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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A hidrografia

A Geografia Física é a área do conhecimento responsável pelos estudos do espaço


terrestre no que concerne aos seus aspectos naturais, ou seja, é o ramo que estuda
as formas e dinâmicas do sistema terrestre. Mais do que uma simples descrição, a
Geografia Física é também responsável pela investigação, análise e explicação de
fenômenos referentes à natureza, sobretudo em seu substrato superficial.

No presente caso, para o conceito de Geografia Física, o sistema natural da Terra é


composto por quatro grandes compartimentações de uma mesma realidade: a
hidrosfera, a atmosfera, a litosfera e todas essas camadas juntas, compondo a
biosfera, conforme podemos observar no esquema a seguir:

A atmosfera, por sua vez, envolve a porção gasosa da Terra, constituída por
centenas de quilômetros de extensão e responsável por inúmeros fenômenos. A
compreensão da atmosfera, para a Geografia Física, diz respeito não só à sua
estrutura e composição, mas principalmente ao seu funcionamento, e isso envolve
os climas da Terra e seus fenômenos associados.

A litosfera representa a porção sólida da Terra. Basicamente, ela é entendida como


a crosta terrestre, constituída, assim, por rochas e minerais. Na verdade, é a
agregação dos minerais que dá forma às rochas, que, por sua vez, compôem o
relevo terrestre, que nada mais é do que o modelado sólido superficial da Terra.

A biosfera é, assim, a porção do nosso planeta constituído pelos seres vivos. Ela só
se estrutura mediante as condições fornecidas pelas demais camadas em
conjunção, fornecendo as bases para a manutenção da vida. Desse modo, a
Geografia Física busca lidar não diretamente com os seres vivos, mas como eles
transformam e são transformados pelo meio em que vivem, bem como a sua
distribuição pelas diferentes localidades.

A hidrosfera refere-se à parte da Terra composta pela água, ou seja, os oceanos,


os mares, os rios, os lagos, as bacias hidrográficas, as redes de drenagem, entre
outros. Trata-se, portanto, de uma importante questão, pois é o entendimento da
hidrosfera que permite compreender a função da água na superfície, bem como a
sua disponibilidade e formas de utilização. É formada por mais de 97% de água, No
total, a água contida no planeta abrange um volume de aproximadamente
1.400.000.000 km³. Já as águas continentais representam pouco mais de 2% da
água do planeta, ficando com um volume em torno de 38.000.000 km³. (Material de
apoio > Hidrografia)

Vale lembrar, no entanto, que a Geografia (e, por extensão, a Geografia Física) é
uma ciência humana, ou seja, centra-se em analisar o comportamento e as
dinâmicas das sociedades pelo espaço geográfico. Assim, a relevância dos estudos
sobre os temas acima apresentados refere-se tanto para auxiliar a ação humana
sobre o meio quanto para entender os impactos gerados pelas atividades antrópicas,
além de estabelecer as compreensões sobre como o meio físico interfere nas
nossas práticas históricas e cotidianas. (JANUÁRIO C. ANDRÉ, 2017).

A utilização da água pelos seres vivos

Milhares de espécies da flora e fauna, inclusive a espécie humana, consomem água


de rios, que precisam ter uma qualidade adequada para os diversos usos.

Dos rios provem grande parte da água consumida pela humanidade para beber,
cozinhar, lavar, conservar alimentos, cultivar plantas, criar animais, navegação,
dentre outros usos.

A água corresponde a 70% da composição do corpo humano, sendo o principal


componente da saliva, do suor, das lágrimas, do sangue… Ela é parte essencial dos
fluidos dos sistemas digestivo, respiratório, circulatório, nervoso, muscular, urinário,
reprodutor e ósseo. Auxilia, por exemplo: o transporte de oxigênio e alimentos, o
controle da pressão sanguínea e da temperatura do corpo, a eliminação de
substâncias tóxicas, a lubrificação dos olhos, das narinas, das juntas e da pele, além
de ajudar a absorver impactos e proteger os órgãos, dentre outras funções.

“A disponibilidade e uso de água potável, assim como a conservação de recursos


hídricos, são chave para o bem-estar humano.” (ARTHURTON et al, 2007, p. 116,
tradução nossa).

De acordo com o Comentário Geral N. 15 / 2002 do Comitê dos Direitos


Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas, “O direito humano à água é
indispensável para conduzir a vida humana com dignidade”, entendendo-se o direito
à água como “o direito de toda pessoa à água suficiente, segura, aceitável,
fisicamente acessível e que propicie usos pessoais e domésticos”. (UNITED
NATIONS OFFICE, 2012, p. 5, tradução nossa).

Aproximadamente 97,5% da água da Terra é salgada, e apenas 2,5% é doce. E a


água dos rios e lagos correspondem a cerca de 0,3% do volume total de água doce
do planeta. (SHIKLOMANOV, 1998, p. 4, tradução nossa).

“A água de rio é de grande importância no ciclo hidrológico global e para o


suprimento de água para a humanidade. Isto porque o comportamento de
componentes individuais no retorno da água na Terra depende tanto do tamanho do
reservatório quanto da dinâmica do movimento da água. As diferentes formas de
água na hidrosfera são inteiramente reabastecidas durante o ciclo hidrológico, mas
com taxas muito diferentes.” (SHIKLOMANOV, 1998, p. 6).

Segunddo LIMA, 2001, p.09 A quantidade de água efetivamente disponível para uso
humano corresponde a aproximadamente 0,007%, uma parcela relativamente
pequena.

Embora aproximadamente 70% do planeta Terra seja composto de água, há no


mundo, atualmente, mais de 780 milhões de pessoas sem acesso à água potável.
(UNICEF; WHO, 2012, p.2-5). 

Apesar de abundância de àgua no planeta terra, mas pela fraca disponibilidade de


água para o consumo humano a nível mundial, ARTHURTON et al, 2007, p. 6 diz: é
necessário tomar cuidado quanto a sua utilização e sua distribuição de forma
raciona, porque Fenômenos como a migração das populações de áreas rurais para
urbanas, o crescimento demográfico e o processo de industrialização, dentre outros,
têm, por um lado, ampliado a demanda de recursos hídricos. E, por outro lado
tambem diz: “Os decréscimos nos suprimentos de água potável estão
comprometendo a saúde humana e a atividade econômica.

Os rios também fornecem alimentos aos seres humanos, com especial destaque aos
peixes, de variadas espécies e valores nutricionais. No entanto, “reduções drásticas
nos estoques de peixes estão criando tanto perdas econômicas quanto uma perda
de suprimento de comida” (ARTHURTON et al, 2007, p. 6, tradução nossa), sendo a
poluição das águas uma das principais causas da contaminação e morte de seres
aquáticos, o que tem acarretado também a redução de estoques de peixes para o
consumo humano.

Salienta-se, assim, a importância dos rios para a sustentabilidade da vida e a


necessidade de um conjunto de ações para a sua conservação, melhoria e
recuperação, nos casos em que se encontram degradados.

História da hidrologia

Hidrologia é a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, circulação e


distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e sua reação com o meio
ambiente, incluindo sua relação com as formas vivas (Definição recomendada pela
United States Federal Council for Science and Technology, 1962).

