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Sobre a obra:
Sobre nós:
CONTOS de
DIÁRIOS do
VAMPIRO
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Apes ar do l uxo de afundar s eus dedos dos pés na gros s a pel úci a do
carpete ( pouco abai xo de um s i nal que di zi a que os SAPATOS DE VE M SE R
USADOS TODO O TE M PO), Bonni e teve um fraco s enti mento de mal -es tar
que não i a embora.
E l e não s abi a o que era. E l a s abi a — el a podi a senti r de al guma
manei ra — que não havi a ni nguém na bi bl i oteca. M as mes mo as s i m, no
fundo de s ua mente, el a es tava i nqui eta.
No fundo de s ua mente — ei , era i s s o! Toda aquel a es curi dão atrás del a.
Bonni e real mente, real mente odi ava es curi dão.
E l a conheci a mui to bem que as coi s as que el a poderi a i magi nar
poderi am s ai r del a. E mbora s ua mente raci onal tenha acei tado que não
exi s tem coi s as como vampi ros , bruxas , l obi s omens , e as s i m por di ante, não
ti nha tanta certeza s obre fantas mas . E l a havi a vi s to al guns fantas mas em
s ua vi da e era di fí ci l rej ei tá-l os como ves tí gi os de s onhos .
Você nunca deveri a ter pegado os l i vros de es pi ri tual i s mo, s ua mente a
repreendeu. E l es l he deram todo ti po de i dei a. Agora em al guma parte ocul ta
você real mente acredi ta que é ps í qui ca. Graças a Deus você não contou a
ni nguém. O que Carol i ne e M eredi th di ri am? O que Raymond, s eu atual
namorado, di ri a? O mai s i mportante, o que a Elena di ri a?
M as a Vovó M acLachl an, que s empre s abi a onde encontrar chaves e
control es de TV perdi dos e quem s empre s abi a quando o tel efone i ri a tocar —
el a havi a ol hado gravemente a mão de Bonni e em s ua úl ti ma vi s i ta s obre o
Atl ânti co.
“Uma vi da chei a de exci tação, ” el a havi a di to, l enta e pens ati vamente, “
mas não uma vi da de es tabi l i dade. E você tem a Vi s ão, mi nha garota. M ui to
mai s que qual quer M acLachl an antes de você. Adi ci onando os tal entos dos
M cCul l ough, e — “ E l a havi a ol hado acentuadamente para Bonni e, que com
treze anos de i dade preferi ri a mui to mai s es tar bri ncando com s eus ami gos ,
ou paquerando os garotos . “Você pode compreender o que vos es tou a fal ar,
meni na?"
Bonni e s acudi u s eu l argo cabel o rui vo, ol hando para ci ma para os s éri os
e vel hos ol hos ci nzas que normal mente bri l havam com encantamento s obre
s eus netos , ou encaravam paci fi camente uma di s tante pai s agem. Agora es s es
ol hos ci nzas es tavam pens ati vos , preocupados com Bonni e.
“Não, ” Vovó havi a di to, “Vós não compreende nada s obre i s s o agora. M as
você i rá, mi nha garota. E nquanto você ai nda for uma moci nha, você i rá.”
Bem, Bonni e i nterrompeu s ua própri a medi tação, eu não tenho tempo
para “compreender” aqui l o agora. E u tenho que “compreender “Catari na de
Aragão. E eu tenho que trabal har rápi do. E l a pegou um l i vro, e gi rou para a
pri mei ra nota de Pos t-It cor de ros a que encontrou.
***
As fi guras que pertenci am à voz rouca e À voz rui dos a es tavam dei tadas ,
fartos , mas preocupados em s uas mentes .
“E u gos tari a de ver aquel a garota de dentro daquel e prédi o ag ora,” a voz
rui dos a quei xou-s e.
Houve um s om de um gol pe afi ado.
“Você quer arrui nar tudo, depoi s de toda nos s a pes qui s a?” exi gi u a voz
rouca. “Você quer quebrar uma j anel a tal vez, aci onar um al arme? Bom vá em
frente — você não vai ter nenhuma aj uda de mi m. Eu serei apenas um ros to na
mul ti dão. Você i rá l evar toda a cul pa pel o rapaz e pel a garota.”
A voz rui dos a fungou, “E u não pretendi a fazer nada à bi bl i oteca. E u
apenas queri a farej ar nas portas e j anel as .”
