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Práticas e Modelos na Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares 201

O Modelo de Auto-Avaliação das


Bibliotecas Escolares: metodologias de
operacionalização (Parte II)
Subdomínio A2

Aí vão as questões ou itens que vão ao encontro dos


factores críticos definidos para cada um dos seus
indicadores, segundo a minha opinião:

1 Formando: Fernando António Ferreira Mota


Indicadores Instrumento
Questões ou Itens dos Instrumentos
s propostos
propostos que ajudam a BE a obter
Factores críticos de sucesso pelo MAABE
evidências e situar-se face aos factores
Práticas e Modelos na Auto-Avaliação para cada
das Bibliotecas Escolares 201
críticos
Indicador
• O plano de trabalho da BE inclui 0
Ex: QA1: Questão 7 – Já participaste em
actividades de formação de actividades para aprender a usar a BE…?
utilizadores com turmas/
grupos/ alunos e com docentes QA 5: Questão 5 - Quando vais à BE para
no sentido de promover o valor realizar trabalhos para as disciplinas, tens
da BE, motivar para a sua as indicações necessárias sobre a tarefa
utilização, esclarecer sobre as que vais fazer e as sugestões dos
formas como está organizada e documentos que deves utilizar?
ensinar a utilizar os diferentes
serviços. QA1: Questão 8 – Sentes-te apoiado pelo
professor bibliotecário /equipa da BE
quando a utilizas?

QA1: Questão 10 - O trabalho na BE ou tend


os seus recursos, contribui para que te vás s
mais seguro e confiante nas tarefas da pesq
consulta e produção de informação que tens
realizar?

• Alunos e docentes desenvolvem QA1: Questão 9 – À medida que vais


competências para o uso da BE realizando mais trabalhos na BE ou
revelando um maior nível de utilizando os seus recursos, nas várias
autonomia na sua utilização disciplinas/ áreas curriculares, achas que os
após as sessões de formação de teus trabalhos de pesquisa vão melhorando
utilizadores. e fazes progressos?

QA1: Questão 13 - Como classificas as


aprendizagens que realizaste através da
BE?

QD1: Questão 3 - Nas suas funções


• Questionár
docentes, costuma articular e/ ou planear
io aos
actividades com o professor bibliotecário
alunos
ou com a equipa da BE?
(QA1).
A.2.1
• Questionár GO2: Questão 2 - Identifica fontes de
Organização de io aos informação potenciais e formas de lhes
actividades de docentes aceder.
formação de (QD1).
utilizadores. • Observaçã GO2: Questão 3 - Consulta o catálogo da BE
o de ou de outras bibliotecas.
utilização
da BE (O2). GO2: Questão 9 - Localiza e extrai
informação de diferentes suportes e tipos
de documentos, recorrendo à percepção
global e à leitura rápida e em diagonal do
seu conteúdo, seguindo ligações
preferenciais, outros.

QD1: Questão 9 - Já participou em


actividades de formação de utilizadores
para o uso da BE, promovidas pelo
professor bibliotecário/ equipa da BE?
2 Formando: Fernando António Ferreira Mota
QD1: Questão 14 - Como classifica as suas
competências pessoais para o uso
autónomo da BE ou dos seus recursos, com
os seus alunos?
Práticas e Modelos na Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares 201
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Como acabámos de ver com o exemplo do exercício anterior, a


informação que podermos obter com cada instrumento
(independentemente da sua natureza) tem de relacionar-se com os
factores críticos, pois é desse cruzamento que resulta a possibilidade
de verificarmos que práticas e resultados estão ou não a ser
alcançados e qual o seu nível.

O Relatório de Auto-Avaliação é o documento onde, após a recolha de


todos os dados, se registam as Evidências derivadas deste processo
de análise e interpretação da informação recolhida.