A Hidrologia como ciência curricular

A hidrologia é uma ciência interdisciplinar e tem evoluído expressivamente devido


aos problemas crescentes observados nas bacias hidrográficas, como a ocupação
inadequada, o aumento significativo da utilização da água para diversos fins e
principalmente em face aos resultados dos impactos sobre o meio ambiente.

Segundo TUCCI, 1993. O estudo da água era uma ciência basicamente descritiva e
qualitativa, porém se transformou em uma área de conhecimento onde os métodos
quantitativos têm sido explorados através de metodologias matemáticas e
estatísticas, melhorando de um lado os resultados e do outro explorando melhor as
informações existentes.

Antes o planejamento de ocupação nas bacias era mínimo, levando em


consideração apenas o menor custo de implantação e o máximo aproveitamento
para os usuários, a questão de cuidados e preservação do meio ambiente raramente
era apreciada. Dessa forma, o crescimento populacional e a exploração da água
causaram grandes impactos e consequentemente a degradação dos recursos
naturais.
De fronte aos problemas observados, a população começou a se preocupar,
estabelecendo medidas preventivas que minimizassem os prejuízos causados à
natureza. Nos anos 70, as ações tinham como foco a bacia hidrográfica, enquanto
que atualmente o problema tem grandeza global, em decorrência dos possíveis
efeitos globais da alteração do clima. A tendência atual envolve desenvolvimento
sustentado da bacia hidrográfica, que implica o aproveitamento racional dos
recursos com omínimo dano ao ambiente.

Segundo NRC1 (1991) apud Tucci (1993), se chegou à conclusão que o


desenvolvimento da ciência hidrológica tem sido influenciado por aspectos
específicos do uso da água e controle de desastres. A comissão menciona a
necessidade de instruir profissionais com formação mais ampla, que englobe
conhecimento de matemática, física, química, biologia e geociência, para
desenvolver uma ciência dentro de um contexto mais vasto.

A hidrologia, é fundamentada um históricos de processos envolvidos no meio físico


natural. Para analisar a sazonalidade da ocorrência de precipitações num
determinado local, por exemplo, são utilizadas observações obtidas no passado.

A convivência com o meio físico natural existe desde a origem do homem. De


acordo com Tucci (1993), filósofos gregos tentaram erroneamente explicar o ciclo
hidrológico, e apenas Marcus Vitruvius Pollio (100 a.C.) apresentou conceitos
próximos do entendimento atual do ciclo hidrológico. Admitia-se que o mar
alimentava os rios através do subsolo. Até no início deste século ainda existiam
pessoas que questionavam o conceito moderno do ciclo hidrológico.

Mesmo sem saber a origem da água e o funcionamento dos fenômenos naturais, as


civilizações antigas exploraram os recursos hídricos por meio de projetos de
irrigação, aquedutos para abastecimento de água e controle de inundação. Ainda
segundo Tucci (1993), apenas a partir do século 15, com Leonardo da Vinci e
Bernard Palissy, o ciclo hidrológico passou a ser melhor compreendido. O problema
era aceitar que a precipitação tinha um volume maior que a vazão e que os rios são
mantidos perenes pelo retardamento do escoamento do subsolo. Pierre Perrault,
no século 17 (1608- 1680), avaliou os elementos da relação precipitação-vazão, ou
seja a precipitação, evaporação e capilaridade da bacia do rio Sena e comparou
estas grandezas com medições de vazão realizadas por Edm‚ Mariotte, constatando
que a vazão era apenas cerca de 16% da precipitação.

As medições sistemáticas de precipitação e vazão, assim como o desenvolvimento


teórico e experimental da hidráulica se iniciaram no século 19. Porém, no Brasil os
postos mais antigos de precipitação são do final do século passado, enquanto que a
coleta de dados de níveis e vazão iniciou no começo deste século.

Foi na década de 30 que surgiram os elementos descritivos do funcionamento dos


fenômenos naturais e fórmulas empíricas de processos específicos, tais como as
demonstradas por Chezy:

• Equação para movimento uniforme em canais;

• Método racional para cálculo de vazão máxima em pequenas bacias. Essa década
também marcou o início da hidrologia quantitativa com alguns trabalhos, tais como:

• Conceitos do hidrograma unitário utilizado para o escoamento superficial


(Sherman,1932);

• Equação empírica para o cálculo da infiltração, permitindo a determinação da


precipitação efetiva (Horton,1933);

• Teoria para a hidráulica de poços (Theiss,1935).

Nesta mesma década outros métodos quantitativos foram apresentados, o que


possibilitou a ampliação dos conhecimentos nessa ciência. Porém, mesmo com
esse avanço, até a década de 50 a hidrologia se limitava a indicadores estatísticos
dos processos envolvidos.

Somente com o surgimento do computador, houve o aprimoramento e


experimentação das técnicas numéricas e estatísticas. Alguns aspectos da
hidrologia tais como o escoamento subterrâneo, fluxo em rios, lagos e estuários
desenvolveram-se com a observação e quantificação das variáveis envolvidas,
aprimoramento de técnicas matemáticas e o aumento da capacidade do
computador. Foram criadas em diversos países bacias representativas e
experimentais visando ao atendimento e quantificação de processos físicos que
ocorrem na bacia, tais como reflorestamento e desmatamento, erosão do solo e
escoamento superficial.
Como a hidrologia está ligada diretamente ao uso da água, ao controle da ação da
mesma sobre a população e ao impacto sobre a bacia, os estudos realizados visam
o melhor entendimento desses processos e a implantação de um planejamento
adequado do uso da bacia hidrográfica.

A maior parte do corpo teórico da Hidrogeografia provém da Hidrologia, que é a


ciência que estuda a ocorrência, distribuição e circulação da água na Terra, bem
como
as suas propriedades físicas e químicas e as suas relações com o Ambiente,
incluindo
as relações com os seres vivos (definição recomendada, em 1962, pelo United
States
Federal Council of Science and Technology, Commitee for Scientific Hydrology). 28
A Hidrologia divide-se em marinha e continental. A primeira estuda os oceanos e
mares, a segunda estuda as águas que se encontram nos continentes.
O objectivo principal da Hidrogeografia será o estudo da ocorrência, repartição
geográfica, circulação da água doce no Planeta, bem como das principais
consequências da sua utilização pelo Homem, às escalas global, regional e local
(Catarina Ramos, 2005).

HIDROGEOGRAFIA

A Limnologia

Limnologia é definida como o estudo ecológico de todas as massas de águas


continentais, independente de suas origens, dimensões e concentrações salinas,
incluindo águas subterrâneas e estuários (ESTEVES, 1998).
Em sentido lato, limnologia é o estudo das relações funcionais e da produtividade
das comunidades da água e do efeito nelas causado pelo seu ambiente físico,
químico e biológico. É necessário compreender as respostas metabólicas dos
ecossistemas aquáticos para que lhes possa fazer face e eliminar os efeitos dessas
alterações (influência antrópica), de modo a maximizar a gestão significativa dos
recursos de água (WETZEL, 1993)..

No entanto, as relações entre ambiente terrestre e aquático já eram conhecidas,


como citam, MARGALEF (1983), que os ecossistemas fluviais tem uma enorme
interação com ecossistemas terrestres, e PAYNE (1986), que as propriedades da
água estão diretamente relacionadas com a área de drenagem.

