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UNIVERSIDADE DE AVEIRO

Departamento de Engenharia Civil

Mecânica dos Solos I


PROPRIEDADES FÍSICAS E
IDENTIFICAÇÃO DE SOLOS

Grupo 1: Realizado por:


Flávia Silva Flávia Silva nº85998
Rafaela Almeida Rafaela Almeida nº85108
Heliodoro Ribeiro Heliodoro Ribeiro nº85966

Ano letivo 2018/2019


Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

RESUMO

Este trabalho foi elaborado no âmbito da disciplina de Mecânica dos Solos I e divide-se em
duas partes:
A primeira parte consiste na caracterização física, identificação e classificação de dois solos
distintos fornecidos pelo laboratório do Departamento de Engenharia Civil. Para tal, foi
necessário realizar ensaios para a determinação do teor de água natural, do peso volúmico,
da granulometria e dos limites de Atterberg.
A classificação dos solos foi realizada por três sistemas: classificação unificada, classificação
para fins rodoviários e classificação LCPC-SETRA.

A segunda parte tem como objetivo a determinação do estado de tensão de repouso de um


maciço terroso constituído pelos dois solos acima referidos e do estado de tensão
imediatamente após a construção da estrutura do edifício no maciço. Para a resolução desta
parte foi utilizado o programa de cálculo automático: GeoStudio 2012.

ABSTRACT

Within Soil Mechanics I subject, this work aims for the physical characterization, identification
and classification of two different soils samples: a granular and a thin soil.
To accomplish the first part, it was necessary to resort to visual characterization, laboratory
testing and analysis. These trials involve the determination of: natural moisture, weight density,
grain size and Atterberg limits. After performing these laboratory tests we ranked soils
according to the Unified, the Road Purposes and the LCPC - SETRA classifications.

In the second part, the main focus was in the determination of stress stage at the rest of earthy
masonry before and after the massive building. To study this problem we used two computer
softwares: Misocrosft Excel and GeoStudio 2018-Student Edition, SIGMA/W.

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

ÍNDICE:

RESUMO ................................................................................................................................... 2

ABSTRACT ............................................................................................................................... 2

ÍNDICE DE FIGURAS: ............................................................................................................. 5

ÍNDICE DE QUADROS:........................................................................................................... 6

ABREVIATURAS: .................................................................................................................... 7

CONSIDERAÇÕES INICIAIS: ................................................................................................. 9

CALENDARIZAÇÃO: .............................................................................................................. 9

FUNCIONAMENTO DO GRUPO .......................................................................................... 10

PARTE 1 - PROPRIEDADES FÍSICAS E DE IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS ................. 11

1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO.................................................................................... 11

2. METODOLOGIA UTILIZADA ...................................................................................... 11

2.1. Grandezas associadas à caracterização dos solos ............................................................. 11

3. RESULTADOS OBTIDOS .............................................................................................. 13

3.1. Caracterização visual ........................................................................................................ 13

3.2. Teor em água natural ........................................................................................................ 13

3.3. Peso volúmico ................................................................................................................... 14

3.3.1. Peso volúmico aparente ............................................................................................. 14

3.3.2. Peso volúmico real..................................................................................................... 15

3.4. COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRIA ............................................................................ 16

3.5. LIMITES DE ATTERBERG ............................................................................................ 19

3.5.1. Limite de liquidez ...................................................................................................... 19

3.5.2. Limite de plasticidade ................................................................................................ 20

3.6. Azul de metileno ............................................................................................................... 21

3.7. Classificação dos solos ..................................................................................................... 22

3.7.1. Classificação unificada ASTM .................................................................................. 22

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3.7.2. Classificação para fins rodoviários ............................................................................ 24

3.7.3. Classificação LCPC SETRA ..................................................................................... 25

PARTE 2 – ESTADE DE TENSÃO NOS SOLOS. CAPILARIADE .................................... 27

1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO.................................................................................... 27

2. METODOLOGIA UTILIZADA E RESULTADOS ........................................................ 28

2.1 Estado de tensão em repouso ............................................................................................ 29

2.1.1 Determinação do estado de tensão em repouso desprezando a capilaridade em DC 29

2.1.2. Determinação do estado de tensão em repouso considerando a capilaridade em CC .... 32

2.1.3. Determinação do estado de tensão em repouso após a construção do perfil CC’ ......... 35

2.1.4. Determinação do estado de tensão em repouso após a construção do perfil DD’ ......... 38

2.1.5. Assentamentos ................................................................................................................ 41

3. GEOSTUDIO .................................................................................................................... 42

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................ 45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 46

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ÍNDICE DE FIGURAS:

Figura 1 - solo totalmente saturado, seco e parcialmente saturado, respetivamente ................ 11


