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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

CEFET-MG

Trabalho de
Biologia

Nomes: Daniel de Albuquerque e Michael rodrigues


Turma: Elelt 2
Professora: Leila Saddi Ortega
Trabalho de biologia
Mutações genéticas e o câncer

Anomalias genéticas
Anomalias são alterações no número ou estrutura do cromossomo durante algum evento
falho da divisão celular e se estas ocorrem em células gaméticas durante a mitose pode
prejudicar o desenvolvimento do embrião e causar doenças com a síndrome de down.
Algumas alterações cromossômicas não causam doenças nos portadores tais como as
translocações ou inversões cromossômicas, apesar de que podem aumentar a chance do
portador ter um filho com uma anomalia cromossômica.
Números de cromossomos acima ou abaixo do normal podem muitas vezes causar
doenças letais dentre elas:
Grito do gato, síndrome de Wolf-hirschhorn, síndrome de down, síndrome de Edward e
síndrome de patau.
Mutações cromossômicas
Toda e qualquer modificação que interfira no número ou na estrutura dos cromossomos
de uma célula é chamada mutação cromossômica. As mutações cromossômicas podem
ser classificadas de diversas formas, dentre elas a numérica (em que há alteração no
número de cromossomos de célula), e mutações estruturais ( em que há alteração na
forma ou no tamanho de um ou mais cromossomos da célula).
As mutações cromossômicas estruturais podem estar presentes tanto em condições
homozigóticas, quanto em condições heterozigóticas. Quando a mutação cromossômica
é homozigotica, o indivíduo apresenta os membros de um par de cromossomos com a
mutação. Quando apenas um dos cromossomos apresenta a mutação, trata-se de uma
mutação cromossômica em heterozigose.
Em linhas gerais, essas mutações não dão origem a novos tipos de genes, porém,
possibilitam o surgimento de novas combinações gênicas. E, ainda que sejam menos
significativas para a evolução do que as mutações gênicas (alteração do código genético
que produz novas versões de genes) e a recombinação gênica (mistura de genes de
indivíduos diferentes), as mutações cromossômicas também contribuem para a
manutenção da variabilidade gênica de determinadas populações naturais.

Alguns tipos de doenças causadas por mutações:

Autossômicas Recessivas: nesse tipo de mutação os afetados têm duas cópias do gene
mutante. Ex: Fibrose Cística.

Cromossomo X: essas mutações são dominantes no sexo masculino como no caso


da Distrofia muscular de Duchenne.

Poligênicas ou Multifatoriais: resultam da junção de fatores ambientais com os genes


alguns exemplos mais conhecidos são: Doenças cardíacas, câncer e também
esquizofrenia.

Existem vários testes para descobrir se um recém-nascido apresenta mutações genéticas,


e quanto mais rápidas o diagnóstico, maiores as chances de um tratamento eficaz.
Doenças por mutações genéticas

Síndrome de Turner

A síndrome de Turner é bastante rara e ao contrário da síndrome de Klinefelter afeta


apenas indivíduos de sexo feminino e não possui cromatina sexual, são monossomicos,
ou seja, em exames de seu cariótipo revelou a presença de 45 cromossomos, sendo que
do par dos sexuais há apenas um X. Sendo seu cariótipo representado por 45,X.

A ST ocorre em apenas 1 mulheres entre 3.000 nascimentos, devido ao grande número


de abortos que chega ao índice de 90-97,5%).

O surgimento da síndrome pode surgir quando esta ausente o cromossomo x paterno no


espermatozóide.

As meninas com esta Síndrome são identificadas ao nascimento, ou antes, da puberdade


por suas características fenotípicas distintivas. A constituição cromossômica mais
freqüente é 45, X sem um segundo cromossomo sexual, X ou Y.

