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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
Logística reversa: conjunto de ações, procedimentos e XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão
meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos
dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos sólidos, incluídos a recuperaçãoo e o aproveitamento
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente energético;
adequada; XV - estimulo a rotulagem ambiental e ao consumo
Padrões sustentáveis de produção e consumo: sustentável.
produção e consumo de bens e serviços sem
comprometer a qualidade ambiental e às gerações INSTRUMENTOS
futuras;
Reciclagem: transformaçãoo dos resíduos sólidos que I - os planos de resíduos sólidos;
envolve a alteração de suas propriedades físicas, II - os inventários e o sistema declaratório anual de
físico-químicas ou biológicas, para transformação em resíduos sólidos;
insumos ou novos produtos, com as condições e os III - a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e
padrões estabelecidos; outras ferramentas relacionadas a implementação da
Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
todas as possibilidades de tratamento e recuperação produtos;
não apresentem outra possibilidade que não a IV - o incentivo a criação e ao desenvolvimento de
disposição final ambientalmente adequada; cooperativas ou de outras formas de associação de
Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;
descartado resultante de atividades humanas em V - o monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e
sociedade, a cuja destinação final não se permite o agropecuária;
seu lançamento na rede pública de esgotos ou em VI - a cooperação técnica e financeira entre os setores
corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica público e privado.
ou economicamente inviáveis em face da melhor VII - a pesquisa científica e tecnológica;
tecnologia disponível; VIII - a educação ambiental;
Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos IX - os incentivos fiscais, financeiros e creditácios;
produtos: conjunto de atribuições individualizadas ou X - o Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo
de empresas para minimizar o volume de resíduos Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;
sólidos e rejeitos gerados; XI - o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão
Reutilização: aproveitamento dos RS sem sua dos Resíduos Sólidos (Sinir);
transformação biológica, física ou físico-quimica. XII - o Sistema Nacional de Informações em Saneamento
Básico (Sinisa);
XIII - os conselhos de meio ambiente e, no que couber, os
Objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos de saúde;
XIV - os órgãos colegiados municipais destinados ao
I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; controle social dos serviços de RS urbanos;
II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e XV - o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos
tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição Perigosos;
final ambientalmente adequada dos rejeitos; XVI - os acordos setoriais;
III - estímulo a adoção de padrões sustentáveis de XVII - no que couber, os instrumentos da Política Nacional
produção e consumo de bens e serviços; de Meio Ambiente, entre eles:
IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de a) os padrões de qualidade ambiental;
tecnologias limpas como forma de minimizar impactos b) o Cadastro Técnico Federal de Atividades
ambientais; Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos
V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos Ambientais;
perigosos; c) o Cadastro Técnico Federal de Atividades e
VI - incentivo a indústria da reciclagem, tendo em vista Instrumentos de Defesa Ambiental;
fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de d) a avaliação de impactos ambientais;
materiais recicláveis e reciclados; e) o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente
VII - gestão integrada de resíduos sólidos; (Sinima);
VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder f) o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou
público, e destas com o setor empresarial, com vistas a potencialmente poluidoras;
cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de
resíduos sólidos; XVIII - os termos de compromisso e os termos de
IX - capacitação técnica continuada na área de RS; ajustamento de conduta;
X- regularidade, continuidade, funcionalidade e
universalização da prestação dos serviços públicos de XIX - o incentivo a adoção de consórcios ou de outras
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos; formas de cooperação entre os entes federados, com
XI - prioridade, nas aquisições e contratações vistas a elevação das escalas de aproveitamento e a
governamentais, para: redução dos custos envolvidos.
a) produtos reciclados e recicláveis;
b) bens, serviços e obras que considerem critérios Prioridade na gestão e gerenciamento de resíduos
compatíveis com padrões de consumo social e sólidos- não geração, redução, reutilização, reciclagem,
ambientalmente sustentáveis; tratamento dos resíduos sólidos e disposição final
XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e ambientalmente adequada dos rejeitos.
recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; Classificação dos resíduos sólidos
XIII - estímulo a implementação da avaliação do ciclo de
I - quanto a origem:
vida do produto;
a) resíduos domiciliares
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
b) resíduos de limpeza urbana reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços de limpeza
c) resíduos sólidos urbanos urbana e de manejo de resíduos sólidos;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores IV - realizar as atividades definidas por acordo setorial ou
de serviços termo de compromisso;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: V - implantar sistema de compostagem para resíduos
f)resíduos industriais sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e
g) resíduos de serviços de saúde sociais formas de utilização do composto produzido;
h) resíduos da construçãoo civil: VI - dar disposição final ambientalmente adequada aos
i) resíduos agrossilvopastoris: resíduos e rejeitos oriundos dos serviços públicos de
j) resíduos de serviços de transportes limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no
pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; âmbito de suas competências, poderão instituir normas
II - quanto a periculosidade: com o objetivo de conceder incentivos fiscais, financeiros
a) resíduos perigosos: ou creditícios.
b) resíduos não perigosos
PROIBIÇÕES
Plano Nacional de Resíduos Sólidos
São proibidas as seguintes formas de destinação ou
Coordenação do ministério do Meio Ambiente com disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos:
vigência por prazo indeterminado e horizonte de 20 (vinte) I - lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos
anos, a ser atualizado a cada 4 (quatro) anos, tendo como hídricos;
conteúdo mínimo: II - lançamento in natura a céu aberto, excetuados os
I - diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos; resíduos de mineração;
II - proposição de cenários e tendências internacionais e III - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e
macroeconômicas; equipamentos não licenciados para essa finalidade;
III - metas de redução, reutilização, reciclagem e IV - outras formas vedadas pelo poder público.
encaminhamento adequadamente final; Quando decretada emergência sanitária, a queima de
IV - metas para o aproveitamento energético dos gases resíduos a céu aberto pode ser realizada, desde que
gerados nas unidades de disposição final de resíduos autorizada e acompanhada pelos órgãos competentes do
sólidos; Sisnama, do SNVS e, quando couber, do Suasa.
V - metas para a eliminação e recuperação de lixões,
associadas a inclusão social e a emancipação econômica São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos
de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; ou rejeitos, as seguintes atividades:
VI - programas, projetos e ações para o atendimento das
metas previstas; I - utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;
VII - normas e condicionantes técnicas para o acesso a II - catação;
recursos da União, para a obtenção de seu aval ou para o III - criação de animais domésticos;
acesso a recursos administrados, direta ou indiretamente, IV- fixação de habitações temporárias ou permanentes;
por entidade federal, quando destinados a ações e V - outras atividades vedadas pelo poder público.
programas de interesse dos resíduos sólidos;
VIII - medidas para incentivar e viabilizar a gestão Proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e
regionalizada dos resíduos sólidos; rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas
IX - diretrizes para o planejamento e demais atividades de características causem dano ao meio ambiente, à saúde
gestão de resíduos sólidos das regiões integradas de pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para
desenvolvimento instituídas por lei complementar, bem tratamento, reforma, reuso, reutilização ou recuperação.
como para as áreas de especial interesse turístico;
X - normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, LIXO HOSPITALAR (MEZOMO)
quando couber, de resíduos;
XI - meios a serem utilizados para o controle e a RESÍDUOS SÓLIDOS
fiscalização, no âmbito nacional, de sua implementação e
operacionalização, assegurado o controle social. Resíduos das atividades humanas
O Plano Nacional de Resíduos Sólidos será elaborado Não há mais valor para conservá-lo pelo produtor
mediante processo de mobilização e participação social, Podem influenciar na qualidade do ambiente, na
incluindo a realização de audiências e consultas públicas. saúde do homem e na preservação dos recursos
Sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo naturais.
plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos.
Os consumidores são obrigados a: Limpeza pública ou urbana
I - acondicionar adequadamente e de forma diferenciada
os resíduos sólidos gerados; Atividades que permitem o adequado estado de
II - disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos limpeza sem prejudicar a qualidade do ambiente
reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução. Acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e
No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de disposição dos resíduos sólidos
vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de RS, observado, se houver, Importância sócio-econômica
o plano municipal de gestão integrada de RS:
I - adotar procedimentos para reaproveitar os RS Possibilidade de reutilização (papel, papelão, metais,
reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços públicos de plástico, vidros etc.
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos; Produção de adubo orgânico, ração para animais
II - estabelecer sistema de coleta seletiva; Produção de vapor d’água ou de energia elétrica
III - articular com os agentes econômicos e sociais
medidas para viabilizar o retorno ao ciclo produtivo dos RS
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
Aterros sanitários com utilização de resíduos com normativas e legais, com o objetivo de minimizar a
incineração e compostagem recuperando terrenos produção de resíduos e proporcionar aos resíduos
aparentemente improdutivos gerados, um encaminhamento seguro, de forma
Aproveitamento do metano gerado pelo lixo eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a
preservação da saúde pública, dos recursos naturais e
Composição do lixo do meio ambiente.