Figura 2 - diagrama de três fases .............................................................................................. 12
Figura 3 - grandezas básicas..................................................................................................... 12
Figura 4 - Amostra de solo fino e granular, respetivamente .................................................... 13
Figura 5 - pesagem dos torrões com parafina .......................................................................... 14
Figura 6 - picnómetros com solo fino e granular saturado ....................................................... 16
Figura 7 - gráfico das curvas granulométricas ......................................................................... 17
Figura 8 - série de peneiros numa mesa vibratória ................................................................... 18
Figura 9 – método da concha da Casagrande ........................................................................... 20
Figura 10 - solo granular não plástico ...................................................................................... 21
Figura 11 - teste de azul de metilen.......................................................................................... 21
Figura 12 - classificação de solos (ASTM D 2487-85) ............................................................ 23
Figura 13 - classificação rodoviária do solo granular e fino .................................................... 24
Figura 14 - classificação LCPC SETRA do solo fino .............................................................. 25
Figura 15 - classificação LCPC SETRA do solo fino .............................................................. 26
Figura 16 - perfil geológico ...................................................................................................... 28
Figura 17 - perfil geológico com representação do edifício a construir................................... 28
Figura 18 - gráfico das tensões de repouso em função da profundidade ................................. 30
Figura 19 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto B ................................ 31
Figura 20 - diagrama s,s' e t do ponto B .................................................................................. 31
Figura 21 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto E ................................ 31
Figura 22 - diagrama s,s' e t do ponto E .................................................................................. 31
Figura 23 - gráfico das tensões de repouso em função da profundidade ................................. 32
Figura 26 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto I ................................. 34
Figura 27 - diagrama s,s' e t do ponto I .................................................................................... 34
Figura 25 - diagrama s,s' e t do ponto C .................................................................................. 34
Figura 24 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto C ................................ 34
Figura 28 - gráfico das tensões de repouso em função da profundidade ................................. 35
Figura 31 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto G ............................... 37
Figura 30 - diagrama s,s' e t do ponto D................................................................................... 37
Figura 29 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto D ................................ 37
Figura 32 - diagrama s,s' e t do ponto G................................................................................... 37
Figura 33 - gráfico das tensões de repouso em função da profundidade ................................. 38
Figura 34 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto D ................................ 40
Figura 35 - diagrama s,s' e t do ponto D.................................................................................. 40
Figura 37 - diagrama s,s' e t do ponto G................................................................................... 40
Figura 36 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto G ................................ 40
Figura 38 - estado de tensão em repouso ................................................................................. 42
Figura 39- estado de tensão com sapatas ................................................................................. 42
Figura 40 - estado de tensão após deformação ......................................................................... 42
Figura 41 - círculo de Mohr do estado de repouso no ponto fronteira .................................... 43
Figura 42 - círculo de Mohr após deformação no ponto fronteira ......................................... 43
Figura 43- círculo de Mohr do estado de repouso no ponto fronteira ..................................... 44
Figura 44 - círculo de Mohr após deformação no ponto fronteira .......................................... 44

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ÍNDICE DE QUADROS:

Quadro 1 - Datas e presenças nas reuniões .............................................................................. 10


Quadro 2 - Dados para a determinação do teor de água........................................................... 13
Quadro 3 - peso volúmico da água e da parafina ..................................................................... 14
Quadro 4 - Dados para a determinação do peso volúmico aparente ........................................ 15
Quadro 5 - Dados para o cálculo do peso volúmico real ......................................................... 15
Quadro 6 - massa de solo peneirada ......................................................................................... 16
Quadro 7 - peneiração dos solos .............................................................................................. 16
Quadro 8 - cálculo do erro........................................................................................................ 17
Quadro 9 - coeficiente de uniformidade e de curvatura ........................................................... 18
Quadro 10 - cálculo do limite de liquidez ................................................................................ 19
Quadro 11 - gráfico do limite de liquidez ................................................................................ 19
Quadro 12 - cálculo do limite de plasticidade .......................................................................... 20
Quadro 13 – valor do limite de plasticidade, liquidez e indicie de plasticidade ...................... 20
Quadro 14 - dados para o VBS................................................................................................. 21
Quadro 16 - dados para a classificação unificada do solo granular ......................................... 22
Quadro 17 - dados para a classificação unificada do solo fino ................................................ 22
Quadro 18 - informações para a classificação rodoviária do solo granular e fino,
respetivamente .......................................................................................................................... 24
Quadro 19 - informações para a classificação LCPC SETRA ................................................. 25
Quadro 20 - valores obtidos na parte 1 .................................................................................... 29
Quadro 21 - dados fornecidos .................................................................................................. 29
Quadro 22 - tensões de repouso em função da profundidade .................................................. 29
Quadro 23 - valores das tensões principais .............................................................................. 30
Quadro 24 - tensões de repouso em função da profundidade .................................................. 32
Quadro 25 - valores das tensões principais .............................................................................. 33
Quadro 26 - tensões de repouso em função da profundidade .................................................. 35
Quadro 27 - valores das tensões principais .............................................................................. 36
Quadro 28 - tensões de repouso em função da profundidade .................................................. 38
Quadro 29 - valores das tensões principais .............................................................................. 39
Quadro 30 - valor do assentamento no perfil CC’ .................................................................. 41
Quadro 31 - valor do assentamento no perfil DD’ ................................................................... 41

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ABREVIATURAS:

w – Teor em água
Ww – Peso da água
ɣ - Peso volúmico aparente
ɣs - Peso volúmico das partículas sólidas
ɣsat - Peso volúmico saturado
ɣsub - Peso volúmico submerso
ɣpara – Peso volúmica da parafina
e – Índice de vazios
ɣw - Peso volúmico da água
Il - Índice de liquidez
Ip - Índice de plasticidade
ʋ - Coeficiente de Poisson
Wl - Limite de liquidez
Wp - Limite de plasticidade
Cc - Coeficiente de curvatura
Cu - Coeficiente de uniformidade
Gs - Densidade das partículas sólidas
µ - Tensão intersticial
µ0 - Tensão intersticial inicial
σ’h - Tensão horizontal efetiva
σ’h0 - Tensão horizontal efetiva inicial
σ’p - Tensão de pré-consolidação
σ’v - Tensão vertical efetiva
σ’v0 - Tensão vertical efetiva inicial
σh - Tensão horizontal total
σh0 - Tensão horizontal total inicial
σv - Tensão vertical total
σv0 - Tensão vertical total inicial
E - Módulo de Elasticidade
S - Grau de saturação
K - Coeficiente de permeabilidade
k0 - Coeficiente de impulso

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

Neste trabalho é possível relacionar a matéria lecionada na cadeira de Mecânica dos Solos I
e a sua aplicação na vida real. Deste modo torna-se mais fácil a compreensão da matéria por
parte dos alunos.

