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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO I

Caso Concreto 3

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou


multas no valor total de R$278.000,00 a 69 prefeituras por descumprimento da
Lei de Responsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no
prazo legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido
de Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de
arrecadação. Neste sentido, considerando a natureza do Tribunal de Contas e
as regras da Lei de Responsabilidade fiscal, responda:

1) A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular?

R: sim, já que é uma das funções do TCE é aplicar multas diante de condutas
irregulares no trato da coisa pública,

2) Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se


encontram alcançadas pela coisa julgada?

R: caso ocorra indícios de ilicitude no caso concreto é possível ser sim


questionado perante o judiciário, pois as decisões do TCE não fazem coisa
julgada.

3) Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o


princípio contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os
relatórios exigidos?

R: O princípio da transparência, sendo um informador do Direito Administrativo,


em especial quando trata dos gastos públicos, sendo expresso pela Lei
Complementar nº 101/2000. concretiza diretamente a transparência
administrativa

Questão objetiva

O Tribunal de Contas

a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na


apreciação de renúncia de receitas.
b. é subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle
Externo.

c. integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional.

d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea
constitucional.

e. tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que


resultem multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo.

JURISPRUDÊNCIA

RECURSO ORDINÁRIO. ASSUNTO ADMINISTRATIVO. PRELIMINARES.


ADMISSIBILIDADE. RECURSO CONHECIDO. INOBSERVÂNCIAS DOS
PRINCIPÍOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. REJEITADA.
MÉRITO. SIACE/LRF. RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL-RGF.
INADIMPLÊNCIA. PROVIMNETO NEGADO. MULTA MANTIDA. 1.
PRELIMINAR DE INOBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO
E DA AMPLA DEFESA REGEITADA UMA QUE SE TRATA DE APLICAÇÃO
DE MULTA-COERÇÃO, SENDO O DIRETIO DE DEFESA EXERCIDO DE
MODO DIFERIDA, EM SEDE RECURSAL. 2. NEGADO O PROVIMNETO DO
RECURSO À VISTA DO INADIMPLEMENTO NO ENVIO DOS DADOS, VIA
SIACE/LRF, DO RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL-RGF.

(TCE-MG- RO: 980420, Relator: CONS. MAURI TORRES, Data de


Julgamento: 17/08/2016, Data da Publicação: 29/08/2017)

DOUTRINA

A extensão do controle deu-se também no sentido de permitir ao Judiciário


examinar os motivos do ato administrativo, não só para constatar se os fatos
existiram ou não, mas também para verificar a qualificação jurídica, ou seja,
verificar se os fatos são de natureza a justificar a decisão, como também a
adequação da decisão aos fatos que corresponde, em última análise, ao
exame da razoabilidade da decisão e da proporcionalidade dos meios aos fins.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Coisa julgada: aplicabilidade a decisões do
Tribunal de Contas da União. Revista do Tribunal de Contas da União,
Brasília, v. 27, n. 70, p.23-36, 1996.

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