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ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

CINTURA ESCAPULAR
GENERALIDADES
Consideramos a CINTURA ESCAPULAR como uma
UNIDADE FUNCIONAL, conformada por um ANEL OSTEO-
MÚSCULO-LIGAMENTAR.

Está constituída pelo úmero, escápula, clavícula, esterno,


1ª costela, 1ª vértebra torácica e musculatura de união da
escapula à coluna.

INFLUÊNCIAS
A estática e a dinâmica desta unidade funcional interferem
e é interferida por outras regiões.

MEMBRO SUPERIOR:
Está unida ao tronco e se pode considerar como dele. A
sustenta para desenvolver a coordenação especifica. Através da
cintura escapular, passam elementos de inervação e vascularização.
Tronco e membro superior se inter-relacionam por cadeias
fasciais, raízes nervosas e linhas de força.

TORAX:
Constituído pela 1ª e 2ª costelas, esterno e resto do gradil
costal, músculos, fáscias, linhas de força, elementos de inervação,
vasculares e linfáticos.

COLUNA TORÁCICA, CERVICAL E LOMBAR.


Através de músculos, fáscias, linhas de força, elementos de inervação, vasculares e linfáticos.

ARTICULAÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR
Através de cadeias musculares, fáscias, linhas de força, elementos de inervação,
vasculares e linfáticos.
No anel osteoligamentar da pelve, cada osso arrasta os outros em qualquer movimento,
já que requer solidez por sua importante função estática. A diferença: o anel osteo-músculo-
ligamentar da cintura escapular pode atura por metades quase independentemente, já que sua
função é eminentemente dinâmica, sempre tendo claro o critério de INTEGRIDADE
ABSOLUTA do corpo humano.

1º ANO 225
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ANATOMIA DA CINTURA ESCAPULAR

1. CLAVÍCULA:

É um osso CHAVE que rege a escápula e membro superior, como também o pescoço e a
mobilidade superior da caixa torácica.

Por ser um osso chave de inserção de longos músculos e fáscias, desempenha um


importante rol no EQUILÍBRIO E HARMONIA do corpo para avaliar antes de todo
tratamento.
Seus micromovimentos governam os grandes movimentos de todas as articulações a que
pertence.
Forma coma escápula a parte óssea da cintura escapular.
Caracteriza-se por:
- Sua forma em “S” itálico.
- Suas superfícies articulares.

Interna ou costo-esternal: de forma triangular, côncava em sentido antero-


posterior e convexa verticalmente, se corresponde com as superfícies articulares do
manúbrio esternal e da primeira cartilagem costal.
Externa ou acromial: de forma elíptica, alargada de frente para trás, em bisel.
A face inferior se apóia sobre a superfície superior articular do acrômio inversamente
orientada.
- Suas inserções musculares:
Trapézio, deltóide, esternocleidomastoideo, subclávio, peitoral maior,
esternocleidohioideo e platisma.
- Suas inserções aponeuróticas e fasciais.
Cervicais e Torácicas.

- Seus Ligamentos:
Conoide e Trapezóide (extremo
externo).
Acromioclaviculares (extremo externo).
Costoclavicular (extremo interno).
Esternoclaviculares (extremo interno).

1º ANO 226
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2. ESCÁPULA:

É um osso suspenso, e tal como se caracteriza por dar inserção a numerosos músculos e
poderosos ligamentos, como assim também possuir uma influência articular ou ligamentar
com um osso chave (clavícula).
Forma a parte posterior da cintura escapular. É um osso par, de forma triangular de
base superior, com duas faces, três bordos e três ângulos.
Participa em:

Articulação escápulo-umeral (ENARTROSE) favorecendo com seus


movimentos a correta posição da cavidade glenóidea com a cabeça do úmero.
Articulação acrômio-clavicular (ARTRODIA) denominador comum de toda lesão
do conjunto escapular.

3. ESTERNO:

Osso plano e alongado, formado primitivamente pela fusão das


ESTERNEBRAS.
Apresenta três partes: manúbrio, corpo e apêndice xifóide.
Sua face anterior é convexa de cima para baixo com cristas
transversais sendo a mais importante o Ângulo de Louis constituído
entre o manúbrio e corpo (ponto de referência para localizar a 2 ª
costela. Inserem-se nesta face o ECOM, peitoral maior, reto anterior do
abdome).
Sua face posterior presta inserção a: esternocleidohioideo,
esternotiroideo, triangular do esterno, diafragma e ligamentos
esternopericárdicos superior e inferior.
É importante recordar as estruturas que se inserem nele, como
também os ligamentos que unem o esterno ao coração, já que toda
tensão fascial anormal neste nível vai influenciar sobre o mecanismo
crânio-sacro e em conseqüência, sobre todo o organismo.

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4. A CABEÇA UMERAL:

A cabeça é lisa, com forma esférica, se articula com a cavidade glenóidea da


escápula. Na proximidade da cabeça se encontram os tubérculos maior e menor, nos
quais se inserem os músculos que rodeiam e movem a articulação escápulo-umeral. O
tubérculo menor está separado do maior pelo sulco intertubercular.
O colo anatômico separa a cabeça dos tubérculos.
O colo cirúrgico se encontra distal ao colo anatômico, separa a cabeça umeral da
diáfise umeral, é o lugar mais freqüente de fraturas da extremidade proximal do úmero.

5. TOPOGRAFIA

A cintura escapular está localizada na zona de transição: a região cérvico-torácica,


que representa o uma curva secundária muito móvel (coluna cervical), a uma curva
primária pouco móvel (coluna torácica). Isto determina que se converta na zona de
STRESS.
Esta região delimita vários orifícios:
- A axila
- o arco acrômio-coracóideo
- o triângulo costo clavicular
- o anel torácico

AXILA: Encruzilhada músculo aponeurótica entre ombro, pescoço e tórax. Tem forma de
pirâmide orientada para baixo e para dentro.
Está limitada por:
Trás: subescapular, redondo maior e grande dorsal.
Frente: peitoral maior e peitoral menor.
Dentro: serrátil anterior.
Fora: coracobraquial e bíceps.
Abaixo: ligamentos suspensores e tecido adiposo.

El ápice está formado por:


Frente: clavícula.
Dentro: 1ª costela.
Trás: borde superior da escápula.

1º ANO 228
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As fáscias dessa região são uma continuidade das fáscias cervicais e


braquiais. Os gânglios linfáticos axilares recebem os vasos linfáticos do ombro,
braço, antebraço, mão, parede antero-lateral do tórax e região supra-umbilical do
abdome.
Por essa região transcorrem a artéria axilar, veia axilar e os ramos terminais do
plexo braquial.

ENTRADA TORÁCICA. Se denomina assim o triângulo formado pelas articulações


esterno-costo-clavicular, acrômio-clavicular, escapulo-torácica, costo-esternal e
costovertebral. Por ele transitam artérias, veias e nervos provenientes da cabeça e
pescoço dirigidos ao tórax e vice-versa; que estarão afetados em alterações biomecânicas
musculares, fasciais etc. Temos que considerar que as fáscias a este nível tem uma
orientação predominantemente transversal, formando um verdadeiro diafragma, do que se
deduz que tensões miofasciais terão influência nas mudanças sanguíneas, linfáticas,
nervosas da cabeça com o tronco e com os membros superiores.
Recordemos que nesta região e protegido por este triângulo, se encontra o vértice
do pulmão envolto por sua fáscia (Fáscia de Gibson) e o gânglio simpático cervical inferior
(Estrelado).

6. FASCIAS IMPORTANTES DA REGIÃO.

A fáscia cervical média se divide em:

Uma superficial que envolve os músculos esternohióideo e omohióideo.


Uma profunda que envolve o músculo tirohióideo e forma um feixe
vasculonervoso no pescoço (carótida primitiva, jugular interna e vago).
Esta também dá expansões para o ECOM e clavícula.
A fáscia cervical média se insere na face posterior do manúbrio esternal
continuando-se por baixo com a fáscia mediastinal que dá expansões pericárdicas que se
insere na face posterior do processo xifóide.

A fáscia prevertebral se estende desde a base do crânio ao cóccix recebendo a coluna e


seus músculos, continuando-se com a fáscia torácica. Envia fibras para o vértice do
pulmão formando um cone que recebe o nome de Fáscia de Gibson.

1º ANO 229
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7. GRUPOS GANGLIONARES LINFÁTICOS.

GRUPO BRAQUIAL:
Linfáticos superficiais e profundos do membro superior.
GRUPO I NFRACLAVICULAR:
Linfáticos profundos da mama.
GRUPO I NTERMEDIO:
É central.
MENTO SUPERIOR.
Linfáticos da mama, pleura costal e parede abdominal supra-umbilical.
MENTO ESCAPULAR:
Linfáticos da mama e paredes laterais do tórax.
GRUPO ESCAPULAR.
Linfáticos superficiais e profundos da região superior da coluna e posterior
do ombro.
Recordar que a veia subclávia esquerda desemboca no conduto torácico onde drena
os membros inferiores, abdome, metade esquerda do tórax, membro superior esquerdo
e metade esquerda do crânio e pescoço.
A veia subclávia direita desemboca na grande veia linfática onde drena a metade direita do
tórax, crânio, pescoço e membro superior direito.

8. PLEXO BRAQUIAL.
Formado pela união dos ramos anteriores das quatro últimas raízes cervicais e a
primeira torácica que dá origem aos três troncos primários:
C5-C6: TRONCO PRIMARIO SUPERIOR.
C7: TRONCO PRIMARIO MEDIO.
C8-D1: TRONCO PRIMARIO INFERIOR.
Cada um desses troncos se divide em um ramo anterior e um posterior:
Os três ramos se unem formando o Tronco Secundário Posterior que dará origem ao
Nervo Circunflexo ou Axilar e ao Nervo Radial.
O ramo anterior do tronco primário inferior forma o Tronco Secundário antero-interno
ou medial que dará origem à raiz interna do nervo mediano, nervo ulnar, nervo braquial
cutâneo interno e seu acessório.
O ramo anterior do Tronco primário junto com o mesmo ramo do tronco primário
médio dará o Tronco Secundário Lateral, que dará origem à raiz lateral do nervo mediano
e o nervo musculocutâneo.
Assim, formado o plexo, se encontra situado no oco supraclavicular e na parte alta
do oco axilar adaptando uma forma de relógio de areia (triângulos opostos por seus
vértices). A base do triangulo superior corresponde à coluna cervical, enquanto que a
base do triângulo inferior corresponde à axila. Desde sua origem, o plexo atravessa
diferentes compartimentos osteo-músculo-aponeuróticos e inter-músculo-aponeuróticos
(DESFILADEIROS):
CADA RAÍZ: FORMAME DE CONJUGAÇÃO.
RAIZES HIATO INTERESCALENICO.
TRONCOS PRIMARIOS: TRIÁNGULO RETROCLAVICULAR.
RAMOS: ESPAÇO COSTOCLAVICULAR.
TRONCOS SECUNDARIOS: DESFILADEIRO DO PEITORAL MENOR
(POR TRÁS DO MÚSCULO).
RAMOS TERMINAIS: AXILA.

1º ANO 230
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9. MIOLOGÍA

MÚSCULO INERVÇÃO ORIGEM INSERÇÃO


Elevador da escápula C3-C4 e Processos Ângulo superior da
Freqüentemente do transveros das escápula
nervo rombóide quatro primeiras
vértebras cervicais.
Coracobraquial musculocutâneo Ponta do processo Face e bordo
(C6, C7). coracóide
interno do úmero,
frente à inserção do
deltóide.
Deltóides (fibras circunflexo (C5-C6) Bordo anterior e face Impressão
anteriores) superior do terço deltóidea na
externo da clavícula metade da face
externa do corpo
do úmero
Deltóides (fibras circunflexo (C5-C6) Bordo externo e face Impressão
medias) deltóidea
superior do acrômio
próxima da
metade da
diáfise umeral,
em sua face
externa.
Deltóides (fibras circunflexo (C5-C6) Lábio interior do Impressão deltóide
posteriores) bordo posterior da na parte média da
espinha da escápula face externa umeral
Redondo menor subescapular Face dorsal do Crista por baixo da
inferior
ângulo inferior da tuberosidade menor
(C5, C6).
escápula do úmero,
posteriormente ao
grande dorsal.
Redondo menor circunflexo (C5) 2/3 superiores do A mais baixa das 3
bordo axilar da eminências da
escápula tuberosidade menor
e na zona
subjacente, unindo-
se com a parte
posterior da cápsula
articular do ombro.
Infraespinhoso Supra-escapular 2/3 internos da Na impressão
fossa infraespinhosa média da
tuberosidade menor
do úmero
Grande dorsal Nervo próprio do a) Processos espinhos a) Fundo
plexo braquial (C6, da
das 6 últimas
C7, C8). corredeira bicipital.
vértebras dorsais,
parte posterior da

1º ANO 231
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aponeurose lombar,
pelo meio da qual se
une os processos
espinhosos das
vértebras lombares e
sacras, ligamento
supra-espinhoso e
parte posterior da
crista ilíaca.

b) Lábio posterior da
crista ilíaca, por fora
dos espinhais.

c) Últimas 3 ó 4
costelas
d) Geralmente
algumas fibras do
ângulo inferior
da escápula
Esternocleidomastoideo acessório (C2, C3). Ventre esternal: Face da mastóide
Superior da face do vértice ao bordo
anterior do esterno. superior.