O gerenciamento deve abranger todas as etapas de
Detritos orgânicos: restos alimentares, vegetais e planejamento dos recursos físicos, dos recursos
matéria orgânica em geral; materiais e da capacitação dos recursos humanos
Detritos inorgânicos e orgânicos relativamente envolvidos no manejo dos RSS.
estáveis: papéis, metais, panos, vidros, plásticos, etc. Todo gerador deve elaborar um Plano de
Cinza: resíduos da queima de determinados Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
combustíveis, como o carvão; PGRSS, baseado nas características dos resíduos
A composição depende das características da cidade, gerados e na classificação constante nesta norma,
clima e estação do ano, hábitos e padrão de vida, estabelecendo as diretrizes de manejo dos RSS.
períodos econômicos, eficiência do serviço de coleta e O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as
tratamento domiciliares; normas locais relativas à coleta, transporte e
O peso do lixo está ligado à sua composição (tipo, disposição final dos resíduos gerados nos serviços de
úmido ou seco) variando de 200 a 500 kg / m 3; saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis
A coleta e o transporte do lixo dependem da por estas etapas.
quantidade do lixo, local, frequência e horário, O manejo dos RSS é entendido como a ação de
sistema, itinerário, entidade de coleta e tipo de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra
transporte. estabelecimento, desde a geração até a disposição
final, incluindo as seguintes etapas:
Composição
Tipo de lixo
(%) 1. SEGREGAÇÃO - Consiste na separação dos resíduos
no momento e local de sua geração, de acordo com as
Material orgânico 10 a 55% características físicas, químicas, biológicas, o seu
Material inerte 25 a 50% estado físico e os riscos envolvidos.
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 5
VERDE VERMELHO MARRON AMARELO AZUL
Riscos Riscos Riscos Riscos Riscos
físicos químicos biológicos ergonômicos de
acidentes
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico Arranjo
intenso físico
inadequado
Vibrações Fumo Bactérias Levantamen- Máquinas e
to e equipamen-
transporte tos sem
manual de proteção
peso
Radiações Névoas Protozoários Exigência de Ferramen-
ionizantes postura tas
inadequada inadequa-
das ou
defeituosas
Radiações Neblinas Fungos Controle Iluminação
não rígido de inadequada
ionizantes produtividade
Frio Gases Parasita Imposição de Eletricidade
ritmos
excessivos
Calor Vapores Bacilos Trabalho em Probabilida
turno e de de
noturno incêndio ou
explosão
Pressões Substâncias Jornada de Armazena-
anormais compostas ou Trabalho mento
produtos prolongada inadequado
químicos em
geral
Umidade Monotonia e Animais
repetitividade peçonhen-
tos
Outras Outras
situações de situações
stress de risco
físico/mental que
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
Normas Regulamentadoras (MTE)
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
(Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em A capacidade auditiva do homem vai de 0 a 120 decibéis,
Medicina do Trabalho). porém, ruídos entre 70 a 80 db já prejudicam a saúde e,
passando dos 80 db, prejudicam o aparelho auditivo. Por
NR 6 – obrigação da empresa a fornecer EPI aos essa razão, o uso de protetores auriculares (EPI) vem
empregados. sendo adotado em UANs.
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
Fungos - presente devido a associação de umidade
NR32 com calçado inadequado. Uso de botas PVC e higiene
Estabelecer diretrizes para medidas de segurança adequada dos pés para prevenção.
e saúde no trabalho em estabelecimentos de Bactérias e outros agentes biológicos – presentes
saúde. em fômites (qualquer objeto inanimado ou substância
Riscos biológicos, riscos químicos, radiações capaz de absorver, reter e transportar microrganismos
ionizantes, resíduos, condições de conforto para contagiantes ou infecciosos (germes ou parasitas) de
refeições e lavanderias. um indivíduo ao outro. Assepsia prévia e atenção às
unidades de isolamento.
Equipamentos de Proteção Individual para cada Esforço físico – puxar e empurrar equipamentos.
Atividade Manutenção dos carros de transporte.
Ortostatismo prolongado – permanecer em pé ou
Cozinheiro: sentado por mais de uma hora, afeta a circulação
- Sapato ou bota antiderrapante venosa (varizes) e afecções osteomusculares e
- Avental, mandote e luvas térmicas em tecido para-amida articulares. Medida preventiva – adequação do posto
para proteção térmica de trabalho e exercícios laborais.
Ajudante de cozinha que auxilia no pré-preparo e preparo: Não conformidade antropométrica – inaptidão física
- Sapato ou bota antiderrapante ao trabalho (gênero, biotipo e estado nutricional).
- Avental impermeável em PVC Medida preventiva – tarefas condizentes com sua
- Luva de aço inox para manipuladores de carnes ou aptidão física.
vegetais
Despenseiro: Agentes psicossociais
- Sapato antiderrapante
- Luva de proteção contra agentes mecânicos Satisfação com o trabalho – valorização e
- Japona e calça impermeável e forradas com manta para reconhecimento com superiores e colegas de trabalho.
uso em câmara fria Medida preventiva – avaliação do “clima” e nível de
Auxiliar de Serviços da área de higienização satisfação e ações focadas nas não-conformidades.
- Avental impermeável em PVC Autoestima – relacionada a circunstâncias físicas,
- Bota em PVC, cano curto, forrada mentais e vivenciais. Afeta relação externa e interna
- Óculos de segurança em policarbonato incolor para das pessoas. Medida preventiva – programas de
proteção dos olhos contra impactos motivação.
- Protetor auricular de segurança, tipo plug, para proteção
do usuário contra ruídos superiores Agentes causadores de acidentes (SNH)
Luva de segurança, flocada de látex de borracha natural
intensamente forrada com flocos de algodão. Vaso de pressão – explosão de panelões e
caldeirões a vapor. Medida preventiva – manutenção
das válvulas (NR13)
NBR 14.518 Piso - devido a umidade e gordura pode levar a
quedas. Medida preventiva – limpeza e piso e solado
Estabelece os princípios gerais para projeto, instalação, dos calçados antiderrapante.
operação e manutenção de sistemas de ventilação para Instalações elétricas – pelo alto nível de umidade e
cozinhas profissionais, com ênfase na segurança contra necessidade de limpeza, pode levar a choques.
incêndios e no controle ambiental. Medida preventiva – tomadas blindadas, aterramento
elétrico e manutenção.
Riscos ocupacionais (SNH) Arranjo físico – alta concentração de móveis e
equipamentos pode levar ao risco de acidentes.
Agentes Físicos Medida preventiva – cuidado no desenho do projeto.
Material perfurocortante – facas, lâminas com risco
Calor - uso de equipamentos com fontes de calor de corte e perfuração. Medida preventiva – uso de
(forno combinado, fogão industrial, panelões a vapor, luvas de segurança de malha de aço.
chapas, fritadeiras, etc.) Medida preventiva – uso de Vapor e líquidos quentes – comum em cozinha.
avental de segurança térmico, luva térmica e mangote. Medida preventiva – avental e luva térmicos.
Frio – relacionado às câmaras frigoríficas. Medida
preventiva – japona para entrada e saída da câmara. Estresse e Trabalho
Ruído – principalmente o setor de lavagem de
panelas e higienização de louças. Medida preventiva - Estressores – positivos (situações desafiadoras e
protetor auricular. agradáveis) e negativos (frio, ruído, temperatura,
Umidade – setor de lavagem de panelas e tensão, clima ruim).
higienização. Medida preventiva – luvas de PVC.
