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suas t\.'sponsnbilida1.. k s S( lCHllS, ecP ogicas e pu 1tJ u ls 11 1n1.s ampl;:i '). Critica e,;c-;;.i ahdir r
. 1· <' l ( '1 . 1 · .-1c ,1r 1
l·u:'\ titic id • nc 1() forma tsnio. .nmo excrnp o, , 11rar<.. u evoca rl <ltttudr· cfo r
, , , r , .. , . , . . -, • • ' ar9u1tet,>~ de
scmpl"l'gndt)S nos t ◄. st,\dn~ U111dos d,1 década Jr 1970, qu e, cm vez de 'ic dedicarem
_it'tar utopias so(iais. rcfugiarnm -s_c n~ fetid~e de uma «an-iuite~ura no papf-1'' (cap. ~Jpr 1
c:ontrastando com a apropnaçao , m uitas vezes superfic1al, de imagen<i t· d _
• • • • , 1r-l a~ d:t
hi~toria da arqmtetura por parte d os h1stonc1stas pos-modernos, outrcy, arauitPt
rt'ssaltaram em seus escritos e projetos os valo res positivos da abstração () ~ .'
1
'
. fr;11Jrr1P
inaugural do Pratt Journal, p o r exemplo, apresentou variadas discussõe5 em tor ,J ·
'- 0() IJd
permanência do valor d a abstr ação . D e modo an álogo, o sublime contemporânee, ctP
Lyotard contesta a n oção de que a abstração carece de conteúdo, oferecendo co,..,..11,()·
exemplo as tentativas de artistas modernos de ((apresentarem o inapresentável" cc
universo das idéias.
Nas últimas dé•t;adas têm se tornado cada vez mais claro que essa abordagem pragma-
tica [o funcionalismo] conduz a um ambiente esquemático e descaracterizado, ser:!
grandes possibilidades para a habitação humana. Daí a importância assumida pelo
problema do significado na arquitetura.133
56
A arquitetura domina, lit cn l , ,· l .
. • cs1m10 11c-1mc 11 t f'
abngo. No período nré-indt .. . . { e, a,c.; orças da natureza para prover
r is 1na 1, a prod uçã 0 d .
referências estruturadas e as . _ < e sentido na arquitetura baseava-se cm
. , , soc1açocs com a n t . ~ .
a analogia da m,iquina em r• d· . . ª UI cza. A arquitetura moderna abraçou
. Iugdr ,l ,1na log1a orgâ · A· d . . .
nn11tas vezes projetadas cot t . . e mca. "m a que a~ máquinas sqam
. . 11 1c1sc nos s1s1cmas natur . . . d 1
mal 1mpcdm a arquitetura d -, . e, .. . a is, o se u uso como mo e o for -
1..: 'e crn -se d ire lam ente à n t . , I é bl
norque a desneito dos . . , . . e ª ureza. sso um pro ema,
r_ ' , _r , ,lvanços tccnológ1cos, uma das atr'b . .
tmua a ser a sunbolização da osi ão d . . i uiçõc:-i da arquitetura con-
p ç O home m no mtenor do mundo natural.
Albert Einstein
.d .fidefine o lugar «como uma pequena porção da superfície da Terra que
se po d e 1• ,,entI car• por •um nom e [··· ] uma espec1e
, · de ordem dos obJetos
. materiais e
134
nada mais .. - O. h1stonador da arqm·tetura p eter Collms · aceita essa definição e apro-
fun da suas 1mphcações:
57
tornam possível compreendê-lo. Essa 110,·éio de diferen ça exp li ca a ênfase ele Grc otf
1
mensuração de intcrvalns l' ll1 vez da presença de objetos isolados. )\ tarefa do arg . na
• J · 1· J . ( . qtu teto
é revelar a naturcz~, , s1tuanoo e utt 1zanüo a paisagem. ) 111tcrc~i;;c at ual cm .