Ventre clavicular: Por uma


Bordo superior e face delgada aponeurose
anterior do terço na metade externa
médio da clavícula da linha curva
occipital
Rombóides maior e menor Ramos próprios Processos Bordo espinhal da
(C5). espinhosos da
escápula entre o
7ª vértebra cervical nascimento da
e as 5 primeiras
espinha e ângulo
torácicas. inferior
Serrátil anterior ramo próprio do Fascículos da face a) Face anterior do
plexo ângulo superior.
externa e bordo
braquial (C5, C6 y
C7) superior das b) Face anterior
primeiras 8 ou 9 do bordo vertebral
costelas (interno) da
escápula

c) Os 5 ou 6
fascículos inferiores
se reúnem e inserem
na face anterior do
ângulo inferior da
escápula.

1º ANO 232
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BIOMECÁNICA DA CINTURA ESCAPULAR

DURANTE A ANTEPULSÃO:

DE 0º a 80º:

O movimento se realiza na articulação gleno-umeral. É o primeiro tempo do


movimento.
Os músculos que atuam são:
Deltóides anterior.
Coracobraquial.
Feixe clavicular do peitoral maior.

DE 80º a 120º:

O movimento se realiza na articulação acromioclavicular. É o segundo tempo do


movimento.
Os músculos que atuam são:

Trapezio superior.
Trapezio inferior.
Serratil anterior.

DE 120º a 180º:

O movimento se realiza na articulação escapulo-torácica. É o terceiro tempo do


movimento.
Os músculos que atuam são:

Trapézio inferior.
Serrátil anterior.
Músculos da coluna.

DURANTE A ABDUÇÃO

DE 0º a 90º:

O movimento se realiza na articulação gleno-umeral. É o primeiro tempo do movimento.


Os músculos que atuam são:

Deltóides.
Supraespinhoso.

DE 90º a 150º:

O movimento se realiza na articulação acromioclavicular. É o segundo tempo do

1º ANO 233
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movimento.
Os músculos que atuam são:

Deltóide médio.
Trapézio superior.
Serrátil anterior.
Trapézio inferior

DE 150º a 180º:

O movimento se realiza na articulação escapulo-torácica e é necessário que a coluna


participe no movimento. É o terceiro tempo de movimento.
Os músculos que atuam são:

Deltóide médio.
Trapézio superior
Trapézio inferior.
Serrátil anterior.
Músculos da coluna contralateral.

1º ANO 234
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ARTICULAÇÃO SUBDELTOÍDEA, SUPRA-UMERAL OU


SUB-ACROMIAL

Não é uma articulação verdadeira, mas sim uma ARTICULAÇÃO FUNCIONAL.


Relaciona a cabeça do úmero com o arco acrômio-coracóideo suprajacente. Sua
relação é sumamente importante no movimento normal da cintura escapular e nela
ocorrem numerosos estados patológicos.
Pode-se considerar como uma articulação protetora entre a cabeça do úmero e o
arco acrômio-coracóideo (ligamento acrômio-coracóideo). Este impede os traumatismos
dirigidos de cima da articulação gleno-umeral ou debaixo da cabeça do úmero e previne
a luxação superior da mesma.

Esta articulação está limitada:

Por dentro: cavidade glenóidea.


Pela frente e por dentro: pelo processo coracóide.
Por cima e ligeiramente por trás: acrômio.
Por cima: ligamento acrômio-coracóideo.
Abaixo desta cúpula se encontra a cabeça do úmero.

Dentro desta articulação encontramos as seguintes estruturas:

Bolsa serosa sub-acromial. Bolsa serosa sub-coracoidea.


Músculo supraespinhoso e seu tendão.
Porção superior da cápsula gleno-umeral. Porção do tendão longo do bíceps.
Tecido laxo interposto.

1º ANO 235
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GENERALIDADES DA DISFUNÇÃO DA CINTURA


ESCAPULAR.

Qualquer lesão que afete a região do ombro gerará uma disfunção importante cervical
ou torácica e vice-versa, por esta razão, todo trabalho sobre o ombro deve iniciar-se por um
estudo metamérico.
Recordemos: quando se produz uma disfunção vertebral, o segmento medular
correspondente está facilitado e como conseqüência, o conjunto dos elementos da
metâmera (esclerótomo, dermátomo, miótomo, angiótomo e viscerótomo) estarão
perturbados.
Consideramos que o segmento cervical inerva o membro superior, ou seja, que se no
ombro encontramos uma hipotrofia muscular, existirá um desequilíbrio articular que
logicamente causará uma patologia.
De outra forma, também podem existir hipertonias musculares que provocam dores
referidas no ombro. Disto deduzimos que a abordagem terapêutica vai depender do
interrogatório em termos gerais seria:
- Revisar a coluna cervical
- Descartar patologia visceral
- Tratar articulações do ombro
- Tratar músculos dolorosos

1º ANO 236
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IMPORTÂNCIA DA MUSCULATURA DA
CINTURA ESCAPULAR
O músculo que se apresenta patológico com maior freqüência é o supra-espinhoso.
Quando existe uma fixação em rotação interna da cabeça umeral se produz uma fricção
do tendão provocando uma tendinite. Isto se deve por causa da fixação que não deixa produzir
rotação externa automática que evita o choque da tuberosidade maior com o acrômio.
Devemos considerar que o redondo maior e o peitoral menor são dois músculos que
fazem, geralmente, LESÕES FASCIAIS (retração), no entanto, os demais músculos sofrem
alterações no tônus (hipertonia – hipotonia).
Cada vez que estiver presente a dor na abdução, deve-se estudar a báscula externa da
escápula, já que uma báscula poderia estar determinando a existência de uma tração do
redondo maior que traz como conseqüência uma inibição dos músculos fixadores da escápula
(trapézio médio – rombóides) que não poderão manter seu tônus normal. Esta fixação, por
espasmo do redondo maior, favorece hipermobilidade reacional da articulação acrômio-
clavicular em ausência de traumatismo.

CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS MÚSCULOS.

1. Subescapular:
Pode apresentar uma tendinite por fricção sobre o gradil costal.

2. Supra-espinhoso:
Pode apresentar dois tipos de patologia:

Na inserção (inflamação – ruptura parcial) pela fricção do tendão contra a


corredeira acrômio-coracóidea. Isto se produz no caso de existir uma lesão de
superioridade da cabeça umeral ou um espasmo do subescapular que impediria a
rotação externa automática necessária para evitar o atrito do tubérculo na
corredeira sub-acromial durante o movimento de abdução. O espasmo do
subescapular geralmente está acompanhado por um espasmo do músculo peitoral
maior que fixa a cabeça umeral em rotação interna o que aumenta a fricção na
abdução.
No ventre muscular: espasmo (pontos trigger e dor referida).

3. Porção longa do bíceps.


As patologias que se apresentam mais são as luxações (mais a interna) do tendão
da corredeira e a inflamação do tendão (tendinite).

A causa mais freqüente de tendinite é a irritação do tendão dentro da corredeira


por uma lesão de anterioridade ou de inferioridade da cabeça umeral que exerce
um estiramento sobre o mesmo.

A causa mais freqüente da luxação do tendão é provocada pela lesão de


anterioridade da cabeça umeral que determina um estado de pré-tensão
permanente por ruptura do ligamento transverso. Os sintomas são similares à
tendinite da porção longa do bíceps (dor na face anterior do ombro, dor na
antepulsão e diminuição da força na abdução).

1º ANO 237
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4. Peitoral Menor:
Este músculo é fonte de muitas patologias, sobretudo, posturais. Não se apresenta
espasmódico, mas sofre retrações (fibrose). Comporta-se como um ligamento. Pode
produzir lesões costais, escapulo-torácica, compressão do plexo braquial.

5. Peitoral Maior.
Apresenta, freqüentemente, um espasmo do feixe clavicular fixando a clavícula em
lesão de rotação anterior, o que impede a rotação posterior necessária deste osso para a
flexão completa do ombro.

COMPORTAMENTO MUSCULAR PATOLÓGICO

RETRAÇÃO = FIBROSE.

Peitoral menor.
Redondo maior.

HIPERTONÍA:

Angular.
Infraespinhoso.
Supra-espinhoso.
Deltóide posterior.
Trapézio superior.
Peitoral Maior.

HIPOTONÍA:

Subclávio.
Coracobraquial.
Deltóide anterior.
Rombóides.
Trapézio médio.

Não se deve esquecer dos problemas de ombro provocados pelas síndromes dos
desfiladeiros onde os elementos vasculo-nervosos podem ser comprimidos.

Compressão das raízes:

Síndrome cervicobraquial.
Síndrome dos escalenos.
Síndrome costoclavicular.
Síndrome do peitoral menor.

1º ANO 238
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ESTABILIZAÇÃO MUSCULAR

Dada a frouxidão cápsulo-ligamentar, a verdadeira estabilização desta articulação


está assegurada pela musculatura periarticular e as capas aponeuróticas. Os
músculos atuam como verdadeiros ligamentos ativos.

Encontramos músculos de duas direções:

TRANSVERSAIS: (função de coaptação).

o Supraespinhoso.
o Infra-espinhoso.
o Redondo menor.
o Subescapular.
o Tendão da porção longa do bíceps.

LONGITUDINAIS: (impedem a descida da cabeça umeral).

o Porção curta do bíceps.


o Coracobraquial.
o Porção longa do tríceps.
o Deltóides.
o Feixe clavicular do peitoral maior.

1º ANO 239
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MOVIMENTO MÃO-COLUNA

Este movimento complexo necessita da combinação de


várias articulações e da associação de vários movimentos:

RETROPULSÃO DA GLENO-UMERAL (a cabeça


umeral se interioriza em relação à cavidade
glenóide da escápula).
ADUÇÃO E ROTAÇÃO INTERNA DO OMBRO.
RETROPULSÃO DO OMBRO
(a extremidade interna da clavícula se anterioriza
enquanto que a extremidade externa retrocede).
ROTAÇÃO ANTERIOR DA CLAVÍCULA.
DESCIDA DO OMBRO (a extremidade interna da
clavícula sobe enquanto que a extremidade
externa baixa).
BÁSCULA INTERNA E ADUÇÃO DA
ESCÁPULA
FLEXÃO DA COLUNA TORÁCICA.
FLEXÃO E VARO DE COTOVELO.

MOVIMENTO MÃO–CABEÇA

Este movimento complexo necessita da combinação de várias articulações e da


associação de vários movimentos:

ANTEPULSÃO/ABDUÇÃO DAS
ARTICULAÇÕES GLENO-UMERAL,
ACROMIOCLAVICLAR E
ESTERNOCLAVICULAR
ROTAÇÃO EXTERNA DO ÚMERO E
ROTAÇÃO POSTERIOR DA
CLAVÍCULA.
ELEVAÇÃO DO OMBRO E
RETROPULSÃO (a extremidade
interna da clavícula se anterioriza e a
extremidade externa retrocede).
BÁSCULA EXTERNA E ABDUÇÃO
DA ESCÁPULA
EXTENSÃO DA COLUNA
TORÁCICA.
VALGO E FLEXÃO DO COTOVELO.

1º ANO 240
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DISFUNÇOES OSTEOPÁTICAS

DISFUNÇÃO OSTEOPÁTICA GLENO-UMERAL

ESCLERÓTOMO:
Cabeça umeral e cavidade glenóide C5-C6-C7.

MIOTOMO.
Deltóides, Coracobraquial, Subescapular, Infraespinhoso, feixe esternal do peitoral
maior, supraespinhoso, porção longa do bíceps, redondo maior e menor.

A característica patognomônica de uma dor gleno-umeral é que se produz um arco


de movimento de 0º a 80º de antepulsão ou abdução. Teremos, igualmente, como
revelador, a dor produzida na rotação externa ou interna com o cotovelo contra o tórax,
já que nesta posição só se move a articulação gleno-umeral.

DISFUNÇÃO OSTEOPÁTICA DA CLAVÍCULA.

ESCLEROTOMO:
Acrômio clavicular C5-C6.
Esterno- clavicular C4-C5.

