Escola de Engenharia
HIDRÁULICA BÁSICA
𝑝1 𝑉12 𝑝2 𝑉22 ∆𝑝
→ + 𝛼1 + 𝑧1 = + 𝛼2 + 𝑧2 + ℎ𝑃 → ℎ𝑃 = + ∆𝑧
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔 𝛾
Equação do momentum em regime permanente:
𝐹= 𝑚𝑉 𝑖 + saída
; 𝑚 = 𝜌𝑉𝑛𝑟 𝐴
entrada
peso: 𝑊 = ρ V g = ρ 𝐴𝐿 𝑔 𝑟 Z
𝑥
área da parede: 𝐴𝑝 = 𝑃 𝐿
∆𝑧 2
s𝑒𝑛𝛼 = 𝑝2
𝐿 𝜌𝑉1 𝐴1 = 𝜌𝑉2 𝐴2 D
∆𝑧 𝑔
→ ∆𝑝 𝐴 + ρ 𝐴𝐿 𝑔 − 𝜏𝑝 𝑃 𝐿 = 𝑚 𝑉2 − 𝑉1
𝐿
= ℎ𝑃
÷𝐴𝜌𝑔 ∆𝑝 𝜏𝑝 𝑃 4𝜏𝑝 𝐿
+ ∆𝑧 = 𝐿 → ℎ𝑃 =
ρ𝑔 ρ𝑔 𝐴 ρ𝑔 𝐷
Teorema dos s:
Seja um fenômeno físico representado por uma relação
dimensionalmente homogênea de n variáveis dimensionais, na
forma:
𝐹 𝑢1 , 𝑢2 , … , 𝑢𝑛 = 0
M (massa)
e r o número de grandezas básicas. Ex.: L (comprimento)
T (tempo)
∆𝑝
Variáveis: ℎ𝑃 =
𝛾
+ ∆𝑧
Variação da pressão (p)
Massa específica ()
Velocidade média do escoamento (V)
Diâmetro interno da tubulação (D) Δ𝑝 = 𝐺 𝜌, 𝑉, 𝐷, 𝜇, 𝐿, 𝜀
Comprimento da tubulação (L)
Viscosidade ()
Rugosidade da parede interna ()
→ 𝐹 Δ𝑝, 𝜌, 𝑉, 𝐷, 𝜇, 𝐿, 𝜀 = 0
Pelo teorema dos ‘s: Φ Π1 , Π2 , … , Π𝑛−𝑟 = 0
7−3=4
→ Π1 = Ψ Π2 , Π3 , Π4
∆𝑝
Variáveis: p, , V, D, L, , ℎ𝑃 =
𝛾
+ ∆𝑧
𝛼 𝛼 𝛼
Grupos adimensionais: Π𝑖 = 𝐴𝑖 𝑢1 𝑖1 𝑢2 𝑖2 ⋯ 𝑢𝑛 𝑖𝑛
Δ𝑝
Número de Euler Π1 =
𝜌𝑉 2
𝜌𝑉𝐷
Número de Reynolds (Re) Π2 =
𝜇
𝜀
Rugosidade relativa Π3 =
𝐷
𝐿
Comprimento relativo Π4 =
𝐷
Δ𝑝 𝜀 𝐿
Π1 = Ψ Π2 , Π3 , Π4 𝜌𝑉 2
= Ψ 𝑅𝑒, ,
𝐷 𝐷
∆𝑝
Δ𝑝 𝜀 𝐿 ℎ𝑃 = + ∆𝑧
= Ψ 𝑅𝑒, , 𝛾
𝜌𝑉 2 𝐷 𝐷
→ ∆𝑝 = 𝛾ℎ𝑃
𝐿
Informação experimental: Δ𝑝 ∝
𝐷
Δ𝑝 𝐿 𝜀 𝐿 2
→ = 𝜓 𝑅𝑒, → Δ𝑝 = 𝜌 𝜓 𝑉
𝜌𝑉 2 𝐷 𝐷 𝐷
𝑓 = 𝑓(𝑅𝑒, 𝜀/𝐷)
𝜌𝑔
𝐿 2 𝐿 𝑉2 ℎ𝑃 𝑓 𝑉 2
→ 𝛾ℎ𝑃 = 𝜌 𝜓 𝑉 → ℎ𝑃 = 2 𝜓 → =
𝐷 𝐷 2𝑔 𝐿 𝐷 2𝑔
ℎ𝑃 4𝜏𝑝
→ 𝐽= =
𝐿 ρ𝑔𝐷
4𝜏𝑝 𝑓 𝑉2
⇒ =
ρ𝑔𝐷 𝐷 2𝑔
ℎ𝑃 𝑓 𝑉 2
pela análise dimensional: 𝐽= = 𝜏𝑝 𝑓
𝐿 𝐷 2𝑔
(Darcy-Weisbach) → = 𝑉
ρ 8
𝜏𝑝 𝑓
Velocidade de atrito: 𝑢∗ = = 𝑉
ρ 8
Exemplo: a) o sentido do escoamento;
b) a perda de carga entre A e B;
Numa tubulação de 300 mm de diâmetro, água c) a tensão de cisalhamento na
escoa em uma extensão de 300 m, ligando um parede do tubo;
ponto A, na cota topográfica de 90,0 m, no qual d) a velocidade de atrito; e
a pressão interna é de 275 kPa, a um ponto B, e) o fator de atrito da
na cota topográfica de 75,0 m, no qual a tubulação, se Q = 0,14 m³/s.
