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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL


ESPECIALIZAÇÃO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

NATANEA APARECIDA ALVES

ESTUDO DE CASO REFERENTE A EXIGÊNCIA DO CORPO DE


BOMBEIROS PARA O USO DE SISTEMA DE HIDRANTE SOB COMANDO
EM UMA SUBESTAÇÃO ELÉTRICA

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

CURITIBA
2017
NATANEA APARECIDA ALVES

ESTUDO DE CASO REFERENTE A EXIGÊNCIA DO CORPO DE


BOMBEIROS PARA O USO DE SISTEMA DE HIDRANTE SOB COMANDO
EM UMA SUBESTAÇÃO ELÉTRICA

Monografia apresentada como requisito parcial à


obtenção do título de Especialista de Segurança
do Trabalho, Departamento Engenharia Civil,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
UTFPR.
Orientador: Prof. MSc. Carlos Augusto Speran-
dio

CURITIBA
2017
NATANEA APARECIDA ALVES

ESTUDO DE CASO REFERENTE A EXIGÊNCIA DO CORPO DE


BOMBEIROS PARA O USO DE SISTEMA DE HIDRANTE SOB
COMANDO EM UMA SUBESTAÇÃO ELÉTRICA

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista no Curso
de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná – UTFPR, pela comissão formada pelos professores:

Orientadora:

_____________________________________________
Profa. M.Sc. Carlos Augusto Sperandio
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

Banca:

_____________________________________________
Prof. Dr. Rodrigo Eduardo Catai
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

________________________________________
Prof. Dr. Adalberto Matoski
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

_______________________________________
Prof. M.Eng. Massayuki Mário Hara
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

Curitiba
2017

“O termo de aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso”


A meus pais, Pedro e Terezinha
por serem os melhores pais do mundo.
Sem vocês, nada disso seria possível.
Eu amo muito vocês!
AGRADECIMENTOS

Eu só tenho motivos para agradecer!

Agradeço imensamente a meus pais, que fazem o possível e o impossível pra me


ver feliz. Obrigada pela compreensão, pela paciência, pelo amor, e por todos os valores
que me ensinaram. E acima de tudo, obrigada pelos sacrifícios que vocês fizeram para
que eu pudesse ser quem eu sou hoje! Eu amo vocês!

Obrigada meus irmãos, Pedro Henrique, Michele e Naeane pela compreensão,


pela paciência, pelo amor, e pela certeza de que nunca estarei sozinha!

É tão grande meu agradecimento aos meus melhores e maiores presentes, meus
sobrinhos! Pedro Luis, Pedro Lucca e Pietra, obrigada por me proporcionarem tantos risos
e terem me presenteado com imensa felicidade apenas por existirem!

Ao meu amor Eric, obrigada pela paciência, incentivo, pela força e principalmente
pelo carinho. Que falta você me faz!

Ao professor Sperandio, meu orientador. Obrigada pelas contribuições dadas a


este trabalho.

Quero agradecer também aos meus amigos, companheiros e integrantes do grupo


PPP. Obrigada pela amizade, momentos de risadas, diversão e estudos compartilhados.
RESUMO

ALVES, Natanea Apa . Estudo de caso referente a exigência do Corpo de Bombeiros


para o uso de Sistema de Hidrante sob comando em uma Subestação Elétrica. 2017.
62 f. Monografia de Especialização – Especialização em Segurança do Trabalho, Univer-
sidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2017.

Este trabalho retrata a oportunidade de um Estudo de Caso em uma Subestação Abri-


gada, com o objetivo de fornecer energia elétrica para o Parque Olímpico, para os Jogos
Olímpicos de 2016. Por exigência do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de
Janeiro houve a necessidade da instalação de um Sistema de Hidrantes sob comando para
Proteção e Combate a Incêndio. Serão descritos as características do empreendimento,
as exigências do Corpo de Bombeiros, e o resultado final do sistema de hidrantes sob
comando implementado na subestação. Será ainda, realizado uma comparação dos sis-
temas de proteção contra incêndio específicos para subestações, entre, as recomendações
da Eletrobrás Gridis 14, ABNT NBR 13231 e as exigências do Corpo de Bombeiros, afim
de comprovar que todos os sistemas de proteção necessários foram executados. Dessa
forma, sugere-se outros tipos de Sistema de Proteção Contra Incêndio complementares,
em função de comprovações técnicas e trabalhos já realizados, com objetivo de preser-
var a continuidade dos equipamentos e evitar a exposição do operador da mangueira de
incêndio a corrente elétrica acidental.

