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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSOS: ENGENAHRIA AMBIENTAL E SANITÁRIA / ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINAS: RESÍDUOS SÓLIDOS (EAMB 049) / GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (ECIV 066)
PROFESSORA: IVETE VASCONCELOS LOPES FERREIRA

LIMPEZA URBANA

SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA


• ACONDICIONAMENTO
• COLETA E TRANSPORTE DO LIXO DOMICILIAR
• OUTROS SERVIÇOS DE LIMPEZA
• Varrição
• Capinação e roçagem
• Limpeza de praias
• Limpeza de feiras livres
• Limpeza de boca de lobo, galerias e córregos
• Remoção de animais mortos
• Pintura de meio-fio
• Coleta de resíduos volumosos e entulho
 Os serviços de limpeza absorvem até 20,0% dos recursos de um orçamento municipal (IBGE,
2008).
 A NBR 12.980 (ABNT, 1993) define os diferentes tipos de serviços de coleta: domiciliar
(residências, comércio, indústria, públicos), varrição, feiras e praias, resíduos de serviços de
saúde.

HISTÓRICO
No Brasil, o serviço sistemático de limpeza urbana foi iniciado oficialmente em 25 de novembro
de 1880, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, então capital do Império. Nesse dia, o
imperador D. Pedro II assinou o Decreto nº 3024, aprovando o contrato de "limpeza e irrigação"
da cidade, que foi executado por Aleixo Gary e, mais tarde, por Luciano Francisco Gary. Seu
sobrenome originou a palavra gari, que hoje denomina os trabalhadores da limpeza urbana em
muitas cidades brasileiras.

Museu de Limpeza Urbana, RJ


OPERAÇÕES UNITÁRIAS REALIZADAS NA ÁREA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES
RESPONSABILIDADE DOS MUNICÍPIOS

ACONDICIONAMENTO:
Antes da coleta, os resíduos devem ser adequadamente acondicionados de forma a evitar:
acidentes (lixo infectante), proliferação de vetores de doenças e animais indesejáveis, impacto
visual e olfativo e heterogeneidade (caso de haver coleta seletiva). O bom acondicionamento
também facilita a coleta. Os recipientes devem ser estanques, resistentes e compatíveis com o
equipamento de transporte.
ACONDICIONAMENTO DO LIXO DOMICILIAR
1. Sacos plásticos – São classificados e especificados pela NBR 9190(ABNT, 1999). A quantidade
máxima de lixo deve ser de 20 Kg. Evitar grande nº de pequenos sacos, pois dificulta o manuseio.
Para lixo domiciliar pode ser de qualquer cor (menos branco leitoso, reservado aos RSS), desde
que não permitam a visibilidade do conteúdo.
2. Contêiners plásticos - São recipientes fabricados em polietileno de alta densidade (PEAD), nas
capacidades de 120, 240 e 360 litros (contêineres de duas rodas) e 760 e 1.100 litros
(contêineres de quatro rodas) constituídos de tampa, recipiente e rodas.
ACONDICIONAMENTO DO LIXO PÚBLICO
1. Cestos estacionários - Cesta coletora plástica, do tipo papeleira, com capacidade volumétrica
útil de 50 litros. Esses recipientes são próprios para pequenos resíduos e refugos descartados
por pedestres em trânsito nos logradouros. Devem ser instalados nos parques, praças, jardins,
ruas, avenidas e demais locais públicos de trânsito de pessoas, com o objetivo de reduzir a
quantidade de lixo disposta no solo.

Fonte: BARROS (1995)

2. Sacos plásticos – Semelhantes aos usados no lixo domiciliar, porém permite-se capacidade de
até150 litros.
3. Contêiners plásticos – iguais aos utilizados em lixo domiciliar.

ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS DE GRANDES GERADORES


Coletores comunitários que recebem o lixo de diversas unidades habitacionais (prédios,
condomínios, favelas), indústrias, comércio, entulho, etc.
1. Contêiners Estacionários: São recipientes metálicos providos normalmente de quatro
rodízios, com capacidade variando de 750 a 1.500 litros, que podem ser basculados por
caminhões compactadores.

Coletor basculante
NBR 13333

Basculamento de contêiner metálico (MONTEIRO et al., 2001)


2. Conteiners intercambiáveis - São contêineres metálicos utilizados no acondicionamento
do lixo. O veículo que as recolhe quando estão cheias traz consigo uma outra, vazia, para
continuar servindo o local.

