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COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO

DEPARTAMENTO DE PROJETO E CONSTRUÇÃO DE LINHAS DE


TRANSMISSÃO - DLT

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

FERRAGENS E ACESSÓRIOS PARA


LINHAS DE TRANSMISSÃO

ET-DLT-034 – JUN/04
ÍNDICE

1.0 PROJETO, FABRICAÇÃO E ENTREGA 3

1.1 Requisitos Gerais para Projeto e Fabricação 3


1.2 Normas 5
1.3 Requisitos Específicos para Projeto e Fabricação 7
1.4 Entrega 18

2.0 DESENHOS E INFORMAÇÕES TÉCNICAS A SEREM FORNECIDOS 20

2.1 Generalidades 20
2.2 Desenhos e Informações Técnicas Requeridos com a Proposta 20
2.3 Desenhos e Informações Técnicas Requeridos após a Assinatura do Instrumento
Contratual 24

3.0 REQUISITOS DE ENSAIOS DE TIPO 25

3.1 Generalidades 25
3.2 Relação dos Ensaios de Tipo 25
3.3 Considerações e Descrição dos Ensaios de Tipo 26

4.0 REQUISITOS COMPLEMENTARES REFERENTES À SUBMISSÃO DE


PROPOSTA E ÀS ETAPAS SEGUINTES 38

4.1 Abreviaturas, Unidades e Idioma 38


4.2 Reuniões 39
4.3 Desenhos 40
4.4 Cronograma 41
4.5 Fabricação 41
4.6 Ensaios de Tipo 42
4.7 Variações às Especificações 44
4.8 Ordem de Precedência 44
4.9 Propriedade dos Documentos 44

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1.0 PROJETO, FABRICAÇÃO E ENTREGA

1.1 REQUISITOS GERAIS PARA PROJETO E FABRICAÇÃO

1.1.1 Generalidades

1.1.1.1 O projeto e a fabricação das ferragens e acessórios deverão ser realizados de acordo
com os requisitos destas Especificações e das Condições Específicas do Fornecimento.

1.1.1.2 O projeto e a fabricação dos componentes das ferragens deverão ser realizados de
acordo com os requisitos gerais dos desenhos das Condições Específicas do
Fornecimento. Os desenhos apresentados são de cadeias codificadas, ora em uso na
CHESF, cujos componentes são preferidos, em função de limitação de itens de
estoque. Esses desenhos não se destinam a definir o formato ou projeto de qualquer
componente do conjunto de ferragens, exceto para os requisitos de dimensões,
limitações, resistência mecânica e exigências especialmente anotadas nos desenhos
e/ou nas Condições Específicas do Fornecimento.

1.1.1.3 No projeto das ferragens e acessórios, o Proponente deverá levar em consideração as


características específicas da(s) Linha(s) de Transmissão e condições locais, como
indicado nas Condições Específicas do Fornecimento.

1.1.1.4 As ferragens e acessórios fornecidos de acordo com estas Especificações, deverão


satisfazer os mais altos padrões de engenharia, projeto e qualidade de fabricação
requeridos para materiais de Linhas de Transmissão de Energia Elétrica.

1.1.2 Requisitos

1.1.2.1 Corona e Tensão de Rádio Interferência (TRI)

a) Os conjuntos de ferragens de suspensão e ancoragem do condutor e acessórios


deverão atender aos requisitos de corona e TRI quando ensaiados de acordo com o
item 3.3.3.1.

b) Os projetos dos conjuntos de ferragens de suspensão e ancoragem deverão ser


elaborados com a finalidade de também proteger os isoladores contra corona e TRI,
destacando-se atenção especial para a distribuição de tensões elétricas impostas aos
primeiros isoladores lado linha. Para isto, são fornecidas nas Condições Específicas
do Fornecimento as principais características dos conjuntos de isoladores, para
consideração no projeto das ferragens em questão.

c) O projeto dos conjuntos de ferragens de ancoragem deverá incluir dispositivos para


controle do gradiente e para atender aos requisitos de arcos de potência (item
1.1.2.3).

d) Poderão ser previstos pelo Fornecedor anéis ou outro dispositivo de proteção nas
cadeias de suspensão, para controle do gradiente e para atender aos requisitos de
arcos de potência (item 1.1.2.3). Entretanto, a preferência da CHESF é por
conjuntos de suspensão com concepção simples e com um mínimo de acessórios.

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1.1.2.2 Manutenção em Linha Viva

a) O projeto dos conjuntos de ferragens das cadeias deverá incluir características que
permitam a manutenção em linha viva.

b) Caso a CHESF julgue conveniente ou por solicitação do Proponente, serão


fornecidos desenhos de ferramental e resumo de procedimento em uso pela
CHESF.

c) Caso a cadeia inclua acessórios de proteção que dificultem a manutenção em linha


viva, os mesmos deverão ser de fácil remoção com bastões e ferramental adequado.

d) O projeto dos conjuntos de suspensão vertical do condutor deverá ser tal que as
porcas dos parafusos e dispositivos de travamento sejam acessíveis do lado da
estrutura.

e) Os grampos de suspensão deverão ser projetados de modo a permitir a separação do


condutor através da utilização de ferramentas para linha viva.

1.1.2.3 Arco de Potência

a) Os conjuntos de ferragens e/ou os componentes das ferragens, bem como acessórios


e conectores dos circuitos de aterramento, deverão ser projetados de modo a resistir
aos efeitos das correntes de arco de potência com características conforme
estabelecido nas Condições Específicas do Fornecimento e no item 3.3.3.2.

b) Os dispositivos para proteção contra arcos de potência deverão suportar estes arcos
com o mínimo de danos, admitindo-se que permaneçam em funcionamento sem
prejuízo de desempenho eletromecânico até que possam ser substituídos. Para esta
eventualidade, é preferível que a sua troca não implique no desengate dos
componentes vitais da cadeia.

c) Caso sejam adotadas massas de sacrifício integrantes dos componentes, como


alargamento de pinos, ombreiras, etc, as mesmas deverão ser dimensionadas para
resistir, sem redução da capacidade mecânica da peça, a dez arcos de potência,
equivalentes à série especificada e à corrosão subsequente durante 1 ano, sob as
condições ambientais previstas.

d) Os dispositivos de proteção deverão respeitar rigorosamente as distâncias elétricas


mínimas exigidas para coordenação de isolamento. Estas distâncias deverão ser
consideradas 20% maiores na hipótese dos arcos de potência alterarem a forma das
proteções, resultando em pontas elétricas.

e) Caso o projeto da cadeia inclua dispositivos de proteção contra arcos de potência


que exijam substituição após a ocorrência do arco, o fornecimento deverá incluir,
obrigatoriamente, um excesso de 5% destes dispositivos.

1.1.2.4 Identificação dos Componentes

a) Cada componente das ferragens deverá ter as seguintes marcas de identificação:

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• Marca do Fabricante;
• Carga de ruptura;
• Engate, conforme Norma (para as peças com concha e/ou bola).

b) Todas as marcas de identificação deverão ser estampadas, fundidas ou forjadas.


Todas as letras, números e outras marcas nos produtos acabados deverão ser
duráveis, distintas e legíveis.

c) No caso de elementos pré-formados, a identificação constará no código de cores da


marca central e em etiqueta indelével, resistente à água, firmemente fixada.

1.2 NORMAS

1.2.1 Deverão ser aplicadas as edições mais recentes das seguintes Normas, incluindo as
Normas complementares:

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 6916 - Ferro Fundido Nodular ou Ferro Fundido com Grafita Esferoidal.

NBR 7095 - Ferragens Eletrotécnicas para Linhas de Transmissão e Subestações de


Alta Tensão e Extra Alta Tensão.

NBR 7107 - Cupilha para Concha de Engate Concha e Bola.

NBR 7108 - Vínculos de Ferragens Integrantes de Isoladores de Cadeia – Dimensões.

NBR 7876 - Linhas e Equipamentos de Alta Tensão. Medição de Radiointerferência na


Faixa de 0,15 a 30 MHz.

NBR 9893 - Cupilha para Pinos ou Parafusos de Articulação.

Observação: Nos casos de desenhos técnicos, deverão ser aplicadas as Normas NBR
8196, 8402, 8403, 8993, 10067, 10068, 10126, 10582 e 12298.

ASTM - American Society for Testing and Materials

A6 - Standard Specification for General Requeriments for Rolled Structural


Steel Bars, Plates, Shapes and Sheet Piling.

A 47 - Standard Specification for Ferritic Malleable Iron Castings.

A 48 - Standard Specification for Gray Iron Castings.

A 123 - Standard Specification for Zinc (Hot-Dip Galvanized) Coatings on Iron


and Steel Products.

A 143 - Standard Practice for Safeguarding Against Embritllement of Hot-Dip


Galvanized Structural Steel Products and Procedures for Detecting
Embritllement.
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A 148 - Standard Specification for Steel Castings, High Strengh, for Structural
Purposes.

A 153 - Standard Specification for Zinc Coating (Hot Dip) on Iron and Steel
Hardware.

A 283 - Standard Specification for Low and Intermediate Tensile Strenght Carbon
Steel Plates.

A 307 - Standard Specification for Carbon Steel Bolts and Studs, 60.000 psi
Tensile Strenght.

A 325M - Standard Specification for Structural Bolts, Steel, Heat Treated 830 Mpa
Minimum Tensile Strenght (Metric).

A 354 - Standard Specification for Quenched and Tempered Alloy Steel Bolts,
Studs, and Other Externally Threaded Fasteners.

A 370 - Standard Tests Methods and Definitions of Mechanical Testing of Steel


Products.

A 449 - Standard Specification for Quenched and Tempered Steel Bolts and Studs.

A 536 - Standard Specification for Ductile Iron Castings.

A 563 - Standard Specification for Carbon and Alloy Steel Nuts.

A 668 - Standard Specification for Steel Forgings, Carbon and Alloy, for General
Industrial Use.

B 85 - Standard Specification for Aluminum Alloy Die Castings.

B 210 - Standard Specification for Aluminum and Aluminum-Alloy Drawn


Seamless Tubes.

B 211 - Standard Specification for Aluminum and Aluminum-Alloy Bar, Rod and
Wire.

B 221 - Standard Specification for Aluminum and Aluminum Alloy Extruded Bars,
Rods, Wire, Profiles and Tubes.

B 233 - Standard Specification for Aluminum 1350 Drawing Stock for Electrical
Purposes.

B 242 - Standard Guide for Preparation of High-Carbon Steel for Electroplating.

NEMA - National Electrical Manufacturers Association

CC1 - Electrical Power Connection for Substations.

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107 - Methods of Measurement of Radio Influence Voltage (RIV) of High
Voltage Apparatus.

ANSI - American National Standards Institute

C 29.1 - Test Methods for Electrical Power Insulators.

C 119.4 - American National Standard for Electric Connectors – Connectors for Use
Between Aluminum-to-Aluminum or Aluminum-to-Cooper Bare Overhead
Conductors.

IEC - International Electrotechnical Commission

60060-1 - High-Voltage Tests Techniques – Part 1: General Definitions and Test


Requirements.

60060-2 - High-Voltage Tests Techniques – Part 2: Measuring Systems.

60120 - Dimensions of Ball and Socket Couplings of String Insulator Units.

60372 - Locking Devices for Ball and Socket Couplings of String Insulator Units -
Dimensions and Tests.

60471 - Dimensions of Clevis and Tongue Couplings of String Insulator Units.

ASME - American Society of Mechanical Engineers

B 1.1 - Unified Inch Screw Threads.

B 18.2.1 - Square and Hex Bolts and Screws, Inch Series.

B 18.2.2 - Square and Hex Nuts.

B 18.5 - Round Head Bolts (Inch Series).

B 18.21.1 - Loch Washers (Inch Series).

B 18.22M - Metric Plain Washers.

1.3 REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA PROJETO E FABRICAÇÃO

1.3.1 Requisitos Comuns a Diversos Componentes

1.3.1.1 Todo material ferroso deverá ser galvanizado, salvo quando indicado de outro modo.
Todos os componentes de ferragens que exijam galvanização por imersão a quente,
deverão estar de acordo com as Normas ASTM A 123, A 143 e A 153.