Palavras-chave: Exigência. Corpo de Bombeiros. Subestação Elétrica. Recomendações.


Proteção Contra Incêndio. Sistema de Hidrante sob comando.
ABSTRACT

ALVES, Natanea Apa . Case study regarding the requirement of the Fire Department
for the use of Hydrant System under command in an Electrical Substation. 2017. 62 f.
Monografia de Especialização – Especialização em Segurança do Trabalho, Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2017.

This work presents the opportunity of a Case Study in a Sheltered Substation, with the
objective of supplying electricity to the Olympic Park for the 2016 Olympic Games. As a
requirement of the Rio de Janeiro State Fire Department, there was a need The installation
of a Hydrant System under the command of Protection and Fire Fighting. The characteris-
tics of the development, the requirements of the Fire Department, and the final result of the
hydrant system under command implemented in the substation will be described. A com-
parison of the specific fire protection systems for substations will also be made between the
recommendations of Eletrobrás Gridis 14, ABNT NBR 13231 and the requirements of the
Fire Department, in order to prove that all necessary protection systems have been carried
out. In this way, other types of complementary Fire Protection System will be suggested,
based on technical evidence and work already done, in order to preserve the continuity of
the equipment and avoid exposure of the fire hose operator to accidental electric current.

Keywords: Requirement. Fire Department. Electrical substation. Recommendations. Pro-


tection against fire. Hydrant system under command.
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Barramento Rígido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17


FIGURA 2 – Barramento Flexível. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
FIGURA 3 – Transformador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
FIGURA 4 – Disjuntor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
FIGURA 5 – Chave Seccionadora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
FIGURA 6 – Para-Raios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
FIGURA 7 – Relé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
FIGURA 8 – Transformador de Corrente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
FIGURA 9 – Transformador de Potencial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
FIGURA 10 – Banco de Capacitor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
FIGURA 11 – Reator. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
FIGURA 12 – Perspectiva Geral da Subestação Olímpica 138/13,8kV. . . . . . . . . . . . . . 42
FIGURA 13 – GIS (Gas Insulated Substation). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
FIGURA 14 – Subdivisão dos Espaços da Subestação Olímpica 138/13,8kV. . . . . . . . 43
FIGURA 15 – Corte dos Pavimentos da SE Olímpica 138/13,8kV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
FIGURA 16 – Corte dos Pavimentos GIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
FIGURA 17 – Transformadores de Potência 138/13,8kV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
FIGURA 18 – Detalhes do Sistema de Gás Inerte no Transformador de Potência. . . 46
FIGURA 19 – Sistema de Gás Inerte no Transformador de Potência. . . . . . . . . . . . . . . . 47
FIGURA 20 – Sistema de Hidrantes - Sala dos Porões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
FIGURA 21 – Sistema de Hidrantes - Primeiro Pavimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
FIGURA 22 – Sistema de Hidrantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
FIGURA 23 – Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA). . . . . . . . 52
FIGURA 24 – Comparação entre as exigências e recomendações. . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
FIGURA 25 – Sistema fixo de gás Inergen na sala do transformador. . . . . . . . . . . . . . . . 56
FIGURA 26 – Cilindros do Sistema fixo de gás Inergen. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
FIGURA 27 – Sistema fixo automático de água nebulizada para transformador. . . . . 57
LISTA SIGLAS

