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UNIVALI – UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ


Escola do Mar, Ciências e Tecnologia

AULAS PRÁTICAS DE QUÍMICA GERAL

Selecionadas por:
Profa. MSc. Ana Elisa de Oliveira
Profa. Dra. Albertina Xavier da Rosa Corrêa
Profa. MSc Katia Franklin da Silva
Profa. Dra. Marcia Gilmara Marina Vieira
Profa. Dra. Marina da Silva Machado
Prof. Dr. Roberto Dalla Vecchia
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CRONOGRAMA: AULAS PRÁTICAS DE QUÍMICA GERAL

DATA PRÁTICA

20/03 Aula Pratica 1: Normas de segurança e Reconhecimento de Vidrarias

27/03 Aula Pratica 2: Medidas e Volumes

03/04 Aula Pratica 3: Solubilidade

24/04 Aula Prática 4: Identificação de ácidos e bases

15/05 Aula Pratica 5: Soluções em molaridade

22/05 Aula Pratica 6: Diluição de solução simples

05/06 Aula Pratica 7: Reciclagem do alumínio -Preparação do Alúmen

19/06 Aula Pratica 8: Padronização de Soluções: Titulação

OBSERVAÇÕES:
• O cronograma das aulas práticas poderá ser alterado de acordo com o andamento da turma no
semestre.
• Todas as aulas práticas serão elaboradas um relatório, em anexo com a atividade do dia.
• Somente poderão entregar os relatórios os alunos que participaram presencialmente na aula prática.
O grupo que acrescentar o nome de acadêmicos que não participaram da aula pratica terão nota
zero no relatório.

AS ATIVIDADES DE LABORATÓRIO NÃO APRESENTAM SEGUNDA CHAMADA.

NÃO SERÁ PERMITIDA A ENTRADA EM AULAS PRÁTICAS APÓS 10 min DE INICIO DA AULA.
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Jaleco branco em algodão Calças compridas100%fechadas

Óculos de segurança incolor Sapato 100% fechado

REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA E INSTRUMENTOS DE LABORATÓRIO.

1. REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO


As regras gerais de segurança em laboratório resultam de vários anos de esforços de pessoas
preocupadas em tornar o trabalho no laboratório uma atividade segura.
Para tirar o máximo de proveito delas, é necessário que todos os usuários a conheçam e a pratiquem,
desde o primeiro instante que pretenderem permanecer em um laboratório.
São regras simples, fáceis de memorizar e de seguir:

1.1. INDUMENTÁRIA APROPRIADA


1. Avental de mangas compridas, longos até os joelhos, com fios de algodão na composição do tecido;
2. Não é permitido o uso de jaleco descartável.
3. Calça comprida, 100% fechada, de tecido não inteiramente sintético;
4. Sapato fechado, de couro ou assemelhado. Não é permitido uso de sapatilhas
5. Óculos de segurança;
6. Luvas.

1.2. HABITOS INDIVIDUAIS


1.2.1. FAÇA NO LABORATÓRIO
1. Lave as mãos antes, durante e depois de realizar o seu trabalho;
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2. Certifique-se da localização do chuveiro de emergência, das saídas de emergências, lava-olhos e os
tipos de extintores de incêndio no laboratório;
3. Comunique qualquer acidente, por menor que ele seja, imediatamente, ao professor, ou técnico, ou ao
monitor que esteja presente no laboratório, no momento do ocorrido;
4. Conserve as bancadas livres de materiais que não estão sendo usados;
5. Nunca tente identificar um produto, substância, amostra ou reagente químico usando a língua – ou seja
o paladar;
6. Nunca se ausente do laboratório se m autorização expressa do seu professor. Qualquer experimento
e/ou técnica, abordados na aula prática são de sua responsabilidade e devem ser constantemente
observados;
7. Nunca procure com fins recreativos misturar diversas substâncias ou amostras, sem saber as
consequências de tais associações.
8. Em caso de gravidez comunicar ao professor.

1.2.2. NÃO FAÇA NO LABORATÓRIO


1. Fumar; Comer; Correr; Beber;
2. Sentar ou debruçar na bancada;
3. Sentar no chão;
4. Não use cabelo comprido solto;
5. Não ( ou evite ) trabalhar solitário no laboratório;
6. Não manuseie sólidos e líquidos desconhecidos apenas por curiosidade.

1.3. ATITUDES INDIVIDUAIS COM ÁCIDOS


ADICIONE SEMPRE ÁCIDO À ÁGUA; NUNCA FAÇA O INVERSO.

Fig. 1 – Quadro dos principais símbolos associados aos riscos

1.4. ATITUDES INDIVIDUAIS COM BICO DE BUNSEN ( BICO DE GÁS )


1. Feche completamente a válvula de regulagem de altura da chama;
2. Abra o registro do bloqueador da linha de alimentação;
3. Providencie uma chama piloto e aproxime do bico de Bunsen;
4. Abra lentamente a válvula de regulagem de altura de chama até que o bico de gás ascenda;
5. Regule a chama.
1.5. ATITUDES INDIVIDUAIS COM SOLUÇÕES

OBSERVAÇÃO: Cerca de 80% das soluções químicas concentradas são nocivas aos organismos vivos,
principalmente se ministradas por via oral.

• Não transporte soluções em recipientes de boca largas, se tiver que efetuá-lo por certa distância,
triplique sua atenção durante o percurso e solicite um colega que acompanhe;
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• Não leve a boca a qualquer reagente químico, nem mesmo o mais diluído;
• Certifique-se da concentração e data de preparação de uma solução antes de usá-la;
• Não pipete, aspirando com a boca, líquidos cáusticos, venenosos ou corantes, use pêra de
segurança;
• Não use o mesmo equipamento volumétrico para medir simultaneamente soluções diferentes;
• Volumes de soluções padronizadas, tiradas dos recipientes de origem e não utilizadas, devem ser
descartados e não retornados ao recipiente de origem.

1.6. DESCARTE DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS

• Deverá ser efetuado em recipientes apropriados separando-se o descarte de orgânicos de


inorgânicos.

1.7. CUIDADOS COM AQUECIMENTO, INCLUINDO: REAÇÕES EXO, CHAMA DIRETA, RESISTÊNCIA
ELÉTRICA E BANHO-MARIA
• Não aqueça bruscamente qualquer substância;
• Nunca dirija a abertura de tubos de ensaio ou frascos para si ou para outrem durante o aquecimento;
• Não deixe sem aviso “cuidado material aquecido”, equipamento ou vidraria que tenha sido removida
de fonte de aquecimento, ainda quente e deixado repousar em lugar que possa ser tocado
inadvertidamente;
• Não utilize “chama exposta” em locais onde esteja ocorrendo manuseio de solventes voláteis, tais
como éteres, acetona, metanol, etanol, etc...
• Não aqueça fora das capelas, substâncias que gerem vapores ou fumos tóxicos.

1.8. MANUSEIO E CUIDADOS COM FRASCO DE REAGENTES


• Leia cuidadosamente o rótulo do frasco antes de utilizá-lo, habitue-se a lê-lo, mais uma vez, ao
pega-lo, e novamente antes de usá-lo;
• Ao utilizar uma substância sólida ou líquida dos frascos de reagentes, pegue-o de modo que sua
mão proteja o rótulo e incline-o de modo que o fluxo escoe do lado oposto ao rótulo;
• Muito cuidado com tampas dos frascos, não permita que ela seja contaminada ou contamine-se. Se
necessário use o auxílio de vidros de relógio, placas de Petri, etc. Para evitar que isso aconteça;
• Ao acondicionar um reagente, certifique-se antes da compatibilidade com o frasco, por exemplo,
substâncias sensíveis à luz, não podem ser acondicionadas em embalagens translúcidas;
• Não cheire diretamente frascos de nenhum produto químico, aprenda estatécnica e passe a utilizá-
la de início, mesmo que o frasco contenha perfume;
• Os cuidados com o descarte de frascos vazios de reagentes não devem ser menores que os
cuidados com o descarte de soluções que eles dão origem.

