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O clima equatorial é encontrado em regiões localizadas nas proximidades da linha

do Equador. Apresenta temperaturas elevadas e grande quantidade de chuvas


durante a maior parte do ano.

Portanto, o clima equatorial se apresenta quente e úmido. Ele predomina em toda a


Região Norte e em parte do Centro-Oeste.

A temperatura média anual é superior a 25 ºC, e a amplitude térmica anual


(diferença entre a máxima e a mínima temperatura) é pequena. O regime de chuvas
varia de acordo com a ação das massas de ar.

No inverno, a região pode receber a influência de frentes frias, em decorrência do


movimento de massas de ar vindas do polo.

Nessas ocasiões, ocorre o fenômeno chamado de friagem, com a queda brusca de


temperatura que pode chegar a 10 ºC.

Clima Tropical

Imagem 3: Clima Tropical (Imagem extraída da referência 3)

O clima tropical é encontrado na região central do Brasil, com maior predominância


na Região Centro-Oeste.

Esse clima apresenta duas estações bem definidas: inverno com temperaturas
amenas e seco, e verão quente e chuvoso.

As temperaturas médias anuais são superiores a 18 ºC e amplitude térmica anual de


até 7 ºC. As chuvas variam de 1.000 a 1.500 mm/ano.

Quanto a umidade, na região central do país predomina o clima semi-úmido.

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Clima Tropical Semiárido

Imagem 4: Clima Tropical Semiárido (Imagem extraída da referência 4)

O clima tropical semi-árido é típico das Região Nordeste do Brasil, compreende uma
área com chuvas e outra onde as chuvas são raras e ocorrem as temperaturas mais
altas do país.

Apresenta temperaturas médias anuais em torno de 27 ºC e amplitude térmica ao


redor de 5 ºC. As chuvas, além de irregulares, não excedem os 800 mm/ano.
Compreende a região do Polígono das Secas.

Clima Tropical de Altitude

Imagem 5: Clima Tropical de Altitude (Imagem extraída da referência 5)

O clima tropical de altitude predomina nas áreas serranas da Região Sudeste. Por
causa da altitude mais elevada, apresentam as temperaturas mais baixas de todo o
domínio tropical, com média inferior a 18 ºC.

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Apresenta ainda amplitude térmica anual entre 7 ºC e 9 ºC, com regime de chuvas
semelhante ao do clima tropical. A entrada de frentes frias no inverno pode provocar
geadas.

Clima Tropical Litorâneo

Imagem 6: Clima Tropical Litorâneo (Imagem extraída da referência 6)

O clima tropical litorâneo predomina em grande parte do litoral do país, se estende


desde o Rio Grande do Norte até o estado do Rio de Janeiro. Influenciado pela
atuação da massa de ar Tropical Atlântica, o clima nessa região é quente e chuvoso.

Com temperaturas médias anuais entre 18 ºC e 26 ºC e índice pluviométrico de


cerca de 1.500 mm/ano. Sendo que no litoral do Nordeste as chuvas são mais
intensas no outono e no inverno. No litoral do sudeste, são mais fortes no verão.

Clima Subtropical

Imagem 7: Clima Subtropical (Imagem extraída da referência 7)

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O clima subtropical ocorre na Região Sul do país, abaixo do Trópico de Capricórnio,
e daí seu nome Subtropical.

O clima subtropical apresenta duas estações do ano bem demarcadas: verão quente
e inverno rigoroso, quando podem ocorrer geadas ou neve.

As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano, entre 1.500 mm e 2.000 mm/ano.
As temperaturas médias anuais quase sempre ficam abaixo de 18 ºC, com
amplitudes térmicas entre 9 ºC e 13 ºC.

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1.2. Clima no Estado de São Paulo
(Imagem / Ilustração)

No estado de São Paulo, predomina o clima tropical de altitude na região central do


território paulista. Esse clima é caracterizado por temporada de chuvas durante o
verão, seca no inverno e temperatura média superior a 22º C no mês mais quente.

Em algumas áreas serranas, a temperatura média superior é inferior a 22º C no mês


mais quente.

Na região noroeste do estado onde estão localizadas as cidades de Andradina,


Araçatuba, Catanduva, Jales e São José do Rio Preto, o clima é o tropical chuvoso,
caracterizado por temperaturas significativamente mais quentes e inverno bastante
seco. O mês mais frio apresenta temperaturas médias superiores a 18º C.

Na região sul do estado, encontram-se faixas de clima tropical. O verão apresenta


temperaturas elevadas e não possui a estação seca de inverno que predomina nas
outras regiões do estado.