Poliguindaste com caixa Dempster (MONTEIRO et al. 2001)

ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS DOMICILIARES ESPECIAIS


(MONTEIRO et al., 2001).
1. Pilhas e baterias: características tóxicas (resíduo perigoso)
 As baterias não totalmente descarregadas – devem ser estocadas de forma que seus
eletrodos não entrem em contato com os eletrodos das outras baterias ou com um
objeto de metal.
 As baterias de níquel-cádmio não totalmente descarregadas - deverão ser colocadas,
individualmente, em sacos plásticos antes de serem colocadas junto com outras baterias
de Ni-Cd.
 Os contêineres – devem ser selados ou vedados para se evitar liberação do gás
hidrogênio (que é explosivo em contato com o ar), devendo ficar sobre estrados para que
as baterias se mantenham secas. O armazenamento dos contêineres deve ser feito em
local arejado e protegido de sol e chuva.

A Resolução CONAMA nº 401/2008 - atribui a responsabilidade do acondicionamento, coleta,


transporte e disposição final de pilhas e baterias aos comerciantes, fabricantes, importadores e
à rede autorizada de assistência técnica.
 “Art. 4. Os estabelecimentos que comercializam os produtos mencionados no art 1°,
bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores
desses produtos, deverão receber dos usuários as pilhas e baterias usadas, respeitando o
mesmo princípio ativo, sendo facultativa a recepção de outras marcas, para repasse aos
respectivos fabricantes ou importadores”.
 “Art. 6. As pilhas e baterias mencionadas no art. 1o, nacionais e importadas, usadas ou
inservíveis, recebidas pelos estabelecimentos comerciais ou em rede de assistência
técnica autorizada, deverão ser, em sua totalidade, encaminhadas para destinação
ambientalmente adequada, de responsabilidade do fabricante ou importador.

PRINCÍPIO: DO BERÇO AO TÚMULO

2. Lâmpadas fluorescentes: Lâmpadas que contêm mercúrio (destinação ainda não


regulamentada pelo CONAMA).
 Estocar as lâmpadas que não estejam quebradas em uma área reservada, em caixas, de
preferência em uma bombona plástica para evitar que se quebrem;
 Rotular todos as caixas ou bombonas;
 Não quebrar ou tentar mudar a forma física das lâmpadas;
 Quando houver quantidade suficiente de lâmpadas, enviá-las para reciclagem,
acompanhadas das seguintes informações:nome do fornecedor (nome e endereço da
empresa ou instituição), da transportadora e do reciclador; número de lâmpadas
enviadas; a data do carregamento;
 Manter os registros dessas notas por três anos, no mínimo;
 No caso de quebra de alguma lâmpada, os cacos de vidro devem ser removidos e a área
deve ser lavada;
 Armazenar as lâmpadas quebradas em contêineres selados e rotulados da seguinte
forma: "Lâmpadas Fluorescentes Quebradas – Contém Mercúrio".

3. Pneus:
 Nunca acumule pneus, dispondo-os para a coleta assim que se tornem sucata;
 Se precisar guardá-los, faça-o em ambientes cobertos e protegidos das intempéries;
 Jamais os queime.

A exemplo do que foi feito para as pilhas e baterias, o CONAMA publicou em 2009 a Resolução
nº 416, estabelecendo que:
 “Art. 3. A partir da entrada em vigor desta resolução, para cada pneu novo
comercializado para o mercado de reposição, as empresas fabricantes ou importadoras
deverão dar destinação adequada a um pneu inservível."

PRINCÍPIO: DO BERÇO AO TÚMULO


ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS DE PROVENIENTES DA COLETA SELETIVA
1. Coleta Seletiva: há duas formas de coleta seletiva  separação por grupos (secos/úmidos) e a
separação de materiais (coleta multi-seletiva).
Coleta multi-seletiva - SIMBOLOGIA E CORES. Resolução CONAMA nº 275/01, e símbolos de tipo
de material reciclável.

