamente. A ajuda imediata depende
frequentemente de familiares, colegas ou pessoas que estão no local certo à hora certa.
Com conhecimentos de Primeiros Socorros, qualquer pessoa pode ajudar numa destas
situações. No entanto e como é óbvio, a prevenção é sempre melhor do que a cura!
Para poder oferecer ajuda válida a uma vítima, é importante que o socorrista execute
Primeiros Socorros de forma correta. Fazê-lo de modo errado pode não ajudar ou mesmo
ser prejudicial para a vítima. É por esta razão que baseámos este manual nas mais recentes
orientações científicas sobre Primeiros Socorros e o fizemos validar por especialistas.
Estas orientações abarcam as melhores técnicas conhecidas até hoje e garantem melhores
práticas de Primeiros Socorros,
Começamos com as questões: "O que observa?" e "O que fazer?". Técnicas
específicas são explicadas nas caixas vermelhas. As técnicas e procedimentos são
ilustrados por fotografias.
As técnicas de socorro não param no tempo. Assim que novas pesquisas estejam
disponíveis, as orientações a este manual deverão ser revistas.
Fácil é entender que a nossa vítima, para além do 1º socorro, necessita que alguém
acione uma ambulância, com tripulação habilitada a efetuarações complementares às
medidas de socorro iniciais, garantindo o transporte para uma unidade hospitalar. Esta
deve promover as medidas adequadas e necessárias ao diagnóstico, terapêutica e
tratamento definitivo do doente, sem os quais este pode sofrer grande risco ou prejuízo.
Para que todo o processo decorra da forma mais eficaz, é fundamental e necessária a
articulação dos vários intervenientes no processo de emergência. Daqui decorre o
conceito de Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) que pode ser definido
como:
Para a concretização dos seus objetivos, SIEM conta com todos os seus intervenientes,
em maior ou menor escala,mas todos com responsabilidade no seueficaz funcionamento.
São eles:
Público em geral;
Operadores das centrais de emergência;
Agentes da PSP/GNR;
Bombeiros;
Tripulantes de ambulância;
Em Portugal, para que toda esta vasta equipa funcione, é fundamental a coordenação das
diversas atividades de emergência médica da responsabilidade do Instituto Nacional
Inicialmente o número nacional de emergência era o 115 e até 2007 era possível obter
ligação às centrais de emergência usando o 115 em vez do 112.
O Número Europeu de Emergência 112 foi criado em 1991 e desde 2008 passou a ser
o único número de emergência que pode ser usado de qualquer telefone fixo, móvel ou
telefone público para aceder gratuitamente aos serviços de emergência em qualquer país
da União Europeia.
É um número para ser usado unicamente em serviços de emergência, seja ela de que tipo
for, e não deve ser usado para qualquer outro fim.
Cadeia de Sobrevivência
Conceito e importância
À luz do conhecimento médico atual, considera-se que há três atitudes que modificam
o resultado no socorro à vítima de paragem cardio-respiratória (PCR):
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Desfibrilhação precoce
ACESSO PRECOCE
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SBV PRECOCE
Para que uma vítima em perigo de vida tenha maior hipótese de sobrevivência
é fundamental que sejam iniciadas, de imediato e no local onde ocorreu a situação,
manobras de SBV. Isto só se consegue se quem presencia a situação tiver a capacidade
de iniciar o SBV.
DESFIBRILHAÇÃO PRECOCE
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Também este elo da cadeia deve ser o mais precoce possível. A probabilidade
de conseguir tratar a FV com sucesso depende do factor tempo. A desfibrilhação logo no
1º minuto em que se instala a FV pode ter uma taxa de sucesso próxima dos 100%, mas
ao fim de 8-10 minutos a probabilidade de sucesso é quase nula.
SAV PRECOCE
estar em perigo de vida pode levar a ignorar os riscos inerentes à situação. Se não
forem garantidas as condições de segurança antes de se abordar uma vítima poderá,
em casos extremos, ocorrer a morte da vítima e do reanimador.
Acidente de viação
Se pára numa estrada para socorrer alguém, vítimade um acidente de viação deve:
Posicionar o seu carro para que este o protejafuncionando como escudo, isto é,
antes doacidente no sentido em que este ocorreu;
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Intoxicações
Nas situações em que a vítima sofre uma intoxicação podem existir riscos
acrescidos para quem socorre, nomeadamente no caso de intoxicação por fumos ou gases
tóxicos (como os cianetos ou o ácido sulfúrico).