A primeira parte deste trabalho tem como principal objetivo a caracterização e classificação
de solos. O solo é todo o material da crosta terrestre que não oferecesse resistência
intransponível à escavação mecânica e que possui diversas propriedades físicas e
mecânicas, não existem dois solos com todas as propriedades iguais.

Este solo, quando induzido a determinadas tensões, reage, modificando assim o seu volume
e forma. Estas deformações dependem das próprias elásticas e plásticas do solo.
Na parte dois, com o auxilio do programa de cálculo automático GeoStudio é possível ter a
noção de como o solo em questão deformará ao ser submetido a uma determinada tensão.

CALENDARIZAÇÃO:

O grupo marcou as reuniões e fez a partilha de documentos realizados em casa por via
Facebook. Foram marcadas três reuniões para a realização da experiência em laboratório
com a Engenheira Maria e (..) para a elaboração deste relatório com a seguinte ordem de
trabalho:
1ª e 2ª reunião: Ensaios em laboratório
3ª reunião: Ensaios de laboratório e análise dos dados já obtidos
4ª reunião: Inicio da elaboração do relatório
5ª reunião: Análise de dados e elaboração do relatório
6ªe 7ª reunião: Análise e elaboração do excel
8ª reunião: Ajustes no relatório

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Quadro 1 - Datas e presenças nas reuniões

Data Flávia Silva Heliodoro Ribeiro Rafaela Almeida

22/10/2018 ✓ ✓ ✓

29/10/2018 ✓ ✓ ✓

30/10/2018 ✓ ✓ ✓

22/11/2018 ✓ ✓ ✓

23/11/2018 ✓ ✓ ✓

27/11/2018 ✓ ✓ ✓

28/11/2018 ✓ ✓ ✓

03/12/2018 ✓ ✓ ✓

FUNCIONAMENTO DO GRUPO

De um modo geral, o grupo funcionou de uma maneia eficaz. Houve a preferência de reuniões
presenciais, mas devido à incompatibilidade horaria dos elementos foi criado uma conversa
no Facebook. Foram atribuídas, inicialmente, determinadas tarefas, o grupo adaptou-se de
maneira a funcionar melhor.
A realização dos ensaios laboratoriais foi feita pelo grupo para que todos os elementos
percebessem o que foi realizado. Dois elementos ficaram encarregues de analisar os dados
e um de realizar este relatório.

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PARTE 1 - PROPRIEDADES FÍSICAS E DE IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS

1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

Para fins de Engenharia Civil, o solo é definido como uma mistura natural de um ou vários
minerais que podem ser separados, é assim, um material que pode ser escavado sem ser
necessário técnicas especiais como por exemplo, explosivos.

Apresenta características físicas e químicas de grande importância, nas físicas encontram-


se: a granulometria, índice de vazios, teor de água natural, a densidade aparente e a
percentagem de humidade, nas químicas tem-se a determinação dos minerais.
Na natureza existem dois tipos de solos: granulares, onde é possível distinguir as partículas
individuais a olho nu, e os finos.

2. METODOLOGIA UTILIZADA

2.1. Grandezas associadas à caracterização dos solos

Um solo é constituído por partículas sólidas e vazios (água e ar) no entanto existem solos
totalmente saturados em água, solos secos e parcialmente saturados (figura 1).

Figura 1 - solo totalmente saturado, seco e parcialmente saturado, respetivamente

É possível descrever o estado físico de um solo a partir de diversas grandezas, as básicas


descrevem-se num diagrama de 3 fases (figura 2). A partir destas grandezas é possível
calcular o teor em água, índice de vazios, porosidade, grau de saturação, peso volúmico
(aparente, seco, saturado, submerso, das partículas sólidas) e densidade das partículas
sólidas. Na figura 3 é possível identificar as grandezas, as respetivas fórmulas e unidades.

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Figura 2 - diagrama de três fases

Figura 3 - grandezas básicas

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3. RESULTADOS OBTIDOS

3.1. Caracterização visual

Para esta experiência foram atribuídos dois tipos de solos: um solo fino (F1) visível do lado
esquerdo da figura 4 e um granular (G1), do lado direito.

Figura 4 - Amostra de solo fino e granular, respetivamente

3.2. Teor em água natural

O teor de água natural, expresso em percentagem, é dado pela equação 1:

𝑊𝑤
𝑤(%) = ∗ 100 (1)
𝑊𝑠
Resultados:

Quadro 2 - Dados para a determinação do teor de água

F1 G1

Massa da cápsula (g) 115,36 100,63


Massa da cápsula + amostra húmida
199,84 212,46
(g)
Massa da cápsula + amostra seca (g) 194,21 212,30

Ww (g) 5,63 0,16


Ws (g) 78,85 111,67
w (%) 7,14 0,14

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3.3. Peso volúmico

3.3.1. Peso volúmico aparente

O peso volúmico aparente é definido pela equação 2, o valor obtido corresponde ao peso
volúmico do solo no seu estado natural.

W
g = gW
æg ö (2)
(
Wpar -WI - çç W ÷÷ Wpar -W )
è g par ø

Resultados:

Quadro 3 - peso volúmico da água e da parafina

ɣw (KN/m³) 9,81

ɣparafina (KN/m³) 9,32

Figura 5 - pesagem dos torrões com parafina

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Quadro 4 - Dados para a determinação do peso volúmico aparente

F1 G1
Ws (g) 15,70 35,30

Wpar - Massa da partícula + parafina (g) 18,10 39,10

WI - Massa da partícula + parafina imersa (g) 7,30 16,40

ɣ (kN/m3) 18,61 18,52

3.3.2. Peso volúmico real

O peso volúmico real é definido numericamente pela equação 3. Os valores não variam muito
de solo para solo pois depende principalmente da rocha matriz que deu origem ao solo.

