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INTRODUÇÃO

O QUE É LÓGICA MATEMÁTICA?


É uma ciência de índole Filosófica, ligada a matemática, trata dos argumentos. Das conclusões a que chegamos
através de evidências que a sustentam.
Já que o pensamento é a manifestação do conhecimento, e que o conhecimento busca a verdade
São necessárias regras para que essa meta seja atingida. Dessa forma, lógico é o ramo da filosofia que cuida
das regras do bem pensar, ou do pensar correto, portanto um instrumento do pensar.
Ela só tem sentido enquanto garante que nosso pensamento proceda corretamente a fim de chegar a
conhecimentos verdadeiros.
Tecnicamente a lógica é também a designação de sistemas que definem como se "deveria" pensar para não
errar, usando a razão indutivamente dedutivamente.

QUAL O OBJETIVO DE TER A DISCUPLINA DE LÓGICA MATEMÁTICA NO CURSO


TÉCNICO DE INFORMÁTICA?
O aprendizado da Lógica auxilia os estudantes no raciocínio, na compreensão de conceitos básicos, na
verificação formal de programas e melhor os prepara para o entendimento do conteúdo de tópicos mais
avançados.

O QUE SÃO ARGUMENTOS?


Na lógica, um argumento é um conjunto de uma ou mais sentenças(proposições),conhecidas como
premissas, acompanhada de uma conclusão.
Um argumento dedutivo afirma que a verdade de uma conclusão é uma consequência lógica das premissas
que o antecedem.
Um argumento indutivo afirma que a verdade da conclusão é apenas apoiada pelas premissas. Toda
premissa, assim como toda conclusão pode ser apenas verdadeira ou falsa e não ambígua.
Em função disso, as frases que apresentam um argumento em consequência, são válidas ou são inválidas.
Argumentos podem ser válidos ou inválidos, se um argumento é válido, e a sua premissa é verdadeira, a
conclusão deve ser verdadeira: um argumento válido não pode ter premissa verdadeira e uma conclusão
falsa.

EXEMPLO
Alguns gregos são lógicos e alguns lógicos são chatos, por isso, alguns gregos são chatos. (Este argumento
é inválido porque todos os chatos lógicos poderiam ser romanos!)

ARGUMENTOS E ARGUMENTOS VÁLIDOS


A visão de que a Lógica é a ciência que estuda o raciocínio se deve à sua aplicação clássica na Grécia antiga.
Na argumentação os elementos fundamentais são denominados de argumentos, ou como veremos neste tópico
esquemas de argumentos. O papel da lógica é exatamente desvendar o que torna um argumento válido ou
inválido.
A classificação de argumentos em válidos ou não é uma tarefa de extrema importância para distinguirmos
quais deles estão relacionados a verdades no mundo (ainda que relativas). Tais argumentos chamamos
usualmente de argumentos lógicos. Alguns exemplos de argumentos lógicos são apresentados a seguir.
ARGUMENTOS LÓGICOS

Esses argumentos têm duas premissas e uma conclusão. Quem quer que aceite as premissas como sendo
verdadeiras terá de aceitar que suas conclusões também são verdadeiras. Neste caso nós dizemos em lógica
que a conclusão é uma consequência lógica das premissas. É difícil imaginar uma situação em que as premissas
sendo verdadeiras não se tenha a conclusão como sendo também verdadeira. Entretanto, isso não quer dizer
que o argumento lógico seja válido. Consideremos o seguinte exemplo.

Exemplo 2.4 Um argumento lógico que não é válido.

Neste exemplo, ambos, premissas e conclusão são fatos verdadeiros, mas isto não torna o argumento válido.
Podemos falsificar o argumento se pegarmos um tipo de mamífero que não seja vertebrado por algum fator de
evolução genética. Se formos transcrever esse argumento no seu diagrama de Euler-Venn para conjuntos,
tomando o conjunto universo como sendo o dos animais, teremos um diagrama de acordo com o da Figura
2.1. Note que nada se pode afirmar, analisando as premissas do argumento, que vertebrados são um
subconjunto do conjunto dos mamíferos e vice-versa. Apenas podemos visualizar que existe
uma interseção entre ambos os conjuntos pois nas premissas fica claro que o conjunto dos cavalos é um
subconjunto dos vertebrados e também dos mamíferos.

Figura 2.1: Diagrama de Venn para o argumento de Mamíferos e Vertebrados.


Mesmo assumindo como verdade universal que todo mamífero seja um vertebrado, as premissas se referem à
relação entre cavalos e propriedades dos animais. Não há uma sentença no argumento ou um encadeamento
de sentenças que associe o conjunto dos mamíferos com o dos vertebrados. Logo, não podemos inferir
nenhuma relação entre as propriedades apenas com base na relação de pertinência entre uma classe de animais
e estas.

CAP. 01 – CÁLCULO PROPOSICIONAL

CONCEITO DE PROPOSIÇÃO
PROPOSIÇÃO: sentenças declarativas afirmativas (expressão de uma linguagem) da qual tenha sentido
afirmar que seja verdadeira ou que seja falsa.
A lua é quadrada.
A neve é branca.
Matemática é uma ciência.
Não serão objeto de estudo as sentenças interrogativas ou exclamativas.