MIOTOMO.
Deltóides (especialmente médio e anterior), Trapézio superior, feixe clavicular
do peitoral maior (estes são os três mais importantes), Trapézio inferior,
subclávio e ECOM.

A dor aparece durante os movimentos de flexão e abdução entre os 80º e 120º, como
também durante as rotações com o braço em abdução de 90º.
Uma característica desta articulação é que o paciente apresenta dor quando
sustenta um peso com o membro superior afetado (mala) e ao encostar-se no ombro
(sinal patognomônico).
A articulação esternoclavicular geralmente não apresenta dor, mas se estiver fixada,
cria hipermobilidade reacional ao nível da acrômio-clavicular.
Se há uma fixação acromioclavicular, quando ultrapassar os noventa graus de
abdução aparecerá dor na articulação esternoclavicular (hipermobilidade) por tensão
ligamentar.

1º ANO 241
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DISFUNÇÃO OMOTORÁCICA E VERTEBRAL.

ESCLEROTOMO.
C5-C6-C7

MIOTOMO:
Rombóides, Angular da escápula, Trapézio, Serrátil anterior, Espinais.

A dor aparece no final da amplitude seja qual for o movimento.

1º ANO 242
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RELAÇÃO ENTRE MOVIENTO, APARECIMENTO DA DOR


E A ARTICULAÇÃO AFETADA
DOR NA ANTEPULSÃO:

A. De 0º a 80º.
A lesão é gleno-umeral. Há três lesões que podem produzir esta restrição.
• Lesão de anterioridade.
• Lesão de superioridade.
• Lesão de inferioridade.
A lesão que mais limita o movimento é a anterioridade associada com
superioridade já que a cabeça não poderá descer.
Na lesão de inferioridade, a dor aparece próxima dos 80º e nos determina uma
lesão ligamentar.

B. DE 80º a 120º.
A lesão está ao nível da clavícula e podemos encontrar:
• Lesão em rotação anterior.
• Lesão de separação acromioclavicular.
• Lesão de anterioridade esternoclavicular (próximo dos 120º).

Isto se explica porque para o movimento de antepulsão a clavícula deve


rodar posteriormente e a extremidade interna realiza uma retropulsão.

C. De 120º a 180º.

Fundamentalmente se deve a lesões esternoclaviculares e escápulo-torácicas.


Podemos pensar também em problemas da coluna cervical, dorsal ou as cinco
primeiras costelas.
Lesão de superioridade esternoclavicular.
Lesão de báscula da escápula (por retração do angular e rombóides).
Lesão da coluna cervicotorácica e costelas (nos últimos graus de movimento)

DOR NA ABDUÇÃO

A. De 0º a 80º.
Lesão gleno-umeral. Como já sabemos, há três tipos de lesões possíveis sendo
neste caso a mais patógena a lesão de superioridade que determina uma
tendinite do supraespinhoso (diminuição do espaço sub-acromial que aumenta a
fricção sobre o tendão).

B. DE 80º a 120º.
A lesão se encontrar na articulação acromioclavicular sendo essencialmente a
lesão de separação (entorse).
Quando o aparecimento da dor é entre 80º a 90º (momento em que o úmero
realiza rotação externa) se deve à compressão do tendão do supra-espinhoso ou
da bolsa sub-acromial associada a uma lesão de superioridade da cabeça umeral.

1º ANO 243
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A dor pode ser também por uma lesão de rotação anterior da clavícula, pois
durante a abdução, devido ao acrômio, a clavícula deve rodar para posterior. A
dor se deve a posta em tensão ligamentar.

C. De 120º a 180º.
• Lesões escápulo-torácicas (báscula interna).
• Lesões de superioridade esternoclavicular.
• Lesões cervico-torácicas.
• Lesões costais.

DOR MAO-CABEÇA
ANTEPULSÃO:
Superioridade, anterioridade da cabeça
umeral. Rotação anterior da clavícula.
Anterioridade esternoclavicular.

ABDUÇÃO:
Idem, mais superioridade esternoclavicular e redondo maior.

ROTAÇÃO EXTERNA.

ROTAÇÃO INTERNA (peitoral maior, subescapular, grande dorsal, rotação anterior


da clavícula).

EXTENSÃO DA COLUNA.
Disfunções em flexão.
Subluxação posterior da 1ª costela.
Subluxações posteriores das costelas.

VALGO DO COTOVELO:
Lateralidade externa do cotovelo.

DOR MAO-COLUNA

RETROPULSÃO.
Superioridade, posterioridade do úmero.

ROTAÇÃO INTERNA:

ROTAÇÃO EXTERNA (rotação posterior da clavícula).

DESCIDA DO OMBRO.
Trapézio superior, angular da escápula.

FLEXÃO DA COLUNA.
Disfunções de extensão da coluna, subluxações anteriores das costelas.

COTOVELO.
Lateralidade interna.

1º ANO 244
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ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL

ANATOMIA DA ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL

É uma enartrose. Trata-se de uma articulação incongruente. Possui uma superfície


côncava pouco profunda que se articula com uma superfície mais convexa perdendo-se assim
a relação articular que se faz instável.

• O movimento de uma articulação incongruente não é de rotação ao redor de um eixo


fixo, e sim de deslizamento sobre um eixo de rotação de se translada permanentemente.

• Neste tipo de articulação os músculos não só devem movê-la, mas também


proporcionar estabilidade.

• A cápsula deve ser flexível para que possa estender-se durante o deslizamento.

SUPERFICIES ARTICULARES

CABEÇA UMERAL

Terço da esfera orientada para cima para dentro e para trás. Seu eixo forma com o
eixo diafisário um ângulo de 135º (ângulo de inclinação) e com o plano frontal um
ângulo de 30º (ângulo de declinação). Está separada da diáfise pelo colo cirúrgico, e
separada do resto da epífise pelo colo anatômico. Apresenta duas tuberosidades
menor (interno) e maior (externo)
Quando a parte superior da cabeça está em contato com a cavidade glenóide se
encontra na posição mais estável, isto ocorre na abdução de 90º.

CAVIDADE GLENÓIDE

É côncava e orientada para frente, para


fora e para baixo; tem significado clínico
porque proporciona estabilidade à
articulação. Localiza-se no ângulo súpero
externo da escápula. Está rodeada pelo
rebordo glenóideo que apresenta uma
interrupção na parte superior e anterior
chamada incisura glenóidea.

1º ANO 245
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LABRUM GLENOIDEO

Anel fibrocartilaginoso de secção triangular que se insere em todo rebordo glenóideo exceto na
incisura. Principalmente, está constituído por tecido fibroso. Aumenta a profundidade da superfície
da glenóide assim como a congruência desta com a cabeça umeral.

MEIOS DE UNIÃO

CÁPSULA ARTICULAR

De paredes muito delgadas, se insere ao redor de todo perímetro do labrum. Origina-se


na cavidade glenóidea estendendo-se ao redor do colo anatômico do úmero.

É uma manga fibrosa muito elástica, o que permite uma separação das superfícies
articulares entre 2 – 3 cm. Possui duas aberturas, uma para o tendão do bíceps e outra
que permite a comunicação com a bolsa serosa sub-coracoidea.
Quando o braço está suspenso, a porção superior está tensa e a porção inferior (prega
axilar) está laxa e plissada. Isto justifica que a luxação inferior do úmero seja a mais
freqüente e permite o deslizamento durante a abdução.
Durante a rotação externa, se tensa a porção anterior e durante a rotação interna, a
porção posterior.

OS LIGAMENTOS

• Ligamento gleno-umeral.

Este ligamento está composto por três


fascículos, o superior, o médio e o inferior.
Estes três fascículos têm uma disposição
em “Z” e são considerados como pregas
horizontais da porção anterior da cápsula
plissados em forma de leque, com base no
úmero e vértice convergente no labrum
glenóideo.

• Ligamento coraco-umeral
Estende-se em dois fascículos, dede a apófise coracóide até a tuberosidade menor e

1º ANO 246
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maior em forma de leque fechando a incisura inter-tuberositária por onde passa a porção
longa do bíceps.

LIMITAÇÃO DE MOVIMENTOS:

Atua limitando a abdução, mas, fundamentalmente, a rotação externa. Pensa-se que


sua retração seja um importante fator nos ombros congelados ou capsulites adesivas.

Durante a abdução: se tensa o fascículo gleno-umeral médio e inferior e se distende


o fascículo superior e o ligamento coraco-umeral.
Durante a adução: ocorre o inverso.
Durante a rotação externa: tencionam-se os ligamentos gleno-umerais e coraco-
umeral.
Durante a rotação interna: se distendem os ligamentos gleno-umerais e coraco-
umeral.
Durante a extensão: tensão predominante do fascículo da tuberosidade menor do
ligamento coraco-umeral.
Durante a flexão: tensão predominante do fascículo da tuberosidade maior do
ligamento coraco-umeral.

1º ANO 247
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ESTABILIZAÇÃO MUSCULAR

Dada a frouxidão cápsulo-ligamentar, a verdadeira estabilização desta articulação


estará assegurada pela musculatura periarticular e as capas aponeuróticas. Os
músculos atuam como verdadeiros ligamentos ativos: encaixam a cabeça umeral na
cavidade glenóidea.

Encontramos músculos de duas direções:

TRANSVERSAIS: (função de coaptação).

Supraespinhoso.
Infraespinhoso.
Redondo menor.
Subescapular.

LONGITUDINAIS: (impedem a descida da cabeça umeral).

Porção longa do bíceps.


Coracobraquial.
Porção longa do tríceps.
Deltóides.
Fascículo clavicular do Peitoral Maior.

1º ANO 248
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BIOMECÂNICA DA ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL

É uma articulação com três eixos de movimento:

Eixo transversal: plano sagital. Flexo-extensão. Flexão 70º. Extensão 45º/50º.


Eixo antero posterior: plano frontal. Adução/abdução. Adução pura 8º devemos
considerar que pela presença do tronco, este movimento se realiza combinado com a
extensão (adução muito débil) ou com flexão alcançando de 30º a
45º. Abdução pura gleno-umeral 60º.
Eixo vertical: plano horizontal. Rotação longitudinal interna e externa. Rotação
interna 30º. Rotação externa 80º.
Flexo-extensão horizontal ou adução / abdução horizontal: é o movimento do
membro superior no plano horizontal ao redor de um eixo vertical. Na realidade, se trata
de uma sucessão de eixos verticais já que o movimento não só se realiza na articulação
escápulo-umeral, mas também a articulação escápulo-umeral. Posição de referencia:
membro superior em abdução de 90º no plano frontal. Flexão horizontal 140º. Extensão
horizontal 30º.
Além da rotação longitudinal interna e externa voluntária (rotação adjunta) existe
outra situação de movimento automático e involuntário (rotação conjunta) que se produz
ao realizar outros movimentos. Esta rotação conjunta pode dar lugar ao paradoxo de
Codman.

MÚSCULOS ROTADORES INTERNOS: MÚSCULOS ROTADORES EXTERNOS.


Subescapular. Peitoral Maior. Infraespinhoso.
Redondo maior. Redondo menor.
Grande dorsal

MÚSCULOS EXTENSORES. MÚSCULOS FLEXORES.


Redondo maior. Deltóide anterior.
Redondo menor. Coracobraquial.
Grande dorsal. Feixe clavicular do peitoral maior.
Fascículo posterior do Deltóide. Porção longa do bíceps.
Porção longa do tríceps.

MÚSCULOS ABDUTORES: MÚSCULOS ADUTORES:


Supraespinhoso. Peitoral Maior.
Deltóides. Grande dorsal.
Redondo maior.
Rombóides.

1º ANO 249
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DISFUNÇÕES DA ARTICULAÇÃO GLENO UMERAL

DISFUNÇÃO EM ANTERIORIDADE DA CABEÇA UMERAL.

1 - ETIOLOGÍA:
Queda sobre a mão, transtornos posturais (cifose), movimento forçado de retropulsão ou
de rotação interna.

2 - MECANISMOS:
É a mais freqüente das disfunções gleno-umerais por culpa da debilidade anatômica dos
elementos cápsulo-ligamentosos anteriores.
A cabeça umeral está ANTERIOR em relação a glenóide da escápula e em
ROTAÇÃO INTERNA pela obliqüidade do plano articular, pelo espasmo do
peitoral maior e do subescapular.
Esta lesão se deve ao espasmo do deltóide posterior, há hipotonia do deltóide
anterior e do coracobraquial que não centraliza a cabeça do úmero na cavidade
glenóidea da escápula.

A perda da rotação externa automática durante a abdução aumenta a inflamação


do tendão do supraespinhoso ou da bolsa serosa sub-acromio-deltoídea.
Esta disfunção se associa à SUPERIORIDADE umeral (tendinite do supra-
espinhoso) ou à inferioridade (tendinite da porção longa do bíceps): neste caso
favorece a luxação interna da porção longa do bíceps fora da corredeira biciptal.