Desde que o homem teve a noção de valer-se das bondades que lhe oferece a
natureza para a sua subsistência, soube que acharia uma grande fonte de recursos
nos rios. A história demonstrou que sempre o homem estabeleceu o seu habitat
perto de águas, e mais frequentemente, de um rio. Os egípcios consideravam uma
benção dos deuses, o facto de que todos os anos o Nilo transbordasse e alagasse
todo seu vale, pois sabiam que quando as águas baixassem, a fertilidade dos rios
daria grandes colheitas. A Mesopotâmia da Ásia Menor emoldurada pelos rios Tigres
e Eufrates, foi testemunha de civilizações prodigiosas que se desenvolveram num
ambiente totalmente desértico. Ainda hoje podemos nomear exemplos nos quais
apesar da fúria e os problemas que podem ocasionar o homem, permanece fiel; o
Mississippi, o Ganges e o Amarelo são de destacar. Poderia nomear muitos outros
casos, mas o fundamental é reconhecer que o homem necessita do rio para
desenvolver-se e aproveitar suas bondades como rota natural para outras terras,
como fonte de alimentos e como fonte de vida.

Um rio, é um curso natural de água, usualmente de água doce, que flui no sentido
de um oceano, um lago, um mar, ou um outro rio. Em alguns casos, um rio,
simplesmente flui para o solo ou seca completamente antes de chegar a um outo
corpo de água.

Em cada rio se distinguem as fontes que lhe dão origem, ou seja, seu nascimento, a
corrente ou curso superior, o curso médio, e o curso inferior ou a desembocadura.

História dos rios


Os rios têm sido marcantes na história da humanidade. Exemplo disto é o rio Nilo,
segundo rio do mundo em extensão, que foi determinante para o desenvolvimento
do Egito antigo. Localizado em uma região desértica do continente africano, foi
graças ao rio Nilo (denominado de Iteru, “o grande rio”, na época do Egito Antigo)
que a sociedade egípcia teve acesso à água para beber, irrigar as terras para a
agricultura (após as cheias do rio, as terras das margens ficavam forradas de
húmus, um lodo fértil), pescar, cultivar peixes (Sarotherodon niloticus, popularmente
conhecida como “tilápia-do-nilo”) e transportar mercadorias e pessoas (navegação
fluvial).

Ao longo da história, registram-se alterações nas características e na qualidade das


águas dos rios, do ecossistema e, em certos casos, de sua configuração e percurso,
alguns sendo, inclusive, parcialmente retificados e escondidos pela sua canalização.

Os rios compõem espaços de cidades, que, por sua vez, formam-se “por processos
urbanos que tanto se sucedem na história quanto se inter-relacionam em uma
mesma época e, com princípios diversos, forjam a cidade múltipla. A cidade é
policrônica: seu tempo não é linear, (DUARTE, 2006, p. 120).

Os rios: como nascem, onde nascem, porque nascem?

Os rios se formam pela acumulação de água de chuva e do degelo das montanhas


ou pela emergência de águas subterrâneas a superfície terrestre. Os rios principais
desembocam num lago ou num mar, em troca, os afluentes são rios que
desembocam em outro rio.

Os rios constituem as artérias da rede hidrográfica de qualquer região e chegam a


constituir complexos sistemas fluviais, integrados pelo rio principal e seus afluentes,
que finalmente desaguam num lago ou no mar, através de uma saída restringida ou
desembocadura fluvial, na qual reúne-se grande volume de água.

Um rio começa seu curso superior da nascente e a corrente em geral é menos


caudalosa que os cursos médio e inferior, mas tem maior velocidade e ação erosiva,
por causa da maior inclinação da superfície por onde flui. No curso médio, rio torna-
se caudaloso, mas a velocidade da corrente diminui e transporta essencialmente
elementos de erosão, produzidos no leito do curso superior. No curso inferior, onde
o movimento da corrente é mais lento, predomina a deposição. O curso inferior,
culmina com a desembocadura.

A água no planeta

A água é a substância mais abundante na terra, o principal constituinte de todos


seres vivos e uma força importante que de forma constante modifica a superfície
terrestre. É também um fator chave na climatização do nosso planeta para a
existência humana e exerce forte influência no progresso da civilização.

O conceituado autor Nekliukova, apresenta na sua obra ``Geografia Física Geral I``,
uma distribuição das massas de águas bastante elucidativa: oceano mundial cerca
de 1.370.000.000 km3; na atmosfera, aproximadamente 13.000 km3 e nas terras
emergidas, 90.826.200 km3. Desta última quantidade, 60,075 km3 correspondem as
águas subterrâneas, os lagos contêm 750.000 km3, os rios 1.200 km3 e os glaciares
30.000.000 km3. O volume total da Hidrosfera equivale aproximadamente a
1.800.0000.000 km3 6.

O objeto de estudo da Hidrografia é a Hidrosfera, que é composta pelas aguas em


estado sólido (glaciares e calotes de gelo), líquido (oceanos, mares, lagos, rios e
toalhas aquíferas), e gasoso

O termo Hidrosfera vem do grego: hidro + esfera = esfera de água. Compreende


todos os rios, lagos, lagoas, mares, e todas águas subterrâneas, bem como as
águas marinhas e salobras, águas glaciais e lençóis de gelo, vapor de água, as
quais correspondem 71% de toda superfície terrestre. A Hidrosfera é uma das
divisões da Biosfera. Incluem-se na Hidrosfera todos os organismos vivos que
habitam na água ou dependem dela e também todos habitats aquáticos.

A Hidrosfera se estende desde a tropopausa até abaixo, ao manto superior. A água


ocupa outras esferas do planeta: a atmosfera, a litosfera e a biosfera; daí que, as
massas aquosas de todas as geosferas se encontrem intimamente relacionadas
entre si.

A Hidrografia e a Hidrologia

A maior parte do corpo teórico da Hidrografia provêm da Hidrologia, que é a ciência


que estuda a ocorrência, distribuição e a circulação da água na terra, bem como as
suas propriedades físicas químicas e as suas relações com o ambiente, incluindo as
relações com os seres vivos (definição recomendada, em 1962, pelo United States
Federal Council of Science and Technology, Commtee for Scientific Hydrology). A
Hidrografia divide-se em marinha e continental. A primeira estuda os mares e os
oceanos, a segunda estuda as águas que se encontram nos continentes.

A importância do Ciclo hidrológico no aumento do caudal dos rios

Denomina-se ciclo hidrológico o processo natural de evaporação, condensação,


precipitação, detenção e escoamento superficial, infiltração, percolação da água no
solo e nos aquíferos, escoamentos fluviais e interações entre esses componentes.
(Righetto, 1998). Para entender melhor, o ciclo pode-se visualizá-lo como tendo
início com a evaporação da água dos oceanos. O vapor resultante é transportado
pelo movimento das massas de ar. Sob determinadas condições, o vapor é
condensado, formando as nuvens que por sua vez podem resultar em precipitação.
Esta precipitação que ocorre sobre a terra pode ser dispersa de várias formas. A
maior parte fica retida temporariamente no solo próximo onde caiu, que por sua vez,
retorna à atmosfera através da evaporação e transpiração das plantas. Uma parte
da água que sobra escoa sobre a superfície do solo ou para os rios, enquanto que a
outra parte penetra profundamente no solo, abastecendo o lençol d’água
subterrâneo.