Houve o s om de outra bofetada, e de um chorami ngo. “E u conheço os s eus
faros , ” rangeu os dentes a voz rouca. “E l es acabam em arranhamentos e
bi s bi l hotamentos e vi dros quebrados , e então você di z, “Bem j á que a j anel a j á
es tá quebrada, eu i rei entrar. Idi ota.”
Por um tempo não houve nenhum s om exceto de um os s o s endo
es ti l haçado e de uma s ugação enquanto a es s ênci a era removi da.
“Des s a banei ra dós dos meteremos em encrenca?” a voz rui dos a perguntou
fi nal mente. O gol pe para o dono do nari z não foi apenas dol oros o, mas
i ncapaci tante. Quem poderi a farej ar com o nari z chei o de s angue coagul ado? O
roedor o es fregou cui dados amente.
“E u ti nha avi s ado você e avi s ei ! Nós es taremos na próxi ma ci dade —
di abos , no próxi mo es tado antes de darem fal ta da garota. Nós teremos mui to
tempo para correr!”
Houve uma paus a e então a voz rui dos a di s s e l entamente, “M as —
quem vi rá abri r a bi bl i oteca? Há um al arme —"
“A mul her, s eu i di ota! E m di as de semana, o homem vem pri mei ro e abre
as portas . No fi mde semana a mul her vem e abre. Depoi s do amanhecer el a vi rá e
nós teremos ambas el a e a garota. Nós faremos a mul her abri r a porta;
l evamos à força el a e a garota para o nos s o carro. Vi vas ou mortas , el as vi rão
com a gente, e nós es taremos a s al vo em al gum l ugar di s tante antes que
al guém s i nta fal ta del as . Nas s extas -fei ras não há mui tos es tudantes que
vem di reto vi r à bi bl i oteca.”
Houve uma paus a. E ntão, quas e ti mi damente, o roedor di s s e, “Bas e s e
al guém fi er com a bul her?”
“Di vi di r e conqui s tar. Não s eri a a pri mei ra vez que nós pegaremos três .”
O ros nador es tava cl aramente cans ado de perguntas .
“Bas . . .”
“M as , mas , mas ! É mel hor s er uma boa ou eu i rei chutar o seu tras ei ro!”
Um momento de paus a, então, l entamente “Bas .... o homem trancou a
porta. E l e deve ter a mes ma chave que a bul her. Nós devemos s er capazes de
des l i gar o al arme. E ntão nos poderemos ter a garota por” — houve um s om
s ugadouro e de al go s endo bebi do, como um canudo al cançando o fundo de um
copo — “por horas . Agora. Nós poderí amos .... j ogar.”
Houve uma l onga paus a e então a rouca e ros nada voz fal ou novamente.
M as pareci a menos aborreci da, até mes mo um tanto menos i rri tante enquanto
res pondi a, “Não é uma má i dei a. Is s o pode s i gni fi car que nos teremos que
des i s ti r da mul her—"
“M as a garota!” O l obi s omem com a voz rui dos a arquej ou. “E l a s eri a tão
doce... e nós podemos j ogar no es curo...” Houve um s om de s al i va.
“Tudo certo! Tudo certo!” a voz rouca arquej ou. “M as pri mei ro nós temos
que encontrar as chaves , Sr. Fi gurão.”
“E u j á as encontrei !” O roedor gani u tri unfante. “ Foi as s i m que eu
bens ei s obre tudo i s s o. Nós deverí amos M udar?
“Nós fi caremos as s i m, parci al mente mudados , ” o ros nador di s s e e
gargal hou s ua ri s ada rouca. “Quando el a nos ver as s i m i rá fi car l ouca de
medo.”
O roedor ri u s ua bai xa e ros nada ri s ada. “Nós podemos bri ncar de
moci nho e bandi do. E l a i rá correr di reto para os nos s os braços .”
“E l a i rá gri tar, ” des pej ou o ros nador, “Gri tar e i mpl orar. Nenhuma aj uda
vi rá. Nenhuma aj uda.”
E l e tomou a chave do roedor e el es entraram qui etos e nas pontas dos pés
na bi bl i oteca. E ntão el e col ocou a chave na porta.
***
Ti que.
Bonni e não podi a ver nada, não cons egui a ouvi r nada da parte frontal da
bi bl i oteca, mas el a ti nha certeza de ter ouvi do um Ti que.
O que poderi a s i gni fi car? Não ti nha nenhuma l uz s endo i rradi ada; tanto
de i l umi nação s uperi or quanto da l anterna, e i s s o s eri a a pri mei ra coi s a que
um profes s or ou zel ador fari a, não s eri a? Li gar al gum ti po de l uz.
