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Caderno 3
3. Introdução:
As duplicatas a receber devem ser apresentadas no Balanço Patrimonial pelo seu valor
líquido de realização, ou seja, o valor que realmente a empresa espera receber. Assim
sendo, seu saldo deve estar sempre retificado pela subtração do valor das duplicatas objeto
de desconto bancário e da provisão para créditos de liquidação duvidosa, conforme
demonstrado a seguir:
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Cia. Alvorada
Balanço Patrimonial em 31/12/X9
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante: Passivo Circulante:
.................................................. ............... .................................. .............
.................................................. ............... .................................. .............
Duplicatas a Receber 100.000
(-) Duplicatas Descontadas ( 10.000)
(-) Provisão para Devedores Duvidosos ( 2.000)
................................................. ............
Quando as duplicatas são remetidas ao banco simplesmente para que este proceda à
cobrança, os títulos são ditos “em cobrança simples“. Este procedimento é
diferenciado daquele em que as duplicatas são descontadas, caso em que a empresa
recebe o seu valor antes que estas sejam pagas pelo devedor.
Visto que, ao remeter as duplicatas para cobrança bancária simples, a empresa não recebe
qualquer valor, não há lançamentos na conta de bancos, nem na contas de duplicatas a
receber.
O exemplo a seguir mostra os procedimentos contábeis que devem ser adotados para o caso
de duplicatas em cobrança bancária simples.
Empresa Alvorada:
Duplicatas a Receber: $ 500.000
Remessa ao banco de duplicatas para cobrança simples: $ 100.000
Nesse caso, não há lançamento contábil a fazer (exceto a eventual cobrança de uma taxa
de remuneração pelo serviço por parte do banco), porém, a empresa deve registrar essa
remessa no seu controle extracontábil de duplicatas em cobrança simples de forma
que, a qualquer momento, o total das duplicatas tenha a localização física reconhecida.
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Onde:
(S) Saldo
(1) Aviso de crédito bancário, informando recebimento da duplicata descontada.
Ao mesmo tempo, a empresa Alvorada faria a baixa dessas duplicatas cobradas no controle
extracontábil de duplicatas em cobrança simples.
Considerando que o banco não tenha conseguido cobrar as duplicatas restantes, estas
seriam devolvidas à empresa, que também não faria qualquer lançamento contábil, mas
procederia ao registro da devolução no controle extracontábil de duplicatas remetidas para
cobrança simples.
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Empresa Alvorada:
Empréstimo para capital de giro: $ 1000
Borderô de duplicatas a receber em cobrança vinculada de 115%, ou seja envio ao banco
de duplicatas a Recber no valor de $ 1.150, como garantia
Criação de um controle para as garantias dadas em garantia
Onde:
(S) saldo
(2) recebimento de duplicatas a receber dada como garantia
Onde:
(S) saldo
(c) Contabilização da liberação do valor contido na conta bancos conta vinculada
para bancos conta movimento, em virtude da reposição da garantia.
Esse processo se repete até a liquidação do empréstimo (duplicatas dadas em garantia serão
recebidas, novas duplicatas serão enviadas para o banco para repor a garantia, o banco
liberará saldo de conta bancos vinculada para bancos conta movimento).
Despesas de Juros
(d) 130
Onde:
(S) saldo
(d) Pagamento do empréstimo mais juros.
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Despesas de Juros
(d) 130
Onde:
(S) – saldo.
(a) – empréstimo de capital de giro.
(b) – recebimento de duplicatas a receber dada em garantia antes da data do vencimento do
empréstimo.
(c) – liberação dos recursos de bancos conta vinculada para bancos conta movimento.
(d) – pagamento do empréstimo para capital de giro e despesas de juros.
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Atividade 1
( ) 2. A duplicata que foi enviada pela Empresa Alvorada ao Banco Banderj para
cobrança simples foi recebida pelo banco. O valor cobrado é creditado na conta
movimento da empresa Alvorada.
( ) 4. As duplicatas a receber dadas como garantia a empréstimo para capital de giro são
normalmente de prazo inferior ao do empréstimo a que estão vinculadas.
Pelo primeiro, tem-se que a existência da possibilidade do não recebimento desses valores,
a empresa faz provisão para as contas a receber que se possam tornar incobráveis no futuro,
de modo que seus demonstrativos espelham as prováveis perdas relacionadas com créditos
junto a terceiros.
Pelo segundo, tem-se que as perdas (mesmo que estimadas) devem ser computadas no
exercício social em que ocorreram as receitas (no caso de valores relativos a Duplicatas a
Receber), visto que essas perdas decorrentes de débitos incobráveis irão pesar
negativamente no resultado do determinado exercício.
