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"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando


por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo
nível."
CONTOS de
DIÁRIOS do VAMPIRO
Essa é uma pequena doce hi stóri a comumpouco de vi olênci a. Não é umg rande di stúrbi o, mas estej a
atento...
L.J. Smith
Des cobri u que queri a s er es cri tora em al gum momento entre o j ardi m de
i nfânci a e o pri mei ro ano. M ui tos de s eus l i vros foram i ns pi rados nos
própri os pes adel os . O pri mei ro romance, The Ni g ht of the Solsti ce, foi publ i cado no
ano em que el a s e formou na facul dade.
Atual mente, vi ve na Cal i fórni a com um cachorro, três gatos e cerca de dez
mi l l i vros . A s éri e Di ári os do Vampi ro foi l ançada ori gi nal mente em 1991.
s éri e Diár ios do Vamp ir o
O Despertar
O Confronto
A Fúri a
Reuni ão Sombri a

s éri e Diár ios do Vamp ir o: O Retor no


Anoi tecer
Almas Sombri as
Mei a-Noi te

s éri e Diár ios de Stefan


Ori g ens
Sede de Sang ue
The Cravi ng
The Ri pper
The Asylum
The Compelled

s éri e Diár ios do Vamp ir o: Caçador es


Espectro
Moonsong
Desti ny Ri si ng

s éri e Diár ios do Vamp ir o: A Salvação


Unseen
Unspoken
TB A
Contos de Diár ios do Vamp ir o
Matt & Elena: Pri mei ro Encontro ( s e pas s a antes da s éri e ori gi nal )
B onni e & Damon: Depoi s do Expedi ente ( s e pas s a durante a s éri e ori gi nal )
O Sang ue Di rá ( fi nal al ternati vo de Reuni ão Sombri a)
As Árvores ( s e pas s a após Reuni ão Sombri a)
Matt & Elena: Déci mo Encontro no Lag o Wi ckery ( s e pas s a antes da s éri e ori gi nal )
O Natal de Elena
L.J. Smith

CONTOS de
DIÁRIOS do
VAMPIRO

Bonnie & Damon:


