Você está na página 1de 4

9 sinais biológicos de que você está envelhecendo - Época Negócios | Vida

Guedes: 'Vamos salvar a indústria apesar dos industriais brasileiros' - Época...


4

Quer produzir sua energia elétrica? Veja por que este é um ótimo momento - Época...
5

Ana Paula Vescovi, número 2 da Fazenda, é cotada para presidir Caixa | Brasil

Essa empresa quer te convencer a comer grilos


Bitty Foods, da Califórnia, vende cookies feitos com farinha de grilo e quer aumentar a presença de insetos na alimentação humana

17/04/2015 - 08h22 - Atualizada às 19h13 - POR MARCELA BOURROUL

Compartilhar Assine já!

Megan na cozinha da Bitty Foods (Foto: Divulgação)

Tudo começou durante uma viagem pelo Sudeste Asiático. Quando Megan Miller visitou a região em 2012, achou curioso o hábito de comer insetos. Ao contrário de boa parte dos turistas, que torce o nariz e volta para casa falando sobre as
“coisas esquisitas” que viu nos restaurantes, Megan voltou com uma ideia.

Em sua casa em São Francisco, na Califórnia, ela começou a fazer experiências na cozinha. Junto com a amiga Leslie Ziegler, comprou uns grilos já mortos, colocou-os em uma sacola para transportá-los e, no conforto do seu lar, tentou fazer
uma farinha jogando todos eles no liquidificador. Era a primeira experiência do que, meses mais tarde, tornaria-se a Bitty Foods, uma empresa focada na produção de alimentos tendo grilos como matéria-prima.
Black Week com 80% OFF | Aproveite!
PUBLICIDADE

Saiba mais

inRead invented by Teads

Megan já sabia que os insetos eram uma ótima fonte de proteína, além de sua produção ser muito mais sustentável comparada a de bois e aves, por exemplo. Eles se reproduzem rapidamente, deixam uma pegada de carbono menor e
demandam pouca água. Mais ou menos na mesma época em que o negócio começou a ser estruturado, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou um estudo no qual afirmava que aumentar o consumo
de insetos poderia melhorar a nutrição e reduzir a poluição no mundo. “Esse relatório só ajudou a validar a nossa ideia”, afirma Megan.

 

É claro que jogar os grilos no liquidificador não foi suficiente para obter a receita ideal de farinha. Mas as amigas nem esperavam que funcionasse de primeira. Para criar o produto final, elas conversaram com engenheiros de alimentos e
contrataram um chef: Tyler Florence.

A Bitty Foods vende o pacote de farinha para que empresas ou cozinheiros amadores usem em suas próprias receitas. Porém, atualmente, o foco é na venda de produtos finais - no caso, cookies feitos com a farinha.

Black Week com 80% OFF | Aproveite!


Farinha de grilo (Foto: Divulgação)

É possível comprar a farinha pelo site da empresa de qualquer lugar do mundo. A empresa agora está aumentando a parceria com varejistas. Além de fornecer para mercados especializados, Megan garante que até meados deste ano os cookies
devem estar disponíveis nas prateleiras de uma grande rede de supermercados americana - o nome ela ainda não revela. A linha de produtos também deve ser ampliada este ano.

A ideia está dando certo. O negócio cresce 30% ao mês. Mas os responsáveis pela Bitty realmente acham que vão conseguir convencer as pessoas a comerem grilos? “Para fazer os americanos comerem insetos, o produto precisa ser amigável”,
diz Megan. A farinha e os cookies, por exemplo, não lembram em nada sua matéria prima. “As pessoas não costumam procurar saber como é a produção de carne. Esperamos que o mesmo aconteça com os insetos”.

Apesar disso, ela garante que a empresa não dará um passo maior que a perna. Isto é, apesar de haver mais de 2 mil insetos comestíveis, por enquanto ela trabalhará apenas com grilos. “Não precisamos complicar a mensagem. Não vamos
mexer com minhocas por enquanto”, brinca.

Para convencer mais gente, ela aposta em uma certa “evangelização” e na criação de uma marca forte. O marketing da Bitty Foods consiste basicamente no uso das redes sociais e de muita demonstração - para convencer as pessoas de que o
gosto do cookie de grilo não deixa nada a desejar para o feito com farinha comum. A empresa participa de feiras e de eventos de empreendedorismo e inovação, como o SXSW e o TED.

Apesar de 80% dos países comerem insetos, muita gente associa esse hábito à pobreza. A Bitty Foods luta contra esse estigma. “Seremos 9 bilhões de pessoas no planeta em 2050 [segundo estimativa da ONU]. Vamos chegar a um momento
em que não será nem possível que todos comam carne”, afirma Megan. “É melhor introduzir a proteína dos insetos na nossa dieta agora que não precisamos para não termos problema no futuro”, diz Megan.

E os grilos, de onde vem?

A opção pelo uso de grilos tem a ver com o maior número de pesquisas sobre seu consumo e a existência de fazendas de grilo nos Estados Unidos. Uma outra empresa americana, a Exo Protein, também usa esses insetos, mas seu foco é a
produção de barras de proteína.

No caso da Bitty Foods, eles trabalham com três principais fornecedores de grilos. Depois de estabelecer a parceria, a empresa passou a ajudar essas fazendas a tornar a criação dos insetos ainda mais sustentável.

Na produção de queijo, por exemplo, o soro pode ser transformado em farinha, que é uma ótima ração para os grilos. “Ou seja, alimentos que seriam jogados fora podem ser usados na criação de grilos, criando uma cadeia ainda mais
sustentável”, garante Megan.

Black Week com 80% OFF | Aproveite!


Os cookies da Bitty Foods (Foto: Divulgação)

tags

Compartilhar Assine já!

Energia

Com liminar, Eletrobras evita pagamento de R$1,3 bi no mercado de eletricidade

HSBC

HSBC suspenderá serviço de transferência global no Brasil a partir do fim de novembro

Petrobras

'Ninguém tem dúvida que pré-sal é viável', diz ex-diretor da Petrobras

Links Patrocinados

Black Week com 80% OFF | Aproveite!

Você também pode gostar