Transmissão de doenças
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Existe uma regra básica que nunca deve seresquecida: o reanimador não deve expor-
sea si, nem a terceiros, a riscos que possam comprometer a sua integridade física.
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Têm por objetivo evitar a transmissão de infecções (conhecidas ou não) do paciente para
o profissional de saúde.
EPI INDICAÇÃO
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É cada vez mais importante que a comunidade em geral saiba agir perante uma
situação do género, podendo até ajudar a salvar uma vida. O que se pode fazer quando
uma pessoa está inconsciente? Quantas compressões se devem fazer numa vítima em
PCR?
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B – Breathing – Ventilação
C – Circulation – Circulação
Procedimentos e sequência
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Se estiver consciente:
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Se estiver inconsciente:
Deve-se gritar por ajuda, se um médico estiver por perto ou alguém que saiba atuar
corretamente poderá ajudar no que for necessário.
O pedido de ajuda deverá ser “ Preciso de ajuda, tenho uma vítima inconsciente”.
A- Via Aérea
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O – Ouvir a respiração;
S – Sentir a respiração;
Se respira:
Continuar o exame, colocar a vítima em PLS, pedir ajuda (2º pedido – 112) e
vigiar regularmente.
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Procurar a linha inter-mamilar (mamilos) e colocr a palma da mão no esterno onde passa
essa linha imaginária. Se por acaso for uma idosa já não corresponde ao sítio certo. Então
procurar o fim do esterno, ou seja, onde as vértebras se unem pela “última vez” pela
cartilagem. Colocar dois dedos acima do fim do esterno para não correr o risco de partir
o xifóide da vítima (é um osso bicudo que é frágil, e partindo-se pode perfurar o fígado).
Aí colocar a palma da mão e começar com as compressões: os braços devem manter-se
esticados e perpendiculares ao esterno da vítima. Este deve baixar 4/5 centímetros. Ao
aliviar-se a pressão, a palma da mão não pode perder o contacto com o tórax.
Informação geral
Assim que o coração deixa de bater, o sangue deixa de circular pelo corpo. Como
consequência, o oxigénio já não é levado aos órgãos vitais. O cérebro é particularmente
suscetível a esta falta de aporte de sangue, já que privado de oxigénio por mais do que
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uns minutos, as células cerebrais começam a morrer. Se uma vítima sofreu uma paragem
cardíaca, é importante iniciar os procedimentos de reanimação assim que possível.
O que observa?
O que fazer?
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Ficar exausto.
Verifique a boca da vítima. Remova qualquer objeto que cause obstrução às vias
aéreas;
Verifique que a cabeça da vítima está inclinada para trás o suficiente e que o seu
queixo está devidamente elevado;
Não tente executar mais de duas insuflações de cada vez, antes de regressar às
compressões torácicas.
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Cada vez que pressionar para baixo, deixe que o tórax se eleve totalmente. Isto
permitirá que o sangue flua de volta ao coração. As suas mãos devem manter-se sempre
em contacto com o tórax, sem sair da posição inicial;
Técnica: Insuflações
Com a outra mão, mantenha o queixo elevado e deixe que a boca se abra;
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O que observa?
O que fazer?
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Posicione a perna que está por cima de tal forma que a anca e o joelho estejam em
ângulo reto;
Incline novamente a cabeça para trás para manter as vias aéreas desobstruídas;
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A mesma técnica pode ser utilizada para colocar um bebé ou criança na posição
lateralde segurança. Se necessário, pode colocar uma pequena almofada ou cobertor
enrolado por detrás das costas do bebé. Isto mantê-lo-á mais estável.
Numa vítima grávida deve posicioná-la sobre o lado esquerdo quando esta é colocada na
posição lateral de segurança.
BEBÉS E CRIANÇAS
Pode utilizar exatamente a mesma sequência para reanimar bebés e crianças como aque
utiliza nos adultos.
No caso de bebés e crianças, não precisa de usar tanta pressão quando executa
compressões torácicas. Pressione o esterno até cerca de um
terço da sua profundidade na metade inferior do esterno.
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A Obstrução da Via Aérea mais frequente acontece devido ao inchaço dos tecidos da
via aérea. Pode ainda ocorrer provocada por um corpo estranho, como um pedaço de
comida ou um objeto.
Na obstrução ligeira passa algum ar. A vítima consegue tossir podendo falar e/ou fazer
algum ruído ao respirar. Devemos vigiar o seu estado e encorajar a tosse.