As principais variáveis hidrológicas consideradas no ciclo hidrológico são:

• E: evaporação (mm/d);

• q: umidade específica do ar em gramas de vapor d’água por quilo de ar, ou g/kg;

• P: precipitação (mm);

• i: intensidade de chuva (mm/h);

• Q: deflúvio superficial ou vazão (m³/s);

• f: taxa de infiltração (mm/h);

• ET: evapotranspiração (mm/d).

Embora o ciclo hidrológico possa parecer um ciclo contínuo, com a água se


movendo de uma forma permanente e com uma taxa constante, é na realidade
bastante diferente, pois o movimento que a água faz em cada uma das fases do
ciclo ocorre de forma bastante aleatória, variando tanto no espaço como no tempo.
10 Em determinadas circunstâncias, a natureza parece trabalhar com os excessos.
Ora provoca chuvas torrenciais que ultrapassam a capacidade de suporte dos
cursos d’água, acarretando em inundações, ora parece que todo o ciclo hidrológico
parou completamente. Esses extremos de enchente e seca são os que mais
interessam para os engenheiros, pois muitos dos projetos de Engenharia Hidráulica
são feitos com a finalidade de proteção contra estes mesmos extremos, e quando
não previsto podem acarretar em danos.

Escoamento superficial

O escoamento superficial talvez seja a fase mais importante do ciclo hidrológico e de


maior importância para os engenheiros, pois é a etapa que estuda o deslocamento
das águas na superfície da Terra e está diretamente ligada ao aproveitamento da
água superficial e à proteção contra os efeitos causados pelo seu deslocamento
(erosão do solo, inundações, etc.).

Esse tipo de escoamento é presenciado fundamentalmente na ocorrência de


precipitações e considera desde o movimento da água de uma pequena chuva que,
caindo sobre um solo saturado de umidade, escoa pela sua superfície, formando as
enxurradas ou torrentes, córregos, ribeirões, rios e lagos ou reservatórios de
acumulação.

De acordo com Martins (1976), parte da água das chuvas é absorvida pela
vegetação e outros obstáculos, a qual é evaporada posteriormente. Da quantidade
de água que atinge o solo, parte é retida em depressões do terreno e parte é
infiltrada. Após o solo

alcançar sua capacidade de absorver a água, ou seja, quando os espaços nas


superfícies retentoras tiverem sido preenchidos, ocorre o escoamento superficial da
água restante.

No inicio do escoamento superficial é formada uma película laminar que aumenta de


espessura, à medida que a precipitação prossegue, até atingir um estado de
equilíbrio. Dentre os fatores que influenciam o escoamento superficial estão os
seguintes:
• Fatores climáticos: ligados à intensidade da chuva, duração da chuva e a chuva
antecedente;

• Fatores fisiográficos: ligados à área e forma da bacia, à permeabilidade e


capacidade de infiltração e à topografia da bacia;

• Obras hidráulicas: ligadas à construção de barragens, canalização ou retificação e


derivação ou transposição.

OS RIOS E SEUS REGIMES

Regime dos cursos de água

De grande importância no estudo das bacias hidrográficas é o conhecimento do


sistema de drenagem, ou seja, que tipo de curso d’água está drenando a região de
acordo com seu regime. Segundo Carvalho e Silva (2006), uma maneira utilizada
para classificar os cursos d’água é a de tomar como base a constância do
escoamento com o que se determinam três tipos:

a) Perenes: contém água durante todo o tempo. O lençol freático mantém uma
alimentação contínua e não desce nunca abaixo do leito do curso de água, mesmo
durante as secas mais severas;

b) Intermitentes: em geral, escoam durante as estações de chuvas e secam nas de


estiagem. Durante as estações chuvosas, transportam todos os tipos de deflúvio,
pois o lençol d’água subterrâneo conserva-se acima do leito fluvial e alimentando o
curso d’água, o que não ocorre na época de estiagem, quando o lençol freático se
encontra em um nível inferior ao do leito;

c) Efêmeros: existem apenas durante ou imediatamente após os períodos de


precipitação e só transportam escoamento superficial. A superfície freática se
encontra sempre a um nível inferior ao do leito fluvial, não havendo a possibilidade
de escoamento de deflúvio subterrâneo;

Os rios proporcionam a forma mais visível de escoamento da água fazendo parte


integrante do ciclo hidrológico e alimentado a partir das águas superficiais e
subterrâneas (CHRISTOFOLETTI, 1981). A vazão é uma das principais variáveis
que caracteriza um rio, constituindo-se da quantidade de água que passa por uma
sessão num determinado período de tempo.
As vazões que escoam em um curso d’água são consideradas estocásticas (TUCCI,
2002) sendo variáveis no tempo e no espaço. Essa variabilidade representada pela
subida e descida das águas consideradas no decorrer de um ano civil (janeiro a
dezembro) ou um ano hidrológico (ciclo de vazante-cheia-vazante) corresponde ao
regime fluvial ou regime de cursos d’água ou hidrológico (DESTEFANI, 2005).

Tucci (1993) cita que a variabilidade do regime hidrológico é controlada por alguns
elementos que formam a bacia hidrográfica ou fatores que nela ocorrem. Dentre eles
estão: as condições climáticas, como a precipitação, evapotranspiração e a radiação
solar; a geologia; a geomorfologia; os tipos e uso dos solos; a cobertura vegetal e as
ações antrópicas.

O regime de um curso d’água se constitui na forma em que é alimentado, ou seja, de


acordo com a origem da água que o abastece. Pode ser classificado em pluvial,
nival ou misto. O regime pluvial é caracterizado pelos rios que recebem água da
chuva, já no regime nival o rio é abastecido pelo derretimento de geleiras. Um
exemplo de rio que apresenta regime misto é o rio Amazonas, que suas águas são
oriundas de derretimento e de altos níveis pluviométricos.

Transporte de sedimentos pelos corpos de água

Quando a água está se movimentando rumo à saída de uma bacia hidrográfica,


passa sobre as rochas e os solos que formam ou revestem as vertentes e as calhas
da rede de drenagem. Os obstáculos que a água encontra determinam os caminhos
que ela vai seguir e a velocidade que se deslocará, propiciando que partículas sejam
removidas e transportadas vertente ou rio abaixo, pelo fluxo líquido. O
deslocamento dos sedimentos carregados pela água podem ocasionar a alteração
do ciclo hidrológico, e certamente afetar o uso, a conservação e a gestão dos
recursos hídricos (BORDAS & SEMMELMANN, 1993).

A composição do material do leito e as características geométricas e hidráulicas da


seção e do trecho do rio são fatores importantes que influenciam na quantidade de
sedimentos transportada. Por essa razão qualquer intervenção que altere o
equilíbrio

natural do rio pode trazer sérias consequências em termos de erosão e deposição


de sedimentos.
Transporte e deposição de sedimentos em leitos de cursos d’água são ações
naturais que ocorrem de forma lenta e contínua. Porém, esse processo está sendo
acelerado pelo homem quando ocupa de forma desordenada e irresponsável as
áreas próximas aos rios. A falta de cuidados, como o corte da vegetação, o manejo
inadequado do solo e a urbanização acelerada próxima aos rios, são alguns dos
fatores que trazem sérias consequências ao meio ambiente e ao homem.

Dentre outras decorrências, podemos citar o assoreamento de reservatórios e rios e,


por conseguinte, os alagamentos, redução da qualidade da água para consumo e
irrigação, mortandade de espécies aquáticas e impossibilidade de navegação devido
à diminuição da lâmina d’água. Os custos para a recuperação de um rio ou
reservatório assoreado são extremamente altos, por isso medidas preventivas
acompanhadas de um monitoramento sedimentométrico são recomendadas
(SCAPIN, 2005).