Dep ois do E xp ediente
Bonni e M cCul l ough l abori os amente di gi tou em s eu l aptop, enquanto l i a
a parti r de um Pos t-i t ros a uma nota coberta de uma agradável cal i grafi a
arredondada que i ncl uí a pequenos cí rcul os s obre os i s : A Consci ênci a de uma
Rai nha.
E ra s eu rel atóri o de hi s tóri a, que determi nari a tri nta por cento de s ua
nota no pri mei ro s emes tre de Hi s tóri a E uropei a. E el a ti nha uma boa i dei a
para i s s o, real mente uma boa i dei a: ori gi nal , fáci l de entender e provocadora
de pens amentos . O que, então s ua teori a s egui u, poderi a vi r a s er da
Ingl aterra s e Catari na de Aragão não ti ves s e s i do tão obedi ente ao mari do que a
havi a rej ei tado, e ti ves s e al i ado-s e a E s panha ( de onde el a vei o, em pri mei ro
l ugar), e então comandado es s as forças combi nadas ao i ngl es es que ai nda
eram fi ei s a el a para batal har com o exérci to de Henri que VIII. E l a foi
acons el hada a fazê-l o mui tas vezes , e apenas el a recus ava a us ar armas
contra o s eu mari do. Catari na poderi a ter s i do capaz de es tabel ecer s ua
fi l hi nha, M ary, com s uces s o como herdei ra, em vez de dei xar Henri que ter
s ua manei ra em tudo; e a s egunda fi l ha de Henri que, Rai nha E l i zabeth,
nunca teri a nas ci do.
Nada de Rai nha E l i zabeth! Nada de Si r Wal ter Ral ei gh! Nada de
Impéri o Bri tâni co — provavel mente nada de Améri ca! Nada teri a aconteci do da
manei ra que ti nha aconteci do até os tempos modernos .
Uma feroz enorme pi l ha de l i vros de hi s tóri a pai rava s obre Bonni e a s ua
di rei ta. Uma i gual formi dável pi l ha s e debruçava a s ua es querda. A mai ori a
del es ti nha Pos t-i ts pres os nel es , onde el a havi a encontrado evi dênci as para
aj udá-l a em s ua teori a.
Havi a apenas um probl ema, Bonni e pens ou, s ua pequena cabel ei ra de
cachos avermel hados quas e des fal ecendo s obre a mes a da bi bl i oteca. O
rel atóri o era j us to para o di a depoi s de amanhã e tudo que el a havi a es cri to era
o tí tul o.
De al guma manei ra el a ti nha que combi nar os fatos des tes l i vros que
s uportavam evi dênci as que s us tentavam s ua teori a. Outros fatos es tavam
es perando por el a fora dal i na Web, repres entados agora pel a al egremente
aces a tel a do computador em s ua frente. M as como, como tornar coerente um
arti go del es em apenas doi s di as .
Cl aro, el a poderi a pedi r por uma extens ão. M as el a poderi a bem
i magi nar a cara do Sr. Tanner s e el a o fi zes s e. E l e a embaraçari a
i mpi edos amente na frente da cl as s e.
E u pos s o fi car doi s di as s em dormi r, Bonni e pens ou deci s i vamente.
Como s e des encadeada por s eus pens amentos , as l uzes da bi bl i oteca
l i gavam e des l i gavam e então repeti am o cí rcul o.
Oh, não! Já s ão dez horas ? E el a real mente preci s ava de cafeí na. Bonni e
j á es tava al cançando a bol s a ao s eu l ado, quando hes i tou.
Seus pres s enti mentos , como s empre, eram bons . O Sr. Breyer vei o
cami nhando pel os corredores , ol hando para as mes i nhas de es tudo na
es querda e di rei ta.
“Ora — Bonni e! Você conti nua aqui ?”
“Aparentemente, ” Bonni e di s s e com um ri s o nervos o. Tudo dependi a de
s ua habi l i dade de atuação agora.
“Bem, mas , a bi bl i oteca es tá fechando. Você não vi u as l uzes ?” Bonni e
havi a ouvi do di zer que o Sr. Breyer s empre s us s urra dentro da bi bl i oteca,
mes mo antes de abri r e depoi s de fechar. Agora el a podi a confi rmar que era
verdade.
“Sr. Breyer, eu gos tari a de l he pedi r um favor, ” Bonni e di s s e, ol hando
para el e o mai s comovente que el a podi a através de s eus ol hos cas tanhos .
“Que favor?” Agora o Sr. Breyer não es tava mai s s orri ndo.
“E u gos tari a, ” Bonni e l evantou-s e, o que pel o menos permi ti a que el a
vi s s e a face do Sr. Breyer, “de fi car na bi bl i oteca durante a noi te.”
Sr. Breyer es tava bal ançando a s ua cabeça.
“E u s i nto mui to Bonni e. M as a bi bl i oteca fecha as dez s em exceção.
Pens a que você é a úni ca a me pedi r i s s o?” Sr. Breyer s e endi rei tou, e
murmurou por um momento, como s e contas s e. “Porque você é o vi gés i mo quarto
al uno a me fazer es ta mes ma pergunta”. E l e pareci a ti rar al gum conforto da
preci s ão. E l e es tava pegando s ua mochi l a para entregar a el a. Bonni e
preci pi tadamente tomou-a, preocupada s e i ri a es pal har. “E eu di s s e para cada
um des s es que me perguntou o mes mo que i rei di zer a você: A bi bl i oteca
fecha as dez, mas amanhã é outro di a.”
“Não, para mi m não é!” Bonni e s enti u l ágri mas genuí nas fl uí rem em
s eus ol hos e bochechas . “Oh, Sr. Breyer, eu não i rei l á fora até a manhã. E u
fi carei trancada aqui ” — com todos os fantas mas e s ombras as s us tadoras , s ua
mente adi ci onou i nvol untari amente. — “mai s s egura que — qual quer coi s a,
até amanhã de manhã. Nada poderá me pegar.”
“M as , pens e na s ua pobre mãe—"
Bonni e s acudi u s ua cabeça. “E l a pens a que es tou na cas a de uma
ami ga.”
“Oh, mi nha nos s a” — s ob as cl aras l uzes da bi bl i oteca, Sr. Breyer
pareci a es tar cons i derando. E l e até mes mo s orri u. “Nós cos tumávamos fazer a
mes ma coi s a quando éramos cri anças , ” el e murmurou. “Di zer a um dos pai s
uma cas a e ao outro a pri mei ra. ‘Ál i bi dupl o’ nós chamávamos i s s o, ou ás vezes
‘es perteza dupl a.’” E l e es tava quas e radi ante.
“E ntão você me dei xará fi car?” Bonni e ol hou para el e pateti camente.
“O quê? Oh, não. Não. Nunca. E ra a coi s a mai s repreens í vel de s e fazer e
fomos capturados e cas ti gados por i s s o exaus ti vamente, ” Sr. Breyer di s s e,
parecendo como s e es ta fos s e uma remi ni s cênci a agradável como a outra.
“Não, Bonni e, ” Sr. Breyer di s s e, “E u tenho certeza de que você pode fazer
al guma pes qui s a quando es ti ver em cas a. Há mai s na i nternet do que há em
todos es s es l i vros j untos , ” E l e di s s e, movendo a mão aos l i vros que Bonni e
havi a es pal hado com notas em Pos t-i ts em favor de s ua teori a s obre Catari na de
Aragão. “M as você deve dei xar es ta bi bl i oteca ag ora. Imedi atamente! Já s ão
s ei s mi nutos após as dez de qual quer manei ra!” E l e pareci a horrori zado com o
s eu própri o atras o.
Tudo bem. Quando o pl ano A não dá certo, vamos ao pl ano B. “ Ok, Sr.
Breyer, você não pode cul par uma garota por tentar. M e dei xe apenas pegar
meu l ápi s , e meu boneco da s orte do E l mo — es te é um pequeno boneco de
pel úci a que Bonni e s empre l eva cons i go em expedi ções de es tudo, e exames , “
e eu i rei ao banhei ro, e i rei para cas a.”
“Os banhei ros es tão fechados , ” Sr. Breyer ol hou o ros to manchado por
l ágri mas de Bonni e des confortavel mente. “M as el es não trancam. E u s uponho
que você pos s a i r.”
“Obri gada, Sr. Breyer, ” Bonni e di s s e, ol hando para el e comoventemente
como s e es te favor fos s e tão i mportante quanto dei xá-l a fi car a noi te toda. E l a
col ocou a mochi l a s obre um ombro e dei xou a mes i nha de es tudo. E l a, al ém
di s s o, dei xou uma confus ão de papéi s amarrotados , es boços de l ápi s , e vel hos
copos de i s opor que el a s abi a que o Sr. Breyer não res i s ti ri a e ati rari a ao l i xo.
Al guns mi nutos depoi s , o al egre, “Boa noi te, Sr. Breyer, ” de Bonni e ecoou
pel a bi bl i oteca, s egui do pel o s om da porta da pequena bi bl i oteca fechando. Sr.
Breyer di s s e de vol ta, “Boa noi te, Bonni e.” E l e s e certi fi cou, contudo, enquanto
fechou a porta di antei ra da bi bl i oteca, que o carro verde bri l hante que Bonni e
s empre di ri gi a ti nha dei xado o es taci onamento.
Bonni e, que havi a s e es guei rado de vol ta após rui dos amente “i r embora”
para s ubi r mai s uma vez com s eu pé em um vas o no banhei ro femi ni no,
es perou as l uzes s e apagarem. Is s o exi gi a uma es péci e de coragem que el a
raramente era capaz de ati ngi r. E s tremecendo, com l ágri mas ai nda cai ndo por
debai xo de s uas pes tanas , el a i medi atamente quebrou a regra 1 do pl ano B de
l i gar a poderos a l anterna que el a ti nha na s ua mochi l a s em contar até
s es s enta. E ntão a es curi dão fi cou s uportável –quas e. M as el a s abi a a roti na do
Sr. Breyer por caus a das duas úl ti mas noi tes quando el a pos tava-s e no l ado de
fora da bi bl i oteca depoi s de es tudar, e el e i a para cas a como um rel ógi o
bi ol ógi co.
Logo que el a l i gou a l anterna tombou para fora do boxe e acendeu as
l uzes do banhei ro. Is s o a fez s e s enti r bem mel hor. E quando el a l i gou as
l uzes na área dos computadores na parte de trás da bi bl i oteca, el a s abi a que
es tava s al va.
Vá embora! Di s s e para uma preocupação que não dei xava a parte de trás
de s ua cabeça. Você cons egui u! Você es tá bem! Agora tudo o que você preci s a é
de um pouco de cafeí na... el a vas cul hou em s ua mochi l a uma garrafa térmi ca
que es tava total mente chei a do café mai s forte que el a era capaz de fazer a
parti r do amontoamento de col heres de cafés i ns tantâneos — e meteu doi s
Nada de Cochi l os para ter certeza enquanto tomava uma gol ada. Agora, você es tá
pronta para uma l onga, l onga noi te com es s es l i vros de referênci a. Bonni e
ti rou s eus s apatos , des bl oqueou s eu computador determi nada, e foi para o
trabal ho.

***

Lá fora, havi am duas s ombras curvadas s obre al go quebrado e i móvel no


chão.
“Você vê?” um del es di s s e com a voz rouca. “É mel hor i r onde as l i nhas do
Poder cruzam o chão. A carne é mai s fres ca.”
“Vej o, ” o s egundo di s s e, e s ua voz es tava gros s a porque s ua boca es tava
chei a de ...al guma coi s a. “O al i nhamento{1} dá Poder à força vi tal humana”
“Doce carne — e há uma mai s doce es perando l á dentro, ” ri u a voz rouca.
“E u conheço todas as regras des ta bi bl i oteca. A pequena rui va deve s ai r do
prédi o antes de amanhecer.”
Houve um ruí do. “Depoi s des s as mortes nós teremos que i r embora, ”
murmurou a s egunda voz. “E l es i rão nos caçar com cães ; el es nos farej arão.”
“E l es não i rão, ” a voz rouca res pondeu. “E l es podem nos farej ar, mas eu
comprei uma poção de erva que i rá confundi r os cães . É mui to s i mpl es — nós
s al pi caremos a es s ênci a forte quando nós chegarmos a uma mul ti dão. Depoi s
di s s o todos cami nham na porção — e o nari z dos cães fi ca s obrecarregado.”
A voz rui dos a deu uma grande gargal hada. “Você s abe tanto, i rmão! Você
s abe tanto s obre cães !”
“Agora cal e a boca e me dei xe comer em paz. Nós teremos que mover o
carro antes que s ej a tarde demai s . É s éri o.”
A voz rui dos a cal ou-s e. Is to é o mes mo não queri a di zer que ti nha uma
i nqui eta preocupação na parte de trás de s ua mente.
Is s o era es túpi do. E l es eram l obi s omens vagando l i vremente no mundo
humano, em uma ci dade em que ni nguém os conheci a, ni nguém ti nha
moti vo para temê-l os , e, al ém di s s o, ni nguém ti nha moti vos para s us pei tar o
que el es real mente eram.
E l es eram i nvencí vei s .

