Rafaela Gomes Santos, Teresa Maria de Jesus Ponte Carvalho
A Monitorização Terapêutica consiste em determinar as concentrações
plasmáticas de um fármaco com finalidade de ajuste de dose e individualização da terapia, levando a uma melhor resposta terapêutica e menor incidência de efeitos adversos. A resposta farmacológica esta diretamente relacionada à concentração do fármaco no sitio receptor. Dessa forma o objetivo do controle terapêutico é verificar, por meio de conhecimentos farmacocinéticos e bioanalíticos, se o fármaco se encontra dentro dessa faixa, denominada de janela terapêutica. Quando sua concentração plasmática está abaixo ou acima dos limites dessa faixa, o efeito terapêutico não é observado ou ocorre toxicidade. Para que o fármaco seja candidato a monitorização terapêutica, os requisitos são: janela terapêutica estreita, alta variabilidade individual e boa correlação entre sua concentração plasmática e efeito terapêutico. Quando os efeitos farmacológicos puderem ser avaliados por meio de sinais/sintomas ou por meio de exames laboratoriais e outros procedimentos, a monitorização terapêutica não se faz necessária. A coleta das amostras deve ser feita após o estado de equilíbrio das concentrações plasmáticas do fármaco ser atingido e sua quantificação é feita por meio de métodos cromatográficos, como a cromatografia liquida de alta eficiência, e não-cromatográficos, como a espectrofotometria, fotometria de chama, espectrofluorimetria e imunoensaios. A escolha do método depende da rapidez na emissão do resultado e da seletividade exigida na determinação do fármaco na matriz biológica. Dessa maneira, a monitorização terapêutica leva a um aumento da eficácia e da segurança do regime terapêutico, em especial no caso de pacientes críticos, pois possibilita a individualização da dose e avalia a aderência do paciente ao tratamento.