Righetto (1998) afirma que grande parte do sedimento transportado por um rio, por
exemplo, é proveniente da erosão do solo da bacia hidrográfica, retirando
significativa quantidade de nutrientes de terras férteis para agricultura. Esse fato
pode acontecer por decorrência de chuva em solos desprotegidos, provocando a
erosão por um processo físico complexo de desprendimento e transporte de
partículas de solo pela ação do impacto das gotas da chuva e pelo arraste do
escoamento superficial.

Ciclo hidros-sedimentológico

Esse ciclo é paralelo, vinculado fortemente e dependente do ciclo hidrológico. É um


ciclo aberto que envolve o deslocamento, o transporte e o depósito de partículas
sólidas presentes na superfície da bacia. No entanto, ao contrário das moléculas da
água, os sedimentos não terão como voltar ao meio de onde vieram. A gestão
integrada dos recursos hídricos, os riscos de degradação dos solos, dos leitos dos
rios e dos ecossistemas fluviais e estaurinos, ou de contaminação de sedimentos
por produtos químicos, fizeram com que se fosse dada mais atenção ao ciclo
hidrossedimentológico, pois o custo dos impactos decorrentes da remoção não
controlada de sedimentos nas bacias hidrográficas é bastante elevado (BORDAS &
SEMMELMANN, 1993).
Os principais fenômenos que compõem o ciclo hidrossedimentológico e que regem o
deslocamento de partículas sólidas são a desagregação, separação ou erosão,
transporte, decantação ou sedimentação, depósito e consolidação. Esses processos
são explicados por Bordas e Semmelmann (1993), como apresentado a seguir:

 Desagregação

É o desprendimento de partículas sólidas do meio do qual fazem parte, podendo


acontecer por reações químicas, flutuações de temperatura, ações mecânicas ou
outros fatores naturais. Esses processos deixam uma massa de partículas sólidas
exposta à ação do escoamento superficial, que é remanejada pelo movimento das
águas. Esse estoque de material sólido é composto por elementos de vários
tamanhos e feições, distinguidos como: argila, silte, areia, cascalho, seixo e pedras,
pedregulhos ou matacão.

 Erosão

Erosão é o processo de deslocamento das partículas sólidas de seu local de origem.


Esse deslocamento ocorre quando as forças hidrodinâmicas exercidas pelo
escoamento sobre uma partícula ultrapassam a resistência por ela oferecida. A
resistência tem sua origem, principalmente, no peso das partículas e nas focas de
coesão. A coesão constitui a força de resistência por excelência das partículas mais
finas, enquanto o peso da partícula é a principal força resistente para as areias e o
material mais graúdo. No primeiro caso, os sedimentos são qualificados de coesivos,
no segundo de não coesivos ou granulares.

 Transporte

O processo de transporte de material erodido pela água pode ocorrer de diversas


formas. As partículas mais pesadas deslocam-se sobre o fundo por rolamento,
deslizamento ou, em alguns casos, por saltos curtos, e constituem a chamada
descarga sólida de fundo ou arraste. As mais leves deslocam-se no seio do
escoamento e constituem a descarga sólida em suspensão. Estas podem ser
provenientes da bacia vertente, ou do fundo e paredes da calha, enquanto o arraste
é exclusivamente constituído de material encontrado no fundo.

 Sedimentação ou Decantação
Neste processo as partículas mais finas transportadas em suspensão, tendem a
chegar ao fundo do leito sob ação da gravidade. Pode ainda ocorrer a resistência do
meio fluido, impedindo ou reduzindo a queda das partículas para o fundo,
principalmente por efeito da turbulência.

 Depósito

Entende-se por depósito a parada total da partícula em suspensão recém-decantada


sobre o fundo, ou daquela transportada por arraste. Esse processo, por algumas
vezes, é confundido com a decantação. No entanto ele se difere, pois uma partícula
recém decantada pode continuar movimentando-se após entrar em contato com o
fundo, de acordo com as forças hidrodinâmicas existentes rentes ao fundo.

 Consolidação

A consolidação ocorre após o depósito das partículas e corresponde ao acúmulo de


partículas sobre o fundo e a compactação do depósito resultante sob efeito do
próprio peso dos sedimentos, da pressão hidrostática ou qualquer outro fenômeno
que venha a aumentar a densidade dos depósitos (efeito do esvaziamento de uma
represa, por exemplo). Algumas ações de controle podem ser consideradas para
evitar as consequências da erosão e o consequente transporte de sedimentos. Em
pequenas bacias hidrográficas, por exemplo, deve haver o correto manejo do solo
na agricultura, considerando o tipo de plantação e respeitando as curvas de nível do
terreno. Já nas áreas urbanas, uma das ações é a implantação de um sistema de
drenagem eficiente e sua manutenção adequada.

Os doze rios mais importantes do mundo

Os rios são águas superficiais. Quando chove, grande parte da água é absorvida
pelo solo e se acumula no lençol freático. Quando o mesmo aflora para a superfície,
ocorre o surgimento da nascente dos rios. Existem também os rios cuja origem se
dá, por exemplo, através do degelo no alto das montanhas ou mesmo a partir de
lagos.

Os rios são uma das mais importantes fontes de água doce disponíveis na natureza.
Os seres vivos não vivem sem água. Em razão dessa dependência, o homem
sempre esteve próximo a esses recursos, grandes civilizações surgiram às margens
dos rios e até hoje eles desempenham um grande papel para a humanidade.

A seguir, os doze mais importantes rios do mundo:

Rio Amazonas (Brasil): possui 6 868 km de extensão, além disso, detém um grande
volume de água, o que o torna o maior rio do mundo.

O Amazonas nasce na Cordilheira dos Andes (Peru), recebe águas de diversos


afluentes e desemboca no Oceano Atlântico, no litoral norte do Brasil.

Rio Nilo (Egito): possui 6 627,15 km de extensão, o que lhe dá a condição de


segundo maior rio do mundo, porém no continente africano ele é o maior. O Nilo é
muito importante para os países que são cortados por ele (Uganda, Tanzânia,
Ruanda, Quênia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e
Egito). Foi justamente nas margens do rio que nasceu um das mais importantes
civilizações: a Egípcia. Para os egípcios, o Nilo é considerado uma “dádiva” de
Deus.

Mississipi (Estados Unidos): com uma extensão de 3 734 km, sua bacia abrange
cerca de 40% do território nacional. Este é, sem dúvida, o mais importante rio dos
Estados Unidos.

Rio Paraná (Brasil): percorre 2 570 km, é um dos mais importantes rios do país e
suas águas abastecem a hidrelétrica de Itaipu, responsável por fornecer energia
elétrica para grande parte do território brasileiro e para a totalidade do Paraguai.

Rio Danúbio (Alemanha): segundo maior rio do continente europeu, superado


somente pelo Volga. O Danúbio possui uma extensão de cerca de 2 845 km e
deságua no Mar Negro.