***
Apes ar do l uxo de afundar s eus dedos dos pés na gros s a pel úci a do
carpete ( pouco abai xo de um s i nal que di zi a que os SAPATOS DE VE M SE R
USADOS TODO O TE M PO), Bonni e teve um fraco s enti mento de mal -es tar
que não i a embora.
E l e não s abi a o que era. E l a s abi a — el a podi a senti r de al guma
manei ra — que não havi a ni nguém na bi bl i oteca. M as mes mo as s i m, no
fundo de s ua mente, el a es tava i nqui eta.
No fundo de s ua mente — ei , era i s s o! Toda aquel a es curi dão atrás del a.
Bonni e real mente, real mente odi ava es curi dão.
E l a conheci a mui to bem que as coi s as que el a poderi a i magi nar
poderi am s ai r del a. E mbora s ua mente raci onal tenha acei tado que não
exi s tem coi s as como vampi ros , bruxas , l obi s omens , e as s i m por di ante, não
ti nha tanta certeza s obre fantas mas . E l a havi a vi s to al guns fantas mas em
s ua vi da e era di fí ci l rej ei tá-l os como ves tí gi os de s onhos .
Você nunca deveri a ter pegado os l i vros de es pi ri tual i s mo, s ua mente a
repreendeu. E l es l he deram todo ti po de i dei a. Agora em al guma parte ocul ta
você real mente acredi ta que é ps í qui ca. Graças a Deus você não contou a
ni nguém. O que Carol i ne e M eredi th di ri am? O que Raymond, s eu atual
namorado, di ri a? O mai s i mportante, o que a Elena di ri a?
M as a Vovó M acLachl an, que s empre s abi a onde encontrar chaves e
control es de TV perdi dos e quem s empre s abi a quando o tel efone i ri a tocar —
el a havi a ol hado gravemente a mão de Bonni e em s ua úl ti ma vi s i ta s obre o
Atl ânti co.
“Uma vi da chei a de exci tação, ” el a havi a di to, l enta e pens ati vamente, “
mas não uma vi da de es tabi l i dade. E você tem a Vi s ão, mi nha garota. M ui to
mai s que qual quer M acLachl an antes de você. Adi ci onando os tal entos dos
M cCul l ough, e — “ E l a havi a ol hado acentuadamente para Bonni e, que com
treze anos de i dade preferi ri a mui to mai s es tar bri ncando com s eus ami gos ,
ou paquerando os garotos . “Você pode compreender o que vos es tou a fal ar,
meni na?"
Bonni e s acudi u s eu l argo cabel o rui vo, ol hando para ci ma para os s éri os
e vel hos ol hos ci nzas que normal mente bri l havam com encantamento s obre
s eus netos , ou encaravam paci fi camente uma di s tante pai s agem. Agora es s es
ol hos ci nzas es tavam pens ati vos , preocupados com Bonni e.
“Não, ” Vovó havi a di to, “Vós não compreende nada s obre i s s o agora. M as
você i rá, mi nha garota. E nquanto você ai nda for uma moci nha, você i rá.”
Bem, Bonni e i nterrompeu s ua própri a medi tação, eu não tenho tempo
para “compreender” aqui l o agora. E u tenho que “compreender “Catari na de
Aragão. E eu tenho que trabal har rápi do. E l a pegou um l i vro, e gi rou para a
pri mei ra nota de Pos t-It cor de ros a que encontrou.

***

As fi guras que pertenci am à voz rouca e À voz rui dos a es tavam dei tadas ,
fartos , mas preocupados em s uas mentes .
“E u gos tari a de ver aquel a garota de dentro daquel e prédi o ag ora,” a voz
rui dos a quei xou-s e.
Houve um s om de um gol pe afi ado.
“Você quer arrui nar tudo, depoi s de toda nos s a pes qui s a?” exi gi u a voz
rouca. “Você quer quebrar uma j anel a tal vez, aci onar um al arme? Bom vá em
frente — você não vai ter nenhuma aj uda de mi m. Eu serei apenas um ros to na
mul ti dão. Você i rá l evar toda a cul pa pel o rapaz e pel a garota.”
A voz rui dos a fungou, “E u não pretendi a fazer nada à bi bl i oteca. E u
apenas queri a farej ar nas portas e j anel as .”
Houve o s om de outra bofetada, e de um chorami ngo. “E u conheço os s eus
faros , ” rangeu os dentes a voz rouca. “E l es acabam em arranhamentos e
bi s bi l hotamentos e vi dros quebrados , e então você di z, “Bem j á que a j anel a j á
es tá quebrada, eu i rei entrar. Idi ota.”
Por um tempo não houve nenhum s om exceto de um os s o s endo
es ti l haçado e de uma s ugação enquanto a es s ênci a era removi da.
“Des s a banei ra dós dos meteremos em encrenca?” a voz rui dos a perguntou
fi nal mente. O gol pe para o dono do nari z não foi apenas dol oros o, mas
i ncapaci tante. Quem poderi a farej ar com o nari z chei o de s angue coagul ado? O
roedor o es fregou cui dados amente.
“E u ti nha avi s ado você e avi s ei ! Nós es taremos na próxi ma ci dade —
di abos , no próxi mo es tado antes de darem fal ta da garota. Nós teremos mui to
tempo para correr!”
Houve uma paus a e então a voz rui dos a di s s e l entamente, “M as —
quem vi rá abri r a bi bl i oteca? Há um al arme —"
“A mul her, s eu i di ota! E m di as de semana, o homem vem pri mei ro e abre
as portas . No fi mde semana a mul her vem e abre. Depoi s do amanhecer el a vi rá e
nós teremos ambas el a e a garota. Nós faremos a mul her abri r a porta;
l evamos à força el a e a garota para o nos s o carro. Vi vas ou mortas , el as vi rão
com a gente, e nós es taremos a s al vo em al gum l ugar di s tante antes que
al guém s i nta fal ta del as . Nas s extas -fei ras não há mui tos es tudantes que
vem di reto vi r à bi bl i oteca.”
Houve uma paus a. E ntão, quas e ti mi damente, o roedor di s s e, “Bas e s e
al guém fi er com a bul her?”
“Di vi di r e conqui s tar. Não s eri a a pri mei ra vez que nós pegaremos três .”
O ros nador es tava cl aramente cans ado de perguntas .
“Bas . . .”
“M as , mas , mas ! É mel hor s er uma boa ou eu i rei chutar o seu tras ei ro!”
Um momento de paus a, então, l entamente “Bas .... o homem trancou a
porta. E l e deve ter a mes ma chave que a bul her. Nós devemos s er capazes de
des l i gar o al arme. E ntão nos poderemos ter a garota por” — houve um s om
s ugadouro e de al go s endo bebi do, como um canudo al cançando o fundo de um
copo — “por horas . Agora. Nós poderí amos .... j ogar.”
Houve uma l onga paus a e então a rouca e ros nada voz fal ou novamente.
M as pareci a menos aborreci da, até mes mo um tanto menos i rri tante enquanto
res pondi a, “Não é uma má i dei a. Is s o pode s i gni fi car que nos teremos que
des i s ti r da mul her—"
“M as a garota!” O l obi s omem com a voz rui dos a arquej ou. “E l a s eri a tão
doce... e nós podemos j ogar no es curo...” Houve um s om de s al i va.
“Tudo certo! Tudo certo!” a voz rouca arquej ou. “M as pri mei ro nós temos
que encontrar as chaves , Sr. Fi gurão.”
“E u j á as encontrei !” O roedor gani u tri unfante. “ Foi as s i m que eu
bens ei s obre tudo i s s o. Nós deverí amos M udar?
“Nós fi caremos as s i m, parci al mente mudados , ” o ros nador di s s e e
gargal hou s ua ri s ada rouca. “Quando el a nos ver as s i m i rá fi car l ouca de
medo.”
O roedor ri u s ua bai xa e ros nada ri s ada. “Nós podemos bri ncar de
moci nho e bandi do. E l a i rá correr di reto para os nos s os braços .”
“E l a i rá gri tar, ” des pej ou o ros nador, “Gri tar e i mpl orar. Nenhuma aj uda
vi rá. Nenhuma aj uda.”
E l e tomou a chave do roedor e el es entraram qui etos e nas pontas dos pés
na bi bl i oteca. E ntão el e col ocou a chave na porta.