. c0nstru1r e
local 1.i· rdk tc o desejo de cna r um lug:1r, como propugnam Norberg-Schulz 0 >
. Je ,,regou1
Confronto e hnbitação
.A ins~ri,·àt) 11 0 (pcal a que se refere Abrah am mostra claramen te uma atitude de int.
n:-w·ão agn·ssiva na paisagem. Descrevendo esse processo em "Negaçáo e r, . ~r
.,. ~ _ ecnncd,a
ção ... Abraham afuma:
59
Essas críticas apontam para um dos problemas emergentes na teoria da ar .
a vanação · · -- d·~1 1·ca
das dcfim«i,ocs ,. ·1m
· l d
a e. A dcmarcação ou construçao
. - de um quitetur ª·•
nrcssivo de um domímo . pu··b11·co ou pnva . do or denado, será no futuro . 1ugar físi' -
eº , ex ., r ~ · 1rr e1eva
redundante ou retórica? Qual será o efeito da desm aterialização eletrô nica d nte,
. ·, . l -:- ,· b 1·, t·d ,, . a corn uni .
.._,-a· sclbre a an.1mtctura, CUJcl pt oc u1y-c:1 0 sim o 1za so 1 ez, permanênc ia e
Cu lyc 0 ' cornunh-
cultural? Quais serão suas conseqüências sobre o paisagismo, que é efêmero te ar)
,, ·1 A • é , rnporal
e dinâmico? A "aldeia glo~a l e ct~·ü111c~1 uma ~mcaç~ para o_lugar e O sign ifi cado? Ern
artigo rec~ntc, o arquiteto Ezra Ehrenkrantz prev m drásticas conseqüê n .
1Ul1 .. . . c1a5 ecnnô-
micas e sociais p ara as cidades norte-americanas estruturadas com base em uma r
. - · d · e - 139 · P JPU-
lação de recep to res em d 1spersao na superv1a a 1n1orm açao. As suas p reocu a _
,. d . b . p çoe)
seriam reforçadas por uma sen e e teonas ur an as que su rgiram quando 05 ar .
9Ulteto')
pós-modernos redescobriram a cidade como um terreno p ara a atividade arquitetônic-
4
em diversos níveis: socioeconômico, político, h istórico, fo rmal, poético e artístico.
60
Nos Estados Unidos, a aspiraç1o à . .
. •• • t ' Lnsa própria unifamiliar, e ao au tom óvel par-
ticular, tem contr 1buído para o espraia me l l
. . . ' n °<.as mcgalópolcc:; à medida que vão sur-
gmdo novas á1eas de comérc10 vareJ·ista .11..
.. . , e Pc a atender aos mercados rcc:; idc nci ai s emer-
gentes. Finalmente , área s de escritó rio s coni ., .
. . . . ' cçctm a ser con struídas no s subúrb1oc:; 1 11
para d1mmmr o te mpo de vi agem de casa até 0 t h Ih . .
. ·' ra a o cm localidades co nges t10 na -
das e sem transporte colct1vo . O s problemas d • [
. . . ' , o espraiam ento sprawl l' 1' - desenvol-
vimento
• •
sem 1dcntidadc,
. ,
perda•
do cont-ito
e ·
corn a,. na, t ureza,
, d csoricntaçao
• - - e a pro-
babilidade de que os suburb10s e as cidades se expand am até se con f un d irem . e
1oram
Previstos pelo romancista f talo Calvino em sua descri·ça~ o d as c1·aad es " contin
, uas,, :
Você avança por horas e não sabe com certeza se J·a, est a, no meio· da c1·d ade ou am
· da
fora dela. [...] fora de Pentesiléia existe um lado de 1ora.
e ? o u, por mais· que voce, se
afaste da cidade ' nada faz ale'm d e passar d e um 1·imbo para outro sem Jamais
· · con-
143
seguir sair dali?