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Na obstrução grave já não existe passagem de ar. A vítima não fala, não tosse e não emite
ruído respiratório, ou seja, não respira. Pode demonstrar grande aflição e ansiedade,
sendo necessário atuar rapidamente para a obstrução não resultar na morte.
Na obstrução por corpo estranho, deve começar por tentar desimpedir a via aérea, com
aplicação de pancadas interescapulares (ao nível das costas no meio dos ombros) e em
caso de insucesso deve efetuar a chamada manobra de Heimlich. Numa próxima rubrica
explicaremos como efetuar essa manobra.
Se a obstrução da via aérea não for resolvida com as pancadas interescapulares deve
passar à aplicação de compressões abdominais, a chamada Manobra de Heimlich. Esta
manobra causa uma elevação do diafragma e aumento da pressão nas vias aéreas,
forçando a saída do corpo estranho.
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Coloque-se por trás da vítima, pondo os braços à volta ao nível da cintura e a sua perna
entre as dela. Feche uma das mãos, em punho, e coloque-a com o polegar no abdómen
da vítima, um pouco acima do umbigo.
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A maioria das obstruções da via aérea nos bebés ocorre com comida ou com pequenos
objetos. É fundamental uma atuação rápida.
Se o bebé está consciente, segure-o de barriga para baixo, apoiando o tórax no seu
antebraço, com a cabeça mais baixa que o corpo. Dê até 5 pancadas nas costas, a meio
dos ombros.
Se não conseguir remover o corpo estranho, deite o bebé de barriga para cima
mantendo igualmente a cabeça a um nível inferior ao do corpo. Faça até 5 compressões
torácicas, tal como estivesse a fazer manobras de reanimação, após as quais inspecione a
boca e se tiver algum objeto visível retire-o.
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Recordamos que a asfixia por obstrução da via aérea é uma das principais causas de
morte infantil.
Se uma criança se engasgar, incentive-a a tossir! Quando não conseguir tossir mais,
dê cinco pancadas vigorosas nas costas alternadas com cinco compressões na barriga,
com as mãos acima do umbigo. Mantenha as manobras até resolver a situação e a
criança respirar eficazmente.
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Se em qualquer altura ela ficar inconscientes ligue 112 e inicie Suporte Básico de Vida
(SBV).
A obstrução da via aérea mais frequente acontece devido ao inchaço dos tecidos
destavia. Pode ainda ocorrer provocada por um corpo estranho, como um pedaço de
comida ou um objeto.
Na obstrução grave já não existe passagem de ar. A vítima não fala, não tosse e não
emite ruído respiratório. Ou seja, não respira. Pode demonstrar grande aflição e
ansiedade, sendo necessário actuar rapidamente para a obstrução não resultar na morte
da vítima.
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Exame à vitima
Estado de consciência e permeabilidade da via aérea
- Mande-me uma ambulância, rápido! O meu vizinho acabou de desmaiar e está a ficar
roxo!
- Ele respira?
- A ambulância vai já a caminho, bem como uma equipa médica. Quer fazer alguma coisa
para ajudar a salvar o seu vizinho? Sabe fazer suporte básico de vida?
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A chegada de um meio de socorro ao local, ainda que muito rápida pode demorar
tantocomo... 6 minutos! As hipóteses de sobrevivência da vítima terão caído de 98%
para...11%se os elementos que presenciaram a situação não souberem actuar em
conformidade.
Em condições ideais, todo o cidadão devia estar preparado para saber fazer SBV
Garantir a segurança;
Examinar a vítima;
Dar o alerta;
Prestas os primeiros socorros.
Garantir a Segurança
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Jamais deverá colocar a sua própria segurança em risco. Só deve aproximar-se do local
de um acidente se o puder fazer sem perigo. Se possível, tente garantir a segurança da
vítima e de quaisquer outras pessoas que se encontrem na vizinhança do acidente.
Se a situação não for segura e não puder oferecer ajuda sem se colocar em risco, alerte os
serviços de emergência. Aguarde, a uma distância de segurança, a chegada de ajuda
qualificada.
Acidente Rodoviário
Cumpra o código da estrada em todas as situações. Este dir-lhe-á o que deve fazer
legalmente quando se dá um acidente na via pública.
Procure evitar incêndios. Para tal, desligue a ignição de todos os veículos envolvidos
no acidente.
Não permita que ninguém fume perto do local do acidente. Lembre-se que um airbag que
não foi ativado pelo embate num acidente pode ativar-se inesperadamente. Se possível,
tente estabilizar os veículos envolvidos ao puxar o travão de mão de cada um.