***
Ti que.
Bonni e não podi a ver nada, não cons egui a ouvi r nada da parte frontal da
bi bl i oteca, mas el a ti nha certeza de ter ouvi do um Ti que.
O que poderi a s i gni fi car? Não ti nha nenhuma l uz s endo i rradi ada; tanto
de i l umi nação s uperi or quanto da l anterna, e i s s o s eri a a pri mei ra coi s a que
um profes s or ou zel ador fari a, não s eri a? Li gar al gum ti po de l uz.
A menos que a pes s oa não tenha vi ndo as s egurar as regras da es col a. A
menos que tenham vi ndo por ela.
Bonni e não acredi tava em fantas mas , não real mente. M as em s ua
mente havi a centenas de portas fechadas , cada um dos quai s es conde um
bi cho papão. E l es eram bi chos -papões que el a havi a trancado por trás de portas
fi rmes quando era cri ança, mas à noi te — à noi te el es ti nham o cos tume de
s ai r.
As s i m como os própri os i ns ti ntos de E então Bonni e, como os de um gato.
Na verdade quando o bi cho papão des trancava aquel as portas e vi nha atrás
del a, el a s e tornava mai s ani mal que humana. E l a apenas dei xava s eus
i ns ti ntos l evarem-na onde el es queri am.
A i l umi nação s uperi or apagou.
E os i ns ti ntos de Bonni e, em doi s pul os , l evou-a dez pas s os para a
di rei ta. Bonni e cai u de quatro como um gato, agachando.
Alg uma coi sa pous ou em s ua cadei ra. E havi a es ti l haçado a cadei ra em
pedaços .
“E i , garota — venha por aqui . Há uma s aí da!” s us s urrou uma voz
humana. Na verdade, s oava como a de um bom garoto, não mui to mai s vel ho
que Bonni e. M as Bonni e ti nha um pres s enti mento — i s s o era mui ta
coi nci dênci a; que um bom garoto tenha vi ndo com um mons tro.
Rapi damente, de quatro, el a começou a fugi r da voz e da cadei ra. E l a
encontrou um canto es curo na s eção i nfanti l para s e proteger. Li gei ra e
s uavemente como a pri mavera brotando el a des l i zou para debai xo da mes a.
“Você—s eu mons tro, ” a genti l voz di zi a. “Leve-me! Apenas dei xe a garota
fora di s s o!”
“A carne é doce; ” entoou uma voz terrí vel —um s om como um roer de os s os .
“As s i m como o chei ro do medo tão perto.” E l e começou uma gargal hada i ns ana.
“E u não tenho medo de você, ” a genti l voz di s s e. E ntão outro s us pi ro,
“Venha cri ança. Si ga a mi nha voz.”
Bonni e não s e moveu. Não porque el a não confi ava na genti l voz—embora
não confi as s e. E l a não s e moveu porque não podi a. Seus es túpi dos mús cul os
congel aram no l ugar.
M eredi th es tava certa M eredi th es tava certa Por que M eredi th es tava
s empre certa M as quando el es encontrarem Bonni e, Bonni e s eri a uma pi l ha
de os s os pol i dos e rachados e M eredi th s ó s aberi a depoi s que Bonni e acabou
fi ngi ndo ter s e convenci do de que pas s ar a noi te na bi bl i oteca era uma i dei a
mui to, mui to es túpi da.
Bonni e era boa em fal ar rápi do — até para el a mes ma. Tudo i s s o pas s ou
por s ua mente antes dos ecos da genti l voz s e es vaí rem.
E l a es tava encravada na curva agora, embai xo da mes a, protegi da de três
l ados mas , ampl amente aberta no quarto l ado, E el a não ti nha nenhuma
arma.
Ti mi damente , como aranhas que el a envi ou apres s adas em mi s s ões na
di reção opos ta, el a manteve s eus dedos l onge del a. E l a s abi a que o Sr. Breyer e
a Srta. Kemp manti nham o que podi am ver na bi bl i oteca i macul ado.
E l a também s abi a que ambos eram mí opes e que havi a todo um tes ouro
de l i xo debai xo das mes as da bi bl i oteca.
Depoi s de um momento s ua aterrori zada mão di rei ta entrou em contato
com al go que rol ou l evemente e era al to e curvo e — oh, Deus , era apenas um
vel ho copo de pl ás ti co, um dos grandes , cl aro, M cDonal d’s Tamanho E xtra
Grande, mas o que fari a contra um i ni mi go? Cui dado! Ou você i rá senti r a fúri a do
meu copo de plásti co!
M as s ua trêmul a mão es querda deparou com uma des coberta real . Uma
régua. E não qual quer régua, uma de aço. Apres s adamente, el a s acudi u o
obj eto em s uas mãos , l ogo que a doce voz al cançou o fi m da mes a na s ua
di rei ta. “Rápi do, ” el e s us s urrou, ”pegue a mi nha mão ag ora.”
Não havi a manei ra de Bonni e pegar s ua mão, j amai s, mas em es peci al
não agora que a voz del e ti nha as s umi do uma pegaj os a e des agradável
qual i dade, como s e el e tentas s e não s al i var.
“Nós es tamos aqui i i i i i , ” di s s e uma voz rui dos a da es querda. Pareci a vi r
cada vez mai s perto e perto, quas e no mes mo pas s o que a voz genti l .
E então houve um s om vi ndo da mes a.
Ti que.
O barul ho s oou da di rei ta del a.
Ti que.
O barul ho s oou da es querda del a.
Como pedaços afi ados de os s os ou garras dando pancadas no topo da mes a.
Ti que.
Ti que. Ti que.
Os barul hos es tavam próxi mos .
Ok. Não havi a chance para Bonni e es capar da verdade agora. Havi a duas
coi sas no es curo com el a, e el as es tavam chegando perto e mai s perto, e el a mal
cons egui a ver fora entre as duas cadei ras i nfanti s que el a ti nha pas s ado
antes de fi car debai xo da mes a. Al guma coi s a es tava es tranha, el a percebeu
repenti namente. Quando el a l ançou-s e debai xo da mes a, el a não fora capaz de
ver de modo al gum—havi a s i do um cego i ns ti nto de fuga. Agora el a podi a ver,
ai nda que apenas vagamente, das j anel as al tas da bi bl i oteca. Is s o
s i gni fi cava que agora el a podi a turvamente ver a s aí da.
M as el a podi a apos tar que as duas coi s as podi am enxergar mui to
mel hor no es curo que el a. E l es s abi am exatamente onde el a es tava. E es s e
pres s enti mento foi as s us tadoramente confi rmado quando o próxi mo tique vei o
de trás de uma cadei ra—mai s bai xa que a mes a.
T ique.
E l es encontraram você.
T ique. T ique.
Ai nda mai s bai xo.
E l es podem ver você.