1.9. CUIDADOS COM APARELHAGEM, EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS


• Antes de iniciar a montagem, inspecione a aparelhagem, certifique-se de que ela esteja completa,
intacta e em condições de uso;
• Não utilize material de vidro trincado, quebrado, com arestas cortantes;
• Não seque equipamentos volumétricos utilizando estufas aquecidas ou ar comprimido;
• Não utilize tubos de vidro, termômetros em rolha, sem antes lubrificá-los com vaselina e proteger as
mãos com luvas apropriadas ou toalhas de pano.

2. ACIDENTES- PRIMEIROS SOCORROS


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2.1. QUEIMADURAS

2.1.1- FOGO - TRATAMENTO


Geralmente as queimaduras causadas em laboratório são pequenas. Aplica-se sobre a superfície, a
pomada PICRATO DE BUTESIN, que é desinfetante e anestésica. Na falta desta, utiliza-se solução aquosa
de ÁCIDO PÍCRICO a 1%.
Após com gaze e pano limpo, fixá-la com esparadrapo.
OBSERVAÇÃO:
➢ Se houver bolhas, e estas estão fechadas, deixá-las como estão;
➢ Se a queimadura for nas mãos ou braços, alivia-se a dor erguendo-os para o alto.
➢ Se as bolhas estiverem abertas e doerem, corta-se a pele com tesoura desinfetada.

2.1.2 - INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO

ÁCIDOS E BASES - SINTOMAS

Os lábios, boca, enfim toda a mucosa apresentam, muita irritação e dor; dificuldade para engolir
saliva, vômitos, depressão geral e queda de temperatura, caracterizam esse estado.

BASES - TRATAMENTO

Neutralizar com“Ácido Acético” ( vinagre ) 5% ou suco de limão.

ÁCIDOS - TRATAMENTOS

Neutralizar com “Leite de Magnésia”, ou “Águade Cal”, ou solução aquosa de MgO a 3%.
Não usar Carbonato ou Bicarbonato, porque, reagem com ácidos, produzindo CO2 que distende as
paredes do estômago. Usar pouca água ou leite, devido a reação violenta água - ácido.
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PRÁTICA 1 - RECONHECIMENTO DE VIDRARIAS
Equipamentos Básicos de Laboratório
A execução de qualquer experimento na Química envolve geralmente a utilização de uma variedade
de equipamentos de laboratório, a maioria muito simples, porém com finalidades específicas. O emprego de
um dado equipamento ou material depende dos objetivos e das condições em que a experiência será
executada.

1. Preencha a tabela a seguir com o desenho do instrumento descrito e a sua utilização.

MATERIAL/UTILIZAÇÃO DESENHO
Tubo de ensaio: utilizado principalmente para
efetuar reações químicas em pequena escala.

Béquer: recipiente com ou sem graduação utilizada


para o preparo de soluções, aquecimento de
líquidos, recristalizações.

Erlenmeyer: frasco utilizado para aquecer líquidos


ou para efetuar titulações.

Kitassato: frasco de paredes espessas, munido de


saída lateral e usado em filtrações sob vácuo.

Balão volumétrico: recipiente calibrado, de


precisão, destinado a conter um determinado
volume de líquido, a uma dada temperatura;
utilizado no preparo de soluções de concentrações
definidas. Material classificados como
volumétricos de precisão e exatidão.
Cilindro graduado ou proveta: frasco cm
graduações, destinado a medidas aproximadas de
volume de líquidos. Material classificados como
volumétricos de precisão.

Bureta: equipamento calibrado para medida


precisa de volume de líquidos. Permite o
escoamento do líquido e é muito utilizada em
titulações.

Pipeta:equipamento calibrado para medida precisa


de volume de líquidos. Existem dois tipos de
pipetas: pipeta graduada (8) e pipeta volumétrica
(9). A primeira é utilizada para escoar volumes
variáveis e a segunda para escoar volumes fixos de
líquidos. Materiais classificados como volumétricos
de precisão. A volumétrica considerada de
exatidão.
Funil de vidro: utilizado na transferência de
líquidos de um frasco para outro ou para efetuar
filtrações simples.
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Funil de separação, funil de bromo ou funil de
decantação: equipamento para separar líquidos
não miscíveis. Existem vários modelos.

Vidro de relógio: usado geralmente para cobrir


béqueres contendo soluções e finalidades diversas.

Bastão de vidro: usado na agitação e transferência


de líquidos.

Termômetro: Usado para medidas de temperatura

Funil de Büchner: utilizado em filtrações por


sucção, devendo ser acoplado a um kitassato.

Cápsula de porcelana: usada para efetuar


evaporação de líquidos.

Cadinho: usado para calcinação de substâncias.

Almofariz (gral) e pistilo: destinados à


pulverização de sólidos. Além de porcelana, podem
ser feitos de ágata, vidro ou metal.

Suporte Universal: é usado para todas as


montagens ou experiências de laboratório que
necessitem que os seus equipamentos fiquem bem
seguros em posições elevadas.

Mufa: Adaptador de garra ao suporte universal.

Garras metálicas: serve para segurar buretas,


balões, erlenmeyer, condensadores, funis em
suporte universal.

Argola: suporte para funil de vidro nas filtrações


ou tela de amianto.

Triângulo de ferro com porcelana: usado


principalmente como suporte em aquecimento de
cadinhos.
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Espátula: usada para transferir substâncias
sólidas. Existem vários modelos.

Suporte para tubos de ensaio. Existem vários


modelos de diversos tamanhos.

Pinça de madeira: utilizada para segurar tubos de


ensaio.

Pisseta: frasco geralmente contendo água


destilada, álcool ou outros solventes; usado para
efetuar a lavagem de recipientes ou materiais com
jatos do líquido nele contido.

Trompa de água: dispositivo para aspirar o ar e


reduzir a pressão no interior de um frasco; muito
utilizado em filtrações por sucção.

Estufa: equipamento empregado na secagem de


materiais, por aquecimento, em geral até 200C.
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PRÁTICA 2: MEDIDAS
Para fazer química é necessário observar reações químicas e transformações físicas. Para entender
mais completamente uma reação química, os químicos fazem, em geral, medições quantitativas. Por
exemplo, se dois compostos reagem um com o outro, ficou sobrando um pouco de um deles? Quanto de
produto foi formado? Foi preciso aquecer os reagentes para provocar as mudanças, e em caso afirmativo,
que quantidade de calor foi necessário e durante quanto tempo se aqueceu? Se houve emissão de luz, a
luz foi vermelha, azul, verde, ou estava fora do spectro visível (infravermelho ou ultravioleta)? Se uma nova
molécula se formou, qual a sua identidade?
Estas perguntas exigem que pensemos em termos de medições físicas, de comprimento, volume,
temperatura e tempo, por exemplo. Como cada medida é constituída por um número e uma unidade de
medida, a realização de uma medida é a contagem do número de unidades (digamos, quantos centímetros)
que correspondem à grandeza medida (digamos, um comprimento).
A comunidade científica escolheu uma versão modificada do sistema métrico como o sistema padrão
para registrar e comunicar medições. É um sistema decimal em que todas as unidades são potências de 10
multiplicada por uma unidade básica. O sistema resultante, aplicado internacionalmente em ciências, é o
sistema Internacional de Medidas, simbolizado por SI.
Os mais comuns em química são:
Nome Símbolo Unidade
Mega M 106 m
Kilo k 103 m
Deci d 10-1 m
Centi c 10-2 m
Mili m 10-3 m
Micro µ 10-6 m
Nano N 10-9 m
Angstrons Å 10-10 m
Pico P 10-12 m