Plástico
Metal
Papel/Papelão
Vidro
Matéria Orgânica

COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS DOMICILIARES


Os serviços de manejo dos resíduos sólidos compreendem a coleta, a limpeza pública bem como
a destinação final desses resíduos, e exercem um forte impacto no orçamento das
administrações municipais, podendo atingir 20,0% dos gastos da municipalidade (IBGE, 2008),
sendo 50% destinados à coleta e ao transporte do lixo.
Coleta, transporte e destinação final são de grande visibilidade para a população.
 Envolvimento dos cidadãos que devem acondicionar o lixo de forma correta e apresentá-
lo em dias locais e horários preestabelecidos.
 Universalidade do serviço  todo cidadão deve ser atendido
 Regularidade da coleta.

PLANEJAMENTO
DADOS SOBRE A LIMPEZA URBANA DE MACÉIÓ (UFAL/GERSAD, 2004; TAVARES, 2008)

A Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (SLUM) é o órgão da Prefeitura, cujas


atividades desenvolvidas são: varrição, limpeza de praias, coleta de contêiners e tambores,
coleta de entulho de pequenos geradores e restos vegetais, fiscalização dos terceirizados e
operação do aterro semi-controlado (vazadouro). A partir de 30/04/2010, o vazadouro foi
desativado e entrou em operação a Central de Tratamento de Resíduos de Maceió (CTR) - aterro
sanitário de Maceió.
 Orçamento destinado à limpeza urbana - 7,5 %, deste percentual 78 % são gastos com
serviços e 22 % com pessoal.
 Custos - em torno de R$ 38,24/t, valor próximo ao mínimo observado no Brasil que varia
na faixa de R$ 25,0/t a R$ 60,0/t.
 O serviço de coleta é terceirizado, 30% é assumido pela empresa LIMPEL e 70% pela
empresa VIVA AMBIENTAL (dados de 2010).
TIPOS DE VEÍCULOS COLETORES
Um bom veículo de coleta de lixo domiciliar deve possuir as seguintes características:
• não permitir derramamento do lixo ou do chorume na via pública;
• taxa de compactação de pelo menos 3:1;
• altura de carregamento na linha de cintura dos garis, no máximo a 1,20 m de altura em
relação ao solo;
• possibilitar esvaziamento simultâneo de pelo menos dois recipientes;
• possuir carregamento traseiro, de preferência;
• dispor de local adequado para transporte dos trabalhadores;
• apresentar descarga rápida do lixo no destino (no máximo em três minutos);
• possuir capacidade de transportar no mínimo 1,5 m3;
• possibilitar basculamento de contêineres de diversos tipos.

1. Caminhão sem compactação: conhecido como Baú ou Prefeitura, com fechamento na


carroceria por meio de portas corrediças.
 É utilizado em comunidades pequenas, com baixa densidade demográfica e locais
íngremes.
 O volume de sua caçamba pode variar de 4 m³ a 12 m³.
 Equipamento de baixo custo de aquisição e manutenção.
 Produtividade é reduzida, pois exige muito esforço dos trabalhadores da coleta, que
devem erguer o lixo até a borda da caçamba, com ~ 1,8 –2,0 m de altura.

Caminhão Baú (MONTEIRO et al. 2001)


2. Caminhão compactador: destinam-se à coleta de lixo domiciliar, público e comercial
 Dispositivo de compactação do lixo.
 Carregamento traseiro.
 Capacidade volumétrica útil: 6, 10, 12, 15 e 19 m³
 Rodam por vias e terrenos de piso irregular, acidentado e não pavimentado, como em
geral ocorre nos aterros sanitários.

FONTE: CEMPRE (2001)

Caminhão compactador

Caminhão compactador - São Miguel dos


Campos, AL
OUTROS VEÍCULOS DE COLETA - Fotos e Figuras Jucá (2002), Callado (2005) e CEMPRE (2000).

Caminhão caçamba- Pilar, AL

Caminhão carroceria – São Miguel dos Campos, AL

Trator acoplado a carroceria Joaquim Gomes, AL


Tração animal – áreas de difícil acesso aos veículos usuais. Inconveniente: dejetos dos animais.

