Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
De:
BEIRA
MAIO DE 2016.
i
DECLARAÇÃO
ii
DEDICATÓRIA
iii
AGRADECIMENTOS
Agradecer a Deus pela saúde, aos meus pais por terem tido contínuo apoio em todos estes
anos, pelos seus ensinamentos, principalmente na construção dos meus próprios valores. Aos
meus irmãos, à minha filha e aos sobrinhos pelo apoio moral.
Aos trabalhadores das Empresas Sandura e Serigrafia e Serigrafia & Publicidade por terem
fornecido dados para esta dissertação.
iv
SUMÁRIO EXECUTIVO
v
LISTA DE TABELAS
vi
LISTA DE FIGURAS
vii
LISTA DE ABREVIATURAS
viii
ÍNDICE
DECLARAÇÃO .........................................................................................................................ii
DEDICATÓRIA ........................................................................................................................iii
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. iv
SUMÁRIO EXECUTIVO .......................................................................................................... v
LISTA DE TABELAS............................................................................................................... vi
LISTA DE FIGURAS ..............................................................................................................vii
LISTA DE ABREVIATURAS ................................................................................................viii
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1
1.1 Introdução ......................................................................................................................... 1
1.2 Justificativa ....................................................................................................................... 2
1.3 Objectivos do Estudo ........................................................................................................ 4
1.3.1 Objectivo Geral ...................................................................................................... 4
1.3.2 Objectivos Específicos ........................................................................................... 4
1.4 Definição do Problema...................................................................................................... 4
1.5 Perguntas de Pesquisa ....................................................................................................... 5
1.6 Delimitação do Estudo ...................................................................................................... 5
1.7 Limitação do Estudo ......................................................................................................... 6
1.8 Estrutura do Trabalho ....................................................................................................... 6
CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................... 8
2.1 Introdução ......................................................................................................................... 8
2.2 Revisão da Literatura Teórico ........................................................................................... 8
2.2.1 Breve Historial sobre Empreendedorismo ............................................................. 8
2.2.2 Conceito do Empreendedorismo .......................................................................... 10
2.2.3 Empreendedor ...................................................................................................... 11
2.2.4 Inovação no Empreendedorismo ......................................................................... 15
2.2.5. Habilidades de um Empreendedor ...................................................................... 16
2.2.6 Perfil do Empreendedor ....................................................................................... 22
2.2.7 Negócio Bem-sucedido ........................................................................................ 29
2.2.8. Empresas em Acção Empreendedora versus Empresa em Acção Tradicional ... 31
2.3 Revisão da Literatura Empírica ...................................................................................... 32
ix
2.3.1 Análise dos Estudos Realizados por Minuzzi e Mo ............................................ 32
2.4 Revisão da Literatura Focalizada .................................................................................... 34
2.4.1 Características Comportamentais de Empreendedoras Moçambicanas............... 34
CAPITUO 3 – METODOLOGIA DE PESQUISA .................................................................. 36
3.1 Introdução ....................................................................................................................... 36
3.2 Desenho de Pesquisa ....................................................................................................... 36
3.3 População em Estudo ...................................................................................................... 37
3.4 Processo de Amostragem ................................................................................................ 38
3.5 Tamanho da Amostra ...................................................................................................... 39
3.6 Métodos de Colecta de Dados ......................................................................................... 39
3.6.1 Colecta de Dados Primários ................................................................................. 39
a) Observação ........................................................................................................................ 39
b) Entrevista .......................................................................................................................... 40
3.6.2 Colecta de Dados Secundários ............................................................................. 41
3.6.3 Validação dos Instrumentos ................................................................................. 41
CAPITUO 4 - ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ............................................ 42
4.1 Introdução ....................................................................................................................... 42
4.2 Descrição das Empresas X e Y e Actividades Desenvolvidas ........................................ 44
4.3 Habilidade de Gestão nas Empresas X e Y ..................................................................... 51
4.3.1 Técnicas de Gestão .............................................................................................. 51
4.3.2 Decisões Planeadas e Plano de Negócios ............................................................ 53
4.3.3 Recursos Necessários ........................................................................................... 55
4.4 Habilidades Técnicas dos Empreendedores das Empresas X e Y .................................. 57
4.4.1 Conhecimento e Comunicação ............................................................................ 57
4.4.2 Liderança ............................................................................................................. 60
4.5 Características do Perfil dos Empreendedores das Empresas X e Y .............................. 61
4.5.1 Independência e Inovação .................................................................................... 62
4.5.2 Riscos e Oportunidades ....................................................................................... 64
4.5.3 Visão do Futuro do Negócio ................................................................................ 67
4.5.4 Comprometimento ............................................................................................... 68
4.5.5 Persistência, Determinação e Dedicação ............................................................. 70
x
CAPÍTULO 5: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ......................................................... 72
5.1 Introdução ....................................................................................................................... 72
5.2 Conclusões da Pesquisa .................................................................................................. 72
5.3 Recomendações ............................................................................................................... 74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 76
APÊNDICE 1: GUIÃO DE OBSERVAÇÃO PARA AS EMPRESAS DE SERIGRAFIA X E
Y ............................................................................................................................................... 78
APÊNDICE 2: GUIÃO DE ENTREVISTA PARA AS EMPRESAS DE SERIGRAFIA X E
Y ............................................................................................................................................... 80
xi
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
As constantes mudanças pelas quais o mundo actual tem passado geram muitas novas
oportunidades de negócio. No caso da criação de novos negócios, a motivação entra como um
aspecto determinante na fase de implementação das ideias. O aumento de possibilidades para
a modalidade de profissionais prestadores de serviços autónomos, donos dos seus próprios
negócios, motivado pelas relações de emprego cada vez mais baixas. O mercado não tem
condições de absorver toda a massa de trabalhadores sem emprego, incluindo os novos que
ingressam no mercado de trabalho, abrindo assim as portas para os profissionais
empreendedores.
O empreendedorismo pode ser entendido como "processo de gerar mais riqueza. A riqueza é
criada por indivíduos que assumem os principais riscos em termos de património, tempo e ou
comprometimento com a carreira ou que provêem valor para algum produto ou serviço"
﴾Hisrich, Peters & Shepherd, 2009, p. 30).
Carvalho (2009) refere que "no mundo extremamente competitivo em que estamos, é
necessário ser proactivo e adiantar-se às demandas do mercado. Para tanto, é essencial
praticar a inovação. É a capacidade de inovar continuamente que permitirá à sua empresa
obter maiores fatias de mercado, maiores lucros e continuidade" (p. 35).
1
A globalização impõe mudanças rápidas e constantes ao mercado, exigindo profissionais cada
vez mais preparados. Moçambique ainda se preocupa com sectores da economia pelos quais a
inovação agora é que se inicia como ponto focal, como a agricultura e a prestação de serviços.
O governo moçambicano vem fazendo grandes investimentos, principalmente em novas
metodologias, visando o desenvolvimento regional sustentável com base no desenvolvimento
de novos negócios, por meio da mentalidade empreendedora imputada nos jovens e adultos de
nível médio e superior.
1.2 Justificativa
2
O empreendedorismo é importante para a empresa, pois permite que a mesma mantenha-se
competitiva no mercado, através de acções inovadoras em equipamentos modernos de
serigrafia, nos softwares de desenho gráfico, nos anúncios promocionais e posicionamento no
mercado local. Também é importante na concepção e utilização de um plano de negócios
ferramenta orientadora na implementação do negócio bem como na obtenção do capital de
risco.
Em termos económicos o tema é pertinente, visto que, o impacto das acções de serigrafia para
as empresas, escolas e a sociedade civil, gera riquezas para empresas de serigrafia e estas por
sua vez, contribuem no crescimento económico mediante pagamento de impostos ao Estado.
3
1.3 Objectivos do Estudo
4
O problema da pesquisa em estudo está relacionado com a forma como os empreendedores
que emergem no mercado sem prévia preparação em empreendedorismo geram os seus
negócios, assim, o autor visitou as empresas de serigrafia para compreender as habilidades de
gestão e características empreendedoras nas empresas, no período compreendido entre 2012 e
2014, onde o pesquisador constatou fracas habilidades de gestão e características do perfil
empreendedor, o que pode conduzir as empresas a fracassar nos negócios.
Para dar resposta aos objectivos desta pesquisa foram seleccionadas as seguintes questões:
A presente pesquisa faz uma análise das habilidades e características empreendedoras nas
empresas de serigrafia da cidade da Beira, designadamente, Sandura Serigrafia e Publicidade
& Serigrafia, no período compreendido entre 2012 e 2014, dada a importância que a serigrafia
tem na divulgação de serviços e produtos oferecidos pelas empresas e eventos promovidos
5
pela sociedade civil. Em termos temporal, o autor julga ser o tempo suficiente para análise das
acções empreendedoras levadas a cabo pelos empreendedores de serigrafia.
O tema apresentado foca basicamente sobre o empreendedorismo, empreendedor, habilidades
técnicas, habilidades de gestão, características do perfil empreendedor e negócio bem-
sucedido.
O segundo capítulo, faz a revisão da literatura. Neste capítulo estão abordados literatura
teórica, orientadora do trabalho, a literatura empírica para se perceber o que foi escrito
noutros países sobre o tema em estudo e por fim a literatura focalizada, a qual aborda a
literatura local de Moçambique de forma a perceber o que foi escrito a respeito do tema.
6
O terceiro capítulo, apresenta a metodologia utilizada nesta pesquisa, onde o autor faz
referência dos instrumentos que foram utilizados na elaboração e realização deste trabalho
7
CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Introdução
A palavra "empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume
riscos e começa algo novo" (Dornela, 2009, p. 14﴿.