USO DE MATERIAIS VOLUMETRICOS


Medidas de Volume – Volume em materiais volumétricos:

Os líquidos são medidos em aparelhos denominados volumétricos com aferição de determinada


capacidade de volume. São utilizados dependendo da necessidade de maior ou menor precisão.
Na medida de volume de um líquido, compara-se seu nível com os traços marcados do aparelho. Lê-
se assim o nível do líquido, baseando-se no menisco que é a superfície curva do liquido.
Alguns líquidos apresentam-se incolores, outros coloridos. Um líquido incolor ou colorido pode
caracterizar uma mistura, que são denominadas soluções líquidas.
Para realizar a leitura de volume de uma solução líquida deve-se obedecer a posição do menisco,
ou seja: soluções incolores por convenção a leitura se da pela tangente do menisco inferior e para soluções
coloridas pelo menisco superior. Dessa forma determina-se com precisão a leitura de volume de qualquer
que seja a solução líquida (Figura 1 ).

Erros mais comuns:

• Leitura da graduação volumétrica obtida pela parte superior do menisco.


• Medição de volume de soluções quentes.
• Uso de instrumento inadequado para medir volumes.
• Uso de instrumento molhado ou sujo.
• Formação de bolhas nos recipientes.
• Controle indevido da velocidade de escoamento.
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Leia sempre pela


parte inferior do
menisco

Figura 1 – Leitura em materiais volumétricos.

Pipetas

Dentre deste tipo de pipetas devemos diferenciar entre as pipetas volumétricas e as pipetas
graduadas. As primeiras permitem pipetar um volume único de líquido, em tanto que as pipetas
graduadas permitem a pipetagem de diferentes volumes. Ainda deve ser reconhecida uma diferença
importante: as pipetas (seja de um tipo ou de outro) possuem uma ou duas listras no extremo superior. A
existência de duas listras significa que quando o liquido é despejado, o que restar dentro da pipeta
não deve ser extraído (ou soprado). O caso contrário acontece justamente com as pipetas que possuem
uma listra. É importante neste ponto considerar que diferentes tipos de soluções podem ter distintas
viscosidades e/ou tensão superficial, com o qual um especial cuidado deve ser tomado quando se pipeta
um líquido viscoso com uma pipeta de duas listras. Se o liquido é despejado muito rapidamente, a tendência
será a que fique maior quantidade deste líquido no interior da pipeta, com o qual o volume pipetado SERÁ
MENOR AO VALOR NOMINAL. Uma pipetagem prévia do líquido é aconselhável para minimizar problemas
de tensão superficial.

IMPORTANTE: Sempre que pipetar ácidos ou bases fortes (ou qualquer outro líquido que seja
corrosivo), evitar colocar a pipeta na boca.

OS INSTRUMENTOS DE VOLUME FIXO SÃO DE MAIOR PRECISÃO QUE OS GRADUADOS E


ESTÃO CALIBRADOS PARA A MEDIDA DO LÍQUIDO EM UMA TEMPERATURA DETERMINADA.
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Procedimento para utilização de pipetas volumétricas:

➢ Ajustar uma "pêra" à ponta superior da pipeta, segurando sempre a pipeta pela ponta superior (e
nunca pelo meio!).
➢ Mantendo a pipeta na posição vertical, mergulhá-la no líquido sem tocar o fundo e enchê-la, por
aspiração, utilizando a "pêra", até ligeiramente acima do traço superior.
➢ Remover quaisquer gotas de água aderentes ao exterior da pipeta, limpando-a num movimento
descendente com papel absorvente.
➢ Deixar escorrer a água lentamente e ajustar convenientemente o menisco. Eliminar qualquer gota em
excesso que se encontre na extremidade da pipeta, encostando-a à parede molhada dum recipiente.
➢ Assegurar-se que não existem gotas de água aderentes ao exterior da pipeta ou às paredes internas
acima do menisco e que não há bolhas de ar nem espuma no líquido.
➢ Deixar escoar livremente o líquido contido na pipeta para o recipiente, mantendo a pipeta na vertical,
com a extremidade encostada à parede interna do recipiente, sem a deixar escorregar.
➢ Quando terminar o escoamento visível (o menisco deve permanecer imóvel ligeiramente acima da
extremidade), manter a pipeta na mesma posição durante 3 segundos (ou, se a pipeta tiver tempo de
espera, mantê-la durante o tempo indicado).
➢ As leituras de volume devem ser efetuadas tendo em conta a posição do menisco

EXATIDÃO E PRECISÃO.

Toda medida não é totalmente sem erros (vide introdução), e o erro de uma medida muitas vezes é
limitado pelo equipamento que é utilizado.
EXATIDÃO refere-se a tão próximo uma medida concorda com o valor correto ( ou mais correto ).
PRECISÃO refere-se a tão próximo diversos valores de uma medida estão entre si ( ou seja menor o
desvio médio, maior a precisão ).
O ideal é que as medidas sejam exatas e precisas. Medidas podem ser precisas e não serem exatas
devido a algum erro sistemático, que é um erro que se repete em cada medida.
A média de várias determinações é geralmente considerada o melhor valor para uma medida do que
uma determinação única.

PROCEDIMENTO PRÁTICO

A- MEDIDAS DE TEMPERATURA

1 - Coloque cerca de 200 mL de água de torneira em um béquer de 500 mL e meça a temperatura utilizando
o termômetro fornecido.
a) Obtenha o valor da temperatura com o número máximo de algarismos significativos que for
possível.
b) Durante a medida mantenha o bulbo do termômetro totalmente imerso na água porém não
tocando o vidro.
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2 - ( a ) Em um béquer de 100 mL prepare uma mistura gelo-água ( 2 - 3 cubos de gelo e complete com
água até cerca de 20 mL ). Depois de agitar (devagar) com um bastão de vidro meça a temperatura da
mistura.
( b ) Adicione cerca de 5 g de cloreto de sódio ( sal de cozinha ) na mistura gelo água e agite. Meça a
temperatura da mistura.

ATENÇÃO - Não esqueça de colocar o sinal negativo para a temperatura abaixo de zero. Cada divisão do
termômetro corresponde 1,0 0C.