Característica do Portador

Quando adultas apresentam geralmente baixa estatura, não mais que 150 cm; linha
posterior de implantação dos cabelos baixa (na nuca) ; pescoço alado; retardamento
mental; genitálias permanecem juvenis; ovários são atrofiados e desprovidos de
folículos, portanto, essas mulheres não procriam, exceto em poucos casos relatados de
Turner férteis; devido à deficiência de estrógenos (hormônio feminino) elas não
desenvolvem as características sexuais secundárias ao atingir a puberdade, sendo,
portanto, identificadas facilmente pela falta desses caracteres; assim, por exemplo, elas
não menstruam (isto é, tem amenorréia primária); grandes lábios despigmentados; pêlos
pubianos reduzidos ou ausentes; desenvolvimento pequeno e amplamente espaçados da
mamas ou mamas ausentes; pelve andróide, isto é, masculinizada; pele frouxa devido à
escassez de tecidos subcutâneos, o que lhe dá aparência senil; unhas estreitas; tórax
largo em forma de barril; anomalias renais, cardiovasculares e ósseas No recém nascido,
há freqüentemente edemas nas mãos e no dorso dos pés, que leva a suspeitar de
anomalia.

Não exibem desvios de personalidade, ou seja, sua identificação psicossocial não é


afetada.
Síndrome de Patau ou Trissomia do 13

Reconhecida em 1960 por Klaus Patau observando um caso de malformações múltiplas


em um neonato, sendo trissômico para o cromossomo 13. Tem como causa a não
disjunção dos cromossomos durante a anáfase 1 da mitose, gerando gametas com 24
cromátides. Cerca de 20% dos casos resultam de uma translocação não-balanceada.

A sua incidência foi estimada em cerca de 1 caso para 6000 nascimentos.


Aproximadamente 45% dos afetados falecem após 1 mês de vida; 70%, aos 6 meses e
somente menos de 5% dos casos sobrevivem mais de 3 anos. A maior sobrevida
relatada na literatura foi a de 10 anos de idade.

Assim como a maioria das outras trissomias, associa-se à idade materna avançada, por
estarem mais propícias a ocorrência da não disjunção dos cromossomos. A idade da mãe
é superior a 35 anos em 40% dos casos.

A trissomia tem origem do óvulo feminino, pelo fato da fêmea maturar geralmente
apenas um ovócito, em antagonismo com o macho, que matura milhões de
espermatozóides. Gametas masculinos portadores de alterações numéricas
cromossômicas tem menor viabilidade que gametas normais, sendo mínimas as
possibilidades de um gameta masculino com 24 cromátides fecundar um ovócito.

Característica dos Portadores

O fenótipo inclui malformações graves do sistema nervoso central como arrinencefalia.


Um retardamento mental acentuado está presente. Em geral há defeitos cardíacos
congênitos e defeitos urigenitais incluindo criptorquidia nos meninos, útero bicornado e
ovários hipoplásticos nas meninas gerando inviabilidade, e rins policísticos. Com
freqüência encontram-se fendas labial e palato fendido, os punhos cerrados e as plantas
arqueadas. A fronte é oblíqua, há hipertelorismo ocular e microftalmia bilateral,
podendo chegar a anoftalmia, coloboma da íris, olhos são pequenos extremamente
afastados ou ausentes. As orelhas são malformadas e baixamente implantadas. As mãos
e pés podem mostrar quinto dedo (polidactilia) sobrepondo-se ao terceiro e quarto,
como na trissomia do 18.

Fenda Labial
Síndrome de Down
Tipos de Trissomia do 21 ou Síndrome de Down

Há 3 tipos principais de anomalias cromossômicas ou variantes, na sindroma de Down.

trissomia simples (padrão): a pessoa possui 47 cromossomos em todas as células


(ocorre em cerca de 95% dos casos de Síndrome de Down). A causa da trissomia
simples do cromossomo 21 é a não disjunção cromossômica.

translocação: o cromossomo extra do par 21 fica "grudado" em outro cromossomo.


Nese caso embora indivíduo tenha 46 cromossomos, ele é portador da Síndrome de
Down (cerca de 3% dos casos de Síndrome de Down). Os casos de mosaicismo podem
originar-se da não disjunção mitótica nas primeiras divisões de um zigoto normal.

mosáico: a alteração genética compromete apenas parte das células, ou seja, algumas
células têm 47 e outras 46 cromossomos (ocorre em cerca de 2% dos casos de Síndrome
de Down). Os casos de mosaicismo podem originar-se da não disjunção mitótica nas
primeiras divisões de um zigoto normal.

É importante saber, que no caso da Síndrome de Down por translocação, os pais devem
submeter-se a um exame genético, pois eles podem ser portadores da translocação e têm
grandes chances de ter outro filho com Síndrome de Down.