Estas evidências devem ir além da apresentação de dados em bruto,


facilmente consultáveis nos Anexos da aplicação informática para o
tratamento de dados disponibilizada desde o ano transacto a todas as
escolas pelo Programa RBE, pretendendo-se que se traduzam em
enunciados de carácter avaliativo, exigentes de apreciações e juízos
de valor sobre os factos apontados.

Como se esclarece no Capítulo de orientações para aplicação que


integra o documento do MAABE:

A análise dos dados obtidos deve conduzir à elaboração de avaliações


sobre a BE e os seus serviços em termos de: eficácia, valor, utilidade,
impacto, etc. Neste aspecto, é importante distinguir entre elaborar
uma descrição e realizar uma avaliação. A avaliação implica uma
apreciação baseada na análise de informação relevante e de
evidências. Frequentemente inclui a explicação das consequências ou
implicações [negativas ou positivas] de uma determinada acção ou
processo.

Vejamos um Exemplo:

Enunciado descritivo: “A BE procedeu à actualização da colecção”.

(Comentário: este enunciado não julga a utilização e a utilidade dos


procedimentos, apenas constata um facto.)

Enunciado avaliativo – “Como atestam os dados obtidos a partir da


análise dos Docs. X e Y, do Questionário W e da Checklist Z (cf.
Anexo…), a actualização regular e consistente da colecção pela BE
teve um impacto muito positivo sobre o grau de satisfação dos
utilizadores e o uso dos recursos”.

3 Formando: Fernando António Ferreira Mota


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(Comentário: este enunciado fundamenta-se nos dados para


caracterizar o processo - “regular” e “consistente” – e referir as
consequências dos procedimentos assumidos.)

Actividade nº 2:

A partir da análise dos instrumentos que já realizou e da


compreensão do tipo de informações passíveis de ser obtidas
através da sua aplicação, seleccione um Indicador do
Subdomínio A2 à sua escolha, e escreva livremente três
enunciados avaliativos que hipoteticamente pudesse formular
na Coluna das Evidências do respectivo Relatório de
Avaliação, a partir de dados supostamente recolhidos com
aqueles instrumentos.

Indicador A2.5
1) Algumas crianças são naturalmente individualistas e não gostam
de compartilhar as competências que vão adquirindo ou então
“penduram-se” no grupo e no final do trabalho só lá colocam o nome.
Pois, pelo resultado dos inquéritos realizados no fim do ano lectivo, a
acção da BE acabou por “moldá-los” e modificar-lhes esses hábitos.

2) Os valores de cooperação, autonomia e responsabilidade


aumentaram e conseguem, no limite do possível, uma aprendizagem
autónoma, activa e colaborativa, o que não acontecia antes da
frequência da Biblioteca Escolar.

3) Os alunos demonstram atitudes de curiosidade, iniciativa e


criatividade necessária a uma aprendizagem baseada nos recursos
que a BE lhe disponibiliza o que não se verificava antes do uso dos
mesmos, como facilmente se constata pela apreciação das evidências
que se reuniram ao longo do corrente ano lectivo. Os próprios
professores titulares de turma reconhecem as mais-valias da
frequência das Bibliotecas Escolares.

Actividade nº 3:

Imagine que uma destas ideias do Subdomínio A2, sobre o


qual temos vindo a concentrar o nosso olhar, a título
exemplificativo, se enquadra naquilo que deve ser a aposta
futura de melhoria da sua biblioteca num determinado tópico.
Identifique-a e procure operacionalizá-la de um modo mais
efectivo, de modo a que se possa constituir como uma
verdadeira proposta de melhoria.
Lembramos, contudo, que, integrando o relatório de auto-
avaliação, esta enunciação de propostas deve ser feita de

4 Formando: Fernando António Ferreira Mota


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forma sintética, de modo a não sobrecarregar o Relatório.


Tente, por isso, ser o mais objectivo possível.

Aumentar o número das tarefas de pesquisa ao longo do ano sobre os


mais variados temas.

5 Formando: Fernando António Ferreira Mota

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