T ique. T ique. T ique.
E m um mi nuto el es vão ti rar você da s ua úni ca chance de fuga....
T ique. T ique. T ique...
“Sai a, ” a ‘genti l ’ voz di s s e, e agora não fi ngi a mai s s er genti l ., mas era
s i m ros nada e s al i vada. “Sai a e venha bri ncar... ou devemos i r aí e pegar você?”
CAI FORA! A mente de Bonni e gri tou para el a.
“E u conheço uns j ogos di verti dos que podemos j ogar j untos —"
CAI FORA AGORA!
Bonni e di s parou da abertura entre as cadei ras como um coel ho em um
campo. E nquanto el a o fazi a, el a l ançou fora as mãos de manei ra s el vagem,
hi s téri ca, s em s aber o que es perava fazer com o obj eto, mas empurrando para
fora de qual quer manei ra.
M eredi th havi a certa vez tentado expl i car para Bonni e que res pos tas de
pâni co como es s a ti nham um propós i to. Quando uma mente cons ci ente não
s abe o que fazer, el a recorre ao pâni co—experi mentando comportamentos que
uma mente s ã não experi mentari a. Is s o ocas i onal mente res ul tava na
des coberta de um novo e úti l comportamento, M eredi th di s s e. Bonni e nunca
havi a entendi do corretamente i s s o, mas agora el a es tava vendo i s s o em ação.
Quando Bonni e s ai u do es paço entre as cadei ras , el a gol peou o copo
pl ás ti co com toda s ua força para a es querda e aconteceu de pegar o l obi s omem
roedor com o s eu l ongo foci nho fechado. A força do gol pe de Bonni e pres s i onou o
pl ás ti co na mandí bul a do ani mal .
Com s ua mão di rei ta Bonni e deu um gol pe com toda a s ua força com a
régua de aço, acertando o l obi s omem ros nador bem no ol ho. E l e ui vou e recuou.
E ntão tudo fi cou branco.
Fi cou tudo branco porque al guém—um des s es doi s mons tros , Bonni e
pens ou—l i gou as l uzes . E l es não ti nham mai s nada a ganhar com a
es curi dão es tão el es acharam que s eri a mel hor mos trar s uas verdadei ras
formas .
Bonni e não pôde evi tar—não el a real mente não pôde evi tar— dar uma
es pi ada para trás para ver como era a verdadei ra forma del es .
E l es eram repugnantes . E el es eram cl aramente l obi s omens . Bonni e
achava que l obos eram boni tos e que al gumas pes s oas eram boni tas , mas a
cri atura que s e cons egue combi nando el es é abomi nável . Al ém de s erem
magros e pel udos com l ongas patas di antei ras e tras ei ras , s uas l i ndas faces
de l obo eram horrí vei s combi nadas com crâni os como os de humanos , e ol hos
que encaravam à frente, como os de uma pes s oa. E l es s us tentam-s e através
de um ti po de agachamento, mas Bonni e cons egui a afi rmar com uma ol hada
que el es eram fortes , fei tos para vel oci dade. Para caçar. Para matar.
Apenas pel o o momento, contudo, el es es tavam qui etos .
“Como você fez i s s o?” um del es exi gi u em uma voz rouca. E l e es tava
ol hando com o ol ho bom para i l umi nação s uperi or.
O outro não podi a di zer nada, embora uma generos a quanti dade de
es puma branca borbul has s e ao redor de s ua boca. Seu l ongo foci nho es tava
pres o profundamente no copo de pl ás ti co, e embora os mús cul os de s ua
mandí bul a es ti ves s em dado uma enorme al avancada para o cami nho opos to ,
para masti g á-lo, el es não eram nem um pouco efi ci entes para abrí -l o. E l e
pareci a um pouco bobo com o s eu foci nho no copo, tentando ranger os dentes e
morder o pl ás ti co, mas el e ai nda amedrontava o bas tante quando Bonni e vi u
uma ci nti l ante cor parda di ante de s eus ol hos .
Oh, não, não...
E s tava tudo acabado. E l a i a. . .
E l a i a des mai ar.
“Ti re des s e j ei to, i di ota, ” a voz rouca di s s e e o pri mei ro l obi s omem
cami nhou em di reção ao outro. E l e fechou s ua pata di antei ra em torno do copo e
puxou. E l e l evou al gum tempo, j á que que o copo ti nha fi cado es corregadi ço
com a s al i va das patadas s em dedão do pri mei ro l obi s omem .
Bonni e vi u as pes s oas que el a ama pas s ando em s ua frente em um
pi s car de ol hos ci nti l antes que era s eu campo de vi s ão: mamãe, e s ua i rmã
M ary, e M eredi th e E l ena é cl aro, e Carol i ne—mai s ou menos , e s eu
namorado Raymond, e M att Honeycutt, que é um zaguei ro tão boni ti nho com
s eu cabel o l oi ro, e Stefan, o l i ndo rapaz novo que a E l ena es tá tentando
conqui s tar, e o garoto que s enta atrás del a es s e ano em s oci ol ogi a...
“M ui to cl aro, ” recl amou o l obi s omem que es tava fi ngi ndo s er genti l .
“Quem l i gou a l uz?” el e ti nha ol hos azui s , o que fazi a del e ai nda mai s
abomi nável que o outro. Os ol hos azui s eram mui to cl aros para fi carem certos
em ci ma do foci nho de um l obo—a erronei dade di s s o a es tava enoj ando.
“Cal e a boca, ” ros nou o outro. E s te ti nha garras negras ao i nvés de unhas
e agora el e bateu uma des s as contra uma es tante de l i vros de metal para
produzi r o s om que Bonni e ouvi u antes .
T ique.
O ros to del e es tava horrendo por caus a do machucado que cortou um ol ho
quas e na metade e cobri u o tórax de s angue.
“Vá em frente e ol he, ” el e di s s e a Bonni e em s ua profunda e l enta rouca
voz. “E u j á es tou ci catri zando. Você não fez nada, mas me dei xou zangado, e eu
garanto para você que foi uma pés s i ma i dei a. Você i rá morrer. . .l entamente.
Você i rá i mplorar para mi m pel a morte antes de morrer.”
“Si m, s i m, es tá na hora de começar os j ogos , ” di s s e o outro l obi s omem,
não s oando mui to s ão em s eu des ej os o por s angue.
T ique. . .
“Devagar.”
Os doi s l obi s omens cami nharam na di reção del a.
T ique. . .
Os doi s l obi s omens deram outro pas s o.
“Dol oros o.”
T ique. . .
“M orte.”
E mbora todos os i ns ti ntos de Bonni e di s s es s em a el a que correr era
i núti l , el a vi rou para correr.
E i medi atamente foi capturada pel a ci ntura e manti da i móvel .