Agentes Biológicos
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
PCMSO e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das
metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as
Deve ser complementado por: situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à
Programa sobre higiene e comportamento pessoal
Controle e erradicação de parasitoses intestinais segurança e saúde no trabalho;
Avaliação sistemática das unhas, cutículas e peles g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões
das mãos. promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de
alterações no ambiente e processo de trabalho relacionado
à segurança e saúde dos trabalhadores;
RESUMO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS. h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador,
Disponível em: a paralisação de máquina ou setor onde considere haver
http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas- risco grave e iminente à segurança e saúde dos
regulamentadoras-1.htm. [Acesso em: 25/07/2015]. trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do
NR5- COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à
ACIDENTES segurança e saúde no trabalho;
Objetivo a prevenção de acidentes e doenças j) divulgar e promover o cumprimento das Normas
decorrentes do trabalho. Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e
Obrigatório para Empresas privadas, públicas, convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e
sociedades de economia mista, órgãos da saúde no trabalho;
administração direta e indireta, instituições l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou
beneficentes, associações recreativas, cooperativas, com o empregador, da análise das causas das doenças e
bem como outras instituições que admitam acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos
trabalhadores como empregados. problemas identificados;
Ações de prevenção de acidentes e doenças m) requisitar ao empregador e analisar as informações
decorrentes do ambiente e instalações de uso sobre questões que tenham interferido na segurança e
coletivo, podendo contar com a participação da saúde dos trabalhadores;
administração do mesmo. n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
A CIPA será composta de representantes do o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT,
empregador e dos empregados, de acordo com o onde houver, a Semana Interna de Prevenção de
dimensionamento de empregados. Acidentes o Trabalho – SIPAT;
Os representantes dos empregadores, titulares e p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de
suplentes, serão por eles designados e eleitos por Campanhas de Prevenção da AIDS.
voto secreto.
Mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL –
de um ano, permitida uma reeleição. EPI
É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do •Uso de EPI - todo dispositivo ou produto, de uso individual
empregado eleito para a CIPA desde o registro de sua utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
candidatura até um ano após o final de seu mandato. suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
O empregador designará entre seus representantes o trabalho.
Presidente da CIPA, e os representantes dos •Venda ou utilizado com a indicação do Certificado de
empregados escolherão entre os titulares o vice- Aprovação – CA.
presidente. •A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado
ATRIBUIÇÕES de conservação e funcionamento.
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
•Cabe ao empregado quanto ao EPI: b) para os demais trabalhadores:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e
destina; maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade.
torne impróprio para uso; e, •No exame médico de retorno ao trabalho, deverá ser
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso realizada obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao
adequado. trabalho de trabalhador ausente por período igual ou
superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou
acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE •No exame médico de mudança de função, será
SAÚDE OCUPACIONAL obrigatoriamente realizada antes da data da mudança.
•Para fins desta NR, entende-se por mudança de função
•Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho
implementação, por parte de todos os empregadores e ou de setor que implique a exposição do trabalhador a
instituições que admitam trabalhadores como empregados, risco diferente daquele a que estava exposto antes da
do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - mudança.
PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da •No exame médico demissional, será obrigatoriamente
saúde do conjunto dos seus trabalhadores. realizada até a data da homologação, desde que o último
•Compete ao empregador: exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais
a) garantir a elaboração e efetiva implementação do de:
PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; - 135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de
b) custear sem ônus para o empregado todos os grau de risco 1 e 2.
procedimentos relacionados ao PCMSO; - 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e
c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados 4.
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – •Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o
SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias.
execução do PCMSO; A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho
d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter do trabalhador.
médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao
empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não trabalhador, mediante recibo na primeira via.
da empresa, para coordenar o PCMSO;
e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS
empregador poderá contratar médico de outra AMBIENTAIS
especialidade para coordenar o PCMSO.
•O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização •Implementação do Programa de Prevenção de Riscos
obrigatória dos exames médicos: Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da
a) admissional; integridade dos trabalhadores, através da antecipação,
b) periódico; reconhecimento, avaliação e consequente controle da
c) de retorno ao trabalho; ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham
d) de mudança de função; a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a
e) demissional. proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
•Os exames de que trata o item 7.4.1 compreendem: •As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito
a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e de cada estabelecimento da empresa, sob a
exame físico e mental; responsabilidade do empregador, com a participação dos
b) exames complementares, realizados de acordo com os trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade
termos específicos nesta NR e seus anexos. dependentes das características dos riscos e das
•No exame médico periódico, de acordo com os intervalos necessidades de controle.
mínimos de tempo abaixo discriminados: •O PPRA é parte integrante do PCMSO previsto na NR-7.
a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de •Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os
trabalho que impliquem o desencadeamento ou agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos
agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os concentração ou intensidade e tempo de exposição, são
exames deverão ser repetidos: capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do •Consideram-se agentes físicos as diversas formas de
médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente energia a que possam estar expostos os trabalhadores,
da tais como: ruído, vibrações, pressões anormais,
inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações
negociação coletiva de trabalho; não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
a.2) de acordo com à periodicidade especificada no Anexo •Consideram-se agentes químicos as substâncias,
n.º 6 da NR 15, para os trabalhadores expostos a compostos ou produtos que possam penetrar no
condições hiperbáricas; organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras,
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela •Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150
natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou W/4,00m² com pé-direito de 3,0 m máximo, ou outro tipo
ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por de luminária que produza o mesmo efeito.
ingestão. •Sanitário e vestiário exclusivos para funcionários da
•Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, cozinha, cujo uso seja vedado aos comensais e que não
bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. se comunique com a cozinha.
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
Espaço para os pés – para evitar a inclinação do
tronco para frente.
LACTÁRIO (MEZOMO)
Localização
Próximo ao:
Centro de material esterilizado ou
Serviço de Alimentação ou
Berçário
Afastado das áreas de isolamento (doenças infecto-
contagiosas) e circulação de pessoal, pacientes e
visitantes.
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
A ante-sala é o local destinado a paramentação e Fogão, banho-maria, galheteiro com fundo falso e
higienização de mãos e unhas de funcionários e atividades escovas de pêlo preto para limpeza dos frascos.
administrativas do lactário.
Equipamentos opcionais
Os depósitos de suprimentos e de material de limpeza
deverão ser próximos, porém não dentro do lactário e de Esterilizador de água sob pressão
uso exclusivo. Lavador mecânico de mamadeiras
As instalações sanitárias deverão estar próximas, porém Lavador e fervedor de bicos
fora do lactário. Misturador mecânico
Lavador a jato
Construção e Instalação do Lactário
Normas de Higiene e Limpeza
Piso, Parede e Teto As áreas de trabalho devem ser lavadas com sabão
O piso e as paredes devem ser de superfície dura e de bactericida após o uso, por MOPs exclusivos.
fácil limpeza como a cerâmica, ladrilho ou azulejo. As escovas, bicos e utensílios devem ser diariamente
fervidos, autoclavadas e desinfetadas quimicamente.
A pintura deve ter preferencialmente revestimento de Os equipamentos devem ser limpos diariamente.
epóxi. O pé direito recomendado é de 3,5 m, com o A temperatura e pressão da autoclave devem ser
mínimo de 1,5 m de revestimento de azulejo, quando não verificadas: temperatura (110oC) e pressão (7 libras).
houver pintura de epóxi.
Relações Interdepartamentais
O lactário deve ser sem ralos e sem cantos entre paredes
e piso. Requisição de Mamadeiras – Designação de pessoas
com estabelecimento de responsabilidades, utilização de
O teto deve ter laje caiada para facilitar a manutenção. impressos e determinação de parazos, expedição de
emergência.
Equipamentos e móveis
Padronização das Fórmulas – Realizada pela comissão
Os equipamentos devem ser embutidos ou afastados do corpo clínico do hospital composto por médicos
50cm do piso para evitar acúmulo de sujeiras e facilitar a pediatras, enfermeiros e nutricionistas que padronizam as
limpeza. fórmulas e fazem suas revisões periodicamente. O uso de
Os armários devem ser colocados sob os balcões. Os fórmula padrão, aumenta a eficiência do lactário,
armários de parede não são recomendados e se existirem racionalizando o trabalho e a administração do mesmo.
nunca deverão estar localizados na área de preparo.
Fórmulas Lácteas e Complementares – As fórmulas
Ventilação Padrão devem constar no Manual de Dietas do Hospital e
A ventilação deve suprir o lactário de ar deve ser estabelecido um código para cada fórmula-
bacteriologicamente puro, evitar que o ar contaminado de padrão a fim de facilitar a requisição.
outras áreas seja levado para o lactário; que haja
condições de temperatura (21º a 25ºC), umidade (14 a Pessoal – Exigência de pessoal qualificado, especializado
18%) e circulação de ar que garantam o conforto e e treinado para garantir a produção de mamadeiras em
segurança para manipulação das fórmulas. condições higiênicas seguras.
O nutricionista deve ser o responsável administrativo do
Controle de calor e umidade. O ar condicionado deve ter lactário e deve estabelecer programas de treinamento,
filtro absoluto (retém 98% das partículas); Exaustor palestras, debates e demonstrações sobre o
principal (sala de preparo próxima ao piso); sala de funcionamento do lactário e preparo das fórmulas para
preparo sem janelas ou, caso existam, com telas e filtros. mães, funcionários, estagiários e estudantes.
