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ANÁLISE DE ESTRUTURAS II
Orlando J. B. A. Pereira
2003
1. Integração Numérica - Regra de Gauss-Legendre
∫ f (ξ )dξ ≅ ∑ wi f (ξ i ) ,
1
−1
i =1
∫ f (ξ )dξ ≅ 2 f (0)
1
n=1⇒
−1
ξ
-1 0 1
Utilizando 2 pontos:
∫ f (ξ )dξ ≅ w f (ξ ) + w f (ξ )
1
n=2⇒ 1 1 2 2
−1
f (ξ )dξ = a ∫ 1dξ + b ∫ ξ dξ + c ∫ ξ 2 dξ + d ∫ ξ 3 dξ .
1 1 1 1 1
Então, ∫
−1 −1 −1 −1 −1
w + w = 1 1dξ
1 2 ∫−1
w ξ + w ξ = 1 ξ dξ
1 1
2 2 ∫−1 .
1
w1ξ1 + w2ξ 2 = ∫−1ξ dξ
2 2 2
1
w1ξ1 + w2ξ 2 = ∫−1ξ dξ
3 3 3
2
Sendo as equações não lineares, este sistema é de difícil resolução. Contudo, demonstra-se
que as coordenadas dos pontos de Gauss são os zeros dos polinómios de Legendre, pelo que:
3
ξ1 = −
3 .
ξ = 3
2 3
Nestas condições, os pesos são facilmente obtidos resolvendo o sistema de equações lineares:
w1 + w2 = 2
w − 3 + w 3 = 0 .
2 3 2
3
w = 1
Portanto, 1 .
w2 = 1
Dos termos não nulos da matriz D, os que estão relacionados com a deformação por flexão
podem ser agrupados numa submatriz Df, enquanto os relacionados com a deformação por
corte podem ser agrupados na submatriz Dc, pelo que se pode escrever:
D 0
D= f
Dc
.
0
A
A= f .
Ac
Consequentemente,
B f (e )
B(e ) = AΨ (e ) = .
Bc (e )
3
K (e ) = ∫ B( ) DB( )dΩ = ∫ B ( ) D B f (e )dΩ + ∫ B ( ) D B ( ) dΩ = K + K c (e ) .
T T T
e e f e f c e c c e f (e )
Ω(e ) Ω(e ) Ω(e )
1
ν 0
Eh 3
5 Eh 1 0
Df = ν 1 0 e Dc =
(
12 1 −ν 2 ) 1 −ν 6 2(1 + ν ) 0 1
,
0 0
2
Nestas circunstâncias, o erro numérico na soma de Kf(e) com Kc(e) faz com que os
deslocamentos do modelo de elementos finitos dependam principalmente da deformabilidade
por corte. Isto é precisamente o oposto do que sucede na realidade, pois os deslocamentos
duma laje fina dependem principalmente da deformabilidade por flexão.
Este fenómeno de sobrestimação da rigidez é designado por locking ou, sendo devido à
rigidez de corte, shear-locking.
A integração reduzida diminui a rigidez da malha de elementos finitos, podendo até tornar a
malha menos rígida do que a laje real. Além disso, pode tornar a matriz de rigidez global mal
condicionada, causando o aparecimento de deslocamentos espúrios, ou mesmo singular.
Para evitar o mau condicionamento da matriz de rigidez global, a integração reduzida não
deve ser uniforme, afectando as duas parcelas da rigidez, mas selectiva, subintegrando apenas
a parcela de corte.
Os elementos finitos de grau mais baixo são os mais sensíveis ao fenómeno de locking,
quando a integração é completa. Simultaneamente, são os mais susceptíveis de originar uma
matriz de rigidez global mal condicionada, quando a integração é reduzida, mesmo de forma
selectiva.