61
(do escritório de arquite tu ra v sBA); e um nwJdo de "cidade con temporân ea" l
represen tado nela,
propos ta lk Koo lhaas (cap . 6) . Al é m el e di scutir essas t ;,.
· , , k<; pcrs
g obal,.
vas , cst,1 f nt n)d11ção apn:s<:nta as linhas gaa is do nco - racio na li c; mo curop ' pe_ct, -
. . CU , <1í JS C()(j'1
gos no rte-americanos de desenho urbano L' da ap li cação d a .scmiologia a cid ade. •
Pode-se dizer que t:rnto o ~:ont cx tual ismo como o populismo dcscn 1
. . . , vo vcram-'if'
110 ._ meios un ivcrs11,ínos. f' q ue nasceram do trabalho coletivo de profec;('o
' . _ ' rc'lcaluno,
··
interessados no estudo d,1 cidade e na c labo raçao d e propostas para nova s e<;trat ~ .
. d · eg1as
J e desenho urbano. O ra ana 11san o as pzazze romanas, ora a Strip de I V.
. . . , ,a s ega,;;, r)-;
estudantt':-- de arqmtctura de Yale e Cornell contnbmram para a formulacãc d .
,. . . . . ) e teorias
dt' grandt: influencia, que foram postenorm ente publicadas pelos professore,;,. f_J;: fatr
Schumacher, um dos alunos de Rowe, publicou um artigo sobre o método d- , l >
d Cf) a-
gem'' no desenho urbano antes do seu p rofessor.
A brilhante e provocadora interpretação de Manhattan feita por Koolhaas em Deli.
rious New York (1978, 1994) também contou com a ajuda de seus alunos no IAus. Menos
uma crítica do que uma exaltação da "cultura do congestionamento" de Nova York r
- ' J
livro adota um tratamento da cidade semelhante ao que o grupo VSBA usou com relacão
a Las Vegas. A obra de Koolhaas é "um manifesto em prol de uma nova era do 'manhat-
tanismo', desta vez na forma de uma doutrina explícita que transcende a ilha original e
reivindica para si um lugar entre os urbanismos contemporâneos". 145 A intenção do livro,
como foi a de Aprendendo com Las Vegas, é a de refutar as opiniões arrasadora.mente
negativas sobre Nova York que predominam entre os arquitetos. A análise de Koolhaas
sobre as características formais que definem a cidade ilustra bem sua abordagem:
A malha [grid] é, antes de tudo, urna especulação conceituai; [... ] em sua indiferença
pela topografia, pelo que existe, ela declara a superioridade da construção mental sobre
a realidade. Por meio da demarcação de suas ruas e quarteirões, [a malha] proclama que
a subjugação, quando não a obliteração, da natureza é sua verdadeira ambição.146
O fascínio de uma cidade que "afastou seu território para tão longe do natural quanto
é humanamente possível" evidencia-se nos projetos e seqüências narrativas oníricas
que Koolhaas ap resenta em seu livro. Na década de 1980, ele estendeu seü otimismo
aos estudos urbanos das "edge cities" de Atlanta, Seul e da periferia de Paris.