Rio Volga (Rússia): desempenha um importante papel como via de navegação


dentro do continente europeu. O rio possui 3 688 km, o que faz com que ele seja o
maior do continente. O Volga desemboca no Mar Cáspio.
Rio Ganges (Índia): possui uma extensão de aproximadamente 3000 km. Para
muitos seguidores da religião hindu, o Ganges é sagrado, muitas pessoas banham
com o objetivo de serem purificados, até mesmo os sapos que saem desse rio são
idolatrados pelos fiéis.

Rio Huang-Ho ou Amarelo (China): a denominação de Amarelo é oriunda da


coloração de suas águas. O rio desempenha um grande papel para a sociedade
chinesa.
Rio Yang-Tsé ou Azul (China): percorre cerca de 6 300 km até desembocar no mar
da China Oriental. Devido à sua grande extensão, o rio corta praticamente todo o
território chinês no sentido oeste-leste.

Rio Congo (Congo – ex. Zaire): percorre aproximadamente 4 700 km, está entre os
maiores do mundo, mas quanto ao volume de água, é o segundo em escala
mundial. O percurso desse rio se dá no meio da floresta equatorial do continente
africano, onde há uma grande incidência de chuvas, fator que resulta na
característica de rio caudaloso.

Rio Tigre (Turquia): percorre cerca de 1 900 km. A capital do Iraque (Bagdá) está
estabelecida às margens do rio. O Tigre é de extrema relevância para todo o Oriente
Médio, uma vez que a região convive com o problema da escassez de água.

Rio Eufrates (Turquia): é um dos principais rios do Oriente Médio, juntamente com

o rio Tigre. O Eufrates percorre cerca de 2 780 km até desaguar no Golfo Pérsico.

Os principais rios em Angola

O território angolano é atravessado por rios importantes como o Zaire, o Kwanza e o


Cunene, que descem do interior, em vales profundos e leitos irregulares, alargando-
se depois nas proximidades do oceano, formando boas baías e melhores portos,
como os de Luanda, Lobito Namibe.
A configuração hidrográfica de Angola tem uma estreita ligação com o seu relevo.
Os rios têm origem nas zonas planálticas e montanhosas e correm para as regiões
de baixo-relevo. Na sua maioria, os leitos são irregulares, onde não faltam os
rápidos e as inclinações, apresentando margens mais largas nas zonas costeiras.
 Vertente atlântica com os rios Chiluango, Zaire ou Congo, o rio Bengo,
Kwanza, Queve ou Cuvo, o Catumbela e o rio Cunene;
 Vertente do Zaire, no norte de Angola, com os rios Cuango, Cassai, e os seus
afluentes: Cuilo, Cambo, Lui, Tchicapa e Luachimo;
 Vertente do Zambeze, à qual pertencem os rios do Leste de Angola, como os
afluentes do Zambeze, o Luena, Lungué-Bungo e o Cuando;
 Vertente do Kalahari com muitos rios de regime torrencial de onde se
destacam os rios Cubango e os afluentes Cuchi e o Cuito.As principais bacias
hidrográficas são as dos rios Zaire, Mbridge, Kwanza (a maior), Queve,
Cunene e Kuando. O principal lago existente em território angolano é o lago
Dilolo, seguido das lagoas do Panguila e da Muxima. O maior e mais
navegável rio de Angola é o Kwanza com cerca de 1000 km de extensão.
Existem várias queda de água e rápidos em rios como Mbridge, Cambambe,
Kwanza, Ruacaná, das quais destaca-se as grandes quedas de Kalandual
com mais de 100 metros de altura.
 afluente Lucala.

Os rios conhecidos que correm em Angola são: Bero, Bengo, Mbridge, Cambo,
Chicapa, Chiumbe, Coporolo, Cuchi, Cuebe, Catumbela, Chiloango, Cuango,
Cunene, Cuilo, Cuito, Coroca, Cuvo, Cubango, Dande, Giraúl, Loge, Longa,
Luaximo, Luando, Luamguimba, Luangue-Lucala, Luembe, Luiana, Lulu, Luena,
Longue-Bongo, Onzo, Utembo, Kwanza, Zadi, Zambeze e Zaire.

A importância dos rios

Os rios, apesar de contribuírem muito pouco para os estoques totais de água doce
existentes na biosfera, são extremamente importantes para a civilização humana.
Influenciaram culturas diferentes e a história de nações inteiras. A origem de muitos
centros urbanos na Europa Ocidental está intimamente ligada ao estabelecimento de
uma classe burguesa que fugia da servidão campesina. Essa nova classe social,
ainda na Idade Média, estabeleceu-se e desenvolveu novos centros comerciais ao
longo de rios, tais como o Reno, Danúbio, Sena, Tejo, Tâmisa e muitos outros.
Pode-se mesmo dizer que os rios da Europa foram os condutores do progresso e,
mais do que isso, os cursos d’água foram os agentes libertadores que possibilitaram
o desenvolvimento do comércio libertando milhões de pessoas do regime feudal e
da servidão. Em outras partes do mundo, os rios foram importantes não só para o
desenvolvimento regional, mas também foram usados pelo homem para conquistar
outros povos e terras. Nas Américas, foram os rios que possibilitaram aos europeus
a conquista de novas terras. Na Ásia, várias culturas e religiões estão intimamente
ligadas aos rios. E na África, até o tráfico de escravos era feito seguindo a geografia
fluvial.
Os rios sempre foram disputados pelo homem. Eles foram conquistados e perdidos
pelos povos em guerra através dos tempos. Batalhas impressionantes registradas
pela História aconteceram às margens dos rios. Um bom exemplo é dado pela
Guerra do Paraguai (1864-1870), que ocorreu entre o Paraguai e a Tríplice Aliança
(Argentina, Brasil e Uruguai). Essa guerra teve inúmeras batalhas fluviais (ex:
batalhas de Riachuelo e de Humaitá) e foi o maior conflito bélico que já ocorreu na
América do Sul. Cerca de 50.000 brasileiros morreram em combate ou em
decorrência da cólera. A população do Paraguai que era de 450.000 habitantes
antes da guerra passou a contar com apenas 150.000 habitantes, depois desse
conflito, considerado como um dos mais destrutivos para uma nação na história
moderna (Whigham, 2002).

A água como fonte e meio de vida, entra na composição de todos os seres vivos,
das rochas, solos e ar. É um poderoso agente modelador da superfície terrestre,
actuando através da alteração química e da erosão mecânica das rochas. É o
principal agente erosivo dos continentes através dos rios, glaciares, correntes
marinhas, ondas e marés.
A água é um meio de transporte, não só dos sedimentos, provenientes da erosão
das rochas e dos nutrientes resultantes da sua alteração, mas também da matéria
orgânica proveniente da actividade biológica de plantas e animais, levando-os a
percorrer por vezes milhares de quilómetros, desde as áreas mais elevadas dos
continentes até às áreas mais deprimidas (lagos e mares interiores, regiões
costeiras e oceanos). A água é ainda utilizada nas diversas actividades humanas:
higiene e abastecimento público, agricultura e irrigação, pesca e aquicultura,
produção de sal, produção de energia (motriz e hidroeléctrica), através das
barragens, ondas e marés, na indústria (dissolvente, reagente, sistemas de
arrefecimento), como via de transporte de pessoas e mercadorias (transporte fluvial
e marítimo), e também no desporto, recreio e lazer. A água é um recurso natural
fundamental, factor de progresso e desenvolvimento das sociedades humanas,
podendo, em certas circunstâncias, actuar como factor limitante a este último.