Nas áreas mais altas da Serra do Mar e Serra da Mantiqueira, o verão é mais ameno
e chuvoso. As temperaturas médias são as mais baixas do estado. Por exemplo,
Campos do Jordão tem um temperatura mínima média de 8,8º C.

O litoral tem um clima tropical chuvoso, sem uma estação seca e precipitação média
do mês mais seco superior a 60 mm. Por exemplo, Mongaguá possui temperatura
de 24,6º C e 2.588 mm de chuva (média anual).

Imagem 8: Clima em Campos do Jordão – Serra da Mantiqueira (Imagem extraída da referência 9)

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1.3. Clima no Município de São Paulo

Imagem 9: Estação Meteorológica do Mirante de Santana. (Imagem extraída da referência 10)

O clima do município de São Paulo é o subtropical, com diminuição de chuvas no


inverno e temperatura média anual de 18,3ºC, tendo invernos frescos e verão com
temperaturas moderadamente altas, aumentadas principalmente pelo efeito da
poluição atmosférica e da alta concentração de edifícios.

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2. INFLUÊNCIA DOS FATORES CLIMÁTICOS NO DESIGN DE INTERIORES

O planejamento do ambiente construído busca conhecimento e recursos na


elaboração de projetos sustentáveis em todos seus aspectos, visando alcançar o
conforto interno inteligente na utilização de meios naturais disponíveis no bioclima
local.

O registro das variações climáticas em uma determinada região durante as estações


do ano caracterizam o seu Bioclima e sua influência direta sobre todos os ambientes
externos e internos da vida animal e vegetal.

Projetos arquitetônicos bioclimáticos são aqueles que procuram utilizar os recursos


climáticos locais como forma de controle e redução dos impactos ambientais e,
favorecer a eficiência energética. Nos projetos de design de interiores e ambientes,
não é diferente, esta busca por recursos naturais na viabilização de ambientes
sustentáveis tem alcançado bons resultados a depender, é claro, da
conscientização, do interesse e motivação do profissional. E tudo começa com o
estudo do Clima.

Imagem 10: Exemplo de paisagismo. (Imagem extraída da referência 12)

Está disponível um estudo recente sobre o clima, que foi incluído nas normas
técnicas de 2013 – NBR 15575-1, que abrange todo o território nacional
subdividindo-o em áreas de predominância climática, que deve ser considerado nos
estudos iniciais de qualquer projeto de intervenção ambiental entre eles as
edificações – uma melhor qualidade de vida com moradias confortáveis em equilíbrio
com o meio ambiente, a cobertura vegetal do entorno e o microclima.

A Climatologia é o estudo científico voltado aos fenômenos atmosféricos e


meteorológicos e sua evolução que caracterizam a condição média local. Os
elementos climáticos se somam aos fatores geográficos do clima que imprimem ao
ar uma permanente movimentação. Inclui estudos da incidência solar,
nebulosidades, temperaturas, ventos dominantes, umidades do ar e regime de
chuvas.

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A posição geográfica do Brasil no planeta (entre os trópicos) ocupa uma área que
favorece radiação solar intensa. Inúmeros trabalhos desenvolvidos contribuíram para
a sistematização dos dados meteorológicos que se tornaram mais difundidos em
suas escalas espaciais:

Macroclima: Corresponde ao clima médio regional em um território de maior


extensão por isso seu valor é relativo, por causa de sua abrangência com
informações gerais e suas tendências. Por exemplo, o Brasil é um país tropical de
clima ameno e temperado.

Mesoclima: Corresponde ao clima em uma região de menor abrangência de forma a


produzir informações mais precisas os aspectos climáticos e as influências relativas
ao relevo, cobertura vegetal, florestas e matas e áreas desérticas e etc. Podemos
denominar como “Clima Local”. Por exemplo, Minas Gerias é um estado que
apresenta um clima tropical de altitude com a estação do verão chuvosa e do
inverno seca, bem definidas.

Microclima: corresponde à menor unidade na escala climática por ter sua


abrangência em uma área de pequena extensão tendo, portanto através de estudos
estas informações são mais precisas e relevantes para interferências do ambiente
construído.

Esta é a escala espacial dos aspectos meteorológicos e climáticos que devem ser
observados por determinar formas e soluções no objetivo do conforto ambiental e
principalmente conforto térmico.