Antes e após a galvanização, todas as peças deverão apresentar um acabamento


externo uniforme, sem fendas, rebarbas e outros defeitos, os quais possam alterar os
comportamentos elétrico e mecânico.
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1.3.1.2 As seguintes classes de material deverão estar de acordo com a Norma ASTM A 153:
Classe A - Peças de ferro fundido e chapas trabalhadas;
Classe B - Peças em aço forjado, pesos adicionais e luvas;
Classe C - Arruelas lisas e arruelas de pressão.

1.3.1.3 Somente será permitida solda em locais onde as juntas não estejam sujeitas a esforços
mecânicos.

1.3.1.4 Parafusos, pinos e porcas serão sempre usados com contrapinos ou arruelas de pressão.
Os parafusos e pinos deverão ter cabeças hexagonais com porcas hexagonais, ou ser
do tipo francês.

1.3.1.5 Todos os furos em peças de chapa de aço com espessura igual ou inferior a 17,5 mm
(11/16”) poderão ser feitos em uma só operação. Furos em peças com espessura
superior a 17,5 mm deverão ser broqueados ou subperfurados e alargados até o
diâmetro final. Os furos deverão ser cilíndricos, bem acabados e normais ao plano da
peça, com as bordas sem rebarbas ou rasgos. Os furos alargados ou mandrilhados não
deverão mostrar marcas da perfuração.

1.3.1.6 As peças fundidas deverão apresentar características uniformes, livres de fendas, falhas
e rugosidades, e não deverão apresentar bolhas de ar, encolhimentos, endurecimento
local e porosidades.

1.3.1.7 As peças forjadas deverão ser qualitativamente uniformes, sem cantos vivos, fendas,
rugas ou dobras. Não deverão conter soldas e deverão estar livres de vazios, escamas,
porosidades, ou outros defeitos como lascas, crostas, depósitos, fissuras, bolhas,
endurecimento local, esponjosidade ou excessivas inclusões não metálicas.

1.3.1.8 Todas as partes de aço rosqueadas deverão ser galvanizadas após a confecção da rosca,
sendo removido o excesso de zinco. Todas as porcas e contraporcas deverão ser
repassadas após a galvanização, de modo a serem rosqueadas nos parafusos sem o
auxílio de chave. Os parafusos deverão estar livres de rebarbas, fissuras, rugas,
escamas, superfícies irregulares e outros defeitos que afetem suas características de
serviço.

1.3.1.9 Os contrapinos e cupilhas deverão ser fabricados com fio de aço inoxidável AISI 304,
com seção aproximadamente semicircular. O aço inoxidável deverá ter dureza
Rockwel B88 a C30.

1.3.1.10 Os contrapinos e cupilhas deverão ser do tipo autotravante, e projetados de tal modo
que não seja necessário dobrar suas pontas após a instalação.

1.3.1.11 Se necessário, porcas anticorona deverão ser utilizadas.


1.3.1.12 O diâmetro nominal dos contrapinos não deverá ser inferior a 1/4 do diâmetro do
respectivo pino, não podendo, porém, ser superior a 6,3 mm.

Os contrapinos com menos de 6,3 mm de diâmetro deverão ter um comprimento de 9,5


mm a 12,7 mm maior que o diâmetro do pino. Os contrapinos com 6,3 mm de
diâmetro deverão ter um comprimento de 15,9 mm a 19 mm maior que o diâmetro do
pino. O comprimento de um contrapino é medido do lado inferior do olhal até a
extremidade da perna menor. Os furos para os contrapinos deverão ser 0,4 a 0,8 mm
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maiores do que o diâmetro nominal do contrapino. Os furos para os contrapinos
deverão estar isentos de rebarbas e excessos de galvanização.

1.3.1.13 Os furos para os pinos deverão ter diâmetros 1,59 mm maior que os diâmetros dos
pinos.

1.3.2 Requisitos de Elementos Pré-formados

1.3.2.1 Os pré-formados deverão ser obtidos através de processo de formação helicoidal de


varetas constituídas de material semelhante ao da camada externa do cabo a que se
destinam.

1.3.2.2 O diâmetro do helicóide deverá ser ligeiramente inferior ao do cabo no qual o pré-
formado será aplicado.

1.3.2.3 O número de varetas deverá ser compatibilizado com o fechamento periférico, sem
separação apreciável entre as varetas do conjunto.

1.3.2.4 O sentido da heliformação deverá ser inverso ao do encordoamento da camada externa


do cabo a que se destina o pré-formado, e com passo entre 75% e 150% dos valores
limites normalizados para o cabo.

1.3.2.5 As varetas deverão manter suas características mecânicas e dimensionais após três
reaplicações sucessivas, com os cuidados adequados para condições de campo.

1.3.2.6 O conjunto deverá ter características eletromecânicas compatíveis com as do cabo a


que se destina, particularmente quanto a dureza, resistência a abrasão, a corrosões e a
fadiga.

1.3.2.7 As armaduras aplicadas em condutores deverão ter desempenho de corona e TRI


compatível com os das cadeias. Para isto, o acabamento das pontas deverá ser
obrigatoriamente do tipo bico-de-papagaio, para LT’s com tensões nominais acima de
230 kV.

1.3.3 Requisitos de Elementos Especiais

1.3.3.1 Os elementos elastoméricos deverão ter capacidades elétricas e mecânicas compatíveis


com as dos componentes a que pertencem, em particular no que se refere a resistência
elétrica, resistências a altas temperaturas (arcos de potência e curto-circuito),
resistência a fadiga, solicitações dinâmicas, flexões e abrasões.

1.3.3.2 Os elementos elastoméricos deverão apresentar alta resistência a intemperismo,


ozônio, atmosfera salina e atmosfera industrial. Sua composição química deverá estar
de acordo com as normas aplicáveis para o produto escolhido e sua composição
polimérica deverá ser estável, externa e internamente, quando submetida às condições
acima. Sua fabricação deverá garantir uma seção homogênea e contínua, livre de
inclusões, bolhas e porosidades, defeitos superficiais, rebarbas, etc.

1.3.3.3 Porcas autotravantes dotadas de buchas em anel de polímero sintético deverão ser
dimensionadas de forma a conter firmemente a bucha, sem risco de deslocamento
durante o emporcamento.

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As buchas deverão ser preferencialmente em nylon, atendendo aos requisitos dos
elementos elastoméricos acima mencionados. Deverão suportar no mínimo três
reaplicações, mantendo a resistência ao deslizamento entre 1 e 2 daN.m para diâmetros
até M12 e entre 2 e 3 daN.m para diâmetros superiores.

1.3.4 Requisitos de Ferragens Componentes das Cadeias

1.3.4.1 Balancins

1.3.4.1.1 Generalidade

Os balancins dos conjuntos de ferragens de suspensão para feixes de condutores


poderão ser empregados de dois modos, conforme definido nas Condições Específicas
do Fornecimento, quais sejam:

• Em feixe convencional;
• Em feixe expandido.

1.3.4.1.2 Requisitos

a) Os balancins dos conjuntos de ferragens de ancoragem para condutor singelo ou


dos conjuntos de ferragens de suspensão para condutores em feixe convencional
deverão ser fabricados em aço forjado ou chapas de aço, em peça única, sem
possuir conexões com solicitação mecânica entre suas partes.

Os balancins para feixe expandido poderão ser compostos por múltiplas peças,
inclusive perfis metálicos.

b) Os balancins dos conjuntos de ferragens de suspensão para condutor singelo ou


para condutores em feixe convencional deverão ser projetados de modo a acomodar
pesos adicionais, devendo ter superfícies lisas e sem cantos vivos. Se forem usados
parafusos curvos na conexão das ferragens, os furos dos balancins deverão ser
arredondados, de tal modo a corresponder à curvatura do parafuso.

c) O projeto dos balancins dos conjuntos de ferragens de suspensão deverá levar em


consideração o ângulo máximo dos grampos de suspensão, devendo o espaçamento
especificado entre subcondutores, quando for o caso, manter-se constante.

d) Os balancins deverão ser projetados a fim de facilitar a montagem e desmontagem


com ferramentas normais e de linha viva.

e) A carga de ruptura dos balancins deverá ser igual ou maior que 110% do valor da
carga mínima de ruptura da cadeia.

1.3.4.2 Conexões Tipos Concha, Boleto e Garfo

a) As ferragens com concha, boleto e garfo deverão ser fabricadas em aço e forjadas
em uma única peça.

b) Antes da galvanização, todas as rebarbas na haste e na superfície de contato

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deverão ser removidas, sem reduzir as dimensões além do permitido nos requisitos
do projeto.

c) Para as conexões tipo garfo-Y, os pinos deverão possuir curvatura uniforme, a fim
de que o ponto de aplicação da carga coincida com o centro dos garfos. A forma do
pino e os furos para o mesmo serão de modo que as superfícies internas da cabeça
do pino e da porca sejam paralelas à face do garfo.

d) A cupilha da concha deverá ser projetada de acordo com os requisitos da Norma


IEC 60372. O olhal da cupilha deverá estar do lado oposto da abertura da concha e
esta deverá ser projetada com um tamanho tal que proporcione uma blindagem
completa do contrapino.

e) O comprimento rosqueado dos pinos de engate dos garfos deverão atender às


mesmas condições exigidas para as manilhas e cavalotes (item 1.3.4.3.b).

f) As dimensões e tolerâncias dos boletos e conchas deverão estar de acordo com os


engates padronizados dos isoladores indicados nas Condições Específicas do
Fornecimento, devendo, após o processo de galvanização, ser verificadas com
calibres idênticos aos indicados nas Normas correspondentes.

g) As conchas fundidas deverão, antes da galvanização, possuir contornos uniformes.


As superfícies de contato das conchas deverão ser uniformes em toda a sua
circunferência, sem apresentar depressões nem protuberâncias. O contorno interno
da concha deverá ser concêntrico com o eixo dos engates, sendo admitida uma
tolerância de 1,25 mm. Os eixos das superfícies de contato da concha deverão ser
coaxiais com os eixos dos engates.

1.3.4.3 Manilhas e Cavalotes

a) Os corpos das manilhas e cavalotes deverão ser de aço, forjado em peça única.

b) O comprimento rosqueado dos pinos de engate das manilhas e cavalotes deverá ser
determinado de tal forma que, quando a cabeça do pino estiver em contato com a
manilha ou cavalote, sejam verificadas as seguintes condições:

• A porca não deverá manter-se em contato com a manilha ou cavalote, quando


atarraxada até o final da parte rosqueada do pino;
• Com a porca em contato com o contrapino, a distância entre esta e a manilha ou
cavalote não deverá ser superior a 6,3 mm e 9,5 mm, para pinos de diâmetro até
25 mm e maiores, respectivamente;
• A instalação e retirada do contrapino possam ser efetuadas facilmente.
1.3.4.4 Grampos de Suspensão

a) Todos os grampos de um mesmo conjunto de ferragens deverão ser idênticos.

b) Para os cabos de alumínio, o berço e a calha dos grampos deverão ser constituídos
em liga de alumínio. Caso os grampos de suspensão sejam do tipo fundido, os
moldes deverão ser metálicos.

c) Os grampos não deverão danificar ou deformar os cabos de modo a prejudicar o

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desempenho ou resistência dos condutores. O projeto deverá considerar que as
armaduras pré-formadas serão usadas em todos os conjuntos de suspensão.

d) Com a finalidade de evitar danos ao cabo, o berço e a calha deverão ter formato
adequado, evitando ângulos vivos e pequenos raios de curvatura na saída do
grampo. O berço do grampo deverá ter um comprimento adequado com raio
longitudinal suficientemente grande de modo a evitar concentração de esforços de
flexão.

e) As calhas dos grampos deverão ser projetadas de modo a exercer pressão máxima
no centro, com esta diminuindo gradualmente à medida que se aproxima das
bordas.

f) Tanto o berço como a calha deverão ser projetados de modo a exercer uma pressão
circular uniforme no cabo, sem diminuição de pressão nas proximidades dos furos
dos parafusos do grampo.

g) A CHESF dá preferência ao uso de grampos do tipo armado com coxim de


elastômeros, para os cabos condutores, conforme requisitos apresentados nos itens
1.3.2 e 1.3.3.

h) Caso os grampos dos cabos condutores não sejam do tipo preferido pela CHESF
(item 1.3.4.4.g), isto é, sejam do tipo convencional, deverão obrigatoriamente ser
triarticulados.

i) Os grampos de suspensão deverão ter liberdade de oscilação de no mínimo 30º em


relação ao eixo longitudinal, no plano vertical.

j) Os grampos deverão ser projetados para um ângulo de saída de no mínimo 20º para
grampos de condutores e de 15º para grampos de cabos pára-raios.

k) No plano do quadruplicador ou duplicador, os grampos deverão ter liberdade de


oscilação igual ao semi-ângulo entre as pencas da cadeia em “V”.

l) Os grampos de suspensão deverão ter um momento de inércia mínimo e um grau de


liberdade máximo com relação às oscilações longitudinais e transversais dos cabos.

m) O eixo de oscilação longitudinal do grampo deverá ser tão próximo quanto possível
do eixo do cabo.

n) Os grampos de suspensão deverão ter uma carga de ruptura e resistência mínima ao


escorregamento total do cabo igual a 60% e 25%, respectivamente, do valor
nominal da carga de ruptura do cabo.
o) Os componentes do grampo deverão ser projetados de modo a manter a pressão de
aperto de projeto.

p) É desejável que os grampos com aperto por parafusos transfiram o mínimo de


compressão aos cabos na região próxima ao ponto de saída.

q) Para os grampos do condutor, as porcas dos respectivos parafusos deverão estar


localizadas na parte superior do grampo e embutidas no corpo do mesmo, ou então
providas de dispositivo anticorona.
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1.3.4.5 Pesos Adicionais

a) Os pesos adicionais são previstos nas cadeias de suspensão. Os pesos deverão ser
instalados no corpo do balancim ou nos grampos de suspensão, de acordo com as
Condições Específicas do Fornecimento.

b) Os pesos adicionais deverão ser de ferro fundido ou de aço. O peso total por cadeia
deverá ser conforme as Condições Específicas do Fornecimento.