𝛾𝑠
𝛾𝑑 = (3)
1+𝑒

Resultados:
Quadro 5 - Dados para o cálculo do peso volúmico real

Massa do Massa do
Massa do
Massa do picnómetro + picnómetro + Gs 𝛄s
picnómetro +
picnómetro (g) amostra seca amostra (g/cm³) (KN/m³)
água (g)
(g) saturada (g)

F1 45,19 81,33 168,6 145,97 2,68 26,24

G1 220,16 527,99 1084,24 894,45 2,61 25,58

Peso da amostra 𝜸 𝜸𝒅
w e
(kg) (KN/m³) (KN/m3)

F1 0,03614 18,61 0,0714 0,41 19,94

G1 0,30783 18,52 0,0014 0,38 18,55

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Figura 6 - picnómetros com solo fino e granular saturado

3.4. COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRIA

Quadro 6 - massa de solo peneirada

Massa da peneiração do solo(g)

F1 43,22

G1 458,96

Quadro 7 - peneiração dos solos

F1 G1
Abertura Material Material Passado
Nº do Passado
do peneiro Material retido retido Material retido retido acumulad
peneiro acumulado
acumulado acumulado o
(mm) (g) (%) (%) (%) (g) (%) (%) (%)
3|8 9,500 - - - - 16,89 3,36 3,36 96,64
4,0 4,750 0,94 0,83 0,83 99,17 12,00 2,39 5,75 94,25
10,0 2,000 2,20 1,94 2,77 97,23 59,30 11,81 17,56 82,44
20,0 0,850 4,59 4,05 6,83 93,17 139,70 27,81 45,37 54,63
40,0 0,425 7,43 6,56 13,39 86,61 115,98 23,09 68,46 31,54
60,0 0,250 11,08 9,79 23,18 76,82 54,59 10,87 79,33 20,67
140,0 0,106 5,80 5,12 28,30 71,70 52,50 10,45 89,78 10,22
200,0 0,075 3,38 2,99 31,29 68,71 4,44 0,88 90,66 9,34
<200 fundo 7,50 6,63 37,92 62,08 2,62 0,52 91,19 8,81
Total 42,92 100,00 458,02 91,19

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Durante a peneiração é normal ocorrerem pequenas perdas de amostra que vão ficando na
malha dos peneiros. A continuação da experiência apenas é valida se as perdas forem
inferiores a 1%.

Quadro 8 - cálculo do erro

F1 G1

Massa recipiente vazio (g) 212,39 205,99

Amostra seca (g) 113,20 502,29

Massa de amostra seca


255,61 664,95
após lavagem (g)

Massa perdida na lavagem


69,98 43,33
(g)

Massa dos peneiros (g) 42,92 458,02

Erro (%) 0,0070 0,0021

Os valores do erro foram obtidos pela equação 4:

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 − 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎


𝐸 (%) = ∗ 100 (4)
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠

Figura 7 - gráfico das curvas granulométricas

Gráfico das curvas de distribuições granulométricas


100.00
90.00
% passado acumulado

80.00
70.00
60.00 Solo Fino
50.00 Solo granular
40.00
30.00
20.00
10.00
0.00
0.010 0.100 1.000 10.000
Abertura do peneiro (mm)

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Pela análise do quadro 9 conclui-se que não é possível determinar o coeficiente de


conformidade (CU) e o coeficiente de curvatura (CC) dados pelas equações 5 e 6,
respetivamente, do solo fino uma vez que não se pode calcular o diâmetro efetivo de 10%
(D10), 30% (D30) e 60% (D60).
𝐷60 (5)
𝐶𝑈 =
𝐷60
(𝐷30 )2 (6)
𝐶𝐶 =
𝐷10 ∗ 𝐷60

Relativamente ao solo granular, os diâmetros efetivos são os presentes no quadro 10.

Quadro 9 - coeficiente de uniformidade e de curvatura

G1

D10 (mm) 0,113


D30 (mm) 0,138
D60 (mm) 1,00
CU 8,85
CC 0,17

Figura 8 - série de peneiros numa


mesa vibratória

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3.5. LIMITES DE ATTERBERG

3.5.1. Limite de liquidez

Quadro 10 - cálculo do limite de liquidez

L1 L2 L3 L4
massa do recipiente vazio (g) 27,16 27,56 28,52 27,21
massa do recipiente vazio + solo húmido (g) 38,72 41,49 43,56 40,23
massa do recipiente vazio + solo seco (g) 36,35 38,72 40,71 33,82
massa de solo seco (g) 9,19 11,16 12,19 6,61
Ww (g) 2,37 2,77 2,85 6,41
w (%) 25,79 24,82 23,38 96,97
Nº de pancadas 10 16 28 31

Quadro 11 - gráfico do limite de liquidez

Limite de liquidez
100.00
90.00
y = 2.3168x - 6.4912
80.00
70.00 R² = 0.4031
60.00
w (%)

50.00
40.00
30.00
20.00
10.00
0.00
0 5 10 15 20 25 30 35
nº de pancadas

No âmbito de se calcular o valor do limite de liquidez traçou-se um gráfico do número de


pancadas em função do teor em água. Substituindo x por 25 na equação 7, obtém-se o limite
de liquidez.
𝑦 =2,3168𝑥 − 6,4912
(7)
wL (%) 51,49

