A Morte Da Religião - EDIÇÃO 300

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A morte da Religião

EDIÇÃO 300. 23 a 30 de novembro de 1994

O antigo e o novo têm valor na medida em que são válidos.


Uma prática religiosa alicerçada em hábitos e costumes antigos não tem mais
valor, pois, não são mais válidos para alcançar, atingir os anseios dos que vivem hoje.
Há um aspecto Sociológico e Psicológico tradicional das religiões que tornam os
seus seguidores passivos (elas transmitem a Moral da Classe Dominante). Tudo o que
for contra os interesses da Classe Dominante é Pecado. Moral da repressão, da
obediência, do silêncio e do conformismo.
As religiões não são dialogais, são impositivas. Não são abertas (explícitas,
lógicas), são esotéricas (fechadas, místicas). Não explicam, condicionam. (Esta tem
sido a crítica deste Teólogo e deste Filósofo).
Com a crescente democratização das informações através dos meios de
comunicação, o povo, mais propriamente os fiéis, passaram a criar psicologicamente
(ainda que não explícita) uma necessidade de Maior Participação e Informação de sua
Crença e prática religiosa.
Isso, (a crítica do Teólogo e a reivindicação dos fiéis) começa criar problemas
para a Hierarquia religiosa.
Como os padres e bispos velhos (não idosos), mofados e rançosos e os
reacionários (padres e bispos novos) não querem se converter (mudar de atitude frente
à nova Realidade), agem cinicamente acusando aquelas pessoas de hereges e
comunistas; quando não partem para os qualitativos morais como mulherengo, sem
vergonha, imoral, anticomunitário, briguento, etc., etc., e etc.
Neste embate ideológico-intelectual entre os membros da Hierarquia religiosa
(que não se resolve), cria-se espaços que não respondem e nem satisfazem os
questionamentos dos fiéis e por isso eles procuram respostas em outras religiões ou
seitas, que até têm menos condições de responder aos seus anseios, mas, dão-lhes a
esperança da resposta.
E para que eles alcancem a “graça” da resposta, exigem deles uma
contrapartida, (A Mudança de Atitude), a Conversão. Assim convertidos (modificados),
sentem uma mudança Real em sua vida. A partir deste Fenômeno, abandonam o
Catolicismo passando a fazer propaganda e a valorizar a Nova religião.
Assim tem sido o Êxodo e a Morte do Catolicismo. Culpa de seus padres e bispos
mofados, rançosos e reacionários.
Quem se desponta como o inovador, o criativo, é considerado um inadaptável e
para ter oportunidades (de exercer seu Ministério), deve nivelar-se aos medíocres.
“Então os sábios brilharão como brilha a luz (o sol) do firmamento, e os que
tiverem conduzido a muitos para a justiça, como estrelas no céu, eternamente brilharão”.
(Dn.12, 3).

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Pe. Alberto é Professor; formado em várias
áreas, dentre as quais: Psicologia, Sociologia,
Filosofia e Teologia. É Pós-Graduado em:
Filosofia para as crianças e Supervisão escolar.
Aprovado no Mestrado de Psicologia e
Mestrando em Educação pela UFMT - Cuiabá.

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