Características dos Portadores

O portador da Síndrome pode apresentar várias:

A cabeça é um pouco que o normal. A parte posterior da cabeça é levemente achatada


(braquicefalia) na maioria das crianças, o que dá uma aparência arredondada à cabeça.
As moleiras (fontanela) são, muitas vezes, maiores e demoram mais para se fechar. Na
linha média onde os ossos do crânio se encontram (linha de sutura), há muitas vezes,
uma moleira adicional (fontanela falsa). Cabelo liso e fino, em algumas crianças, pode
haver áreas com falhas de cabelo (alopecia parcial), ou, em casos raros, todo o cabelo
pode ter caído (alopecia total).

Rosto tem um contorno achatado, devido, principalmente, aos ossos faciais pouco
desenvolvidos e nariz pequeno. Osso nasal geralmente afundado. Em muitas crianças,
passagens nasais estreitadas.

Olhos têm uma inclinação lateral para cima e a prega epicântica (uma prega na qual a
pálpebra superior é deslocada para o canto interno), semelhante aos orientais. Pálpebras
estreitas e levemente oblíquas.

Orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha ( hélix ) é muitas


vezes dobrada. A estrutura da orelha é ocasionalmente, alterada. Os canais do ouvido
são estreitos.
A boca é pequena. Algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua pode projetar-se
um pouco. À medida que a criança com síndrome de Down fica mais velha, a língua
pode ficar com estrias. No inverno, os lábios tornam-se rachados. O céu da boca
(palato) é mais estreito do que na criança "normal". A erupção dos dentes de leite é
geralmente atrasada. Às vezes um ou mais dentes estão ausentes e alguns dentes podem
ter um formato um pouco diferente. Mandíbulas pequenas, o que leva, muitas vezes, a
sobreposição dos dentes. A cárie dentária é observada com menor comparada com
crianças “normais”.

Pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca No bebê, dobras
soltas de pele são observadas, muitas vezes, em ambos os lados da parte posterior do
pescoço, os quais se tornam menos evidentes, podendo desaparecer, à medida que a
criança cresce.

O abdômen costuma ser saliente e o tecido adiposo é abundante. Tórax com formato
estranho, sendo que a criança pode apresentar um osso peitoral afundado (tórax
afunilado) ou o osso peitoral pode estar projetado (peito de pomba). Na criança cujo
coração é aumentado devido à doença cardíaca congênita, o peito pode parecer mais
globoso do lado do coração. Em conseqüência das anomalias cardíacas e de uma baixa
resistência às infecções, a longevidade dos mongolóides costuma ser reduzida.

As mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos, dedos dos pés geralmente curtos e o
quinto dedo muitas vezes levemente curvado para dentro, falta de uma falange no dedo
mínimo. Prega única nas palmas (prega simiesca). Na maioria das crianças, há um
espaço grande entre o dedão e o segundo dedo, com uma dobra entre eles na sola do pé,
enfraquecimento geral dos ligamentos articulares.

Genitália desenvolvida; nos homens o pênis é pequeno e há criptorquidismo, nas


mulheres os lábios e o clitóris são pouco desenvolvidos. Os meninos são estéreis, e as
meninas ovulam, embora os períodos não sejam regulares.

É preciso enfatizar que nem toda criança com síndrome de Down exibe todas as
características anteriormente citadas. Além disso, algumas características são mais
acentuadas em algumas crianças do que em outras.

Causas

Um dado que levanta a suspeita é a idade materna, 60% dos casos são originados de
mulheres com mais de 30 anos. Casos com mulheres de menos de 30 anos é de
aproximadamente 1:3000; em mulheres entre 30 e 35 anos o risco aumenta para 1:600,
em mulheres com mais de 45 anos, até 1:50.

Uma explicação do efeito da idade ocorre na ovogênese: na época do nascimento de


uma criança, os ovócitos encontram-se na prófase I e, logo após o nascimento,
interrompem a meiose por um período que dura de 12 a 50 anos (da menarca à
menopausa). Quanto mais longo for esse período, por mais tempo permanecem
interrompidas as meioses dos ovócitos e mais influências ambientais (radiações,
medicamentos, infecções) podem alterar a segregação dos cromossomos originando, em
conseqüência, maior número de óvulos aneuplóides
Um fator independente da idade e que possivelmente aumenta a ocorrência de zigotos
aneuplóides é que, ao ser lançado na tuba, o ovócito encontra um meio diferente daquele
em que permaneceram vários anos; desse modo, ele fica exposto à ação de fatores
ambientais, tornando-se mais vulnerável à ocorrência de não-segregações.