Hisrich et al. (2009) apresenta as diferentes fases que o conceito empreendedor conheceu
desde o período inicial até o século XX:
No Período Inicial: um exemplo inicial da primeira definição de empreendedor como
ʺintermediárioʺ é Marco Polo. Que tentou estabelecer rotas comerciais para o Extremo
Oriente. Como intermediário, Marco Polo assinava um contrato com uma pessoa de
recursos o precursor do actual ﴾o precursor do actual capitalista de risco﴿ para vender
suas mercadorias.
Na Idade Média: o termo empreendedor foi usado para descrever tanto um
participante quanto um administrador de grandes projectos de produção. Em tais
projectos, esse indivíduo não corria risco simplesmente administrava o projecto
usando os recursos fornecidos geralmente pelo governo do país. Um típico
8
empreendedor era o clérigo – a pessoa encarregada de obras arquitectónicas, como
castelos e fortificações, prédios públicos, abadias e catedrais.
No Século XVII: a reemergente ligação do risco com empreendedorismo se
desenvolveu neste século, com o empreendedor sendo a pessoa que firmava um acordo
contratual com o governo para desempenhar um serviço ou fornecer produtos
estipulados. Como o valor do contrato era fixo, todos os lucros ou perdas resultantes
eram do empreendedor.
Século XVIII: a pessoa com capital foi diferenciada daquela que precisava de capital.
Em outras palavras, o empreendedor foi diferenciado do fornecedor de capital ﴾o
actual investidor de risco﴿. Uma das causas da diferenciação foi a industrialização.
Século XIX e XX: no final e início destes séculos, não se distinguia empreendedores
de gerentes eram vistos a partir de uma perspectiva económica. Resumidamente, o
empreendedor organiza e opera uma empresa para lucro pessoal. Paga preços actuais
pelos materiais consumidos no negócio, pelo uso da terra, pelos serviços de pessoas
que emprega e pelo capital de que necessita.
Em Meados do Século XX, estabeleceu-se a noção de empreendedor como inovador.
A função do empreendedor é reformar ou revolucionar o padrão de produção
explorando uma invenção ou, de modo mais geral, um método tecnológico não
experimentado, para produzir um novo bem ou um bem antigo de uma maneira nova,
abrindo uma nova fonte de suprimento de materiais, ou uma comercialização para
produtos, e organizando um novo sector. O conceito de inovação é uma parte
integrante do empreendedorismo nessa definição. De facto, a inovação, o acto de
lançar algo novo, é uma das mais difíceis tarefas para o empreendedor, pois que exige
não só a capacidade de criar, como também a capacidade de entender todas as forças
em funcionamento no ambiente.
Como se pode perceber desde o período inicial até meados do século XX, o conceito
empreendedor passou por várias transformações, das quais o empreendedor era conhecido
como intermediário entre o possuidor de recursos e venda de mercadorias, participante e
administrador de grandes projectos de produção, alguém que firma um acordo contratual com
governo e assume os riscos do negócio. Com a industrialização houve distinção entre
empreendedor e fornecedor do capital, o empreendedor passou a ser diferenciado com
9
gestores, uma vez que era visto da perspectiva económica, e na actualidade o empreendedor é
visto com inovador.
O papel dos empreendedores das serigrafias deve ser de inovador nos processos produtivos,
inovar em produtos, organização dos sectores de actividades e alocar profissionais
competentes, e implementar tecnologias modernas, como é o caso de equipamentos de
serigrafia modernos em vista ao sucesso do negócio.
Para esta pesquisa o empreendedorismo pode ser entendido, segundo Hisrich et al. ﴾2009﴿,
como "o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários,
assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as
consequentes recompensas da satisfação e da independência financeira e pessoal" (p. 30﴿.
10
empreendedores devem decidir agir mesmo diante da incerteza em relação ao
resultado dessa acção;
O último aspecto, recompensas de ser um empreendedor. No que diz respeito a
recompensas, o empreendedor busca independência e a satisfação pessoal pela
obtenção de lucros e sucesso no negócio.
2.2.3 Empreendedor
Actualmente assiste-se quase por todas as partes indivíduos que iniciam e gerem os seus
próprios negócios, contudo, sem que tenham capacidades empreendedoras. Nos parágrafos
seguintes procuraremos perceber o que é um empreendedor.
Segundo Chiavenato ﴾2008﴿ "o empreendedor é a pessoa que inicia e ou opera um negócio
para realizar uma ideia ou projecto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando
continuamente" ﴾p. 3﴿.
É possível perceber neste conceito que o empreendedor não é apenas aquele que inicia algo
novo, porém, trabalha num negócio já existente para implementar um projecto pessoal,
arcando riscos que possam decorrer desse processo e privilegiando sempre a inovação.
Para Pimentel ﴾2008﴿ "o empreendedor é um visionário que busca o máximo ser disciplinado,
assumir riscos, ser inovador, ter ousadia, ser persistente, ter iniciativa, coragem, humildade e,
principalmente, ter paixão pelo que faz" (p. 12﴿.
O mesmo autor enfatiza que, o empreendedor é aquele que busca satisfazer de forma criativa
uma necessidade de um mercado consumidor potencial, com o mínimo de tempo necessário e
uma implementação com os recursos disponíveis. O empreendedor em serigrafia deve
11
procurar satisfazer todas necessidades publicitárias, através de prestação de serviços de
serigrafia de qualidade e a utilização racional dos recursos a sua disposição.
12
O Geber (1995) identificou três papéis distintos nos empresários, a saber: o técnico que faz o
trabalho, o gestor que monitoriza e organiza e o empreendedor que é conduzido pela visão,
que constrói o negócio. Na suposição do mesmo autor, a ideia de independência, a imagem de
ser o seu próprio patrão e acreditando que o seu conhecimento sobre o lado técnico o
qualificaria perfeitamente para gerir o seu próprio negócio, leva o individuo ao ataque de
empreendedorismo.
Gerber (1995) examinou como as várias personalidades interiores interagem através do lado
empreendedor, gestor e técnico, que todos indivíduos possuem:
Lado Empreendedor – a personalidade empreendedora transforma a condição mais
insignificante numa excepcional oportunidade. O empreendedor é visionário dentro de
nós, a energia por detrás de toda actividade humana, o catalisador das mudanças.
Lado Gestor – a personalidade de um gestor é pragmático. Sem o gestor não haveria
planeamento, nem ordem, muito menos previsibilidade. O empreendedor possui
controlo, o gestor possui ordem, enquanto o empreendedor prospera nas mudanças, o
gestor prende-se de forma compulsiva ao estado actual.
Lado Técnico – o técnico é o executor. Enquanto o empreendedor vive no futuro e o
gestor no passado, o técnico vive no presente. Enquanto estiver a trabalhar, é feliz,
mas lida apenas com uma coisa de cada vez.
13
O que diferencia empreendedor das outras pessoas é a maneira como percebe a mudança e
lida com as oportunidades, criando sempre valor para sociedade. Ser empreendedor significa,
acima de tudo, a capacidade de realizar coisas novas, pôr em prática ideias próprias.
De acordo com Timmons (1989, citado em Sarkar 2000) sugere que para ser "um
empreendedor de sucesso, um indivíduo tem que ter a criatividade e a inovação de um
inventor e as qualidades de gestão de um gestor" (p. 75). Baseado nestes dois critérios,
Timmons criou matriz identificando quatro tipos de indivíduos, tendo em conta as suas
capacidades de gestão e na criatividade ou inovação.
A figura 2.1. ilustra quatro tipos de indivíduos no exercício empresarial, a saber: Promotor é
uma personalidade que apresenta baixos níveis de criatividade e inovação, bem como a baixa
capacidade de gestão. Inventor é uma pessoa com elevado nível de criatividade e inovação,
porém, possui fraca capacidade de gestão. Gestor ou administrador, personalidade com
elevada capacidade de gestão e baixa criatividade e inovação. Empreendedor de sucesso é
alguém que possui elevados níveis de criatividade, inovação, bem como elevada capacidade
de gestão.
14
Não basta possuir conhecimentos técnicos para iniciar ou desenvolver um negócio, é
fundamental que os empreendedores, concretamente do ramo de serigrafia tenham elevadas
capacidades tanto de criatividade, inovação e de gestão para que sejam bem-sucedidos no
desenvolvimento do negócio.
De acordo com OECD (2007), "as actividades de inovação tecnológica são o conjunto de
etapas científicas, tecnológicas, organizativas, financeiras e comerciais, incluindo os
investimentos em novos conhecimentos, que levam ou que tentam à implementação de
produtos e de processos novos ou melhorados".
15
Os conceitos anteriormente mencionados mostram as diferentes dimensões de inovações, nas
quais o empreendedor deve efectuar mudanças no negócio, ser competitivo no mercado, para
tal, deve permanentemente inovar nos serviços, em processos produtivos, no produto,
marketing e em aspectos organizacionais para o sucesso empreendedor das serigrafias.
De acordo com Moris e Jones (1999, citados em Sarkar, 2010) os empreendedores devem
estar aptos para realizar as seguintes tarefas:
Identificar e avaliar uma oportunidade;
Definir um conceito de negócio;
Identificar os recursos necessários;
Adquirir os recursos necessários e;
Implementar o negócio.
Estes autores defendem ainda para se realizar estas tarefas de forma efectiva, o empreendedor
deve empregar o conhecimento de negócio em áreas como as vendas, marketing, gestão de
trabalho, finanças, contabilidade e pensamento estratégico. Hood e Young (1993, citados em
Sarkar, 2010) referem que é necessário ter uma percepção básica destas áreas para atingir o
sucesso nos negócios. E acreditam que é ainda necessário para os indivíduos desenvolverem
competências na apresentação oral, nas relações interpessoais e no planeamento do negócio.
