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A hidrografia
A atmosfera, por sua vez, envolve a porção gasosa da Terra, constituída por
centenas de quilômetros de extensão e responsável por inúmeros fenômenos. A
compreensão da atmosfera, para a Geografia Física, diz respeito não só à sua
estrutura e composição, mas principalmente ao seu funcionamento, e isso envolve
os climas da Terra e seus fenômenos associados.
A biosfera é, assim, a porção do nosso planeta constituído pelos seres vivos. Ela só
se estrutura mediante as condições fornecidas pelas demais camadas em
conjunção, fornecendo as bases para a manutenção da vida. Desse modo, a
Geografia Física busca lidar não diretamente com os seres vivos, mas como eles
transformam e são transformados pelo meio em que vivem, bem como a sua
distribuição pelas diferentes localidades.
Vale lembrar, no entanto, que a Geografia (e, por extensão, a Geografia Física) é
uma ciência humana, ou seja, centra-se em analisar o comportamento e as
dinâmicas das sociedades pelo espaço geográfico. Assim, a relevância dos estudos
sobre os temas acima apresentados refere-se tanto para auxiliar a ação humana
sobre o meio quanto para entender os impactos gerados pelas atividades antrópicas,
além de estabelecer as compreensões sobre como o meio físico interfere nas
nossas práticas históricas e cotidianas. (JANUÁRIO C. ANDRÉ, 2017).
Dos rios provem grande parte da água consumida pela humanidade para beber,
cozinhar, lavar, conservar alimentos, cultivar plantas, criar animais, navegação,
dentre outros usos.
Segunddo LIMA, 2001, p.09 A quantidade de água efetivamente disponível para uso
humano corresponde a aproximadamente 0,007%, uma parcela relativamente
pequena.
Os rios também fornecem alimentos aos seres humanos, com especial destaque aos
peixes, de variadas espécies e valores nutricionais. No entanto, “reduções drásticas
nos estoques de peixes estão criando tanto perdas econômicas quanto uma perda
de suprimento de comida” (ARTHURTON et al, 2007, p. 6, tradução nossa), sendo a
poluição das águas uma das principais causas da contaminação e morte de seres
aquáticos, o que tem acarretado também a redução de estoques de peixes para o
consumo humano.
História da hidrologia
Segundo TUCCI, 1993. O estudo da água era uma ciência basicamente descritiva e
qualitativa, porém se transformou em uma área de conhecimento onde os métodos
quantitativos têm sido explorados através de metodologias matemáticas e
estatísticas, melhorando de um lado os resultados e do outro explorando melhor as
informações existentes.
• Método racional para cálculo de vazão máxima em pequenas bacias. Essa década
também marcou o início da hidrologia quantitativa com alguns trabalhos, tais como:
HIDROGEOGRAFIA
A Limnologia
Desde que o homem teve a noção de valer-se das bondades que lhe oferece a
natureza para a sua subsistência, soube que acharia uma grande fonte de recursos
nos rios. A história demonstrou que sempre o homem estabeleceu o seu habitat
perto de águas, e mais frequentemente, de um rio. Os egípcios consideravam uma
benção dos deuses, o facto de que todos os anos o Nilo transbordasse e alagasse
todo seu vale, pois sabiam que quando as águas baixassem, a fertilidade dos rios
daria grandes colheitas. A Mesopotâmia da Ásia Menor emoldurada pelos rios Tigres
e Eufrates, foi testemunha de civilizações prodigiosas que se desenvolveram num
ambiente totalmente desértico. Ainda hoje podemos nomear exemplos nos quais
apesar da fúria e os problemas que podem ocasionar o homem, permanece fiel; o
Mississippi, o Ganges e o Amarelo são de destacar. Poderia nomear muitos outros
casos, mas o fundamental é reconhecer que o homem necessita do rio para
desenvolver-se e aproveitar suas bondades como rota natural para outras terras,
como fonte de alimentos e como fonte de vida.
Um rio, é um curso natural de água, usualmente de água doce, que flui no sentido
de um oceano, um lago, um mar, ou um outro rio. Em alguns casos, um rio,
simplesmente flui para o solo ou seca completamente antes de chegar a um outo
corpo de água.
Em cada rio se distinguem as fontes que lhe dão origem, ou seja, seu nascimento, a
corrente ou curso superior, o curso médio, e o curso inferior ou a desembocadura.
Os rios compõem espaços de cidades, que, por sua vez, formam-se “por processos
urbanos que tanto se sucedem na história quanto se inter-relacionam em uma
mesma época e, com princípios diversos, forjam a cidade múltipla. A cidade é
policrônica: seu tempo não é linear, (DUARTE, 2006, p. 120).