B – MEDIDA DE - VOLUME, EXATIDÃO E PRECISÃO

MEDIDAS COM PROVETA

1. Pese um béquer seco de 100 mL até uma casa depois da vírgula. Anote na tabela 1.
2. Meça 25 mL de água destilada com uma PROVETA.
3. Coloque os 25 mL no béquer e pese-o novamente. Anote na tabela 1
4. Meça novamente mais 25 mL de água, com a proveta e adicione no mesmo béquer contendo a água e
anote o peso final na tabela 1
5. Faça isso mais uma vez, ou seja, meça mais 25 mL, com a proveta e adicione no béquer e anote o peso
na tabela 1

MEDIDAS COM PIPETA VOLUMÉTRICA


1. Novamente, pese o béquer seco de 100 mL Anote na tabela 1
2. Coloque água até a marca dos 100 mL em um béquer de 250 mL.
3. Repita o mesmo procedimento anterior utilizando a PIPETA de 25 mL.
4. Ao terminar, lave o material e seque sua bancada.
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PRATICA 2:

A – MEDIDA DE TEMPERATURA:
1 - Temperatura da água da torneira : __________0C
2 - Água com gelo: a - Depois de agitada: _______0C
b - Com sal adicionado: ______0C
Observação:

Explique as observações acima.

b- MEDIDA DE VOLUMES

Tabela 1. Medidas de volume


PROVETA PIPETA
Massa béquer vazio (m1)
Após a 1a adição de 25 mL de água (m2)
Após a 2a adição de 25 mL de água (m3)
Após a 3a adição de 25 mL de água (m4)
Massa do 1o 25 mL de água. (m2 - m1)
Massa do 2o 25 mL de água.( m3 – m2)
Massa do 3o 25 mL de água. (m4 – m3)
Média das três medidas
Desvio Médio

Densidade da água calculado


𝑚
𝑑= 𝑣
(g/mL)

Obs: densidade da água tabelada = 0,997 g/mL

1. Qual é a leitura do volume, em mL da proveta mostrada?


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2. Na avaliação da massa de 25 mL de água (tabela acima) foram utilizados uma proveta e uma pipeta
volumétrica. Qual dos dois possui melhor precisão? e qual apresenta melhor exatidão?. Explique a sua
resposta utilizando os dados da tabela.
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PRATICA 3: SOLUBILIDADE

Assuma que você tem dois beckers com 100 mL de água cada um. Se você adicionar NaCl ao 10
becker, misturando bem, você encontrará que cerca de 35 g de NaCl se dissolverá antes de chegar ao ponto
de saturação. A adição de mais NaCl resulta num acúmulo deste no fundo do becker. Nesta solução NaCl é
o soluto e H2O o solvente. Se você adicionar aspirina no 20 becker e misturar bem, você verá que apenas
0,3g ( a 25 0C ) se dissolverá antes que o ponto de saturação seja alcançado.

solubilidade

Por que existe uma grande diferença na solubilidade do NaCl e da aspirina? Para que um sólido se
dissolva as forças de atrações que mantém a estrutura cristalina devem ser vencidas pelas interações entre
o solvente e o soluto.
O processo de solvatação, para a dispersão de um sal, como o NaCl, na água, tanto os cátions quanto os
ânions tornam-se hidratados, com energia suficiente para vencer a energia da rede cristalina. Portanto,
esses íons se afastam da vizinhança imediata do cristal do sal, e outros càtions e ânions tornam-se
hidratados. Em geral solutos com polaridade similar a polaridade do solvente, dissolvem-se: aqueles com
polaridade muito diferentes não se dissolvem. Cloreto de sódio e água são substâncias muito polares, mas
aspirina é bem pouco polar. NaCl dissolve-se em água, mas aspirina tem uma solubilidade pequena na
água. Resumindo, a regra é:

“ O semelhante dissolve o semelhante “

Não somente a natureza do soluto e do solvente que influencia a solubilidade, mas a temperatura
também é importante. A solubilidade de quase todos os compostos orgânicos aumenta com um aumento de
temperatura. Este fato é utilizado na técnica de purificação chamada recristalização. O efeito da
temperatura na solubilidade dos compostos inorgânicos varia muito. Enquanto muitos tem a solubilidade
aumentada com o aumento da temperatura, alguns tem quase a solubilidade diminuída, e outros, como o
NaCl a solubilidade quase não é afetada.

separação e purificação.

Reagentes químicos são adquiridos de firmas especializadas em produtos químicos. Esses


compostos ou são extraídos de fontes naturais ou são sintetizados a partir de outros compostos (
através de reações químicas ). Qualquer que seja a origem, extrações ou sínteses raramente produzem
produtos puros, e algum tipo de purificação é necessário. Convém observar que compostos comerciais
apresentam diferentes graus de pureza, e freqüentemente são somente 90 - 95 % puros. Para algumas
aplicações 95% de pureza pode ser satisfatório enquanto que para outras finalidades uma purificação é
necessária. As técnicas de purificações mais comuns são Extração, recristalização, cromatografia e
destilação. Para a purificação de sólidos, a mais simples é o primeiro método a ser tentado é a
recristalização.

recristalização

Esta técnica utiliza o fato de que a solubilidade de sólidos em líquidos geralmente aumentam muito
com um aumento da temperatura do solvente. Uma solução aproximadamente saturada a uma temperatura
mais alta é preparada, e depois deixada esfriar. A solubilidade diminui com a diminuição da temperatura e o
sólido se cristaliza. Ele é depois, filtrado e seco. Substâncias insolúveis são removidas pela filtração da
solução quente saturada, e as impurezas solúveis dissolvem-se no solvente e não se cristalizam, mesmo na
solução fria. Essas impurezas passam através da filtração final (fria).
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PRATICA 3: SOLUBILIDADE
Parte 1 - MISCIBILIDADE (etanol, butanol, querosene e água)
1. Prepare as seis misturas em seis tubos de ensaio numerados de 1 a 6, e escreva as suas observações.
Não se esqueça de agitar cada tubo antes de fazer as anotações.
Líquido mais
Tubo Solução Observação (miscibilidade)
denso

1 5 mL de água + 3 mL de etanol

2 5 mL de água + 3 mL de 1 - butanol

3 5 mL de água + 3 mL de querosene

4 5 mL de etanol + 3 mL de1- butanol

5 5 mL de etanol + 3 mL de querosene

6 5 mL de 1-butanol + 3 mL de querosene

2. Justifique a miscibilidade de cada mistura por polaridade e forças intermoleculares


Misturas Justificativa polaridade e forças intermoleculares
(Tubos)

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3. Colocar em ordem decrescente de polaridade os quatro líquidos começando pela água que é o mais
polar.
_________________________________________________________________________________

4. Baseado nas suas observações, você espera que o composto n-octanol seja miscível com água? Por
quê?______________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

5. Faça a mesma predição sobre a mistura n-hexano /n-octanol. ________________________________


_____________________________________________________________________________________

6. Entre os solventes da tabela anterior qual você utilizaria para solubilizar o composto C9H8? Justifique
____________________________________________________________________________________

Parte 2 – EXTRAÇÃO

Coloque cerca de 5 mL de de uma solução aquosa de iodo (aproximadamente 0,03% de iodo por massa)
no tubo de ensaio com rolha. Adicione cerca de 2 mL de querosene. Não agite. Anote suas observações e
coloque a rolha no tubo (nunca com o dedo ), e agite o tubo trancando a rolha com o dedo. Espere a mistura
descansar e anote suas observações.

7. Qual alteração ocorreu após agitar a solução de iodo aquoso com querosene:___________________
_____________________________________________________________________________________

8. Explique o que aconteceu se baseando nas polaridades relativas do iodo, querosene e água. Justifique
sua resposta
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
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PRÁTICA 4: IDENTIFICAÇÃO DE ÁCIDOS E BASES EM SOLUÇÕES AQUOSAS


Objetivo: Constatar experimentalmente as propriedades funcionais dos ácidos e bases.
Utilizar corretamente os indicadores ácido - base mais comuns.

1. Introdução
Segundo Arrhenius ácido é qualquer substância em solução aquosa capaz de gerar íons H+ e base
íons OH-.
HCl(aq) + H2O(l)  H3O+(aq) + Cl- (aq)

Entre os diversos conceitos de ácidos e bases, aquele proposto por Johannes Bronsted e Thomas
Lowry, em 1923 é um dos mais versáteis e práticos. Segundo Bronsted-Lowry, ácidos são substâncias
capazes de ceder cátions H+ e as bases são substâncias capazes de aceitar cátions H+. Portanto, reações
ácido-base são reações químicas que envolvem a transferência de prótons. Geralmente estas reações são
reversíveis, atingindo rapidamente um estado de equilíbrio.