Para além destas capacidades, as seguintes áreas de capacidade ou conhecimento dos negócios
são cruciais para o sucesso do empreendedor:
Liderança;
Comunicação (oral e escrita);
Relações humanas;
16
Negociação;
Raciocínio lógico e analítico;
Tomada de decisão e definição de objectivos e;
Preparação de um plano de negócios.
Os mesmos autores realçam que estas capacidades são também aquelas que são requeridas a
um gestor dentro de qualquer organização. Assim, o que diferencia o empreendedor do gestor
é o seguinte, para além de ter estas características, tem ainda a capacidade de identificar uma
oportunidade e implementar essa mesma oportunidade.
17
Tabela 2.1: Aspectos do Processo Empreendedor
18
delas deve ser cuidadosamente verificadas e avaliadas, de forma a aferir se um determinado
produto ou serviço oferece o retorno necessário em relação aos recursos exigidos.
O processo de avaliação envolve prestar atenção à extensão da oportunidade, seu valor real e
seu valor percebido, seus riscos e possibilidades de retorno, sua adequação às habilidades e
metas pessoais do empreendedor e ao diferencial da oportunidade em seu ambiente
competitivo.
19
iv. Estrutura Administrativa da Empresa
Segundo Shepherd (2009), "a estrutura administrativa da empresa administrada pelo modo
empreendedor é orgânica, ou seja, a estrutura organizacional tem menos camadas de
burocracia entre a alta administração e o cliente, e geralmente dispõe de várias redes
informais" (p. 67).
O mesmo autor refere que a organização na sua fase inicial será simples. O empreendedor
acredita que pode desempenhar todas funções da organização. Esse é um problema comum e
uma causa importante de muitos fracassos. O empreendedor acredita que pode fazer tudo e
não está disposto a passar a responsabilidade para outros ou mesmo a incluir terceiros na
equipa administrativa. Sem levar em conta se há um ou mais indivíduos envolvidos na
iniciativa, à medida que a carga de trabalho aumenta, a estrutura organizacional precisará se
expandir para incluir outros funcionários com funções definidas na organização.
A figura 2.2 ilustra uma estrutura organizacional duma empresa em expansão, na qual temos
um presidente no nível mais alto da organização e os gestores para coordenar, organizar e
controlar vários aspectos do negócio. O gestor de produção é responsável pelo controle de
qualidade e pela montagem do produto final fabricado pela empresa terciarizada. O gestor de
marketing desenvolve promoções e estratégias publicitárias e coordena os esforços da
expansão de representantes da organização. O gestor administrativo assume a
responsabilidade por todas as tarefas administrativas no funcionamento da empresa. O nível
da base da organização é constituído pelos técnicos com diferentes especialidades e realizam
as actividades do dia-a-dia da organização.
20
Figura 2.2. Organigrama duma Empresa em Expansão
21
Características pessoais - incluem ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ser
orientado a mudanças, ser persistente, ser um líder visionário e entre outras
apresentadas no subcapítulo que se segue.
O empreendedor é a pessoa que faz as coisas acontecerem, visto ser dotado de sensibilidades
para os negócios, senso financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com esses
atributos, permite transformar ideias em realidade, para benefício próprio e para comunidade.
Pimentel (2008) refere que os empreendedores devem ser dotados de características que os
transformam em vencedores, a saber:
Iniciativa: o empreendedor não fica esperando que os outros (o governo, o
empregador, o parente, o padrinho) venham resolver seus problemas. O empreendedor
é uma pessoa que gosta de começar coisas novas, a iniciativa e a inovação são as
capacidades daquele que, tendo um problema qualquer, age, arregaçar as mangas e
parte para a solução.
Auto confiança: o empreendedor tem confiança, isto é, acredita em si mesmo. Ele
obtém sucesso independentemente de ter ou não patrão, do tipo de negócio, do
governo ou de quem quer que seja. Se ele não acreditasse em si mesmo seria difícil
para tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz um indivíduo arriscar mais, ousar,
oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais empreendedor.
Aceitação de risco: o empreendedor aceita riscos ainda que muitas vezes seja
cauteloso e precavido contra eles. A verdade é que o empreendedor sabe que não
22
existe sucesso sem uma dose de risco, por esse motivo ele o aceita em alguma medida.
Sem temor de fracasso e ou da rejeição: o empreendedor fará tudo o que for necessário
para não fracassar, sob a óptica de assumir riscos calculados, mas não é atormentado
pelo medo paralisante do fracasso. Pessoas com grande amor-próprio e medo do
fracasso preferem não tentar correr riscos de não acertar, ficando, então, paralisadas.
Neste sentido, o empreendedor acredita em si mesmo primeiramente e em seguida em
seu projecto de negócio.
Decisão e responsabilidade: o empreendedor não fica esperando que os outros
decidam por ele. Ele toma decisões e aceita as responsabilidades que estas acarretam.
Energia: é necessária uma dose de energia para se lançar em novas realizações, que
usualmente exigem intensos esforços. O empreendedor dispõe dessa reserva de
energia. Vinda provavelmente do seu entusiasmo e motivação.
Controle: o empreendedor acredita que sua realização depende de si mesmo e não de
forças externas sobre as quais não tem controle. Ele se vê capaz de controlar a si
mesmo e de influenciar o meio de tal modo que possa atingir os seus objectivos.
Ser voltado para a equipa: o empreendedor em geral, não é somente um fazedor, no
sentido obreiro da palavra. Ele cria equipa, delega, acredita nos outros e obtém
resultados por meio de terceiros.
Persistência: o empreendedor por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas
possibilidades é capaz de persistir até que as coisas comecem a funcionar
adequadamente.
Cuidado: tomar cuidado por não “queimar o seu filme” e o da empresa. São exemplos
disto: não saber qual o seu mercado consumidor e subestimar a concorrência ou os
riscos de negócio.
23
Um indivíduo que tenha conhecimentos técnicos no ramo de serigrafia e decide começar a sua
empresa, porém, sem ser dotado do perfil empreendedor, certamente fracassará no negócio,
assim, Reber (1995, citado em Sarkar, 2010):
"identificou que as abordagens psicológicas ao empreendedorismo procuram
identificar comportamentos e traços na personalidade que são únicos para o sucesso
dos empreendedores. Estes traços são identificados como características
temperamentais de um indivíduo que são estáveis ao longo do tempo" (p. 60).
24
Tabela 2.2: Características dos Empreendedores de Sucesso
São visionários Eles têm a visão de como o futuro para seu negócio e sua vida, e o
mais importante: eles têm habilidades de implementar seus sonhos.
Sabem tomar Eles não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões correctas na
decisões hora certa, principalmente nos momentos de adversidade, sendo isso
um factor chave para o seu sucesso.
Sabem explorar ao Para os visionários (os empreendedores), as boas ideias são geradas
máximo as daquilo que todos conseguem ver, mas não identificam algo prático
oportunidades para transforma-las em oportunidades, por meio de dados e
informação.
São determinados e Eles implementam suas acções com total comprometimento.
dinâmicos Atropelam as diversidades, ultrapassando os obstáculos, com uma
vontade impar de fazer acontecer. Mantêm-se sempre dinâmicos e
cultivam um certo inconformismo diante da rotina.
São dedicados Eles se dedicam 24 horas por dia, 7 dias por semana, ao seu negócio.
Comprometem o relacionamento com amigos, com a família, e ate
mesmo com a própria saúde. São incansáveis e loucos pelo trabalho.
São optimistas e Eles adoram o trabalho e realizam. E é esse amor ao que fazem o
apaixonados pelo principal combustível que os mantém cada vez mais animados e
que fazem autodeterminados, tornando-os melhores vencedores dos seus
produtos e serviços, pois sabem como fazê-lo.
São independentes Eles querem estar à frente dos mudanças e ser dono do próprio
e constroem seus destino. Querem ser independentes, em vez de empregados.
destinos
São líderes e Os empreendedores têm um senso de liderança incomum. E são
formadores de respeitados e adorados pelos seus funcionários, pois sabem valoriza-
equipas los, estimulá-los e recompensa-los, formando uma equipa
competente em torno de si, da qual garante êxito e sucesso.
São organizados Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais,
humanos, tecnológicos e financeiros, de forma racional, procurando
o melhor desempenho para o negócio.
Planeiam Os empreendedores de sucesso planeiam cada passo de seu negócio,
desde o primeiro rascunho do plano de negócios até a apresentação
do plano a investidores, definição das estratégias de marketing do
negócio.
Possuem São sedentos pelo saber e aprendem continuamente, pois sabem que
conhecimentos quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior a sua
possibilidade de êxito.
Assumir riscos O verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e
calculados sabe gerir o risco, avaliando as reais possibilidades de sucesso.
Criam valor para Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor
sociedade para a sociedade, com a geração de empregos, dinamizando a
economia e inovando, sempre usando sua criatividade em busca de
soluções para melhorar a vidas das pessoas.
Fonte: Dornelas (2008)
25
Para melhor compreensão das características do perfil empreendedor foram sintetizadas em
três virtudes, designadamente: de apoio, superiores e especiais. As virtudes de apoio são
importantes e necessárias, mas as virtudes superiores são características apenas dos
verdadeiros empreendedores e as especiais são comuns entre empreendedores de sucesso
(Malheiros, et al., 2005, pp. 24-37).
i. Virtudes de Apoio
As virtudes de apoio não dizem respeito somente aos empreendedores, porém, são comuns a
outros grupos, como por exemplo os bons administradores. As virtudes de apoio estão
descritas como se segue:
Visão: é um trabalho mental que liga o hoje (conhecido) ao amanhã (desconhecido),
criando o futuro a partir de uma montagem de factos, esperanças, sonhos,
oportunidades e perigo. A definição da visão permite que o empreendedor estabeleça
seu rumo em longo prazo. Ela permite que o empreendedor se posicione, assim como
o seu empreendimento, para criar e aproveitar oportunidades. Com base na visão, o
empreendedor busca ideias e conceitos que possibilitem caminhar segundo uma
direcção preestabelecida, convencendo as pessoas a adoptar a visão e a procurarem
para desenvolvê-la.