A menos que a pes s oa não tenha vi ndo as s egurar as regras da es col a. A
menos que tenham vi ndo por ela.
Bonni e não acredi tava em fantas mas , não real mente. M as em s ua
mente havi a centenas de portas fechadas , cada um dos quai s es conde um
bi cho papão. E l es eram bi chos -papões que el a havi a trancado por trás de portas
fi rmes quando era cri ança, mas à noi te — à noi te el es ti nham o cos tume de
s ai r.
As s i m como os própri os i ns ti ntos de E então Bonni e, como os de um gato.
Na verdade quando o bi cho papão des trancava aquel as portas e vi nha atrás
del a, el a s e tornava mai s ani mal que humana. E l a apenas dei xava s eus
i ns ti ntos l evarem-na onde el es queri am.
A i l umi nação s uperi or apagou.
E os i ns ti ntos de Bonni e, em doi s pul os , l evou-a dez pas s os para a
di rei ta. Bonni e cai u de quatro como um gato, agachando.
Alg uma coi sa pous ou em s ua cadei ra. E havi a es ti l haçado a cadei ra em
pedaços .
“E i , garota — venha por aqui . Há uma s aí da!” s us s urrou uma voz
humana. Na verdade, s oava como a de um bom garoto, não mui to mai s vel ho
que Bonni e. M as Bonni e ti nha um pres s enti mento — i s s o era mui ta
coi nci dênci a; que um bom garoto tenha vi ndo com um mons tro.
Rapi damente, de quatro, el a começou a fugi r da voz e da cadei ra. E l a
encontrou um canto es curo na s eção i nfanti l para s e proteger. Li gei ra e
s uavemente como a pri mavera brotando el a des l i zou para debai xo da mes a.
“Você—s eu mons tro, ” a genti l voz di zi a. “Leve-me! Apenas dei xe a garota
fora di s s o!”
“A carne é doce; ” entoou uma voz terrí vel —um s om como um roer de os s os .
“As s i m como o chei ro do medo tão perto.” E l e começou uma gargal hada i ns ana.
“E u não tenho medo de você, ” a genti l voz di s s e. E ntão outro s us pi ro,
“Venha cri ança. Si ga a mi nha voz.”
Bonni e não s e moveu. Não porque el a não confi ava na genti l voz—embora
não confi as s e. E l a não s e moveu porque não podi a. Seus es túpi dos mús cul os
congel aram no l ugar.
M eredi th es tava certa M eredi th es tava certa Por que M eredi th es tava
s empre certa M as quando el es encontrarem Bonni e, Bonni e s eri a uma pi l ha
de os s os pol i dos e rachados e M eredi th s ó s aberi a depoi s que Bonni e acabou
fi ngi ndo ter s e convenci do de que pas s ar a noi te na bi bl i oteca era uma i dei a
mui to, mui to es túpi da.
Bonni e era boa em fal ar rápi do — até para el a mes ma. Tudo i s s o pas s ou
por s ua mente antes dos ecos da genti l voz s e es vaí rem.
E l a es tava encravada na curva agora, embai xo da mes a, protegi da de três
l ados mas , ampl amente aberta no quarto l ado, E el a não ti nha nenhuma
arma.
Ti mi damente , como aranhas que el a envi ou apres s adas em mi s s ões na
di reção opos ta, el a manteve s eus dedos l onge del a. E l a s abi a que o Sr. Breyer e
a Srta. Kemp manti nham o que podi am ver na bi bl i oteca i macul ado.
E l a também s abi a que ambos eram mí opes e que havi a todo um tes ouro
de l i xo debai xo das mes as da bi bl i oteca.
Depoi s de um momento s ua aterrori zada mão di rei ta entrou em contato
com al go que rol ou l evemente e era al to e curvo e — oh, Deus , era apenas um
vel ho copo de pl ás ti co, um dos grandes , cl aro, M cDonal d’s Tamanho E xtra
Grande, mas o que fari a contra um i ni mi go? Cui dado! Ou você i rá senti r a fúri a do
meu copo de plásti co!
M as s ua trêmul a mão es querda deparou com uma des coberta real . Uma
régua. E não qual quer régua, uma de aço. Apres s adamente, el a s acudi u o
obj eto em s uas mãos , l ogo que a doce voz al cançou o fi m da mes a na s ua
di rei ta. “Rápi do, ” el e s us s urrou, ”pegue a mi nha mão ag ora.”