SEP Sistema Elétrico de Potência


SE Subestação
GIS Gás Insulated Substation
CBMERJ Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
SPDA Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
SPCI Sistema de Proteção Contra Incêndio
COSCIP Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico
CMI Casa de Máquina de Incêndio
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.1.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.1.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1 SUBESTAÇÕES DE ENERGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1.1 Classificação das Subestações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1.1.1Classificação da SE quanto à sua função no SEP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1.1.2Classificação da SE quanto à sua posição no SEP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.1.1.3Classificação da SE quanto à sua tensão de operação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.1.1.4Classificação da SE quanto ao tipo instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.1.1.5Classificação da SE pelo tipo construtivo dos equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2 EQUIPAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2.1 Equipamentos de transporte de energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2.1.1Barramentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2.1.2Transformadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2.2 Equipamentos de proteção e manobra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2.2.1Disjuntores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.2.2.2Chaves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2.2.3Para-Raios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2.2.4Relés . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2.3 Equipamentos de medição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2.3.1 Transformadores de Corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2.3.2Transformadores de Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2.4 Equipamentos de compensação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.2.4.1Banco de Capacitor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.2.4.2Reatores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.2.4.3Compensadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.2.4.4Equipamentos de Supervisão e Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.3 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM SUBESTAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.3.1 Riscos de Incêndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.3.1.1Óleo Mineral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.3.1.2Líquidos e gases inflamáveis e combustíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.3.1.3Riscos de Exposição ao fogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.3.1.4Riscos em subestação interna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.3.1.5Perdas de ativos críticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.3.1.6Manutenção e Construção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.4 NORMAS APLICADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.4.1 Eletrobrás - Série GRIDIS 14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.4.1.1Proteção Contra Incêndio das Edificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.4.1.2Proteção Contra Incêndio de Equipamentos e Instalações de Pátio . . . . . . . . . . . . 32
2.4.1.3Proteção Contra Incêndio Complementar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.4.2 ABNT NBR 13231:2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.4.2.1Requisitos de proteção contra incêndio para edificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.4.2.2Requisitos de proteção contra incêndio para equipamentos e instalações de pá-
tio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.5 EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO . . . . . . . . . . 38
2.5.1 Sistema de Extintores de Incêndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.5.2 Sistemas Fixos de Proteção Contra Incêndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.1 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.2 EXIGÊNCIAS DO CORPO DE BOMBEIROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.3 SISTEMA CONTRA INCÊNDIO IMPLEMENTADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
4.1 RECOMENDAÇÕES DA ELETROBRÁS GRIDIS 14 E ABNT NBR 13.231 . . . . . . . 53
4.1.1 Sistema fixo automático de gás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.1.2 Sistema fixo automático por água nebulizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
11

1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento das cidades tem evidenciado uma dependência cada vez maior
em relação às disponibilidades de energia elétrica, sendo sua utilização indispensável nos
processos de produção, comunicação e em todas as atividades cotidianas. Isso vem
exigindo um crescimento contínuo dos serviços de energia elétrica, bem como um pro-
gresso constante nos padrões de qualidade e continuidade da energia fornecida (CORSEN,
1979).
Verifica-se assim, a importância de uma melhor utilização dos recursos disponíveis,
de modo a otimizar os investimentos financeiros e a constante busca pelo aumento da efi-
ciência. Para atender o crescimento natural da sociedade é indispensável que as técnicas
de uso dessa energia caminhem proporcionalmente, através de melhorias das condições
de atendimento ao consumidor (MUZY, 2012).
Com o aumento da demanda de energia elétrica criam-se as necessidades de
crescimento e melhorias dos Sistemas Elétricos de Potência (SEP), criados para trans-
portar eletricidade para as populações, por meio de sistemas elétricos, compostos de qua-
tro etapas: geração, transmissão, distribuição e consumo (BARROS, 2010). As SEs são
responsáveis pela distribuição da energia elétrica, devido a essas razões, torna-se então
fundamental a utilização de um sistema confiável de operação.
Segundo Barros (2010), deve ser levada em consideração a previsão de aumento
progressivo da demanda de energia para o planejamento e implantação de uma subestação,
que atenda uma determinada localidade, região ou indústria. Tal planejamento proporciona
a definição das características básicas dos equipamentos e arranjo da subestação.
No que diz respeito a subestações quanto ao tipo de instalação, em relação ao
meio ambiente, temos a subestação convencional e a compacta, que possuem caracterís-
ticas distintas (custos, impactos ambientais, etc.).
As subestações convencionais são instaladas a céu aberto, ocupam grande es-
paço físico e tradicionalmente têm sido as mais utilizadas por diversas razões (domínio da
tecnologia, padronização, facilidade de fornecimento de equipamentos, custo de implan-
tação favorável) (MEIRELES, 2010).
Entretanto com o passar dos anos, em decorrência do crescimento urbano, a
grande necessidade de manutenção dos equipamentos devido ao esgotamento da vida
útil, a diminuição da confiabilidade do funcionamento, originou a necessidade de criar
subestações menores e mais compactas.
As concessionárias de energia elétrica que atendem as demandas elevadas, em
áreas densamente povoadas, vêm encontrando cada vez mais dificuldades na obtenção
de terrenos adequados para a implantação de suas subestações convencionais, devido às
dificuldades de aquisição de grandes áreas, custo elevado do metro quadrado do terreno,
nível de ruído, impacto ambiental e etc. (JACOBSEN et al., 2001).
Ainda segundo Jacobsen et al. (2001), neste contexto de dificuldades, depen-
dendo da sua localização na área urbana, surge como alternativa as subestações conven-
cionais, a construção das subestações abrigadas, em função de menores áreas requeri-
das, minimização do impacto ambiental e das vantagens proporcionadas pelo menor custo
de manutenção e maior confiabilidade. As subestações abrigadas são aquelas no qual os
12