CH3COOH(l) + NH3(l)  CH3COO-(l) + NH4+(l)


Ácido Base Base conjugada Ácido Conjugado

Indicadores Ácido - base são substâncias cujas cores podem sofrer determinadas alterações
quando colocadas em meio ácido ou em meio alcalino (“básico”). Os indicadores ácido base mais comuns
em laboratório são listados Ana tabela 1.

Tabela 1.Alguns dos indicadores de pH mais comuns num laboratório

Intervalo de pH de mudança de cor


Indicador pH ácido pH básico pH neutro
(aproximado)

Azul de Bromotimol Amarelo 6.0-7.6 Azul Verde


Vermelho de Fenol Amarelo 6.6-8.0 Vermelho Alaranjado
Fenolftaleína Incolor 8.2-10.0 Rosa - carmim incolor
Timolftaleína Incolor 9.4-10.6 Azul incolor

A reação de um ácido com uma base, sempre há a formação de sal e água. A reação entre ácido e
base é chamada de “reação de neutralização” ou de “reação de salificação”.

Ácido + Base  Sal + H 2O


HR + MOH → MR + HOH

onde R é o ânion do ácido e M é o cátion da base.


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EXPERIMENTO 4: IDENTIFICAÇÃO DE ÁCIDOS E BASES EM SOLUÇÕES AQUOSAS

1. Você tem 8 soluções nos béqueres dispostos na bancada. Medir o pH de cada solução com papel de
tornassol e comparar na escala de pH ( Nas caixinhas que contém o papel) e anotar os valores onde está
indicado pH
2. Enumere tubos de ensaio em duplicata, como mostrado na tabela abaixo. Acrescente em cada tubo 5 mL
de água destilada. A seguir acrescentar e 1 mL de cada reagente segundo a tabela. Acrescente 2 gotas de
indicador indicado, em cada tubo e agite. Anote a cor do indicador. Identifique o componente ácido ou básico
em relação às substâncias analisadas.

Tubo Cor do indicador


Solução pH Nomenclatura Força
s Fenoftaleína Azul de bromotimol
Água destilada
1 e 1’
(H2O)
Refrigerante
2 e 2’
incolor (H3PO4)
Leite de
3 e 3’ magnésia
Mg(OH)2
Vinagre
4 e 4’
(CH3COOH)
NH4OH
5 e 5’
(0,1 mo/L)
6 e 6’ Sabão diluído
NaOH
7 e 7’
(0,1 mo/L)
8 e 8’ HCl(0,1 mo/L)

3. Enumere um tubo de ensaio (9) acrescente uma ponta de espátula de oxido de magnésio. Acrescente 5
mL de água destilada e agite por alguns segundos. A seguir adicione uma gota do indicador que você está
utilizando. Anote suas observações.
OBSERVAÇÕES:________________________________________________________________________
REAÇÃO: ______________________________________________________________________________
Justifique a mudança de cor do indicador. _____________________________________________________
______________________________________________________________________________________

4. No tubo (9) adicione H2SO4 0,5 mol/L até observar alguma alteração de cor. Anote suas observações
REAÇÃO: ___________________________________________________________________________

5. Enumere um tubo de ensaio (10) acrescenta uma ponta de espátula de bicarbonato de sódio e algumas
gotas de ácido sulfúrico 0,1 mol/L observar.
OBSERVAÇÃO:_________________________________________________________________________
20
REAÇÃO:____________________________________________________________________________

6. Enumere um tubo de ensaio (11) acrescentar uma ponta de espátula de bicarbonato de sódio e algumas
gotas de hidróxido de sódio 0,1 mol/L observar.
OBSERVAÇÃO:_________________________________________________________________________
REAÇÃO:______________________________________________________________________________

7. Em um tubo de ensaio acrescente 5 mL de álcool 70%. A seguir 1 gota do indicador. Anote a cor. A seguir
acrescente 1 gota de NaOH 0,1 mol/L. Anote a cor. Introduza um canudo e sopre dentro do tubo de ensaio por
alguns segundos. Anote as suas observações.
Cor do indicador em álcool: ______________________________________________________________
Cor do indicador após adição de NaOH: ____________________________________________________
Cor do indicador após soprar dentro do tubo: _______________________________________________
Reações Ocorridas: PRIMEIRA: __________________________________________________________
SEGUNDA____________________________________________________________
21

PRÁTICA 5: Soluções: Molar (mol/L)

Definição de Solução:
Uma solução é uma mistura homogênea de um soluto (substância a ser dissolvida) distribuída
através de um solvente (substância que efetua a dissolução). Existem soluções nos três estados físicos:
gás, líquido ou sólido. Ar é uma solução gasosa de N2, O2 e quantidades muito menores de outros gases.
Muitas ligas metálicas são soluções sólidas, como a moeda de 25¢ (25% de Ni, 75% Cu) dos EE.UU. As
soluções mais familiares são aquelas no estado líquido, especialmente as que usam água como solvente.
Soluções aquosas são as mais importantes para nossos propósitos em Química Analítica. Um dos aspectos
mais importantes é a preparação e a expressão da concentração de soluções.

Glossário de Alguns Termos Importantes


✓ Solução diluída: é uma solução contendo uma pequena quantidade de soluto
✓ Solução concentrada é uma solução que tem uma quantidade razoável de soluto. Em alguns casos,
estes termos, pela tradição, têm adquirido um significado quantitativo: e.g., HCl 12 M é a “solução
concentrada” deste ácido e 6 M é considerado o ácido diluído. Claro que isto NÃO quer dizer que uma
solução diluída de HCl sempre é 6 M. O será também uma solução 1, 2, ou 0,3, M
✓ Mol: define-se como o Nº de átomos de 12C em exatamente 12 g de 12C. Este número de átomos é
denominado Número de Avogadro e seu melhor valor atualmente é 6,022 143 8 x 1023. Um mol
simplesmente é 6,022 143 8 x 1023 de qualquer coisa (átomos, moléculas, elétrons....).
O Escritório Internacional de Pesos e Medidas define: " Mol é a quantidade de matéria de um sistema
que contém tantas entidades elementares quanto são os átomos contidos em 0,012 quilograma
de carbono-12".
✓ Massa Molecular (MM): de uma substância é o número de gramas que contem o Nº de Avogadro de
moléculas: UNIDADE g mol-1.

Unidades do Sistema Internacional (SI)


Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento Metro m
Massa Quilograma Kg
Quantidade de matéria mol mol
Temperatura termodinâmica kelvin K

Principais formas de expressar a relação soluto-solvente:


• Molaridade
• Porcentagem

MOLARIDADE

Molaridade ou concentração molar → relação entre o número de moles do soluto e o volume da solução,
em litros. Unidade: mol / L, Molar ou M.

Um mol de qualquer substância vai conter aproximadamente 6,02x1023 partículas (número de


Avogadro). Uma solução 1 Molar contém 1 mol de soluto por litro de solução, ou seja, 1 mol de soluto em
1000 mL é igual a uma solução 1 Molar.

M = no de mols (1) Onde o no de mols = m(g) (2)


V(L) MM(g/mol)
22
Onde
M = Molaridade
V = Volume da solução (L)
MM = Massa Molecular (g/mol)
m = massa (g)

Pode-se relacionar com regras de três.

Com duas regras de três simples: uma para calcular o número de mol (usando a massa molar) e outra para
calcular essa quantidade em um litro de solução.

Com uma só regra de três composta, relacionando molaridade, massa de soluto e volume de solução
(como mostramos abaixo). Depois é só colocar molaridade embaixo de molaridade, massa de soluto
embaixo de massa de soluto e volume embaixo de volume, e efetuar a regra de três.