3 - SÍNTOMAS:

Dor na parte anterior do ombro.


Arco doloroso em abdução de 90°.
Dor em antepulsão entre 60 e 90°, no movimento mão-cabeça tensão dos
ligamentos coraco-umeral e gleno-umerais anteriores)
Restrição de retropulsão do ombro.

DISFUNÇÃO EM SUPERIORIDADE DA CABEÇA UMERAL

1 - ETIOLOGÍA:

Caída sobre mão ou cotovelo.


Espasmos dos músculos do ombro (deltóides).
Ruptura do manguito rotador.

2 - MECANISMO:

Produz-se uma SUBIDA da cabeça umeral com respeito a glenóide da escápula.


Há sofrimento do tendão do supra-espinhoso, da bolsa serosa sub-acromio-
deltoídea e do bordo superior do labrum glenóideo.
Associa-se com a anterioridade umeral.

1º ANO 250
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3 - SÍNTOMAS:

Arco doloroso em abdução entre 80 e 100° pela pressão sobre o tendão do


supra-espinhoso, da bolsa serosa.
Dor na parte externa do ombro.
Dor ao movimento mão-cabeça (abdução – rotação externa).
Ruído articular possível em abdução pelo labrum glenóideo.

DISFUNÇÃO EM INFERIORIDADE DA CABEÇA UMERAL

1 - MECANISMO:

Tração violenta sobre o membro superior, carregar peso importante com uma
mão.

2 - FISIOPATOLOGIA:

Produz-se uma DESCIDA da cabeça umeral em relação à cavidade glenóide da


escápula.
A dor deve-se à tensão do ligamento coraco-umeral e da porção longa do bíceps
e ao sofrimento da parte inferior do labrum glenóideo.
Associa-se a anterioridade umeral.

3 - SÍNTOMAS:

Dor na parte anterior do ombro nos movimentos de ABDUÇÃO OU ANTEPULSÃO


ENTRE 0 E 90º: o movimento mão-cabeça é doloroso.
Pode-se produzir um ruído articular pelo labrum durante estes movimentos.

DISFUNÇÃO EM POSTERIORIDADE DA CABEÇA UMERAL

1 – ETIOLOGIA:

Traumatismo direto, transtornos posturais do tipo inversão de curva.

2 - MECANISMO:
A cabeça umeral é POSTERIOR com relação à cavidade glenóide.
Deve-se a hipertonia do deltóide anterior e a hipotonia do deltóide posterior e do peitoral
maior.

É a lesão gleno-umeral menos freqüente pela presença da espinha da escápula.


Há tensão da parte posterior da cápsula e do ligamento coraco-umeral. Associa-se
a rotação externa do ombro.

3 - SINTOMAS:

Dor na parte posterior do ombro.


Dor na retropulsão e ao movimento mão-coluna.
Restrição na antepulsão do ombro.

1º ANO 251
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DIAGNÓSTICO DA ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL

DISFUNÇÃO EM ANTERIORIDADE DA CABEÇA UMERAL

• Inspeção:
posição anterior do ombro.
desequilíbrio postural (cifose).

• Palpação:
cabeça umeral anterior.
dor a palpação da corredeira biciptal e da tuberosidade maior.

• Teste de mobilidade:
diminuição do deslizamento antero-posterior.

• Teste muscular:
hipotonia do deltóide anterior, do coracobraquial ou do grande dorsal.

NOTA: em caso de tendinite do bíceps, o teste de GILCHRIST será positivo, em caso de


tendinite do supra-espinhoso, os testes de JOBE e HAWKINS serão positivos.
Associas-se a SÍNDROME DE HIPERABDUÇÃO DE WRIGHT

DISFUNÇÃO EM SUPERIORIDADE DA CABEÇA UMERAL

• Inspeção:
ombro mais alto (espasmo sinérgico do trapézio superior).

• Palpação:
Subida da cabeça umeral.
Diminuição do espaço entre acrômio e úmero.
Dor a palpação da tuberosidade maior onde se insere o supra-espinhoso.

• Teste de mobilidade:
Restrição no deslizamento antero-posterior.
diminuição de mobilidade na descida da cabeça umeral.

• Teste muscular:
dores no deltóide médio e no supra-espinhoso.

• RADIOLOGIA:
Espaço sub-acromio-deltoíde inferior a 7 mm.
Ruptura da linha escápulo-umeral.

1º ANO 252
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DISFUNÇÃO EM INFERIORIDADE DA CABEÇA UMERAL

• Inspeção:
ombro mais baixo
restrição de elevação do ombro.

• Palpação:
cabeça umeral mais baixa (aumento do tamanho do desfiladeiro sub-acromio-
deltoídeo).
dor na palpação da corredeira biciptal.

• Teste de mobilidade
não aceita imbricação.

• Teste muscular:
debilidade do supra-espinhoso, deltóide, coracobraquial, peitoral maior.

• Radiologia:
aumento do espaço sub-acromio-deltoídeo (superior a 11 mm),
ruptura da linha escápulo-umeral.

NOTA: em caso de tendinite da porção longa do bíceps, o teste de GILCHRIST é positivo.

DISFUNÇÃO EM POSTERIORIDADE DA CABEÇA UMERAL

• Inspeção:
possível inversão da curvatura torácica.

• Palpação:
Ombro mais posterior.
Dor na parte posterior do ombro.

• Teste de mobilidade
não aceita deslizamento da cabeça umeral.

• Teste muscular:
debilidade do deltóide posterior e do peitoral maior

1º ANO 253
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ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

ANATOMÍA DA ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

Formada pelo bordo antero-interno do acrômio e do externo da clavícula.


É uma articulação do tipo artródia. Suas superfícies são planas ou ligeiramente
convexas, existindo um disco (fibrocartilagem inter-articular) interposto que restabelece a
congruência das superfícies articulares. Está recoberta pela cápsula débil reforçada por
um potente ligamento acromioclavicular (superior e inferior).
Os verdadeiros ligamentos que aderem à clavícula à escápula são os ligamentos
coracoclaviculares:

Ligamento conoide: (postero-interno). Tem forma triangular e se estende desde


o vértice da coracóide ao bordo posterior da face inferior da clavícula.
Está situado no plano frontal.
Limita a rotação anterior da clavícula.

Ligamento trapezóide: (antero- externo).

Tem forma quadrilátera e se estende desde o bordo interno do processo coracóide


ao bordo anterior da FACE inferior da clavícula seguindo uma direção para cima e para
fora. Está situado em um plano sagital.
Limita a rotação posterior da clavícula.

Ligamento coracoclavicular interno ou ligamento bicorno de Caldani. Realiza


as mesmas funções dos anteriores.

Ligamento acrômio-coracóideo: carente de função mecânica contribui para


formar a corredeira do supra-espinhoso.

A coberta aponeurótica do deltóide e do trapézio desempenha uma função


importante na coaptação da articulação.

1º ANO 254
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BIOMECÂNICA DA ARTICULAÇÃO ACROMIO-


CLAVICULAR

Por ser uma artródia, realiza


movimentos de deslizamento,
acompanhados pela rotação
automática que realiza a clavícula
por sua forma de “S”.
Esta articulação se move em 3
direções:

•Anti e retropulsão.
•Elevação e descida.
•Rotação longitudinal passiva.

Na mobilidade antero-posterior, a articulação se move ao redor de um eixo vertical Y’ e os


ligamentos costo-claviculares controlam o deslizamento.

DISFUNÇÕES DA ARTICULAÇÃO ACROMIO-


CLAVICULAR
DISFUNÇÃO EM SEPARAÇÃO DA ACROMIOCLAVICULAR (GRAU 1)

ETIOLOGIA:
Caída sobre o ombro.

MECANISMO:
Produz-se um deslizamento superior da clavícula com relação ao acrômio responsável
pela separação articular e da lesão ligamentar. Há hipermobilidade articular.

A separação articular é mantida pelo espasmo do trapézio superior e do deltóide médio, o


subclávio está hipotônico.

SINTOMAS:
Dores em todos os movimentos superiores a 90°: a abdução é quase impossível. Dor na
parte súpero-externa do ombro.

DISFUNÇÃO EM ROTAÇÃO ANTEIROR DA CLAVÍCULA

ETIOLOGIA:
Transtornos posturais (cifose torácica).
Traumatismos na parte anterior do ombro (caída sobre o ombro).
Retropulsão forçada (movimento mão-coluna): a báscula interna da escápula obriga a
clavícula a bascular anteriormente.
Saque no tênis (contração violenta do peitoral maior).

1º ANO 255
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MECANISMO:
A clavícula gira anteriormente sobre seu eixo longitudinal e bloqueia a acrômio-clavicular e
esternoclavicular: se associa a uma disfunção anterior da esternoclavicular.
A disfunção é fixada pelo espasmo dos músculos:

trapézio superior
deltóide anterior
feixe clavicular do peitoral maior
Subclávio

O deltóide posterior está hipotônico.


A 1ª costela retrocede pela diminuição de tensão sobre o ligamento
costoclavicular: há restrição de rotação contralateral e latero-flexão homolateral no
final da amplitude.

SINTOMAS:
Dor na parte antero-externa do ombro pelo espasmo do deltóide anterior. Movimentos
dolorosos:
o antepulsão,
o Abdução acima de 90º.
o Movimento mão-cabeça

DISFUNÇÃO EM ROTAÇÃO POSTERIOR DA CLAVÍCULA

ETIOLOGIA:
Transtornos posturais (inversão da curvatura torácica).
Traumatismo na parte posterior do ombro
Movimento forçado mão-cabeça: a báscula externa da escápula obriga a
clavícula girar posteriormente.

MECANISMO:
A clavícula gira posteriormente sobre seu eixo longitudinal e bloqueia a acromioclavicular e
esternoclavicular: se associa a uma disfunção em superioridade esternoclavicular.
A disfunção está fixada pelo espasmo dos músculos:

o redondo maior, que fixa a escápula em báscula externa.


o esternocleidomastoideo.
o subclávio.

O feixe clavicular do peitoral maior, às vezes, o deltóide anterior estão hipotônicos.


A 1ª costela adota uma posição relativamente por causa da tensão sobre o
ligamento costoclavicular: por isso pode estar limitada na rotação homolateral e a latero-
flexão contralateral no final da amplitude.

SINTOMAS:

Dor na retropulsão e no movimento mão-coluna.


Restrição e dor na abdução acima de 90º.

1º ANO 256
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DIAGNÓSTICO DA ARTICULAÇÃO ACROMIO-


CLAVICULAR

DISFUNÇÃO EM SEPARAÇÃO DA ACROMIOCLAVICULAR (GRAU 1)

Teste de mobilidade:
hipermobilidade.

Teste muscular (se é possível):


hipotonia do subclávio e do peitoral maior.

DISFUNÇÃO EM ROTAÇÃO ANTERIOR DA CLAVÍCULA

Inspeção:
ombro mais anterior, desequilíbrio postural. Curva da clavícula menos pronunciada.

Palpação:

Maior espaço posterior acromioclavicular.


Zona plana externa da clavícula basculada anteriormente.
Dor na parte superior da articulação acromioclavicular

Teste de mobilidade

Restrição em rotação posterior (rotação externa do ombro, braço em abdução de


90º).
Restrição em deslizamento antero-posterior).
Teste do rebote positivo (restrição de retropulsão) do ombro por espasmo do
peitoral maior.

Teste muscular:

hipotonia do deltóide posterior.

Esta disfunção se associa a:


- Síndrome de EDEN.
- A disfunção anterior da cabeça umeral.
- A disfunção anterior esternoclavicular.

1º ANO 257
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DISFUNÇÃO EM ROTAÇÃO POSTERIOR DA CLAVÍCULA

Inspeção:

Ombro mais posterior.


Curva da clavícula mais pronunciada.

Palpação:

Espaço posterior acromioclavicular menor.


Zona plana externa da clavícula basculada posteriormente.
Dor na parte superior da articulação acromioclavicular.

Teste de mobilidade:

Restrição de rotação anterior (rotação interna de ombro, braço em abdução de


90°).
Restrição em deslizamento posteroanterior.

Teste muscular:

hipotonia do feixe clavicular do peitoral maior, às vezes do deltóide anterior

NOTA: esta disfunção se associa a:


A disfunção posterior da cabeça umeral.
A disfunção em superioridade esternoclavicular.

1º ANO 258
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ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR

ANATOMIA DA ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR

Formada pelo extremo interno da clavícula que une a porção supero externa do
manúbrio esternal e a cartilagem da primeira costela.