Energia: os empreendedores são seres carregados de energia, constantemente
buscando alguma coisa para fazer. Empreendedores não gostam de perder tempo. Para
você ter sucesso, é necessário ter energia e estar disposto a se sacrificar para atingir
objectivos, caso seja necessário.
Comprometimento: os empreendedores bem-sucedidos estão sempre dispostos a se
sacrificar ou despender esforço pessoal, fora do comum, para concretizar um projecto.
O empreendedor comprometido na algumas vezes se une com os funcionários para
terminar uma tarefa. O comprometimento faz com que o empreendedor se esforce em
manter os clientes satisfeitos e os coloque em primeiro lugar, acima de lucro em curto
prazo.
Liderança: o empreendedor possui forte capacidade de liderança. Ele é capaz de
agregar pessoas em torno de si e movê-las em direcção aos objectivos por ele
determinados. Como líder autêntico possui ideias e objectivos. Para realizá-los,
26
emprega estratégias conscientes ou inconscientes, buscando influenciar ou persuadir
os outros.
Obstinação: o empreendedor é um guerreiro obstinado. Ele gosta de competir.
Quando entra em uma disputa por uma causa ou um ideal, só sai como vencedor. Não
conseguindo vencer da primeira vez, não desiste, volta com carga total assim que for
possível.
Capacidade de Decisão: o empreendedor não se perde no embaraçado de
oportunidades. Ele tem um senso apurado de prioridade e concentra-se naquilo que é
realmente importante. As próprias actividades diárias são avaliadas e realizadas em
função de uma escala de prioridades: primeiro as mais importantes, depois as menos.
27
Independência: o empreendedor é independente, não gosta de seguir normas e estar
sob controle dos outros. A autonomia é um dos seus grandes objectivos. Expressa
confiança na sua própria capacidade de realizar tarefas difíceis e de enfrentar desafios.
Os grandes empreendedores não se mostram satisfeitos quando trabalhavam para
outros. Os empreendedores bem-sucedidos são os que pensam e se movem por
iniciativa própria.
Entusiasmo/Paixão: os empreendedores são entusiasmados, apaixonados por aquilo
que fazem. Eles dedicam suas vidas a uma ideia que, em determinado momento, se
torna um ideal.
28
cursos especializados, ou até mesmo por meio de outras pessoas com
empreendimentos semelhantes.
Organização: utilizar recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de
maneira racional organizada é fundamental para o desempenho positivo do seu
empreendimento.
Desta forma, pode-se concluir que os empreendedores de sucesso devem ser indivíduos com
qualidades múltiplas, como anteriormente referenciado, contudo, importa ressaltar a
criatividade, autonomia e a paixão por serem virtudes superiores, não comuns e que fazem
diferença aos empreendedores de sucesso. Torna-se relevante conhecer as qualidades a ser
melhoradas nas empresas de serigrafia de modo a fortalecer os perfis daqueles
empreendedores e alcançar êxito no negócio.
Chiavenato (2008) afirma existir algumas razões pelas quais as pessoas se engajam nos
negócios:
Forte desejo de ser seu próprio patrão, de ter independência e não receber ordens de
outros, fundamentando-se apenas em seu talento pessoal;
29
Oportunidade de trabalhar naquilo que gosta, em vez de trabalhar como subalterno
apenas a ter segurança de um salário mensal e férias a cada ano;
Sentimento de que pode desenvolver a sua própria iniciativa sem o guarda-chuva do
patrão;
Desejo pessoal de reconhecimento e de prestígio;
Poderoso impulso para acumular riqueza e oportunidade de ganhar mais que quando
era simples empregado;
Descoberta de uma oportunidade que outros ignoram ou subestimam;
Desafio de aplicar recursos próprios e habilidades pessoais em um ambiente
desconhecido.
Chiavenato (2008) afirma "o que pode tornar um indivíduo bem-sucedido é a conjugação de
duas coisas: o negócio oportuno e o espírito empreendedor bem dotado que o leva adiante" (p.
19). Pode se entender como negócio oportuno aquele que vai ao encontro de uma necessidade
do mercado ou seja existem potenciais clientes para o negócio. Enquanto o espírito
empreendedor significa ser criativo, atento as oportunidades a volta do negócio, assumir
riscos calculados, ser auto-confiante, persistência e visionário.
30
Portanto, ser empreendedor bem-sucedido pressupõe conhecer a razão que leva a empreender;
saber conjugar um negócio cujo propósito vai ao encontro a uma necessidade do mercado
com a criatividade, atenção as oportunidades a volta do negócio, assunção de riscos
calculados, autoconfiança, persistência e visão. O empreendedor bem-sucedido deve planear
detalhadamente as acções da serigrafia e dispor de fundos suficientes para aplicar com
celeridade nas actividades desenvolvidas.
A seguir faz-se a distinção entre as acções administradas por uma empresa com foco
empreendedor e pelo foco tradicional.
31
A s empresa administradas de modo empreendedor estão comprometidas com a orientação às
oportunidades, podem alugar os recursos existentes para as outras oportunidades, tem uma
estrutura simples, com várias redes de informação, é baseada na criação de valor, o
crescimento é rápido e é a prioridade máxima e privilegia permanentemente atenção as
oportunidades. Ao contrário das empresas administradas pelo modo tradicional é orientado
pelo controle de recursos, emprega os recursos em sua posse, há hierarquia massiva e
centralização do poder ao gestor do nível mais alto da organização, baseia-se mais na
responsabilidade dos recursos que controla e a antiguidade na empresa, é seguro, lento e firme
em procedimentos, a pesquisa das oportunidades é restrita pelos recursos que controla.
Neste subcapítulo faz referência a literatura empírica, a partir da qual fez-se a relação dos
estudos realizados por Minuzzi (2007) e Mo (2011) com a presente pesquisa.
32
entrevistas e observações para formulação de um questionário ajustado à realidade dos
empresários de Santa Catarina.
O estudo conclui que, as habilidades e conhecimentos mais requisitados para primeiras fases
da concepção do negócio são: experiência em outras empresas, habilidade para lidar com
informações, conhecimento sobre produto e o mercado, habilidade para identificar novas
oportunidades, habilidade de planear, saber lidar com situações novas e experiência no
comércio.
Características como liderança, coragem, tomada de decisões são detectadas nas pessoas que
abriram seus negócios na região do 2º distrito, do município de Duque de Caxias.
33
rizada e, no que foi percebido, a questão mais preocupante é a dificuldade de gerir seus
colaboradores, principalmente os envolvidos directamente com os clientes.
Os resultados das pesquisas realizadas pelos estudos realizados pelo Minuzzi (2007) e Mo
2011) têm relação entre si e com o tema em pesquisa, na medida em que realçam sobre a
necessidade dos empreendedores possuírem habilidades de gestão, concretamente nas áreas
financeiras, recursos humanos, marketing e planeamento para que o negócio não fracasse.
Todos referem sobre desenvolver habilidades para a manutenção dos clientes, ter experiência
no ramo do negócio que desenvolvem, habilidades para identificar novas oportunidades, saber
lidar com situações novas e experiências no comércio. Estas habilidades são indispensáveis
para empreendedores que almejam ser bem-sucedido no negócio.
Neste subcapítulo faz-se referencia a literatura focalizada, através da qual fez-se a relação da
do estudo realizada pelo Lopes (2011) e a presente pesquisa.
34
Língua Portuguesa (CPLP), com objectivo geral: Identificar as características mais marcantes
na forma de gerir os negócios das empreendedoras.
Os resultados foram obtidos mediante o método qualitativo e com utilização das técnicas de
entrevista e observação a vinte (20) empreendedoras de diferentes áreas de actividades, a
saber: comércio, clínicas e laboratórios privados, promotores de eventos, escolas privadas,
fundadoras de Organizações Não Governamentais (ONGs) e salões de beleza e quinteiras.
Este estudo relaciona-se com a presente pesquisa, nos aspectos respeitantes a início do
negócio pela influência dos amigos que desenvolviam o mesmo segmento de actividades,
aprimoramento do conhecimento sobre a área do negócio que operam, determinação e
persistência, opção pela estratégia de pouca linha de produtos. No que tange a metodologia, o
estudo se relaciona com esta pesquisa, visto que em ambos foi empregue a metodologia
qualitativa auxiliada com as técnicas de entrevista e observação na recolha dos dados das
empresas pesquisadas.
35
CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DE PESQUISA
3.1 Introdução
Para facilitar a análise de informações, a empresa Sandura Serigrafia foi identificada pela letra
X e empresa publicidade & Serigrafia pela letra Y.
Nesta pesquisa foi utilizado o método qualitativo que, segundo Richardson (1999), "é
caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e
características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de
medidas quantitativas de características comportamentais" (p. 90). O método qualitativo
36
difere do quantitativo pelo facto de não empregar um instrumento estatístico como base do
processo de análise de um problema. O mesmo autor enfatiza que a abordagem qualitativa de
um problema, além de ser uma opção do pesquisador, justifica-se, sobretudo, por ser uma
forma adequada para entender a natureza de um fenómeno social, para este caso concreto,
pretende-se analisar o impacto das habilidades e características empreendedoras, nas empresas
de serigrafia.
Para o Silvestre e Araújo (2012), "o propósito da abordagem qualitativa consiste em obter
descrições detalhadas de uma realidade que permitam a interpretação de uma situação ou
contexto" (p. 76). Neste estudo procurou-se fazer descrição detalhada e interpretação do
impacto das habilidades de gestão, habilidades técnicas e características do perfil
empreendedor das empresas de serigrafia.