As condições microclimáticas são diretamente influenciadas pelos de grandes


centros urbanos que em nosso país, a grande maioria, surgiu espontaneamente,
sem planejamento prévio, criando um desequilíbrio do ambiente natural com a
supressão de áreas de vegetação em favor de pavimentação de vias, e grandes
alagamentos em função desta impermeabilização crescente do solo.

Outro fator de alerta foi o surgimento de “ilhas de calor” impactando agressivamente


as cidades interferindo diretamente nos mecanismos de evapotranspiração dos
habitantes.

Medidas paisagísticas urbanas envolvendo maiores áreas destinadas a coberturas


vegetais arbóreas e gramíneas tem se mostrado eficiente na redução de
temperaturas do ar, promovendo resfriamento na manutenção destas áreas
proporcionando considerável diminuição e maior difusão do calor latente recorrente.

O planejamento das edificações e seus ambientes pode contribuir com o


agravamento das condições climáticas urbanas – microclima, pela influência direta
que exerce sobre a desertificação das cidades.

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Mas cabe ao profissional e aos habitantes locais a interferência nos aspectos que
ainda podem ser controláveis, como a possibilidade de áreas permeáveis e de
vegetação, jardins e praças que permitam maior absorção da água pluvial; os
afastamentos observados entre as edificações para que não se formem corredores
canalizadores e ambientes insalubres; alturas das edificações e tipo de coberturas
destas adotando, quando possível, as coberturas vegetais, ou telhados verdes, que
em muito colaboram no equilíbrio e na minimização de ilhas de calor; e ainda na
observância correta dos elementos arquitetônicos disponíveis a favor do
sombreamento assim como no posicionamento e dimensionamentos das aberturas
externas das edificações favorecendo a iluminação e ventilação natural no controle
do excessivo consumo energético.

Imagem 11: Universidade no Vietnã com passagens de luz e copas de árvores para proteger da chuva e do sol.
(Imagem extraída da referência 13)

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REFERÊNCIAS

1. Toda Matéria. Climas do Brasil. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/climas-do-brasil/>. Acesso em: 05 Fev 2020.

2. Toda Matéria. Clima Equatorial. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/clima-equatorial/>. Acesso em: 12 Fev 2020.

3. Culturamix.com. Clima Tropical – Principais Características. Disponível em:


<https://meioambiente.culturamix.com/natureza/clima-tropical-principais-
caracteristicas>. Acesso em: 12 Fev 2020.

4. Toda Matéria. Clima Semiárido. Disponível em:


< https://www.todamateria.com.br/clima-semiarido/>. Acesso em: 12 Fev 2020.

5. Educa+Brasil. Clima Tropical de Altitude. Disponível em:


<https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/clima-tropical-de-altitude>.
Acesso em: 12 Fev 2020.

6. Escola Educação. Clima litorâneo úmido brasileiro. Disponível em:


<https://escolaeducacao.com.br/clima-litoraneo-umido-brasileiro/>. Acesso em: 12
Fev 2020.

7. Educa+Brasil. Clima Subtropical. Disponível em:


<https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/clima-subtropical>. Acesso
em: 12 Fev 2020.

8. Biblioteca Virtual. São Paulo: Clima. Disponível em:


<http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temas/sao-paulo/sao-paulo-clima.php>.
Acesso em 12 Fev 2020.

9. Globo.com. A 1,6mil metros de altitude, Campos do Jordão é a cidade mais alta


do país. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-
regiao/inverno/2019/noticia/2019/07/18/a-16-mil-metros-de-altitude-campos-do-
jordao-e-a-cidade-mais-alta-do-pais.ghtml>. Acesso em: 12 Fev 2020.

10. Wikipedia. Clima da Cidade de São Paulo. Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima_da_cidade_de_S%C3%A3o_Paulo>. Acesso em:
12 Fev 2020.

11. Sua Pesquisa.com. Cidade de São Paulo. Disponível em:


<https://www.suapesquisa.com/cidadesbrasileiras/cidade_sao_paulo.htm>. Acesso
em: 12 Fev 2020.

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12. Dodora Matos. Bioclima: influência direta no conforto do Ambiente Construído.
Disponível em: <http://www.dodoramatos.com/2018/06/25/bioclima-influencia-direta-
no-conforto-do-ambiente-construido/>. Acesso em: 12 Fev 2020.

13. Arch Daily. Vento, sol e chuva: como e por que trazer o clima para dentro dos
edifícios. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/878110/vento-sol-e-
chuva-como-e-por-que-trazer-o-clima-para-dentro-dos-edificios>. Acesso em: 19 Fev
2020.

14. ABNT NBR 15575-1_2013, Edificações Habitacionais – Desempenho.

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