As superfícies articulares apresentam uma dupla curvatura em sentido inverso, em


forma de sela de montar. Entre ambas superfícies existe um disco articular que forma
duas cavidades. Está rodeada por uma cápsula fibrosa laxa reforçada pelo ligamento
superior (inter-clavicular), anterior, posterior e um inferior (ligamentos costoclavicular), que
partindo da porção interna da primeira costela se dirige obliquamente para cima e para
fora para inserir-se na face inferior da clavícula. Este ligamento, que é o mais potente
deles, estabiliza a clavícula contra a ação muscular e atua como FULCRO para os
movimentos da cintura escapular.

1º ANO 259
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BIOMECÂNICA DA ARTICULAÇÃO ESTERNO-


CLAVICULAR

Nesta articulação encontramos dois


movimentos principais e um movimento
automático.

No plano frontal:

Eixo antero-posterior, ligeiramente obliquo


para frente e para fora

Subida: Produzido pela subida da


clavícula. Limitado pela tensão do
ligamento superior e contato da
clavícula com a primeira costela.
Deslizamento para baixo e para fora: Se produz quando a porção externa da
clavícula se eleva. Limitado pela tensão do ligamento costoclavicular e pelo tônus
do subclávio.

No plano horizontal:

Eixo vertical, oblíquo para baixo e ligeiramente para fora que passa pela parte média do
ligamento costoclavicular.

Antepulsão: limitada pela tensão dos


ligamentos costoclavicular e
esternocostoclavicular anterior.
Retropulsão: limitada pela tensão
dos ligamentos costoclavicular e
esternocostoclavicular posterior.

Movimento automático:

Rotação axial da clavícula:

Este movimento não se produz isoladamente e está associado aos movimentos principais,
graças à frouxidão ligamentar que é de 30º. Realiza rotação anterior e posterior.

1º ANO 260
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DISFUNÇÕES DA ARTICULAÇÃO ESTERNO-CLAVICULAR

DISFUNÇÃO EM SUPERIORIDADE DA ESTERNOCLAVICULAR

ETIOLOGIA:

Traumatismo sobre a parte supero-externa do ombro


(queda). Tração violenta sobre o braço para baixo
(carregar um peso)
O choque ou a tração violenta sobre a extremidade externa da clavícula para
subir a extremidade interna: o espasmo dos músculos esternocleidomastoideo e
esternohióideo.
A tração sobre o ligamento costoclavicular arrasta a primeira costela em disfunção
postero-superior.

SINTOMAS:

Restrição ou dor na elevação do ombro e abdução acima de 120º.


Restrição cervical em latero-flexão homolateral e rotação contralateral.

DISFUNÇÃO EM ANTERIORIDADE DA ESTERNOCLAVICULAR

ETIOLOGIA:

Choque direto antero-posterior sobre o ombro (caída): o choque violento


sobre a extremidade externa da clavícula arrasta para frente sua parte
anterior.
Whiplash posterior: a hiperflexão cervical, quando o pescoço está em rotação,
arrasta a primeira costela para frente o que traciona o ligamento costoclavicular e
anterioriza a parte interna da clavícula.

SINTOMAS:

Dor difusa no ombro: dor em abdução-rotação externa (mão-cabeça).


Restrição de antepulsão do ombro.
Restrição em latero-flexão contralateral e rotação homolateral do pescoço (final da
amplitude) quando a primeira costela está em subluxação anterior (whiplash).

1º ANO 261
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

DIAGNÓSTICO DA ARTICULAÇÃO ACROMIO-


CLAVICULAR

DISFUNÇÃO EM SUPERIORIDADE DA ESTERNOCLAVICULAR

Inspeção:

Extremidade interna da clavícula mais alta do lado do ombro doloroso.

Palpação:

Extremidade interna da clavícula mais alta do lado do ombro doloroso.


Dores nos músculos:
o Esternocleidomastoideo (fechamento do forame jugular).
o Esternocleidohioideo.

Teste de mobilidade

Restrição da subida da extremidade interna da clavícula quando o paciente realiza uma


elevação do ombro ou uma abdução de mais de 120º.

Teste muscular:

Hipotonia do feixe clavicular do peitoral maior e do subclávio.

NOTA:
- Associa-se com as disfunções em rotação antero-posterior da clavícula.
- Pode-se associar a um SADAM (Síndrome Algica disfuncional da articulação temporo-
mandibular) ou transtornos da deglutição.

DISFUNÇÀO EM ANTERIORIDADE DA ESTERNOCLAVICULAR

Inspeção:

Extremidade interna da clavícula mais anterior do lado doloroso.

Palpação:

Extremidade interna da clavícula mais anterior do lado doloroso. Dor no subclávio


e esternocleidomastoideo.

Teste de mobilidade:

Restrição da antepulsão do ombro: durante a antepulsão do ombro, a extremidade


interna não retrocede.

1º ANO 262
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ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-TORÁCICA

ANATOMIA DA ARTICULAÇÃO OMOTORÁCICA.

É uma articulação
especial já que a escápula é
um osso sesamóideo mantido
e mobilizado pelo sistema
muscular e qualquer alteração
dos músculos alterará esta
articulação. Portanto: qualquer
disfunção raquídea dos níveis
de inervação ou inserção a
estes músculos alterará a
articulação.

Não é uma verdadeira


articulação (sinartrose).

Está formada pela face anterior da escápula, recoberta pelo músculo subescapular e
gradil costal. Entre ambas superfícies e como meio de união se encontra o músculo
serrátil maior.
Está influenciada principalmente pelo serrátil anterior e peitoral menor;

Músculos que se inserem na escápula:

Serrátil anterior
Subescapular
Peitoral menor
Trapézio
Tríceps (c. longa) Bíceps
Deltóides Omohióideo Redondo menor
Redondo maior Infraespinhoso Supraespinhoso Rombóides
Elevador da escápula

O serrátil anterior determina 2 espaços de deslizamento entre escápula e tórax, 2 falsas


articulações.
O bordo interno da escápula se encontra entre 5-6 cm da linha das espinhosas torácicas.
Na posição normal, se estende
desde a 2ª à 7ª costela.

O plano escapular é de:

30° no plano frontal.


60° com a clavícula.

1º ANO 263
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

BIOMECÂNICA DA ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-


TORÁCICA

A escápula pode realizar movimentos de subida, descida, deslizamento para frente,


para trás, movimentos de báscula.

Guiada pelo trilho clavicular, a escápula realiza deslizamentos e movimentos que


mudam sua orientação.

Todos eles se combinam entre si e são possíveis graças à contração e relaxamento


coordenado dos diversos grupos musculares.

A escápula, no plano horizontal se desliza para frente pela ação do serrátil anterior e
o relaxamento dos músculos fixadores (angular, rombóides, fascículos do trapézio) no
deslizamento para trás se inverte a ação desses músculos.

No plano frontal, este osso realiza um movimento de báscula quando atuam os


rombóides, angular e fascículo médio do trapézio. Se aproxima da linha média, o ângulo
supero-interno sobe, a cavidade glenóidea baixa, e o ângulo inferior se aproxima da coluna
(báscula espinhal).

Durante a abdução se modifica continuamente sua orientação, o que muda a


orientação da cavidade glenóidea para superior.

1º ANO 264
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

MÚSCULOS MOTORES DA ESCÁPULA

ELEVAÇÃO:

Trapézio superior.
Angular. Rombóides.

DESCIDA:

Peitoral menor.
Grande dorsal
Serrátil anterior (parte
inferior)
Trapézio inferior.
Subclávio.

ABDUÇÃO:

Serrátil anterior
Peitoral menor.

ADUÇÃO

Rombóides.
Trapézio médio.

BÁSCULA EXTERNA:

Trapézio superior.
Serrátil anterior.
Redondo maior.

BÁSCULA INTERNA:

Angular.
Trapézio inferior. Peitoral menor.
Rombóides (parte inferior)
Subclávio.

1º ANO 265
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

DISFUNÇÕES DA ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-


TORÁCICA
DISFUNÇÃO EM SUPERIORIDADE DA ESCÁPULA

ETIOLOGIA:

Espasmos musculares:

angular da escápula (C3 a C5)


peitoral menor (C8-T1)
trapézio superior (nervo acessório-XI)

Desequilíbrio postural (escoliose)

SINTOMAS:

Dores isquêmicas desses músculos (trapezalgia).


Restrição na descida e retropulsão do ombro.

DISFUNÇÃO EM ADUÇÃO DA ESCÁPULA

MECANISMO:

A escápula está fixada em adução pelo espasmo dos músculos rombóide e trapézio
médio.

SINTOMAS:

Dor isquêmica da zona interescapular.


Restrição em abdução e antepulsão acima de 140º.
Restrição no movimento mão-cabeça.

DISFUNÇÃO EM BÁSCULA EXTERNA DA ESCÁPULA

ETIOLOGIA:

Desequilíbrio postural. Capsulite


Disfunções vertebrais e da gleno-umeral.

1º ANO 266
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

MECANISMO:

• A báscula externa está fixada pelo espasmo dos músculos:

Angular (C3 a C5).


Redondo maior (C5-C6).
Subescapular (C5-C6).
Parte inferior do serrátil anterior (C5 a C8).
Há hipotonia do feixe clavicular do peitoral maior e do rombóide.
A clavícula adapta em rotação posterior

SINTOMAS:

• Dor isquêmica dos músculos associados a esta disfunção


• Restrição na amplitude final de abdução e no movimento mão-coluna.

DISFUNÇÃO EM BÁSCULA INTERNA DA ESCÁPULA

MECANISMO:

Raras, devem a espasmos do trapézio inferior por disfunções vertebrais C2 a C4,


disfunção C0-C1, occipital-temporal (forame jugular); a espasmos do rombóide ou
grande dorsal por disfunções torácicas.
Produz uma adaptação em rotação anterior da clavícula.

SINTOMAS:

Dor isquêmica do trapézio inferior.


Restrição de abdução acima de 140° e do movimento mão-cabeça.

1º ANO 267
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

DIAGNÓSTICO DA ARTICULAÇÃO ESCÁPULO TORÁCICA


DISFUNÇÃO EM SUPERIORIDADE DA ESCÁPULA

Inspeção:

Ombro mais alto e mais anterior.

Palpação:

Ângulo inferior da escápula mais alto.


Pontos triggers.

Teste de mobilidade

Restrição na descida do ombro e do movimento mão-coluna

Teste muscular.

Hipotonia do trapézio inferior.


Ao teste muscular existe uma debilidade do grande dorsal

DISFUNÇÃO EM ADUÇÃO DA ESCÁPULA

Inspeção:

Bordo interno da escápula mais próxima da linha do processo espinhoso.

Palpação:

Pontos triggers.

DISFUNÇÃO EM BÁSCULA EXTERNA DA ESCÁPULA

Inspeção:

Ombro mais alto, Ponta da escápula mais alta e mais externa.

Palpação

Igual.

Teste de mobilidade

Restrição de báscula interna.

Teste muscular:

Debilidade do feixe clavicular do peitoral maior e dos rombóides.

1º ANO 268
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

DISFUNÇÃO EM BÁSCULA INTERNA DA ESCÁPULA

Inspeção:

Ombro mais baixo e mais posterior. Ponta da escápula ínfero-interna.

Palpação

Báscula interna.
Triggers do trapézio inferior.

Teste de mobilidade

Restrição de báscula externa.


Ligeira restrição de rotação posterior da clavícula

Teste muscular:

Hipotonia do elevador da escápula.

1º ANO 269
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TESTES ORTOPÉDICOS
DROP ARM TEST
Indicação: Para patologia do manguito rotador

Paciente: De pé.

Osteopata: Do lado a tratar

Ação: O terapeuta realiza uma abdução do braço a 90 graus do lado a


avaliar solicitando ao paciente que mantenha a posição em forma
ativa.
Em caso de ruptura do manguito rotador, o paciente não poderá
sustentá-lo produzindo uma caída.

TESTE DE ADSON
Indicação: Para patologia dos escalenos

Paciente: Sentado.

Osteopata: Atrás do paciente.

Ação: Mão externa toma o pulso na artéria radial


Mão interna coloca a cabeça do paciente em lateroflexão-rotação
contralateral.
Uma diminuição do pulso na artéria radial é significativo de espasmo dos
escalenos.

1º ANO 270
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TESTE DE EDEN
Indicação: Para patologia do desfiladeiro costoclavicular.

Paciente: Sentado.

Osteopata: Atrás do paciente.

Ação: Mão externa toma o pulso na artéria radial.


Mão interna sobre o ombro.
O terapeuta desce o ombro do paciente.
Uma diminuição do pulso na artéria radial é significativo de
diminuição do espaço do desfiladeiro costoclavicular.

TESTE DE GILCHRIST
Indicação: Para patologia do bíceps braquial

Paciente: De pé. Braço em rotação externa e flexão de 30º.