O estudo concentrou-se em duas empresas de serigrafia, pelo que pode ser caracterizada como
um estudo de caso. De acordo com Miles e Hurberman (1994), "caso pode ser definido como
um fenómeno de certa natureza ocorrendo num dado contexto" (p. 25). A abordagem
metodológica escolhida permitiu uma análise ampla e situada sobre o impacto das habilidades
e características empreendedoras, nas empresas X e Y.
O inquérito teve a duração de oito (8) semanas, sendo a primeira fase de três (3) semanas de
elaboração dos roteiros de observação e entrevista e teste piloto e a segunda fase de cinco (5)
semanas de colecta de dados e compilação, sendo duas (2) semanas na empresa X, outras duas
(2) na empresa Y e uma (1) semana foi da finalização da colecta e compilação dos dados.
População pode ser entendida como "conjunto de elementos que possuem determinadas
características" (Richardson, 1999, p. 157). A população escolhida para este estudo é
composta por 30 funcionários das duas (2) empresas de serigrafia da cidade da Beira,
distribuída de seguinte forma: 17 funcionários da empresa X e 13 funcionários da empresa Y,
incluindo os respectivos empreendedores, no período compreendido entre 2012 e 2014,
durante o qual o pesquisador deparou-se com a falta de uma estrutura orgânica funcional,
37
concentração de tarefas aos proprietários e falta de habilidades e características
empreendedoras para gerirem eficientemente as empresas de serigrafia. A população das duas
empresas é constituída pelos funcionários das áreas de gráfica, serigrafia e administrativa,
sexo masculino, excepto um do sexo feminino, com níveis académicos que variam de
elementar a superior e experiência profissional de 1 a 9 anos.
Nesta pesquisa foi utilizado o processo de amostragem não probabilística, que segundo
Marconi e Lakatos (2010), "esta técnica não faz uso de formas aleatórias de selecção, torna-se
impossível a aplicação de fórmulas estatísticas para o cálculo, por exemplo, entre outros, de
erros de amostra" (p. 37-38). Para esta pesquisa foi aplicada a técnica de amostragem
intencional.
De acordo com Costa Neto (1977), "nas amostras intencionais enquadram-se os diversos
casos em que o pesquisador deliberadamente escolhe certos elementos para pertencer à
amostra, por julgar tais elementos bem representativos da população" (p. 45). Para amostra
deste estudo foram seleccionados os elementos que representam as características típicas de
todos integrantes da população, nomeadamente, empreendedor, gestor, chefes das equipas de
serigrafia, técnicos gráficos e técnicos de estampagem das empresas X e Y, com a finalidade
de fornecer informações sobre o impacto das habilidades e características empreendedoras das
empresas de serigrafia.
38
3.5 Tamanho da Amostra
Segundo Marconi e Lakatos (2010), "técnica é um conjunto de preceitos de que se serve uma
ciência, ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prática" (p. 48).
a) Observação
De acordo com Richardson (1999) "a observação é o exame minucioso ou a mirada atenta
sobre um fenómeno no seu todo ou em algumas de suas partes, é a captação precisa do
objecto examinado" (p. 259). Nesta pesquisa foi utilizada a observação não participante, na
qual de acordo com o mesmo autor, o investigador não tomou parte nos conhecimentos
objecto de estudo como se fosse membro do grupo observado, mas apenas actuou como
espectador atento.
39
Para esta pesquisa optou-se pela observação estruturada que segundo Marconi e Lakatos
(2010), "utiliza instrumentos para a colecta dos dados ou fenómenos observados" (p. 78).
Baseando-se dos objectivos da pesquisa e por meio de um roteiro de observação contendo
nove (9) questões, fez-se o levantamento dos seguintes aspectos: o nome da empresa,
localização, estrutura orgânica (sectores de actividades), ramo de actividade, visão,
actividades principais e secundárias, número de funcionários, plano de negócio, inovações e
recursos nas empresas X e Y. A observação foi feita directamente pelo pesquisador durante os
intervalos das entrevistas e através de uma máquina fotográfica foram captadas imagens
relevantes utilizadas na análise e interpretação dos dados.
b) Entrevista
Segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007), "entrevista é uma conversa orientada para um
objectivo definido: recolher por meio de interrogatório do informante, dados para a pesquisa"
(p. 51). Nesta técnica, o pesquisador teve encontros com empreendedor, gerente, chefes da
serigrafia, técnicos gráficos e de estampagem das empresas X e Y na cidade da Beira.
O tipo da entrevista utilizada foi não estruturado que, segundo Richardson (1999), "em vez de
responder à pergunta por meio de diversas alternativas pré-formuladas, visa obter do
entrevistado o que ele considera os aspectos mais relevantes de determinado problema: as
suas descrições de uma situação em estudo" (p. 208). Por meio da conversação guiada,
pretende-se obter informações detalhadas que possam ser utilizadas em análise qualitativa.
Foram formuladas quinze (15) perguntas abertas, com a finalidade de obter dos entrevistados
dados que permitiram analisar as habilidades técnicas, habilidade de gestão e perfis de um
empreendedor das empresas X e Y.
40
3.6.2 Colecta de Dados Secundários
Para a colecta de dados secundários foi aplicada a técnica de pesquisa bibliográfica, segundo
Marconi e Lakatos (2010), "abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema
de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, livros, pesquisas, monografias, teses,
material cartográfico" (p. 57). Para esta pesquisa foram consultados livros, pesquisas, teses e
artigos que abordam assuntos relacionados com o tema em estudo.
Para este estudo foram utilizadas diferentes fontes, a saber a técnica de observação através da
qual foram recolhidos dados, efectuada a análise e interpretação e com entrevista recolheu-se
dados, análise e interpretação e por último procedeu-se o cruzamento dos resultados da
observação e entrevistas, com objectivo de abranger máxima amplitude na descrição,
explicação e compreensão do problema estudado.
41
CAPITUO 4 - ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
4.1 Introdução
Este capítulo apresenta e discute os resultados obtidos através das técnicas de observação as
empresas X e Y de serigrafia e entrevista ao empreendedor, gerentes e chefes das equipas de
serigrafia, técnicos gráficos e técnicos de estampagem.
A análise dos dados obtidos através das entrevistas ao empreendedor, gerentes, chefes das
equipas de serigrafia, técnicos seniores de gráfica e estampagem das empresas X e Y e a
observação foi efectuada de forma conjunta, para permitir a melhor compreensão sobre o
fenómeno estudado nas duas empresas do ramo de serigrafia, teve a duração de cerca de um
(1) mês.
A primeira empresa, designa-se por X com quatro (4) elementos do sexo masculino. As
idades variam entre 25 a 45 anos. No que diz às habilitações literárias e experiencia, dois (2)
funcionários (50%) possuem 10ª classe do Ensino Secundário Geral, com 4 a 7 anos de
experiencia, um (1) funcionário (25%) 12ª classe também do Ensino Secundário Geral, com 2
anos de experiencia e um (1) técnico (25%) Licenciado em Economia e Gestão, com 1 ano de
experiencia, todos trabalham no regime contratual (tabela 3.1).
42
Tabela 3.1: Características dos Informantes Chaves da Empresa X.
A segunda empresa, designada por Y com quatro (4) elementos do sexo masculino. As idades
variam entre 27 e 48 anos. No que concerne às habilitações literárias e experiencia, dois (2)
funcionários (50%) possuem o nível Elementar, com 3 e 6 anos de experiência, um (1)
funcionário (25%) 12ª classe, com 3 anos de experiencia e um (1) Técnico Médio de
Contabilidade (25%) com 9 anos de experiencia, trabalham em regime contratual, excepto o
último e por sinal o proprietário em regime definitivo (tabela 3.2).
43
Tabela 3.2: Características dos Informantes Chaves da Empresa Y.
Neste subcapítulo faz-se a descrição das empresas e análise das actividades desenvolvidas.
A seguir estão ilustradas as principais actividades realizadas pelos sectores que compõem a
empresa X, excepto o gabinete do empreendedor e gerente que não tivemos acesso a imagens
devido a indisponibilidade do gerente para proceder-se a devida captação. Este sector é
44
responsável pelas áreas administrativas (financeira e recursos humanos) e marketing. A
concentração de actividades relaciona-se com a dimensão da empresa e insuficiência de
recursos para contratar mais profissionais.
45
O técnico no sector de serigrafia em actividade de estampagem, a qual consistiu em
posicionamento da camiseta na máquina ʺsilk-screenʺ, separação das cores do desenho na
tela em películas diferentes, e por último procedeu-se a impressão manual, um processo que
ocorreu o vazamento da tinta pela pressão de um puxador arrastado numa tela de cima para
baixo. Através de um secador eléctrico procedeu-se a secagem das tintas gravadas nas
camisetas durante 5 minutos. A camiseta após a secagem considera-se concluída a serigrafia e
dispensa-se a lavagem a jacto de água.
Esta empresa possui três máquinas de serigrafia do tipo ʺsilk-screenʺ. Os serviços de bordados
são realizados pelos terceiros. A empresa não dispõe de equipamentos de serigrafia digitais, o
que de certa forma limita aquele empreendedor e influencia no fracasso do negócio.
46
Figura 4.4: Recepção e Atendimento ao Cliente.
Este sector lida-se com os clientes, recebe os clientes e encaminha lhes aos sectores gráfico,
serigrafia e administrativo, fornece informações aos clientes, envia e receber
correspondências, fotocópia documentos, encaderna manuais, empacota e entrega de
encomendas. Estão publicitação de diversos produtos oferecidos pela empresa.
47
interessou-se do negócio de serigrafia pela influência de um amigo que tinha uma empresa de
serigrafia em Maputo e o desejo de querer ser independente e dono do próprio negócio,
aprendeu a serigrafia e a posterior criou a sua empresa.
48
Figura 4.6: Sector de Serigrafia.