Dados revelam que 20% dos casos de trissomia do 21 derivada falta de segregação
ocorrida na gametogênese paterna. Nesses casos, o aumento da idade paterna também
acarreta aumento na ocorrência das aneuploidias, porém esse efeito só é constatado
claramente em pais com idade superior a 55 anos; como a paternidade nessa idade é
relativamente rara, esse fato não foi percebido com a mesma facilidade como nas
mulheres com mais de 35 anos.

Tipos de mutações gênicas e cromossômicas

Alterações estruturais:

Deleções: neste processo, há uma perda de parte dos cromossomos que podem fazer
parte de varias outras que podem fazer parte de um ou mais genes. Podem se originar
por simples quebra ou eliminação cromossômicas. Várias deleções nos seres humanos
são conhecidas, e talvez a mais estudada seja a Síndrome do Cri du chat ou Síndrome
do miado de gato.

Duplicações: as ocorre quando uma parte do cromossomo aparece mais de duas vezes
em uma mesma celula. O segmento pode estar ligado a um Cromossomo ou como um
fragmento separado. Por intermédio da segregação destes cromossomos nos gametas,
as duplicações podem ser transmitidas às gerações subsequentes.

Inversões: as inversões ocorrem quando parte dos cromossomos é reincerida de forma


reversa no gene. Algumas inversões acabam atrapalhando alguns filamentos.

Translocações: ocorre quando parte de um Cromossomo torna-se separada e se liga a


uma parte de um Cromossomo não homólogo. Estas podem ser de dois tipos: simples –
quando o fragmento quebrado de um Cromossomo se insere em outro não homólogo –
ou recíproca – os segmentos são trocados entre dois cromossomos não homólogos.
Em humanos, as translocações mais comuns (simples) ocorrem entre os cromossomos
14 e 21 (variação da Síndrome de Down). Outras translocações foram observadas, entre
os grupos D e G, B e D, C e E. Na maioria dos casos existem numerosas anomalias
fenotípicas, e geralmente ocorre um aborto espontâneo, ou morte poucos meses após o
nascimento. Um exemplo pode ser a leucemia mielógena crônica, na qual ocorre uma
translocação entre os cromossomos 22 e 9.

Transposições: refere-se à troca de segmentos de um local do Cromossomo para outro.


Geralmente não há grandes alterações, pois o conteúdo genômico não é alterado, porém
o pareamento pode ser difícil durante a divisão celular.

Fusão e fissão cêntricas: neste caso, o número cromossômico pode aumentar ou


diminuir sem que haja variação na quantidade de DNA. Isso ocorre devido à quebra do
Cromossomo na altura do centrômero, dando origem a dois cromossomos acrocêntricos
(fissão), ou ao processo inverso (fusão).

Alterações numéricas:

Monossomias: um exemplo de monossomia humana pode ser a Síndrome de Turner,


onde há falta de um Cromossomo X no cariótipo feminino. Cerca de 1 em 2.500 bebês
do sexo feminino têm esta Aneuploidia. Também como a Síndrome de Klinefelter, a
maturação sexual sofre marcantes anormalidades.

Euploidias: as alterações do tipo Euploidia referem-se ao conteúdo genômico total do


indivíduo, ou seja, todos os seus cromossomos são duplicados (Diploidia – condição
normal) ou todos são triplicados (triploidia) e assim por diante. Em humanos, o haplóide
(com conjunto cromossômico sem homólogos) não é viável e em alguns poucos casos
observam-se as outras poliploidias.

Seres humanos completamente triplóides são muitos raros e os poucos casos conhecidos
são os abortos espontâneos ou natimortos. Alguns vivem por poucas horas. Em todos os
casos há malformações múltiplas e grosseiras. Avalia-se que aproximadamente 15% de
todos os fetos espontaneamente abortados são triplóides e tetraplóides. A poliploidia em
humanos, seja completa ou em mosaicismo, leva a profundas anomalias e morte.