equipamentos são instalados ao abrigo do tempo, podendo este abrigo ser uma edificação.
Considerando as vantagens da construção de uma subestação abrigada em uma
edificação, encontra-se a necessidade da realização de um Sistema de Combate e Pro-
teção Contra Incêndio com objetivo de proteger as instalações elétricas e assegurar a con-
tinuidade operacional do sistema. As diretrizes de prevenção e proteção contra incêndio
podem ser avaliadas levando em consideração aspectos específicos dos requisitos de pro-
jeto, arranjo físico, localização e modo de operação da subestação, em função da análise
de risco de incêndio e da importância da subestação no sistema de energia (ABNT, NBR
13.231, 2014).
Este trabalho retrata a oportunidade de um Estudo de Caso, referente a uma
Subestação Abrigada construída na Barra da Tijuca - Rio de Janeiro, com objetivo de
fornecer energia elétrica para o Parque Olímpico, para os Jogos Olímpicos de 2016. Por
exigência do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro houve a necessi-
dade da instalação de um Sistema de Hidrantes sob comando para Proteção e Combate
a Incêndio, o que de fato, torna-se extremamente perigoso, devido ao comprometimento
dos equipamentos em contato com a água, e principalmente a exposição do operador da
mangueira de incêndio à corrente elétrica acidental.
O interesse desta questão constituiu a principal motivação para elaboração deste
trabalho. Portanto, foram recomendados outros tipos de Sistema de Proteção Contra In-
cêndio complementares, em função de comprovações técnicas e trabalhos já realizados,
no qual não houve necessidade de utilizar sistema de hidrantes.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

A proposta deste trabalho foi descrever um caso real da exigência do Corpo de


Bombeiros para a instalação de um Sistema de Hidrantes sob comando para Proteção e
Combate a Incêndio em uma subestação elétrica abrigada e sugerir a partir de recomen-
dações de normas específicas, outros tipos de Sistemas de Proteção Contra Incêndio com-
plementares, conforme objetivos específicos.

1.1.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos foram:

• Indicar as Exigências do Corpo de Bombeiros;

• Demonstrar o Sistema Contra Incêndio instalado;

• Mencionar as Recomendações da Eletrobrás GRIDIS 14 e ABNT NBR 13231 em


forma de comparativo com as exigências do Corpo de Bombeiros;

• Recomendar outros tipos de Sistemas de Proteção Contra Incêndio;