Camiseta e colecte após impressão e gravação de letras. Esta é uma evidência clara de
insuficiência de equipamento de serigrafia, visto que, a empresa Y opera apenas com uma
máquina principal de serigrafia e uma outra pequena de foto-colagem. Do lado directo ilustra-
se a estufa, onde se procede a secagem da tinta durante 15 minutos e de seguida a peça é
retirada e lavada a jacto de água. Os equipamentos acima indicados mostram claramente a
falta de inovação em processo, o que torna a empresa não competitiva e por conseguinte
fracassa o negócio.
49
Figura 4.7: Recepção e Atendimento ao Cliente.
50
Tabela 4.1:Temas Emergentes
Nᵒ Ordem Designação
4.3 Habilidades de Gestão nas Empresas X e Y
4.3.1 Técnicas de Gestão
4.3.2 Decisões Planeadas e Plano de Negócio
4.3.3 Recursos Necessários
4.4 Habilidades Técnicas dos Empreendedores das Empresas X e Y
4.4.1 Conhecimento e Comunicação
4.4.2 Liderança
4.5 Características do Perfil dos Empreendedores das Empresas X e Y
4.5.1 Independência e Inovação
4.5.2 Riscos e Oportunidades
4.5.3 Visão do Futuro do Negócio
4.5.4 Comprometimento
4.5.5 Persistência, Determinação e Dedicação
Fonte: Autor (2015)
Neste subcapítulo foram levantadas questões sobre técnicas de gestão utilizadas nas empresas,
decisões planeadas e plano de negócio.
Para perceber a respeito das habilidades de gestão, questionou-se sobre as técnicas que os
empreendedores utilizam na gestão das empresas.
Na empresa X, o Sr. José respondeu "na empresa não existe uma estrutura funcional, visto
que, há improvisação das áreas financeira, recursos humanos e marketingʺ.
51
Os Srs. Paulo e Timóteo afirmaram "…existe na empresa áreas de recursos humanos e
financeira a cargo do gerente, a área gráfica e estampagem são exercidas pelos funcionários
com conhecimentos afectos naqueles sectoresʺ.
Sr. Tito respondeu "a empresa tem os sectores gráfica e estampagem, os outros sectores de
recursos humanos e financeira não está claramente definidos e são exercidas pelo gerenteʺ.
De acordo com os resultados da empresa Y mostram que a empresa não apresenta uma
estrutura clara, visto que tem as áreas de serigrafia, gráfica, administrativa e marketing, as três
últimas estão concentradas ao empreendedor por acredita ser capaz de realizar várias tarefas
sozinho, o que pode influenciar no insucesso do negócio. Com o crescimento do negócio
deve-se partilhar as responsabilidades com os gestores de produção, marketing e
52
administrativo e estes por sua vez com os níveis operacionais de modo a permitir uma
eficiente gestão da empresa.
Na empresa X. o Sr. José respondeu "o empreendedor toma decisões de forma não planeadaʺ.
Sr. Paulo respondeu "o empreendedor toma decisões de forma improvisada, não planifica as
actividadesʺ.
O Sr. Timóteo respondeu "…em algumas vezes o empreendedor toma decisões planeadasʺ.
Sr. Tito disse "o empreendedor toma decisões sem prévia planificaçãoʺ.
Os resultados mostram que o empreendedor toma decisões sem antes planificar, portanto, o
empreendedor mostra ser inseguro nas suas decisões, visto que baseia em improvisações nas
decisões e de forma incorrecta, o que pode levar o negócio ao insucesso.
Na empresa Y, o Sr. Moisés respondeu a questão ao afirmar "o empreendedor toma decisões
baseando-se no planeamento, embora em situações imprevisíveis é obrigado a improvisar as
suas decisõesʺ.
Os Srs. Paulo e João responderam "o empreendedor decide sem se guiar de um planeamentoʺ.
53
Sr. Lucas "… decide de forma intuitiva não se baseia de nenhum planeamentoʺ.
Foi feita uma outra questão para perceber se as empresas guiavam-se de um plano de negócios
na execução das actividades.
Na empresa X, o Sr. José respondeu "a empresa não tem um plano de negócio, para se guiar
na realização das actividadesʺ.
Sr. Paulo respondeu "…não se auxilia de um plano de negócios na execução das actividades
da organizaçãoʺ.
Sr. Timóteo respondeu "…nunca ter visto um plano de negócios na empresa, realizamos as
actividades de acordo com as nossas experiênciasʺ.
Sr. Tito "… não se segue um plano de negócios na execução das actividadesʺ.
54
Na empresa Y, o Sr. Moisés respondeu "o empreendedor não se auxilia de um plano de
negócio na realização das actividades da empresaʺ.
Sr. Pedro respondeu "a empresa não segue nenhum plano de negócios na realização das
actividadesʺ.
Sr. João disse "os trabalhadores se guiam de um plano de negócio e o empreendedor orienta
a realização das actividades da empresaʺ.
Sr. Lucas "…não possui formação em negócios e não me lembro ter visto algum plano de
negócio na empresaʺ.
Na empresa X os entrevistados responderam, o Sr. José "a empresa tem recursos financeiros e
materiais insuficientes para a realização das actividades. Não existem técnicos
especializados em serigrafiaʺ.
55
Sr. Paulo respondeu "…não existe equipamentos de serigrafia com tecnologia moderna, facto
que leva aos clientes a recorrerem ao mercado de Maputo e exterior para satisfação das suas
necessidades publicitáriasʺ.
Sr. Timóteo respondeu "…há falta de fundos suficientes para aquisição atempada da
matéria-primaʺ.
Sr. Tito "a empresa não tem fundos suficientes e a compra dos materiais é feita em pequenos
lotes e nalgumas vezes ocorre após o pagamento adiantado pelos clientesʺ.
Sr. Pedro respondeu "…não existe matéria-prima suficiente para a realização das
actividades, bem como a falta de especialização dos técnicosʺ.
Sr. Lucas disse "…depara-se com problemas financeira e utiliza fundos próprios do
empreendedor para a realização das actividadesʺ.
56
serviços cada vez mais profissionalizados e modernos nos mercados de Maputo e exterior, o
que pode levar a empresa ter insucesso do negócio.
Sr. Timóteo respondeu "…tem algumas noções do ramo de serigrafia, pela observação
localmente as empresas semelhantesʺ.
Sr. Tito disse "…desenvolve a actividade de serigrafia com apoio do chefe da serigrafia,
técnico com longa experiencia nesse ramoʺ.
57
Os resultados mostram claramente, que o empreendedor não possui conhecimentos técnicos
no ramo de serigrafia. Iniciou o negócio pela curiosidade que teve neste ramo de actividade e
a oportunidade de compra da mesma. A falta de conhecimentos e experiências práticas no
ramo de negócio que empreende, pode conduzir o negócio ao fracasso. Portanto, uma equipa
de profissionais experientes e competentes no ramo de negócio que desenvolve é fundamental
para complementar a actividade empreendedora.
Sr. Pedro disse "…tem conhecimento em serigrafia e actualiza seus conhecimentos com apoio
de manuais e internetʺ.
Sr. Lucas respondeu "…tem conhecimento em serigrafia, visto que transmite os seus
conhecimentos aos trabalhadoresʺ.
Sr. João "…conhece o ramo de serigrafia, uma vez os trabalhadores realizam as actividades
de serigrafia, mediante a sua orientaçãoʺ.
58
Uma outra questão foi feita para se perceber sobre habilidades de comunicação (escrever,
ouvir e oralidade) dos empreendedores.
Sr. Paulo respondeu "…escreve bem e guia-se pelas experiências dos trabalhadoresʺ.
Sr. Timóteo disse "…escreve bem, mas poucas vezes tem sido atento as preocupações dos
trabalhadores, devido ao fraco acompanhamento das actividades da empresaʺ.
Sr. Tito "…é bom na escrita, na audição, embora saiba ouvir as preocupações dos clientes,
pouco tem feito para a satisfação dos mesmos devido a falta de equipamentos de bordados e
digitaisʺ.
Sr. Pedro respondeu "…escreve bem, ouve e apoia as preocupações dos trabalhadores e
também discursa-se bemʺ.
Sr. João "…comunica-se bem através da escrita, escuta as necessidades dos clientes e
atende-os bemʺ.
Sr. Lucas "…é bom na escrita, atencioso nas preocupações dos trabalhadores e sabe
negociar com seus clientesʺ.
59
Portanto, o empreendedor Y mostra ser bom comunicador na escrita, no saber ouvir os seus
trabalhadores e clientes e bom negociador. A capacidade comunicativa apresentada por este
empreendedor, proporciona-lhe maiores possibilidades para sucesso no negócio.
4.4.2 Liderança
Na empresa X, o Sr. Paulo respondeu "o empreendedor sabe liderar, visto que, forma equipas
e delega tarefas nas áreas gráficas e de estampagemʺ.
Sr. José respondeu "…sabe liderar e tem equipas experientes nos sectores de gráfica e
estampagemʺ.
Sr. Timóteo afirmou "…há concentração de tarefas das áreas de recursos humanos,
financeira e marketing ao gerenteʺ.
Sr. Tito disse "…lidera com muitas dificuldades. Não existe equipas e distribuição clara de
tarefas em todos sectores da empresaʺ.
Segundo os resultados das entrevistas, nota-se haver insuficientes equipas de trabalho, visto
que a empresa tem equipas nas áreas de estampagem e gráfica, porém, as áreas de recursos
humanos, financeira e marketing estão concentradas ao gerente, facto que leva a concluir que
o empreendedor lidera a empresa com algumas dificuldades.
60
Na empresa Y, o Sr. Moisés respondeu a questão "o empreendedor sabe liderar, pois, tem
equipas formadas de estampagem, gráfica, financeira e administrativaʺ.