O sistema de ventilação da ante-sala e área de limpeza Uniformes – mangas compridas com punho e um gorro
pode fazer parte da ventilação geral do hospital. que cubra completamente os cabelos, deverão ser
fornecidos diariamente, pelo Hospital. Os sapatos deverão
Iluminação ser cobertos com botas de fazenda, pró-pé ou sapato
privativo do hospital (mais recomendado).
Iluminação deve ser sem sombras e ofuscamentos. Na
sala de limpeza e preparo é recomendada uma iluminação Instruções de Serviço
de 200watts e de 100watts para a ante-sala. Troca de bicos de mamadeiras – proibida a troca,
alargamento ou desobstrução do bico no próprio berçário.
Equipamentos Entupimento dos bicos – (película fina de lacto-albumina
precipitada) podem ser evitados mediante o uso de uma
Os equipamentos devem ser de material durável, não incisão em cruz, nos bicos.
corrosível, inquebrável e construído de maneira a facilitar a Distribuição das mamadeiras - após resfriadas e em
limpeza de todas as peças. carros abertos. O berçário deverá receber e guardar as
mamadeiras em refrigerador, mantida a temperatura de 2 a
Salas de limpeza e preparo das fórmulas lácteas 4oC.
Aquecimento das mamadeiras no berçário – Há provas
Pia dupla de aço inox com abas para receber as que sugerem que as mamadeiras não precisam ser
mamadeiras aquecidas. Se forem utilizados os aquecedores os mais
Mesas, estantes e prateleiras de material inox indicados são os de fundo falso. Se for utilizado o banho-
Lavatórios de mãos com acionamento automático, maria a água deverá ser fervida e trocada diariamente.
lixeiras com pedal, saboneteira e toalheiro papel
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
Desinfecção da Mamadeira pelo Método Milton Processamento -
Recepção
É o processo de desinfecção química a frio, à base de Estocagem
Hipoclorito de Sódio a 1%, que é capaz de eliminar Reenvase em campo de chama
bactérias e germes. Dispensa fervura. Rotulagem dos frascos
Pasteurização em banho-maria – 62,5°/ 30 min
Procedimento: Resfriamento em água + gelo – 5° C
1. Mamadeiras e bicos são lavados com escova,
detergente e água morna; Estocagem – 6 meses em freezeres
2. Os bicos são esfregados com sal, que remove os
resíduos do leite; Clientela – crianças até 3 meses nas seguintes
3. Depois de lavados os bicos são imersos em condições:
solução bactericida de hipoclorito de sódio a 1%, Prematuras ou baixo peso ao nascer
que é na proporção de 1:80 (uma colher de sopa
Intolerantes ao leite artificial
de solução para cada litro de água) por uma hora.
Presença de pertubações digestivas
4. Escorrer (os utensílios não dever ser enxaguados
em água corrente). Presença de diarréia e desidratação
O vasilhame deve ser de plástico, vidro, louça, ou Débeis
mesmo de polietileno (mais recomendado)
(MEZOMO 2015)
Vantagens do processo:
Distribuição
Menor quebra de frascos
Maior durabilidade dos bicos
Prematuras ou baixo peso ao nascer que não
Melhor aspecto da mamadeira
sugam
Menos tempo de esterilização
Recém-nascidos com enteroinfecções
Simplicidade do processo
Portadores de deficiências imunológicas
Eliminação dos gastos eletricidade e gás
Portadores de diarreia protraída
Redução dos fatores de risco de acidentes
Portadores de alergia a proteínas heterólogas
Mamadeiras e bicos ficam imersos na solução
Casos excepcionais, a critério médico
desinfetante até a hora do uso, ficando livres da
contaminação pelo ar
Controle de Qualidade
Imersão das mãos dos funcionários na solução
desinfetante
Cuidados devem ter inicio no planejamento do banco ( lay
out, localização de portas e janelas, cruzamentos de fluxo,
O método de desinfecção química pode ser adotado em
tipo de piso e de parede, localização de equipamentos
hospitais pequenos, com até 50 leitos de pediatria.
etc.).
Controle sanitário (microbiológico)
Teste Bacteriológico
Uma mamadeira, pelo menos, escolhida ao acaso no Controle físico-quimico
refrigerador do berçário, isto é, pronta para consumo, Lavagem e esterilização de materiais
deverá ser enviada ao laboratório diariamente. Doadoras sadias
A contagem alta (> 25 microorganismos/ml ) implica na Controle de saúde dos funcionários
revisão cuidadosa de todo processo.
Unidade Técnica – Deve ser disponsta de :
Banco de Leite Humano (BLH) - MEZOMO Berçário
Coleta de leite
É um centro responsável pela promoção do aleitamento Conservação
materno e execução das atividades de coleta, Pasteurização
processamento e controle de qualidade para posterior Distribuição
distribuição de leite humano, sob prescrição médico ou
nutricionista. BANCO DE LEITE HUMANO (ACCIOLY/ CHEMIN)
.
Somente deverá ser doado leite àquelas crianças cujas O Planejamento físico-funcional visa à adequação das
mães estão impossibilitadas de amamentar. As doadoras instalações e áreas de trabalho a serem realizadas. Por
deverão ser mães com produção excessiva e plenamente meio de projeto pode-se garantir a racionalização do
saudáveis. espaço, redução de tempos e movimentos e garantia da
segurança na execução das atividades.
Tipos de banco de leite
Seleção de doadoras
Tipo Francês – caracterizado pela coleta em domicílio.
Tipo Brasileiro – que a coleta é feita no próprio banco de A história atual deve investigar uso de drogas
leite. (medicamentosa e abuso), tabagismo (até 10
Tipo Misto – onde um veículo coletor dotado de área de cigarros/mês) e etiliso (2 doses/dia).
recepção, vestiário e estocagem de leite coletado (tipo
brasileiro) vai até o local onde está a doadora (tipo Criterios para exclusão de doadoras: seja portadoras de
francês). moléstias infectocontagiosas; façam uso de medicamentos
ou drogas contraindicadas; façam uso de álcool acima de
Transporte – caixas isotérmicas, revestidas de PVC, com 15g/dia; sejam tabagistas (mais de 10 cigarros/dia),
gelo reciclável. estejam sob tratamento quimioterápico e radioterápico,
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
sejam desnutridas de terceiro grau, sejam consideradas Instalações elétricas embutidas ou protegidas por
inaptas por outros motivos. material resistente a impactos, à lavagem com
dispositivos de proteção.
Coleta externa – em domicílio da mãe doadora e Sistema de alimentação de emergência.
transportado ao BLH.
Coleta interna – realizada no próprio BLH. Sistema de climatização
Fatores importantes para elaboração do projeto físico- Reservatório de água – consumo de 2 dias
funcional: Se subterrâneos – dispor de tampa (acesso e
Localização em ponto estratégico para facilitar acesso inspeção, limpeza e evitar infiltrações).
das doadoras
Composição das áreas Composição das áreas de BLH
Estrutura administrativa
Recursos Humanos Layout com fluxo unidirecional de pessoas e produtos
Instalações elétricas, hidráulicas e os materiais de para evitar cruzamentos e facilitar a higienização.
acabamento.
1. Sala de prática de Educação em Saúde
Materiais de acabamento
Promoção de ações de educação para o aleitamento
Resistentes à lavagem e uso de saneantes materno com palestras, demonstrações e
treinamentos.
Rejuntes com superfície monolítica, sem ranhuras ou
perfis aparentes e índice de absorção que não Precisa de mobiliários, berços, poltronas, materiais e
ultrapasse a 4% recursos audiovisuais.
Cimento com aditivo antiabsorvente tanto em paredes
2. Sala de administração
e bancadas quanto nos pisos
Ambientes semicríticos – permitido o uso de divisórias
Destinada ao responsável técnico e outros
se forem resistentes ao uso de saneantes.
profissionais envolvidos na gestão do BLH.
Ambientes críticos e semicríticos – tubulações não
podem ser aparentes nas paredes e tetos. Devem ser 3. Área de Recepção da Coleta Externa de Leite
embutidas ou protegidas por canaletas. Humano Ordenhado (LHO)
Junção do rodapé com a parede alinhada
Ambiente crítico – proibido uso de forro falso Recebimento do Leite Humano Ordenhado (LHO) de
removível (difícil limpeza). coletas externas e ter comunicação por guichê com a
Ambiente semicrítico – teto resistente a processos de estocagem de Leite Humano Ordenhado cru (LHOC).
limpeza e desinfecção. Ato recebimento: verificar conformidade de transporte,
Ralos – com fechos hídricos ou sifões e tampa com temperatura, embalagem, rastreabilidade do produto
fechamento escamoteável para evitar insetos e cru. Embalagem que não atendam aos critérios devem
roedores. ser descartadas.