(considere = 1000 kg/m3 e g = 10 m/s2)
pressão interna é de 345 kPa. Determine:
pA = 275 kPa b) hP = ∆HAB = HA − HB = 8 m
zA = 90 m
A 4τp L h ρ gD
c) hP = → τp = P
B ρg D 4L
zB = 75 m
Q? pB = 345 kPa 8 ∙ 1000 ∙ 10 ∙ 0,3
→ τp = = 20 Pa
4 ∙ 300
γ = ρg = 104 N/m³ VA AA = VB AB
a)
pA 2
VA 275∙103
2
VA V
2 d) u∗ = τp /ρ = 20 / 1000 = 0,14 m/s
HA = +αA +z = +αA +90 = 117,5+α
γ 2g A 104 2g 2g
2
u∗
2 2 2 e) u∗ = τp /ρ = f/8V → f =8
pB VB 345∙103 VB V V
HB = +αB +z = +αB +75 = 109,5+α
γ 2g B 104 2g 2g
Q 0,14
V = = = 2 m/s f = 0,04
A π 0,32
→ HA > HB O escoamento ocorre de A para B 4
Equação de Darcy-Weisbach:
𝑄 = 𝑉𝐴 → 𝑉 = 𝑄/𝐴
ℎ𝑃 𝑓 𝑉 2 8 𝑓𝑄2 𝑓𝑄2
𝐽= = = 2 5
= 0,0826 5
𝐿 𝐷 2𝑔 𝜋 𝑔 𝐷 𝐷
𝜀
fator de atrito 𝑓 = 𝑓 𝑅𝑒, = ???
𝐷
𝜏𝑝 𝑢 𝑅 −𝑢 𝑟 𝑅 2 − 𝑟 2 /2
Q
Velocidade média: 𝑉 = A 𝑄 ℎ𝑝 𝜌 𝑔 𝑅2 ℎ𝑝 𝜌 𝑔 𝐷2 32 𝐿 𝜇 𝑉
𝑉= = = → ℎ𝑝 =
𝜋 𝑅2 8𝐿𝜇 32 𝐿 𝜇 𝐷2 ρ𝑔
𝜋 ℎ𝑝 𝜌 𝑔 𝑅4
𝑄= 𝑢 𝑑𝐴 = 𝑓 𝑉 2 32 𝐿 𝜇 𝑉
𝐴 8𝐿𝜇 ℎ𝑃 = 𝐿 =
𝐷 2𝑔 𝐷2 ρ𝑔
64 64
Comparando com Darcy-Weisbach: → 𝑓=
𝜌𝑉𝐷/𝜇
→ 𝑓=
𝑅𝑒
γ = 9.111 N/m³ μ = ?
Exemplo:
Um líquido com = 9.111 N/m³ escoa por
gravidade através de um tanque com 30 cm
de altura e um tubo capilar, também com 30 1
cm de altura, numa vazão de 4,25 L/h, como
mostrado na figura ao lado. As seções 1 e 2
estão à pressão atmosférica. Desprezando os 30 cm
efeitos de entrada, calcule a viscosidade do
líquido.