1.3.4.6 Grampos de Ancoragem a Compressão

a) Os grampos dos cabos CAA deverão ser constituídos de um corpo com olhal ou
garfo de aço, de uma luva de compressão de alumínio-liga com lingüeta para
“jumper” e um terminal de “jumper” com lingüeta e luva de compressão de
alumínio-liga.

b) Para cabos de aço galvanizado, os grampos deverão ser fabricados de aço


galvanizado, com uma luva de alumínio-liga que será comprimida sobre a luva de
aço galvanizado.

c) Para os cabos CAL ou de aço revestido de alumínio, o terminal de compressão


poderá ser de aço ou de alumínio-liga.

d) Os materiais empregados na fabricação das peças deverão apresentar propriedades


físicas, tais como dureza e coeficiente de expansão térmica, similares às dos
materiais nos quais serão comprimidas.

e) Deverão ser evitadas excessivas pressões junto à saída do cabo do grampo, a fim de
evitar danos ao condutor devido a oscilações ou vibrações.

f) Os grampos deverão ter uma carga de ruptura e uma resistência ao escorregamento


igual a 100% e 90%, respectivamente, do valor nominal da carga de ruptura do
cabo.

g) Os grampos deverão ser apropriados para instalação com compressores hidráulicos.

h) A resistência elétrica do terminal do “jumper”, quando comprimido sobre o cabo,


não deverá exceder a resistência de comprimento idêntico de cabo.

i) Os grampos deverão ser projetados de modo a distribuir uniformemente o fluxo de


corrente em torno da área de contato entre o corpo comprimido e as camadas do
cabo.

j) Os grampos deverão ser projetados para suportar os testes de elevação de


temperatura e de resistência elétrica descritos na Norma NEMA CC1-Parte 3 e no
ensaio de ciclo térmico, conforme a Norma ANSI C 119.4.

k) O terminal do “jumper” deverá ter um ângulo de saída de 30º.

l) As peças a serem comprimidas terão marcas indicando as áreas que serão


comprimidas.
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m) Para cada conjunto de ancoragem a compressão, deverá ser fornecido composto
antioxidante para as junções. Tal composto deverá:

• conter elementos inibidores da oxidação;


• ser eletricamente eficiente propiciando conexões de baixa resistência;
• manter a viscosidade entre 0 ºC e 100 ºC e ser insolúvel na presença da água;
• não ser tóxico, quando em contato direto com a pele;
• ser quimicamente inerte.

n) Deverá ser fornecido, sem ônus, um jogo completo de matrizes adequado para os
grampos de ancoragem a compressão.

1.3.4.7 Dispositivos de Ajustes de Flechas

a) Quando previstos nos desenhos das Condições Específicas do Fornecimento, os


conjuntos de ferragens de ancoragem deverão incluir meios para ajuste de flecha
entre os subcondutores do feixe.

b) Os dispositivos ajustáveis do tipo esticadores ou de barras reguláveis deverão ter


comprimento de ajuste mínimo de acordo com as Condições Específicas do
Fornecimento.

c) O dispositivo tipo chapa única deverá ter um curso de ajuste de 75 mm.

d) A extensão máxima do passo deverá ser de 25 mm para o do tipo barras reguláveis


e 6,5 mm para o do tipo chapa única.

e) As roscas dos parafusos dos esticadores deverão ser feitas por laminação. Deverão
ser previstos contrapinos nas extremidades internas de cada parafuso.

1.3.4.8 Elos e Olhais

Os elos e olhais deverão ser de aço forjado. Antes da galvanização, todas as rebarbas
nas áreas de contato deverão ser removidas, sem no entanto reduzir as dimensões além
do permitido nos requisitos de projeto. As paredes dos elos deverão ser de forma
toroidal nas áreas de contato com manilhas e “adoçadas” ou escariadas no contato dos
olhais com os pinos. Os diâmetros dos elos deverão admitir no mínimo 3 mm de folga
sobre a seção passante do engate. Os olhais deverão ter folga máxima de 6 mm em
relação ao diâmetro dos pinos a que se destinam.

1.3.4.9 Anéis ou Raquetes

a) Os anéis ou raquetes para proteção de corona, TRI e arco de potência deverão ser
de liga de alumínio ou de aço galvanizado.

b) Os anéis ou raquetes tubulares deverão ser perfeitamente vedados, de modo a evitar


a penetração de umidade.

ET-DLT-034 – JUN/04 14
c) A fixação dos anéis ou raquetes às ferragens das cadeias de ancoragem deverá
possibilitar a manutenção em linha viva, bem como a fácil montagem e
desmontagem dos mesmos.

d) Os anéis ou raquetes deverão ser suficientemente resistentes de forma a evitar


danos nos mesmos ou falhas na fixação devido às oscilações nos condutores.

1.3.5 Acessórios dos Cabos

1.3.5.1 Luvas de Emenda

a) As luvas de emenda tipo compressão para os cabos CAA e aço galvanizado


compor-se-ão de duas partes, consistindo de uma luva interna de aço galvanizado e
de uma luva externa de alumínio-liga.

b) Para os cabos de aço revestido de alumínio ou cabos CAL a luva de emenda deverá
ser de alumínio-liga.

c) As emendas pré-formadas para os cabos CAA serão em três partes: a primeira, em


varetas de aço galvanizado ou aluminizado recobrindo a alma; a segunda,
recompondo a seção de alumínio do cabo e, a terceira, unindo externamente as
partes inteiras do cabo, serão de alumínio-liga.

d) Para os demais cabos, as emendas pré-formadas serão em camada única,


constituídas de varetas de alumínio-liga para os cabos CAL e de aço revestido de
alumínio ou galvanizado para os cabos destes materiais.

e) A resistência elétrica da emenda não poderá ser maior que a correspondente a um


mesmo comprimento do cabo.

f) As emendas à compressão deverão ser projetadas de modo a evitar quaisquer


concentrações de esforços nos cabos em suas extremidades.

g) As emendas deverão suportar carga de ruptura e de escorregamento igual a 100% e


90%, respectivamente, da carga de ruptura do cabo condutor ou do cabo pára-raios.

h) As luvas de emenda deverão ser projetadas para distribuir uniformemente o fluxo


de corrente em torno da superfície de contato entre o corpo sob compressão e as
camadas externas do cabo.

i) As emendas deverão ser projetadas para suportar os ensaios de resistência elétrica e


de elevação de temperatura descritos na Norma NEMA CC1-Parte 3, e o ensaio de
ciclo térmico segundo a Norma ANSI C 119.4.

j) As luvas a compressão deverão ter marcas que indiquem as áreas a serem


comprimidas, e as emendas pré-formadas deverão ter marca a tinta indelével no
centro das varetas.

k) Deverão ser fornecidos, sem ônus, um jogo completo de matrizes e a quantidade de


composto antioxidante adequados para as luvas de emenda a compressão. O
composto deverá satisfazer os requisitos do item 1.3.4.6.m.

ET-DLT-034 – JUN/04 15
l) As emendas pré-formadas, caso solicitado nas Condições Específicas do
Fornecimento, deverão ser fornecidas com capacidade de lançamento sob tração,
passando sem danos nas roldanas.

1.3.5.2 Luvas de Reparo

a) As luvas de reparo a compressão para cabos CAA ou CAL deverão ser constituídas
de um corpo tubular de alumínio e de uma calha. O corpo e o batoque deverão ser
intertravados para propiciar um aperto permanente no cabo e deverão ser de
comprimento adequado (cerca de 25 vezes o diâmetro do cabo).

b) A resistência elétrica da parte em que a luva de reparo a compressão é instalada não


deverá ser superior ao correspondente comprimento do cabo.

c) Os reparos pré-formados deverão ser de alumínio ou de alumínio-liga de


composição adequada.

d) Os reparos pré-formados deverão ser projetados para reforçar o condutor quando


este tiver sido avariado ou quando no máximo três fios da camada externa
estiverem rompidos.

e) O reparo pré-formado, quando instalado sobre três fios rompidos da camada externa
do cabo, deverá restaurar a resistência elétrica do mesmo a um valor igual ou menor
do que a resistência do cabo não avariado.

1.3.6 Dispositivo de Sinalização Aérea

1.3.6.1 Os dispositivos de sinalização aérea são de forma esférica, com aproximadamente 60


cm de diâmetro. As esferas deverão ser pigmentadas na cor “laranja FAB” (código
Munsell 2.5-YR-6/14 ou BSI 557) e adequadas para uso externo contínuo, em clima
tropical úmido, sem desbotar, descascar ou rachar sob alta incidência de raio
ultravioleta. Deverão ser fabricados de material leve e resistente, de preferência em
fibra de vidro. Ficarão presas ao cabo pára-raios de tal forma que não se movimentem
ao longo do cabo, nem causem danos ao mesmo, como decorrência desta fixação. As
esferas deverão estar providas de um número adequado de furos de drenagem,
posicionados de tal maneira que impeçam o acúmulo de água. A área de contato entre
o dispositivo de fixação aos cabos e o corpo da esfera deverá ser suficientemente
grande e conectada de tal forma que a esfera não se desloque ou desprenda do
dispositivo de fixação dos cabos, quando solicitada em qualquer direção por força de
até 35 daN.

1.3.6.2 O Proponente poderá apresentar, também, Proposta Alternativa Opcional de


dispositivo de sinalização em forma de placa quadrada de 0,6 m de lado, com fixação
rotulada nos cabos pára-raios, de forma a girar até 120º para cada lado, sob ação do
vento. Deverá suportar, sem desgaste, 10.000.000 ciclos de giro entre as posições
limites, sem desgaste que comprometa a operação para forças de vento acima de 5 N.
Não poderá sofrer corrosão em atmosfera de agressividade moderada e deverá ter as
demais características similares às das esferas acima especificadas.

1.3.7 Material de Aterramento


ET-DLT-034 – JUN/04 16
1.3.7.1 Acessórios do Fio Contrapeso

a) O elemento de conexão do fio contrapeso à estrutura deverá constituir-se de um


conector adequado ao fio contrapeso especificado nas Condições Específicas do
Fornecimento. Deverá ser apropriado para conexão através de um furo na estrutura,
resistente a corrosão quando enterrado em solo moderadamente agressivo e sem
induzir qualquer corrosão no elemento de aço zincado da estrutura.

b) No caso de estrutura de concreto, o conector que liga o contrapeso ao cabo de


descida no poste será para instalação aérea, do tipo especificado nas Condições
Específicas do Fornecimento.

c) A emenda do fio contrapeso deverá ser do tipo sem tensão, a compressão, em tubo
de cobre eletrolítico com espera central.