Telas milimétricas nas janelas, borrachas de vedação Ao receber o LHOC faz-se procedimento de
na parte inferior das portas desinfecção na parte externa das embalagens com
Ambientes críticos – não deve haver aberturas para álcool 70% - operador uniformizado e paramentado
áreas externas e ralos no piso. com avental, touca, luvas e protetor ocular para evitar
contaminação do produto e proteger à saúde do
Iluminação e Instalações Elétricas operador.
Área de coleta externa – mímino 4 m2. Piso, parede,
Distribuição uniforme, sem ofuscamentos, sombras e teto e bancada de material monolítico, impermeável,
contrastes excessivos. lavável, resistente aos processos de higienização e
Direção que não prejudique movimentos nem a visão adequado estado de conservação. Necessário
das pessoas. Películas no vidro são recomendadas.
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
bancada com pia de lavagam para higiene dos Contígua à sala de processamento e manter
frascos. comunicação por meio de guichê.
Produção de até 60L / mês não precisa desta sala que
4. Área de Recepção, Registro e Triagem das pode ser estocado na sala de processamento em
Doadoras freezer exclusivo.
Área mínima – 4 m2.
Nutriz saudável com produção excedente de leite LHOC congelado a uma temperatura máxima de -3ºC
humano ou aquelas que precisam ordenhar quando a pode ser armazenado por no máximo 15 dias. E
amamentação no seio não é possível. freezer (-15 ºC) em até 15 dias. Geladeira, de mãe
Seleção doadoras – responsabilidade do médico do para filho em domicílio até 24 horas e até 12 h para
BLH. consumo intrahospitalar.
Aptas – estar amamentando ou ordenhando para o Monitorar temperatura de armazenamento com
próprio filho; ser saudável, exames pré e pós-natais registro
compatíveis com a doação; não fumar mais de 10 Ações corretivas quando necessário
cigarros/dia; não usar medicamento incompatíveis Manutenção dos equipamentos com cronograma.
com a amamentação; não usar álcool ou drogas
ilícitas; fazer hemograma completo, VDRL, anti-HIV 8. Sala de Processamento do LHO
quando não tiver feito o pré-natal ou sem o cartão da
nutriz disponível; realizar outros exames se Ambiente crítico em razão da manipulação
necessário. Revestimentos de piso, paredes, teto e bancadas de
Mobiliário, área para triagem e seleção – área mínima material monolítico, impermeável, lavável, resistente à
de 7,5 m2. higienização e em adequado estado de conservação
Não é permitido uso de divisórias removíveis e sim
5. Vestiário de Barreira paredes pré-fabricadas desde que tenham
acabamento monolítico.
Barreiras físicas são estruturas que devem ser Área mínima de 15m2.
associadas a condutas técnicas minimizando Sistema de climatização para retirada do calor gerado
contaminação do BLH. pelos equipamentos de refrigeração, degelo e
Deve ser exclusivo, área mínima de 3 m 2 e servir de pasteurização.
barreira (entrada e saída) à entrada nas salas de Temperaturas de processamento, ordenha e
ordenha de LH e processamento. porcionamento devem ser de 21 a 24ºC e umidade
Revestimentos de piso, parede, teto e bancadas com relativa do ar de 40 a 60%.
material monolítico, resistente aos processos de Não podem ter ventiladores de teto e circuladores de
higienização em bom estado conservação. ar.
Área para paramentação de trabalhadores, doadoras, LHOC estocado no BLH, oriundo de coleta externa e
dotadas de armário para guarda das peças (máscara, interna devem passar por descongelamento, seleção,
gorro, óculos, luvas e aventais) e recipiente de classificação, reenvase e pasteurização.
descarte da paramentação usada.
Descongelamento - em banho-maria com temperatura
Lavatório para mãos, torneira com acionamento por final que não exceda 5ºC.
pedal ou sensorizada, dispensador com sabonete
Seleção – verificar condições de embalagem e
líquido e degermante, dispensador com papel toalha
rotulagem, presença de sujidades, cor (esbranquiçado
não reciclável e lixeira com tampa sem acionamento
ao amarelo intenso passando ao esverdeado e
manual.
azulado), off-flavor (característica organoléptica não
Técnica para lavagem de mãos disponível em local conforme com o aroma original do LHO) e acidez
visível, próximo ao lavatório e descrita em manual. Dornic (1 a 8ºD). volume mínimo para pasteurização é
de 50 ml.
6. Sala de Ordenha
Classificação - período de lactação (colostro, leite de
transição, leite maduro e de prematuro), acidez
Área mínima de 1,5 m2
por cadeira de coleta. Dornic, conteúdo energético pelo teor de lipídeo
Localização próximo a sala de estocagem de LHOC e (crematócrito). Não aceitáveis são descartados como
manter comunicação por guichê de passagem. resíduos do Grupo D (rede de esgoto sem tratamento
Fluxo da direção da sala de ordenha à sala de prévio) segundo RDC nº 306 / ANVISA.
processamento. Reenvase – garantia da qualidade e uniformização
Revestimentos de material resistente, monolíticos, dos volumes e embalagens sob campo de chama ou
lavável e impermeável. cabine de segurança biológica com frascos
Poltrona de coleta, mesa de apoio, armário para esterilizados.
guarda dos frascos estéreis com identificação da Pasteurização (LHOP) – a 62,5ºC durante 30’ com
validade da esterilização. monitoramento a cada 5’ com registro em planilha.
Na coleta o LHO deve ser rotulado: nome da doadora, Equipamentos - banho-maria para descongelamento,
data e hora da primeira coleta e classificação do LH bico de Bunsen para o reenvase, pasteurizador, timer,
de acordo com o período de lactação. termômetros e resfriador para a coleta de amostras.
Supervisão de um profissional responsável que deve Amostras (5ml) 100% devem ser submetidas à análise
orientar sobre a paramentação, utilização de aventar microbiológica para determinação coliforme.
fenestrado exclusivo para a ordenha, gorro, máscaras LHO e pasteurizado – mantido a -3ºC por até 6
e higienização das mãos e mamas. meses. Se descongelado, sob refrigeração a 5ºC por
no máximo 24 horas.
7. Sala de Armazenamento do Leite Humano LHO pasteurizado e liofilizado – mantido a 4ºC por 1
Ordenhado Cru (LHOC) ano.
Câmara fria ou freezer para estocagem do leite cru
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
LHOC exclusivamente da mãe para o filho na UTI
neonatal se coletado em ambiente próprio para este 2. Licença para funcionamento
fim, com supervisão, consumido até 12h se a 5ºC. Licença sanitária por órgão de vigilância sanitária
Vidrarias devem ser autoclavadas a 121 ºC por 15 competente – alvará de funcionamento ou alvará
min. sanitário.
Após pasteurização pode ser feito resfriamento com Emitido pela Vigilância Sanitária Municipal, Estadual
objetivo de cessar as perdas do produto (fatores ou do Distrito Federal.
termossensíveis) pelo calor residual. Mergulhar os Solicitação: antes do início das atividades; alteração
frascos retirados do banho maria, no resfriador a uma de endereço ou de atividade ou de processo produtivo
temperatura média de 0 ºC, monitorar o leite até atingir ou razão social ou responsabilidade técnica.
5 a 7 ºC, em 15 min. Uniformizar o leite durante o Gestão descentralizada
processo a cada 5 min.
3. Fluxo de Trabalho
9. Sala de Porcionamento
Manual de Boas Práticas : condições higiênico-
sanitários dos edifícios; manutenção e higienização
Ambiente crítico em razão da manipulação
das instalações, dos equipamentos e utensílios;
Área mínima de 4 m2
controle de água de abastecimento e controle
Bancada, banho-maria, armários para guarda de
integrado de vetores e pragas urbanas; capacitação
frascos estéreis usados no porcionamento, materiais
profissional; controle de higiene e saúde dos
para rótulos, bico de Bunsen por gás canalizado,
manipuladores; manejo de resíduos e controle e
cabine de segurança e refrigerador para o LHOP.
garantia da qualidade do produto.
Porcionamento do LHOP por funcionário paramentado
POP - Higienização das instalações, equipamentos,
e capacitado usando utensílios esterilizados retirados
móveis e utensílios; controle da potabilidade da água;
da embalagem no momento do porcionamento.
higiene e saúde dos manipuladores; manejo de
Critérios para recebimento do LHO: recém-nascido resíduos; manutenção preventiva e corretiva de
prematuro, recém-nascido infectado principalmente equipamentos; controle integrado de vetores e pragas
com êntero-infecções, em nutrição trófica, portador de urbanas; seleção de matéria-primas, ingredientes e
imuno-deficiência, portador de alergia a proteínas embalagens e programa de recolhimento de
heterólogas, casos excepcionais a critério médico. Em alimentos. Acrescentar a informação de
geral recém nascido internados em UTI neonatal. procedimentos relativos ao processamento e controle
Transporte: caixas isotérmicas de cloreto de polivinil de qualidade do LHO.