A água no planeta
O conceituado autor Nekliukova, apresenta na sua obra ``Geografia Física Geral I``,
uma distribuição das massas de águas bastante elucidativa: oceano mundial cerca
de 1.370.000.000 km3; na atmosfera, aproximadamente 13.000 km3 e nas terras
emergidas, 90.826.200 km3. Desta última quantidade, 60,075 km3 correspondem as
águas subterrâneas, os lagos contêm 750.000 km3, os rios 1.200 km3 e os glaciares
30.000.000 km3. O volume total da Hidrosfera equivale aproximadamente a
1.800.0000.000 km3 6.
A Hidrografia e a Hidrologia
• E: evaporação (mm/d);
• P: precipitação (mm);
Escoamento superficial
De acordo com Martins (1976), parte da água das chuvas é absorvida pela
vegetação e outros obstáculos, a qual é evaporada posteriormente. Da quantidade
de água que atinge o solo, parte é retida em depressões do terreno e parte é
infiltrada. Após o solo
a) Perenes: contém água durante todo o tempo. O lençol freático mantém uma
alimentação contínua e não desce nunca abaixo do leito do curso de água, mesmo
durante as secas mais severas;
Tucci (1993) cita que a variabilidade do regime hidrológico é controlada por alguns
elementos que formam a bacia hidrográfica ou fatores que nela ocorrem. Dentre eles
estão: as condições climáticas, como a precipitação, evapotranspiração e a radiação
solar; a geologia; a geomorfologia; os tipos e uso dos solos; a cobertura vegetal e as
ações antrópicas.
Righetto (1998) afirma que grande parte do sedimento transportado por um rio, por
exemplo, é proveniente da erosão do solo da bacia hidrográfica, retirando
significativa quantidade de nutrientes de terras férteis para agricultura. Esse fato
pode acontecer por decorrência de chuva em solos desprotegidos, provocando a
erosão por um processo físico complexo de desprendimento e transporte de
partículas de solo pela ação do impacto das gotas da chuva e pelo arraste do
escoamento superficial.
Ciclo hidros-sedimentológico
Desagregação
Erosão
Transporte
Sedimentação ou Decantação
Neste processo as partículas mais finas transportadas em suspensão, tendem a
chegar ao fundo do leito sob ação da gravidade. Pode ainda ocorrer a resistência do
meio fluido, impedindo ou reduzindo a queda das partículas para o fundo,
principalmente por efeito da turbulência.
Depósito
Consolidação
Os rios são águas superficiais. Quando chove, grande parte da água é absorvida
pelo solo e se acumula no lençol freático. Quando o mesmo aflora para a superfície,
ocorre o surgimento da nascente dos rios. Existem também os rios cuja origem se
dá, por exemplo, através do degelo no alto das montanhas ou mesmo a partir de
lagos.
Os rios são uma das mais importantes fontes de água doce disponíveis na natureza.
Os seres vivos não vivem sem água. Em razão dessa dependência, o homem
sempre esteve próximo a esses recursos, grandes civilizações surgiram às margens
dos rios e até hoje eles desempenham um grande papel para a humanidade.
Rio Amazonas (Brasil): possui 6 868 km de extensão, além disso, detém um grande
volume de água, o que o torna o maior rio do mundo.
Mississipi (Estados Unidos): com uma extensão de 3 734 km, sua bacia abrange
cerca de 40% do território nacional. Este é, sem dúvida, o mais importante rio dos
Estados Unidos.
Rio Paraná (Brasil): percorre 2 570 km, é um dos mais importantes rios do país e
suas águas abastecem a hidrelétrica de Itaipu, responsável por fornecer energia
elétrica para grande parte do território brasileiro e para a totalidade do Paraguai.
Rio Congo (Congo – ex. Zaire): percorre aproximadamente 4 700 km, está entre os
maiores do mundo, mas quanto ao volume de água, é o segundo em escala
mundial. O percurso desse rio se dá no meio da floresta equatorial do continente
africano, onde há uma grande incidência de chuvas, fator que resulta na
característica de rio caudaloso.
Rio Tigre (Turquia): percorre cerca de 1 900 km. A capital do Iraque (Bagdá) está
estabelecida às margens do rio. O Tigre é de extrema relevância para todo o Oriente
Médio, uma vez que a região convive com o problema da escassez de água.
Rio Eufrates (Turquia): é um dos principais rios do Oriente Médio, juntamente com
o rio Tigre. O Eufrates percorre cerca de 2 780 km até desaguar no Golfo Pérsico.
Os rios conhecidos que correm em Angola são: Bero, Bengo, Mbridge, Cambo,
Chicapa, Chiumbe, Coporolo, Cuchi, Cuebe, Catumbela, Chiloango, Cuango,
Cunene, Cuilo, Cuito, Coroca, Cuvo, Cubango, Dande, Giraúl, Loge, Longa,
Luaximo, Luando, Luamguimba, Luangue-Lucala, Luembe, Luiana, Lulu, Luena,
Longue-Bongo, Onzo, Utembo, Kwanza, Zadi, Zambeze e Zaire.