ATIVO PASSIVO
Caixa ..................................... 20.000 Fornecedores .......................... 10.000
Duplicatas a Receber ............. 80.000
Mercadorias ........................... 40.000 Patrimônio Liquido
Capital .................................. 100.000
Lucros Acumulados .............. 30.000
TOTAL ............................... 140.000 TOTAL ................................. 140.000
DISCRIMINAÇÃO VALOR
Vendas 200.000
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 160.000
(=) Lucro Bruto 40.000
(-) Despesas 10.000
(=) Lucro Líquido 30.000
Como essas perdas que acontecerão no futuro são provenientes das vendas a prazo já
contabilizadas como receita, o Principio de Competência dos Exercícios (que inclui a
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Pelo exposto, sem levar em consideração a PDD essas demonstrações contábeis estariam
imprecisas.
Lançamento de Diário:
Lançamento em Razonetes:
10.000 10.000
DISCRIMINAÇÃO VALOR
Vendas 200.000
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 160.000
(=) Lucro Bruto 40.000
(-) Despesas 20.000
(=) Lucro Líquido 20.000
Atividade 2
DISCRIMINAÇÃO VALOR
Vendas 200.000
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 160.000
(=) Lucro Bruto 40.000
(-) Despesas 40.000
(=) Resultado do Exercício 0
Atividade 3
( ) d. A Provisão para Devedores Duvidosos deve ser sempre calculada com base na
aplicação do percentual de 3% sobre o total de Duplicatas a Receber.
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Atividade 4
Atividade 5
Para determinação do valor da provisão para devedores duvidosos a empresa tem que levar
em consideração o aspecto fiscal e o contábil.
Em termos fiscais a legislação do Imposto de Renda apresenta regras para a provisão
dedutível para fins do imposto de renda baseado em valores dos títulos individuais a
receber e no tempo de inadimplência desses mesmos valores, aliado a algumas
características adicionais dos títulos.
Em termos contábeis, a empresa deverá calcular o valor que ela considera suficiente para
cobrir prováveis perdas futuras com contas incobráveis.
A formação da provisão tem como principal base a média histórica da inadimplência
sofrida sobre as vendas a prazo.
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Assim, cada empresa deverá utilizar o critério ou percentual mais adequado para fazer sua
provisão, que, possivelmente, ficará diferente dos critérios fiscais. É recomendada, também,
uma média dos últimos três anos, para dar maior consistência ao percentual, ou critério
adotado.
Nesse sentido, o correto é a empresa contabilizar o valor que ela considera mais adequado
para fins contábeis, fazendo um ajuste no Livro de Apuração do Imposto de Renda
(LALUR).
a) Garantia Real
b) Garantia Pessoal
Garantia Real: quando a dívida é garantida por bens móveis, imóveis, ou títulos de
créditos. São garantias reais:
Além dos bens imóveis (prédios, casas, terrenos etc.), os aviões, navios, minas etc. são
também objetos de hipotecas.
Garantia Pessoal: quando a divida é garantida apenas por assinatura de terceiros. São
garantias pessoais:
Atividade 6
De acordo com a legislação vigente, para se estimar a Provisão para Devedores Duvidosos,
deve excluir do total das Duplicatas a Receber os créditos provenientes de:
( ) a. Vendas com reservas de domínio
( ) b. alienação fiduciária
( ) c. operações com garantia real
( ) d. todas elas estão corretas
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Exemplo:
Quando um valor se torna incobrável, ou seja, quando se esgotarem sem sucesso os meios
possíveis de cobrança, sua baixa da conta Duplicatas a Receber deve ser feita tendo como
contrapartida a própria provisão.
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Exemplo:
Onde:
(SI) – saldo inicial
(a) – baixa de título incobrável
Observa-se que a baixa do título é feita mediante débito à conta PDD, e não a uma conta de
despesa, pois quando a perda foi prevista já foi lançada como tal.
Qual o lançamento contábil que a empresa deverá adotar quando do recebimento de uma
conta baixada como incobrável no exercício anterior?
Exemplo:
E se o recebimento ocorrer no mesmo exercício em que a conta tivesse sido baixada como
incobrável?
Como você viu anteriormente, a baixa de uma conta incobrável é feita depois de se
esgotarem sem sucesso os meios possíveis de cobrança. No entanto existe a possibilidade,
mesmo que rara, do devedor efetuar o pagamento no exercício em que a duplicata foi
baixada como incobrável.