(PVC), gelo reciclável, proporção 3:1 (leite). Ferramenta de qualidade - 4Q1POC (O quê?,
Quem?, Quando?, Quanto?, Onde? Por quê? Como?
10. Laboratório de Controle de Qualidade
Gerenciamento da Qualidade – ciclo PDCA.
Área mínima – 6,0 m2
Análises físico-químicas LHOC – Graus Dornic, Manual de Boas Práticas do BLH
crematório para valor energético Razão social e CNPJ do estabelecimento de saúde
Análise microbiológicas do LHOP - coliformes Endereço
Equipamentos - acidímetro Bornic, microcentrífuga, Objetivos do BLH
banho-maria, capela de fluxo laminar, autoclave e Campo de aplicação do MBPF
estufa bacteriológica. Responsável técnico pelo BLH
Localizado no BLH ou fora dele. Características do BLH (dias, horário, clientela,
Outros ambientes podem ser previstos - sala para número médio atendimento, produção LHO coletado e
lactentes e acompanhantes com berços ou distribuído diariamente.
cadeiras/poltronas, depósito de material de limpeza ( Descrição físico-funcional do BLH
área mínima de 2m2 com tanque de lavagem), centro Condições ambientais externas, internas, sistemas de
de material esterilizado simplificado e consultório. segurança, memorial descritivo dos equipamentos,
mobiliários e utensílios.
O BLH deve perfazer uma área física total mínima de 40 Informações sobre os recursos humanos
m2, quando vinculada ao hospital e de 80 m2, se externa.
Já para o posto de coleta deverá ter no mínimo 14 m2. Procedimentos Operacionais Padronizados
Paramentação das doadoras e funcionários para
Organização do BLH coleta no BLH
Coleta de LHO no BLH
1. Recursos Humanos Recepção da coleta externa de LHO
Armazenamento de LHOC
Equipe: médicos, nutricionistas, enfermeiros, Descongelamento do LHOC e coleta de amostra para
farmacêuticos, engenheiros de alimentos, biólogos, testes de acidez Dornic e crematócrito
biomédicos, médicos veterinários, psicólogos, Seleção do LHOC e avaliação sensorial
assistentes sociais, fonoaudiólogos, terapeutas Teste de acidez e análise do crematócrito
ocupacionais, auxiliares e técnicos de enfermagem, de Pré-aquecimento e pasteurização de LHOC
laboratório e de nutrição. Determinação da curva de pré-aquecimento
Profissional de nível superior legalmente habilidado Resfriamento de LHOP
para ser responsabilidade técnica (nutricionista). Análise microbiológica
Capacitação dos profissionais em centros de Armazenamento do LHOP e rotulagem dos frascos
referência BLH. Porcionamento do LHOP
Resolução CFN nº 380 / 2005 – 1 nutricionista com Controle de Temperatura de equipamentos a frio
carga horária semanal de 30 horas. Controle de temperatura ambiente
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
BANCO DE LEITE HUMANO ( CHEMIN) exames sorológicos do pré-natal, peso inicial na
gestação, altura, peso do RN, idade gestacional no
Os BLH, bem como os Postos de Coleta, devem
momento do parto e data em que ocorreu) e a história
considerar aspectos essenciais quanto á sua instalação:
atual da doadora ( exames de interesse médico)
Área sufuciente e proporcional às operações;
Acesso externo facilitado; Ordenha
Afastado de outras dependências para não
comprometer a qualidade química, fisíco-química e Ordenhas realizadas em enfermarias ou domicilios
microbiológica do produto; demandam um maior rigor no controle higiênico
Abastecimento de água nos padrões de potabilidade e sanitário
em quantidade suficiente; Os funcionários do BLH devem ser devidamente
Capacidade de energia elétrica e fornecimento treinados e as doadoras previamenete orientadas
adequado; dentro dos padrões técnicos higiênico-sanitários.
Iluminação e ventilação suficientes e de acordo com O LH deverá ser mantido o menor tempo possível,
especificações técnicas; fora da cadeia de frio , para manter o valor biológico e
Gestão de resíduos sólidos; transportado ao BLH sob cadeia de frio em caixas
Remoção de esgoto e disponibilidade da rede; isotérmicas de PVC, com gelo reciclável na proporção
Piso de material liso, resistente e impermeável; de 3:1 de gelo e leite.
Paredes de cor clara, com barras até 2 m de material
lavável, resistente; Temperaturas e tempos de conservação do leite cru
Teto, piso, bancadas, paredes e divisórias revestidas
com material de alta resistência e impermeabilizado; Freezer: -18° C (15 dias)
Equipamentos e utensílios em quantidade proporcional Congelador: -5° C (15 dias)
à capacidade operacional, exclusivos, em bom estado Geladeira: 4°C (24h) para o uso de mãe para
de conservação de fácil limpeza, higienização e próprio filho em domicílio e até 12h para
esterilização. consumo intra hospitalar.
Caixa térmica de transporte: < -3° C ( no máximo
Área Física 6h)
Por atendimento telefônico ou no próprio BLH. Com luva de procedimento, verificar data de ordenha dos
Informações sobre a história clinica pregressa (local leites armazenados selecionando os mais antigos até 15
do pré natal, número de consultas, intercorrências e dias, leites de mães de RN internados, volume maior ou
igual a 50 ml/doadora (volume mínimo para
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
pasteurização). Anotar em planilha nome, número de Administração do LHO
cadastro, data de nascimento e data de ordenha.
LHO só pode ser administrado cru em situações
Proceder o degelo dos leites armazenados em banho- especiais e exclusivamente de máe para o próprio filho.
maria ou em micro-ondas para volumes maiores de 500 Ordenha conduzida sob supervisão em ambiente
ml. Ao final do degelo deve restar uma pequena bola de próprio.
leite congelado. LHO identificado e o consumo deve ocorrer em no
máximo 12h, mantido em temperatura não superior a
Reenvase: uniformização dos volumes e embalagens sob 5° C.
campo de chama ou cabine de segurança biológica com Para UTIN, quando não houver BLH no serviço de
frascos esterilizados. saúde, recomenda-se que o leite cru da própria mãe
seja imediatamente resfriado para ser utilizado em, no
Coletar um tubo de ensaio devidademente identificado com máximo 12h.
o nome da doadora, 5 ml de leite para realização do Em condições excepcionais, o acréscimo de aditivos
controle físico-químico ( acidez titulável e crematócrito) poderá ser realizado – sob prescrição médica –
administrado em ambiente hospitalar.
Pasteurização
Distribuição
RN prematuroou de baixo peso que não suga
RN infectado, especialmente com enteroinfecções
RN em nutrição trófica
RN portador de imunudeficiência Estratégias de organização e interação para a atenção
RN portador de alergia a proteínas heterólogas alimentar e nutricional na produção de refeições
Casos excepcionais, a critério médico
1. Avaliação da qualidade alimentar e nutricional:
Porcionamento indicadores definidos e monitorados para avaliar o que
foi planejado como padrão e estabelecimento de
Degelo prévio medidas corretivas. Indicadores qualitativos e
Observar prescrição médica ou do nutricionista quantitativos (apresentação, temperatura, peso,
Realizar o porcionamento em cabine de segurança respeito ao cardápio e ficha técnica, observações.).
biológica.
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
2. Testes de Degustação: possibilitam avaliação da
qualidade sensorial das preparações .
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Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
3. A Comissão de Cardápios: membros da equipe para 4. Enquetes de satisfação: avaliar a evolução da
avaliar os cardápios, verificar formas de preparo e opinião dos clientes e planejar ações futuras.
condições de realização, combinação das
preparações, compras, sazonalidade etc.
5. Comissão de avaliação dos serviços prestados: com a necessidade de cada clientela. Atentar para os
representantes da equipe para avaliação dos serviços aspectos sanitário, nutricional e sensorial.
de gestão de todo processo operacional. Avaliar a Relação entre tipo de cardápio e tipo de UPR – devem
qualidade dos serviços para identificar as falhas ser agrupados de acordo com as características do
ocorridas e fazer as sugestões de melhorias. comensal, dependendo do estado de saúde e da faixa
etária. Atende à coletividade sadia ou enferma. A
6. Ações educativas com os comensais: dinâmica de sadia é dividida em alimentação comercial e coletiva.
grupo, ateliê de cozinha, seminários e exercícios de A enferma pertence a alimentação coletiva mas se
avaliação, visitas à cozinha, semanas de saúde, dicas distingue por faixa etária podendo ser adultos,
de receitas, formulários explicativos, dentre outras. crianças ou idosos.
