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Correrias: Patrões, pacificadores, catequizadores e matadores de índios.

(Acre)

Ernesto Martinez Rodriguez

RESUMO

Pensar hoje que os atritos entre índios e brancos no Brasil foram episódios do
passado, é ficar desatento às noticias que frequentemente são apresentados na mídia.
Vez por outra, assistimos que índios tomaram a sede da FUNAI, que fizeram
reféns, manifestações em praça pública, em outro lugar..., brancos invadem terras
indígenas, retiram madeira ilegalmente das reservas, por outro lado agricultores
brancos, são desapropriados de suas plantações de arroz, garimpeiros procurando ouro
ou pedras preciosas se adentram nas florestas confrontando-se com índios integrados ou
arredios. Em fim, as querelas são muitas e das mais variadas, dando sustentação à tese
que ainda precisa ser feito muita coisa para conter esta violência na maioria dos estados
brasileiros. No Acre não é diferente, longe de acabar as desgraças indígenas, o
extrativismo da borracha, da madeira, das castanhas do Pará e mais recentemente a
exploração agropecuária, garimpeiro a procura de ouro, exploração petrolífera na
fronteira com Peru, infiltrações na floresta habitat dos povos tradicionais indígenas de
facções criminosas ligadas ao narcotráfico continua a expulsar os povos tradicionais de
seu habitat, quando oferecem resistência, ainda são eliminados. Jagunços, capangas ou
matadores profissionais, foram contratados num passado próximo, para se encarregar de
fazer a “limpeza” das áreas de floresta que interessavam ao homem branco. O que
assusta é que o “passado próximo” ainda não passou, e os atritos, todavia existem em
elevada incidência e não são apenas frisões de pouca monta, pois continuam produzindo
mortes de ambos os lados que escapa as ações da policia.

Palavras-chave: Acre, Correrias, borracha, índios Caxinawa, cariu.

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