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Figura 9 – método da concha da Casagrande

3.5.2. Limite de plasticidade

Quadro 12 - cálculo do limite de plasticidade

P1 P2 P3 P4
massa do recipiente vazio
29,35 26,45 27,2 28,54
(g)
massa do recipiente vazio +
32,11 29,78 31,51 32,46
solo húmido (g)
massa do recipiente vazio +
31,63 29,20 30,78 31,80
solo seco (g)
massa de solo seco (g) 2,28 2,75 3,58 3,26
Ww (g) 0,48 0,58 0,73 0,66
w (%) 21,05 21,09 20,39 20,25
wmédio (%) 20,70

Resultados finais:

Quadro 13 – valor do limite de plasticidade, liquidez e indicie de plasticidade

wp(%) 20,70
wL (%) 51,49
IP (%) 30,79

O índice de plasticidade (IP) é obtido pela fórmula (8)


𝐼𝑃 = 𝑤𝐿 − 𝑤𝑃 (8)

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

Figura 10 - solo granular não plástico

3.6. Azul de metileno

O ensaio do azul de metileno consiste em determinar a quantidade de argila presente na


amostra em questão.
É adicionada uma quantia de corante à água e com a ajuda de uma vareta coloca-se uma
gota no papel de filtro fornecido (imagem 9) se o azul não raiar é necessário continuar a
adicionar corante, significa que o corante não está em excesso.
O valor do azul de metileno, VBS é dado pela equação 9.

Quadro 14 - dados para o VBS

Solo Granular
200 g < 2 mm m=200,0g
Vazul de metileno (mL) 35
mamostra (g) 200,0
VBS 1,75

𝑉𝑎𝑧𝑢𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑡𝑖𝑙𝑒𝑛𝑜 (8)


𝑉𝐵𝑆 = × 10
𝑚𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎

Figura 11 - teste de azul de metilen

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

3.7. Classificação dos solos


3.7.1. Classificação unificada ASTM

Solo granular:
Analisando o quadro 15, é possível ver que a percentagem de passado no peneiro nº200 foi
superior a 50%, trata-se assim de um solo grosso. Relativamente ao peneiro nº4, o solo
apresenta uma fração grossa retida neste peneiro de mais de 50%, o solo grosso apresenta
areia na sua constituição.
Analisando os coeficientes de uniformidade e curvatura, presentes no quadro 10, os valores
não se enquadrado na classificação e é necessário analisar a carta de plasticidade de
casagrande mas como a percentagem de finos não é superior a 12%, o solo só poderá ser
um fino classificado como ML ou MH.
Na imagem 10 está representado a vermelho.

Quadro 16 - dados para a classificação unificada do solo granular

% material retido acumulado no peneiro nº 200 90,66


% de material passado acumulado no peneiro nº4 94,25
% de material passado acumulado no peneiro nº200 9,34
% da fracção grossa passada no peneiro nº4 93,66
% Finos 9,34
CU 8,850
CC 0,170

Solo fino:
O raciocino feito para a classificação do solo fino é a mesma do solo granular, analisando o
quadro 9 e estando as informações importantes no quadro 18 é possível classificar o solo com
uma argila gorda.
Na imagem 10 está representado a azul.

Quadro 17 - dados para a classificação unificada do solo fino

% material passado acumulado no


68,71
peneiro nº 200
Limite de Liquidez (WL) 73,73
Índice de Plasticidade (IP) 53,03

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Figura 12 - classificação de solos (ASTM D 2487-85)

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

3.7.2. Classificação para fins rodoviários


Com as informações retiradas do quadro 12 foi possível construir o quadro 19 ,relativamente
ao solo granular e fino.
Conclui-se assim que o solo granular é um solo A-2-4 e o fino um solo A-7. Na imagem 12 o
solo granular está representado a vermelho e o fino a azul.

Quadro 18 - informações para a classificação rodoviária do solo granular e fino, respetivamente

% de material passado % de material passado


9,34 68,71
acumulado no peneiro nº 200 acumulado no peneiro nº 200
% de material passado % de material passado
31,54 86,61
acumulado no peneiro nº 40 acumulado no peneiro nº 40
% de material passado % de material passado
82,44 97,23
acumulado no peneiro nª 10 acumulado no peneiro nª 10
Limite de Liquidez (WL) - Limite de Liquidez (WL) 73,73
Índice de Plasticidade (IP) - Índice de Plasticidade (IP) 53,03
Conclusão:A-2-4 Conclusão: A-7

Figura 13 - classificação rodoviária do solo granular e fino

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

3.7.3. Classificação LCPC SETRA

Com as informações retiradas do quadro 12 foi possível construir o quadro 20 ,relativamente


ao solo granular e fino.
Conclui-se assim que o solo granular é um solo B2 e o fino um solo A2. Na imagem 13 o solo
granular está representado a vermelho e na 14, o fino a azul.

Quadro 19 - informações para a classificação LCPC SETRA

Dmáx (mm) 25,00 Dmáx (mm) 2,00


% de material passado % de material passado
9,34 68,71
acumulado no peneiro nº200 acumulado no peneiro nº200
% de material passado % de material passado
82,44 97,23
acumulado no peneiro nº10 acumulado no peneiro nº10
Índice de Plasticidade (IP) - Índice de Plasticidade (IP) 53,03
(VBS) - Valor de Azul de (VBS) - Valor de Azul de
1,75 -
Metileno Metileno
Conclusão: B2 Conclusão: A2

Figura 14 - classificação LCPC SETRA do solo fino

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Figura 15 - classificação LCPC SETRA do solo fino

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

PARTE 2 – ESTADE DE TENSÃO NOS SOLOS. CAPILARIADE

1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

As tensões estão relacionadas à tendência de deslocamento relativo das partículas de um


corpo visando alterações no interior da rocha, podem ser divididas em: naturais e induzidas.