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Incêndios em residências
Presuma que todos os cabos elétricos e eletrodomésticos têm corrente elétrica ativa até se
provar que a eletricidade está desligada. Não toque numa vítima enquanto esta estiver em
contacto com uma fonte de corrente elétrica. Lembre-se que os líquidos e objetos em
contacto com a vítima também conduzem eletricidade. Desligue a corrente elétrica.
Se tal não for possível, deve isolar-se do solo pisando material não condutor. Dessa forma
poderá então utilizar um objeto não condutor para afastar a fonte de energia da vítima. Se
tal não for possível, espere pela chegada dos bombeiros ou outro pessoal especializado.
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Tente proteger a vítima do frio ou do calor, mas mova-a somente se esta permaneceu num
ambiente frio durante um longo período de tempo e corre sérios riscos de entrar em
hipotermia. Cubra a vítima com um casaco ou um cobertor para a proteger do frio.
Examinar a vítima
Apresente-se e explique à vítima o que vai fazer, isso dar-lhe-á mais confiança. Verifique o
estado da vítima. Sobretudo, verifique que esta está consciente e ventila normalmente.
Situações em que o estado de consciência ou ventilação estão diminuídos representam risco
de vida. Outros exemplos de situações de perigo de vida são hemorragia abundante,
queimaduras, dor torácica (EAM) ou Acidente Vascular Cerebral. Nestes casos, a vítima
necessita de ajuda imediata. Encontrará mais informações sobre estes casos no próximo
capítulo.
Dar o alerta
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Informe inequivocamente:
Se suspeita que as lesões da vítima não são acidentais, deve relatar este facto às equipas
de socorro.
VERIFICAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
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Uma vítima inconsciente tem os músculos relaxados. Isto faz com que a língua obstrua a
via aérea. O risco pode ser eliminado ao inclinar cuidadosamente a cabeça para trás e
levantar o queixo. É assim que se abrem e libertam as vias aéreas.
VERIFICAÇÃO DA VENTILAÇÃO
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Se não consegue determinar, com certeza, se a vítima ventila normalmente, deve proceder
como se esta não esteja a ventilar.
Se estiver sozinho, após verificar que a vítima não respira, terá de abandoná-la para
efectuar o pedido de ajuda diferenciada, ligando 112. Ao fazê-lo, deve informar que se
encontra com uma vítima inconsciente que não respira normalmente, fornecendo o local
exacto onde se encontra. Se estiver alguém junto de si deve pedir a essa pessoa que ligue
112, dizendo-lhe, se necessário, como deverá proceder (isto é, deve dizer que a vítima
está inconsciente e não respira normalmente) e fornecer o local exacto onde se encontra,
e que no fim da ligação regresse novamente. Enquanto o segundo elemento vai efectuar
o pedido de ajuda diferenciada, o primeiro inicia de imediato as compressões torácicas.
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Acontece que, muitas vezes, o acidente ocorre quando a vítima está sozinha e,
chegando auxílio, o Socorrista depara-se com aquela pessoa inconsciente e não sabe, de
imediato, a causa da lesão e/ou da gravidade da mesma.
O Socorrista deve apurar os seus sentidos, de modo a poder ver, ouvir e cheirar,
à procura de sintomas. O vômito, por exemplo, é indicativo de algumas lesões específicas;
urinar sangue é sinal de fratura de bacia; etc. Observar se o acidentado apresenta
sintomas como: náusea, sede, fraqueza, inquietação, medo, etc. Esses sintomas serão
muito úteis ao serem passados, posteriormente, ao Médico que atender o acidentado.
Verificar:
pele (fria, viscosa, quente ?)
olhos (embaçados ? pupilas dilatadas ?)
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Como regra geral, sempre que os batimentos cardíacos forem menores que 50 ou
maiores que 120 por minuto, algo seriamente errado está acontecendo com o paciente.
É possível que haja a necessidade de se proceder à massagem cárdio-respiratória e à
respiração boca-a-boca.
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Problemas cardíacos:
A dor mais típica num ataque cardíaco é a dor a meio do peito, retro-esternal, que pode
ser também uma sensação de peso ou aperto e que, normalmente, é desencadeada por um
esforço, como subir escadas ou andar depressa.
Na maioria dos casos, esta dor no meio do peito irradia para o braço esquerdo, mas
também pode, por vezes, subir até ao queixo. As náuseas e suores são, também, sintomas
comuns, mas, isoladamente, não significam necessariamente que se trata de um ataque
cardíaco.