30 cm
d = 1,2 mm
Q = 4,25 L/h
γ = 9.111 N/m³ μ = ?
Exemplo:
2
pi Vi
Hi = + αi + zi
H1 = H2 +∆H12 γ 2g
1
∆H = hT −hB +hP
0 0
p1 2 0
p2 2
V1 V2
+α1 +z1 = +α2 +z2 +hP
γ 2g γ 2g 30 cm
0,6 m
2
V2 1,04 2
→hP = z1 −z2 − α2 = 0,6−2 = 0,49 m
2g 2∙9,8
Q Q 4,25∙10−3 /3600
V2 = = = = 1,04 m/s 30 cm
A2 πd2 /4 2
π 1,2∙10−3 /4 d = 1,2 mm
considerando laminar: ∝2 = 2 ; f = 64/Re
2
fV
2 2DghP 2 1,2∙10−3 ∙9,8∙0,49
hP = L → f =
D 2g 2 = 0,3∙ 1,04 2
= 0,035
LV Q = 4,25 L/h
(Darcy-Weisbach)
γ = 9.111 N/m³ μ = ?
Exemplo:
2
pi Vi 64 64
Hi = + αi + zi → Re = = = 1800
H1 = H2 +∆H12 γ 2g f 0,035
∆H = hT −hB +hP
Re < 2000 laminar
0 0 γ = ρg → ρ = γ/g
p1 2 0
p2 2
V1 V2
+α1 +z1 = +α2 +z2 +hP ρVD γVD
γ 2g γ 2g Re = =
μ gμ
0,6 m
2 γVD
V2 1,04 2 →μ=
→hP = z1 −z2 − α2 = 0,6−2 = 0,49 m g Re
2g 2∙9,8
9111 ∙ 1,04 ∙ 1,2∙10−3
Q Q 4,25∙10−3 /3600 =
V2 = = = = 1,04 m/s 9,8∙1800
A2 πd2 /4 2
π 1,2∙10−3 /4
= 0,64∙10−3 kg/m.s
considerando laminar: ∝2 = 2 ; f = 64/Re
μ = 0,64 cP
fV
2 2DghP 2 1,2∙10−3 ∙9,8∙0,49
hP = L → f =
D 2g 2 = 0,3∙ 1,04 2
= 0,035
LV
(Darcy-Weisbach)
Equação de Darcy-Weisbach:
𝑄 = 𝑉𝐴 → 𝑉 = 𝑄/𝐴
ℎ𝑃 𝑓 𝑉 2
𝐽= =
𝐿 𝐷 2𝑔
𝜀
fator de atrito 𝑓 = 𝑓 𝑅𝑒, = ???
𝐷
64
regime laminar : 𝑓=
𝑅𝑒
𝑡+𝑇
1
(𝑡) 𝜙 𝑡 = 𝜙 𝑑𝑡
𝑇 𝑡
𝜙 𝑡 = 𝜙 𝑡 + 𝜙′ 𝑡
t Tempo
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑤 𝜙 𝑡 = 𝜙 𝑡 + 𝜙′ 𝑡 𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑤
+ + + +
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝑑𝑉 𝜕𝑝 𝜕 𝜕𝑢 𝑑𝑢
𝜌𝑔 − 𝛻𝑝 + 𝜇𝛻 2 𝑉 =𝜌 𝑡+𝑇 𝜌𝑔𝑥 − + 𝜇 − 𝜌𝑢′ 𝑣′ = 𝜌
𝑑𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝑑𝑡
𝑡
𝜏 = 𝜏𝑙𝑎𝑚 + 𝜏𝑡𝑢𝑟𝑏
y u
camada 0,99u
limite
u
Escoamento Turbulento
Camada Limite:
y y
U(x)
𝑦=𝛿 𝑥
Camada
turbulenta
externa
𝑢(𝑥, 𝑦) 𝜏(𝑥, 𝑦)
Camada intermediária 𝜏𝑡𝑢𝑟𝑏
𝜏𝑙𝑎𝑚
Subcamada laminar
camada
turbulenta
externa
camada
30 intermediária
u + = y+
Lei interna de parede
5
subcamada
y+ 11
viscosa
𝑢
𝑢+ =
𝑢∗
Lei logarítmica da camada intermediária
Millikan (1937)
1
𝑦𝑢∗ 𝑢+ = ln 𝑦 + + 𝐵
𝑦 = + 𝜅
𝜈
camada
turbulenta
externa
camada
30 intermediária
u + = y+
Lei interna de parede
5
subcamada
y+ 11
viscosa
𝑢
𝑢+ =
𝑢∗
1
𝑢 = ln 𝑦 + + 𝐵
+
𝜅
Lei logarítmica da camada intermediária: 𝑅−𝑟
𝑢 1 𝑦𝑢∗
= ln +𝐵
𝑢 1 𝑅 − 𝑟 𝑢∗ 𝑢∗ 𝜅 𝜈
em um tubo: = ln +𝐵
𝑢∗ 𝜅 𝜈
Q 𝐴
𝑢 𝑑𝐴 𝑉 1 2 𝑅 𝑢∗ 3
velocidade média: 𝑉= = → ∗= ln + 2𝐵 −