1 molar 1 mol de soluto 1 L (1000 mL) de solução, ou seja:

1 M ---- 1 mol ---- 1 L (1000 mL)

Veja alguns exemplos:

Para: Equivale a: Equivale a:


H2SO4: 1M 98 g 1L
HCl: 1M 36,5 g 1L
NaOH: 1M 40 g 1L
NaCl: 1M 58,5 g 1L

As soluções a preparar:

SOLUTO CONCENTRAÇÃO VOLUME DA SOLUÇÃO d Grau de pureza


(mol/l) (ml) ( g/ml) (%)
A) NaOH 0,1 100 --------
D) HCl 0,10 500 1,19 37

MATERIAL NECESSÁRIO PARA PRATICAS DE SOLUÇÕES (por equipe)

• 1 Balão de solução – 50 mL
• 1 Pipeta de 1; 2; 5 e 10 mL
• 1 Funil
• 3 Béquer de 50 mL
• 1 Bastão de vidro
• 1 Conta gotas

PROCEDIMENTOS PARA PREPARAR SOLUÇÕES.

a) Passos para preparação de uma solução de solido. (NaOH e NaCl ou qualquer soluto sólido)

1. Calcule a massa do sólido necessária para preparar o volume requerido de solução, com a concentração
desejada.

2. Pese a massa calculada diretamente num béquer, utilizando balança semi-analítica. Use espátula de
porcelana. Seja rápido.
23

3. Dissolva a massa pesada no mínimo de água destilada.

4. Transfira quantitativamente a solução para um balão volumétrico, utilizando funil e bagueta na operação.
Lave várias vezes todo o material utilizado com porções de água destilada, recolhendo todo o volume no
balão.

5. Complete o volume até a marca do balão. Agite a solução para homogeneizar.

6. Transfira a solução preparada para um frasco de polietileno limpo e rotulada.

CUIDADOS:

• Não deixe cair sobre a balança, caso ocorra desligue a balança e limpe-a imediatamente.
• Não use a mão para limpar.
• Caso cair na mão lavar imediatamente com água.

b) Preparo de solução de ácido, a partir do comercial. (H2SO4, CH3COOH, HClou qualquer soluto
liquido)

1. Calcule o volume de ácido necessário para pipetar e transferir para o balão, para obter a concentração
requerida. Utilize os dados (d, T etc.) do rótulo do frasco ou pesquise.

2. Adicione certa quantidade de água no balão volumétrico (o volume de água vai depender do volume de
ácido que será adicionado). Lembre-se você não pode ultrapassar o volume do balão, o qual é o volume da
solução.

3. Na capela, pipete o volume necessário de ácido concentrado, utilizando uma pipeta. CUIDADO!!

4. Adicione lentamente o ácido no balão contendo água e homogeneíze a solução. Complete o volume até
a marca e homogeneíze a solução. Somente complete se o frasco estiver a temperatura ambiente.

5. Transfira a solução para um frasco limpo e rotulado. O rotulo deverá constar as seguintes informações:
formula da substância ou nome, concentração e data.

CUIDADOS:

• Utilizar luvas, óculos de proteção, jaleco, pipetador, cabelo preso e na capela.


• Caso cair na mão lavar com bastante água.
• Quando o volume de ácido for muito grande, para ser adicionado no balão, recomenda-se mergulhar o
balão num banho de gelo e não esqueça de redobrar os cuidados.

DADOS QUE DEVEM CONTER NO ROLTULO DE UMA SOLUÇÃO

SUBSTÂNCIA – Nome ou Formula Química


CONCENTRAÇÃO – Qual a forma de expressar a relação soluto/solvente que você utilizou. Se o
solvente for diferente de água indicar qual.
MANIPULADOR – Quem preparou a solução
DATA DE PREPARAÇÃO. Dia/mês/ano
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PRÁTICA 5: SOLUÇÕES 1 - MOLARIDADE (mol/L, M, Molar)

1. Mostre os cálculos das soluções preparadas na aula pratica.


2. Mostre um esquema, utilizando figuras e texto, mostrando o procedimento para preparo de soluções de
sólidos e líquidos.
3. Deseja-se preparar as seguintes soluções: Faça os cálculos necessários para determinar a massa ou o
volume do soluto necessário.
a) KNO3 0,25 mol/L – 300 mL
b) H2SO4 2 mol/L – 50 mL (d = 1,84 g/ml, 98%)
c) HCl - 2,8 mol/L - 250 mL ( d = 1,19 g/ml, 37%)
d) KCl– 2,5 x10-3 mol/L - 500 mL
25
PRÁTICA 6: DILUIÇÃO DE SOLUÇÃO SIMPLES

DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES

Diluir uma solução significa diminuir a sua concentração (relação soluto/ solvente). O procedimento
mais simples, geralmente aplicado, para diluir uma solução, é a adição de solvente à solução. Na diluição
de soluções a massa de soluto, inicial e final, é a mesma, somente o volume é maior, logo, a concentração
da solução será menor. Como a massa de soluto permanece inalterada durante a diluição, pode-se escrever:

C1.V1 = C2.V2

Aplicando um raciocínio semelhante para a molaridade, obtém-se a expressão:

M1.V1 = M2.V2

Através das expressões obtidas para a diluição de soluções, pode-se observar qual a concentração
de uma solução é inversamente proporcional ao volume.

A diluição pode ser realizada com qualquer tipo de concentração.

Exemplo:
1. Se 500 mL de uma solução 15% V/V forem diluídos a 1500 mL, qual será a concentração percentual
resultante?
2. Se um xarope contendo 65% p/v de sacarose for evaporado até 85% de seu volume, que porcentagem
de sacarose ele conterá?
3. Qual o volume de uma solução 0,5 mol/L se faz necessário para preparar 500 mL de uma solução 0,15
mol/L?

RAZÃO SOLUÇÃO-DILUENTE
Às vezes a composição de uma solução diluída se especifica em função do volume de uma
solução mais concentrada e o volume do solvente usado para fazer a diluição. O volume da primeira separa-
se do volume do outro usando dois pontos (:). Assim, uma solução com uma diluição de 1/5 leia-se: 1 para
5) de HCl você deve combinar 1 unidade de volume da amostra (material a ser diluído) mais 4 unidades de
volume de água (ou NaCl 0,9%). Outro exemplo: uma substância química pode ser preparada em uma
diluição de álcool de 1/10 (1:10), indicando que um frasco de 10 mL contém 1mL da substância (soluto) e
9mL de álcool (diluente).

Este método é frequentemente ambíguo pôr a concentração da solução original nem sempre é óbvia
ao leitor. Infelizmente, as vezes 1:4 interpreta-se como: dilua 1 volume com 3 volumes. Para evitar esta
ambiguidade, recomenda-se usar 1 + 4.
Em demonstrações de diluição, o número menor é o número de partes da substância que esta
sendo diluída; o número maior refere-se ao número total de partes na solução final a menos que seja
explicitamente mencionado em contrário. Todas as seguintes afirmações significam a mesma coisa:
1. Efetuar uma diluição 1 para 10 de soro em solução salina (1:10)
2. Fazer uma diluição 1 em 10 de soro em solução salina (1:10)
3. Fazer uma diluição 1 para 10 de soro com solução salina (1:10)
4. Faça uma diluição de soro com solução salina 1/10.
5. Diluir o soro a 10 vezes com solução salina
26
6. Faça uma diluição de 1 parte soro em 9 partes de solução salina.
7. Faça uma diluição de soro de 1 parte para 9 partes de solução salina.
8. Faça uma diluição 1: 9 de soro e solução salina.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE COM RELAÇÃO AO VOLUME DO DILUENTE.