As tensões naturais são aquelas que não dependem da ação humana, existem nas rochas
por efeito de algum tipo condicionante anterior, como o efeito gravitacional ou estrutural. As
induzidas estão associadas a perturbações artificiais, ou seja, escavação ou perfuração.
Na escavação, ocorre uma profunda modificação no estado natural de tensões devido à
redistribuição no maciço realizado com a pressão e, consequentemente, ocorrendo rutura
ocasionada com os esforços praticados.

Na disciplina de Mecânica dos Solos I, considera-se tensões positivas as de compressão.

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

2. METODOLOGIA UTILIZADA E RESULTADOS

A parte 2 deste trabalho consiste na determinação do estado de tensão de repouso e do


estado de tensão imediatamente após a construção da estrutura de um edifício industrial com
um piso, construído sobre um maciço constituído por duas camadas de solo distintas, um solo
granular (1) e um fino (2).
Para determinar estes estados foram utilizados duas ferramentas: folha de cálculo Excel e o
programa de cálculo automático GeoStudio 2012 – Student Edition.
Para a análise dos estados de tensão de repouso considera-se o perfil geológico representado
pela figura 11. As sapatas de fundação são corridas, pelo que a tensão transmitida ao terreno
se assemelha a uma tensão vertical uniformemente distribuída com desenvolvimento infinito.
(figura 17)

Figura 16 - perfil geológico

Foi necessário utilizar os valores calculados na parte 1 do trabalho para a obtenção dos
estados de tensão representados no quadro 20. As dimensões das variáveis foram atribuídas
a cada grupo para a resolução dos problemas e estão presentes no quadro 21.

Figura 17 - perfil geológico com representação do edifício a construir

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Quadro 20 - valores obtidos na parte 1

Solo 1 Solo 2
w (%) 0,14 7,14
3
𝜸 (kN/m ) 18,52 18,61
𝜸w (kN/m3) 9,81 9,81
Gs (g/cm3) 2,61 2,68
ʋ 0,3 0,4
K0 0,43 0,67
𝜸s (kN/m3) 25,58 26,24
E 0,38 0,41
𝜸d (kN/m3) 18,55 19,94
𝜸sat (kN/m3) 21,24 21,46
𝜸sub (kN/m3) 11,43 11,65

Quadro 21 - dados fornecidos

h1 (m) h2 (m) hnf (m) hc (m) a (m) b (m) gaterro (KN/m3)

4 6 2 0,5 8 2 80

2.1 Estado de tensão em repouso

2.1.1 Determinação do estado de tensão em repouso desprezando a


capilaridade em DC

Quadro 22 - tensões de repouso em função da profundidade

Z σv0 u0 σ'v0 σ'h0 σh0


Ponto
m KPa KPa KPa KPa KPa
A 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Solo 1 B 2,00 37,04 19,62 17,42 7,49 27,11

C 4,00 79,52 39,24 40,28 17,32 56,56


C' 4,00 79,52 39,24 40,28 26,99 66,23
D 6,00 116,74 58,86 57,88 38,78 97,64
Solo 2 E 7,00 135,35 68,67 66,68 44,68 113,35
F 8,00 153,96 78,48 75,48 50,57 129,05
G 10,00 191,18 98,10 93,08 62,36 160,46

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

Os pontos A, B, C, C’, D, E, F e G correspondem respetivamente os pontos à superfície, a


meio do solo 1, fim do solo 1, início do solo 2, meio do solo 2, no solo 2 e no fim do solo 2.

Estado de tensão em repouso


Tensões (KPa)
0.00 50.00 100.00 150.00 200.00 250.00
0.00
Profundidade (m)

2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00

σv0 u0 σ'v0 σ'h0 σh0

Figura 18 - gráfico das tensões de repouso em função da profundidade

Quadro 23 - valores das tensões principais

s s’ t
Ponto KPa KPa Kpa
B 32,075 12,455 4,965
64,040 28,800 11,480
C
72,874 33,634 6,646
C’
124,348 55,678 11,002
E
G 175,822 77,722 15,358

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Circunferência de Mohr
15.000
10.000
τ (KPa) 5.000
0.000 T. Totais
-5.0000.000 20.000 40.000 60.000
-10.000 T. Efetivas
-15.000
σ (KPa)

Figura 19 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto B

t Diagrama s;s';t
6

4
Linha k0

2 Ponto s'
Ponto s
0
s;s'
0 10 20 30 40
Figura 20 - diagrama s,s' e t do ponto B

Circunferência de Mohr
60.000
40.000
20.000
τ (KPa)

0.000 T. Totais
-20.0000.000 100.000 200.000
T. Efetivas
-40.000
-60.000
σ (KPa)

Figura 21 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto E

Diagrama s;s';t
12t
10
8
Linha k0
6
Ponto s'
4
Ponto s
2
0
s;s'
0 50 100 150

Figura 22 - diagrama s,s' e t do ponto E

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

2.1.2. Determinação do estado de tensão em repouso considerando a


capilaridade em CC
Quadro 24 - tensões de repouso em função da profundidade

Z σv0 u0 σ'v0 σ'h0 σh0


Ponto
m KPa KPa KPa KPa KPa
A 0,00 0,00 -19,62 19,62 8,44 -11,18
B 1,50 27,78 -4,91 32,69 14,05 9,15
B' 1,50 27,78 -4,91 32,69 14,05 9,15
Solo 1
C 2,00 38,40 0,00 38,40 16,51 16,51
D 3,00 59,64 9,81 49,83 21,43 31,24
E 4,00 80,88 19,62 61,26 26,34 45,96
E' 4,00 80,88 19,62 61,26 26,34 45,96
F 6,00 123,80 39,24 84,56 36,36 75,60
Solo 2 G 7,00 145,26 49,05 96,21 41,37 90,42
H 8,00 166,72 58,86 107,86 46,38 105,24
I 10,00 209,64 78,48 131,16 56,40 134,88

Os pontos A, B, B’, C, D, E, E’, F, G, H, I correspondem, respetivamente, à superfície, antes


da capilaridade, depois da capilaridade, ao nível freático, meio do solo 1, fim do solo 1, início
do solo 2, no solo 2, a meio do solo 2, no solo 2 e no fim do solo 2.