A A 𝑢 2 𝜅 𝜈 𝜅
𝑉 𝑅 𝑢∗ 1
= 0,41 e B = 5,0 → ∗ = 2,44 ln + 1,34 = 1,99 log 𝑅𝑒 𝑓 − 1,02
𝑢 𝜈 𝑓
𝜏𝑝 𝑓 𝑉 8
▪ e lembrando que: 𝑢∗ = = 𝑉 → ∗=
ρ 8 𝑢 𝑓
1
𝑅𝑢∗ 𝐷 𝑓 1 𝑓 = 2,0 log 𝑅𝑒 𝑓 − 0,8
▪ desenvolvendo = 𝑉 = 𝑅𝑒 𝑓
𝜈 2𝜈 8 2 8
Prandtl (1935)
1
Prandtl: = 2,0 log 𝑅𝑒 𝑓 − 0,8
𝑓
y
Rugosidade
U(x)
Camada
turbulenta Parede do tubo
externa
𝑢(𝑥, 𝑦)
Camada intermediária
Subcamada laminar
Parede do tubo
Experimento de Nikuradse:
5 ≤ 𝜀 + ≤ 70 𝜀 + > 70
+
𝜀𝑢∗
𝜀 =
𝜈
0.064
0.032
f
(Eq. de Prandtl) :
1
= 2,0 log 𝑅𝑒 𝑓 − 0,8
𝑓 0.008
1E+3 1E+4 1E+5 1E+6 1E+7 1E+8
Re
Colebrook-White:
Diagrama de Moody: 1
= −2,0 log
𝜀/𝐷
+
2,51
𝑓 3,7 𝑅𝑒 𝑓
Diagrama de Moody:
Escoamento
laminar
64
𝑓=
𝑅𝑒
Diagrama de Moody:
Região crítica
(transição laminar turbulento)
Diagrama de Moody:
Fórmula de Blasius:
0,316
𝑓 ≅ 0,25
𝑅𝑒
Diagrama de Moody:
Zona de transição
(rugosidade transicional)
Fórmula de Colebrook-White:
1 𝜀/𝐷 2,51
= −2,0 log +
𝑓 3,71 𝑅𝑒 𝑓
Diagrama de Moody:
Experimento de Nikuradse:
1 3,71
= 2,0 log
𝑓 𝜀/𝐷
Turbulência completa
(totalmente rugoso)
Diagrama de Moody: (escoamento turbulento)
Fórmula de Colebrook-White:
1 𝜀/𝐷 2,51
= −2,0 log +
𝑓 3,71 𝑅𝑒 𝑓
Material (mm) Material (mm)
Aço comercial novo 0,045 Ferro fundido com leve oxidação 0,3
Aço laminado novo 0,04 a 0,10 Ferro fundido velho 3a5
Aço soldado novo 0,05 a 0,10 Ferro fundido centrifugado 0,05
Aço soldado limpo, usado Ferro fundido em uso com cimento
0,15 a 0,20 0,1
centrifugado
Aço soldado moderadamente Ferro fundido com revestimento
0,4 0,12 a 0,20
oxidado asfáltico
Aço soldado revestido de cimento Ferro fundido oxidado
0,1 1 a 1,5
centrifugado
Aço laminado revestido de asfalto 0,05 Cimento amianto novo 0,025
Aço rebitado novo 1a3 Concreto centrifugado novo 0,16
Aço rebitado em uso Concreto armado liso, vários anos de
6 0,20 a 0,30
uso
Aço galvanizado, com costura 0,15 a 0,20 Concreto com acabamento normal 1 a3
Aço galvanizado, sem costura 0,06 a 0,15 Concreto protendido Freyssinel 0,04
Ferro forjado Cobre, latão, aço revestido de epoxi,
0,05 PVC, plásticos em geral, tubos 0,0015 a 0,010
extrudados
Ferro fundido novo 0,25 a 0,50
Fonte: Porto (2004)
Equação de Darcy-Weisbach:
𝑄 = 𝑉𝐴 → 𝑉 = 𝑄/𝐴
ℎ𝑃 𝑓 𝑉 2
𝐽= =
𝐿 𝐷 2𝑔
𝜀
fator de atrito 𝑓 = 𝑓 𝑅𝑒, = ???