1.3.7.2 Acessórios de Aterramento do Cabo Pára-Raios

a) O cabo pára-raios e o cabo de ligação à torre (cabo de aterramento) serão do mesmo


material, e serão interligados por conector paralelo de 3 parafusos antitorque.

b) Deverá ser utilizado um conector para a ligação do cabo de aterramento à torre, do


tipo presilha de dois elementos, com arruela de pressão e parafuso adequado às
dimensões indicadas nas Condições Específicas do Fornecimento (diâmetro e faixa
de espessura).

c) Os conectores dos “jumpers” dos cabos pára-raios deverão ser do tipo paralelo de 3
parafusos antitorque.

d) Todos os conectores de pára-raios deverão ter características elétricas similares às


do cabo onde instalados, podendo ser submetidos a ensaios de tipo de curto-circuito
durante a aplicação de arcos de potência às cadeias (item 3.3.3.2), como parte do
circuito de aterramento da estrutura modelo.

e) Estes conectores deverão suportar atmosfera de agressividade moderada, salvo


contrariamente indicado nas Condições Específicas do Fornecimento, sem
apresentar corrosão ou induzi-la no cabo.
1.4 ENTREGA

1.4.1 Embalagem

1.4.1.1 Os produtos deverão ser preparados e embalados de maneira a protegê-los contra


danos e corrosão durante o transporte, manuseio e armazenamento externo por longo
tempo (2 anos). Deverão ser utilizados acolchoamentos, calços, ou espaçadores para
separar as peças empilhadas ou alojadas, para impedir deslocamentos. O Fornecedor
será responsável e compensará todas e quaisquer avarias e perdas ocorridas no
carregamento e transporte resultantes de embalagem defeituosa.

1.4.1.2 As embalagens deverão ser adequadas para condições tropicais de alta temperatura,
umidade, chuvas torrenciais e ambientes propícios à formação de fungos. Os processos

ET-DLT-034 – JUN/04 17
de tropicalização deverão estar de acordo com a melhor prática do gênero. As
embalagens não deverão permitir acúmulo d’água no interior das mesmas.

1.4.1.3 Se for usado transporte marítimo, as caixas deverão ser colocadas em estrados
descartáveis de madeira, adequados para manuseio com empilhadeiras comuns. Os
estrados deverão suportar adequadamente a carga e manterem-se rígidos durante o
transporte e manuseio.

As caixas utilizadas deverão propiciar proteção adequada contra aspersão de água


salgada e avaria por produtos químicos.

1.4.1.4 Estopas ou outros materiais absorventes não deverão ser utilizados em nenhuma
embalagem a ser transportada por via marítima.

1.4.1.5 A CHESF poderá exigir um revestimento plástico na embalagem para propiciar uma
proteção maior durante o transporte ou durante períodos prolongados de
armazenagem, especialmente no caso de transporte oceânico, se mencionado nas
Condições Específicas do Fornecimento.

1.4.1.6 As embalagens também deverão ser apropriadas para transporte por caminhão através
de estradas não pavimentadas e terrenos acidentados.

1.4.1.7 No caso de feixes de condutores, deve ser observado o seguinte:

a) Os conjuntos de ferragens das cadeias de suspensão e de ancoragem dos


condutores, para uma torre, excluindo os grampos de suspensão e de compressão,
armaduras pré-formadas, prolongadores, anéis e raquetes, deverão ser embalados
em uma caixa que não exceda as seguintes dimensões: 600 mm x 600 mm x 120
mm. Assim, cada caixa deverá conter 3 jogos de ferragens de suspensão do
condutor ou 6 jogos de ferragens de ancoragem.

b) Os grampos de suspensão do condutor deverão ser embalados em sacos de


polietileno, selados, contendo 6 unidades. Grupos de 6 unidades deverão ser
embalados em caixas contendo 12 grampos de suspensão (grupo de 2 x 6 unidades).
As armaduras pré-formadas deverão ser embaladas em caixas de papelão com 12
jogos de armaduras. Cada caixa de papelão deverá ser protegida por caixas
protetoras de madeira, adequadas.

c) Os prolongadores, para uma torre, deverão ser adequadamente enfeixados e


amarrados, e embalados em caixas de 36 unidades. Os anéis e raquetes deverão ser
embarcados juntos, em caixas separadas contendo o número de anéis e raquetes
necessários para 1 torre.

d) Os conjuntos de grampos a compressão deverão ser embalados em caixas contendo


24 unidades.

1.4.1.8 No caso de condutores singelos, os seus conjuntos de suspensão e ancoragem, bem


como os conjuntos de suspensão e ancoragem dos cabos pára-raios e restantes
acessórios, deverão ser embalados por itens em caixas com um peso bruto entre 50 e
200 kg. O uso de pequenas caixas separadas e de recipientes para embarque deverá ser
evitado sempre que possível.

ET-DLT-034 – JUN/04 18
1.4.1.9 Todos os componentes individuais como, por exemplo, manilhas e grampos, deverão
ser embalados já montados.

1.4.1.10 Os procedimentos especificados nos itens 1.4.1.7, 1.4.1.8 e 1.4.1.9 deverão ser
seguidos também para fornecimento de componentes para um mesmo conjunto por
vários Subfornecedores. Esses componentes deverão ser combinados de modo a serem
agrupados como especificado.

1.4.2 Identificação da Embalagem

1.4.2.1 Todas as caixas deverão ser identificadas com uma etiqueta de alumínio, fixada
firmemente, contendo as informações adiante, claramente impressas ou pintadas, na
seguinte ordem:

• Nome CHESF;
• Nome do Fornecedor;
• Número do Instrumento Contratual e seu item;
• Nome do item e quantidade na embalagem;
• Porto de embarque;
• Destino (Cidade – Estado – Almoxarifado);
• Número do volume;
• Peso bruto, em kg;
• Peso líquido, em kg;
• Peso da embalagem, em kg;
• Dimensões do volume, em metros.

1.4.2.2 Poderão ser requeridas indicações adicionais para material importado. As indicações
adicionais constarão no Instrumento Contratual ou em comunicação separada.

ET-DLT-034 – JUN/04 19
2.0 DESENHOS E INFORMAÇÕES TÉCNICAS A SEREM
FORNECIDOS

2.1 GENERALIDADES

2.1.1 Os desenhos a serem fornecidos à CHESF deverão ser elaborados de acordo com os
requisitos do item 4.3.

2.1.2 Nos desenhos detalhados requeridos no item 2.2.3, além dos requisitos específicos de
cada componente em particular, deverão também ser indicados:

a) Materiais usados, junto com referência às Normas aplicáveis empregadas para sua
seleção e fabricação. Não será aceita pela CHESF uma marca comercial em lugar
do requerido neste item;

b) Método de fabricação e, quando aplicável, tratamento térmico, acabamento e


proteção contra corrosão;

c) Peso do componente;

d) Dimensões com tolerâncias aplicáveis necessárias para avaliação do projeto;

e) Torque de instalação para as conexões aparafusadas;

f) Marcas de identificação como exigido no item 1.1.2.4;

g) Tipo de rosca para os componentes rosqueados;

h) Número de catálogo ou código do Fabricante;

i) Número do Instrumento de Licitação e número do item da Tabela de Quantidades


Estimadas de Materiais a Serem Fornecidos, conforme as Condições Específicas do
Fornecimento.

2.2 DESENHOS E INFORMAÇÕES TÉCNICAS REQUERIDOS COM


A PROPOSTA

2.2.1 O Proponente deverá incluir na Proposta, desenhos e dados técnicos certificando que o
material satisfaz os requisitos destas Especificações e das Condições Específicas do
Fornecimento.

2.2.2 Em adição aos desenhos e dados requeridos abaixo, o Proponente deverá apresentar
qualquer outro dado que considere necessário para assegurar à CHESF que o material
atende aos requisitos para os quais se destina.

2.2.3 Além das informações requeridas no item 2.1.2, o Proponente deverá apresentar:

a) Desenho detalhado de cada conjunto de ferragens, incluindo:


ET-DLT-034 – JUN/04 20
• Vistas frontal e lateral do conjunto, com as seções necessárias. A escala mínima
deverá ser 1:5;
• Ângulos de liberdade de movimento em todos os eixos de articulação;
• Distância entre o subcondutor superior e o boleto do primeiro isolador (inferior)
da cadeia (vertical ou “V”);
• Distâncias entre partes energizadas e aterradas da estrutura;
• Dimensões características do acoplamento às estruturas, isoladores e cabos;
• Lista de material, indicando o número do desenho detalhado ou número de
catálogo, material, carga de ruptura e peso de cada componente da ferragem.

b) Desenho detalhado de cada componente do conjunto de ferragens, incluindo:

• Vistas em pelo menos duas posições e as necessárias seções do componente. A


escala mínima deverá ser 1:2;
• Carga de ruptura do componente, em daN;
• Cargas máximas normais ao plano dos balancins;
• Detalhes do contrapino na escala 2:1, indicando o tipo do aço inoxidável.

c) Desenho detalhado de cada grampo de suspensão, na escala 1:1, incluindo:

• Cabo aplicável e respectiva armadura;


• Vistas em planta e lateral e seções transversal e longitudinal, mostrando os
detalhes da curva para o berço do grampo e para os dispositivos de aperto, em
relação ao cabo e armadura no ângulo de incidência máxima;
• Detalhes dos acessórios dos pesos adicionais, se requisitados (para os grampos
de suspensão do condutor);
• Detalhes dos dispositivos de aperto;
• Ângulos de liberdade de movimento em todos os eixos;
• Carga de ruptura vertical e resistência ao escorregamento.

d) Desenho detalhado de cada acessório a compressão, inclusive terminais de


compressão, na escala 1:1, incluindo:

• Vistas em planta e lateral, seções e comprimentos antes e após a compressão;


• Detalhes das matrizes para compressão;
• Número, diâmetro e comprimento dos parafusos para o terminal do “jumper” dos
grampos de ancoragem;
• Cargas de ruptura e escorregamento;
• Detalhes e dimensões do engate;
• Detalhes e ângulo do terminal do “jumper”.

e) Desenho detalhado de cada conjunto de armaduras pré-formadas, em escala


adequada, incluindo:

• Comprimento do passo, peso de uma única vareta e número de varetas existentes


em um conjunto;
• Seções das armaduras aplicadas sobre o cabo com indicação do diâmetro total do
conjunto;

ET-DLT-034 – JUN/04 21
• Detalhe da extremidade da vareta, descrevendo o acabamento (inclusive
planos/raios de desbaste).

f) Desenho detalhado de cada componente de ferragens de aterramento, na escala 1:1,


incluindo:

• Vistas em planta, frontal e lateral e as seções necessárias do componente


detalhando o berço de acomodação do(s) cabo(s);
• Combinações de cabos e chapas aplicáveis;
• Acabamento/recobrimento ou pastas antioxidantes necessários à inibição de
corrosão galvânica, conforme o caso;
• Ampacidades em regime de curto-circuito compatível com o cabo.

g) Desenhos de detalhes das esferas de sinalização e placas de sinalização, se


propostas (item 1.3.6.2), em escala adequada, incluindo:

• Detalhe de como conectá-las ao cabo (leito e aperto);


• Indicação da cor (Munssell);
• Indicação da resistência garantida à carga de vento máximo e resistência ao
escorregamento.

h) Descrição e justificativa técnica do projeto proposto para os conjuntos de ferragem


e componentes, fornecendo informações completas de seu projeto e fabricação,
incluindo certificados de ensaios de corona e TRI e medição da distribuição de
tensão, como também desempenho nos ensaios de curto-circuito;

i) Cargas máximas que podem ser aplicadas sem causar qualquer deformação
permanente aos balancins de suspensão, em uma direção normal ao plano dos
balancins;

j) Justificativa técnica do projeto dos grampos de suspensão, mostrando os cálculos


numéricos e/ou experiência de campo usadas no estabelecimento dos seguintes
dados:

• Resposta do grampo às oscilações do cabo;


• Comprimento e diâmetros do berço do grampo e distância do eixo do cabo aos
eixos de articulação;
• Raio de curvatura adotado, para a parte central e para as extremidades do
grampo, considerando-se os ângulos de saída especificados;
• Curvas de torque de aperto versus pressão nos fios do cabo e varetas de
armadura, com valores de torque variando de 50% a 200% do valor
recomendado, indicando desvio padrão, obtidas em amostras de produção em
série, para a carga de escorregamento adotada;
• Minimizações dos efeitos de corona e TRI.

k) Justificativa técnica para as previsões feitas para os serviços em linha viva caso
sejam contrárias à prática normal corrente utilizada pela CHESF;

l) Perdas ferromagnéticas estimadas para os grampos de suspensão do condutor, para


correntes variando na faixa de 200 A a 1000 A, acompanhadas de justificativa;

ET-DLT-034 – JUN/04 22
m) Informações concernentes ao tipo de composto antioxidante para os acessórios a
compressão: propriedades físicas, composição química e quantidade requerida para
cada acessório, etc;

n) Catálogos e literatura técnica relacionados com o material a ser fornecido,


incluindo detalhes que possam ser úteis para montagem e manutenção;

o) Descrição detalhada da embalagem proposta, mostrando como as peças serão


protegidas contra umidade, salinidade, corrosão química, choques mecânicos e
manuseio inadequado;

p) Cópia das Normas que se propõe a seguir, se diferirem das relacionadas no item
1.2, indicando países e empresas de energia elétrica que as usam;

q) Cronograma de barras do fornecimento e dos serviços;

r) Relação dos Subfornecedores, com respectivos materiais e/ou serviços.