Não havi a manei ra de Bonni e pegar s ua mão, j amai s, mas em es peci al
não agora que a voz del e ti nha as s umi do uma pegaj os a e des agradável
qual i dade, como s e el e tentas s e não s al i var.
“Nós es tamos aqui i i i i i , ” di s s e uma voz rui dos a da es querda. Pareci a vi r
cada vez mai s perto e perto, quas e no mes mo pas s o que a voz genti l .
E então houve um s om vi ndo da mes a.
Ti que.
O barul ho s oou da di rei ta del a.
Ti que.
O barul ho s oou da es querda del a.
Como pedaços afi ados de os s os ou garras dando pancadas no topo da mes a.
Ti que.
Ti que. Ti que.
Os barul hos es tavam próxi mos .
Ok. Não havi a chance para Bonni e es capar da verdade agora. Havi a duas
coi sas no es curo com el a, e el as es tavam chegando perto e mai s perto, e el a mal
cons egui a ver fora entre as duas cadei ras i nfanti s que el a ti nha pas s ado
antes de fi car debai xo da mes a. Al guma coi s a es tava es tranha, el a percebeu
repenti namente. Quando el a l ançou-s e debai xo da mes a, el a não fora capaz de
ver de modo al gum—havi a s i do um cego i ns ti nto de fuga. Agora el a podi a ver,
ai nda que apenas vagamente, das j anel as al tas da bi bl i oteca. Is s o
s i gni fi cava que agora el a podi a turvamente ver a s aí da.
M as el a podi a apos tar que as duas coi s as podi am enxergar mui to
mel hor no es curo que el a. E l es s abi am exatamente onde el a es tava. E es s e
pres s enti mento foi as s us tadoramente confi rmado quando o próxi mo tique vei o
de trás de uma cadei ra—mai s bai xa que a mes a.
T ique.
E l es encontraram você.
T ique. T ique.
Ai nda mai s bai xo.
E l es podem ver você.
T ique. T ique. T ique.
E m um mi nuto el es vão ti rar você da s ua úni ca chance de fuga....
T ique. T ique. T ique...
“Sai a, ” a ‘genti l ’ voz di s s e, e agora não fi ngi a mai s s er genti l ., mas era
s i m ros nada e s al i vada. “Sai a e venha bri ncar... ou devemos i r aí e pegar você?”
CAI FORA! A mente de Bonni e gri tou para el a.
“E u conheço uns j ogos di verti dos que podemos j ogar j untos —"
CAI FORA AGORA!
Bonni e di s parou da abertura entre as cadei ras como um coel ho em um
campo. E nquanto el a o fazi a, el a l ançou fora as mãos de manei ra s el vagem,
hi s téri ca, s em s aber o que es perava fazer com o obj eto, mas empurrando para
fora de qual quer manei ra.
M eredi th havi a certa vez tentado expl i car para Bonni e que res pos tas de
pâni co como es s a ti nham um propós i to. Quando uma mente cons ci ente não
s abe o que fazer, el a recorre ao pâni co—experi mentando comportamentos que
uma mente s ã não experi mentari a. Is s o ocas i onal mente res ul tava na
des coberta de um novo e úti l comportamento, M eredi th di s s e. Bonni e nunca
havi a entendi do corretamente i s s o, mas agora el a es tava vendo i s s o em ação.
Quando Bonni e s ai u do es paço entre as cadei ras , el a gol peou o copo
pl ás ti co com toda s ua força para a es querda e aconteceu de pegar o l obi s omem
roedor com o s eu l ongo foci nho fechado. A força do gol pe de Bonni e pres s i onou o
pl ás ti co na mandí bul a do ani mal .
Com s ua mão di rei ta Bonni e deu um gol pe com toda a s ua força com a
régua de aço, acertando o l obi s omem ros nador bem no ol ho. E l e ui vou e recuou.
E ntão tudo fi cou branco.
Fi cou tudo branco porque al guém—um des s es doi s mons tros , Bonni e
pens ou—l i gou as l uzes . E l es não ti nham mai s nada a ganhar com a
es curi dão es tão el es acharam que s eri a mel hor mos trar s uas verdadei ras
formas .
Bonni e não pôde evi tar—não el a real mente não pôde evi tar— dar uma
es pi ada para trás para ver como era a verdadei ra forma del es .