𝐷
64
regime laminar : 𝑓=
𝑅𝑒
1 𝜀/𝐷 2,51
= −2,0 log +
𝑓 3,7 𝑅𝑒 𝑓
Fórmulas aproximadas
para o fator de atrito f
Escoamento turbulento: 0,25
𝑓= 2
Swamee-Jain: 𝜀/𝐷 5,74
log 3,7 + 0,9
𝑅𝑒
(10-6 /D 10-2 e 5x103 Re 108)
Escoamento turbulento: 0,25
𝑓= 2
Swamee-Jain: 𝜀/𝐷 5,74
log 3,7 + 0,9
𝑅𝑒
(10-6 /D 10-2 e 5x103 Re 108)
0,31
Haaland: 𝑓=
1,11 2
𝜀 𝐷 6,9
(limites ?) log + 𝑅𝑒
3,7
1 𝜀/𝐷 2,51
= −2,0 log +
𝑓 3,7 𝑅𝑒 𝑓
64
𝑓=
𝑅𝑒
ℎ𝑝 𝑓 𝑉 2 8 𝑓𝑄2
𝐽= = = 2
𝐿 𝐷 2𝑔 𝜋 𝑔 𝐷5
Eq. de Darcy-Weisbach
𝑉 = 𝑄/𝐴
𝜀
𝑓 = 𝑓(𝑅𝑒, )
Tipos de problemas: 𝐷
Dados
Tipo (além de , L, , e g) Incógnitas Observação
D Q V hp
1 ? hp Solução direta
Solução iterativa
2 ? ? QeV (manual ou computacional)
Solução iterativa
3 ? ? DeV (manual ou computacional)
Problema de dimensionamento
Exemplo 1: (vazão conhecida tipo 1)
Numa tubulação de aço comercial novo ( = 0,045 mm) de 4” de diâmetro
interno e 100 m de comprimento escoa água a 2 m/s. Determine:
a) a perda de carga nessa tubulação;
b) o regime de escoamento.
Swamee-Jain
2
fV • 10-6 /D 10-2
hp = L
D 2g • 5x103 Re 108
−2
ε ε/D 5,74
f = f(Re, ) = 0,25 log + = 0,0186
D 3,7 Re0,9
ε 0,045∙10−3 −4
= = 4,4∙10
𝐷 4∙0,0254
f = 0,0181
Re = 2∙105
ε
= 4,4∙10−4
D
Exemplo 1: (vazão conhecida tipo 1)
Numa tubulação de aço comercial novo ( = 0,045 mm) de 4” de diâmetro
interno e 100 m de comprimento escoa água a 2 m/s. Determine:
a) a perda de carga nessa tubulação;
b) o regime de escoamento.
Swamee-Jain a)
2
fV • 10-6 /D 10-2
hp = L
D 2g • 5x103 Re 108 0,0186 22
hp = 100
4∙0,0254 ∙ 2∙9,8
−2
ε ε/D 5,74 = 3,7 m
f = f(Re, ) = 0,25 log + = 0,0186
D 3,7 Re0,9
τp f
u∗ = = V
ρ 8
ρVD 1000∙2∙ 4∙0,0254
Re = = ≅ 2∙105
μ 10−3 + ε u∗ ε f ε VD f
b) ε = ν = ν 8
V=
D ν 8
ε 0,045∙10−3 −4
= = 4,4∙10 hidraulicamente
𝐷 4∙0,0254 ε f
= Re = 4,2 liso
D 8
Zona de transição
(rugosidade transicional)
f = 0,0181
ε+ = 4,3 < 5
hidraulicamente liso
Re = 2∙105
ε
= 4,4∙10−4
D
Exemplo 2: (vazão desconhecida tipo 2)
A ligação entre dois reservatórios abertos, cujos níveis d’água diferem em 26
m, é feita através de uma tubulação de 4” de diâmetro, em ferro fundido com
leve oxidação ( = 0,3 mm). O comprimento retilíneo da tubulação é 600 m.