2.2.4 Características Técnicas Garantidas

2.2.4.1 O Proponente deverá apresentar uma tabela, com as características para os conjuntos
de ferragens de suspensão e ancoragem do condutor e cabo pára-raios, e emendas. As
seguintes características, onde aplicáveis, deverão constar da tabela e ser garantidas:

• Carga de ruptura;
• Carga de deformação;
• Carga de escorregamento;
• Desempenho de corona;
• Desempenho da TRI;
• Distribuição de potencial;
• Resistência a arco de potência ou corrente de curto-circuito.

2.2.4.2 Para o desempenho de corona e TRI deverá ser considerada a máxima tensão em µV
para os gradientes de tensão na superfície do condutor, ou tensões aplicadas, indicadas
nas Condições Específicas do Fornecimento.

2.2.4.3 O desempenho de corona será avaliado em função do máximo gradiente de tensão na


superfície do condutor ou como a máxima tensão fase-terra, em que não haverá corona
positivo nas ferragens.

2.2.4.4 A distribuição de potencial será a máxima tensão esperada em qualquer dos primeiros
isoladores lado linha (20% do total), em percentual da tensão aplicada à cadeia.

ET-DLT-034 – JUN/04 23
2.3 DESENHOS E INFORMAÇÕES TÉCNICAS REQUERIDOS APÓS
A ASSINATURA DO INSTRUMENTO CONTRATUAL

Após a assinatura do Instrumento Contratual, deverão ser fornecidos:

a) Desenhos e informações técnicas descritos no item 2.2, revisados de acordo com


observações feitas pela CHESF;

b) Desenhos e dados necessários para complementar as informações fornecidas junto


com a Proposta;

c) Especificação dos compressores para uso nos elementos a compressão, com


indicação das pressões recomendadas;

d) Programação detalhada para a realização dos ensaios de tipo e indicação do


laboratório referente a cada um desses ensaios, conforme item 3.1.5;

e) Quaisquer outros desenhos e dados técnicos referentes ao fornecimento, exigidos


pela CHESF.

ET-DLT-034 – JUN/04 24
3.0 REQUISITOS DE ENSAIOS DE TIPO

3.1 GENERALIDADES

3.1.1 Estão indicados nas Condições Específicas do Fornecimento os ensaios de tipo que
serão pagos pela CHESF. Os demais ensaios de tipo serão realizados às expensas do
Fornecedor. Eventualmente a CHESF poderá dispensar a realização de ensaios de
tipo. O Proponente deverá cotar separadamente, em sua Proposta, todos os ensaios de
tipo indicados nas Condições Específicas do Fornecimento. O fornecimento dos
protótipos nos locais dos ensaios e as despesas com laboratórios deverão estar
incluídos nos preços cotados.

3.1.2 Se o Fornecedor possuir Certificados de Ensaios de Tipo dos mesmos ensaios aqui
estabelecidos, efetuados em produtos idênticos aos propostos, em laboratórios oficiais,
estes poderão ser aceitos, a critério da CHESF, dispensando-se a realização de novos
ensaios.

3.1.3 Considerando-se que os resultados dos ensaios são influenciados pela precisão das
ferramentas, formas, forja, matrizes, etc, os ensaios de tipo a serem realizados antes da
produção em série dos componentes, deverão ser feitos em amostras produzidas com
as mesmas ferramentas da fabricação em série.

3.1.4 Os ensaios deverão ser realizados de acordo com os requisitos dos itens 3.2 e 3.3. Se o
Fornecedor propuser um procedimento equivalente para qualquer ensaio em particular,
este deverá primeiro ser aprovado pela CHESF.

3.1.5 Os procedimentos de ensaios de tipo, quando acordados pelo Fornecedor com o


laboratório, deverão ser completamente caracterizados em programação, detalhes de
montagem, circuitos, procedimentos, etc, para apresentação prévia à CHESF.

3.1.6 Qualquer alteração significativa em um protótipo, em decorrência de não aprovação


em um ensaio, poderá resultar na repetição de outros ensaios já realizados, caso a
CHESF julgue que seus resultados possam ser influenciados pela referida alteração.
Todas as despesas decorrentes serão de inteira responsabilidade do Fornecedor,
conforme item 4.6.1.4.

Observação: Os ensaios de controle de qualidade e de aceitação serão realizados conforme as


Normas Brasileiras. Complementarmente, se necessário, serão utilizadas Normas
internacionais.

3.2 RELAÇÃO DOS ENSAIOS DE TIPO

3.2.1 Ensaios nos Conjuntos de Ferragens das Cadeias e Componentes

• Inspeção visual (item 3.3.1);


• Cargas de ruptura e de deformação dos componentes dos conjuntos (item 3.3.2.2);
• Carga dos conjuntos (item 3.3.2.3);
• Cargas verticais dos grampos de suspensão (item 3.3.2.4);
ET-DLT-034 – JUN/04 25
• Carga de escorregamento versus torque de aperto dos grampos de suspensão (item
3.3.2.5);
• Cargas de ruptura e de escorregamento dos grampos de ancoragem (item 3.3.2.6);
• Corona, TRI, medição da distribuição de tensão, tensão suportável e disruptiva de
impulso atmosférico a seco, tensão suportável e disruptiva de impulso de manobra
sob chuva e a seco e tensão suportável e disruptiva a freqüência industrial sob
chuva (item 3.3.3.1);
• Arco de potência (item 3.3.3.2);
• Elevação de temperatura (item 3.3.3.3);
• Resistência elétrica (item 3.3.3.4);
• Ciclo térmico (item 3.3.3.5);
• Perdas ferromagnéticas (item 3.3.3.6).

3.2.2 Ensaios nos Acessórios do Condutor e Cabo Pára-Raios

• Inspeção visual (item 3.3.1);


• Cargas de ruptura e de escorregamento (item 3.3.2.6);
• Ensaios de tensão e torção em elementos pré-formados (item 3.3.2.7);
• Corona e TRI, para os acessórios do condutor (item 3.3.3.1);
• Elevação de temperatura (item 3.3.3.3);
• Resistência elétrica (item 3.3.3.4);
• Ciclo térmico (item 3.3.3.5);
• Desempenho dos acessórios do cabo pára-raios quanto a sobrecorrente de curto-
circuito avaliado através do ensaio de arco de potência (item 3.3.3.2).

3.2.3 Ensaios nas Ferragens de Aterramento

• Inspeção visual (item 3.3.1);


• Ensaios em componentes rosqueados (item 3.3.2.8);
• Desempenho quanto a sobrecorrente de curto-circuito avaliado através do ensaio de
arco de potência (item 3.3.3.2).

3.2.4 Ensaios nas Cupilhas e nos Contrapinos

• Inspeção visual (item 3.3.1);


• Dobramento nas cupilhas (item 3.3.2.9);
• Desempenho nas cupilhas (item 3.3.2.10);
• Dureza nos contrapinos (item 3.3.2.11);

3.3 CONSIDERAÇÕES E DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS DE TIPO

3.3.1 Inspeção Visual

Este ensaio deverá incluir as seguintes verificações, onde aplicáveis:

• Acabamento, qualidade da superfície e aparência externa dos componentes e


proteção contra corrosão;
• Verificação das dimensões;

ET-DLT-034 – JUN/04 26
• Montagem, encaixe e alinhamento de todo o conjunto;
• Ensaios de “passa” e “não passa” para as ferragens de concha e boleto. Os boletos
deverão ser verificados com os calibres “passa” em pelo menos duas direções, uma
das quais deverá ser ao longo da linha de junção da peça e a outra a 90º dessa linha.
Os gabaritos “não passa” não deverão passar em nenhuma direção;
• Os calibres deverão ser os mesmos normalizados aplicáveis para os
correspondentes isoladores.

3.3.2 Ensaios Mecânicos

3.3.2.1 Definições

Para fins destas Especificações, considera-se:

a) Carga de Ruptura

A máxima carga que pode ser aplicada ao conjunto ou componente sem que ocorra
ruptura de peça ou redução no valor da carga aplicada;

b) Carga de deformação

A máxima carga que pode ser aplicada ao conjunto ou componente sem que ocorra:

• Deformação permanente além de 1 mm/dm nas peças sujeitas a flexão, ou 1 mm


nas peças sujeitas a esmagamento nos locais de apoio dos engates;
• Puncionamento em seções tracionadas sujeitas a fadiga;
• Impedimento de desmontagem ou remontagem manual de parafusos, pinos, etc;
• Desprendimento ou trinca na camada superficial de proteção anticorrosiva.

3.3.2.2 Ensaio de Cargas de Ruptura e de Deformação dos Componentes dos Conjuntos

a) As cargas de ensaio deverão ser aplicadas às peças da mesma maneira e direção que
ocorrem normalmente em condições reais de operação. Em particular, para os
balancins, a carga vertical deverá ser aplicada estando os balancins com seus
engates presos por meio de cordoalhas na direção das cadeias de isoladores.
Também deverá ser simulada a falha de uma das pernas de isoladores em uma
cadeia em “V”, suportando a resultante total do(s) condutor(es), sem deformação
para a carga máxima de trabalho dos isoladores, e sem ruptura para a carga máxima
especificada nas Condições Específicas do Fornecimento.

b) A CHESF poderá requisitar, a seu critério, ensaios a fim de confirmar as cargas


máximas normais ao plano dos balancins indicadas no projeto.

c) As cargas limites de deformação deverão ser mantidas 5 minutos, antes da retirada


para exame, após o que as cargas de ruptura especificadas pelo Fornecedor deverão
ser mantidas durante 5 minutos. Depois, as peças deverão ser ensaiadas até falhar.

3.3.2.3 Ensaio de Carga dos Conjuntos

ET-DLT-034 – JUN/04 27
a) Após a galvanização, deverá ser ensaiado um conjunto completo de cada tipo de
cadeia listada nas Condições Específicas do Fornecimento, excluindo grampos, de
maneira a simular condições de serviço e verificar a concordância com os requisitos
de carga especificados.

b) Os conjuntos a serem ensaiados deverão ser primeiro submetidos durante 5 minutos


a uma carga igual ao valor especificado nas Condições Específicas do
Fornecimento, para o limite sem deformação, ou caso não definido, para 66% do
valor da carga mínima de ruptura.

c) Após a remoção da carga, os conjuntos ensaiados não deverão apresentar nenhuma


evidência de rachaduras ou falhas incipientes e deverá ser possível desmontar os
conjuntos manualmente.

d) Poderão ser usadas ferramentas manuais para remover contrapinos e desapertar


porcas.

e) Após a conclusão dos ensaios acima, a carga mínima de ruptura deverá ser mantida
5 minutos, após o que deverá ser aumentada até a ocorrência de falha. Os valores
obtidos deverão ser anotados (inclusive em caso de eventuais colapsos precoces).

3.3.2.4 Ensaio de Cargas Verticais dos Grampos de Suspensão

a) Este ensaio deverá ser feito prendendo o grampo pelo seu garfo de suspensão e
segurando por meio de um pedaço de 10 m do cabo condutor ou do cabo pára-raios,
com as respectivas armaduras pré-formadas, dependendo do grampo que esteja
sendo ensaiado.

b) As pontas do cabo deverão ser fixadas por terminais a compressão para aplicação
de tração de até 90% de sua carga de ruptura.

c) O berço do grampo deverá estar deslocado acima do eixo das fixações, de tal forma
que o ângulo do cabo com este eixo seja igual ao limite especificado como ângulo
de saída.

d) Deverá ser aplicada, por 5 minutos, tração, tal que a resultante medida na vertical
atinja o limite especificado sem deformação; após sua retirada, o exame visual
deverá comprovar ausência de deformações significativas, massas concentradas,
trincas, danos ao acabamento superficial ou dificuldade de retirada/reinstalação
manual, inclusive no cabo.

e) Após a reinstalação e reconferido o ângulo, a tração deverá ser aumentada


lentamente até atingir o limite de ruptura medido na resultante vertical. Após 5
minutos de carga mantida, sem aparecimento de rupturas, a carga deverá ser
aumentada até ocorrer o colapso do material, anotando-se todos os valores
significativos, tipo e localização das falhas.