***

“Agora, agora, ” Damon di s s e e agarrou a fugi ti va donzel a de cabel os


vermel hos as s i m que el a começou a correr al ém da es tante onde el e es tava de
pé, dei xando s eus própri os ol hos noturnos aj us tando s e à l uz. E l es es tavam
bem agora, mas ti nham l evado um tempo. “Pronto, pronto.”
E l e s ai u, ai nda s egurando a garota, e então el e deu a todos ao redor um
bri l hante s orri s o, que el e i medi atamente apagou como uma vel a s endo
apagada com água. “Três pode s er uma mul ti dão, ” el e di s s e para a
amedrontada e des fal ecente garota em s eus braços , “mas quatro é o bas tante
para uma rodada de Bri dge, s i m?”
“Seu carrapato s angues s uga—" começou o l obi s omem ros nador, as s i m
que Damon des l i zou a des fal eci da garota cui dados amente em uma cadei ra,
es pal hando al guns papéi s na mes a para ter certeza que el a não machucari a a
cabeça s e el a des mai as s e. Traumati s mos crani anos podem s er peri gos o e
podem i nterferi r com as habi l i dades del a de admi rá-l o.
“Agora então, dei xe-me apenas preparar es s es doi s por um mi nuto, ”
Damon di s s e para a garota, adi ci onando, “Cão mal vado! Não! Sente!” para os
l obi s omens . E l e então graci os amente chegou atrás das cri aturas antes que
el as pudes s em s e mover e agarrou cada uma com uma mão no cangote. No
próxi mo i ns tante el e es tava arras tando el es porta a fora, onde l i qui dou-os com
um rápi do aperto no cangote. E l es retornaram as s uas formas humanas
depoi s di s s o, e em humanos des onros os e cabi s bai xos . Seus odores como
humanos eram quas e tão rui ns quanto s eus perfumes como l obi s omens , e
i s s o era di zer mui to. Damon cus pi u al gumas vezes l i mpou s ua boca, e
endi rei tou-s e e es fregou s eu s uéter de cas hmere preto antes de vol tar para
dentro para ver s ua donzel a.
E l a es tava fracamente tentando l evantar, s eus ol hos na régua de aço
ens anguentada no chão.
“Ora, ora. Pronto, pronto. Ora, pronto, ” Damon di s s e, i mpedi ndo el a de
chegar à régua. “Você fez um bom trabal ho com aqui l o, mas não preci s a mai s
del a. E l es es tão no céu dos cachorri nhos agora. Bem, i nferno dos cachorri nhos ,
mai s provável , mas você não preci s a s e preocupar com el es , i s s o é o pri nci pal .”
A donzel a, que era excepci onal mente del i ci os a e bel a e ti nha, para um
vampi ro, o mai s extraordi nári o as pecto de todos , um excepci onal mente l ongo e
del i cado pes coço, es tava ol hando para el e s enti mental mente. Is s o era bom,
que el a era pequena. Damon não s e i mportava mui to com garotas al tas por que
el e mes mo não era mui to al to. E l a al ém di s s o ti nha—você não poderi a evi tar
notar — ol hos parti cul amente grandes em s eu ros to em mol de de coração,
dando a el a a aparênci a de um gati nho. E l es eram ní ti dos ol hos cas tanhos ,
com um anel negro na parte externa da í ri s , e depoi s um anel cas tanho mui to
cl aro, como s e uma l uz es ti ves s e bri l hando através del es no mei o, e então
outro anel negro ao redor da pupi l a. Seu cabel o era da cor de um morango e
ondul ado s uavemente s obre s ua cabeça de uma manei ra que faz você pens ar
“fada”.
De modo geral , el a era um adorável ornamentozi nho, com fi nas vei as
azui s numa natural pel e trans l úci da.
Damon s orri u para el a, s em s e preocupar em es conder s eus l ongos
cani nos .
“Oooh, ” a donzel a arfou, abs orvendo Damon des de o cabel o s edos o e es curo
até os pés pri moros amente cal çados em uma ol hadel a de di l acerar coração.
“Oooooh. Deslumbrante.”
“M e des cul pe?
“E u qui s di zer: ooooh, você me salvou!”
“Bem, eu aj udei , ” Damon di s s e com um profundo e mui to fal s o s ens o de
modés ti a.
“Ooooooh, el es eram mons tros .”
“Bem, el es não s ão peri gos os agora, ” Damon di s s e.
“Ooooooh, el es i am me comer!”
Damon perguntou-s e s e el e deveri a gemer antes de fal ar da manei ra
que a garota fal ava. Tal vez fos s e al gum ti po de di al eto l ocal . E l e queri a dei xá-
l a confortável . “OOH!” E l e di s s e, um pouco mai s vi ol ento do que el e pretendi a,
e a garota s acudi u em s eus braços , s eus ol hos cas tanhos tornando-s e
enormes . “Si m, el es i am, ” el e concordou atentamente.
“Oh, meu Deus , ” di s s e a garota, es quecendo o “oooh” total mente. “Quem é
você? Você não ti rari a vantagem de uma garota des amparada numa hora des s as ,
ti rari a?” el a adi ci onou, e fechou s eus ol hos .
“Oh, bem, tal vez apenas um pouco, ” Damon di s s e j ovi al mente, ol hando
as adorávei s vei as l avandas no pes coço del a.
“Ooooooooh.”
Damon permaneceu ol hando des amparado para a donzel a, obs ervando
des confortavel mente que el a pes ava quas e nada em s eus braços , que s ua pel e
habi l i dos a ti nha o ful gor do bri l ho de bebê, e que de modo geral el a pareci a
mui to mai s com uma cri ança do que com uma donzel a afi nal de contas .
E l e l i mpou s ua garganta.
Os ol hos cas tanhos se abri ram. E l es não eram apenas
extraordi nari amente grandes , mas ao i nvés l argos s eparadamente, dando um
i nfanti l ol har à s ua dona.
“Si m?” el a di s s e, parecendo des apontada, o qual nada fazi a aos cani nos
de Damon.
“Ah, ” el e di s s e. E l e tentou conceder um pouco da maci ez da noi te à s ua
voz. “Hm. Você s abe o que es s as duas coi s as eram?”
“Oooooh, s i m. E l es eram oooooh l obi s omens .” E l a es tremeceu.
“E ntão você encontra mui tos l obi s omens por aqui ?”
“OooooooooooOOh! Não!”
“Ah, ” di s s e Damon, que s al tou um pouco no fi m des te l amento. “Bem.
E l es s ão defi ni ti vamente cri aturas da —"
“—ooooooh, noi te!”
“E , ah, você s abe conhece al guma cri atura da noi te?”
“Ooooh, l obi s omens e vampi ros e bruxas e fantas mas e demôni os e
s ucubus , e i ncubus {2} e maus el fos e duendes e, oooh, bi chos -papões e o
fantas ma das l uzes , e ooooooh—"
Damon pul ou o es tratégi co l amento. “Ok, entende i s s o, vol te para o
começo, o s egundo nome.”
Os ol hos cas tanhos s al taram e as pupi l as di l ataram com medo, então a
garota l ançou ol hares rápi dos ao redor da s al a e em di reção ao teto.
“Br-bruxas ?” el a gaguej ou. “E u conheço uma—conheci a uma—es s a não
era má afi nal . E l a era mi nha avó e el a s abi a quando el a es tava para morrer
porque el a me mandou meu pres ente de ani vers ári o um mês antes e o—"
“Pare!” di s s e Damon. A garota ti nha uma voz parti cul armente mel odi os a e
ouví -l a não era um grande des afi o—era como ouvi r um rouxi nol ou um
maçari co, mas el e ti nha que chegar ao s eu propós i to. “Bruxas era o tercei ro da
l i s ta, na verdade. Havi a al guma coi s a antes di s s o.”
“Não, ” a rui va di s s e, “Lobi s omens e bruxas e vamp—" E l a parou, col ocou
um pequeno e del i cado dedo s obre a s ua boca. “Vamp—pi ros ?” el a fi nal i zou,