Desconsiderando perdas localizadas, determine a vazão transportada em
regime permanente.
1 0 0 0 0
p1 V2 p2 V2
R1 H1 = H2 +ΔH12 → + 1 +z1 = + 2 +z2 + hT −hB +hp
Δ𝑧 = 26 𝑚 γ 2g γ 2g
2
→ hp = z1 −z2 = Δz = 26 m
600 m 4” R2
2 2 g hp D 2 ∙ 9,8 ∙ 26 ∙ 4∙0,0254
fV 2
hp = L → fV = = = 0,0863
D 2g L 600
1 ε/D 2,51
Colebrooke-White: =−2,0 log +
f 3,7 Re f 1 ε/D 1,775
→ =−2,0 log + → f = 0,0268
f 3,7
2 2 g hp D
ζ
fV =
L gD3 hp V = 1,80 m/s
ζ =
Lν2 πD2
Q = V = 0,0146 m3 /s
4
Exemplo 2: (vazão desconhecida tipo 2)
método iterativo com Swamee−Jain
R1
Δ𝑧 = 26 𝑚 → Q = 0,0145 m3 /s
ℎ𝑝 𝑄1,85
Fórmula de Hazen-Willians: 𝐽= = 10,65 1,85 4,87
escoamento turbulento de transição
𝐿 𝐶 𝐷
(S.I.)
água a 20°C
D 4” (ex.: adutoras e redes de distribuição)
Material C Material C
Aço corrugado (chapa ondulada) 60 Aço com juntas lock-bar, tubos novos 130
Aço com juntas lock-bar, em serviço 90 Aço galvanizado 125
Aço rebilado, tubos novos 110 Aço rebitado, em uso 85
Aço soldado, tubos novos 130 Aço soldado, cm uso 90
Aço soldado com revestimento especial 130 Cobre 130
Concreto, bom acabamento 130 Concreto, acabamento comum 120
Ferro fundido, novos 130 Ferro fundido, após 15-20 anos de uso 100
Ferro fundido, usados 90 Ferro fundido revestido de cimento 130
Madeiras cm aduelas 120 Tubos extrudados, P.V.C. 150
Fonte: Porto (2004)
𝑄𝑛
Formulação geral: 𝐽=𝐾 𝑚
𝐷
ℎ𝑝 𝑄1,85
Fórmula de Hazen-Willians: 𝐽= = 10,65 1,85 4,87
escoamento turbulento de transição
𝐿 𝐶 𝐷
(S.I.)
água a 20°C
D 4” (ex.: adutoras e redes de distribuição)
TCU. Obras Públicas – Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização de Obras e Edificações Públicas. 3ª ed.
𝑄𝑛
Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao: 𝐽=𝐾 𝑚
𝐷
D 2” (ex.: instalações hidráulicas residenciais)
(S.I.)
Material K m n
Aço galvanizado novo (água fria) 0,002021 4,88 1,88 (recomendado
PVC rígido (água fria) 0,0008695 4,75 1,75 pela NBR 5626/98)
Cobre ou latão (água fria) 0,000874 4,75 1,75
Cobre ou latão (água quente) 0,000704 4,75 1,75
𝑉 1,75 𝑄1,75
Fórmula de Flamant (1892): 𝐽 = 4𝑏 1,25 = 6,10 𝑏 4,75
𝐷 𝐷
D 2” (ex.: instalações hidráulicas residenciais)
(S.I.)