3.3.2.5 Ensaio de Carga de Escorregamento versus Torque de Aperto dos Grampos de


Suspensão

ET-DLT-034 – JUN/04 28
A curva de carga de escorregamento versus torque de aperto dos parafusos do grampo
de suspensão deverá ser determinada por meio do seguinte procedimento:

a) Um pedaço do condutor ou cabo pára-raios maior que 10 m deverá ser inserido no


grampo de tal modo que emerja de uma das extremidades do grampo uma cauda
com não menos do que 5 m após a extremidade da armadura.

O grampo deverá ser preso pelo seu engate a um dispositivo, de modo a simular a
ligação normal do grampo à cadeia.

b) As porcas deverão ser apertadas com chave torquimétrica de disparo, usando


valores de 40% até 200%, com degraus de 20%, do valor de torque recomendado
pelo Fornecedor, sem o uso de qualquer método especial para aumentar a pressão
de aperto. Para cada valor de torque de porca, a carga de ensaio deverá ser
gradualmente aumentada até que ocorra o escorregamento do cabo. Um gráfico será
obtido, em particular com o torque recomendado pelo Fornecedor repetido duas
vezes.

c) O valor de tração de escorregamento a ser registrado será o maior em que se


mantiver a carga por 1 minuto. Antes de mudar-se o torque, deverão ser registrados
eventuais deslocamentos que, se maiores que 50 mm, exigirão a reinstalação
centrada.

O torque recomendado será aceito se não permitir o escorregamento contínuo com a


tração “EDS” do cabo, porém permitir que ocorra com tração abaixo da tração máxima
de trabalho, conforme informadas nas Condições Específicas do Fornecimento.

3.3.2.6 Ensaio de Cargas de Ruptura e de Escorregamento dos Grampos de Ancoragem


e dos Acessórios

a) Os grampos de ancoragem e os acessórios deverão ser ensaiados com um


comprimento de cabo não menor que 10 m, através do qual a carga deverá ser
aplicada. Para as luvas de compressão, o cabo deverá estender-se por 5 m de cada
lado.

b) A carga de escorregamento especificada deverá ser mantida durante 5 minutos, não


devendo ocorrer escorregamento do cabo.

3.3.2.7 Ensaios em Elementos Pré-formados

a) As armaduras, emendas ou reparos pré-formados deverão ser submetidos a ensaios


de tensão e de torção em torno de um mandril com um diâmetro igual à metade do
diâmetro do cabo para o qual foram projetados. Nenhuma fratura ou qualquer outra
alteração deverá ocorrer na superfície dos elementos ensaiados.

b) As emendas pré-formadas de tração total deverão ser ensaiadas de modo


semelhante ao descrito no item 3.3.2.6.

3.3.2.8 Ensaio em Componentes Rosqueados

a) As peças que têm dispositivos de fixação com componentes rosqueados, exceto


grampos de suspensão, deverão ser ensaiadas para torque de reutilização e torque
ET-DLT-034 – JUN/04 29
de falha. Torque de reutilização é definido como o valor limite no qual qualquer
componente passe a apresentar deformação permanente (inclusive deformações de
roscas suficientemente grandes para impedir o rosqueamento manual). Torque de
falha é definido como o valor no qual qualquer componente apresenta fraturas.

b) O torque mínimo deverá estar de acordo com a tabela seguinte, aplicável a


parafusos e porcas de aço galvanizado:

Diâmetro Nominal Torque de Reutilização Torque de Falha


da Rosca (kg.cm) (kg.cm)
3/8” 288 403
½” 690 980
5/8” 1380 1840
¾” 2420 3110

3.3.2.9 Ensaio de Dobramento nas Cupilhas

a) Este ensaio deverá ser efetuado numa amostra formada por uma parte retilínea ou
quase retilínea da cupilha.

b) Uma das extremidades deverá ser inserida em um torno, cujas garras deverão ser
cobertas de um pedaço de aço que possua um raio de curvatura de acordo com a
seguinte tabela:

Acoplamento Padrão Raio (mm)


16 mm (IEC 60120) 3
18 mm (ANSI C 29.2) 3
24 mm (IEC 60120) 5

c) A peça sob ensaio deverá ser dobrada a um ângulo de 90º por meio de uma marreta
de madeira, e depois desencurvado até a sua posição original.

d) Essas operações deverão ser feitas duas vezes. Após essas duas operações de
dobramento, a amostra sob ensaio deverá ser examinada. Não deverão estar
presentes fendas ou rachaduras na zona de dobramento.

3.3.2.10 Ensaio de Desempenho nas Cupilhas

a) Uma força, na direção do eixo longitudinal da cupilha, deverá ser aplicada no olhal
da mesma quando instalada no orifício da concha padrão do Fornecedor.

b) Esta força deverá ser gradualmente aumentada até que a cupilha se mova da
posição de travada para a posição de destravada.

c) A força necessária para fazer a cupilha mover-se para a sua posição de destravada
deverá ser no mínimo 5 daN e no máximo 50 daN.

d) O ensaio deverá ser repetido três vezes, e os valores da força necessária para o
travamento da cupilha deverão permanecer dentro da faixa de 5 a 50 daN.

3.3.2.11 Ensaio de Dureza nos Contrapinos

ET-DLT-034 – JUN/04 30
Este ensaio deverá ser realizado pelo método Rockwell. Deverá ser efetuado um
conjunto de três medições nas superfícies planas de cada contrapino que esteja sendo
ensaiado. O valor mínimo de dureza deverá ser de B88 a C30.

3.3.3 Ensaios Elétricos

3.3.3.1 Ensaios de Corona, TRI, Medição da Distribuição de Tensão nos Isoladores do


Lado Linha (até 20% do total), Tensão Suportável e Disruptiva de Impulso
Atmosférico a Seco, Tensão Suportável e Disruptiva de Impulso de Manobra sob
Chuva e a Seco e Tensão Suportável e Disruptiva a Frequência Industrial sob
Chuva

3.3.3.1.1 Preparação dos Ensaios

a) Os tipos de cadeias a serem ensaiadas, com ou sem pesos adicionais, estão


definidos nas Condições Específicas do Fornecimento.

b) Para estes ensaios, a cadeia será instalada em uma estrutura modelo (metálica ou de
concreto) cuja parte superior terá dimensões reais, as quais serão informadas
previamente pela CHESF.

As cadeias de suspensão deverão ter uma carga vertical de aproximadamente 200


kg de modo a propiciar bom contato elétrico entre os engates.

c) Para as cadeias de ancoragem, os condutores poderão ser montados verticalmente;


estas cadeias deverão incluir as pontes elétricas (lado fonte) e os cabos pára-raios,
na mesma disposição das estruturas reais, e aterrados no solo. A distância mínima
entre os grampos de ancoragem e os toróides de blindagem da ponta dos cabos será
de 4 m para 230 kV e 6 m para 500 kV.

d) Todos os isoladores (ou parte deles) em cada tipo de cadeia, a critério da CHESF,
serão primeiro submetidos e aprovados, unitariamente, no ensaio de TRI.

e) Os isoladores a serem ensaiados consistirão de itens da linha de fabricação e não


serão polidos ou preparados antes do ensaio, mas somente limpos com pano livre de
impurezas, para remover qualquer sujeira ou graxa. Além destes isoladores,
poderão ser utilizados, em ensaios comparativos, isoladores semelhantes poluídos,
de forma a simular sua condição normal em operação, se exigido e descrito nas
Condições Específicas do Fornecimento.

f) Tubos de alumínio ou cabos com o mesmo diâmetro do condutor ± 5% serão


usados para simular o condutor ou feixe de condutores especificado.

g) O menor comprimento do condutor simulado será de 8 m para as cadeias de


suspensão de 230 kV, 6 m para as cadeias de ancoragem de 230 kV e 8 m para as
cadeias de 500 kV.
h) A menor distância entre o condutor simulado e os objetos aterrados (com exceção
da estrutura modelo e do plano de terra) será maior que 10 m.

i) As seguintes condições atmosféricas que ocorram durante os ensaios serão


registradas nos relatórios:

ET-DLT-034 – JUN/04 31
• Temperatura (bulbos seco e úmido);
• Umidade;
• Pressão atmosférica.

j) Ensaios em instalações externas não serão permitidos.

3.3.3.1.2 Preparação e Seleção das Ferragens e Isoladores para os Ensaios de Corona, TRI
e Medição da Distribuição de Tensão

a) Ferragens

• A ferragem será limpa a seco para remover a poeira.


• Todos os contrapinos dos grampos de suspensão serão montados com suas
extremidades livres voltadas para o centro do feixe.
• A parte do grampo com marcas em alto relevo será montada com as marcas
voltadas para o centro do feixe.
• Os grampos, principalmente em suas extremidades, deverão ser livres de
arranhões ou outros defeitos originados por manuseio ou transporte impróprios,
porém terão acabamento de qualidade industrial.

b) Isoladores

• Os isoladores deverão ser limpos a seco antes da montagem.


• Os dez primeiros isoladores do lado linha deverão satisfazer os seguintes
requisitos:

- Ser isentos de pinos tortos ou descentralizados, porosidade, rachaduras ou


umidade do cimento;
- Ter a superfície do cimento perpendicular ao dielétrico e no nível
especificado;
- Se especificado, ter a luva de zinco conforme indicado nas Condições
Específicas do Fornecimento;
- Ser o vidro isento de bolhas e defeitos superficiais.

3.3.3.1.3 Critérios

a) A simulação monofásica no laboratório, para os ensaios de corona, TRI e medição


da distribuição de tensão dos conjuntos completos de cadeias de isoladores, deverá
reproduzir os valores dos gradientes de tensão máximos nas superfícies dos
condutores do circuito trifásico real, considerando a fase de maior gradiente na
definição da tensão de ensaio, salvo indicação diferente expressa nas Condições
Específicas do Fornecimento.

b) Os valores dos gradientes de tensão máximos na superfície (kV/cm, rms)


correspondendo à extinção visual do corona e à TRI aceitável, estão indicados nas
Condições Específicas do Fornecimento.
c) A CHESF prefere que sejam adotadas as tensões de ensaio indicadas nas
Condições Específicas do Fornecimento, onde os valores calculados já consideram
a simulação monofásica em função da altura de instalação dos grampos em relação
ao piso do laboratório.

ET-DLT-034 – JUN/04 32
3.3.3.1.4 Instruções para os Ensaios de Corona, TRI e Medição da Distribuição de Tensão,
usando Dispositivo de Calibração da Tensão de Ensaio

a) A critério da CHESF, e para dirimir dúvidas sobre os resultados, a determinação da


tensão fase-terra a ser usada nos ensaios para reproduzir os gradientes de tensão da
linha de transmissão trifásica especificada nas Condições Específicas do
Fornecimento, poderá ser feita no laboratório, usando dispositivos de calibração.

b) O dispositivo de calibração consiste de uma esfera de aço presa a uma braçadeira


através da qual a esfera é sobreposta à superfície do condutor de ensaio, à máxima
distância do eixo do condutor, e não entre o encordoamento. A esfera deverá ser
posicionada no ponto de máximo gradiente, devidamente afastada tanto da cadeia
quanto dos toróides anticorona e outros objetos (energizados ou aterrados) do
ambiente.

c) O dispositivo de calibração deverá ser instalado no condutor de ensaio após a esfera


ter sido limpa com um pano livre de impurezas. A fixação não poderá apresentar
saliência próxima à esfera, que ficará no máximo a 2 mm da superfície do condutor.

d) A tensão aplicada deverá ser lentamente aumentada até que ocorra corona positivo
no dispositivo de calibração. Esta tensão deverá ser anotada.