Contextu a lismo
O artigo seminal de Rowe e Koetter, intitulado "Collage City" (1975), descreveu as in-
fluentes estratégias analíticas e p rojetuais ainda hoje ensin adas em algumas faculdades
de arquitetura. O artigo começa por Rom a:
62
aq~i p ropo st a co mo um.i esp éc il· de lll l)<..kl o que pode <;cr im agina do como uma alter-
n at i~a ao des astroso ur banismo dil cngc nh:iri,1 <.ocial e do projeto total [ ...l as estrutu -
ras tisica t' polític:1de Ro n1.l pro porcio nam o qu e ta lvez '>cja o melho r exemplo gráfico
Jc campos cnlit-kn tcs e ru ínas in tcrstiçiai.s. (( ap. 6)
A cnfosc especial na rl.'1 .-l\'. ÜO L'n lrc figura e fundo e nos mapas de Ro ma de [G iambattista]
Nolli, bem como n:, Vih, Adriana , conferiu -lhes uma dimensão emblemáti ca no período
pôs-modem<). As similaridades da vila com a organização formal da Roma do século
xv11 levarnm ":'\ quela inextricável fusão de imposição e acomodação [... ]que é ao mesmo
tempo uma dialética de tipos ideais somada [.. .] a um contexto empírico". Essa conjun-
ção de opostos, que se amplia no livro de Rowe e Koetter para incluir outros pares, como
ordem/desordem, simples/complexo, privado/público, inovação/tradição, é similar em
form a e intenção (que poderíamos resumir na expressão «acomodação e coexistência")
à argwnentação de Venturi em Complexidade e contradição. Rowe, Koetter e V enturi
foram todos influenciados pela concepção positiva da ambivalência na teoria da Gestalt,
que permite uma multiplicidade de leituras. (Rowe também enfatizou a ambivalência no
artigo acima citado «Transparência: Literal e fenomênica" .)
A Rom a imperial é um exemplo do que Ross e Koetter chamam de «mentalida-
de da bricolagem", uma propensão às mesclas assistemáticas, não-científicas, que re-
sistem a todo impulso totalizante do planejamento urbano . Entre outros fenômenos,
esses autores criticam a tentativa de aplicar a lógica positivista a algo tão impreciso
quanto a arquitetura e o desenho urbano. Eles citam as No tes on the Synthesis of Form,
de Alexander, por seu admirável mas inatingível esforço de eliminar valores e precon-
ceitos pessoais do processo de projeto a fim de assegurar universalidade. A posição
antitotalitária que prevalece no discurso de Rowe e Koetter apóia-se nos escritos pró-
democráticos de Karl Popper; eles defendem um posicionamento mais genuinamente
populista d o que o do Aprendendo com Las Vegas, dos arquitetos do VS BA .
Rowe e Koetter distinguem a bricolagem ( termo qu e tomam emprestado de
Claude Lévi-Strauss) da colagem, na qual «objetos e episódios são inconveniente-
mente importados e, apesar de conservarem os indícios de suas origens e fo n tes, ad-
quirem um efeito inteiramente novo devido à mudança de contexto". O interesse da
colagem como uma técnica u rbanística pós-m oderna pode ser avaliado por sua defi-
nição como «um modo de conferir integridad e a uma mistura confusa de referências
pluralistas", que «p ermite tratar a Utop ia como imagem e em fragmentos" . As téc-
nicas gráficas d e leitura desenvolvidas por Rowe e a escola de Cornell fornecem um
vocabulário (baseado em relações sólido/vazio) e uma sintaxe que ainda permanece
válida para d escrever e compreen der a cidad e.
Rowe e Koetter n ão usaram a palavra «contextualismo" : foi Sch umach er quem
a empregou p ara referir-se ao trabalho deles em seu ensaio de 1971, intitulado «Con -
63
textualism: Urban Idea is and I le form at io ns". 1ksdc en tao, u >11lcxt u,1 li .s mn j)a .
~ . . . S'i(JIJ <l
significar pouco mais que "urn_a_.1 J cq w11;an ;'Is t.·:~~1d 1\ocs_ cx1s tcnt ~·s", de <tcord(i t on,
Richard Tngcrso lL que n qu a ltf1 ca c omo t1111n 1<.kologrn tcllo n '. ' 1 RcLcn terncnt ,
Schumachcr cscn·n·u um ar!igo 110 qu,11 anali sa ;.ts di storçocs . , ofridas P<'lo cnn ct..:llqt,
lkpo is da d 1 ,uH,1tb rt·volu ,·ao pô s 111ndnn:1, o te rmo '\ ontc xtu ;di<-irn <> " p,ic;sou <1 ,('
Toda cidade é construída, feita por nós, um pouco à imagem do navio Argo, cujos
pedaços foram sendo substituídos com o passar do tempo, mas que permaneceu para
5
sempre o Argo, isto é, um conjunto de significados bem legíveis e identificáveis. t º
64
No começo deste sfr nlo, o rc fcr, 1 I · . . . . .
