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ITEGO - Instituto Tecnológico do Estado de Goiás Jerônimo Carlos do Prado

Alunos: Igor Ryan, Thulio Miranda, Elizabeth, Uilian

2020
Rompimento da barragem de Brumadinho

Trabalho apresentado ao colégio ITEGO -


Instituto Tecnológico do Estado de Goiás Jerônimo Carlos do
Prado, trabalho dirigido a professora Jane com obtenção de
aprendizado.
INTRODUÇÃO

O Rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019, resultou em um dos


maiores desastres com rejeitos de mineração no Brasil. O Rompimento da barragem da Vale
(mineradora multinacional Brasileira) em Brumadinho, região Metropolitana de Belo Horizonte,
causou uma grande avalanche de minério de ferro assim sendo um dos maiores acidentes
ocorridos no Brasil.
De acordo com o presidente da Vale, Fabio Schvatsnan, uma única barragem rompeu-
se e causou transbordamento da outra. A barragem que se rompeu foi construída em 1976,
estaria inativa e apresentava em volume 11,7 milhões de metros cúbicos de rejeito. O
rompimento resultou em um desastre de grandes proporções, considerado como um desastre
industrial humanitário e ambiental com mais de 200 mortos. O desastre pode ainda ser
considerado o segundo maior desastre industrial do século e o maior acidente de trabalho do
Brasil.O incidente ocorreu a mais de 3 anos após o rompimento da barragem de rejeitos de
fundão na cidade de Mariana, também no estado de Minas Gerais. A barragem 1 da Mina
Córrego do Feijão desabou e a lama atingiu a área administrativa da Vale, bem como a
comunidade da Vila Forteco, deixando um grande rastro de destruição e dezenas de mortes.
No momento do acidente , as sirenes de alerta não foram tocadas , o que contribuiu para o
grande número de mortes nessa tragédia, uma vez que as pessoas não foram avisadas para
adotar os procedimentos de segurança, o momento do rompimento calcula-se que a velocidade
da lama alcançou cerca de 80 quilômetros por hora, sendo que a medida que os rejeitos
percorriam foram perdendo o ritmo.

Brumadinho é um dos munícipios onde está a conservação do Parque Estadual da serra


do Rola-Moça. A barragem rompida se localiza na zona de amortecimento do parque criado em
1994 e que tem como objetivo proteger 6 mananciais da região. O rompimento da barragem
liberou cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos . Além dos grandes danos sofridos
pelos moradores da cidade o desastre afetou os ecossistemas mais próximos. O Ministério
Público do trabalho e a Vale assinaram um acordo para a mineradora reparar os danos
materiais decorrentes do rompimento da barragem. O acidente ocorrido na cidade de
Brumadinho sem dúvidas foi uma grande falha profissional, que deveria ser evitada com
perícias e um trabalho bem feito.

Um documento da Agência Nacional de Mineração (ANM) aponta que a Vale registrou


problemas na barragem B1, em Brumadinho, antes do rompimento mas não repassou as
informações ao órgão que regula o setor. O parecer técnico foi aprovado pela direção da
agência e aponta que a mineradora Vale deixou de informar à ANM problemas encontrados em
Brumadinho meses antes do rompimento. Este documento vai ser enviado ao Ministério
Público Federal e às polícias Federal e Civil de Minas Gerais. Os técnicos da ANM analisaram
toda a documentação da barragem – incluindo o plano de segurança e o plano de ação
emergencial. Dentro desses dois planos estão todos os dados de segurança da barragem.
Quase 8 meses antes da tragédia, no dia 6 de junho de 2018, a Vale fez uma inspeção de
segurança na barragem e preencheu uma ficha com os resultados. Mas uma outra foto que,
segundo os fiscais, não foi enviada à ANM aparece nos registros internos da mineradora.
PIEZÔMETROS

O relatório também menciona os piezômetros, que são aparelhos que medem a pressão da
água..
Segundo a ANM, a Vale informou que “nenhum dos instrumentos atingiu o nível de alerta
ou emergência no período que antecedeu ao rompimento da estrutura”. Mas, depois de
analisar o banco de dados do plano de segurança da barragem, a agência afirma que é
possível verificar que alguns instrumentos entraram em nível de alerta e/ou emergência sem
que a ANM tenha sido informada. Gráficos mostram os registros das medições desses
instrumentos de agosto de 2018 até o rompimento. Para a ANM, os níveis registrados eram
relevantes e deveriam ter sido reportados.

Em 22 de janeiro deste ano, três dias antes do rompimento da barragem, a ANM


afirma que a Vale fez uma vistoria na barragem. E só no dia 15 de fevereiro, 24 dias depois e
com a lama já derramada, preencheu as informações no sistema da agência dizendo que não
foram atingidos os fatores mínimos de segurança.
IDENIZAÇÃO

Pelo acordo entre Vale e MPT, cônjuge ou companheiro, filho, mãe e pai de
funcionários da Vale que morreram na tragédia vão receber, individualmente, R$ 700 mil,
sendo R$ 500 mil para reparar o dano moral e R$ 200 mil a título de seguro adicional por
acidente de trabalho. Irmãos de trabalhadores falecidos vão receber R$ 150 mil por dano
moral. De acordo com o Ministério Público do Trabalho, tomando como exemplo a situação de
um trabalhador que deixou esposa, dois filhos, pai, mãe e dois irmãos, o grupo familiar vai
receber o montante de R$ 3,8 milhões.

PENSÃO VITALÍCIA ATÉ 75 ANOS

Como indenização por dano material, as famílias dependentes dos trabalhadores


falecidos também vão receber pensão mensal vitalícia até a idade de 75 anos, que é a
expectativa de vida de um brasileiro, segundo o IBGE. O acordo fixa indenização mínima de R$
800 mil, mesmo que a renda mensal acumulada não alcance esta projeção. Para o pagamento
antecipado da indenização, em única parcela, será aplicado deságio de 6% ao ano, conforme
previsão legal. O dano moral coletivo será reparado com o pagamento de R$ 400 milhões, no
dia 6 de agosto de 2019.

ESTABILIDADE PARA SOBREVIVENTES

O acordo também determina a estabilidade no emprego de três anos para empregados


próprios e terceirizados da Vale, lotados na Mina de Córrego do Feijão no dia do rompimento, e
aos sobreviventes que estavam trabalhando no momento da tragédia, bem como pagamento
de auxílio creche no valor de R$ 920 mensais para filhos com até três anos de idade e auxílio
educação, no valor de R$ 998 mensais, para filhos com até 25 anos de idade. Por último, o
acordo prevê plano médico nos moldes do Acordo Coletivo de Trabalho vigente em 25 de
janeiro, sem coparticipação para cônjuges ou companheiros até que os filhos ou dependentes
completem 25 anos, de empregados próprios e terceirizados. Para pais e mães de falecidos,
ainda será disponibilizado atendimento médico, psicológico, psiquiátrico pós-traumático até alta
médica.

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