Sr. Pedro respondeu "…sabe liderar, porque tem equipas formadas de estampagem, gráfica,
acompanha as actividades e motiva as equipas para o alcance das metasʺ.
Sr. João afirmou "…não sabe liderar correctamente, visto que é proprietário da empresa, é
desenhador gráfico e vela pela área financeiraʺ.
Sr. Lucas respondeu "…apresenta algumas deficiências na liderança, uma vez que acumula
as áreas de marketing, financeira e gráfica por não possuir funcionários formados naquelas
áreasʺ.
De acordo com os resultados dos entrevistados, embora alguns ter respondido que o
empreendedor da empresa Y sabe liderar, pois, motiva a equipa de serigrafia, exerce
influência sobre ela, faz o acompanhamento e controle das acções realizadas, contudo, este
falha na delegação de tarefas nas áreas gráfica, recursos humanos e marketing. O
empreendedor deve delegar as tarefas para permitir um desempenho eficiente da empresa.
Neste subcapítulo foram levantados e analisados aspectos que permitiram ter uma
compreensão do perfil dos empreendedores das empresas X e Y.
61
4.5.1 Independência e Inovação
Para se perceber os perfis dos empreendedores das empresas X e Y foi feita a questão se o
empreendedor era independente e auto-confiante.
Na empresa X, o Sr. José respondeu "o empreendedor é independente, pois, tem sua própria
empresa e realiza as suas actividades de forma autónomaʺ.
Sr. Paulo respondeu "…ser independente, pois é dono da própria empresa, mas não é auto-
confiante, porque não tem conhecimento do ramo de serigrafiaʺ.
Sr. Timóteo respondeu "…é independente e auto-confiante, visto que, desenvolve próprio
negócio e é seguro no alcance das metas da empresa pelo apoio dos técnicos experientesʺ.
Sr. Tito "…é independente, mas, não auto-confiante, porque não tem conhecimentos sobre a
serigrafia, é apoiado pelos trabalhadores experientes em serigrafiaʺ.
Portanto, os resultados mostram o empreendedor ser independente, uma vez que, desenvolve
seu próprio negócio e ser dono da empresa, contudo, não é auto-confiante pois, não tem
domínio sobre o ramo de serigrafia, facto que pode contribuir para o fracasso do negócio.
Sr. Pedro respondeu "…é independente e auto-confiante, pois, é autónomo e seguro nas
actividades que realizaʺ.
Sr. João respondeu "…é independente por ser dono da própria empresa e auto-confiante,
pois, é conhecedor do ramo da serigrafia e seguro nas suas actividadesʺ.
Sr. Lucas "…é independente uma vez que, gere o seu próprio negócioʺ.
62
conhecedor do ramo de serigrafia, mostra ser optimista em saber lidar com os desafios e
alcance dos resultados da empresa.
De acordo com os resultados da empresa X, o empreendedor mostra ser independente por ser
dono da própria empresa, porém não é auto-confiante, por falta de conhecimentos do ramo de
serigrafia. Enquanto, o empreendedor Y mostra ser independente e auto-confiante. Este
empreendedor é autónomo e dono do seu próprio negócio, conhecedor do ramo de serigrafia,
mostra ser optimista em saber lidar com os desafios e alcance dos resultados da empresa. Os
empreendedores de sucesso são independentes, querem estar a frente das mudanças e serem
donos dos próprios destinos. São auto-confiantes, pois, enfrentam os desafios que existem ao
seu redor e têm domínio sobre os problemas que enfrentam. Expressam confiança na própria
capacidade de complementar tarefas difíceis ou enfrentar desafios, bem como são optimistas
por serem positivos no futuro do negócio.
Na empresa X, o Sr. Paulo respondeu "na empresa não existe um sistema de inovação
funcionalʺ.
O Sr. José respondeu "não ocorreu nenhuma inovação na empresa quer de processo, de
produto, de serviço e de marketing, pois, segue-se procedimentos rotineiros e padronizados
na execução de actividadesʺ.
Sr. Timóteo "não há inovações na empresa, as máquinas utilizadas são antigas e os trabalhos
são rotineirosʺ.
Sr. Tito "…nenhuma inovação se verifica, tanto do produto, processo e nem de marketingʺ.
Na empresa Y, o Sr. Moisés respondeu "nenhuma inovação ocorreu na empresa, visto que, a
empresa opera apenas com duas máquinas de serigrafiaʺ.
Sr. Pedro respondeu "na empresa não se verifica inovação em processo, produto e
marketingʺ.
63
Sr. João "as actividades são feitas de forma repetitiva, não foi feita nenhuma inovação na
empresaʺ.
Sr. Lucas "o empreendedor não é inovador, visto que as actividades são feitas de forma
rotineiraʺ.
Na empresa X, o Sr. José afirmou "o empreendedor corre vários riscos no seu negócioʺ.
O Sr. Paulo disse "…corre riscos na realização das actividades da empresa, embora tenha
dificuldades de avaliarʺ.
Sr. Timóteo "…não corre riscos calculados, visto que consegue prever e preveni-losʺ.
Sr. Tito "todo negócio que se realiza corre muitos riscos previsíveis e imprevisíveisʺ.
Estes resultados, mostram que o empreendedor X corre riscos na realização das acções da
empresa, porém, tem dificuldades de prever e avaliar os riscos que eventualmente possam
ocorrer no negócio e consequentemente não sabe como minimizá-los. A não identificação
64
prévia dos riscos num negócio pelo empreendedor e a falta de um plano de gestão, pode
influenciar para o insucesso do negócio.
Sr. Pedro disse "…não corre nenhum risco, visto que, o empreendedor é conhecedor do ramo
da actividade que exerceʺ.
Sr. João "…corre riscos calculados, uma vez, que consegue avaliar e prevenirʺ.
Sr. Lucas "…corre riscos, mas, não consegue calcular e evitar que esses ocorramʺ.
Empresa X, o Sr. Paulo respondeu "o empreendedor está atento as oportunidades a volta do
negócioʺ.
Sr. Timóteo respondeu "…em algumas vezes nota-se estar atento as oportunidades a volta do
negócioʺ.
65
Sr. Tito "…desperdiça grande parte das oportunidades a volta do negócio por falta de
recursosʺ.
Sr. José "…não está atento às oportunidades a volta do negócio que desenvolve. Alguns
clientes recorrem aos mercados de Maputo e exterior para fazerem as suas encomendasʺ.
Na empresa Y, o Sr. Moisés respondeu "o empreendedor está atento às oportunidades a volta
do negócio, pois, tem procurado satisfazer as necessidades do clienteʺ.
Sr. Pedro respondeu "pouco o empreendedor tem estado atento as oportunidades a volta do
negócio, visto que, a empresa não possui equipamentos de serigrafia modernos para
responder as necessidades publicitarias dos clientesʺ.
O Sr. João respondeu "…procura acompanhar as oportunidades fazendo o que está dentro
das capacidades da empresaʺ.
Sr. Lucas "a empresa não acompanha as oportunidades a volta do negócio, facto que leva a
muitos clientes a recorrer ao mercado externo a procura de serviços que oferece maior
qualidadeʺ.
66
Os resultados dos inqueridos das empresas X e Y, ambos empreendedores não exploram ao
máximo as oportunidades a volta dos negócios, aliado a falta de equipamentos modernos de
serigrafia para fazer face inúmeras oportunidades desperdiçadas, facto que contribui para
alguns clientes optarem pelos mercados da cidade de Maputo e exterior para satisfazer as suas
necessidades publicitárias, por outro lado a falta de formação em negócios dificulta ao
empreendedor a fazer estudo do mercado e conhecimento das oportunidades a volta. O
empreendedor para além de identificar oportunidades deve estar atento e perceber, no
momento certo, que o mercado oferece. Actuar sobre as potencialidades do negócio através de
avaliação de oportunidades, transformá-las em situações positivas e criar condições para o
sucesso do negócio.
Empresa X, o Sr. José respondeu "o empreendedor não tem a visão do futuro da empresa e
não existe algo escrito sobre a visão da empresaʺ.
Sr. Timóteo "… possui uma visão escrita sobre o futuro da empresaʺ.
Sr. Tito "…não tem e nem conhece visão sobre o futuro da empresaʺ.
O pesquisador não observou na empresa uma visão expressa sobre o futuro do negócio.
Quando solicitada ao gerente, disse que a empresa não possuía.
O empreendedor da empresa X não tem a visão de como será o futuro do negócio que
desenvolve e conclui-se não ser visionário. A falta da definição da visão do futuro do negócio,
impossibilita ao empreendedor a se posicionar, bem como o seu empreendimento na criação e
aproveitamento das oportunidades, visto que desenvolve as suas actividades sem uma
direcção que leve a alcançar as suas metas a longo prazo.
67
Na empresa Y, o Sr. Moisés disse "o empreendedor tem a visão sobre o futuro do negócioʺ.
Sr. Pedro disse "a empresa não tem definido a visão sobre o futuro do negócio que permite
prever o negocio no futuroʺ.
Sr. João "não existe na empresa uma clareza da visão do futuro do negócioʺ.
Sr. Lucas "não conhece qual é a visão do futuro do negócio e não aparece escrito em
documentosʺ.
O pesquisador não observou uma visão do futuro do negócio afixada na parede mesmo escrito
em documento. Portanto, o empreendedor Y não tem uma visão definida e clara sobre o futuro
do negócio, desenvolve, facto que nos leva a afirmar não ser visionário e tem poucas
oportunidades de se posicionar e crescer no mercado.
4.5.4 Comprometimento
Na empresa X, o Sr. José, respondeu "o empreendedor é comprometido com os seus clientes e
apresenta as encomendas na data marcadaʺ.
Sr. Paulo respondeu "o empreendedor incentiva os trabalhador a se empenhar de modo a não
falhar o compromisso com os seus clientesʺ.