A água pode constituir um perigo através da sua escassez (secas, estiagens,


desertificação), do seu excesso (cheias, inundações) ou da sua degradação
(contaminação, poluição). A água é transversal às Ciências da Terra e da Vida e às
Ciências Sociais e Humanas,sendo, por isso, nos seus múltiplos aspectos, objecto
de estudo de diferentes especialistas. A água encontra-se em todo o Sistema
Ambiental Terrestre, estando em constante movimento entre os diversos
subsistemas que o compõem: atmosfera, litosfera, hidrosfera, biosfera e noosfera
(ou esfera do conhecimento e acção humana). O objecto de estudo da
Hidrogeografia é a Hidrosfera, que é composta pelas águas em estado sólido
(glaciares e calotes de gelo), líquido (oceanos, mares, lagos, rios e toalhas
aquíferas) e gasoso (vapor de água).

Para a irrigação

Os rios são muito importantes para a irrigação de terras em atividades agrícolas e


para que a sustentabilidade da vegetação natural.

Um exemplo na história é o rio Nilo. Localizado em uma região desértica do


continente africano, foi graças a ele que se pôde irrigar as terras para a agricultura
no Egito Antigo. Após as cheias do rio, as terras das margens ficavam forradas de
húmus, um lodo fértil.

O consumo médio de água no mundo pelo setor agrícola corresponde a cerca de


70%, sendo o restante consumido pelo setor industrial (20%) e pelo abastecimento
(10%).

No Brasil, a captação de água doce para irrigação do setor agrícola corresponde a


33,5 Km3/ano, ou seja, 72,5% do volume total. (BRASIL…, 1998).

 Consumo pelo setor industrial


Estima-se que, atualmente, “a quantidade total de água, demandada pelo setor
industrial, é de 139 m3/s, o que corresponde a um volume de aproximadamente 4,4
km3/ano” (brasil…, 1999), o que corresponde a 9,5% da captação total de água doce
no brasil.

De acordo com a unesco (2012, p. 4, tradução nossa),“ a operação efetiva de uma


indústria requer um fornecimento sustentável de água na quantidade certa, com a
qualidade certa, no lugar certo, no tempo certo e com um preço correto”.

Cultura e Identidade

Os rios trazem referências culturais muito importantes sobre a sociedade humana,


expressando modos de vida e implicações no cuidado e/ou falta de cuidado com o
meio ambiente do qual fazem parte, os recursos tecnológicos e tipos de usos de
suas águas, significados, dentre outras.

Eles fazem parte da biografia de muitas pessoas, compondo memórias e


perspectivas do presente e futuro, que se alinhavam na tessitura de sua cultura e
identidade.

 Energia

Energia e água estão intrinsecamente conectadas.” Há diversos tipos de fontes de


energia que necessitam da água em processos produtivos. “Por outro lado, a
energia é requerida para tornar disponíveis recursos d’água para uso e consumo
humanos, por meio de bombeamento, transporte, tratamento, dessalinização e
irrigação. (UNESCO, 2012, p. 4, tradução nossa).

Os rios são importante fonte de energia elétrica. A bacia do rio Kwanza, graças ao
seu reservatório, com volume de 4 518 000 m3 e uma área inundada de 164 km2,
por exemplo, possui um grande potencial de geração de energia elétrica. Nela
encontra-se a maior usina do Angola, a de Laúca, além da usina do Cambambe, .

Cabe salientar a importância da abordagem sistêmica na instalação de usinas


hidrelétricas, na medida em que estas trazem uma série de implicações ao meio
ambiente, em termos de ecossistema e dimensões socioculturais e econômicas.
Lazer

Os rios têm se prestado também ao lazer de muitas pessoas, possibilitando


atividades como: nadar, pescar, velejar, dentre outras. Estas atividades também
dependem da qualidade das águas dos rios.

Paisagem rural e urbana

Os rios compõem paisagens rurais e urbanas, com seus leitos de larguras,


extensões, volumes, movimentos e águas de cores diversas, refletindo e refratando
a luz, que varia ao longo dos dias e das noites, e conforme as condições climáticas e
outros fatores como tipos de solo, vegetação, dentre outras, as quais influenciam
também o movimento de suas águas, sendo umas mais ligeiras e turbulentas,
enquanto que outras mais lentas, calmas.

As configurações e movimentos dos rios, fauna e flora que compõem o ecossistema,


auxiliam a suavizar a composição geométrica e predominantemente estática das
construções humanas, principalmente de contextos urbanos.

Psicultura

A psicultura, ou seja, o cultivo de peixes, é uma das atividades econômicas


propiciadas pelos rios.

No rio Parnaíba, por exemplo, que se localiza na região Nordeste do Brasil, entre os
estados do Ceará, Maranhão e Piauí, a principal atividade econômica desenvolvida
é a psicultura.

Um dos fatores fundamentais para a psicultura é a qualidade das águas, que


necessita estar em uma condição adequada para a manutenção da vida saudável
dos peixes e em equilíbrio dinâmico com o ecossistema.

Transporte hidroviário 
Os rios foram e têm sido bastante utilizados para a o transporte hidroviário, tanto de
mercadoria quanto de pessoas.

Em termos de custo e de capacidade de carga, o transporte hidroviário é cerca de


oito vezes mais barato que o rodoviário e três vezes menor que o ferroviário.
(GODOY; VIEIRA, 1999).

Há rios que se prestam à navegação, enquanto que outros não. São exemplos de
bacias com rios navegáveis: a bacia Amazõnica (composta pelo rio Amazonas e
afluentes como o Branco, Japurá, Juruá, Negro, Solimões, Xingu, dentre outros,
apresenta cerca de 23 mil km de rios navegáveis); a bacia do rio São Francisco; a
bacia do rio Paraná (composta por afluentes como o Grande, Paranapanema, Tietê,
e cuja hidrovia Tietê-Paraná é uma importante rota de navegação); dentre outras.

Os rios do município da Cela

Segundo Kissanga, 2004. Na região da Cela, do ponto de vista hidrográfico, existe


uma rede abundante de cursos de água, devendo apontar-se os da bacia
hidrográfica do Nhia à Norte e a do Keve à Sul, sendo este último o mais extenso e
caudaloso, decerto o curso mais caudaloso de Angola, pelas possibilidades que
confere quanto ao seu valor energético a aproveitar, fazendo dele a verdadeira
aspiração e anseio de todo o Kwanza-Sul e da Cela em particular, constituindo a
alavanca de progresso que a sua morfologia de faz a verdadeira miniatura de
Angola, sendo assim considerado como extraordinário e potencial riqueza para a
região da Cela, e tantos outros como o Curindi e cupassi que tem a mesma
nascente e a mesma foz no rio Keve, o rio Pumbuins que flui para a província de
Malanje, o rio Catofe, o rio Cuvila.