Trissomias: Nos seres humanos foi avaliado que aproximadamente 4% de todas as


gestações clinicamente identificadas possuem alguma forma de trissomia. Além disso,
em fetos humanos abortados já foi encontrada uma trissomia para cada um dos
cromossomos.

não é um múltiplo exato do número haplóide característico da espécie.

As trissomias autossômicas totalizam 47,8% de todos os fetos anormais. As mais


comuns são encontradas nos grupos D, E e G. As que envolvem os do grupo A, B, C
(excluindo o X) e o Cromossomo 16 nunca chegam a termo, sugerindo que provocam
um desequilíbrio genético tão drástico que não possibilitam a sobrevivência.
Entre as mais comuns estão a trissomia do 21 (Síndrome de Down), 18 (Síndrome de
Edwards) e 13 (Síndrome de Patau). As trissomias (juntamente com polissomias) do
Cromossomo X associado ao cariótipo masculino compõem a Síndrome de Klinefelter,
onde a masculinização secundária é afetada, além de características congênitas. A
trissomia do Cromossomo X, em mulheres, causa retardo mental. De forma geral, o
grau de deficiência mental aumenta com o número de cromossomos X existentes.

Aneuploidias: a Aneuploidia é a situação em que o número de cromossomos.

O câncer

O que é o câncer:
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o
crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos,
podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas
células tendem a ser muito agressivas e determinando a formação de tumores (acúmulo
de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor
benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam
vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco
de vida.Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo.
Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais
de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas
ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo
ou cartilagem é chamado de sarcoma.
Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a
velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos
vizinhos ou distantes (metástases).

Causas do câncer:

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo,


estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e
aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas
são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade
do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem
interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas
células normais.

De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais.
Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição
excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia.
Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e
muitos são ainda completamente desconhecidos.

O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à


transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido
expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte o
porquê de o câncer ser mais freqüente nesses indivíduos. Os fatores de risco ambientais
de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam
alterando a estrutura genética (DNA) das células.

O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos


agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer
de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao
número de anos que ela vem fumando.

Fatores de risco de natureza ambiental


Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser
herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no
qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o
meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins) o
ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) o ambiente social e cultural (estilo e
hábitos de vida).

As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os 'hábitos' e o 'estilo


de vida' adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer.

Tabagismo, Hábitos Alimentares,Alcoolismo,Hábitos Sexuais,Medicamentos,


Fatores Ocupacionais,Radiação solar.

Hereditariedade
São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários,
familiares e étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel na
oncogênese. Um exemplo são os indivíduos portadores de retinoblastoma que, em 10%
dos casos, apresentam história familiar deste tumor.

Alguns tipos de câncer de mama, estômago e intestino parecem ter um forte


componente familiar, embora não se possa afastar a hipótese de exposição dos membros
da família a uma causa comum. Determinados grupos étnicos parecem estar protegidos
de certos tipos de câncer: a leucemia linfocítica é rara em orientais, e o sarcoma de
Ewing é muito raro em negros.

Tipos mais comuns de câncer e suas prevenções:


Mama
Pesquisas mostram que, no Brasil, o câncer de mama é o tipo mais freqüente em número
de casos e de mortes entre as mulheres.
Fatores de risco:Não ter tido filhos; obesidade; dieta rica em gorduras e pobre em
fibras; fumo e álcool.
Prevenção:Exercícios físicos freqüentes, auto-exame das mamas mensalmente e exame
médico anual. Dieta rica em fibras e verduras.
Colo de útero
O câncer ginecológico representa 43,2% do total de casos de tumores malignos entre as
mulheres. A incidência de câncer cérvico-uterino deve-se à baixa cobertura dos exames
preventivos, hoje estimada em 8 a 10 % da população mundial acima dos 20 anos de
idade. O Brasil é o segundo país em número de casos deste tipo de câncer, no mundo.E
em Belém do Pará, o câncer de colo de útero é o mais incidente.
Fatores de risco:Ter tido muitos filhos; muitos parceiros sexuais, fumo, pouco
consumo de alimentos ricos em vitaminas A e C, infecção pelo vírus HPV, freqüência
de Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Prevenção:Exercícios físicos freqüentes, uso de preservativos nas relações sexuais,
exames preventivos do câncer de colo de útero anualmente. Consumo regular de frutas
frescas, verduras e vitaminas A e C.