Sr. Tito disse "…é comprometido porque consegue entregar as encomendas dentro do prazo
estabelecidoʺ.
68
Sr. Timóteo "raras vezes a empresa não cumpre os compromissos com os seus clientesʺ.
Na empresa Y, o Sr. Moisés respondeu "o empreendedor é comprometido com os clientes que
pagam adiantadoʺ.
Sr. Pedro respondeu "…é comprometido uma vez que entrega as encomendas na data
indicadaʺ.
Sr. Lucas "…tem atrasado na entrega das encomendas, visto que a empresa opera com uma
máquina de serigrafiaʺ.
69
4.5.5 Persistência, Determinação e Dedicação
O Sr. Paulo disse "…é persistente, determinado e dedicado na realização das suas
actividades, não desiste e empenha-se até atingir os seus resultadosʺ.
Sr. Timóteo "…é persistente, determinado e dedicado, visto que consegue manter a empresa
em funcionamento e tem uma equipa de serigrafia aplicada nas actividades do dia-a-dia da
empresaʺ.
Sr. Tito "pouco tenho a falar em relação a persistência, pois embora haver determinação e
dedicação dos técnicos da serigrafia, o empreendedor por limitações financeiras não
consegue alcançar as suas metasʺ.
Sr. Pedro disse "…é persistente, determinado e dedicado, visto que, é lutador não desiste ao
meio da realização das actividades. Não abandona actividades sem chegar ao fim ʺ.
Sr. João "…mostra ser persistente, determinado e dedicado na realização das actividades,
uma vez que não desiste é incansável até trabalha aos Sábados e Domingos para satisfazer o
cliente.
70
Sr. Lucas "…é determinado, dedicado e persistente, não desiste e é muito empenhado no
negócio. Sacrifica noites e fins-de-semana até concluir as suas tarefasʺ.
71
CAPÍTULO 5: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
5.1 Introdução
Neste capítulo, apresenta-se as conclusões alcançadas com base dos objectivos da pesquisa
realizada e as recomendações para as empresas X e Y.
Esta pesquisa foi realizada mediante a definição de uma situação problema "como as
habilidades e características empreendedoras podem influenciar nas empresas de serigrafia da
cidade da Beiraʺ, com o objectivo geral de analisar o impacto das habilidades e características
empreendedoras nas empresas de Serigrafia da cidade da Beira, nos anos 2012 a 2014. O
estudo foi orientado pelas seguintes questões de pesquisas: Quais são as actuais habilidades
de gestão e sua contribuição nas empresas de Serigrafia? Quais são as habilidades técnicas e
características do perfil dos empreendedores e sua influência na gestão das empresas de
Serigrafia? Qual é a relação existente entre as actuais práticas empreendedoras das empresas
de Serigrafia com as características de um empreendedor de sucesso?
No que diz respeito a habilidades técnicas, a pesquisa conclui que o empreendedor X não
possui conhecimentos técnicos exigidos para desenvolver a actividade de serigrafia, o mesmo
é complementado por uma equipe de profissionais experientes. O empreendedor apresenta
dificuldades de comunicação, sobretudo nos aspectos saber ouvir e negociar com os clientes.
A empresa não dispõe de recursos suficientes, como máquinas de serigrafia com tecnologias
modernas, financeiros e técnicos especializados para a execução eficiente das actividades.
Apresenta deficiências na liderança, pois não existem equipas de trabalho nos sectores
administrativo e marketing, funções exercidas cumulativamente pelo gerente. No entanto, a
falta destas habilidades aos empreendedores origina fracasso na gestão das empresas.
Contudo, há que ressaltar o conhecimento, domínio do ramo de serigrafia, bastantes
habilidades na realização das actividades e ser um bom comunicador, essas habilidades foram
encontradas no empreendedor Y.
72
Em relações as características empreendedoras, os empreendedores X e Y não são inovadores
quer em processo, produção, vendas e marketing seguem rotinas; correm riscos não
calculados, uma vez que não sabem como avaliar e minimizar; não exploram ao máximo as
oportunidades a volta dos negócios; não são visionários, visto que não possuem a visão do
futuro do negócio. A ausência destas características de um empreendedor de sucesso propícia
aos empreendedores a ser mal sucedidos nos negócios. O empreendedor Y destaca-se do X,
pois é comprometi metido e persistência.
No que tange a relação entre as actuais práticas empreendedoras das empresas de serigrafia
com as características de um empreendedor de sucesso, nota-se que o empreendedor X
relaciona-se com os aspectos independente, autoconfiança, comprometimento, assumir riscos
determinação e dedicação, porém, diverge nos aspectos assumir riscos calculados,
oportunidade a volta do negócio, visão, decisões planificadas, liderança e persistência. O
empreendedor Y relaciona-se com os aspectos conhecimento, independente, assumir riscos,
persistente, determinado e dedicado, porém, não se relaciona com a inovação, assumir riscos
calculados, atenção as oportunidades, visão, decisões planificadas e comprometimento. A
ausência das características atrás mencionadas nos empreendedores X e Y impossibilita o
alcance de sucesso empreendedor.
73
5.3 Recomendações
Academia
Empresas de Serigrafia
É necessário que as empresas tenham um plano de negócios, que auxilie aos empreendedores
a conduzir as empresas a uma trajectória positiva, bem como, possibilitar a obtenção de
investimentos e dotar as empresas de recursos necessários para o desenvolvimento eficaz do
negócio.
Há que se melhorar a comunicação nas empresas, sobretudo o aspecto saber ouvir, perceber as
necessidades do cliente e manter um relacionamento permanente com os clientes.
As empresas devem dispor de uma estrutura funcional, com funções partilhadas a partir do
nível do presidente aos gestores de produção (gráfica e estampagem), de marketing (vendas e
anúncios promocionais) e administrativo (contabilidade financeira, compra/aprovisionamento
e recursos humanos) e ter técnicos formados para a correcta distribuição das tarefas e
delegação das responsabilidades.
74
Governo
75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
76
Mo, J. R. R. (2011). Empreendedor: Características e Habilidades. VII Congresso Nacional
de Excelência em Gestão.
OECD. (2007). Manual de Oslo: Proposta de Directrizes para Colecta e Interpretação de
Dados sobre Inovação Tecnológica. Brasília: FINEP.
Pimentel, A. (2008). Curso de Empreendedorismo. São Paulo: Digerat books.
Richardson, R. J. (1999). Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. (3ª. ed.). São Paulo: Editora
Atlas S.A.
Rodrigues, A. (1992). Psicologia Social. Rio de Janeiro: Vozes.
Sarkap, S. (2010). Empreendedorismo e Inovação. Lisboa: Escola Editora.
Silvetre, H. C. & Araujo, J. F. (2012). Metodologia para a Investigação Social. Lisboa:
Escolar Editora.
Valá, S. C. (2009). Pobreza, Pequenas Médias Empresas e Desenvolvimento Económico dos
Distritos em Moçambique. Maputo. Disponível em:
www.iese.ac.mzlibpublicationII confGrupoIIIDistritos VALA.pdf ﴾Acesso em:
28∕02∕2014﴿.
http://www.revistamilitar.pt/artigo.php?art_id=269 (Acesso em: 10/10/2014).
www.ruralmoc.gov.mz (Acesso em: 15∕03∕2014).
77
APÊNDICE 1: GUIÃO DE OBSERVAÇÃO PARA AS EMPRESAS DE SERIGRAFIA
XEY
A observação tem por objectivo recolher dados para elaboração da Dissertação com o tema
Análise do Impacto das Habilidades e Características Empreendedoras das Empresas de
Serigrafia da cidade da Beira, o caso das empresas X e Y, no período compreendido entre
2012 e 2014.
IDENTIFICAÇÃO
ASPECTOS OBSERVADOS
1. Ramo de actividade:________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Estrutura orgânica (Sectores de Actividades):____________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Visão:____________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4. Actividade Principal:________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Actividades Secundárias:_____________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
78
6. Funcionários:______________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. Plano de negócio___________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. Inovações_________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. Recursos_________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
79
APÊNDICE 2: GUIÃO DE ENTREVISTA PARA AS EMPRESAS DE SERIGRAFIA X
EY
A entrevista tem por objectivo recolher dados para elaboração da Dissertação com o tema
Análise do Impacto das Habilidades e Características Empreendedoras das Empresas de
Serigrafia da cidade da Beira, o caso das empresas X e Y, no período compreendido entre
2012 e 2014.
Todas informações serão usadas e tratadas confidencialmente e servirão como base para a
elaboração da Dissertação. Por favor responde com sinceridade, pois não há respostas
correctas e ou incorrectas. A sua opinião é muito importante.
IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO
Nome: _____________________________________________________________________
Nível Académico:___________________ Idade:__________ Sexo: M □ F □
Morada:____________________________________________________________________
Ocupação Profissional________________________________________________________
80
4. O empreendedor auxilia-se de um plano de negócios no desenvolvimento do
empreendimento?__________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. A empresa tem recursos necessários (financeiros, equipamentos, humanos e materiais) para
desenvolver o negócio? ______________________________________________ _______
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6. Possui conhecimentos técnicos no ramo de serigrafia?__________________________ ___
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7. O empreendedor possui habilidades de comunicação (escrever, ouvir e oralidade)?______
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. O empreendedor sabe liderar e trabalhar em equipa?_______________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9. O empreendedor é independente e auto-confiante?_________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. Indique dando exemplos práticos de inovação de processos, de produtos, de vendas e de
marketing ocorridas na empresa?______________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
11. O empreendedor corre riscos calculados no exercício das actividades?_________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12. O empreendedor está atento às oportunidades a volta do negócio?____________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
81
13. O empreendedor tem visão sobre o futuro da empresa?_____________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
82