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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAJUBÁ – FEPI

SUBESTAÇÕES

ALUNO:

ITAJUBÁ/MG
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3

2 PROCEDIMENTO DE CONEXÃO DE SUBESTAÇÕES DE CONSUMIDOR. .............................................. 3

3 DEMANDA.......................................................................................................................................... 5

4 CÁLCULO DO BANCO DE CAPACITORES ............................................................................................. 6

5 DIMENSIONAMENTO DO TRANSFORMADOR .................................................................................. 10

6 DIMENSIONAMENTOS ..................................................................................................................... 10

6.1 AFASTAMENTO DOS BARRAMENTOS DE MÉDIA TENSÃO ............................................................... 11

6.2 DIMENSIONAMENTO DE BARRAMENTO DE MÉDIA TENSÃO .......................................................... 11

6.3 DIMENSIONAMENTO DO TC DE MEDIÇÃO EM 13,8 KV ................................................................... 12

6.4 DIMENSIONAMENTO DO TP DE MEDIÇÃO EM 13,8KV.................................................................... 12

6.5 DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES - RAMAL DE LIGAÇÃO/ENTRADA 13,8KV ......................... 13

6.6 DIMENSIONAMENTO DOS FUSÍVEIS PARA CHAVE DE PROTEÇÃO DE MÉDIA TENSÃO COM
ABERTURA SOB CARGA – 15KV ............................................................................................................................. 13

6.7 OS DISJUNTORES DE MÉDIA TENSÃO DEVERÃO TER AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS14

6.8 PARA RAIOS ..................................................................................................................................... 14

6.9 ATERRAMENTO ................................................................................................................................ 15

7 CONCLUSÃO..................................................................................................................................... 15
1 INTRODUÇÃO
O presente relatório tem por objetivo especificar através de uma curva de
demanda os itens necessários para a instalação dos componentes de uma
subestação
A curva de demanda é o primeiro passo para obter os outros itens do projeto.
Para tal, o uso na norma 5.3 da CEMIG, defini os passos que se faz
necessário para obtenção de todos os dados necessários para o projeto.
A norma 5.3 da CEMIG defini o fornecimento de energia em energia elétrica
em média tensão sendo a rede aérea ou subterrânea.
É definido também no início do projeto que a subestação projetada é sem
injeção de potência no sistema, ou seja, é um sistema de geração própria que pode
ser usada para suprir todas as necessidades de cargas por parte do consumidor em
caso de emergência, através de um atendimento de 200[KVA] por meio de geração
interna, FP: 0,89 sem paralelismo entre o ramal e gerador próprio. Logo a mesma
deve e tem por obrigação a proteção de todos os equipamentos do sistema de
geração da unidade em questão, por fim a CEMIG não se responsabiliza por
eventuais danos.
Também é calculado o banco de capacitor para verificar a viabilidade de
compensar o reativo da demanda em diferentes horários do projeto em questão. Por
fim após estudado a norma 5.3 e os capítulos relacionados ao projeto e é possível
definir os itens relacionados ao estudo apresentando ao final o layout da subestação

2 PROCEDIMENTO DE CONEXÃO DE SUBESTAÇÕES DE CONSUMIDOR.

Para realizar a conexão de uma subestação o consumidor deve seguir uma serie de
normas, apresentar as documentações necessárias conforme a norma de
Distribuição (ND 5.3).

Passos para a conexão:

1° passo, Consumidor solicita análise de suportabilidade .

 Se analisa a viabilidade da concessionária em suprir o consumidor no aspecto


de carga e tensão.
Se a demanda for maior que 75 KVA e menor que 2500KVA o consumidor será
atendido em rede primária, definido por lei.

2° passo, a concessionária faz o estudo de suportabilidade e responde a solicitação,


no prazo de 30 dias.

 Caso não tenha suportabilidade será feito melhorias, dependendo dos casos
o consumidor tem que pagar as melhorias aplicadas para dar continuidade no
processo.

3° passo, é feito o termo de compromisso com consumidor.

4° passo, É feito a elaboração do projeto da subestação.

 È de responsabilidade do consumidor contratar o profissional competente da


área de SEP. Onde é feito e enviado todo o memorial atendendo as normas
ND 5.3 e ABNT 14039.

5° passo, É feito a analise do projeto.

 O corpo técnico da concessionaria verifica o projeto se esta dentro das


normas estabelecidas . O prazo para resposta é de 60 dias e caso o projeto
não seja aceito o consumidor é notificado para que o projeto seja revisto
atendendo as recomendações.

6° passo, Compra dos equipamentos.