E l es eram repugnantes . E el es eram cl aramente l obi s omens . Bonni e
achava que l obos eram boni tos e que al gumas pes s oas eram boni tas , mas a
cri atura que s e cons egue combi nando el es é abomi nável . Al ém de s erem
magros e pel udos com l ongas patas di antei ras e tras ei ras , s uas l i ndas faces
de l obo eram horrí vei s combi nadas com crâni os como os de humanos , e ol hos
que encaravam à frente, como os de uma pes s oa. E l es s us tentam-s e através
de um ti po de agachamento, mas Bonni e cons egui a afi rmar com uma ol hada
que el es eram fortes , fei tos para vel oci dade. Para caçar. Para matar.
Apenas pel o o momento, contudo, el es es tavam qui etos .
“Como você fez i s s o?” um del es exi gi u em uma voz rouca. E l e es tava
ol hando com o ol ho bom para i l umi nação s uperi or.
O outro não podi a di zer nada, embora uma generos a quanti dade de
es puma branca borbul has s e ao redor de s ua boca. Seu l ongo foci nho es tava
pres o profundamente no copo de pl ás ti co, e embora os mús cul os de s ua
mandí bul a es ti ves s em dado uma enorme al avancada para o cami nho opos to ,
para masti g á-lo, el es não eram nem um pouco efi ci entes para abrí -l o. E l e
pareci a um pouco bobo com o s eu foci nho no copo, tentando ranger os dentes e
morder o pl ás ti co, mas el e ai nda amedrontava o bas tante quando Bonni e vi u
uma ci nti l ante cor parda di ante de s eus ol hos .
Oh, não, não...
E s tava tudo acabado. E l a i a. . .
E l a i a des mai ar.
“Ti re des s e j ei to, i di ota, ” a voz rouca di s s e e o pri mei ro l obi s omem
cami nhou em di reção ao outro. E l e fechou s ua pata di antei ra em torno do copo e
puxou. E l e l evou al gum tempo, j á que que o copo ti nha fi cado es corregadi ço
com a s al i va das patadas s em dedão do pri mei ro l obi s omem .
Bonni e vi u as pes s oas que el a ama pas s ando em s ua frente em um
pi s car de ol hos ci nti l antes que era s eu campo de vi s ão: mamãe, e s ua i rmã
M ary, e M eredi th e E l ena é cl aro, e Carol i ne—mai s ou menos , e s eu
namorado Raymond, e M att Honeycutt, que é um zaguei ro tão boni ti nho com
s eu cabel o l oi ro, e Stefan, o l i ndo rapaz novo que a E l ena es tá tentando
conqui s tar, e o garoto que s enta atrás del a es s e ano em s oci ol ogi a...
“M ui to cl aro, ” recl amou o l obi s omem que es tava fi ngi ndo s er genti l .
“Quem l i gou a l uz?” el e ti nha ol hos azui s , o que fazi a del e ai nda mai s
abomi nável que o outro. Os ol hos azui s eram mui to cl aros para fi carem certos
em ci ma do foci nho de um l obo—a erronei dade di s s o a es tava enoj ando.
“Cal e a boca, ” ros nou o outro. E s te ti nha garras negras ao i nvés de unhas
e agora el e bateu uma des s as contra uma es tante de l i vros de metal para
produzi r o s om que Bonni e ouvi u antes .
T ique.
O ros to del e es tava horrendo por caus a do machucado que cortou um ol ho
quas e na metade e cobri u o tórax de s angue.
“Vá em frente e ol he, ” el e di s s e a Bonni e em s ua profunda e l enta rouca
voz. “E u j á es tou ci catri zando. Você não fez nada, mas me dei xou zangado, e eu
garanto para você que foi uma pés s i ma i dei a. Você i rá morrer. . .l entamente.
Você i rá i mplorar para mi m pel a morte antes de morrer.”
“Si m, s i m, es tá na hora de começar os j ogos , ” di s s e o outro l obi s omem,
não s oando mui to s ão em s eu des ej os o por s angue.
T ique. . .
“Devagar.”
Os doi s l obi s omens cami nharam na di reção del a.
T ique. . .
Os doi s l obi s omens deram outro pas s o.
“Dol oros o.”
T ique. . .
“M orte.”
E mbora todos os i ns ti ntos de Bonni e di s s es s em a el a que correr era
i núti l , el a vi rou para correr.
E i medi atamente foi capturada pel a ci ntura e manti da i móvel .
***
***
Fim
E s te ePub foi cri ado em Feverei ro de 2014 por
LeY tor
Tendo como bas e a tradução em Pdf de
Br una Santos (Comunidade T r aduções de Livr os)
{1} No ori gi nal l ey-l i nes , referente a al i nhamentos hi potéti cos de um número