_ . cn e ,ltlíStllo l da arqu 1tctur,\ era a pintura. Esse refe-
rente nao é mutto produtivo d ,. . . . .
, ...... "' . . quun o aoo1 damos a arqu itetura a partir do urbano. Um
rdc 1t ntc mais fecundo é O cit1, . . .
, cni,,. u111 sistema complexo que se desenrola no tempo
e no espaço. 1., i
Tsch umi preferiu en fatizar um outro aspecto da di scussão de ílarth es <;obre a cidad e:
a pouco
.
lembr.-lda
.. .
"dimensão erótica,, que Bartl1cs, 1·dent1·fi ca como o motivo · d a atra-
ção da pentena
, pelo centro
. da cidade · O ensa 1·0 d e T se h um1· "O prazer d a arquitetura
· "
(c~_P· 13) e claramente mfluenciado por «Semiologia e urbanismo" e "O prazer do tex-
to · de Barthes.
A imagem da cid ad e
É interessante comparar essas idéias de ler a cidade como um texto com as do urbanis-
ta Kevin Lynch. Em seu livro A imagem da cidade (1960), ele analisa como as pessoas
se orientam no ambiente. Um dos primeiros críticos da cidade do pós-guerra, Lynch
insiste na necessidade de uma ordem visual no entorno humano capaz de ser guar-
dada na m emória. A imagibilidade ou legibilidade da forma se tornaram importantes
atributos almejados por arquitetos e projetistas urbanos preocupados com a questão
da comunicação do significado. De acordo com Lynch, o sentido se localiza na possi-
bilidade de distinguir caminhos, limites, nódulos, 152 bairros e pontos de referência na
paisagem. Na opinião de Barthes, Lynch foi quem ((mais se aproximou dos problemas
de uma semântica urbana", mas observa que sua ((concepção da cidade permanece
mais 'gestáltica' do que estrutu_!"al". As idéias de Lynch são usadas por Norberg-Schulz
e outros fenomenólogos para defender a relevância do lugar.
Rossi também reconhece em Lynch a inspiração para sua tese de que a orientação es-
pacial na cidade provém da experiência de episódios significativos, como os r~c~ntos
monumentais. A idéia estruturalista de que a cidade se torna legível pela repetiçao de
· d ut1ve1s,
componentes elementares (1rre ' · arque t'1p1c
· os) , aos quais a memória coletiva
_
dá sentido, define a leitura poética da cidade para Rossi. Ele também estuda a funçao
do tipo na cidade européia como repositório da memória coletiva e c~m~~r~ a opera-
- d l t rban os permanentes à função das estruturas hngu1sticas fixas
çao esses e emen os u . . .
de Ferdinand de Saussure. Em A arquitetura da cidade (1982), Ross1 explica sua 1nt~n-
- d ·e sto sob re a tipologia e o desenho urbano como uma reaçao
çao e escrever u m man11e .
ºd d d ·sta Ele trata a cidade como um artefato, um obJeto que nasce
contra a c1 a e mo ern1 . .
o uma representação dos valores culturais.
