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TEMAS:
A COMUNICAÇÃO: DEFINIÇÃO E
ELEMENTOS
VARIEDADES LINGÜÍSTICAS
TIPOS DE DISCURSO
ELEMENTOS DE UM RELATO
CONCEITOS BÁSICOS
A COMUNICAÇÃO
“Uma galinha cacareja, um cachorro late. Dois meninos brincam, uma garota sorri, chora um bebê.
Um carro freia perante um semáforo. De uma tela de televisão comentam as notícias do dia.”
¿Quantos atos de comunicação se produzem no Universo ao mesmo tempo? Não existe sociedade
ou grupo humano cujos membros não se comuniquem.
Certamente, os fatos acima enunciados constituem atos de comunicação, porém não todos são da
mesma natureza. Uma coisa é a comunicação de animal para animal, de máquina para homem, de
homem para animal, de duas pessoas ou de duas máquinas entre si, etc.
Definição
A comunicação humana é fundamentalmente linguística, dado que o ser humano codifica a maior
parte das suas mensagens em forma de signos fônicos -língua oral- ou em forma de signos gráficos
-língua escrita-.
Para transmitir informação, ideias, emoções, habilidades, sentimentos, para atuar sobre outros
seres, para saber aquilo que pensam e modificar suas condutas, o ser humano apela a palavras,
signos e imagens que expressam seu pensamento.
Os elementos da comunicação
O processo que tem por objeto transmitir mensagens através de signos denomina-se comunicação.
Em termos muito simples diremos que existe comunicação quando alguém transmite alguma
mensagem para outra pessoa e esta pessoa a compreende.
Cada vez que um emissor transmite uma mensagem se estabelece uma relação específica com a
pessoa que recebe a mensagem.
Ex: Imaginem duas comunicações nas quais o emissor é o presidente da República. A primeira tem
como receptor sua esposa, e a segunda tem como receptores seus compatriotas que o assistem
pela televisão. Ainda a mensagem que ele comunique seja similar, a relação que se estabelece será
necessariamente diferente.
Por outra parte, sempre que se transmite uma mensagem existe uma intenção, que pode ser
informar, convencer, divertir, ordenar, etc. A intenção que tem o emissor ao produzir uma
mensagem determina a extensão e o estilo que adota para transmiti-la.
Quando quem recebe a mensagem não compreende de maneira acertada a intenção do falante, a
comunicação não é afortunada e se presta a confusão na relação entre as duas pessoas.
Ex: Já deve ter acontecido com vocês que com suas palavras quiseram, por exemplo, adular a uma
pessoa, porém esta interpretou uma intenção diferente. Neste caso, embora a mensagem seja a
mesma, a intenção pode modificar seu significado.
o O receptor
A pessoa que recebe a mensagem é o receptor. O receptor pode ser um ou vários. Pode estar
frente ou distante do emissor.
O receptor, ainda não tendo a palavra, é um elemento ativo da comunicação dado que o emissor
elabora sua mensagem de acordo com a relação que exista entre os dois. Por sua vez, quando o
receptor produz uma resposta à mensagem do emissor, o receptor se converte em emissor e o
emissor em receptor. Desta forma, a comunicação se pode manter tanto como queiram o emissor e
o receptor.
o A mensagem
Em muitas ocasiões, a mensagem que quer enviar o emissor não é compreendida em sua
totalidade ou, simplesmente, é interpretada de forma diferente pelo receptor, quem recebe, nestes
casos, uma mensagem diferente da que originalmente foi enviada.
o O referente
Toda comunicação trata sobre objetos, acontecimentos, processos ou estados que se encontram
em um mundo real ou imaginário do qual se fala. Estes elementos são o referente em uma
comunicação.
Para que a comunicação seja efetiva, o emissor e o receptor devem ter claro a que tipo de mundo
se estão referindo.
Por exemplo, se sabemos que alguém está narrando uma história sobre fadas -mundo imaginário-
não perderemos o tempo questionando a impossibilidade física da transformação dos objetos.
Lembrem que cada mundo tem sua lógica e respeita suas próprias leis.
o O canal
O canal é o meio que serve de transmissor da mensagem. Uma comunicação oral tem como canal
o ar, que é o encarregado de conduzir o som da boca do falante até o ouvido do ouvinte.
Contudo, se o ouvinte está distante, o falante deve encontrar canais que lhe permitam a
comunicação, seja oral -telefone, alto-falante- ou escrita -Internet, fax, jornais, cartas, livros, etc.).
o O código
Vimos que todos os seres humanos podemos comunicar-nos usando diferentes tipos de signos:
sons, imagens, movimentos, palavras, etc. Os sinais não aparecem isolados, senão que se
agrupam uns com os outros formando códigos. Agora bem, um código é um sistema de signos
criado pelas pessoas para comunicar-se com seus semelhantes.
Um exemplo de código é o formado pelo conjunto de sinais de trânsito. Nele se usam certas cores,
formas geométricas e figuras que adquirem um significado especial quando se combinam.
A maioria dos códigos inventados pelos seres humanos é limitada, dado que só podem ser usados
para transmitir umas poucas mensagens. Contudo, existe um código que é ilimitado: a língua.
Para considerar o papel que desenvolve a língua como código, é conveniente distinguir dois
conceitos fundamentais:
1. Refere-se à capacidade que temos os seres humanos para criar sistemas de comunicação.
Esta capacidade recebe o nome de linguagem e não é exclusiva dos seres humanos, dado que
animais como as formigas, os golfinhos, as baleias, etc. também estabelecem vínculos
comunicativos.
2. Faz referência ao fato de que os seres humanos se organizam em comunidades, cada uma
das quais tem um sistema de signos que recebe o nome de língua.