com um pequeno trago no mei o da pal avra.
Damon s enti u al i vi o i ns tantâneo. E l es chegaram a al gum l ugar! E l e
s orri u novamente, bri l hantemente.
A garota com cabel os -de-morango ol hou para o s orri s o del e. E l a ol hou
para el e cui dados amente. Damon es tava fel i z por ter domi nado os des afi os
l i nguí s ti cos e manteve o s orri s o por bas tante tempo, quas e um s egundo
i ntei ro.
Jus to quando el e des fez o s orri s o, a rui va parou de exami ná-l o. Damon
s abi a quando el a o fez, preci s amente, j á que s eus cí l i os al voroçarem de uma
manei ra que s ua bi s avó teri a aprovado, s eu ros to tornou-s e branco como
mármore, e s eu corpo fi cou mol e, mandando s ua cabeça morango-encaracol ada
em um curs o de col i s ão com o chão de madei ra.
E ra preci s o refl exos s obrehumanos par agarrá-l a antes que s eu pequeno
corpo bates s e no chão, a cabeça pri mei ro, mas fel i zmente Damon ti nha i s s o.
E l e pegou a pequena rui va pas s ari nha quas e no i ns tante que el a começou a
cai r, agarrando el a ao redor de s ua mi nús cul a ci ntura e... mai s uma vez el es
es tavam como no i ní ci o, com el e s egurando el a, mas des ta vez a adi ção da
i ncons ci ênci a del a. E l e ol hou ao redor em bus ca de al go para col ocá-l a em
ci ma e es tava começando a fazer us o de uma mes a de es tudo quando os cí l i os
del a tremeram novamente, el a gemeu mol emente, e então acordou.
“Oooh, é apenas você—é você!” el a excl amou, i ndo da tranqui l i dade ao
terror em apenas um déci mo de s egundo. E l a l utou debi l mente para s ai r dos
braços del e. Uma vez que a meta del a i ri a fazê-l o parar de cos tas no chão,
Damon não dei xou que el a a al canças s e.
O cabel o vermel ho A rui va também es tava tateando s eu l ongo e del i cado
pes coço — um pes coço de bai l ari na, s e el e al guma vez ti ves s e vi s to um—
perfei to para o Lag o dos Ci snes—" E u s ou ...? Você...? Você j á...?” el a perguntou à
el e.
“Nunca. E u nunca ti rari a vantagem de uma donzel a dormi ndo.” Porque
eu não gos to de com carne fri a e não recepti va, Damon pens ou. O cal or, o
vi brante prazer, as s i m como a força de vi da de um excel ente banquete como
es s e era para s er res guardado, não di s pers o com el a dormi ndo.
A garota es tava pal pi tando nos braços del e agora como um ani mal feri do,
com o caçador bem perto. “Ao menos —você me s al vou—daquel es mons tros . Eles
teri am me torturado.”
Ol hando para el a, na manei ra que el a agarrava a pequena cruz dourada
em s eu pes coço, na manei ra que el a ol hou para ci ma para o céu que ai nda era
i l umi nado apenas pel a l uz da l ua, na manei ra que el a l evou uma mão em
s ua di reção como s e fos s e para pegar o i ntocável s al vador, Damon fi cou
es tupefato. Havi a al go de ... s urreal em todo aquel e momento.
E então el e percebeu que aqui l o era exatamente o que era i s s o.
Irreal i dade. E l a es tava fazendo um quadro, uma pi ntura em tel a. Um poderi a
até pens ar em um nome para i s s o faci l mente: A Donzel a e o Vampi ro, ou,
mai s poeti camente, O Úl ti mo Toque para a Luz. Se apenas , el e pens ou,
es cravi zado pel o que vi u em s ua mente, el a es ti ves s e us ando uma ondul ada
cami s ol a branca que es ti ves s e des l i zando pel a l ateral de um bri l hante ombro,
e a j anel a fos s e uma anti ga de madei ra arredondada. Que momento! Que
retrato! Que donzel a!
O úni co probl ema era que el a era uns doi s ou três anos mui to nova.
E moci onal mente. M ental mente.
Até mes mo, el e percebeu, com s ua magreza compri mi da contra el e tão
i nfl exí vel , fi s i camente.
E l e não j antava cri anças . E em nenhum cas o...
“Nes te momento o que é você es tá i magi nando que eu i rei fazer?” el e
perguntou a el a i roni camente.
E l a fechou s eus ol hos e s egurou s uas mãos s obre s eus s ei os . Uma atri z
nas ci da e uma namoradei ra s e el e al guma vez ti ves s e vi s to uma. “Tomar—
meu s angue, ” el a di s s e em um tom de parti r coração de humi l de acei tação.
“E nes te momento quanto você i magi na que eu es tej a preci s ando?”
“Quantos quarti l hos {3} de s angue há na corrente s anguí nea?” Sua
donzel a es queceu-s e de parecer como uma vi rgem s acri fi cada e col ocou uma
arti cul ação em uma covi nha em uma bochecha, como s e para es fregá-l a
profundamente. “Heh, ” el a di s s e embaraçada, o âni mo i nterrompi do, “E u não
s ei .”
“Bem, eu nem ao menos preci s o de um quarti l ho di s s o, ” Damon di s s e,
s enti ndo-s e parti cul armente decepci onado. “E de qual quer manei ra, eu não
ti rarei i s s o de você.”
“Você não vai !” a donzel a excl amou i ndi gnada. “Por que não? Somente
porque M eredi th e Carol i ne e E l ena todas têm mai s —mai s ...”—el a es tava
traçando uma es péci e de ampul heta com ambas as mãos —" M ai s no topo, j á?
Eu estou ganhando i s s o também! Eu compl etei dezes s ete anos a doi s di as atrás !
Se você me vi s s e ves ti da apropri adamente, você s aberi a!”
Agora o âni mo es tava compl etamente arrui nado, para Damon. E ai nda
as s i m el e —el e de j ei to al gum dei xari a qual quer outra i mpens ada cri atura
da noi te fazer uma refei ção del a agora que el e havi a s al vado el a.
“Junte as s uas coi s as , ” el e di s s e de mau humor.
“Por quê?” A donzel a des pej ou de vol ta, des afi ando.
“Porque eu l evarei você para cas a, s ua pequena l ouca i di ota. O que você
es tava fazendo s ozi nha em um i mens o prédi o como es s e onde ni nguém vi ve?”
“E u es tava es tudando! E u tenho um trabal ho!”
“Bem, s e não fos s e por mi m, você es tari a es tudando na vi da após a morte
agora e não s e es queça di s s o.”
“Bem, eu não me i mporto!” a donzel a—não, a pequena g arota di s s e,
começando a chorar. “Você não—s ol uço— conhece meu profes s or de hi s tóri a—
s ol uço. E l e ri u de mi m—s ol uço—na frente de todos !”
“E s tes s ão o pi or ti po, ” Damon di s s e, l embrando de s ua humi l hação por
anos do Si gnore Lucca. “E s empre depoi s de você ter i do à uma fes ta e s ua
cabeça es tar doendo.”
“Oh, você entende, ” a garota vi rou-s e para el e, s ol uçando, e col ocando s ua
cabeça nos ombros del e.
“Que perí odo você es tá procurando? E que paí s ?” Damon di s s e, um
pequeno ri s co em s ua boca l evantando.
“Ingl aterra e E s panha, em torno de 1533—os anos antes , os anos depoi s .”
“Bem, o que você s abe?” Damon di s s e, mai s uma vez rel uzi ndo o s eu
mai s bri l hante s orri s o –aquel e que trans formava garotas em poças trêmul as
—ao redor da s al a. “E u acredi to que eu poderi a s er hábi l para aj udar você com
i s s o. Vej a eu es tava por l á nes ta época—mai s ou menos —e o que eu não vi eu
ouvi através de boatos . E u s empre di go que s e não val e à pena fofocar s obre
i s s o, então não aconteceu.”