 O consumidor compra os equipamentos de marcas licenciadas pela


concessionária e executa o projeto da construção da subestação.

7° passo, Consumidor solicita a Inspeção da subestação.

 O Corpo técnico da concessionaria inspeciona in loco se a subestação esta


de acordo com os parâmetros do projeto.

8° passo, Consumidor solicita a ligação.

Estando tudo de acordo com as normas a subestação é autorizada a ser conectada


a rede da concessionaria.

 É assinado o contrato de prestação de serviço de acordo com as normas SMF


– Sistema de Medição e faturamento.

9° passo, Conexão.

A concessionaria energiza o sistema.


3 DEMANDA
O grafico abaixo mostra o perfil de demanda estudado.

DEMANDA
700

600 600 600 600


600

500 500
500

400
350 350

300 300 300 300 300 300


300
250 250

200
200
150

100
50 50 50 50 50 50

0
0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00

Ativa Reativa Banco 1 Banco 2 Banco 3 Banco 4 Banco 5

FIGURA 1: PERFIL DE DEMANDA


4 CÁLCULO DO BANCO DE CAPACITORES
O cálculo do banco de capacitores é feito baseado na figura 1: perfil de
demanda.
Dimensionamento do banco de capacitor para correção do fator de potência,
de acordo com o perfil de demanda referentes às potências ativas e reativas em um
determinado intervalo de tempo.
00:00 as 2:00 horas; P= 250 [KW]; Q= 50[KVAr].

Q= 50[KVar]

P= 250[KW]

𝑻𝑨𝑵∅−𝟏 = 50 [kVAr] ÷ 250 [KW] = 11,31


Cos 11,31 = 0,98
Como o fator de potência igual a 0,98 é maior que 0,92 não há necessidade
de corrigir o fator de potência.
4:00 as 6:00 e das 20:00 as 22:00 horas; P= 300 [KW]; Q= 50 [KVar].

Q= 50[KVar]

P= 300[KW]

𝑻𝑨𝑵∅−𝟏 = 50[kVAr] ÷ 300[KW] = 9,46


Cos 9,96 = 0,99
Como o fator de potência igual a 0,99 é maior que 0,92 não há necessidade
de corrigir o fator de potência.
18:00 horas; P= 600 [KW]; Q = 150 [KVAr].

Q= 150[KVAr]

P=600[KW]

𝑻𝑨𝑵∅−𝟏 = 150[kVAr] ÷ 600[KW] = 14,04


Cos 14,04 = 0,97
Como o fator de potência igual a 0,97 é maior que 0,92 não há necessidade
de corrigir o fator de potência.
16:00 horas P= 600[KW]; Q= 200 [KVAr]

Q= 200 [KVAr]

P = 600 [KW]

𝑻𝑨𝑵∅−𝟏 = 200 [kVAr] ÷ 600 [KW] = 18,43


Cos 18,43 = 0,95
Como o fator de potência igual a 0,95 é maior que 0,92 não há necessidade
de corrigir o fator de potência
8:00; 14:00 horas; P= 500 [KW]; Q = 300 [KVAr].

Q = 300 [KVAr]

P = 500 [KW]

𝑻𝑨𝑵∅−𝟏 = 300 [kVAr] ÷ 500 [KW] = 30,96


Cos 30,96 = 0,86
Como o fator de potência de 0,86 é menor que 0,92 há necessidade de
correção do FP.

QNovo

23,07°

P = 500 [KW]

TAN∅ = Q ÷ P; Q = TAN∅ × P
Q = TAN 23,07° × 500 [KW]
Q = 212,96 [kVAr]
Q = 300 [kVAr] – 212,96 [KVAr] = 87,04 [KVAr]
Injetando 100 [kVAr] ao invés de 87,07 [kVAr] para corrigir o último FP.

Q = 350[kVAr] – 100[kVAR] = 250[kVAr]

600[KW]

𝑻𝑨𝑵∅−𝟏 = 250[kVAr] ÷ 600[KW] = 22,62


Cos 22,62= 0,92
Como o fator de potência igual a 0,92 não há necessidade de corrigir o fator
de potência.
Para dimensionamento do transformador, pega o pior caso da demanda,
tendo o seu maior valor de potência ativa e reativa sendo P = 600[KW] e Q = 350
[kVAr].