Por esta razão podemos dizer que a língua é cada um dos códigos compostos por signos verbais
que utiliza uma comunidade para comunicar-se. A língua é exclusiva dos seres humanos.
Ademais, para que a comunicação seja eficiente, é necessário controlar uma série de
competências:
Ademais:
As línguas são produtos sociais, quer dizer que evoluem permanentemente junto com as
sociedades que as falam. Cada emissor escolhe do grupo linguístico os sinais necessários para a
construção da mensagem que pretende codificar e enviar. Os sinais escolhidos dependem de várias
circunstâncias, dado que o falante varia sua expressão segundo:
o O tema da conversação
o Os interlocutores
o A situação
o Níveis de língua
A língua é um elemento vivo, que muda constantemente. A língua geral ou padrão é a que permite
comunicar-se entre si aos de um mesmo idioma.
Registro
É o conjunto de variações linguísticas e gestuais que um falante realiza para adequar seu discurso,
segundo o seguinte:
o A relação que existe entre os interlocutores - idade, jerarquias, papeis sociais, etc.-
o O canal utilizado
O referente
O tipo de discurso
Informativo
Expressivo Literário
Discurso informativo
Discurso expressivo-literário
o Discurso Informativo
Garrincha, Manuel Francisco Dos Santos -1933-1983-, brasileiro, um dos melhores jogadores de
futebol da história.
Nasceu no Rio de Janeiro, com os pés virados oitenta graus para dentro. O escritor Uruguaio
Eduardo Galeano, no “Futebol ao sol e à sombra” define perfeitamente seus começos: “Algum de
seus irmãos colocou esse apelido nele: Garrincha, que é o nome de um passarinho inútil e feio.
Quando começou a jogar futebol os médicos deixaram uma marca nele: diagnosticaram que nunca
iria conseguir ser um atleta, este anormal, este coitado produto da fome e da poliomielite, burro e
coxo, com um cérebro infantil, uma coluna vertebral feita uma S e as duas pernas torcidas para o
mesmo lado. Nunca existiu um ponta direita como ele”. A definição é textual.
De garoto o operaram para curar-lhe o defeito nas pernas, porém não ficou bem. Aprendeu a jogar
futebol na praia e fez do seu defeito uma virtude: a curvatura das suas pernas lhe permitiu criar um
drible incontrolável, engano para o interior do campo e se escapava pela direita. Sua carreira está
associada à camisa número sete do Botafogo, ainda também jogou no Corinthians e no Flamengo.
Sua fama internacional se deve a sua participação nas Copas do Mundo. Participou na Suécia em
1958, no Chile em 1962 e na Inglaterra em 1966, vencendo as duas primeiras. Na Suécia começou
como reserva, do mesmo jeito que outro adolescente chamado Pelé, porém após o empate em zero
do segundo jogo, enfrentando a Inglaterra, os próprios jogadores exigiram a titularidade de ambos
os jogadores. O ataque do Brasil passou a ser um dos melhores da história do futebol: Garrincha,
Didí, Vavá, Pelé e Zagalo. Na final -5-2 vs Suécia-, Garrincha e Pelé ofereceram um show
inesquecível. Quatro anos depois, com Pelé machucado no segundo jogo, Brasil tornou a ganhar a
Copa do Mundo, baseando-se no grande momento do Garrincha, que ademais conseguiu quatro
gols, e do Vavá. Na Inglaterra só participou de dois jogos e conseguiu um gol. A fama acabou por
desconcertá-lo, e morreu em 1983 na miséria, doente e alcoolizado.
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Garrincha
Algum dos seus muitos irmãos o apelidou Garrincha, que é o nome de um passarinho inútil e feio.
Quando começou a jogar futebol, os médicos o condenaram: diagnosticaram que nunca iria ser um
atleta, este anormal, este coitado produto da fome e da poliomielite, burro e coxo, com um cérebro
infantil, uma coluna vertebral feita uma S e as duas pernas viradas para o mesmo lado.
Nunca houve um ponta direita como ele. Na Copa do Mundo de 58, foi o melhor em sua posição. Na
Copa de 62, o melhor jogador do Campeonato. Porém, ao longo dos seus anos nos campos,
Garrincha foi mais: ele foi o homem que deu mais alegrias em toda a história do futebol.
Quando ele estava ali, o campo era um grande show de circo; a bola, um bicho adestrado; o jogo,
um convite à festa. Garrincha não se deixava roubar a bola, garoto defendendo sua mascote, e a
bola e ele faziam coisas que davam felicidade ao povo: ele pulava sobre ela, ela brincava sobre ele,
ela se escondia, ele se escapava, ela corria trás ele. No caminho, os adversários batiam entre si, se
enrolavam as pernas, caíam sentados. Garrincha exercia suas loucuras de malandro na beira do
campo, sobre a lateral direita, longe do centro: criado nos subúrbios, nos subúrbios jogava. Jogava
para um clube chamado Botafogo, que significa acender fogo, e esse era ele: o Botafogo que era
fogo nos estádios, louco pela cachaça e por toda bebida branca, fugia das concentrações,
escapando pela janela, porque de longe era chamado por alguma bola que pedia ser jogada,
alguma música que exigia ser dançada, alguma mulher que queria ser beijada.
Um vencedor? Um perdedor com boa sorte. E a boa sorte não dura. Dizem no Brasil que se a
merda tivesse valor, os pobres nasceriam sem bunda.
Garrincha morreu de sua morte: pobre, bêbado e sozinho.
Dentro dos textos informativos podemos diferenciar 3 tipos pela organização dos seus conteúdos: