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2. Nos dizeres do festejado autor Hely Lopes Meirelles,
“subsídio é uma modalidade de remuneração, fixada em parcela única, paga
obrigatoriamente aos detentores de mandato eletivo (Senadores, Deputados
Federais e Estaduais, Vereadores, Presidente e Vice-Presidente, Governador e
Vice-Governador e Prefeito e Vice-Prefeito) e aos demais agentes políticos,
assim compreendidos os Ministros de Estado, Secretários Estaduais e
Municipais, os membros da Magistratura e do Ministério Público e os Ministros
e Conselheiros dos Tribunais de Contas (CF, arts.39, §4º, 49, VII e VIII, e 73,
§3º, c/c os arts. 75, 95, III e 128, §5º, I, “c”).
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bem como os Senadores, Deputados federais e estaduais e os
Vereadores.”1
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ressarcimento do erário em razão dos valores já recebidos, bem como a vedação
de pagamentos futuros.
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pessoais, adicionando-se à remuneração básica pelo exercício
normal do cargo outros acréscimos que tenham natureza de
vencimento”.
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seguinte questionamento: “o agente político faz jus ao recebimento da 13ª
remuneração?”
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seja aumentando o valor, se eleitos, seja retaliando os que os derrotaram,
aviltando a remuneração". (TJ/MG, ADIN nº. 1.0000.00.322503-4).
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ao Advogado Geral da União e Procurador-Geral da República. As decisões dos
referidos tribunais estaduais afastaram a incidência das leis dos municípios de
Tupaciguara-MG e Corumbaíba-GO e impediram o pagamento do 13o salário aos
agentes políticos, inclusive secretários.
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pagamento do 13ª (décimo terceiro) dar-se-ia cumulativamente
com o subsídio de um determinado mês, ainda assim, não se
poderia sustentar que sua percepção encontraria obstáculo na
Constituição da República.
Efetivamente, o artigo 39, §4º, da Lei Maior não veda o
recebimento cumulado do subsídio com toda e qualquer
vantagem pecuniária, conforme se poderia inferir da
literalidade de seu texto. É que a interpretação de referido
dispositivo constitucional deve ser conjugada com o disposto
pelo artigo 39, §3, da Carta Magna, que assegura aos
servidores públicos a percepção do décimo terceiro salário.
(...)
No que toca, por derradeiro, ao entendimento de que a
Constituição Federal não contemplaria o pagamento de
gratificação natalina a detentores de cargos políticos, cumpre
ressaltar que a inexistência de expressa previsão
constitucional quanto ao assunto não obsta que norma
infraconstitucional preveja o pagamento de referida
gratificação. Sendo assim, constata-se ser válida a norma
ordinária que estabeleça o pagamento de décimo terceiro
salário aos agentes políticos.”g. nosso.
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25. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais nos autos da Ação
Direta de Inconstitucionalidade 1.0000.09.497110-8/000, interposta em face de
dispositivos da legislação do Município de Tocantins/MG, em decisão da Corte
Superior assentou que:
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“O 13º salário é conquista do trabalhador. Como foi dito,
inclusive, em sessão anterior, os direitos sociais conquistados não
devem ter recuo. A interpretação reverte à época anterior a do
Presidente Getúlio Vargas, a do Presidente João Goulart, e a tese
que é sustentada, aqui, fará, certamente, com que, não só os
vereadores, mas todos os agentes políticos, inclusive ministros e
desembargadores, fiquem sem o 13º salário.
Creio que este não é o propósito do Procurador Geral de Justiça,
que é o autor da representação. Certamente, o Ministério
Público não irá abdicar do seu direito de receber subsídio em
parcela única, mas, também, receber o seu 13º salário. Com o
esse mesmo entendimento, tenho que os agentes políticos também
fazem jus ao recebimento do terço de férias, que não representa
ofensa à Constituição Estadual.” ( TJMG - Processo n.
1.0000.09.502307-3/000, relator Desembargador Carreira
Machado, publicado em 26/03/2010).g. nosso.
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medida em que o artigo 39, §4º e §6º, da Constituição da
República, insinua que eles se incluem entre os agentes
políticos.” (TJMG - Processo n. 1.0000.09.501481-7/000 (1),
relator Desembargador Carreira Machado, publicado em
16/04/2010). g.nosso.
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não há ilegalidade neste procedimento, ressaltando a imprescindibilidade de
previsão expressa em norma municipal.
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