Osteopata: Do lado a tratar.

Ação: Toma contato no 1/3 inferior do antebraço.


Pede ao paciente que resiste a extensão que aplica o terapeuta.
Em caso positivo de tendinite biciptal, desperta dor na face anterior
do ombro.

1º ANO 271
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TESTE DE HAWCKINS
Indicação: Evidencia um estreitamento do desfiladeiro sub-acromial.

Paciente: Sentado ou de pé. Membro superior em flexão de 90 graus; cotovelo em


flexão de 90 graus e o antebraço deverá cair imprimindo uma rotação
interna de ombro.

Osteopata: Do lado a tratar.

Ação: Mão posterior fixa o acrômio e clavícula. Mão anterior toma o cotovelo por
baixo.
O terapeuta eleva o cotovelo do paciente, e a mão que fixa faz uma força
descendente.
Se este teste provoca dor, revela a existência de uma diminuição do espaço
sub-acromial podendo existir uma afecção da bolsa serosa (bursite) ou do
tendão do supra-espinhoso.
Para fazer o diagnóstico diferencial, o resto dos testes do supra-espinhoso
deverão ser positivos.

TESTE DE JOBE
Indicação: Para patologia do supra-espinhoso

Paciente: De pé. Membro superior em abdução de 30 a 40º.

Osteopata: Do lado a tratar.

Ação: Una mano fixa o 1/3 distal do antebraço do paciente.


Solicita ao paciente que eleve o braço em antepulsão e o terapeuta resiste à
ação. Se produzir dor, traduz uma tendinite do supra-espinhoso.

1º ANO 272
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TESTE DE WRIGTH
Indicação: Para patologia do desfiladeiro do peitoral menor

Paciente: Sentado.

Osteopata: Atrás do paciente.

Ação: Mão externa toma o pulso na artéria radial.


Mão interna sobre a cabeça do paciente, que coloca em rotação
contralateral.
O terapeuta eleva o braço do paciente colocando-o em flexão de 90
graus e em rotação externa.
Uma diminuição do pulso na artéria radial é significativo de espasmo
do peitoral menor.

1º ANO 273
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TESTES OSTEOPÁTICOS
GLENO-UMERAL

TESTE DE MOBILIDADE EM DESLIZAMENTO ANTERO-POSTERIOR.


Indicações: Teste que nos permite avaliar a capacidade de deslizamento
posterior da cabeça umeral.

Paciente: Sentado na maca.

Osteopata: Atrás do paciente.

Ação: O osteopata, com a mão interna fixa a escápula e clavícula, enquanto


a outra realiza um deslizamento antero-posterior da cabeça umeral.
Se não aceita o movimento, o teste é positivo.
Tem que comprovar bilateralmente os ombros.

TESTE DE MOBILIDADE PARA SUPERO-INFERIORIDADE


Indicações: Teste que nos permite avaliar a capacidade de deslizamento inferior
da cabeça umeral.

Paciente: Sentado na maca.

Osteopata: Atrás do paciente.

Ação: O osteopata, com as mãos sobre o bordo superior da cabeça umeral.


Realiza um deslizamento supero-inferior a cabeça umeral.
Se não aceita o movimento, o teste é positivo.
Tem que comprovar bilateralmente os ombros.

1º ANO 274
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TESTE PARA INFERIORIDADE

Indicações: Teste que nos permite avaliar a capacidade de imbricação da cabeça


umeral.

Paciente: Sentado na maca.

Osteopata: Atrás do paciente.

Ação: O osteopata com as mãos sobre o bordo superior da cabeça umeral


bilateralmente. Realiza um deslizamento supero-inferior da cabeça
umeral. Posteriormente relaxamos nossa pressão lentamente.
A imbricação ou não mais lenta do lado da disfunção que do lado
são, nos dará um teste positivo.

TESTE DE MOBILIDADE EM DESLIZAMENTO POSTERO-ANTERIOR

Indicações: Teste que nos permite avaliar a capacidade de deslizamento anterior


da cabeça umeral.

Paciente: Sentado na maca

Osteopata: Atrás do paciente

Ação: O osteopata, com a mão interna, fixa a escápula e clavícula;


enquanto a outra mão realiza um deslizamento postero-anterior da
cabeça umeral.
A falta de mobilidade indica o teste positivo.
Tem que comprovar bilateralmente os ombros.

1º ANO 275
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

ACRÔMIO-CLAVICULAR
TESTE DE MOBILIDADE EM DESLIZAMENTO ANTERIOR E POSTERIOR
Indicações: Teste que nos permite, de forma rápida, verificar se a clavícula se encontra
anterior ou posterior.

Paciente: Sentado na maca

Osteopata: Atrás do paciente

Ação: O osteopata fixa pelo acrômio do paciente com a mão externa, enquanto
que a mão interna toma contato em pinça sobre o extremo externo da
clavícula.
Realizam-se movimentos de deslizamento anterior e posterior, o movimento
mais limitado nos indicará em que disfunção se encontra a clavícula.
Exemplo: se não deslizar para trás, se encontra em disfunção em
deslizamento anterior.

TESTE DE MOBILIDADE EM ROTAÇÃO INTERNA E EXTERNA DA CLAVÍCULA


Indicações: Teste que nos permite de forma rápida, verificar se a clavícula se encontra
em rotação anterior ou posterior.

Paciente: Sentado na maca, com o braço em abdução de 90º, e rotação neutra.

Osteopata: Atrás do paciente, com a perna externa sobre a maca, para manter o braço
do paciente.

Ação: O osteopata com a mão interna toma contato em pinça sobre o extremo
externo da clavícula. A mão externa sobre a mão do paciente.
Realizam-se movimentos de rotação interna e externa. O movimento mais
limitado nos indicará em que disfunção se encontra a clavícula.
Exemplo: se não desliza em rotação externa, se encontra em disfunção de
rotação interna.

1º ANO 276
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

ESTERNO-CLAVICULAR

TESTE DE MOBILIDADE PARA DISFUNÇÃO DE SUPERIORIDADE


ESTERNOCLAVICULAR
Paciente: Sentado na maca

Osteopata: Na frente do paciente.

Ação: O osteopata toma contato bilateral sobre os extremos internos da


clavícula com os dedos.
Solicita ao paciente que eleve os ombros, o que faz descer o extremo
interno da clavícula.
O teste será positivo no lado onde à clavícula não desce ou desce
menos.

TESTE DE MOBILIDADE ESTERNOCLAVICULAR EM ROTAÇÃO DA CLAVÍCULA


Paciente: Sentado na maca

Osteopata: Na frente do paciente

Ação: O osteopata toma contato bilateral sobre os extremos internos da


clavícula com os dedos.
Solicita ao paciente que flexione a cabeça e a clavícula deve realizar
rotação anterior e quando estende a cabeça, a clavícula realiza
rotação posterior.
Ex: se ao realizar extensão de cabeça, a clavícula não realizar
rotação posterior, diremos que a clavícula se encontra em disfunção
de rotação anterior.

1º ANO 277
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TESTE DE MOBILIDADE GLOBAL ESTERNOCLAVICULAR


Paciente: Sentado na maca, com o braço em abdução de 90º.

Osteopata: Atrás do paciente, com o joelho externo sobre a maca, para sustentar o
braço do paciente.

Ação: O osteopata toma contato com a mão interna, com dois dedos, sobre a
articulação esternoclavicular. A mão externa sobre a mão do paciente.
Realizam-se movimentos de rotação, elevação e antepulsão verificando a
mobilidade da articulação esternoclavicular.

TESTE DE MOBILIDADE PARA DISFUNÇÃO DE ANTERIORIDADE


ESTERNOCLAVICULAR
Paciente: Decúbito supino, com os braços em flexão de 90º.

Osteopata: De pé em frente ao paciente.

Ação: O osteopata toma contato bilateral sobre o extremo interno da clavícula.


Solicita ao paciente que leve os braços para o teto, o que provoca um
retrocesso do extremo interno da clavícula. O extremo que não retrocede ou
que retrocede menos, se encontrará em disfunção de anterioridade
esternoclavicular.

1º ANO 278
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TÉCNICAS OSTEOPÁTICAS
GLENO-UMERAL

THRUST ANTERIORIDADE DA CABEÇA UMERAL ESQUERDA EM DECÚBITO


SUPINO

Paciente: Paciente em decúbito supino no bordo da maca

Osteopata: Finta anterior

Contatos: A mão interna toma contato pisiforme sobre o aspecto anterior da


cabeça do úmero por fora da apófise.
A mão externa vai suportar o cotovelo do paciente.
Perna anterior, à esquerda no oco axilar.

Técnica: Vamos colocar o membro superior do paciente em flexão, apoiando


sua mão no peito do terapeuta.
A redução do slack se realiza pressionando a cabeça umeral e
levantando ligeiramente o cotovelo do paciente.
A orientação do thrust é obliqua de dentro para fora e se realiza em
exclusiva pelo peitoral esquerdo e bíceps esquerdo.

TÉCNICA DE GILLET EM DECÚBITO VENTRAL PARA A CABEÇA ANTERIOR


ESQUERDA

Paciente: Paciente em decúbito ventral no bordo da maca

Osteopata: Finta dupla a altura do ombro esquerdo do paciente.

Contatos: As duas mãos tomam contato em “V” no aspecto anterior da cabeça


umeral, por fora da apófise, e os dois polegares tomam contato
posterior.
O membro superior esquerdo, entre as pernas, mantendo seu peso.

Técnica: Vamos colocar o membro superior do paciente em abdução.


Nesta posição, podemos colocar em tensão a cápsula do deltóide
anterior e realizar um movimento articular.
Se encontramos fibras tensas é possível modificar o grau de
abdução, colocar em tensão de maneira específica e realizar um
thrust para o teto utilizando os bíceps do terapeuta.

1º ANO 279
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TÉCNICA DE THRUST PARA A CABEÇA UMERAL INFERIOR DIREITA


Paciente: Sentado

Osteopata: Atrás do paciente com o tórax à altura do ombro direito.

Contatos: Mãos do terapeuta rodeiam o cotovelo do paciente.


O peitoral direito toma contato por cima do ombro estabilizando o
acrômio.

Técnica: Colocamos o membro superior direito em posição de abdução,


rotação externa, para apresentar a cabeça umeral.
Flexionamos o cotovelo e levar o cotovelo em antepulsão horizontal.
Colocar o antebraço ao longo do tronco do paciente.
Redução do slack em translação posterior feita por uma flexão dos
cotovelos do terapeuta.
Thrust aumentando este parâmetro.

TÉCNICA DE THRUST PARA CABEÇA UMERAL SUPERIOR EM DECÚBITO SUPINO


DIREITO

Paciente: Decúbito supino ao bordo direito da maca. Cabeça do paciente para


o lado direito.

Osteopata: Finta dupla à altura do tórax do paciente do lado da lesão.

Contatos: A mão inferior engancha o antebraço direito com o cotovelo


flexionado a 90 graus.
A mão esquerda toma contato pisiforme na parte superior da
tuberosidade maior.

Técnica: Reduz o slack tracionando para baixo. O thrust se realiza


aumentando a decoaptação articular.

TÉCNICA DE THRUST PARA POSTERIORIDADE DA CABEÇA UMERAL ESQUERDA

Paciente: Decúbito ventral ao bordo direito da maca

Osteopata: O terapeuta está em finta anterior olhando para a cabeça do


paciente.

Contatos: A mão esquerda passa por baixo do bíceps.


A mão direita toma contato com a cabeça umeral por baixo da
escápula.
Joelho anterior à altura do úmero.

Técnica: Deixamos o braço do paciente horizontal, tomando contato com a


coxa da perna anterior.
O thrust se realiza pela contração do peitoral e o bíceps do terapeuta.

1º ANO 280
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

ACROMIOCLAVICULAR

DOG-TÉCNICA PARA ROTAÇÃO ANTERIOR DE CLAVÍCULA DIREITA

Paciente: Decúbito supino, ao bordo da maca

Osteopata: Finta anterior, do lado da disfunção

Contatos: Mão interna ou direita, contato com MTC-F do segundo dedo sobre o
bordo anterior da clavícula. Antebraço repousa sobre o esterno.
Mão externa ou esquerda sobre cotovelo do paciente.
Esterno sobre nossa mão.

Técnica: Levamos o braço do paciente em adução.


Toma contato com a mão interna.
Reduzimos o slack da clavícula em rotação posterior.
Levamos a mão do paciente ao ombro contrário.
Contato mão externa e esterno.
Na expiração, empurramos a clavícula para trás e reduzimos o slack
do úmero.
O thrust se realiza ao final da expiração, com body drop, associado
ao movimento de rotação posterior da mão.

