Uma das imagens de marca de Portugal são as típicas calçadas que
embelezam as várias cidades do país. A calçada portuguesa é caraterizada pela combinação de pequenas rochas pretas e brancas que combinadas compõem várias imagens e assim decoram os passeios pedonais. Apesar deste tipo de calcetamento ser mais conhecido desde o século XIX em Portugal, rapidamente foi levado para outras partes do mundo, estando bastante presente no Brasil, onde não poderemos deixar de referir a famosa marginal de Copacabana. Contudo, segundo relatos mais antigos, foi no ano de 1500 que terão surgido os primeiros usos deste tipo de pavimentação, sendo que nessa altura serviria para a passagem do rei de Portugal, na altura D. Manuel. Numa primeira fase, eram ultilizadas rochas de granito originárias da região do Porto, mas representavam um custo muito elevado, pelo que foram substituidas pelo calcário. Com o Terramoto de Lisboa de 1 de novembro de 1755, foi necessário reconstruir grande parte da capital, então este tipo de calçada voltou a ser fundamental na decoração dos pavimentos das zonas mais nobres, como o Terreiro do Paço, Rossio e a zona de Belém. Na atualidade, podem-se encontrar novas utilizações e adaptações da típica calçada, no que mostra ser o renascer de uma arte com mais de 500 anos. Sendo um trabalho manual, as várias pedras de calcário são trabalhadas e aplicadas de uma forma irregular pelos experientes mestres calceteiros, o que faz dela uma obra única da criação humana.