Material b
ferro ou aço usado 0,000230
ferro ou aço novo 0,000185
chumbo 0,000140
cobre 0,000130
PVC 0,000120
Planilha para cálculo da perda de carga:
a) hp = 3,7 m
b) hidraulicamente liso
c) Hazen-Williams:
1,85 100 0,0162 1,85
LQ
hP = 10,67 = 10,67 → hp = 4,4 m
1,85 4,87 1301,85 0,1016 4,87
C D
D = 4 ∙0,0254 = 0,1016 m
πD2 π 0,1016 2
Q = VA = V =2 = 0,0162 m3 /s
4 4
C = 130 (tabela)
Envelhecimento
O envelhecimento de adutoras deve ser considerado
(NBR 12215)
Aumento da perda de carga ( e C):
diminuição da vazão; e/ou
diminuição da pressão
Exemplo de estimativa do valor envelhecido de C
Fator de envelhecimento
𝐶0 − 𝐶10 10
𝐶𝑥 = 𝐶0 − 9
𝐹 𝑥 8
7
6
5
F
7,6 4
𝐹 𝑥 = ; 𝑥 < 50
𝑥 0,86 3
2
1
0
0 20 40 60 80 100
Anos
Pitometer Associates, Software KYPIPE
Ex.: Ferro fundido 140
Coeficiente de Hazen-Williams C
130
C0 = 130 120
C20 = ? 110
7,6 7,6
𝐹 𝑥 = → 𝐹 20 = = 0,58
𝑥 0,86 200,86
Seções não circulares
𝐴
Raio hidráulico: 𝑅ℎ =
𝑃
Am
Pm
ℎ𝑝 𝑓 𝑉2
𝐽= =
𝐿 𝐷ℎ 2𝑔
Exemplo 4:
Determinar a perda de carga unitária em um conduto semicircular com fundo
plano de concreto armado liso ( = 0,25 mm), 1,50 m de diâmetro, transportando,
como conduto forçado, água com velocidade média de 3,0 m/s.
A πR2
2 πR π ∙ 0,75
Rh = = = = = 0,229 m
P 2πR 2π+4 2π+4
2 +2R
Dh = 4Rh = 4 ∙ 0,229 = 0,916 m
1,5 m
f = f(Re, ε D )
h
2
f V 0,015 32
J = = ∙ = 0,0075 m/m
Dh 2g 0,916 2 ∙9,8
VDh 3 ∙0,916
Re = =
−6 = 2,75 ∙ 106 Swamee-Jain:
ν 10
f = 0,015
ε 0,25 ∙ 10−3 −2
= = 0,000273 ε/D 5,74
Dh 0,916 f = 0,25 log +
3,7 Re0,9
Darcy-Weisbach: ℎ𝑝 𝑓 𝑉 2 𝑓𝑄 2
𝐽= = = 0,0826 5
𝐿 𝐷 2𝑔 𝐷
Fator de atrito f = f (Re, /D):
64
▪ Laminar: 𝑓=
𝑅𝑒
1 𝜀/𝐷 2,51
▪ Turbulento (Colebook-White): = −2,0 log +
𝑓 3,7 𝑅𝑒 𝑓
0,25
▪ Equações aproximadas. Ex.: Swamee-Jain 𝑓= 2
𝜀/𝐷 5,74
log +
3,7 𝑅𝑒 0,9
Equações empíricas:
ℎ𝑝 𝑄1,85
Hazen-Williams (D 4): 𝐽= = 10,67 1,85 4,87
𝐿 𝐶 𝐷
𝑄𝑛
Fair-Whipple-Hsiao (D < 4): 𝐽=𝐾 𝑚
𝐷
𝐴
Seções não circulares: 𝑅ℎ = 𝐷ℎ = 4𝑅ℎ
𝑃
Re < 2000 Laminar:
f = 64 / Re
escoamento Re ?
próximo ao Transição:
laminar? ? Swamee (f = ...)
X 𝐷 ≥ 2" Hazen-Williams
(H-W)
diâmetro
?
Fair-Whipple-Hsiao
𝐷 < 2" (F-W-H)
Aula 2 – Perda de carga distribuída
Introdução
Fórmula universal. Cálculo do fator de atrito:
▪ Escoamento laminar
▪ Turbulento liso
▪ Turbulento rugoso
▪ Rugosidade transicional
▪ Formulas aproximadas
Fórmulas empíricas
Envelhecimento
Seções não circulares
BIBLIOGRAFIA:
WHITE, Frank. M. Mecânica dos Fluidos. 6ª ed. McGraw-
Hill, 2010.