13

1.2 JUSTIFICATIVA

O uso da água como agente extintor de fogo é largamente utilizado em incêndios


de Classe A, que consistem em materiais sólidos combustíveis que queimam em profundi-
dade e extensão, além de deixar resíduos. Os materiais combustíveis que se enquadram
nesta classe são: papel, tecido, algodão, madeira entre outros similares, dentre os quais
absolutamente não se encontram em subestações elétricas.
Para materiais que causam incêndios de Classe C, e nesta sim estão enquadrados
os equipamentos elétricos energizados, quadros de proteção e controle, transformadores,
computadores e qualquer que seja o material de uso em aplicações de energia elétrica,
os extintores de pó químico seco a base de bicarnonato de sódio, potássio (BC), fosfato
monoamonico (ABC) ou o extintor de CO2 são os mais adequados para combater o perti-
nente tipo de incêndio.
Em função da carga de incêndio e riscos envolvidos em uma subestação elétrica,
devem ser considerados os critérios mínimos exigidos pelas normas de Proteção e Com-
bate a Incêndio, podendo até, caso necessário a complementação da proteção.
Como proteção complementar, podem ser utilizados os sistemas de Água Nebu-
lizada, Sistema de Drenagem e Agitação de Óleo com Nitrogênio, Sistema de Gás Car-
bônico - CO2, Sistema de Halon e Sistema de Hidrantes.
O Sistema de Hidrante não é recomendado à instalação para proteção da casa
de controle, devido à baixa carga de incêndio, e pelos danos materiais que a água, espe-
cialmente sob pressão pode causar aos painéis e equipamentos com circuitos eletrônicos
(relés) existentes no local. A proteção contra incêndio de uma subestação tem por obje-
tivo proteger as instalações e assegurar a continuidade operacional da instalação após o
incidente, o que de fato, em se utilizar água, a continuidade operacional fica prejudicada.
Por medida de segurança, ressalta-se ainda que a área da subestação é con-
siderada como de elevado risco elétrico e, notadamente torna a instalação de sistemas
de hidrante sob comando totalmente incompatível e extremamente perigosa, devido a ex-
posição do operador da mangueira de incêndio à corrente elétrica acidental, podendo até
causar a morte.
14

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 SUBESTAÇÕES DE ENERGIA

Uma subestação (SE) pode ser definida como um conjunto de dispositivos e equipa-
mentos, interligados entre si, que fazem parte de um sistema elétrico de potência, que
tem o objetivo de transformar, distribuir e ainda direcionar blocos de energia dentro de ten-
sões, potências e parâmetros definidos, assim como garantir a proteção do sistema elétrico
(ABNT NBR 14.039, 2003), ou seja, consiste em um número de circuitos conectados a um
barramento comum de forma a possibilitar o desempenho das funções de transformação
de tensão, manobra e proteção do sistema de energia elétrica.
No Sistema Elétrico de Potência (SEP), a subestação tem como função principal
a instalação de equipamentos de transformação de níveis de tensão, manobra e de pro-
teção. Os equipamentos de proteção proporciona a conexão de circuitos com níveis de
tensão diferenciados, os equipamentos de manobra são responsáveis pela distribuição do
fluxo de potência através dos diversos circuitos conectados à subestação e os equipa-
mentos de proteção têm a função de garantir a segurança das pessoas e equipamentos
(ELETROBRÁS 82, 1982).
Durante o percurso de transmissão de energia elétrica entre a geração e o con-
sumo, a eletricidade passa por inúmeras subestações, onde os transformadores aumentam
ou diminuem sua tensão, com o objetivo de reduzir a perda excessiva de energia ao longo
do caminho e a distribuição de energia, respectivamente (MUZY, 2012).

2.1.1 Classificação das Subestações

As subestações podem ser classificadas em relação a sua função, posição no sis-


tema elétrico de potência, tensão de operação, tipo de instalação e aspectos construtivos
dos equipamentos, como segue:

2.1.1.1 Classificação da SE quanto à sua função no SEP

Segundo Mello (2012), as subestações podem acumular mais de uma das funções
relacionadas abaixo:

• SE Transformadora: é aquela que converte tensão para um nível diferente, maior ou


menor, podendo ser SE Transformadora Elevadora, cuja função é elevar a tensão, e
SE Transformadora Abaixadora têm a função de diminuir o nível da tensão;

• SE Seccionadora, de Manobra ou Chaveamento: é aquela que interliga circuitos sob


o mesmo nível de tensão, possibilitando a multiplicação e seccionamento de circuitos,
permitindo sua energização em trechos menores e conexão e desconexão de partes
do sistema elétrico para manutenções, garantindo a segurança do sistema;
15

2.1.1.2 Classificação da SE quanto à sua posição no SEP

A classificação segundo a posição da subestação no sistema elétrico de potência


segundo (MEIRELES, 2010), podem ser:

• Transmissão: subestação que utiliza grandes transformadores para elevar a tensão


do gerador até tensões extremamente altas, para transmissão de longa distância
através das linhas de transmissão, ou seja, destinada ao transporte de energia com
tensão igual ou superior de 230kV;

• Distribuição de Alta Tensão: subestações ligadas às linhas de distribuição de alta


tensão que são destinadas ao transporte da energia elétrica para as subestações de
distribuição, bem como, ao atendimento aos grandes consumidores, com tensão se
operação entre 69kV e 230kV;

• Distribuição de Média Tensão e de Baixa Tensão: subestação que recebe energia


das linhas de distribuição e a transferem, com abaixamento de tensão, para as redes
de distribuição que, por sua vez, alimentam os consumidores com tensões abaixo de
69kV.