Pulmão
Câncer de pulmão e doenças cardiovasculares. As duas maiores causas de mortes por
enfermidades, em nosso país têm a mesma causa, o fumo. No Brasil, cerca de 8 pessoas
morrem a cada hora por causa do consumo de cigarros.As pesquisas mostram que cada
vez mais o câncer de pulmão se manifesta em pessoas jovens, principalmente as que
começaram a fumar na adolescência. O cigarro afeta também a saúde de quem respira a
fumaça exalada pelo fumante (fumante passivo).
Fatores de risco:Falta de exercícios físicos, alto consumo de cigarros, inalação de
produtos químico como composto de níquel e cromo, contato com produtos em
decomposição, grande exposição a raios-x e gama.
Prevenção:Prática freqüente de exercícios físicos, não fumar, uso de equipamentos de
segurança ao manusear produtos químicos (em especial máscaras com filtro de ar).
Comer bastantes verduras e alimentos ricos em vitaminas A e C e betacaroteno
(substância encontrada nas frutas de cor amarela que se transforma em vitamina C. Ex.
mamão, manga).

Boca
O Câncer de boca pode aparecer nos lábios, língua, bochechas, gengivas ou assoalho da
boca e pode ser detectado através de alterações como mal cheiro e sangramento fácil.
Pode alterar a fala, a mastigação e a ação de engolir.
Fatores de risco:Fumo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, exposição dos lábios
ao sol sem proteção, irritação da gengiva ou lábios, má escovação dos dentes, cáries,
prótese mal adaptada.
Prevenção:Boa higiene bucal, não fumar, não comer muitos doces, mastigar bem os
alimentos, fazer auto-exame freqüentemente. Dieta rica em frutas frescas, verduras,
legumes, cereais e vitaminas A e C.

Pele
Nas últimas décadas registrou-se um crescente aumento da ocorrência de câncer de pele
em todo o mundo, principalmente devido às transformações climáticas. O grande
volume de poluição no ar criou um buraco na camada de ozônio da atmosfera terrestre
que está expondo a população do planeta aos raios solares ultravioleta. Eles atingem as
camadas mais profundas da pele e podem alterar suas células ocasionado uma série de
doenças de pele, inclusive o câncer.
Fatores de risco: Excesso de exposição ao sol, falta de proteção para a pele, contato
direto com radiação ou produtos químicos.
Prevenção: Uso de chapéus, óculos escuros, filtro solar, guarda-sol, evitar expor-se ao
sol das 10h da manhã às 4h da tarde, auto-exame da pele e dieta rica em betacarotenos.
Estômago
Alguns tipos de alimentos quando consumidos com muita freqüência criam no
organismo um ambiente propício para o aparecimento do câncer de estômago. A má
alimentação força a produção maior de ácidos para a digestão e este excesso irrita a
mucosa do estômago provocando gastrites, úlceras e câncer.
Fatores de risco: Alimentação rica em gorduras e calorias, pouca mastigação,
obesidade, alimentar-se sob estresse, pouco tempo para as refeições, má conservação
dos alimentos, consumo de conservas, embutidos e defumados, ingestão de alimentos
conservados no sal.
Prevenção:Comer devagar, mastigar bem os alimentos, fazer atividades físicas,
conservar os alimentos sob refrigeração. Dieta rica em fibras, vitaminas, frutas frescas,
verduras e vitaminas A e C.

Câncer de próstata
Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), houve um aumento
significativo na incidência de câncer de próstata, nos últimos dez anos. Esse tipo de
câncer é classificado em estágios de I a IV, com grandes chances de cura no primeiro e
poucas no último. Para o diagnóstico, o médico se utiliza dos seguintes exames: o toque
retal, o PSA (exame de sangue) e, havendo suspeita, o paciente deverá passar por uma
biópsia de próstata, que confirmará ou negará a hipótese. O câncer de próstata é
considerado o câncer da terceira idade, uma vez que cerca de três quartos dos casos
ocorrem a partir dos 65 anos de idade.
Fatores de risco:
Idade avançada, pré-disposição familiar, alimentação inadequada (principalmente
alimentos gordurosos).
Prevenção:
Alimentação adequada, visitas regulares ao médico, não fumar, não ingerir bebidas
alcoólicas.

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