➢ Se a diluição for realizada em um balão volumétrico não tem necessidade de medir o volume do
diluente.

➢ Se a diluição for realizada em tubo de ensaio ou similares o volume do diluente deve ser medido.

Em Química o procedimento mais simples, geralmente aplicado, para diluir uma solução, é a adição de
solvente à solução. Na diluição de soluções a massa de soluto, inicial e final, é a mesma, somente o
volume é maior, logo, a concentração da solução será menor. Como a massa de soluto permanece
inalterada durante a diluição, pode-se escrever:

C1  V1 = C2  V2
Através das expressões obtidas para a diluição de soluções, pode-se observar qual a concentração de
uma solução é inversamente proporcional ao volume.

SOLUÇÕES A PREPARAR

1. Preparar 100 mL de uma solução de sulfato de cobre hidratado CuSO4. 5H2O a 1 mol/l. (Na Bancada)
2. A partir desta solução preparar 25 mL com seguintes diluições: 0,1M; 0,01M; 0,001M
3. Após preparação transferir as soluções para os fracos de armazenagem com a devida identificação.

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EXPERIMENTO 6: DILUIÇÃO SIMPLES

1. Mostre os cálculos das soluções preparadas.


2. Mostre um esquema, em forma de desenho, do procedimento para realizar diluições.
3. Qual o volume de HCl 0,1 mol/L necessários para preparar 100 mL de uma solução a 0,02 mol/L?
4. Qual o volume de uma solução 3 mol/L necessários para preparar 250 mL de uma solução 0,3 mol/L?

PRÁTICA 7: RECICLAGEM DO ALUMINIO: PREPARAÇÃO DO ALÚMEN


28
(Alúmen potássico, Alúmen comum ou pedra ume)

Nesta experiência você irá elaborar um processo químico que pode ser usado para transformar latas
vazias de alumínio em um composto químico muito útil.
Você irá preparar o alúmen, sulfato duplo de alumínio e potássio hidratado, KAl(SO 4)2 . 12 H2O , a
partir de latas vazias de alumínio.
O alumínio reage muito pouco com soluções ácidas diluídas porque a sua superfície é normalmente
protegida por uma camada muito fina de óxido de alumínio.
Por outro lado, soluções alcalinas dissolvem a camada de óxido e atacam o metal, formando o ânion
tetrahidroxialuminato, Al(OH)4 .. Quando ácido é adicionado, uma das hidroxilas é neutralizada formando um
precipitado floculento de Al(OH)3 . Continuando a adicionar ácido este precipitado dissolve-se.
Alúmens são compostos iônicos que cristalizam a partir de soluções contendo ânion sulfato, um
cátion trivalente ( Al3+ , Cr3+ , Fe3+ ) e um cátion monovalente ( K+ , Na+ NH4+ ).

PROCEDIMENTO PRÁTICO

PARTE 1

1 – Medir aproximadamente 1 g de alumínio com precisão de 0,01 g. Anote a massa na questão um do
relatório.

2 - Adicione os pedaços de alumínio num béquer de 150 mL e adicione 50 mL de KOH 1,5M (4,2 g).
Bolhas de hidrogênio se formarão. Coloque o béquer sobre a chapa de aquecimento e aqueça um pouco
a solução para aumentar a velocidade da reação. Regule a chapa no mínimo, não utilize bico de bunsen.
Durante a reação, a solução que inicialmente era incolor, torna-se escura. Em menos de 30 min a reação
deve estar completa, quando parar de borbulhar hidrogênio. Enquanto isso, monte o aparato para
efetivar uma filtração à vácuo ou filtração por aspiração.

3 - A solução quente precisa ser filtrada, utilizando o aparato de filtração que você montou. Com ajuda
de um bastão de vidro, derrame o conteúdo do béquer dentro do funil. Todo o resíduo escuro deve ficar
retido no filtro deixando o filtrado incolor.

4 - Transfira o filtrado incolor para um béquer de 250 mL limpo. Enxágue o kitazato duas ou três vezes
com água destilada utilizando um frasco lavador ( um total de + 10 mL ), despejando no béquer. Se a solução
ainda não esfriou, coloque o béquer em um banho de gelo. Com cuidado e agitando, adicione 20 mL de
H2SO4, 9 M (17,64 g) na solução.
Inicialmente irá aparecer um precipitado de hidróxido de alumínio, Al(OH)3, que se dissolverá quanto mais
ácido for adicionado. Se necessário aqueça a solução um pouco, com agitação constante para completar
a reação. Ocorre a liberação de calor devido a reação de neutralização.
Na solução ficam os íons potássio, K+ , íons alumínio, Al3+, e íon sulfato, SO42-. Se depois de aquecer por
dois à 5 min algum sólido permanecer, filtre a mistura como na etapa 4 e continue com o filtrado
incolor. Na filtração utilize o mesmo funil de buchner, trocando o papel de filtro por um limpo.

5 - Um banho de gelo já deve estar preparado na sua bancada. Coloque o seu béquer com o filtrado no
banho de gelo, por uns 15 a 20 min ( atrite o fundo do béquer com um bastão de vidro para iniciar a
precipitação ). Cristais de alúmen irão se formar.

6 - Lave o funil de buchner e coloque um papel de filtro novo. Filtre os cristais de alúmen transferindo
os cristais para um funil.Os cristais de alúmen que ficarem no béquer serão transferidos com uma
solução resfriada de etanol / água 50%.
Prepare 30 mL dessa solução misturando 15 mL de etanol com 15 mL de água e resfrie a solução no banho
de gelo. Use 1/3 dessa solução para enxaguar e transferir para um funil os cristais que ainda permanecerem
no béquer. Enxague duas vezes o béquer. Utilizando o bastão de vidro espalhe os cristais uniformemente
sobre o papel de filtro e deixe a sucção por 15 min para que sequem bem.
Enquanto os cristais ficam secando, pese com precisão de 0,01g um béquer de 100 mL limpo
e seco. Anote o peso do béquer vazio. Transfira todos os cristais de alúmen, secos ao ar por sucção, para
o béquer e pese novamente. Determine a massa de alúmen formado e o rendimento da reação. As reações
do processo estão representadas pelas equações:
29
REAÇÕES DO ALUMÍNIO COM KOH:

Al( s ) + KOH( aq ) +H2O( l ) → K+( aq )+ [ Al(OH)4]( aq ) + H2O

ADIÇÃO DE H2SO4:

[Al(OH)4]( aq ) + H+( aq ) → Al(OH)3( S ) + H2O( l )

ADIÇÃO DE MAIS H2SO4:

Al(OH)3(s)+3H+( aq ) → Al3+( aq ) + 3H2O( l )

RESFRIANDO A SOLUÇÃO O ALÚMEN PRECIPITARÁ

K+( aq )+ Al3+( aq ) + 2 SO42-( aq )+ H2O→ KAl(SO4)2 .12 H2O (s )


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EXPERIMENTO 7: RECICLAGEM DO ALUMINIO: PREPARAÇÃO DO ALÚMEN

1. Calcule o rendimento teórico e experimental para a preparação do alúmen.


(Dados:Al = 27, O = 16, K = 39, S = 32, H = 1)
Dados da pratica:
Massa Molar do Alúmen
Massa de KOH
Massa de H2SO4
Massa de alumínio utilizada no experimento
Massa de alúmen obtido ao final do experimento

Al(s) + 2 KOH(aq) + 4 H2SO4( aq ) + 22H2O → 2 KAl(SO4)2 .12 H2O (s ) + 3 H2(g)

2. Seja a situação: Na preparação do alúmen uma das equipes partiu de 1,45g de lata de alumínio. Ao final
do experimento obteve uma massa de 11,5g de alúmen seco. Qual o rendimento teórico e experimental
obtido?