Guindaste – caso de resíduos


acondicionados em caçambas
Tração humana intercambiáveis

Veículo poliguindaste para transporte de


caçambas intercambiáveis

DIMENSIONAMENTO DA COLETA DOMICILIAR


ETAPAS
1. Divisão da cidade em setores de coleta
2. Estimativa do volume de lixo a ser coletado
3. Freqüência de coleta
4. Horários de coleta domiciliar
5. Itinerários
6. Tipo de veículo e equipamentos
7. Frota necessária
8. Quantidade de pessoal
9. Pontos de destinação final
INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
i. Mapa geral do município (Escala 1:10.000)
ii. Mapa cadastral ou semicadastral (Esc.: 1:5.000) – para localizar pontos relevantes como:
garagem de veículo, ponto de descarga, grandes centros geradores de lixo, etc
iii. Mapa com definição do tipo de pavimentação
iv. Mapa Planialtimétrico
v. Sentido de tráfego das avenidas
vi. Veículos disponíveis e respectivas capacidades

1. Definição dos setores de coleta – representam regiões homogêneas em termos de geração


per capita de lixo, uso e ocupação do solo (residencial, comercial, favelas, etc). Todo lixo
coletado em um setor deve ter o mesmo local de destinação. Os contornos de um setor
podem ser barreiras físicas ou naturais (rios, lagos, rodovias, linhas férreas, etc).
2. Estimativa do volume de lixo a ser coletado – baseada na produção per capita e área
atendida.
3. Frequência de coleta – tempo decorrido entre duas coletas consecutivas. Considerar custos,
acúmulo de lixo, quantidade de lixo produzido. Pode ser diária (áreas geradoras de muito lixo
– comércio, calçadões, praias movimentadas, etc) exceto domingos e feriados, ou em dias
alternados com folga aos domingos.

É importante que os dias e horários de coleta sejam cumpridos para criar hábitos regulares na
população.

4. Horários – Coleta diurna, noturna ou em dois turnos.

Fonte: Adaptado de MONTEIRO (2001); FUNASA 2004 e IPT/CEMPRE (2000)


5. Itinerário de coleta - percurso que o transporte faz dentro de um mesmo setor, em um
espaço de tempo.
Sugestões (FUNASA, 2004); MONTEIRO (2001):
i. Começar a coleta nas proximidades da garagem e terminá-la próximo à estação de
transferência ou destino final para minimizar percursos improdutivos (ao longo dos quais
não há coleta)
ii. Coletar em vias com declive, no sentido de cima para baixo, poupando os trabalhadores
e o motor.
iii. Trechos com declividade mais acentuada devem ser percorridos no início do percurso
quando o caminhão está mais vazio
iv. Percurso contínuo: coleta dos dois lados da rua, porém em ruas com trânsito intenso o
percurso deverá ser feito novamente evitando o cruzamento das ruas pelos garis
v. Evitar percursos duplicados e improdutivos

Percurso racional de um roteiro de coleta - Método Heurístico

Método Heurístico de traçado de roteiro de coleta. Fonte: MONTEIRO et al. (2001)

DIMENSIONAMENTO DA COLETA DOMICILIAR (FROTA)


Parâmetros operacionais por setor de coleta:
- Distância da garagem da empresa e o centro geométrico do setor de coleta (Dg)
- Distância entre o centro geométrico do setor de coleta e o ponto de descarga da coleta
(estação de transferência ou destinação final) (Dd)
- Extensão total das vias do setor (L)
- Velocidade média de coleta (Vc). Varia entre 4 e 6,5 Km/h. Depende do sistema viário,
topografia, tamanho da guarnição, quantidade de lixo (Kg/Km).
- Velocidade média dos veículos nos percursos entre a garagem e o setor de coleta e deste
até a garagem (Vt). Varia de 15 a 30 Km/h. Depende do trânsito, veículo carregado ou
vazio, etc.
Dimensionamento do número de roteiros ou quantidade de veículos para cada setor (Ns):

1
 L   Dg   Dd  Q  
NS     2   2   
J
 VC   Vt   Vt  C  

Onde:
J: duração útil da jornada de trabalho da guarnição, desde a saída da garagem até o seu retorno,
excluindo horário para refeições (h)
L: extensão total de vias do setor (Km)
Vc: velocidade média de coleta (Km/h)
Dg: distância entre a garagem e o setor de coleta (Km)
Dd: distância entre o setor de coleta e o ponto de descarga (Km)
Vt: velocidade média do veículo nos percursos de posicionamento e de transferência
Q: quantidade total de lixo a ser coletado (toneladas ou m3)
C: capacidade dos veículos de coleta em toneladas ou m3 – adotar 70 -80% da capacidade
nominal, considerando a variação da quantidade de lixo coletado a cada dia

CÁLCULO DA FROTA TOTAL NECESSÁRIA


- A frota total não é a soma da quantidade de veículos das frotas obtidas para os setores.
- A frota total é a quantidade de veículos que precisam operar simultaneamente (dia e hora).