***

Amanhecendo. Bonni e, mai s ou menos s onâmbul a, es tava s endo


aj udada para fora de s eu carro e a mochi l a apertada em s eus braços .
“Agora l embre-s e de es tar s urpres a quando el es encontrarem três
pes s oas mortas na bi bl i oteca—es peci al mente o pobre s uj ei to que el es
trans formaram em uma pi l ha de os s os .”
Bonni e es tremeceu e s eus ol hos abri ram-s e cas tanhos e s enti mentai s .
“Você me s al vou de ter aconteci do a mes ma coi s a comi go.” E l a pareci a com um
pequeno pás s aro vermel ho, com enl ameada pl umagem vermel ha es tendi da
para ci ma por todo o s eu cabel o.
“Bem— não s e preocupe s obre i s s o, ” o garoto di s s e, mai s uma vez
tentando parecer modes to. “E l embre-s e de di gi tar todas as partes que eu
es crevi , mai s não s e s urpreenda do por que você es tá fazendo i s s o. Is s o é
necessári o.”
“Mui to neces s ári o, ” Bonni e concordou em um res mungo, e então el es
es tavam na porta da frente del a. “M ui to obri gada—oh, mui to mesmo!” Depoi s di s s o
el a fi cou na ponta dos pés , fechou s eus ol hos e mi rou s eus l ábi os no garoto
s em medi r a di s tânci a.
Houve uma l onga paus a e então o mai s l eve, quente e trêmul o acari ci ar
de l ábi os s obre os del a. Foi o mai s doce bei j o que el a j amai s teve—e o mai s
s exy.
“Bem, boa noi te, então—pas s ari nha, ” a voz di s s e e Bonni e abri u os ol hos
para ol har l onga e profundamente dentro das compreens í vei s pi s ci nas
negras , e então el a es tava s ozi nha. Compl etamente s ozi nha. Por al guma razão
el a ol hou em vol ta e confi rmou i s s o. Lá es tava o carro del a, ordenado e
paral el amente es taci onado—el a es tava pegando o j ei to di s s o—mas el a es tava
s ozi nha e ... e ... bem, cl aro que el a es tava s ozi nha! E l a ti nha dado um j ei to
ni s s o—de es tudar à noi te s ozi nha na Bi bl i oteca Robert E . Lee, e nada fora do
s eu normal aconteceu. Cl aro, ti nha l he dado medo ver o carro do Sr. M eyer em
s ua cas ual vaga no es taci onamento, mas el e deveri a es tar s ubs ti tui ndo Sra.
Kemp—e começando a chegar notavel mente mai s cedo, também.
Apes ar de tudo, el a ti nha ti do i nacredi tável boa s orte de não ter es barrado
em nenhum dos bi bl i otecári os !
Agora el a não poderi a es perar para contar a E l ena e M eredi th e Carol i ne
o que el a havi a fei to. Tudo s ozi nha! E l a mes ma mal cons egui a acredi tar
ni s s o! E l a afagou a s ua mochi l a. M as aqui es tava a prova. A Consci ênci a da uma
Rai nha era o mel hor trabal ho de hi s tóri a que el a j á havi a es cri to e el a es tava
i ndo pas s ar o di a todo preenchendo as partes do es boço. Is s o poderi a até dar à
el a um A!
Al guma coi s a profundamente no fundo de s ua cabeça di s s e a el a para
dar uma ol hada atrás del a.
E l a ol hou, mas não vi u nada mai s que um magní fi co corvo preto voando
de uma gal ho para o di a amanhecendo.
***

Damon el evou s e nos ares para ci ma e fora, ol hando a vi zi nhança tornar-


s e um retal ho debai xo del e, e s ob i s s o, para ol hos atentos ao Poder, o
al i nhamento que cruzava e re-cruzava aqui , s eduzi ndo todo ti po de s eres ,
des s es repugnantes l obi s omens ao s eu i rmãozi nho Stefan.
A razão para Damon es tar rodando agora era s i mpl es : el e es tava com
fome. E l e ti nha s i do hábi l em não ter expl orado as vei as da pequena rui va
pas s ari nha. E l a era s i mpl es mente mui to j ovem, mui to—i nocente—para s er
mordi da ao acas o daquel e j ei to.
E , di abos , a des pei to—há!—de ter pas s ado uma noi te i ntei ra com el a,
el e nem ao menos perguntou o s eu nome. E l e provavel mente nunca s aberi a—
não, es pere! E l a es creveu naquel e pri mei ro pedaço de papel . O tí tul o da
pági na, el a ti nha chamado i s s o. O s obrenome era es cocês ou i rl andês ou
al guma coi s a que el e não cons egui a l embrar, mas o pri mei ro nome el e
l embrava.
E ra Bonni e.
Doce pás s aro cantador Bonni e, pens ou Damon, fazendo a vol ta e
ci rcul ando para o outro l ado.
Que pena que el e nunca mai s a veri a de novo.

Fim
E s te ePub foi cri ado em Feverei ro de 2014 por
LeY tor
Tendo como bas e a tradução em Pdf de
Br una Santos (Comunidade T r aduções de Livr os)
{1} No ori gi nal l ey-l i nes , referente a al i nhamentos hi potéti cos de um número

de l ugares geografi camente i nteres s antes , como monumentos e magál i tos


anti gos .
{2} É um demôni o que toma a forma de uma mul her mui to atraente para

s eduzi r os homens ( embora a parte atraente s ej a uma i nvenção moderna,


hi s tori camente s uccubi s s ão mui to fei os ), em s onhos de ter rel ações s exuai s .
Seu homól ogo mas cul i no é i ncubus quando o demôni o mas cul i no s eduz a
mul her adormeci da.
{3} M edi da de capaci dade que equi val e a 0, 57 l i tros .

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