O procedimento acima deverá ser feito por três vezes. O valor de tensão a ser
considerado será o valor médio das três tensões anotadas.

e) O ensaio deverá ser repetido com a mesma esfera instalada em feixe de condutor, se
for o caso, idêntico ao do ensaio anterior, porém dentro de uma gaiola de Faraday
aterrada, cilíndrica, coaxial e de diâmetro mínimo de 1 m. A distância da esfera
para as extremidades deverá ser de pelo menos duas vezes o diâmetro da gaiola.
Após três aplicações, a média das tensões de aparecimento do corona permitirá o
cálculo do gradiente de calibração.

f) O fator de calibração FC é dado por: FC = TCE/GC, sendo:

• TCE: Tensão de Corona positivo na Esfera;


• GC: Gradiente de Calibração.

g) A multiplicação do gradiente indicado nas Condições Específicas do Fornecimento


pelo fator de calibração, resulta na tensão de ensaio que deverá ser aplicada ao
condutor a fim de obter esse gradiente.

3.3.3.1.5 Ensaio de Corona

a) A tensão de extinção de corona a 60 Hz será determinada visual e fotograficamente


no laboratório totalmente escuro.

b) Após decorrerem alguns minutos para que os olhos dos observadores se adaptem à
escuridão, a tensão aplicada deverá ser aumentada até que o corona positivo seja
percebido. Após fotografado, a tensão será aumentada até que o ponto emissivo
fique completamente visível e, se conveniente, até que o corona surja em outro
ponto.
ET-DLT-034 – JUN/04 33
c) A tensão deverá ser mantida neste valor durante um minuto e então gradualmente
diminuída até que ocorra completa extinção do corona, quando se fará nova
fotografia.

d) O procedimento acima deverá ser feito por três vezes e os valores de tensões a
serem considerados deverão ser a média aritmética de cada três valores de tensões
obtidos.

e) A cadeia completa sob ensaio será considerada aprovada se as tensões de extinção


de corona forem iguais ou maiores que os valores especificados nas Condições
Específicas do Fornecimento.

f) As fotos deverão ser feitas com câmara e lentes adequadas, sobre tripé, com tempo
de exposição mínima de 60 s em filme de baixa granulometria, a cores. Para cada
ponto de tomada de foto escura, deverá ser produzida uma foto com o ambiente
iluminado o suficiente para serem vistos também a cadeia e a estrutura modelo.

g) Os negativos de cada foto deverão ser gravados também com a tensão aplicada à
cadeia na ocasião do registro.

3.3.3.1.6 Ensaio de TRI

a) A cadeia deverá ser instalada da mesma maneira descrita para os ensaios de corona
e, de preferência, usando-se a mesma montagem.

b) As medições deverão ser feitas usando um circuito normativamente e


internacionalmente aceito (NEMA 107).

c) Inicialmente, o valor de ruído ambiente para a tensão mais elevada prevista e para
1 MHz será determinado com a cadeia e o feixe de condutores, se for o caso,
desligados do circuito de medição.

d) Será determinada a impedância do circuito de medição. Depois de energizada a


cadeia, a tensão aplicada deverá ser aumentada em degraus até ser atingida a
máxima tensão fase-terra indicada nas Condições Específicas do Fornecimento.
Esta tensão será mantida por um minuto e depois aumentada em degraus até que o
valor de incidência de corona seja alcançado, sendo, então, diminuída
gradativamente.

e) A diferença entre dois degraus sucessivos será de 5% para tensões superiores a


90% da tensão nominal de ensaio. Para tensões menores que esta, os degraus
poderão ser de 30% da tensão nominal de ensaio indicada nas Condições
Específicas do Fornecimento.

f) Em cada degrau ascendente ou descendente, o valor correspondente de TRI será


lido. O procedimento acima deverá ser repetido para obter-se dois gráficos de TRI
versus tensão aplicada (mV/kV).

A curva TRI característica para cada ciclo de medição será desenhada em papel
monologarítmico (TRI na escala logarítmica).

ET-DLT-034 – JUN/04 34
g) Os resultados dos ensaios de TRI deverão concordar com os seguintes requisitos:

• Os máximos valores de TRI em função das tensões aplicadas deverão estar


dentro dos limites estabelecidos nas Condições Específicas do Fornecimento;
• O joelho da curva TRI versus tensões deverá estar acima do valor limite indicado
nas Condições Específicas do Fornecimento.

3.3.3.1.7 Ensaio de Medição da Distribuição de Tensão nos Isoladores do Lado Linha

a) Deverá ser realizado nos mesmos arranjos de montagem (circuitos, estrutura


modelo, distâncias e cuidados) e nos mesmos protótipos de cadeias (ferragens e
isoladores) dos ensaios de corona e TRI acima especificados, e preferencialmente
antes destes.

b) Deverá ser realizado nos primeiros isoladores do lado fase (até 20% do número
total da cadeia), em igual quantidade por penca para cadeias “V” e/ou duplas.

c) Deverá ser utilizado um par de esferas normalizadas e com a superfície perfeita e


limpa, com espaçamento calibrado de forma a centelhar, quando aplicada ao
primeiro isolador, com tensão aplicada à cadeia entre 40% e 80% da tensão de
ensaio especificada nas Condições Específicas do Fornecimento para os ensaios de
corona e TRI (em condições normais, em torno de 1 mm para cada 40 kV desta
tensão).

d) O procedimento do ensaio consiste na determinação do valor médio de cinco


aplicações de tensão de centelhamento diretamente sobre as esferas posicionadas no
isolador sob ensaio (calibração das esferas) e posterior determinação do valor
médio de cinco aplicações de tensão na cadeia até a disrupção nas esferas
calibradas. O percentual de tensão no isolador é determinado pela relação entre
esses valores médios.

e) Entre a calibração e a medida, a posição das esferas não poderá ser alterada,
embora se permita a pesquisa da disposição que melhor satisfaça.

f) O protótipo de cadeia será aprovado se a tensão percentual não superar 7,8% nas
cadeias de 500 kV ou 11,3% nas cadeias de 230 kV. Além disso, a média dos
isoladores medidos não poderá exceder 90% do limite individual.

3.3.3.1.8 Ensaio de Tensão Suportável e Disruptiva de Impulso Atmosférico a Seco

O ensaio deverá ser realizado de acordo com a Norma IEC 60060-1 e 60383-2.

3.3.3.1.9 Ensaio de Tensão Suportável e Disruptiva de Impulso de Manobra sob Chuva e a


Seco

O ensaio deverá ser realizado de acordo com a Norma IEC 60060-1 e 60383-2.

3.3.3.1.10 Ensaio de Tensão Suportável e Disruptiva a Freqüência Industrial sob Chuva

O ensaio deverá ser realizado de acordo com a Norma IEC 60060-1 e 60383-2.
ET-DLT-034 – JUN/04 35
3.3.3.2 Ensaio de Arco de Potência

a) Para este ensaio, a cadeia será instalada em uma estrutura modelo (metálica ou de
concreto) cuja parte superior terá dimensões reais, as quais serão informadas
previamente pela CHESF.

As cadeias de suspensão deverão ter uma carga vertical de aproximadamente 200


kg de modo a propiciar bom contato elétrico entre os engates.

b) A corrente de curto-circuito deverá ser iniciada por meio de um fio fusível colocado
entre as partes energizada e aterrada da cadeia ou entre a parte energizada da cadeia
e o modelo de estrutura, escolhendo-se a menor distância. Se esta distância ocorrer
entre o primeiro e o último isolador, o fio será conectado a cada 4 isoladores.

c) Os valores e durações das correntes, o número de aplicações e as condições de


alimentação e circuitos de retorno deverão ser como especificado nas Condições
Específicas do Fornecimento.

d) O seguinte critério deverá ser usado para aprovação dos conjuntos de ferragens de
cadeias no ensaio de arco de potência:

• Os componentes de ferragens não deverão apresentar danos que possam


acarretar a ruptura das cadeias;
• A carga de ruptura das cadeias não deverá ser reduzida a menos de 90% do valor
garantido para os conjuntos de ancoragem e 60% para os de suspensão, no
ensaio mecânico de ruptura;
• Os isoladores poderão sofrer desvitrificação; serão admitidos desprendimento de
cimento, redução no diâmetro do pino ou quebra dos dielétricos dos isoladores,
desde que no ensaio mecânico de ruptura os resultados sejam iguais ou
superiores aos valores acima citados;
• As raquetes e anéis não deverão sofrer perfurações;
• Os componentes de ferragens não deverão apresentar danos que possam
prejudicar o seu uso. Poderão ser aceitos leves danos superficiais;
• As armaduras pré-formadas não deverão apresentar danos que possam requerer
sua substituição;
• As raízes do arco não poderão fixar-se em pontos vitais da cadeia, tais como
pinos e campânulas dos isoladores, grampos, etc.

3.3.3.3 Ensaio de Elevação de Temperatura

Os acessórios e grampos ligados ao condutor e ao cabo pára-raios deverão ser


submetidos a ensaios de temperatura de acordo a Norma NEMA CC1-Parte 3.
3.3.3.4 Ensaio de Resistência Elétrica

Os acessórios e grampos dos cabos condutor e pára-raios CAA deverão ser submetidos
a ensaios de resistência elétrica de acordo com a Norma NEMA CC1-Parte 3.

3.3.3.5 Ensaio de Ciclo Térmico

Os acessórios a compressão e os conjuntos de ancoragem a compressão deverão ser

ET-DLT-034 – JUN/04 36
submetidos a ensaios de ciclo térmico de acordo com a Norma ANSI C 119.4.

3.3.3.6 Ensaio de Perdas Ferromagnéticas

O Fornecedor deverá realizar ensaios adequados para confirmar que as perdas


ferromagnéticas dos grampos de suspensão não excedem 30 watts, com 1000 A
eficazes e 60 Hz.

3.3.4 Amostras para os Ensaios de Tipo

Os ensaios de corona, TRI, medição da distribuição de tensão e arco de potência


deverão ser efetuados em amostras dos conjuntos do condutor especificados nas
Condições Específicas do Fornecimento.

Os outros ensaios de tipo serão efetuados em três unidades de cada tipo de material a
ser fornecido.

O ensaio de inspeção visual será efetuado em todas as peças submetidas aos ensaios de
tipo.

ET-DLT-034 – JUN/04 37
4.0 REQUISITOS COMPLEMENTARES REFERENTES À
SUBMISSÃO DE PROPOSTA E ÀS ETAPAS SEGUINTES

4.1 ABREVIATURAS, UNIDADES E IDIOMA

4.1.1 Definições e Conceitos

Os seguintes termos e expressões usados nos documentos de Proposta e de


Instrumento Contratual, têm seus significados apresentados a seguir, exceto quando o
texto especifica um significado diverso:

CHESF

COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO, empresa brasileira de


economia mista, criada pelo Decreto-Lei N° 8031, de 03 de outubro de 1945, com
sede à Rua Delmiro Gouveia, 333 – CEP: 50761-901 – Bonji, Recife-PE.

Proponente

É qualquer firma ou grupo de firmas pré-qualificado que irá submeter uma Proposta
para fornecimento dos materiais, equipamentos e serviços abrangidos por esta
concorrência.

Proposta ou Oferta Básica

É a apresentada perfeitamente e estritamente de acordo com as Especificações


Técnicas e Comerciais, Condições Específicas do Fornecimento e Cartas Circulares
emitidas pela CHESF.

Proposta Alternativa Opcional

É a submetida por opção do Proponente, a qual apresenta variações em relação à


Proposta Básica em aspectos técnicos e/ou comerciais. Cada Proposta Alternativa
Opcional submetida deverá apresentar, em separado, um “FORMULÁRIO DE
PROPOSTA” completamente preenchido.

Condições Específicas do Fornecimento

É um documento emitido pela CHESF, para suplementar estas Especificações


Técnicas, contendo os requisitos técnicos específicos para esta Licitação.

Fornecedor

É o Proponente selecionado pela CHESF a quem o fornecimento dos materiais e


serviços serão adjudicados através de um Instrumento Contratual, incluindo-se, sob a
designação “Fornecedor”, seus representantes legais, sucessores e agentes.

ET-DLT-034 – JUN/04 38
Subfornecedor

É qualquer pessoa, firma ou companhia contratada pelo Fornecedor e aceita pela


CHESF para o fornecimento de qualquer parte dos materiais ou serviços objeto da
concorrência.

Fornecimento e Serviços

É tudo o que deva ser executado pelo Fornecedor, descrito nos documentos de
concorrência e documentos contratuais, permanentes ou temporários, incluindo o
fornecimento de instalações, materiais e mão-de-obra.