Neste caso, basta estornar o lançamento da baixa e em seguida efetuar o lançamento do
recebimento da duplicata em questão, conforme demonstrado a seguir:
Caixa
(3) 100
Onde:
(S): saldo
(1): baixa de conta incobrável
(2): estorno
(3) recebimento de conta considerada anteriormente incobrável
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Atividade 7
Para atualização da PDD (nova provisão para o exercício seguinte) é necessário a reversão
do saldo existente na conta de PDD, vez que terminado o ano para qual foi feita a PDD
duas situações poderão ocorrer:
a) A perda ocorrida foi maior que a Provisão feita no final do ano anterior – neste
caso, a diferença a maior será jogada como despesa (perda) do exercício;
b) A perda ocorrida foi menor que a Provisão feita no final do ano anterior – neste
caso, o excesso de Provisão será revertido como receita (ganho) do período.
Exemplo:
Cia. Alvorada:
Provisão para Devedores Duvidosos estimada em 31/12/X7, para o exercício seguinte (X8): $ 3.600
Perda efetivamente observada no Ano de X8: $ 4.000
Nova PDD estimada em 31/12/X8, para o exercício seguinte (X9): $ 10.000
400
Observa-se que a perda com contas incobráveis foi maior do que o valor da provisão
PDD
10.000 (3)
Onde:
(SI) – saldo inicial
(S) - saldo apurado
(1) – baixa de conta incobrável
(2) - reversão do saldo de PDD
(3) – nova PDD
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Situação B: PDD com saldo credor
Exemplo:
Cia. Planalto:
Provisão para Devedores Duvidosos estimada em 31/12/X7, para o exercício seguinte (X8): $ 10.600
Perda efetivamente observada no Ano de X8: $ 8.000
Nova PDD estimada em 31/12/X8, para o exercício seguinte (X9): $ 15.000
2.600
Observa-se que o valor da provisão foi maior do que as perdas verificadas no exercício.
PDD
15.000 (3)
Onde:
Atividade 8
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Atividade 9
Se você fosse o contador (a) da Empresa Alvorada, qual seria o seu procedimento para
constituir a PDD para o exercício de X2 no valor de R$ 1.000, sabendo-se que o saldo da
PDD no final do ano X1 era de R$ 300.
( ) 2. Não constituir nova provisão até que seja absorvido o saldo remanescente de
R$ 300..
( ) 4. NRA
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Atividade 9
Ativo Circulante:
............................................................ .....................
Duplicatas a Receber .................... 33.000
( ) b. DDD PDD
_____________________________ __________________________
400 | | 400
Atividade 11
A Empresa Alvorada constitui a PDD com base na expectativa da perda efetiva que poderá
ocorrer com as Duplicatas a Receber, no próximo exercício. Após a análise das Duplicatas a
Receber estimou-se uma PDD de R$ 50.000.
Atividade 12
DDD ARE
(1)
(2)
(3)
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Atividade 13
Pede-se:
a) fazer todos lançamentos das operações em razonetes.
b) Representar as contas Duplicatas a Receber e provisão para Devedores
Duvidosos no balanço Patrimonial de 31/12/X2.
Clientes PDD
Caixa Vendas
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DDD ARE
Atividade 14
Pede-se:
Registrar as transações nos razonetes
DDD ARE
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GABARITO
Atividade 1
Atividade 2
DDD PDD
30.000 30.000
DISCRIMINAÇÃO VALOR
Vendas 200.000
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 160.000
(=) Lucro Bruto 40.000
(-) Despesas 70.000
(=) Prejuízo do exercício (30.000)
Com a estimativa das perdas com clientes duvidosos no valor de R$ 30.000,00, a Empresa
Comercial Planalto que antes do ajuste esperava receber R$ 80.000 de Duplicatas a Receber
passa a receber efetivamente R$ 50.000 (deduzidas as possíveis perdas)
Por outro lado, as despesas com devedores duvidosos afetaram o resultado do exercício
passando de resultado nulo para um prejuízo de R$ 30.000.
Atividade 3:
1. V
2. F (PCLD é a denominação estabelecida por lei para denominar o risco de inadimplência)
3. V
4. F (a empresa deve calcular o valor que ela considera suficiente para cobrir prováveis
perdas futuras).
Atividade 4: B
Atividade 5: A
Atividade 7: C
Atividade 8: V,V,,F, V, F
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Atividade 9: A
Atividade 10: A
Atividade 11
50.000 (2)
Onde:
(SI) saldo inicial
(1) reversão do saldo não utilizado
(2) nova PDD
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Atividade 12
Atividade 13:
Clientes PDD
Caixa Vendas
DDD ARE
Onde:
Atividade 14
DDD ARE
Onde:
(SI): saldo inicial
(S): saldo apurado
(a): baixa de contas incobráveis
(b): receita eventual
(c): reversão de PDD
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