Relacionar alimentação saudável, hábitos alimentares,
Bases para organização do trabalho para melhor características sensoriais e modo de apresentação ao
qualidade prazer das pessoas consumirem esses alimentos se
Ênfase no trabalho de equipes torna um desafio ao nutricionista.
Concepção da gerência com articulação nos vários Papel preponderante da educação nutricional
saberes (motivação, resultados e interação da Coletividade sadia – variedade, qualidade e
equipe). quantidade na prevenção, manutenção e promoção da
Gestão participativa e capacitação dos nutricionistas. saúde.
Coletividade enferma – tipos de alimentos, técnica de
Gestão de Cardápios na produção de refeições preparo e cocção, inclusão e exclusão de
Função do cardápio – relação de preparações ou determinados ingredientes visando atender as
alimentos que serão consumidos em uma ou mais condições fisiológicas segundo os preceitos da
refeições durante determinado período de tempo. O Dietoterapia.
cardápio deve oferecer os alimentos de maneira
adequada às pessoas que vão consumi-los, de acordo
91
Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
Critérios e cuidados para elaboração de cardápios Cardápio sem repetição;
Tempo de cardápio: planejamento mensal que envolva
a equipe na elaboração;
Recomendações nutricionais, redução de açucares,
Iniciar pela escolha das carnes (tipo de carne) e
sal e gordura, frequência de doces, e alimentos pouco
conferir se há repetição;
nutritivos ou saudáveis, técnicas de preparo,
Definir tipo de corte, técnica de preparo, existência ou
composição nutricional dos alimentos,
não de molho etc;
acompanhamento da elaboração do cardápio;
Se houve mais de duas opções de carne, atentar para
Arte culinária: aguça os sentidos da audição, visão,
a técnica de preparo;
paladar, tato e olfato;
Definir o acompanhamento, complemento ou
Sensibilidade ao bom paladar se harmoniza com as
guarnição que combine com o prato principal. Variar
funções orgânicas e está aliada a preocupação de
tipos e temperos de arroz e feijão;
saúde e estética;
Escolha das saladas com atenção à repetição de
Acompanhamento da equipe de cozinha.
ingredientes e grau de elaboração;
Escolha das sobremesas;
Etapas para elaboração de um cardápio Escolha dos gastronorms mais adequados;
Escolha de técnica de preparo saudáveis;
O cardápio que demonstrará aos olhos de todos,
leigos ou especialistas em alimentação, a qualidade e
a preocupação desse profissional com seus clientes;
92
Capítulo elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy
MÉTODO AQPC – AVALIAÇÃO QUALITATIVA DAS Presença de doces, ou seja, sobremesas elaboradas;
PREPARAÇÕES DO CARDÁPIO Classificação do cardápio diário em pouca ou muita
quantidade de gordura - teor de gordura dos alimentos
Surgiu com a necessidade não só de analisar o cardápio das preparações, principalmente as carnes ou pela
em relação à sua composição (quantitativo), mas também técnica de preparo (fritura).
em relação aos aspectos nutricionais e sensoriais como
avaliação qualitativa. 3ª Etapa: as avaliações da semana reúnem as avaliações
O AQPC visa auxiliar o profissional na construção de um diárias com informações quanto ao número de dias em
cardápio mais adequado do ponto de vista nutricional e de que:
alguns aspectos sensoriais dentro dos parâmetros de Aparecem frituras no cardápio;
saúde preconizados ainda na elaboração teórica do Há repetições de preparações;
cardápio. Há repetições de técnicas de preparo;
O método auxiliar na percepção do equilíbrio em aspectos Há fruta como sobremesa;
tais como tipos, cores e formas de preparo dos alimentos, Há doces industrializados ou preparados como
buscando torná-los mais adequados ao ponto de vista de sobremesa. Ex: pudim, gelatina e sagu;
saúde. Torna-se uma ferramenta útil na gestão da Ocorre oferta de doces na sobremesa e frituras no
produção de refeições buscando a melhoria da atenção mesmo dia;
alimentar e nutricional. Há oferta de carne gordurosa desconsiderando o dia
Método se apresenta em duas modalidades: em que a carne é preparada com a técnica de fritar;
AQPC – mais para restaurantes institucionais com O jogo de cores do cardápio não está atrativo,
menor número de opções e de porções. representando monotonia de cores entre preparações;
AQPC bufê – variedade de opções e liberdade de São oferecidas duas ou mais preparações ricas em
escolha das preparações, quantidades e tipos de enxofre, não incluindo o feijão que, normalmente é
alimentos ao comensal. oferecido diariamente;
Há saladas de folhosos entre as opções de salada;
Itens e critérios de avaliação do AQPC É oferecida conserva como um tipo de salada;
As técnicas de preparo da segunda opção de carne
A avaliação abrange a composição das preparações, suas coincidem com as técnicas de preparo da carne do
cores, as técnicas de preparo empregadas, as repetições dia. Se houver oferta frequente de dois tipos de carne
do cardápio, as combinações, os tipos e percentuais de para consumo diário, analisar se há dias de repetição
ofertas (frutas, folhosos, tipos de carnes) e as da mesma técnica de preparo para as duas opções.
características dos alimentos.
4ª Etapa: a avaliação mensal agrupa os dados semanais
Critérios estabelecidos para escolha dos itens de e, posteriormente, estes são tabulados em percentuais em
avaliação relação ao número total de dias dos cardápios
investigados.
1. Técnicas de cocção alertando para monotonia e Após os dados serem analisados e os percentuais
repetição. estabelecidos, a avaliação mensal demonstra o
2. Aparecimento de frituras, de forma isolada e agrupamento das informações semanais, facilitando a
associada aos dias de doces considerando o risco do visualização da estrutura do cardápio planejado e as
consumo elevado de frituras associado ao excesso de reformulações necessárias.
carboidratos simples.
3. Cor das preparações e alimentos empregados no
cardápio – aspecto visual da preparação e variedade
de nutrientes.
4. Presença de alimentos ricos em enxofre – devem ter
oferta limitada para redução de sensação de mal-estar
e desconforto gástrico pelos compostos sulfurados.
5. Aparecimento de itens importantes para uma
alimentação saudável como frutas e folhosos pela
oferta de vitaminas, minerais e fibras.
6. Contraste dos itens saudáveis – presença de carne
gordurosa nos dias em não há emprego da fritura
como técnica de preparo das carnes e a oferta de
doces, principalmente quando for única opção.
2ª Etapa:
Técnicas de cocção;
Cor das saladas e combinação de cores de todas as
preparações do cardápio diário;
Número de preparações com alimentos ricos em
enxofre;
Aparecimento de folhosos e conservas nas saladas, e
de frutas nas sobremesas;
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Exemplo de Aplicação do Método AQPC
Avaliação do cardápio:
Alto teor calórico (49,4% de frituras) SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
66,1% de doces (mistura de açucares simples com NUTRICIONAL E SENSORIAL - AQNS
gordura) e 15,6% de doce associado à fritura
Muita utilização da fritadeira (equipamento mais 1. Qualidade higiênico-sanitária e APPCC (7
disponível) princípios);
Comprometimento das variações de preparo
(insuficiência de equipamentos) 2. Qualidade nutricional e sensorial dos alimentos –
Tipo de serviço: se o complemento é livre e é servido o resgate da culinária com o conhecimento da
como fritura, mais será o consumo. composição dos alimentos (estrutura e propriedades
Pouca presença de frutas (33,9%) sensoriais das carnes – textura, cor, sabor, odor; valor
Boa presença de folhosos (82,6%) nutricional; alterações durante o pré-preparo e
preparo; tipos de cortes de carnes; processamento
Semelhança de cores dos alimentos em 65% dos dias
térmico das carnes; composição dos óleos e
(interfere na escolha dos alimentos e satisfação dos
alterações no processo de frituras (limite do ponto de
clientes).
fumaça); oxidação lipídica dos alimentos.