Desenhos de Instrumento Contratual

É um documento de concorrência ou de Instrumento Contratual, apresentado pela


CHESF ou pelo Proponente para fins de concorrência, ou feito durante o
cumprimento do Instrumento Contratual, em qualquer caso devidamente aprovado
pela CHESF.

Sempre que se fizer referência nas Especificações Técnicas: “de acordo com os
desenhos”, esta deverá ser interpretada como: “de acordo com os desenhos
aprovados”.

4.1.2 Unidades

Todas as unidades de medida empregadas deverão ser do Sistema Métrico ou estar de


acordo com o Decreto-Lei N° 63.233, de 12 de setembro de 1966.

4.1.3 Idioma

As Propostas deverão ser em português e a documentação de consorciado estrangeiro,


se for o caso, deverá ser traduzida para o português por tradutor juramentado.

Todos e quaisquer erros gramaticais ou ortográficos cometidos pelo Proponente ou


Fornecedor, que possam conduzir a uma interpretação errônea da Proposta ou de
qualquer correspondência posterior, estarão sujeitos às penalidades legais.

4.2 REUNIÕES

Todas as reuniões sobre quaisquer assuntos relacionados ao fornecimento abrangido


por estas Especificações serão registradas através de atas assinadas por todos os
participantes.

A responsabilidade da preparação da ata será da entidade em cujas dependências se


realizar a reunião.

ET-DLT-034 – JUN/04 39
4.3 DESENHOS

4.3.1 Generalidades

Os desenhos deverão estar de acordo com as Normas Brasileiras e com os requisitos


exigidos pela CHESF.

O programa computacional usado pelo Fornecedor na elaboração dos desenhos deverá


ser compatível com o utilizado pela CHESF, informado nas Condições Específicas do
Fornecimento.

4.3.2 Identificação

Todos os desenhos entregues pelo Fornecedor à CHESF deverão ser numerados e


possuir as seguintes inscrições:

• COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO - CHESF


• Número e item do Instrumento Contratual
• ET/DLT - (número e data das Especificações Técnicas)
• Nome(s) da(s) Linha(s) de Transmissão

O modelo padronizado da CHESF será entregue ao Fornecedor.

4.3.3 Aprovação

Todos os desenhos submetidos à aprovação da CHESF deverão ser enviados por meio
eletrônico. Além disso, cópias em papel deverão ser remetidas aos escritórios da
CHESF, da seguinte forma:

a) 2 (duas) cópias durante os procedimentos que antecedem a aprovação do material


nos ensaios de tipo;

b) 4 (quatro) cópias após a aprovação nos ensaios de tipo.

Uma das cópias em papel de cada desenho recebida pela CHESF para aprovação será
devolvida ao Fornecedor com a indicação “APROVADO COM RESSALVAS” ou
“APROVADO PARA FABRICAÇÃO DO PROTÓTIPO”, dentro de 20 (vinte)
dias após seu recebimento pela CHESF.

O desenho “APROVADO COM RESSALVAS” deverá ser remetido de volta ao


Fornecedor, o qual providenciará as modificações ou correções.

Todas as revisões dos desenhos deverão ser claramente identificadas pelo Fornecedor,
de forma a facilitar sua análise pela CHESF. Todos os desenhos deverão ter uma
tabela descrevendo as revisões e assinalando as suas datas.

Dentro de 10 (dez) dias após o recebimento dos desenhos remetidos pela CHESF, o
Fornecedor deverá submeter os desenhos revisados à aprovação da CHESF, por meio
eletrônico e 2 (duas) cópias em papel, adicionais.
Se um desenho revisado, entretanto, não estiver de acordo com os requisitos das
Especificações, o Fornecedor será responsabilizado por todos os atrasos nos trabalhos
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e prazos de entrega do material causados por esta discordância, e pelas penalidades
correspondentes.

Se um desenho revisado não for aprovado pela CHESF, os procedimentos supra


citados deverão ser repetidos até sua aprovação final.

Após o recebimento, pelo Fornecedor, dos desenhos “APROVADO PARA


FABRICAÇÃO DO PROTÓTIPO”, poderão ser feitos os ensaios dos materiais
conforme requerido nestas Especificações.

Se o protótipo não for aprovado nos ensaios e o projeto venha a ser modificado, todos
os procedimentos acima serão repetidos.

Quando o protótipo for aprovado satisfatoriamente nos ensaios, o Fornecedor, no


prazo de 8 (oito) dias, deverá enviar à CHESF os desenhos por meio eletrônico, caso
os mesmos tenham sido alterados. Além disso, deverão ser enviadas as 4 (quatro)
cópias previstas, que serão carimbadas “APROVADO PARA FABRICAÇÃO EM
SÉRIE”, sendo uma cópia devolvida ao Fornecedor.

A aprovação dos desenhos pela CHESF não será considerada como uma verificação
completa, mas indicará, somente, que o método geral adotado é satisfatório. A
aprovação pela CHESF dos desenhos de fabricação não eximirá o Fornecedor das
responsabilidades para com a precisão dos mesmos e adequação do produto fornecido.

4.4 CRONOGRAMA

O Fornecedor deverá dentro de 10 (dez) dias após a data de assinatura do Instrumento


Contratual, submeter à aprovação da CHESF um cronograma claro e detalhado,
contendo as etapas de projeto, fabricação, ensaios e entrega do produto, o qual deverá
estar em conformidade com o cronograma de entrega requerido.

Qualquer modificação posteriormente introduzida neste cronograma deverá ser


antecipadamente informada à CHESF, apontando as razões e fornecendo justificativas
para tal modificação.

4.5 FABRICAÇÃO

4.5.1 Início de Fabricação

A fabricação do material objeto destas Especificações deverá ter início somente após o
Fornecedor haver recebido os respectivos desenhos aprovados para fabricação em
série. Qualquer trabalho feito pelo Fornecedor antes que o mesmo tenha recebido esses
desenhos aprovados, será de seu inteiro risco, exceto se especificamente solicitado por
escrito pela CHESF.

4.5.2 Modificações Durante a Fabricação

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Qualquer modificação no projeto original que eventualmente se fizer necessária por
razões técnicas, durante a fabricação, deverá ser informada previamente à CHESF, e a
execução do projeto alterado somente poderá ser iniciada após a aprovação por escrito
da CHESF.

4.6 ENSAIOS DE TIPO

4.6.1 Condições Básicas

4.6.1.1 Notificação

O Fornecedor deverá notificar a CHESF, por escrito, com 14 (quatorze) dias de


antecedência, a data em que qualquer material estará pronto para ensaios de tipo
requeridos pela CHESF, indicando o local, como estipulado no Instrumento
Contratual. Se o representante da CHESF deixar de comparecer no local estipulado e
na data marcada pelo Fornecedor na notificação, este poderá proceder aos ensaios na
ausência do representante da CHESF, exceto no caso dos ensaios que explicitamente
devam ser testemunhados.

4.6.1.2 Providências a serem tomadas pelo Fornecedor

O Fornecedor planejará e providenciará manutenção, mão-de-obra, materiais, energia


elétrica, combustível, armazéns, utensílios, máquinas e instrumentos, em suas
dependências ou em outro local, que possam ser necessários para a realização dos
ensaios dos materiais.

O Fornecedor deverá também fornecer amostras de materiais para ensaios, que sejam
escolhidos e solicitados ou não pelo representante da CHESF.

O Fornecedor deverá tornar disponíveis para o representante da CHESF, todas as


informações necessárias para que este avalie as instalações e os instrumentos para a
realização dos ensaios.

O Fornecedor providenciará para que os ensaios sejam efetuados durante horas


normais de trabalho. Os ensaios além das horas normais de trabalho somente serão
aceitos quando, por razões técnicas, for impossível levá-los a cabo durante as horas
normais de trabalho. O Fornecedor deverá notificar a CHESF, com pelo menos 30
(trinta) dias de antecedência, sobre qualquer imperfeição e/ou insuficiência de seus
equipamentos de ensaios, de tal forma que a CHESF, se possível, possa utilizar seus
próprios recursos na resolução do problema.

4.6.1.3 Documentação Técnica

O Fornecedor deverá apresentar à CHESF, dentro de um prazo não inferior a 45


(quarenta e cinco) dias antes da realização dos ensaios, as seguintes informações:

a) Um conjunto de diagramas (elétricos, mecânicos, etc.) para execução dos ensaios,


quando aplicável;

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b) Uma lista completa de todos os equipamentos e instrumentos de medição a serem
utilizados nos ensaios, indicando as seguintes características, quando aplicável:

• Tipo e Fabricante;
• Classe de Precisão;
• Classe de Tensão;
• Sensibilidade;
• Certificado de Aferição emitido por instituição credenciada, dentro de um prazo
máximo de 6 (seis) meses, antecedentes ao início dos ensaios.

c) Uma lista parcial para cada ensaio, indicando quais instrumentos e equipamentos
deverão ser utilizados em cada ensaio particular;

d) Uma descrição simplificada, porém clara e precisa dos procedimentos relativos a


cada um dos ensaios.

4.6.1.4 Repetição de Ensaio

A repetição de qualquer ensaio, que venha a ser necessária por deficiência nos
equipamentos de ensaios ou falha de projeto ou do material ensaiado, será
inteiramente por conta do Fornecedor. Além disso, se esta repetição acarretar despesas
adicionais de mão-de-obra, viagem e estada de inspetores da CHESF, estas serão
reembolsadas pelo Fornecedor à CHESF após a comprovação das mesmas.

4.6.2 Relatórios dos Ensaios e Avaliação

4.6.2.1 Modelos de Relatórios de Ensaios

O Fornecedor deverá entregar à CHESF, em tempo hábil, o modelo do relatório a ser


usado em cada ensaio, para conhecimento e eventual alteração que venha a ser
solicitada pela mesma.

4.6.2.2 Entrega dos Relatórios de Ensaios

A cada ensaio corresponderá um relatório, que deverá ser assinado pelos


representantes da CHESF e pelo Fornecedor, presentes ao ensaio.

O Fornecedor deverá enviar à CHESF, por meio eletrônico, o relatório de ensaio


dentro de 30 (trinta) dias após a execução do ensaio.

Qualquer atraso na entrega à CHESF dos relatórios de ensaios, constituirá motivo


para suspensão dos pagamentos relativos ao produto ensaiado, até que os referidos
relatórios sejam entregues.

4.6.2.3 Avaliação dos Resultados de Ensaios

A avaliação dos resultados de ensaios será feita, sempre que possível, por comparação.

As seguintes regras deverão ser seguidas para comparação:

a) Os valores garantidos pelo Fornecedor na sua Proposta;

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b) Os valores e tolerância estipulados nestas Especificações e nas Condições
Específicas do Fornecimento.

Se o critério comparativo acima especificado conduzir a conflito ou discrepância


durante a avaliação dos resultados dos ensaios, prevalecerá a decisão do representante
da CHESF e a mesma será comunicada por escrito ao Fornecedor.

4.7 VARIAÇÕES ÀS ESPECIFICAÇÕES

O Proponente deverá especificar claramente na Proposta Básica (ou na Proposta


Alternativa Opcional) as variações a estas Especificações, indicando as cláusulas
correspondentes e justificando tais variações, se houver.

À CHESF reserva-se o direito de aprovar, ou não, tais variações.

4.8 ORDEM DE PRECEDÊNCIA

As discrepâncias serão ajustadas à seguinte ordem de prioridade:

a) Correspondências da CHESF ou Atas de Reunião;


b) Condições Específicas do Fornecimento;
c) Especificações Técnicas;
d) Normas Brasileiras;
e) Normas e Recomendações Internacionais;
f) Documento de Referência.

Qualquer suplemento terá precedência sobre o documento original.

4.9 PROPRIEDADE DOS DOCUMENTOS

Todos os desenhos, Especificações e possíveis revisões, modificações ou adendos que


fizerem parte do fornecimento, tornar-se-ão e permanecerão propriedade da CHESF.

A CHESF terá o direito de usar os desenhos, cálculos, tabelas e outros documentos


desenvolvidos pelo Fornecedor, em qualquer ocasião futura, sem qualquer solicitação,
inclusive para realização de concorrência entre quaisquer fornecedores, sem obter
permissão para tal uso, do Fornecedor atual e inicial neste trabalho. Nenhuma
declaração, etiquetas ou marcas que possam existir nos documentos deverão limitar os
direitos da CHESF.

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