Estado de Tensão em Repouso


Tensões (KPa)
-50.00 0.00 50.00 100.00 150.00 200.00 250.00
0.00

2.00
Profundidade (m)

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

σv0 u0 σ'v0 σ'h0 σh0

Figura 23 - gráfico das tensões de repouso em função da profundidade

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

Quadro 25 - valores das tensões principais

s s’ t
Ponto
KPa KPa Kpa
B 18,465 23,370 9,315
B’ 18,465 23,370 9,315

C 27,456 27,465 10,944

E 63,421 43,801 17,459


E’ 63,421 43,801 17,459
I 172,259 93,779 37,381

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

Circunferência de Mohr
15.000

5.000
T. Efetivas
-5.0000.000 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000
τ (KPa)
e T. Totais
-15.000

-25.000

-35.000
σ (KPa)
Figura 27 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto C

Diagrama s;s';t
12 t
10
8
Linha k0
6
Ponto s'
4
2 Ponto s

0
s;s'
0 10 20 30

Figura 26 - diagrama s,s' e t do ponto C

círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto C


Circunferência de Mohr
100.000
80.000
60.000
40.000
τ (KPa)

20.000
0.000 T. Totais
-20.0000.000 100.000 200.000 300.000 400.000
-40.000 T. Efetivas
-60.000
-80.000
-100.000
σ (KPa)
Figura 24 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto I

Diagrama s;s';t
40 t

30
Linha k0
20
Ponto s'
10
Ponto s
0
s;s'
0 50 100 150 200
Figura 25 - diagrama s,s' e t do ponto I

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

2.1.3. Determinação do estado de tensão em repouso após a construção do perfil


CC’
Quadro 26 - tensões de repouso em função da profundidade

Z σv u σ'v σ'h σh
Ponto
m KPa KPa KPa KPa KPa
A 0,00 0,00 -19,62 19,62 8,44 -11,18
B 1,50 27,78 -4,91 32,69 14,05 9,15
Solo 1 - Solo B' 1,50 27,78 -4,91 32,69 14,05 9,15
Granular C 2,00 118,40 0,00 118,40 96,51 96,51
D 3,00 138,02 9,81 128,21 76,89 86,70
E 4,00 153,60 19,62 133,98 68,55 88,17
E' 4,00 153,60 19,62 133,98 68,55 88,17
F 6,00 185,66 39,24 146,42 68,06 107,30
Solo 2 - Solo
G 7,00 203,48 49,05 154,43 70,05 119,10
Fino
H 8,00 222,14 58,86 163,28 72,50 131,36
I 10,00 260,96 78,48 182,48 78,17 156,65

O ponto A, B, B’, C, D, E, E’, F, G, H e I correspondem, respetivamente, à superfície, antes


da capilaridade, depois da capilaridade, no nível freático, meio do solo 1, fim do solo 1, início
do solo 2, no solo 2, a meio do solo 2, no solo 2 e no fim do solo 2.

Tensão Após a Construção no perfil CC'


Tensões (KPa)
-50.00 0.00 50.00 100.00 150.00 200.00 250.00 300.00
0.00

2.00
Profundidade (m)

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

σv u σ'v σ'h σh

Figura 28 - gráfico das tensões de repouso em função da profundidade

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

Quadro 27 - valores das tensões principais

s s’ t
Ponto
KPa KPa Kpa
C 107,456 107,456 10,944
D 112,360 102,550 25,658

E/E’ 120,883 101,263 32,713

G 161,291 112,241 42,193


I 208,808 130,328 52,153

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

Circunferência de Mohr
40.000
30.000
20.000
10.000

τ (KPa)
0.000
-10.0000.000 25.000 50.000 75.000100.000125.000150.000
-20.000
-30.000 T. Totais
-40.000
σ (KPa) T. Efetivas
Figura 31 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto D

t Diagrama s;s';t
30
25
20
Linha k0
15
Ponto s'
10
5 Ponto s

0
s;s'
0 50 100 150

Figura 30 - diagrama s,s' e t do ponto D

Circunferência de Mohr
75.000
50.000
25.000
τ (KPa)

0.000
0.000 50.000 100.000150.000200.000250.000300.000
-25.000
-50.000
T. Totais
-75.000
σ (KPa) T. Efetivas