2.1.1.3 Classificação da SE quanto à sua tensão de operação

As subestações podem ser classificadas quanto ao nível de tensão conforme


abaixo (MEIRELES, 2010):

• Baixa Tensão: tensão menor ou igual a 1000V;

• Média Tensão: tensão entre 1000V e 35kV;

• Alta Tensão: tensão entre 35kV e 230kV;

• Extra Alta Tensão: tensão entre 230kV e 800kV;

• Ultra-Alta Tensão: tensão acima de 800kV.

2.1.1.4 Classificação da SE quanto ao tipo instalação

As condições climáticas e os possíveis perigos de poluição do ar devem ser con-


siderados a fim de que seus equipamentos sejam preparados pra tais condições. Neste
sentido, segundo Mello (2012), as subestações são classificadas como:

• SE Externa ou Ao Tempo: é aquela na qual os equipamentos são instalados ao


tempo, expostos às condições desfavoráveis de temperatura, chuva, poluição, vento,
etc., como conseqüência, o desgaste dos materiais, a redução da eficácia do isola-
mento e o aumento das manutenções;

• SE Interna ou Abrigada: é aquela em que os equipamentos são instalados ao abrigo


do tempo, podendo tal abrigo consistir de uma edificação ou de uma câmara subter-
rânea.
16

2.1.1.5 Classificação da SE pelo tipo construtivo dos equipamentos

Segundo Eletrobrás 82 (1982), as subestações podem ser classificadas pelo tipo


construtivo dos equipamentos, conforme abaixo:

• Convencional: composta por equipamentos independentes que são interconectados


na instalação, tendo o ar como meio isolante;

• Compacta: composta por equipamentos isolados a ar que foram compactados, com


redução de distância entre eles;

• Cubículo Metálico: composta por equipamentos e suas ligações montados em fábrica,


produzindo um único conjunto abrigado;

• Blindada: composta por barramentos e componentes principais cobertos por um in-


vólucro, exigindo um isolamento diferente do convencional (ar);

• Híbrida: composta por partes distintas, caracterizadas por diferentes tipos constru-
tivos de equipamentos.

2.2 EQUIPAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES

Os principais equipamentos de uma subestação podem ser agrupados segundo


a função que representam no sistema elétrico: transporte, proteção e manobra, medição,
compensação de reativos e supervisão e controle.

2.2.1 Equipamentos de transporte de energia

Os equipamentos de uma subestação que se destinam ao transporte da energia


são: barramentos e transformadores.

2.2.1.1 Barramentos

O barramento é um componente importante da subestação, pois é responsável por


fazer a interligação dos circuitos que entram na subestação, assim como os equipamentos
pertencentes a este circuito (SILVA, 2010).
Os barramentos realizam conexões entre os diversos circuitos, podendo ser rígi-
dos (tubos de alumínio) ou flexíveis (cabos de alumínio), conforme a necessidade da
subestação. Os condutores rígidos do barramento, Figura 1, possuem como vantagem
simplicidade, fácil visualização das configurações de operação, facilidade no acesso para
o transformador, entre outras.
Os condutores flexíveis por sua vez, Figura 2, apresentam como vantagem o uso
dos mesmos materiais empregados em linhas aéreas e o uso de condutores múltiplos
com diâmetro apropriado para reduzir o efeito corona nas extremidades nas subestações
(SILVA, 2010).
17

Figura 1 – Barramento Rígido.


Fonte: Grantel (2015).

Figura 2 – Barramento Flexível.