d o trab alh o h umano, e Com
65
A lembrança, cm Rossi, do que a cidade .s im boliza to i cx tremanw ntc i,n
. . i ,. . J • • po ria nt ,
ara nór de novo cm toco ,l t( cw üc fa zer arquitetura em um cont cxt , L e
P r .. _ . . , . . . .. . . . . , _ . i uroa nq: '()
contraste cnt n: o par lllll l,H e o um VL I s,ll, o ind1v1du ,1l e o <.:nlct Ivo, <·mc rge d;:i .·
_ . • • , , 1, 1 cidadce
de sua r 0 nstruçao , sun arqu1tc 11 11 :i . ·
O arquiteto Leon Krier tem uma visão diferente da gama de tipos disponíveis, embora
concorde em princípio com Rossi sobre a importância deles na constituição do espaço
urbano. Krier vai buscar seus tipos no neoclassicismo ilumin ista e na cidade pré-indus-
trial do século XVIII. U sanda uma taxonomia de tipos de construção urbana (que incluem
espaços, edifícios e m étodos construtivos) e um repertório deliberadamente limitado ~
racionalizado de materiais de construção, Krier pretende reintroduzir o rigor na arqw·
tetura e no urbanismo. A recriação do domínio público requer lugares e monument_~s
1
significativos, que precisam apoiar-se num tenso entorno de construções em "fabric". ~.
Ponsave' 1d e enga3ar
· o pensamento arquitetônico nas atuais con d.1çoes
- socIO· econôrmcas.
cc did
nesse exato momento, a reflexão arquitetônica só pode ser empreen a por
meio de urn
._
, • , · • . , . ,, 1ss Para I(neJ.,
exercICio pratICo, sep na forma de uma crítica, seja na de um pro3eto cntico · ,
'bil'd , a1·, imposta pe1a
ª possi 1 ade de um trabalho visionário utópico continua aberta, e e, ias, . ·
d d - · . · d reconsutui-
egra açao do urbamsmo contemporâneo. Krier se ocupa pnnc1palmente ª
66
ção de espaços públicos exter iores ahcrtos e hcr11 ddimitados a rna, a praç.a ele. - como
"par~e de ~ma visão integral dn sociedade 1... 1 parte de llma luta política". 1 '" O lugar públi -
co simboliza as responsabilidades éticas do cidadã 0 _
Kricr tamb(.'tn d iscute o mito modern ista de q11c a industri aliza ção do proce,;-;o
construti vo viria a libcrt;u o trnhnl hado r. Por ironi í1 , Jiz d e,
A industr ializa,·ao n,1(1 crio u ncni téi..: nicas de cons tru çao mai \ rápida ne m uma tec-
nolo!;ia (onstrntiva melhor. Longe de mel horar as co nd ições ffsicac; do trabalho , el a
ft'd uziu o trabalh o manual a u m a experiência emb ru tecedora e escravi zante, que de-
gradou um ofício milenar e d igno a um exercício socialmente alienante. 1,;n
Foi isso que deu base à decisão de Krier de não construir, decisão da qual voltou atrás
quando teve a oportunidade de construir sua própria casa em Seaside, na Flórida.
Nesse projeto, ele se decidiu pelo emprego de materiais industrializados com uma
exagerada sensibilidade tectônica, que pretendia recuperar a mitificação da constru-
ção expressa nos detalhes clássicos.
67
em estradas com lím!te d~ velocidade ~e 80 km / h_. Eles também privilegiam um
elementos da tríade v1truvia na, a comod1dadc , que mel ui a idéia de convcni·e~ . dos
· _ . nc1a, e
além disso, retorça a escolha do letreiro sobre o galpão decorado. Venturi e colab que,
res insistem cm dizer que o letreiro pregado nas paredes da "caixa bruta" (a dum~rtdo.
~ a forma mais eco nômica , e, portanto, ma is honesta e adequada de comunicar. JOx)
Esse argumen to - baseado na aceitação das condições existente<; da ec
" . ~ . , . . onomia de
mercado e dos métodos us uais de co nstruçao e elo urbanismo (melhor d.t d .
1 0 , a falt
deles) _ nào é neutro, mas reafirma o sta tus quo em desenvolvimento no E ª
. . s stadoc;
Unidos do hnal do século x x ; portanto, é um ponto de vista conservador. Além d.