DOG-TÉCNICA PARA ROTAÇÃO POSTERIOR DE CLAVÍCULA DIREITA

Paciente: Decúbito supino, ao bordo da maca.

Osteopata: Finta anterior, do lado da disfunção.

Contatos: Mão interna ou direita, contato com MRC-F do segundo dedo, por
trás do bordo posterior da clavícula. Polegar na axila. Antebraço
repousa sobre o esterno.
Mão externa ou esquerda sobre o cotovelo do paciente.
Esterno sobre nossa mão.

Técnica: Levamos o braço do paciente em adução.


Toma contato mão interna.
Reduzimos o slack da clavícula em rotação anterior.
Levamos a mão do paciente ao ombro contrário.
Contato mão externa e esterno.
Na expiração, empurramos a clavícula para a rotação anterior e
reduzimos o slack do úmero.
O thrust se realiza ao final da expiração, com body drop, associado
ao movimento de rotação anterior da mão.

1º ANO 281
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

LIFT OFF ACROMIOCLAVICULAR ESQUERDO


Paciente: Sentado

Osteopata: Atrás do paciente, do lado do ombro a tratar, em finta anterior.

Contatos: As duas mãos tomam contato com o cotovelo.


Contato por meio do peitoral, por cima da articulação
acromioclavicular.

Técnica: Colocamos o membro superior afetado em posição de antepulsão de


90 graus, de retropulsão horizontal de 90 graus e flexão de cotovelo.
Depois, colocamos em antepulsão o cotovelo do paciente e deixamos
cair o cotovelo.
A redução se faz transferindo o nosso próprio peso para trás e
implicando a articulação acromioclavicular com o úmero.
O thrust se realiza pela contração dos bíceps do fisioterapeuta.

MÚSCULO ENERGÍA PARA ROTAÇÃO ANTERIOR DA CLAVÍCULA


Paciente: Sentado

Osteopata: Finta anterior atrás do paciente do lado do ombro a tratar.

Contatos: O bíceps esquerdo suporta o peso do braço do paciente, colocando


nossa mão sobre a mão do paciente.
A mão interna novamente vai palpar a articulação acromioclavicular.

Técnica: Colocar o membro do paciente em abdução e rotação externa.


Buscamos a barreira motora em rotação externa.
Solicitamos três ciclos de três contrações isométricas em rotação
interna.
Buscamos nova barreira motora em rotação externa depois de cada
ciclo.
Voltamos à posição inicial de forma lenta e passiva.

MÚSCULO ENERGÍA PARA ROTAÇÃO POSTERIOR DE CLAVÍCULA ESQUERDA


Paciente: Sentado

Osteopata: Finta anterior atrás do paciente do lado do ombro a tratar.

Contatos: O antebraço esquerdo suporta o peso do braço do paciente


colocando nossa mão sobre o dorso do antebraço do paciente.
A mão interna vai palpara a articulação acromioclavicular.

Técnica: Colocar o membro do paciente em abdução e rotação interna.


Buscamos a barreira motora em rotação interna.
Solicitamos três ciclos de três contrações isométricas em rotação
externa.
Buscamos nova barreira motora em rotação interna depois de cada
ciclo.
Voltamos à posição inicial de forma lenta e passiva.

1º ANO 282
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

REDUÇÃO DA SUBLUXAÇÃO DA ACROMIOCLAVICULAR ESQUERDA


Paciente: Sentado

Osteopata: Atrás do paciente, a altura do ombro lesionado em finta anterior.

Contatos: A mão interna ou direita toma contato pela MTC-F sobre a


extremidade externa da clavícula. O antebraço está colocado quase
na vertical.
A outra mão leva o cotovelo em flexão do paciente.

Técnica: Reduzir o slack simultaneamente tracionando longitudinalmente


sobre o úmero e baixando a clavícula em direção ao solo.
O thrust se realiza pela contração do peitoral do paciente em direção
ao solo.

SNAP ACROMIOCLAVICULAR À DIREITA


Paciente: Decúbito supino, com a cabeça ligeiramente rodada para a direita
para relaxar o plexo braquial.

Osteopata: Finta anterior à altura das coxas do paciente, olhando em direção a


sua cabeça

Contatos: As duas mãos cruzadas do terapeuta contatam os dois ossos do


antebraço acima do punho.
Os polegares são colocados cada um ao longo dos ossos do
antebraço.

Técnica: A técnica consiste em balancear o membro superior do paciente para


conseguir o relaxamento.
Consiste em colocar o braço em extensão e rotação sem realizar
muita força, é o peso do mesmo braço que realiza a força corretora.

TÉCNICA ARTICULATORIA ACROMIOCLAVICULAR DIREITA


Paciente: Paciente em decúbito supino ao bordo da maca

Osteopata: Finta anterior flexionado e a perna anterior à altura do ombro, do lado


lesionado.

Contatos: Mão externa ou esquerda toma contato com a mão do paciente.


A mão interna ou direita passa por baixo do ombro tomando contato
com a espinha da escápula.

Técnica: Colocamos o membro do paciente em antepulsão de 90 graus.


A técnica se realiza em 3 tempos:
Tempo 1: tração do braço para o teto, a mão interna fixa
Tempo 2: abdução do lado são, a mão interna fixa
Tempo 3: de novo abdução, mantendo a posição da escápula
Posteriormente realizamos uma técnica de articulação específica da
clavícula realizando movimentos de rotação externa do membro
superior. O úmero e o deltóide que transmitem a força de rotação à
clavícula.

1º ANO 283
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TÉCNICA FISIOLÓGICA PARA ROTAÇÃO ANTERIOR DA CLAVÍCULA ESQUERDA

Paciente: Sentado

Osteopata: Atrás do paciente, em finta anterior a altura do ombro a tratar

Contatos: A mão interna ou direita toma contato pela MTC-F do segundo dedo,
sobre o bordo posterior da clavícula.
A mão externa ou esquerda sustenta o peso do cotovelo em flexão

Técnica: Fazemos retroceder a clavícula e a bloqueamos.


A seguir, realizamos um ato de círculo para frente com o braço, na
qual a cabeça do úmero empurra sobre o bordo interno da clavícula e
gira em rotação posterior.

TÉCNICA FISIOLÓGICA PARA ROTAÇÃO POSTERIOR DA CLAVÍCULA ESQUERDA

Paciente: Sentado, com a cabeça em latero-flexão contralateral.

Osteopata: Atrás do paciente, em finta anterior à altura do ombro a tratar.

Contatos: A mão interna ou direita toma contato pela MTC-F do segundo dedo,
sobre o bordo anterior da clavícula.
A mão externa ou esquerda vai sustentar o peso do cotovelo em
flexão

Técnica: Elevamos o ombro em posição de rotação anterior e empurramos


sobre o bordo anterior da clavícula em direção ao solo.
Buscamos depois a posição em tensão por adução.
A seguir, realizamos um ato de círculo para trás com o braço, na qual
a cabeça do úmero empurra sobre o bordo interno da clavícula e gira
em rotação anterior.

1º ANO 284
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

ESTERNOCLAVICULAR
TÉCNICA DE THRUST PARA ANTERIORIDADE ESTERNOCLAVICULAR DIREITA
Paciente: Decúbito supino.

Osteopata: Finta anterior com o joelho a altura do ombro a manipular

Contatos: A mão externa ou esquerda toma contato com o punho.


A mão interna ou direita vai tomar contato pisiforme sobre o aspecto interno
da extremidade interna da clavícula.

Técnica: Colocar o membro em posição de antepulsão de 90 graus, antebraço contra


o peito do terapeuta.
A técnica consiste, na fase expiratória realizar uma contraforça entre a mão
interna que pressiona e a externa que estira.
O thrust se realiza devido à contração exclusiva do peitoral e tríceps direito
do terapeuta.

TÉCNICA DE THRUST PARA ANTERIORIDADE EM DECÚBITO LATERAL DA


ESTERNOCLAVICULAR DIREITA
Paciente: Decúbito lateral esquerdo

Osteopata: Finta anterior, olhando para a cabeça do paciente, a altura do tórax, por trás
do mesmo.

Contatos: Mão superior ou esquerda por baixo da cabeça.


Mão interna ou direita toma contato pisiforme sobre a extremidade interna
da clavícula.
Tórax repousando sobre o ombro.

Técnica: Elevamos a cabeça para relaxar a musculatura.


A redução do slack por uma contra-força na qual a mão clavicular empurra
posteriormente, enquanto o tórax realiza uma anteposição do ombro.
O thrust se realiza por uma contração exclusiva do peitoral direito do
terapeuta.

TÉCNICA DE THRUST COM OS PISIFORMES CRUZADOS PARA


EXTERNOCLAVICULAR ESQUERDA
Paciente: Decúbito supino com o ombro lesionado no bordo da maca

Osteopata: Finta anterior, olhando em direção à cabeça com o joelho anterior


ligeiramente mais acima que o ombro do paciente.

Contatos: Braço do paciente repousa sobre a coxa anterior do terapeuta.


A mão interna ou esquerda toma contato pisiforme contra o aspecto anterior
da clavícula.
A mão externa ou direita toma contato pisiforme sobre o esterno por baixo
da extremidade interna da clavícula.

Técnica: Pedimos ao paciente que faça uma inspiração e uma expiração, na qual
faremos uma força separadora entre as duas mãos, pela contração dos
peitorais do terapeuta.

1º ANO 285
ESCUELA DE OSTEOPATIA DE MADRID ©

TÉCNICA DE THRUST PARA SUPERIORIDADE ESTERNOCLAVICULAR ESQUERDA

Paciente: Decúbito supino.

Osteopata: Finta anterior à cabeça do paciente. Perna posterior à direita ou


interna.

Contatos: A mão interna ou direita toma contato pisiforme sobre a face superior
da extremidade interna da clavícula. A mão externa segura o punho
do paciente.

Técnica: Colocamos o braço do paciente em posição de antepulsão.


A técnica consiste em pedir uma inspiração ao paciente seguida de
expiração.
Durante a expiração, reduzimos o slack inferior da clavícula com uma
contra-força tracionando o membro superior.
Ao final da expiração, o thrust se realiza por uma contração explosiva
do peitoral do terapeuta do lado da mão interna.

TÉCNICA DE THRUST PARA SUPERIORIDADE EM DECÚBITO LATERAL DA


ESTERNOCLAVICULAR DIREITA

Paciente: Decúbito lateral sobre o lado são, o esquerdo

Osteopata: Finta anterior, ligeiramente girado para a cabeça do paciente por trás
do mesmo.

Contatos: A mão inferior ou direita repousa por baixo da cabeça do paciente.


A mão superior ou esquerda toma contato pisiforme sobre com o
bordo superior, da extremidade interna da clavícula.
Tórax sobre o ombro

Técnica: Primeiro se levanta a cabeça para relaxar a musculatura.


A redução do slack se realiza mediante duas forças, o terapeuta
sobre o ombro com o tórax, enquanto que a mão superior baixa a
extremidade interna da clavícula.
O thrust se realiza com a contração explosiva do peitoral esquerdo
do terapeuta.

1º ANO 286
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ESCÁPULO-TORÁCICA

TESTES DIAGNOSTICOS DA ARTICULAÇÃO OMOTORÁCICA

Os testes diagnósticos para a articulação escapulo-torácica se realizam levando a


escápula em seus diferentes movimentos. Dizemos que a escápula se encontra em uma
disfunção quando está limitado em movimento contrário.
Exemplo: dizemos que a escápula está em disfunção de báscula externa, quando
tem limitado o movimento de báscula interna.
Se testam com as mesmas posições que se realizam as técnicas desta articulação.

TÉCNICA DE THRUST EM BÁSCULA EXTERNA DA ESCÁPULA ESQUERDA

Indicação: Para disfunções de báscula interna.

Paciente: Decúbito lateral do lado são, o direito. A mão direita do paciente sobre seu
peito.

OsteOpata: Finta anterior a altura o tórax do paciente olhando a cabeça do paciente.

Contatos: O tórax do terapeuta toma contato com o membro superior dobrado do


paciente.
A mão inferior ou direita toma contato com a palma da mão, sobre o bordo
interno e ângulo inferior da escápula.
A mão superior toma contato pisiforme e região entre tenar e hipotenar da
mão sobre o ângulo superior externo da escápula.

Técnica: A técnica consiste em buscar a posta em tensão realizando uma báscula


externa da escápula.
O thrust se realiza mediante a rotação para os pés do terapeuta com
acentuação da báscula externa.

TÉCNICA DE THRUST EM BÁSCULA INTERNA DA ESCÁPULA ESQUERDA


Indicação: Para disfunções de báscula externa.

Paciente: Decúbito lateral do lado são, o direito. A mão direita do paciente sobre seu
peito.

Osteopata: Finta anterior à altura do tórax do paciente, olhando para a cabeça do


paciente.