OS SÍMBOLOS DA LINGUAGEM DO CÁLCULO PROPOSICIONAL


VARIÁVEIS PROPOSICIONAIS: letras latinas minúsculas p,q,r,s,... para indicar as proposições
(Fórmulas atômicas).
Exemplos: A lua é quadrada: p
A neve é branca: q

CONECTIVOS LÓGICOS: As fórmulas atômicas podem ser combinadas entre si e, para representar tais
combinações usaremos os conectivos lógicos :
: e, : ou, : se...então, : se e somente se, : não
Exemplos:
A lua é quadrada e a neve é branca. : p q (p e q são chamados conjuntos)
A lua é quadrada ou a neve é branca. : p q( p e q são chamados disjuntos)
Se a lua é quadrada então a neve é branca. :p q ( p é o antecedente e q o consequente)
A lua é quadrada se e somente se a neve é branca. : p q
A lua não é quadrada. : p

SÍMBOLOS AUXILIARES: ( ) , parênteses que servem para denotar o "alcance" dos conectivos;
Exemplos:
Se a lua é quadrada e a neve é branca então a lua não é quadrada. : ((p q) p)
A lua não é quadrada se e somente se a neve é branca. : ((p) q))

DEFINIÇÃO DE FÓRMULA:
1. Toda fórmula atômica é uma fórmula.
2. Se A e B são fórmulas então
(A B), (A B), (A B), (A B) e (A) também são fórmulas.
3. São fórmulas apenas as obtidas por 1. e 2. .

Os parênteses serão usados segundo a seguinte ordem dos conectivos: , , , , .
Com o mesmo conectivo adotaremos a convenção pela direita.
Exemplo: a fórmula p q r p q deve ser entendida como
(((p q) (r)) (p (q)))
AS TABELAS VERDADE

A lógica clássica é governada por três princípios (entre outros) que podem ser formulados como segue:
Princípio da Identidade: Todo objeto é idêntico a si mesmo.
Princípio da Contradição: Dadas duas proposições contraditórias (uma é negação da outra), uma delas é
falsa.
Princípio do Terceiro Excluído: Dadas duas proposições contraditórias, uma delas é verdadeira.

Com base nesses princípios as proposições simples são ou verdadeiras ou falsas sendo mutuamente
exclusivos os dois casos; daí dizer que a lógica clássica é bivalente.

Para determinar o valor (verdade ou falsidade) das proposições compostas (moleculares), conhecidos os
valores das proposições simples (atômicas) que as compõem usaremos tabelas verdade:

Negação (¬) ou (~)


A negação de uma proposição verdadeira (V) é uma proposição falsa (F) e a de uma proposição falsa (F) é
uma proposição verdadeira (V). Lê-se: “não p”.

Exemplo:
p.: Paulo estuda no Liceu.
~p.: Paulo não estuda no Liceu.

Tabela Verdade da Negação:

Conjunção ()
Uma conjunção tem seu valor lógico (V) se e, somente se, as duas proposições que a compõem forem
verdadeiras. O conjunto terá o valor lógico (V) , se e somente se, as duas proposições adotadas “p e q” são
verdadeiras.

Exemplo:
p.: Jessica estuda no Liceu.
q.: Jessica reside em Cachoeiro.
r.: Jessica reside em Vitoria.

p q (Verdadeiro)
p r (Falso)
Tabela Verdade da Conjunção:

Disjunção ()
Uma disjunção tem seu valor verdade (F) se, somente se, ambos as proposições que a compõem forem
falsas.

Exemplo:

Nathan é homem ou é mulher.

Lê-se: “ou p ou q”

Tabela Verdade Disjunção:

Condicional ()
Uma proposição é falsa, se e somente se, a proposição antecedente for verdadeira (V) e a consequente for
falsa.

Exemplo:
p.: Eu moro no Brasil.
q.: Eu moro no Espírito Santo
r.: Eu moro no Canadá
t.: Eu moro em São Paulo

q  p (Verdade)
t p (Verdade)
p r (Falso)

Tabela Verdade Condicional:

Bicondicional ()
Uma proposição bicondicional tem valor verdade (V), se e somente se, as duas proposições são ambas (V)
ou (F).

Obs.: Dado p  q, podemos escrever como p  q e q  p.

Tabela Verdade Bicondicional:

Exemplo: Construir a tabela verdade da fórmula: ((p q)~p) (q p)


NÚMERO DE LINHAS DE UMA TABELAVERDADE:
Cada proposição simples (atômica) tem dois valores V ou F, que se excluem. Para n atômicas distintas, há
tantas possibilidades quantos são os arranjos com repetição de 2 (V e F) elementos n a n. Segue se que o
número de linhas da tabela verdade é 2n. Assim, para duas proposições são 22 = 4 linhas; Para 3 proposições
são 23 = 8; etc.

Exemplo: a tabela verdade da fórmula ((p q) r) terá 8 linhas como segue

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