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Fadiga: sentir-se muito cansado o tempo todo pode indicar insuficiência cardíaca,
no entanto este sintoma é comum em outras doenças como depressão e anemia. Veja
mais exemplos: 8 doenças que causam cansaço excessivo.
Náusea ou falta de apetite:pode estar relacionada com o inchaço abdominal
causado pela retenção de líquidos ou associada à dor do infarto;
Dor em outras partes do corpo: a dor pode começar no peito e se espalhar para
os ombros, braços, cotovelos, costas, pescoço, mandíbula ou abdômen ou estar relacionada
a um ataque cardíaco;
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Por várias razões (e mais algumas)os cuidados com o coração são muito
importantes ao longo da vida. O nosso “motor” precisa de ser bem tratado, bem alimentado
e bem trabalhado. Vários factores que devemos ter em conta no nosso desempenho
cardíaco passam pela maneira saudável como vivemos cada etapa das nossas vidas. Se
dividirmos cada uma dessas etapas em períodos de 10 anos, veja o que pode fazer (hoje
mesmo e sem falta) pela sua saúde e pela sua longevidade
Muitos dos problemas cardíacos são de cariz hereditário e não se manifestam cedo.
Por isso, os cuidados redobram quando se chega ao patamar dos 30. Após 10 anos desde
o primeiro check-up, convém fazer um novo electrocardiograma para averiguar se existem
alterações no nosso “ motor”. Homens com muita atividade física e com mais de 35
anos devem fazer (a cada 5 anos) um electrocardiograma que permita ver as ondas
eléctricas do coração (EKG) – este exame visa, essencialmente, prevenir problemas de
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Problemas respiratórios:
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Sintomas
Diagnóstico
Tratamento
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O que é?
Quais os sintomas?
Os sintomas regridem?
Depende de caso para caso. Poderá ocorrer reversão completa dos sintomas em
menos de 24 horas (neste caso, chama-se Acidente Isquémico Transitório (AIT) e não
AVC); recuperação total dos sintomas após 24 horas; ou o doente poderá ficar com
sequelas do AVC.
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Como se trata?
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Diabetes:
Tal como acontece com qualquer outra condição médica, saber como prevenir
adiabetes vale muito mais do que aprender a remediá-la. Além disso, uma vez que não
existe uma cura conhecida para a diabetes, uma das principais causas de mortes em boa
parte do mundo, tomar medidas para prevenir o desenvolvimento da diabetes se torna ainda
mais crítico. Isto é especialmente verdadeiro se você tiver certos fatores de risco que fazem
de você um candidato provável para a doença.
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A maioria das pessoas diagnosticadas com diabetes (tipo 2 geralmente) estão com
sobrepeso. Excesso de peso e gordura corporal, especialmente gordura abdominal,
aumenta o risco de desenvolver diabetes.
Todos com idade superior a 45devem agendar um teste de medição de glicose no sangue
com o seu médico a cada 3 anos. No entanto, se houver fatores de risco presentes, como
histórico familiar ou obesidade, o teste regular deve começar mais cedo.
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Crises convulsivas:
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Se testemunhar uma convulsão, tente manter a calma e antes de qualquer coisa chame
um serviço de emergência. Preste muita atenção para o que acontece durante e após a
crise.
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Se a pessoa que está tendo uma convulsão já está no chão quando você chegar,
coloque algo macio sob sua cabeça
Não force nada, incluindo os dedos, na boca da pessoa. Colocar algo na boca da
pessoa pode causar ferimentos a ele ou ela, como dentes lascados ou uma mandíbula
fraturada. Você também poderia ser mordido
Vire a pessoa para o seu lado, com a boca para baixo, a menos que a pessoa resista
a ser movida
Não tente soltar ou chacoalhar a pessoa
Se a pessoa vomitar, vire a pessoa para o lado.
Preste muita atenção ao que a pessoa está fazendo para que você possa descrever a
convulsão para o resgate ou médico:
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Situações de intoxicação:
O que observa?
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A vítima ingeriu uma substância tóxica ou apresenta-se com uma overdose (álcool,
estupefacientes, medicamentos).
O que fazer?
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Feridas
O que observa?
A vítima tem uma ferida aberta na pele, por exemplo um raspão ou
corte.
O que fazer?
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Lave a ferida com água da torneira limpa e fria. Se não há água da torneira disponível,
use outra fonte de água potável;
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Se tiver de enviar a vítima para observação médica, deve primeiro tentar estancar a
hemorragia e cobrir a ferida. Quaisquer cuidados adicionais devem ser deixados aos
profissionais de saúde.