Contatos: O tórax do terapeuta toma contato com o membro superior dobrado do


paciente.
A mão inferior ou direita toma contato com a eminência tênar da mão sobre
o bordo externo.
A mão superior toma contato em gancho sobre o ângulo superior interno da
escápula.

Técnica: A técnica consiste em buscar a posta em tensão realizando uma báscula


interna da escápula.
O thrust se realiza mediante a rotação para a cabeça do paciente com
acentuação da báscula interna.

1º ANO 287
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TÉCNICAS MUSCULARES

TÉCNICA DE JONES PARA CORACOBRAQUIAL DIREITO

Paciente: Decúbito supino.

Osteopata: De pé, finta anterior, a altura do tórax do lado da lesão.

Contatos: A mão interna ou direita vai palpar a inserção do coracobraquial que


se encontra sobre o bordo inferior do processo coracóide.
Mão externa ou esquerda sobre o 1/3 inferior do antebraço.

Técnica: Vamos desencadear a dor.


Buscamos a posição que faz desaparecer a dor, habitualmente
consiste em uma posição de rotação interna e abdução, assim,
devemos colocar a mão do paciente em seu ombro.
Mantém-se nessa posição durante 90 segundos.
Depois de 90 segundos, voltaremos lentamente e passivamente sem
nenhuma ação do paciente em posição zero.

SPRAY AND STRETCH PARA DELTOIDES

Paciente: Sentado

Osteopata: Atrás do paciente.

Técnica: Braço em posição de retropulsão para colocar em posição de tensão


o deltóide anterior e aqui faremos vários passeios com o spray ao
longo do músculo e território de dor referida. Esta técnica se utiliza
para o tendão da porção longa do bíceps.
Depois colocamos a mão na coluna do paciente e vamos realizar no
deltóide assim como para o supra-espinhoso, um varrido ao longo da
fossa supra-espinhosa e do deltóide anterior e médio.
Para o deltóide posterior, giraremos a cabeça do paciente para o lado
são e colocamos o braço em adução horizontal. O spray se realiza ao
longo do deltóide posterior e à fossa infra-espinhosa.

1º ANO 288
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STRETCHING PARA DELTOIDE ESQUERDO

Paciente: Decúbito supino.

Osteopata: Sentado a altura do tórax do lado a tratar.

Contatos: O braço estendido do paciente descansa sobre as coxas do


terapeuta.
A mão externa ou direita toma contato com a paleta umeral do lado
afetado.
A mão interna ou esquerda toma contato através da eminência tênar
do escafóide, com contato perpendicular às fibras do deltóide
anterior. Para o deltóide posterior, podemos tomar contato com a
polpa dos dedos perpendicularmente às fibras do deltóide posterior.

Técnica: Aumentando a rotação interna, realiza uma força que passa


perpendicularmente às fibras do deltóide anterior.
A técnica se realiza até que se produza uma mudança no tônus
muscular, até conseguir a diminuição do espasmo do deltóide
anterior.
Para o deltóide posterior, vamos fazer uma contra-força entre a
tração dos dedos e a rotação externa do úmero para poder passar
através do deltóide posterior.
Esta técnica se realiza até conseguir uma diminuição do tônus
muscular.

SPRAY AND STRETCH PARA GRANDE DORSAL ESQUERDO

Paciente: Decúbito lateral do lado são, o direito, formando com o corpo do


terapeuta um quadro. O braço do lado afetado se encontra em
abdução, rotação externa. Mão fora da maca.
Técnica: Faremos vários passeios ao longo do músculo, até conseguir
mais amplitude baixando o braço do paciente.

STRETCHING PARA GRANDE DORSAL DIREITO

Paciente: Decúbito ventral, o membro superior estará colocado em antepulsão.

Osteopata: Finta anterior, a altura dos ombros, olhando para os pés do paciente
do lado contrário a tratar.

Contatos: O antebraço interno contata ao longo da parte anterior do tórax.


A mão externa toma um contato sobre a crista ilíaca.

Técnica: O stretching se realiza apoiando a crista contra a maca e levantando


em rotação o tronco do paciente.
Se realiza até notar uma mudança no tônus muscular até que se
consiga um relaxamento muscular.

1º ANO 289
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STRETCHING PARA INFRA-ESPINHOSO ESQUERDO


Paciente: Decúbito supino.
Braço a 90 graus de abdução, mão em direção ao solo, em posição
de rotação interna.

Osteopata: Finta anterior a altura do ombro lesionado olhando para seus pés.

Contatos: A coxa anterior ou esquerda suporta o cotovelo do paciente.


Antebraço interno ou direito, toma contato ao longo da clavícula e ao
longo do aspecto anterior umeral.
Mão externa ou esquerda sobre o 1/3 distal do antebraço.

Técnica: A técnica consiste em abaixar a mão do paciente, realizar um


estiramento rítmico em rotação interna.
Se não produz com suficiente rapidez a mudança no tônus muscular,
podemos pedir ao paciente que deixe cair o braço estirando-se os
dedos, pedimos que suba a mão para o teto, em rotação externa.
Podemos, assim, utilizar técnicas de inibição pós-isométrica, com
técnicas de stretching até alongar o músculo.

SPRAY AND STRETCH PARA PEITORAL MAIOR ESQUERDO


Paciente: Decúbito supino.
O braço em antepulsão para o feixe inferior, em abdução de 90 graus
para o feixe médio e abaixo de 90 graus para o feixe superior.

Osteopata: Finta anterior, olhando para a cabeça do paciente a altura da pelve


do mesmo.
Técnica: Deixamos cair o braço do paciente e vamos realizar passeios ao
longo do peitoral e ao longo do membro superior todo e ao longo do
território de dor referida do músculo.

STRETCHING PARA PEITORAL MAIOR ESQUERDO


Indicação: Para peitoral maior e menor. Para este último, realizamos a mesma
posição que para o feixe inferior do peitoral maior.

Paciente: Decúbito supino. Vamos colocar sua mão livre sobre o peito da
paciente, se a paciente for mulher. Assim, apertando a glândula
mamária se tem acesso ao contato sobre a caixa torácica.
O braço em antepulsão para o feixe inferior, em abdução de 90 graus
para o feixe médio e abaixo de 90 graus para o feixe superior.

Osteopata: Finta anterior, a altura do ombro do paciente do lado da lesão

Contatos: Mão interna ou esquerda sobre o músculo.


Mão externa ou direita sobre o 1/3 distal do antebraço.

Técnica: Fixando com a mão interna o músculo, realizamos uma descida do


braço para o solo, na posição adequada para cada feixe.
Realiza-se a técnica até conseguir o relaxamento dos tecidos.

1º ANO 290
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REDUÇÃO DA LUXAÇÃO DO TENDÃO DA PORÇÃO LONGA DO BÍCEPS BRAQUIAL


ESQUERDO

Paciente: Sentado.

Osteopata: Atrás do paciente com a perna esquerda sobre a maca.

Contatos: Com a mão interna ou direita, se palpa a cavidade biciptal e dentro


dela o tendão biciptal.
Mão externa ou esquerda sobre o 1/3 inferior do antebraço.

Técnica: O braço do paciente se coloca em uma posição de abdução de


menos de 90 graus.
Em um primeiro tempo se realiza um movimento conjunto, com a mão
interna elevamos o tendão e com a mão externa realizamos rotação
externa.
Bloqueia-se o tendão em posição de redução e fixando a posição do
tendão se realiza um movimento seco de rotação interna.
Esta manobra se pode realizar várias vezes.

STRETCHING PARA REDONDO MAIOR ESQUERDO

Paciente: Decúbito lateral direito. Seu corpo e o corpo do terapeuta formam um


quadro.

Osteopata: Finta dupla a altura do tórax do paciente.

Contatos: O cotovelo flexionado do paciente repousa sobre o antebraço


superior ou esquerdo.
Mão inferior ou direita faz contato com bordo radial da mão ao longo
do bordo externo da escápula.
Para os últimos graus: mão superior repousando sobre a escápula e
o braço repousando no antebraço. A mão inferior toma contato sobre
o bordo externo da escápula reforçado pelo tórax do terapeuta.

Técnica: A técnica consiste em transferir o peso do corpo para o antebraço


superior para produzir um estiramento.
Esta técnica se realiza até ganhar amplitude e chegado a um certo
ângulo de redução teremos que modificar a posição das mãos com o
fim de poder estirar os últimos graus de amplitude possível.
Para os últimos graus de amplitude, vamos realizar uma ligeira latero-
flexão do tronco para aumentar a distensão entre o úmero e a
escápula, o que estira os últimos graus de movimento.

1º ANO 291
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STRETCHING PARA ROMBOIDE ESQUERDO

Paciente: Decúbito lateral direito, seu corpo e o corpo do terapeuta formam um


quadro. A mão do paciente, se for mulher, repousará sobre o peito
para que possa tomar contato direto do corpo do terapeuta com o
peito da paciente.

Osteopata: Finta anterior a altura do tórax do paciente olhando para sua cabeça.

Contatos: Tórax sobre o membro superior e o ombro do paciente.


As duas mãos passam por trás do cotovelo do paciente e vai palpar o
bordo interno da escápula.

Técnica: Em cada zona onde se identifica uma tensão, vamos realizar uma
técnica na qual os dedos tentam passar por baixo da escápula e
depois realizar circunduções mobilizando a escápula para estirar de
maneira especifica as fibras espasmadas encontradas.
Realiza-se esta técnica até conseguir uma maior amplitude articular e
até diminuir o tônus muscular espasmado.

TÉCNICA DE JONES PARA SUBCLAVIO DIREITO

Paciente: Decúbito lateral esquerdo. Tripla flexão dos membros inferiores.

Osteopata: Finta dupla atrás do paciente a altura do ombro.

Contatos: Tórax sobre o ombro do paciente.


A mão superior ou esquerda repousa sobre o ombro.
A mão inferior ou direita palpa abaixo da clavícula o músculo
subclávio.

Técnica: Vamos desencadear a dor apertando o músculo.


Buscamos a posição de correção. Vamos comprimir o ombro em
direção ao solo; se não bastar esta posição, vamos buscar outros
movimentos possíveis do ombro que fazem desaparecer a dor:
elevação, descida, antepulsão, retropulsão, rotação anterior, rotação
posterior.
Uma vez encontrada a posição de correção se mantém durante 90
segundos.
A volta a posição zero se faz passivamente e muito lentamente.

SPRAY AND STRETCH PARA SUBESCAPULAR DIREITO

Paciente: Decúbito supino, com o braço em rotação externa.

Osteopata: Ao lado do paciente.


Técnica: Deixamos cair a mão até conseguir a posição em tensão do
subescapular.
Realizamos várias passadas ao longo do território de dor referida e
ao longo dos pontos trigger do músculo subescapular.
Ao final do spray se ganha um pouco de amplitude.

1º ANO 292
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STRETCHING PARA SUBESCAPULAR ESQUERDO

Paciente: Decúbito supino.

Osteopata: Finta anterior, joelho anterior a esquerda, a altura do ombro.

Contatos: O braço do paciente repousa sobre a coxa anterior.


O antebraço interno ou direito sobre a clavícula para estabilizar o
ombro. A mão repousa sem ter alguma ação sobre o bíceps.
Mão externa ou esquerda sobre o 1/3 inferior do antebraço.

Técnica: Primeiro, colocaremos o braço em abdução com o cotovelo


repousando sobre a perna anterior.
Estabilizamos o ombro do paciente.
Com a mão externa vamos produzir uma rotação externa até
encontrar a distância elástica da coxa, assim podemos realizar vários
ciclos buscando o ritmo do paciente.
Realiza-se até conseguir mais amplitude de rotação externa sem
provocar dor.
Em certos casos pode ser útil usar músculo energia com stretching,
por isso pedimos ao paciente que abra a mão, em posição de rotação
externa e pedimos que realize uma rotação interna, levando a mão
para o teto. Assim podemos realizar vários ciclos de contrações
isométricas e estirar até conseguir maior amplitude.

MÚSCULO ENERGIA PARA SUPRAESPINHOSO ESQUERDO

Paciente: Sentado. A mão do paciente do lado afetado sobre o trapézio do lado


são.

Osteopata: Atrás do paciente em finta anterior

Contatos: Mão externa ou direita toma contato com o cotovelo do paciente.


Mão interna ou esquerda controla a inserção no músculo e na fossa
supra-espinhosa.

Técnica: Pede-se ao paciente 3 contrações isométricas levando o cotovelo


para fora.
Entre cada ciclo buscamos nova barreira motora. Volta a posição
inicial de forma passiva e lenta.

Precaução: Esta técnica não está indicada nos casos de tendinite do supra-
espinhoso.

1º ANO 293

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