Os rios, apesar de contribuírem muito pouco para os estoques totais de água doce
existentes na biosfera, são extremamente importantes para a civilização humana.
Influenciaram culturas diferentes e a história de nações inteiras. A origem de muitos
centros urbanos na Europa Ocidental está intimamente ligada ao estabelecimento de
uma classe burguesa que fugia da servidão campesina. Essa nova classe social,
ainda na Idade Média, estabeleceu-se e desenvolveu novos centros comerciais ao
longo de rios, tais como o Reno, Danúbio, Sena, Tejo, Tâmisa e muitos outros.
Pode-se mesmo dizer que os rios da Europa foram os condutores do progresso e,
mais do que isso, os cursos d’água foram os agentes libertadores que possibilitaram
o desenvolvimento do comércio libertando milhões de pessoas do regime feudal e
da servidão. Em outras partes do mundo, os rios foram importantes não só para o
desenvolvimento regional, mas também foram usados pelo homem para conquistar
outros povos e terras. Nas Américas, foram os rios que possibilitaram aos europeus
a conquista de novas terras. Na Ásia, várias culturas e religiões estão intimamente
ligadas aos rios. E na África, até o tráfico de escravos era feito seguindo a geografia
fluvial.
Os rios sempre foram disputados pelo homem. Eles foram conquistados e perdidos
pelos povos em guerra através dos tempos. Batalhas impressionantes registradas
pela História aconteceram às margens dos rios. Um bom exemplo é dado pela
Guerra do Paraguai (1864-1870), que ocorreu entre o Paraguai e a Tríplice Aliança
(Argentina, Brasil e Uruguai). Essa guerra teve inúmeras batalhas fluviais (ex:
batalhas de Riachuelo e de Humaitá) e foi o maior conflito bélico que já ocorreu na
América do Sul. Cerca de 50.000 brasileiros morreram em combate ou em
decorrência da cólera. A população do Paraguai que era de 450.000 habitantes
antes da guerra passou a contar com apenas 150.000 habitantes, depois desse
conflito, considerado como um dos mais destrutivos para uma nação na história
moderna (Whigham, 2002).
A água como fonte e meio de vida, entra na composição de todos os seres vivos,
das rochas, solos e ar. É um poderoso agente modelador da superfície terrestre,
actuando através da alteração química e da erosão mecânica das rochas. É o
principal agente erosivo dos continentes através dos rios, glaciares, correntes
marinhas, ondas e marés.
A água é um meio de transporte, não só dos sedimentos, provenientes da erosão
das rochas e dos nutrientes resultantes da sua alteração, mas também da matéria
orgânica proveniente da actividade biológica de plantas e animais, levando-os a
percorrer por vezes milhares de quilómetros, desde as áreas mais elevadas dos
continentes até às áreas mais deprimidas (lagos e mares interiores, regiões
costeiras e oceanos). A água é ainda utilizada nas diversas actividades humanas:
higiene e abastecimento público, agricultura e irrigação, pesca e aquicultura,
produção de sal, produção de energia (motriz e hidroeléctrica), através das
barragens, ondas e marés, na indústria (dissolvente, reagente, sistemas de
arrefecimento), como via de transporte de pessoas e mercadorias (transporte fluvial
e marítimo), e também no desporto, recreio e lazer. A água é um recurso natural
fundamental, factor de progresso e desenvolvimento das sociedades humanas,
podendo, em certas circunstâncias, actuar como factor limitante a este último.
Para a irrigação
Cultura e Identidade
Energia
Os rios são importante fonte de energia elétrica. A bacia do rio Kwanza, graças ao
seu reservatório, com volume de 4 518 000 m3 e uma área inundada de 164 km2,
por exemplo, possui um grande potencial de geração de energia elétrica. Nela
encontra-se a maior usina do Angola, a de Laúca, além da usina do Cambambe, .
Psicultura
No rio Parnaíba, por exemplo, que se localiza na região Nordeste do Brasil, entre os
estados do Ceará, Maranhão e Piauí, a principal atividade econômica desenvolvida
é a psicultura.
Transporte hidroviário
Os rios foram e têm sido bastante utilizados para a o transporte hidroviário, tanto de
mercadoria quanto de pessoas.
Há rios que se prestam à navegação, enquanto que outros não. São exemplos de
bacias com rios navegáveis: a bacia Amazõnica (composta pelo rio Amazonas e
afluentes como o Branco, Japurá, Juruá, Negro, Solimões, Xingu, dentre outros,
apresenta cerca de 23 mil km de rios navegáveis); a bacia do rio São Francisco; a
bacia do rio Paraná (composta por afluentes como o Grande, Paranapanema, Tietê,
e cuja hidrovia Tietê-Paraná é uma importante rota de navegação); dentre outras.