Alta presença alimentos ricos em enxofre (exceto o
feijão) com 65% com necessidade de equilíbrio na
3. Equipamentos, utensílios e preservação do valor
oferta de alimentos crucíferos no cardápio.
nutricional - valorização dos equipamentos que
Trabalhar com educação nutricional: palestras em preservam o valor nutritivo (forno combinado), tipos de
Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT), materiais (aço inoxidável menor interferência sobre a
comemoração do dia da alimentação e outros voltados qualidade dos alimentos, utilização de utensílios de
para a saúde, medições antropométricas, exposição polipropileno que desgastam menos o alumínio).
de pirâmide alimentar, teatro, atendimento
ambulatorial, divulgação de dicas de alimentação no 4. Utilização de sal, ervas aromáticas e especiarias –
cardápio, intranet, capacitação da equipe, mural Deve-se atentar para a utilização adequada do sal e
informativo, display, etc. das especiarias de forma a aumentar os aromas
naturais, destacar as cores das frutas e legumes e
Se houve alto percentual de oferta de salada de folhosos e aumentar o valor nutritivo.
de frutas como sobremesa, isso pode ser corrigido de
maneira pontual ainda durante o planejamento do Perigos nutricionais: possibilidade de perda ou redução
cardápio. do valor nutricional em função de técnicas de preparo
A avaliação qualitativa disponibiliza a possibilidade de inadequadas. Ex.: redução do teor de ferro e de vitaminas
intervenção imediata, podendo reduzir algumas falhas de em decorrência do descongelamento de carnes imersas
planejamento, inserção inadequada de determinados em água e sem a embalagem de proteção: não proceder à
alimentos que, oferecidos em conjunto com outros, podem redução do teor de gorduras saturadas através da retirada
não se tornar uma boa opção. da pele do frango: maior oxidação lipídica, em decorrência
O profissional pode verificar se o cardápio se enquadra da utilização de elevadas temperaturas de cocção.
nos parâmetros de manutenção de saúde, prevenção de
doenças e alimentação saudável. Perigos sensoriais: possibilidade de comprometimento
dos aspectos sensoriais em função de técnicas de preparo
inadequadas. Ex.: redução do sabor e a perda de maciez,
em decorrência do descongelamento de carnes imersas
em água e sem a embalagem de proteção; possibilitar a
utilização de elementos muito ricos em gordura, que
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acabam por comprometer a aparência e outros sabores
das preparações; elaboração de preparações com muito Síntese dos perigos e pontos críticos de controle de
tempo de antecedência, possibilitando o ressecamento processos de elaboração de preparações a base de
(desidratação) dos seus componentes, pois são mantidos carnes relacionados à AQNS
sob elevadas temperaturas na espera da distribuição:
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Sistema de Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial das Preparações um Unidades Produtoras de Refeições (UPR)
Roteiro Básico:
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aplicação. Ex: bromelina (para carnes mais duras)
2. Avaliação do processo operacional da UPR minutos antes da cocção e vinha d’alhos 3 horas de
Indicadores de qualidade nutricional e sensorial antecedência para cortes menores e até 24 horas para
cortes maiores
Utilização de ervas, especiarias ou outros ingredientes
Características sensoriais e da temperatura no indicados para cada tipo de preparação – incremento
recebimento – MBP e PIQ de antioxidantes.
Tempo para armazenamento – quanto maior tempo, Binômio tempo e temperatura de cocção – sistema
maior perda de exsudato (vitaminas e minerais) e APPCC.
desnaturação proteica. Controle da temperatura e qualidade do óleo de fritura
Temperatura para o descongelamento - segundo – nível máximo180ºC
MBP. Avaliação das estratégias aplicadas para incorporar
Padronização dos cortes de carnes – análise da atributos de qualidade – decoração, cortes carnes,
amostra de cada porção de carne, tratar disposição dos alimentos, finalização, cores, etc.
estatisticamente e avaliar a variância e padrões. utilizando reuniões periódicas para avaliação dos
Retirada de gordura aparente como rotina. resultados e busca de melhorias.
Padronização da quantidade de sal adicionada – Avaliação da preparação-degustação – características
definir padrões de salinidade das preparações com sensoriais.
classificação.
Utilização de meios mecânicos, químicos e Formulários para coleta e registro de dados para o
enzimáticos para conferir maciez às carnes – definidos
SAQNS
em relação ao tipo de carne, volume e forma de
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Multiplicação dos postos de trabalho para todas as
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA PRODUÇÃO DE etapas e com controle permanente dos
ALIMENTAÇÃO COLETIVA procedimentos;
Substituição emergencial de gêneros pela
Processo de Produção de Refeições Tradicional sazonalidade levando riscos ao processo;
Desperdício pela previsão de margem de segurança
Características: na produção que pode não ser utilizada;
Refeições consumidas no mesmo local e no mesmo Divisão hierárquica que ressalta a figura do chefe de
dia em que são preparadas; cozinha e polivalência dos operadores;
Utiliza grande quantidade de alimentos em estado As operações estão relacionadas ao cardápio;
bruto procedendo pré-preparo e preparo; As operações de pré-preparo podem representar 80%
Confeccionar num intervalo de tempo curto uma das atividades totais;
grande quantidade de refeições bem definidas, Pressão temporal pelos horários que antecedem a
respeitando a perecibilidade e o custo de distribuição levando a acidentes de trabalho;
funcionamento; Ritmo de trabalho bastante intenso;
Organização do processo produtivo: Principais Condicionantes de horários de trabalho;
(processamento dos alimentos: recepção de matéria- Utilização intensiva de mão-de-obra com grande
prima, estocagem, pré-preparo, cocção, conservação dependência do trabalho dos operadores;
da preparação pronta e distribuição das refeições) e Falta de formação adequada dos operadores, alto
Anexas (manutenção de utensílios e instalações: turn-over e absenteísmo;
higienização de utensílios e equipamentos e Processo propício a irregularidades nos resultados
eliminação de dejetos); pela diversidade de atividades e ao grande número de
Instalações físicas bem grandes e onerosas; parâmetros a serem controlados;
Equipamentos pouco eficientes e alto custo de Dificuldade pela ocupação da mão de obra e controle
manutenção; de qualidade pela legislação e mercado.
Maior risco de contaminação e perdas nutritivas;
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indução, ondas eletromagnéticas para microondas,
Inovações em termos de equipamentos células de resfriamento, criogênicas e mecânicas;
Economizam tempo e energia;
Relacionadas às questões de transmissão de calor, Melhor conservação de vitaminas, sais minerais e
através de aparelhos de cocção e de resfriamento de peso dos alimentos;
alimentos; Equipamentos polivantes (cocção e aquecimento);
Capacidade de programação, com precisão, dos Agilidade no alcance das temperaturas;
tempos e temperaturas envolvidos, aumentando a A umidificação por vapor evita a desidratação dos
segurança do processo e modificando a organização alimentos;
do trabalho; Ganho de tempo, energia, mão de obra e rendimento
Principais modificações na alimentação coletiva: vapor das preparações;
d’água com ou sem pressão para cocção à vapor, ar Redução da necessidade de manutenção, riscos de
quente sob pressão e vapor d’água para a cocção acidentes e calor ambiental (placas de indução);
mista, eletricidade em alta frequência para a placa de
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Inovações em termos de produtos alimentícios (pré- Terceira Geração: conservação por frio negativo em
elaborados) processos de congelamento e supergelamento;
Primeira Geração: se encontram em estado bruto; Sous vide : aplicada a produtos crus ou cozidos de
apresentam um prazo de validade limitado e boa qualidade microbiológica, acondicionado sob
necessitam de estocagem precisas de temperatura e atmosfera controlada por envelopes plásticos
higrometria; transparentes em condições de temperatura e higiene
Segunda Geração: alimentos apertizados rigorosas.
(conservas). Conservados por líquido, gás ou
microorganismos em embalagem hermeticamente
fechada;
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Cozinha de Montagem Diminuição da área física para preparo, eliminação
para o pré-preparo e redução de local de estocagem;
Empregada quando ocorre a produção de refeições, a Reduz influência de safras e alterações climáticas;
partir da combinação de produtos alimentares pré- Melhor planejamento, controle de pedidos e
elaborados provenientes das indústrias estocagem;
agroalimentares. Agilidade no preparo;
Envolve não só o conceito de produção mas também 60% das operações feitas com antecedência contra
uma variedade de soluções técnicas; 90% do processo tradicional;
O nível de utilização de produtos pré-elaborados pode Redução de 10 a 30% de tempo e número de tarefas;
variar culminando nas unidades com atividades de Menor necessidade de mão de obra e carga de
aquecimento e organização da distribuição, nas quais trabalho;
as preparações são adquiridas prontas; Pedidos devem ser feitos com antecedência;
Redução das operações de pré-preparo e cocção; Controle rigoroso na escolha de fornecedores;
Mantém operações de distribuição e atendimento; Custos diretos maiores e indiretos menores;
Limitações para tipos de preparação como grelhados Custo com área física menor.
e algumas frituras;
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