Frota necessária: 9 veículos


Adicionar 10 % como reserva para reparos e manutenção e 5 % para emergências.
Exercício em sala de aula.

QUANTIDADE DE PESSOAL (FUNASA, 2004 e IPT/CEMPRE, 2000)


Índice de produtividade média
1. Coleta
-
- Velocidade média de coleta: 6,5 Km/h
2. Descarga
- Caminhão basculante: 5 minutos
- Caminhão sem basculamento (3 garis): 15 a 20 minutos.
Dimensionamento da guarnição
1. Para caminhões compactadores:
- 1 motorista mais 3 garis
- 1 motorista mais 4 garis (área de maior concentração de lixo)
2. Caminhões abertos tipo Baú:
- motorista, coletores mais 1 ou 2 pessoas sobre a carroceria para retirar o lixo dos
recipientes e devolvê-los aos garis.
Equipamento mínimo de segurança para coletor de lixo
a) Luva de raspa de couro;
b) Calçado com solado antiderrapante, tipo bota;
c) Colete refletor para coleta noturna;
d) Camisa de brim ou camiseta, nas cores amarela, laranja ou vermelha;
e) Calça comprida de brim;
f) Boné de brim, tipo jóquei;
g) Capa de chuva, tipo morcego.

Uso de EPIs para os garis - botas, luvas, boné, máscara, uniforme, faixas reflexivas no
uniforme, etc.

Fonte: F. L. RODRIGUES (2010).

PONTOS DE DESTINAÇÃO - ESTAÇÕES DE TRANSBORDO


Estações de transferência ou transbordo – Pontos intermediários, onde o lixo coletado é
passado de caminhões de médio porte (coletores) para carretas de maior porte, com capacidade
de transportar, pelo menos cerca de 3 caminhões coletores, até o local de destinação final
(aterro).
- Normalmente são implantadas quando a distância entre o centro de massa de coleta e do
aterro é superior a 25 km. Um estudo prévio de viabilidade econômica é necessário.
- Finalidade: para que os caminhões de coleta, depois de cheios, façam a descarga e retornem
rapidamente para complementar o roteiro de coleta.
LOGÍSTICA DAS UNIDADES DE TRANSBORDO

Fonte: F. L. RODRIGUES (2010).

Com relação à modalidade de transporte (após transferência), as estações de transbordo


classificam-se em:
• Ferroviário: indicado para longas distâncias ou para cidades que não apresentem boas
condições de tráfego rodoviário.
• Hidroviário: mais empregado em longas distâncias, é ótima opção para cidades que possuem
rios ou baías navegáveis. Necessita de sistema rodoviário complementar para transportar o lixo
da área de desembarque de carga até o aterro sanitário.
• Rodoviário: sistema mais empregado, é recomendável para distâncias médias de transporte e
para locais que não tenham o sistema de tráfego saturado.

Tipos de Estações de Transbordo (MONTEIRO et al., 2001):


1. Estações com transbordo direto - Muito empregadas no passado, contam com um desnível
entre os pavimentos, para que os caminhões de coleta, posicionados em uma cota mais elevada,
façam a descarga do lixo do caminhão de coleta diretamente no veículo de transferência. Por
não contarem com local para armazenamento de lixo, estas estações necessitam de uma maior
frota de veículos.

Descarga dos resíduos


Caçamba cheia para iniciar o transporte
até o destino final

Fonte: F. L. RODRIGUES (2010).

2. Estações com armazenamento - O local de armazenamento, além de absorver os "picos" de


vazamento, torna possível a operação do sistema com um menor número de
veículos/equipamentos. Podem ser:
2.1. Com compactação
2.2. Sem compactação
VIATURAS PARA ESTAÇÕES DE TRANSBORDO

Semi-reboque basculante de 45 m3 Semi-reboque de 70 m3


Fonte: MONTEIRO et al. (2001)

BIBLIOGRAFIA:
Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado. Maria Luiza Otero D’Almeida e André
Vilhena (Coord.). 2ª Edição, São Paulo: IPT/CEMPRE, 2000, 370p.
MONTEIRO, J. H. P. et al. (2001). Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos.
Victor Zular Zveibil (coord.). Rio de Janeiro: IBAM, 2001.

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