. . ô . "fil fi ,, d . Ili<;()
a visão da teona arqmtet nica, ou a oso a o proJeto do grupo V SBA sur e '
demais utilitarista e prescritiva: isto é, só é útil aquilo que "ajuda a relacionar fg por
163
ormas
com os requisitos,,. Um exemplo da função apologética do livro é a discussão sobre
0 «pato" versus o ((galpão decorado,,, que resume o ponto de vista conformista doe;
68
Por florestas e lagos ' cm o1 uc "u,',> ·m f.t..,l-estt.utun\s pudessem fu nc io · nar sem ca usa r da -
nos" (cap. 6 )- Tal como os teóricos histo ricistas pós-modernos , Koolhaas é favo rável à
noção d~ século X I X de "remodelar sem destru ir a ci dade preexistente". As diferenças
anarccenam
r . . . . na cscollH
' • do '. _Ili'....' e de como
· ed 111car.
·r. · bás1
/\ sua estratégia ·ca co ns1stma
· · ·
cm mtensiticar f' to rnar claras as co nd i~·ocs existentes medi ante um con traste entre o
espaço aber to e a editicaçJo densa .
Koolhaas provavelmente aprovaria o tratamento dado por Stcphen .Holl as. edge
âtics norte-amer ica nas. '"'.- Holl projetou para a cidade de Phoenix um complexo aé-
reo pro un-inspired, que ele chama de «barras espaciais retenta ras", e imaginou para
a cidade de Cleveland triângulos intensamente edificados entremeados por triângu-
los arborizados. Esses projetos, que resistem ao espraiamento urbano pela deliberada
construção de fronteiras, são coerentes com o interesse fenomenológico de Holl na
especificid ade do lugar, algo presente em seu livro Anchoring [Ancoragem] (1989 ).
A importância das fro n teiras assin alada por Heidegger torno u-se fundamental para
repensar o espaço m od erno (ver H arries, cap. 8). O valor atribuído ao espaço car-
tesiano anônimo e inin terrupto, uma expressão de liberdade, deve ser considerado
no confronto com a necessidade humana do familiar e da segurança proporcionada
pelos limites. Os p rojetos de grande escala de Holl, assim como os de interiores mais
íntim os (a disp osição flexível dos apartamentos do conjunto residencial de Fukuoka:
"o espaço dobrado"), reafirmam essa dialética. Projetos como o dos "setores espirala-
dos" para a cidade de Dallas contêm uma crítica que se desdobra em vários níveis: ao
plano diretor, à dependência atual do automóvel e aos problemas ambientais que daí
decorrem, à hegemonia do sonho burguês com a vida nos subúrbios de classe média,
e aos m étodos e m ateriais de construção existentes.
69
respeito ao estilo, a m a ior park dos SL'l1,..; admiradores provém dos arquit L h·
. , . . e ns 1,t
ricistas r-nós- modernos. r~cv1dé nl cm<:ntc dos 111corpor~1dorcs de muito.:; er.st· d
, a ns e
().
nàt._) cessam de cnconH:ndar projc tos de novas cidades cm áreas suburbana" ' IUe
. . . . . . 1
1<0l)p/
e a seus colegas d o l : Nu . f•,sscs c mprcc nd ,mentos 1mohil1ário .;; tem O poder de ·
'i . j . j • l 1CS -
ncrtar l) pa rn d ox,\l e nos t~\ g1co l CSCJO l ns norte ameri canos p()r um sin .1
r- • . iu acrnde
trad ição (e seus valo res co rrdatos ), a111 d a q u e cs t<.:Jam mora ndo cm umr1
_ , . . . _ casa nov,
nh":t cm to lh a constru ida co m as mai s r ece n tes rm1taçocs de matcriai .:; de e
• . . . , . on<;truçàr,
produzidas p ela 111d u.s tna pct ro q u1 m 1ca.
70