3. A reação de oxidação do magnésio é mostrada abaixo: A tabela abaixo mostra as quantidades de


magnésio de partida e a quantidade de oxido obtida no experimento.

Dados Valores com unidade


Massa da fita de magnésio 2g
Massa de oxido formada 2,5 g
(DADOS: Mg = 24,3, O = 16)

Com base nos dados da tabela calcule o rendimento teórico e experimental do processo.

Reação: Mg(s) + ½ O2(g) → MgO(s)


31
PRÁTICA 8: PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES

CONCENTRAÇÃO (VERDADEIRA) DE UMA SOLUÇÃO

Solução 0,1 mol / l de NaOH preparada na aula anterior será determinado sua concentração
real.
Ao se preparar uma solução, erros podem ser cometidos: uso de vidraria e reagentes
inadequados, pesagens incorretas, etc. Assim, esta solução apresentará um valor de concentração
que precisa ser corrigido pelo uso de certas substâncias com características específicas, tais como
solubilidade, estabilidade do reativo, baixa higroscopicidade, etc., denominadas padrões.

Solução Padrão

A solução Padrão é aquela cuja concentração é exatamente conhecida. A concentração de uma


solução padrão é obtida por um de dois modos:

Método Direto: Quando preparado a partir de um padrão primário, o qual deve necessariamente
apresentar algumas características, como por exemplo:
• ser sólido;
• existir em alto grau de pureza;
• poder ser secado sem decomposição;
• possuir equivalente-grama elevado;
• reagir quantitativamente com o soluto da solução a ser padronizada.

Os principais padrões primários, em volumetria por neutralização, são:


padrões primários alcalinos: Carbonato de sódio (Na2CO3), Tetraborato de sódio, conhecido
como bórax (Na2B4O7. 10 H2O) e o Oxalato de sódio (Na2C2O4)
padrões primários ácidos: Ácido oxálico (H2C2O4.2H2O), Ftalato ácido de potássio (KHC8H4O4)
e o Ácido benzóico (C6H5COOH).

Um destes padrões mais utilizados é o ftalato ácido de potássio (ou biftalato de potássio,
peso molecular 204,23 g/mol), o qual por possuir caráter ácido pode ser empregado para a
determinação de concentrações reais de bases. No caso de uma solução de NaOH, a reação que
se passa é a seguinte:

(HC8H4O4) - + OH- ➔ (C8H4O4) -2 + H20


ftalato ácido base ftalato

Cálculo:
32
Já que 1 mol de biftalato neutraliza 1 mol de NaOH ...
1 mol biftalato ---------------------- 1 mol NaOH
(neutraliza)
204,23 g ---------------------- 1 mol
m ----------------------- n moles
Obs: m = massa de biftalato utilizado e n o número de moles da base que reagiu.

Se os n moles reagidos estiverem contidos num volume V, a concentração real será Creal = n/V
mol/l; logo, o fator de correção f da solução será f = Creal / C

Método Indireto: Quando a solução, que tendo sido padronizada por meio de um padrão direto,
pode ser usada também como padrão, como é o caso das soluções de NaOH e HCl.
Volumetria
A volumetria consiste na medida do volume de uma solução padrão necessário para reagir
quantitativamente com um volume conhecido de uma solução cuja concentração se deseja
determinar, ou o contrário.
A volumetria diz-se por neutralização quando no sistema químico estão envolvidos unicamente
ácido e base.
A reação que se verifica (de acordo com Arrhenius).
H3O+ + OH- → 2H2O é denominada neutralização.
Este tipo de volumetria compreende: Acidimetria -
medida da concentração de soluções ácidas por meio
de soluções padrão de base e Alcalimetria - medida
da concentração de soluções básicas por meio de
soluções padrão de ácido.

Titulação
A titulação é a operação que determina o volume de
solução padrão necessário para reagir com a
solução cuja concentração se deseja determinar é
denominada titulação.
A solução padrão é adicionada até o ponto em que a quantidade do padrão seja equivalente à
quantidade de substância que se analisa: este ponto denomina-se ponto de equivalência.
O ponto de equivalência em geral ocorre sem nenhuma modificação macroscópica que o indique.
Para se verificar o ponto de equivalência adiciona-se ao sistema um reagente auxiliar denominado
indicador.
33
MATERIAL

Biftalato de potássio (204,23 mol /l); hidróxido de sódio ( 40,00 g/mol); indicador de fenolftaleína;
ehrlenmeyer de 100 ml (2); bureta de 25 ou 10 ml; balão volumétrico de 250 ml (2); béquer de 100
ml.

PROCEDIMENTO

PARTE 1 – PADRONIZAÇÃO DO NaOH COM PADRÃO PRIMÁRIO


Solução 0,1 mol / L – JÁ PREPARADA ESTA NO CENTRO DA BANCADA

1. Pese 0,4 g de biftalato em um béquer de 50 mL. Anote a massa medida na Tabela 1. Dissolva a massa
medida em quantidade mínima de água e transfira para um balão de 100 mL. Complete o balão com
água destilada. (SOLUÇÃO PADRÃO PRIMÁRIO)
2. Pipete 10 mL desta solução e transfira para um erlenmeyer de 125 mL, repita este procedimento com os
outros dois erlenmeyer. Em cada erlenmeyer adicione 3 gotas de fenolftaleina como indicador.
3. Utilize um pouco de NaOH para limpar a bureta e descarte.
4. Preencha a bureta com a solução de NaOH 0,1 mol/L (SOLUÇÃO PROPLEMA)
5. Adicione, lentamente e com agitação, a solução problema sobre a solução de biftalato até verificar a
mudança na coloração da solução. Pare imediatamente a adição a qualquer modificação na solução
padrão.
6. Anote o volume da solução problema gasta na Tabela 1.
7. Despreze o conteúdo do erlenmeyer no descarte. Preencher novamente a bureta com NaOH e repita os
procedimentos 4 e 5 com os outros dois erlenmeyer.
8. Ao término das três titulações retirar o NaOH da bureta e transferir para um frasco de armazenagem.
9. LAVE MUITO BEM A BURETA COM ÁGUA DESTILADA.

Bureta - Solução Problema

Erlenmeyer – Solução de biftalato +


Indicador

Cálculos: Ma x V a = Mb x Vb
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UNIVALI – UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ


EMCT – ESCOLA DO MAR, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DATA: ______/______/_______
NOME:_______________________________________________________________________________
NOME: _______________________________________________________________________________

PADRONIZAÇÃO DO NaOH COM PADRÃO PRIMÁRIO


PADRONIZAÇÃO
1. Tabela 1 - DADOS:
Massa de biftalato utilizada Molaridade do biftalato
Massa Molar do biftalato
Volume de base utilizada na titulação 1
Volume de base utilizada na titulação 2
Volume de base utilizada na titulação 3
Media dos volumes

2. Calcule a concentração em mol/ L de NaOH .

3. Qual função do indicador em uma titulação?


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____________________________________________________________________________________
4. Por que se faz a padronização de uma solução?
_____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
5. Que volume de ácido brômico 0,33 molar é necessário para neutralizar completamente 1,00 L de
hidróxido e bário 0,15 molar.

6. Que volume de HCl 0,421 molar é necessário para titular 47,00 mL de KOH 0,204 molar até o ponto de
viragem com o indicador fenolftaleína?

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