Além destes grandes rios da região, refere-se o rio Cussoi, pela sua incidente
importância no povoamento, estando ligado a vida dos primeiros aldeamentos.
Também é notável um elevado número de ribeiros de caudais apreciáveis nos oito
meses da época das chuvas, completando as disponibilidades hídricas da região.
O rio Cussoi, sua origem

Os rios se formam pela acumulação de agua das chuvas, pelo degelo das
montanhas e pela emergência das águas subterrâneas. O rio Cussoi não fuge a
regra dessas origens, este se forma pela emergência das águas superficiais. O rio
Cussoi nasce no banco de montanha, entre a sobreposição das rochas magmáticas.
Entende-se que este rio se formou desde o aparecimento das dos blocos
montanhosos do Cungo, apartir de erupção vulcânica. No século XX, o rio cussoi
servia de base de fornecimento de àgua para alimentação do povo dos aldeamentos
que se encontram próximo ao longo do curso do rio. Da sua nascente á foz, alimenta
uma grande quantidade de povos, porque este rio flui numa região de relevo de
planície, banhando assim os terrenos próximos ao rio, criando as baixas de cultivo.

o rio Cussoi, como a base de fornecimento de água às populações dos


aldeamentos, teve continuidade até no princípio do século XXI, que levava a
redução do caudal do mesmo rio nas estações seca, chegando ao ponto de quase
secar por causa das instalações de sistema de captação de água para abastecer os
aldeamentos. Mas este não secava por completo, por causa da quantidade de
pequenos riachos que existem ao longo do seu curso, e porque a sua fonte é
perene.

Onde nasce

O rio Cussoi nasce na parte este da cidade do Waku-Kungo à …graus de latitudes…

Na região à Sul do aldeamento 1, nos campos de cultivo do Catorono, à Nordeste da


área turística da Lupupa Lodge, à Este da estrada nacional 220, para quem vai ao
Huambo e a Sul da montanha do Kungo, onde nasce. Com a entrada em
funcionamento do projecto aldeia nova em 2004, o rio Cussoi foi sofrendo muitas
alterações, devido os trabalhos hidráulicos realizados ao longo do seu curso, isto é,
para a irrigação dos campos de cultivos do projecto. Mas, com a instalação do
sistema de captação de água a partir do rio Keve, porque o Cussoi não era capaz se
sustentar o projecto e os aldeamentos em serviço ao projecto, as atenções viradas
ao rio foram retiradas e voltadas ao Keve. O rio Cussoi tem grande imporância para
as culturas agrícolas, apoiando assim um elevado número de pessoas que
encontraram as margens deste rio como o melhor lugar para o cultivo, pois, pelas
características morfológicas do lugar por onde flui o rio. Este flui no terreno de relevo
de planície, permitindo que nas épocas chuvosas numerósos riachos que se
encontram nesta região fiquem cheios, e alimentam assim os terrenos que se
encontram nos laterais do rio. Por haver muita água nos terrenos aproveitados para
o cultivo nos finais das épocas sécas esta região é bem propícia para o cultivo de
arroz.

Na montanha do Cungo, anteriormente chamado de Zela, segundo o soba grande


da Banza Futa, onde nasce o rio Cussoi, cultiva-se o milho que é a cultura
dominante na região, o feijão, a batata-doce, a batata-rena, e tantas outras
plantações como a cana-de-açúcar, a goiabeira, a mangueira. E apesar da pouca
abundância de variedade de vegetação que serve de esconderijo de diversos
animais, encontramos alguns de pequena porte como: o rato, a rapaca, o rato
monteiro, o grilo, a cobra.

No curso superior, devido o peque vale, ainda não é bem notável os animais
aquáticos, mas algumas centenas de metros depois, por fluência de outros rios que
nascem no lugar próximo, como o rio Catorono, e a consequente aumento do caudal
do Cussoi, este vai já permitindo que no seu vale algumas espécies se
desenvolvam, encontrando uma pequena abundância de animais como: a tuqueia, o
caranguejo, o ndepo, o cacusso, e o bagre.

A foz do rio Cussoi

Todo o rio tem uma nascente e uma foz, segundo ....... os rios desaguam no mar,
lago, ou ainda num outro rio. O rio Cussoi tem a sua foz no rio Keve à Oeste do
município da Cela à xxgraus e....de latitude .... e longitude....., na região da Mbanza
Futa. O município da Cela esta composto por nove Mbanzas, das quais destaca-se a
Mbanza Futa que, por sua vez está composto por nove bairros, tais como: Kissala
da Futa, Kaquequete Futa, Diquita Futa, Katato da Futa, Kizanje da Futa, Kafúkwa
da Futa e Humbi da Futa, sendo neste último o bairro por onde se localiza a foz do
rio Cussoi.

O rio Cussoi tem a sua foz na Mbanza Futa, no bairro Humbi da Futa e no rio Keve,
numa chana que, segundo o soba Henriques, chama-se Maquela, com as seguintes
fronteiras: à Sul está o rio Keve, à Oeste está o bairro Quixota, numa ladeira
montanhosa na Amboiva município do Seles, à Norte está o bairro Mussende,
município do Ebo, e à Este está o bairro Humbi da Futa.
A importância turística do rio Cussoi

A fronteira de Cela com Seles à Oeste e o Eebo à Norte e com a foz do rio Cussoi, é
uma importante área de exploração turística, pois que este ponto, segundo o soba
do Humbi, o soba Calei, este lugar tem sido um ponto de visitação de pessoas
vindas de muitos pontos da província do Cuanza-Sul, como do Sumbe para fazerem
visitas ao santuário de hipopótamus, pois que, além muitas espécies aquáticas que
habitam no lugar adjacente a foz do rio Cussoi ao Keve, é destacado o hipopótamus
que é a maior espécie em tamanho que habita nos rios.

O rio Cussoi como transporte hidroviário

Os rios servem de grande meios de transportes a grande distância, nos oceanos e


mares através de navios, e nos rios servem de meios de comunicação e transportes
a um custo reduzido.

Segundo GODOY; VIEIRA, 1999, o transporte hidroviário é cerca de oito vezes mais
barato que o rodoviário e três vezes menor que o ferroviário. Apesar de existir uma
ponte de pedra sobre o rio Cussoi para comunicação com o Ebo nas épocas menos
chuvosas do ano, mas nos mêses de abundante chuva, para a comunicação e
transporte de mercadorias e pessoas da Cela ao Ebo é feito por meio de canoas a
um custo razoável.

Outra importância do rio Cussoi naregião da sua foz

Nos mêses de Maio e Junho quando o caudal do rio baixa tem se utilizado como a
fonte de pesca, do qual tem se pescado as espécie típicas da região como a
toqueia, o lussango ou cacusso, o bagre, e o ndepo. Por causa da acção de
transportação de sedimentos e sais minerais pelo rio e seu depósito nas beiras, nas
épocas das cheias e a consequente a fertilização dos solos. O solo da região é
bastante rico, facilitando assim a produção de culturas de cebola, couve, batata-
rena, o milho, feijão mandioca.
As localidades por onde flui

Alguns problemas ao longo do seu curso

Memórias e perspectivas do presente e futuro do Rio Cussoi

A influência dos rios no clima de angola

A influência hidrográfica no clima da Cela

A influência do rio Cussoi no clima do Waco


Bibliografia

Ricardo M. Pinto, crise nas águas

Catarina Ramos, Programa de Hidrogeografia Book, January 2005

Wikipedia, Os doze rios mais importantes do mundo

UNITED NATIONS OFFICE

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia fluvial. São Paulo: Edgard Blucher, 1981.

Pedro José Kissanga, elementos de informação monográfica da Cela, Waku-


Kungo,2004, disponível nalivraria ASNAC.

Henriques da Costa Manue, soba, foz do rio Cussoi, Mbanza Futa, fonte oral.

João Baptista Borge (Calei), soba do Humbi da Futa, fonte oral.

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