S = √ (𝟔𝟎𝟎[𝑲𝑾]) 𝟐 + (𝟑𝟓𝟎[𝒌𝑽𝑨𝒓])𝟐 = 694,62 [KVA]

Para o valor da potência aparente encontrado (S), será especificado um


transformador de potência trifásico de 750 [KVA], 13,8[KV], 60[HZ], Dyn1 da marca
WEG (FIGURA 2).
5 DIMENSIONAMENTO DO TRANSFORMADOR
Após a verificação foi observado que o transformador que mais atende o projeto é o
apresentado na figura abaixo:

Figura 2: Transformador

6 DIMENSIONAMENTOS
Tipo de rede adotado para subestação será rede ária.
Topologia adotada será barra simples, Este é o esquema mais simples de uma
subestação. Neste esquema, todos os circuitos se conectam a mesma barra e na
ocorrência de alguma falta, estes circuitos serão desligados. A figura apresenta o
diagrama esquemático desta configuração

Aterramento

Disjuntor

Chave Seccionadora
Disjuntor

Figura 3 - Diagrama unifilar de uma SE (Barra Simples).

6.1 AFASTAMENTO DOS BARRAMENTOS DE MÉDIA TENSÃO


O afastamento mínimo deve ser obedecido de acordo com a norma a fim de
respeitar o limite máximo de distância admissível entre os condutores de fase e
neutro, evitando assim efeitos de indução de um condutor para o outro e evitando
possíveis curtos na linha.

Tabela 1: AFASTAMENTO DOS BARRAMENTOS DE MÉDIA TENSÃO

6.2 DIMENSIONAMENTO DE BARRAMENTO DE MÉDIA TENSÃO


Os barramentos são condutores reforçados, geralmente sólidos e de Impedância
desprezível, que servem como centros comuns de coleta e redistribuição de
corrente.

TABELA 2: DIMENSIONAMENTO DE BARRAMENTO DE MÉDIA TENSÃO

6.3 DIMENSIONAMENTO DO TC DE MEDIÇÃO E PROTEÇÃO EM 13,8 KV


Os transformadores de corrente são instrumentos que permitem aos instrumentos de
medição e proteção funcionarem adequadamente sem que seja necessário possuir a
corrente nominal de acordo com a da rede à qual estão ligadas. O Tc de proteção
deve atuar para curto-circuito sem exatidão absoluta, rapidez mais importante do
que precisão. O TC de proteção terá exatidão de 5% enquanto o TC de medição
exatidão de 0.3%

Tabela 3: DIMENSIONAMENTO DO TC DE MEDIÇÃO EM 13,8 KV

6.4 DIMENSIONAMENTO DO TP DE MEDIÇÃO EM 13,8KV


O TP é um equipamento usado principalmente para sistemas de medição de
tensão elétrica, sendo capaz de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis
com a máxima suportável pelos instrumentos de medição. O TP de proteção terá
uma exatidão de 1,2% enquanto o de medição de 0,6%.

Tabela 4: DIMENSIONAMENTO DO TP DE MEDIÇÃO EM 13,8KV

6.5 DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES - RAMAL DE


LIGAÇÃO/ENTRADA 13,8KV

Tabela 5: DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES - RAMAL DE LIGAÇÃO/ENTRADA 13,8KV

6.6 DIMENSIONAMENTO DOS FUSÍVEIS PARA CHAVE DE PROTEÇÃO


DE MÉDIA TENSÃO COM ABERTURA SOB CARGA – 15KV
Chaves fusíveis são equipamentos amplamente utilizados em qualquer tipo de
subestação, independente da tensão e potência envolvida. Tendo como função a
proteção do circuito e também o controle deste através do seccionamento.

Tabela 6: DIMENSIONAMENTO DOS FUSÍVEIS PARA CHAVE DE PROTEÇÃO


6.7 OS DISJUNTORES DE MÉDIA TENSÃO DEVERÃO TER AS SEGUINTES
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
Dispositivo eletromecânico, que funciona como um interruptor automático, destinado
a proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis danos causados por
curtos-circuitos e sobrecargas elétricas

Tabela 7: DISJUNTORES DE MÉDIA TENSÃO

6.8 PARA RAIOS


Nas subestações os para-raios são utilizados para proteger os equipamentos ligados
diretamente na linha de transmissão contra surtos de tensões devido a descargas
atmosféricas ou outros tipos de surtos,

Tabela 8: PARA RAIOS

6.9 ATERRAMENTO
Quanto ao aterramento a norma apenas especifica a quantidade de eletrodos que
deve ser usada de acordo com a demanda em kVA.

Capacidade de transformação da subestação maior ou igual a 500kVA


* 12 eletrodos

7 CONCLUSÃO
Como visto nos itens anteriores, para dimensionamento tanto das proteções e
equipamentos, quanto da estrutura a ser utilizada, levou-se em consideração a ND
5.3, que estabelece os procedimentos a serem atendidos. Seguiu todos os passos
para interligação da subestação na rede da CEMIG.

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