Além destes grandes rios da região, refere-se o rio Cussoi, pela sua incidente
importância no povoamento, estando ligado a vida dos primeiros aldeamentos.
Também é notável um elevado número de ribeiros de caudais apreciáveis nos oito
meses da época das chuvas, completando as disponibilidades hídricas da região.
O rio Cussoi, sua origem
Os rios se formam pela acumulação de agua das chuvas, pelo degelo das
montanhas e pela emergência das águas subterrâneas. O rio Cussoi não fuge a
regra dessas origens, este se forma pela emergência das águas superficiais. O rio
Cussoi nasce no banco de montanha, entre a sobreposição das rochas magmáticas.
Entende-se que este rio se formou desde o aparecimento das dos blocos
montanhosos do Cungo, apartir de erupção vulcânica. No século XX, o rio cussoi
servia de base de fornecimento de àgua para alimentação do povo dos aldeamentos
que se encontram próximo ao longo do curso do rio. Da sua nascente á foz, alimenta
uma grande quantidade de povos, porque este rio flui numa região de relevo de
planície, banhando assim os terrenos próximos ao rio, criando as baixas de cultivo.
Onde nasce
No curso superior, devido o peque vale, ainda não é bem notável os animais
aquáticos, mas algumas centenas de metros depois, por fluência de outros rios que
nascem no lugar próximo, como o rio Catorono, e a consequente aumento do caudal
do Cussoi, este vai já permitindo que no seu vale algumas espécies se
desenvolvam, encontrando uma pequena abundância de animais como: a tuqueia, o
caranguejo, o ndepo, o cacusso, e o bagre.
Todo o rio tem uma nascente e uma foz, segundo ....... os rios desaguam no mar,
lago, ou ainda num outro rio. O rio Cussoi tem a sua foz no rio Keve à Oeste do
município da Cela à xxgraus e....de latitude .... e longitude....., na região da Mbanza
Futa. O município da Cela esta composto por nove Mbanzas, das quais destaca-se a
Mbanza Futa que, por sua vez está composto por nove bairros, tais como: Kissala
da Futa, Kaquequete Futa, Diquita Futa, Katato da Futa, Kizanje da Futa, Kafúkwa
da Futa e Humbi da Futa, sendo neste último o bairro por onde se localiza a foz do
rio Cussoi.
O rio Cussoi tem a sua foz na Mbanza Futa, no bairro Humbi da Futa e no rio Keve,
numa chana que, segundo o soba Henriques, chama-se Maquela, com as seguintes
fronteiras: à Sul está o rio Keve, à Oeste está o bairro Quixota, numa ladeira
montanhosa na Amboiva município do Seles, à Norte está o bairro Mussende,
município do Ebo, e à Este está o bairro Humbi da Futa.
A importância turística do rio Cussoi
A fronteira de Cela com Seles à Oeste e o Eebo à Norte e com a foz do rio Cussoi, é
uma importante área de exploração turística, pois que este ponto, segundo o soba
do Humbi, o soba Calei, este lugar tem sido um ponto de visitação de pessoas
vindas de muitos pontos da província do Cuanza-Sul, como do Sumbe para fazerem
visitas ao santuário de hipopótamus, pois que, além muitas espécies aquáticas que
habitam no lugar adjacente a foz do rio Cussoi ao Keve, é destacado o hipopótamus
que é a maior espécie em tamanho que habita nos rios.
Segundo GODOY; VIEIRA, 1999, o transporte hidroviário é cerca de oito vezes mais
barato que o rodoviário e três vezes menor que o ferroviário. Apesar de existir uma
ponte de pedra sobre o rio Cussoi para comunicação com o Ebo nas épocas menos
chuvosas do ano, mas nos mêses de abundante chuva, para a comunicação e
transporte de mercadorias e pessoas da Cela ao Ebo é feito por meio de canoas a
um custo razoável.
Nos mêses de Maio e Junho quando o caudal do rio baixa tem se utilizado como a
fonte de pesca, do qual tem se pescado as espécie típicas da região como a
toqueia, o lussango ou cacusso, o bagre, e o ndepo. Por causa da acção de
transportação de sedimentos e sais minerais pelo rio e seu depósito nas beiras, nas
épocas das cheias e a consequente a fertilização dos solos. O solo da região é
bastante rico, facilitando assim a produção de culturas de cebola, couve, batata-
rena, o milho, feijão mandioca.
As localidades por onde flui
Henriques da Costa Manue, soba, foz do rio Cussoi, Mbanza Futa, fonte oral.