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Hemorragias
O que observa?
A vítima tem uma ferida aberta que sangra profusamente. O
sangue sai em jacto ou flui de forma contínua.
O que fazer?
1- Evite entrar em contacto com o sangue da vítima e peca-lhe que aplique ela mesma
pressão na sua ferida. Coloque a vítima cuidadosamente em decúbito dorsal.
2- Peça a um mirone que alerte os Serviços de Emergência ou vá você mesmo procurar
ajuda, se está sozinho.
3- Calce luvas descartáveis, se possível. Aplique pressão com as mãos diretamente sobre
a ferida. Pode colocar um pano limpo (por exemplo, uma toalha) sobre a ferida.
4- Se a ferida continuar a sangrar, aplique pressão com
mais força;
5- Exerça pressão sobre a ferida até à chegada dos
Serviços de Emergência;
6- Lave as mãos após a prestação dos primeiros
socorros.
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O que observa?
A vítima começou a sangrar pelo nariz espontaneamente.
O que fazer?
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Caso tenha sido por pancada ou acidente deixe o sangue sair e atue como indicado
no capítulo das lesões na cabeça, pescoço ou no dorso.
Aplique frio no local através do uso de gelo não diretamente sobre a pele;
Queimaduras
O que observa?
A vítima tem uma queimadura.
Se a camada mais profunda da pele foi danificada por uma queimadura, geralmente
a zona não está tão dolorosa, porque os nervos nesta área foram igualmente
destruídos. A pele neste local pode estar negra, ter consistência papirácea ou estar branca
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e seca. Contudo, a zona da pele em redor desta queimadura está regra geral menos
queimada, mas mais dolorosa.
O que fazer?
Em crianças com idades inferiores a 5 anos ou adultos com idades acima dos
60 anos;
Nas vias aéreas (por exemplo, através da inalação de fumo ou gases quentes);
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A regra da palma da mão da vítima deve ser utilizada para estimar a extensão de uma
queimadura - a palma da mão e dedos juntos representam cerca de 1% da área total do
corpo da vítima.
Evite que a vítima entre em hipotermia. Não utilize água muito fria para
arrefecer a queimadura. Após o arrefecimento, proteja a vítima do vento e utilize
cobertores para a manter quente.
O que observa?
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O que fazer?
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Se a vítima não tem respostas normais, se estiver agitada, etilizada ou com muita dor, a
sua avaliação preliminar não irá ser particularmente fiável. Deve então informar os
Serviços de Emergência se não está certo quanto à natureza da lesão.
A vítima lesionou a sua mão, braço, pé ou perna (durante a prática de desportos, numa
pancada ou numa queda). Frequentemente a vítima
não consegue mover o membro lesionado ou apoiar o
seu peso nele. A lesão é dolorosa e a zona pode ficar
inchada. Em alguns casos, o membro ou articulação
têm uma aparência anormal.
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O que fazer?
Se tem dúvidas quanto à gravidade da lesão, deve assumir que o membro está fraturado
e providenciar para que a vítima seja observada por médico.
Se, no local de uma fratura, houver uma hemorragia grave, deve aplicar pressão direta ou
uma ligadura de compressão de modo a estancar a hemorragia.
Não deve tentar recolocar no lugar, os membros que lhe parecem anormais ou
deslocados;
Deve arrefecer a lesão através do uso de gelo. Não
deve deixar o gelo entrar em contacto direto com a pele da
vítima enquanto a tenta arrefecer, mas sim colocar um pano
limpo entre a pele e o gelo. Se não houver gelo disponível, pode
utilizar uma bolsa de gel arrefecido;
Não deve arrefecer o local da lesão durante muito tempo e nunca por mais de
20 minutos de cada vez;
Não deve imobilizar o membro lesionado se a chegada de ajuda médica é esperada em
breve. Deve igualmente aconselhar a vítima a não apoiar o seu peso numa perna lesionada ou
pé doloroso. Se a lesão é na mão, braço ou ombro, peça à vítima que mantenha o braço
imóvel, aconchegado ao peito. Este procedimento é geralmente menos doloroso do que a
aplicação de uma tala no membro lesionado.
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O técnico auxiliar de saúde, para além das tarefas anteriormente descritas, possui um
conjunto de outras que realiza sem a supervisão de um profissional de saúde:
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Bibliografia e netgrafia
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www.forma-te.pt
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