Figura 29 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto G

Diagrama s;s';t
50t

40

30 Linha k0
20 Ponto s'
10 Ponto s

0
s;s'
0 50 100 150 200
Figura 32 - diagrama s,s' e t do ponto G

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

2.1.4. Determinação do estado de tensão em repouso após a construção do perfil


DD’
Quadro 28 - tensões de repouso em função da profundidade

Z σv u σ'v σ'h σh
Ponto m KPa KPa KPa KPa KPa
A 0,00 0,00 -19,62 19,62 8,44 -11,18
B 1,50 27,78 -4,91 32,69 14,05 9,15
Solo 1 - Solo B' 1,50 27,78 -4,91 32,69 14,05 9,15
Granular C 2,00 118,40 0,00 118,40 96,51 96,51
D 3,00 138,81 9,81 129,00 72,57 82,38
E 4,00 159,06 19,62 139,44 69,40 89,02
E' 4,00 159,06 19,62 139,44 69,40 89,02
F 6,00 194,28 39,24 155,04 57,15 96,39
Solo 2 - Solo
G 7,00 205,69 49,05 156,64 51,71 100,76
Fino
H 8,00 218,06 58,86 159,20 51,94 110,80
I 10,00 253,63 78,48 175,15 59,64 138,12

O ponto A, B, B’, C, D, E, E’, F, G, H e I correspondem, respetivamente, ao ponto à superfície,


antes da capilaridade, depois da capilaridade, no nível freático, meio do solo 1, fim do solo 1,
início do solo 2, no solo 2, meio do solo 2 e no fim do solo 2.

Tensão Após a Construção no perfil DD'


Tensões (KPa)
-50.00 0.00 50.00 100.00 150.00 200.00 250.00 300.00
0.00

2.00
Profundidade (m)

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

σv u σ'v σ'h σh

Figura 33 - gráfico das tensões de repouso em função da profundidade

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

Quadro 29 - valores das tensões principais

s s’ t
Ponto
KPa KPa Kpa
107,456 107,456 10,944
C
110,595 100,785 28,219
D
153,223 104,173 52,467
G
195,873 117,393 57,752
I

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Mecânica dos Solos I Propriedades físicas e identificação de solos

Circunferência de Mohr
40.000
30.000
T. Totais
20.000
10.000 T. Efetivas
τ (KPa) 0.000
-10.0000.000 25.000 50.000 75.000 100.000 125.000 150.000
-20.000
-30.000
-40.000
σ (KPa)
Figura 34 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto D

t Diagrama s;s';t
30
25
20
Linha k0
15
Ponto s'
10
Ponto s
5
0
s;s'
0 20 40 60 80 100 120

Figura 35 - diagrama s,s' e t do ponto D

Circunferência de Mohr
100.000
75.000
50.000
τ (KPa)

25.000
0.000 T. Totais
-25.0000.000 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000
T. Efetivas
-50.000
-75.000
-100.000
σ (KPa)
Figura 37 - círculo de Mohr do estado de tensão de repouso no ponto G

t Diagrama s;s';t
60

40
Linha k0

20 Ponto s'
Ponto s
0
s;s'
0 50 100 150 200
Figura 36 - diagrama s,s' e t do ponto G

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2.1.5. Assentamentos

Quadro 30 - valor do assentamento no perfil CC’

Perfil CC'
Assentamento do solo à superfície
z Δσz Δσx Δσy E v
m KPa KPa KPa KPa
5 78,377 55,465 46,845 15,000 0,300
14 58,224 28,679 34,761 100,000 0,400
Assentamento m 24,329

Quadro 31 - valor do assentamento no perfil DD’

Perfil DD'
Assentamento do solo à superfície
z Δσz Δσx Δσy E v
m KPa KPa KPa KPa
5 79,174 51,139 45,609 15,000 0,300
14 60,430 10,335 28,306 100,000 0,400
Assentamento m 27,255

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3. GEOSTUDIO

Figura 38 - estado de tensão em repouso

Figura 39- estado de tensão com sapatas

Figura 40 - estado de tensão após deformação

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Perfil CC’:

Figura 41 - círculo de Mohr do estado de repouso no ponto fronteira

Figura 42 - círculo de Mohr após deformação no ponto fronteira

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Perfil DD’:

Figura 43- círculo de Mohr do estado de repouso no ponto fronteira

Figura 44 - círculo de Mohr após deformação no ponto fronteira

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na parte um deste trabalho destacou-se o facto de se ter obtido valores do peso volúmico
seco elevados, estes valores podem ter sido causados por erro humano na pesagem dos
solos.
O facto de não ter sido possível calcular os diâmetros efetivos impossibilita o cálculo do
coeficiente de uniformidade e de curvatura.

Com a utilização do Excel, foi possível efetuar o cálculo das tensões de estado em repouso,
antes e depois da capilaridade num maciço rochoso. Determinou-se o coeficiente de Poisson
e o módulo de Young usados, para os conseguir determinar foi necessário usar valores
obtidos na primeira fase do trabalho.
Ao existir capilaridade, a pressão neutra atinge valores negativos desde a altura atingida pela
água até ao nível freático. Isso acontece devido ao efeito de sucção criado pela subida da
água. Na transição dos solos, observamos uma variação nos valores das tensões horizontais,
isto explica-se devido à diferença de coeficiente de impulso nos dois materiais. Os
incrementos de tensão devem-se à carga produzida pela construção do edifício. Denota-se
que os incrementos obtidos em função da profundidade diminuem à medida que profundidade
aumenta. Fez-se também as circunferências de Mohr e os gráficos s,s’,t.
Os valores obtidos são esperados, uma vez que, a tensão vertical, horizontal e a pressão
intersticial do solo em repouso aumentam com o aumento da profundidade. Este trabalho
permitiu uma interpretação verdadeira e eficaz comparativamente com a realidade.
Existe uma discrepância entre os valores obtidos entre o Excel e o Geostudio, uma vez que
com a licença de estudante não conseguimos obter todas as funcionalidades do programa
nomeadamente no cálculo das tensões efetivas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fernandes, M. M. (2006). “Mecânica dos Solos – Conceitos e Princípios Fundamentais”,


FEUP Edições, Porto, Portugal

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