Fonte: Grantel (2015).
18

2.2.1.2 Transformadores

O transformador Figura 3, é utilizado para elevar a tensão quando da geração


para transmissão, baixar a tensão quando da transmissão para a distribuição e mudança
de fase (subestação defasadora) (MEIRELES, 2010).
Segundo Gonçalves (2012), podem ser classificados de diversas maneiras, como:
monofásicos (utilizam um núcleo magnético para cada fase do sistema), trifásicos (uti-
lizam somente um núcleo magnético para o acoplamento das três fases), convencional (os
enrolamentos primário e secundário são formados por duas bobinas diferentes) e auto-
transformadores (os enrolamentos primário e secundário possuem uma única bobina que
os compõe).

Figura 3 – Transformador.
Fonte: Grantel (2015).

2.2.2 Equipamentos de proteção e manobra

Os equipamentos de proteção e manobra destinados a minimizar os efeitos pro-


duzidos por correntes de faltas causadas por curto-circuito ou sobrecarga, são: disjuntores,
relés, chaves seccionadoras, religadores e para-raios.
19

2.2.2.1 Disjuntores

Os disjuntores Figura 4, podem ser considerados os principais equipamentos de


proteção de uma subestação, sendo capazes de trabalhar como dispositivos de manobra,
abrindo ou fechando circuitos que estejam operando em condições normais, ou podem
ser destinados a interromper circuitos que apresentam condições anormais (MEIRELES,
2010).

Figura 4 – Disjuntor.
Fonte: Grantel (2015).

Seu principal papel no sistema é realizar a interrupção de correntes de falta o mais


rápido possível, evitando o máximo de danos causados aos equipamentos por correntes
de curto circuito (GONÇALVES, 2012).
20

2.2.2.2 Chaves

Segundo Gonçalves (2012), as chaves Figura 5, são utilizadas para o secciona-


mento de circuitos por necessidade operativa, ou isolar componentes, visando à realização
de manutenção dos mesmos. Devem ser operadas quando estão desenergizadas evitando
que ocorram danos à chave.
As chaves podem ser classificadas de acordo com sua função dentro da subestação,
podendo ser: chaves seccionadoras (utilizadas para contornar ou isolar equipamentos da
subestação ou manobras para transferência entre barramentos), e chaves de terra (uti-
lizadas para aterrar os equipamentos do sistema que estão em manutenção, linhas de
transmissão, barramentos ou bancos de capacitores em derivação).

Figura 5 – Chave Seccionadora.


Fonte: Grantel (2015).

2.2.2.3 Para-Raios

São dispositivos destinados a limitar sobretensões de faltas proveniente do sis-


tema elétrico de potência, ou devido às descargas atmosféricas, com o objetivo de impedir
danos aos equipamentos da instalação e segurança das pessoas (MEIRELES, 2010). Os
pára-raios Figura 6, são equipamentos muito importantes para o sistema, ajudando a au-
mentar a sua confiabilidade, economia e continuidade de operação.
21

Figura 6 – Para-Raios.
Fonte: Grantel (2015).

2.2.2.4 Relés

Os relés Figura 7, tem por finalidade proteger o sistema contra faltas, permitindo
através de atuação sobre os disjuntores o isolamento dos trechos de localização das faltas,
ou seja, atuam comandando os disjuntores quando da sensibilização por grandezas (fre-
qüências, tensões e correntes) de valores superiores ou inferiores causando sobrecargas,
falhas transitórias ou permanentes (MELLO, 2012).
22

Figura 7 – Relé.
Fonte: Grantel (2015).

2.2.3 Equipamentos de medição

Segundo a norma ABNT NBR 6546:1991, os equipamentos de medição como


transformadores de potencial e transformadores de corrente destinados a reproduzir em
seu circuito secundário, em uma proporção definida e conhecida, uma tensão ou corrente
do circuito primário com a relação de fase preservada (GONÇALVES, 2012).

2.2.3.1 Transformadores de Corrente

Os transformadores de corrente possuem a função de suprir de corrente os medi-


dores e os equipamentos de medição e proteção, com valores proporcionais aos dos cir-
cuitos de potência, respeitando seus limites de isolamento (MUZY, 2012), ou seja, possui
23

um enrolamento primário que é ligado em série com o circuito de maior tensão, enquanto
o secundário supre os medidores e relés com quantidades de corrente proporcionais ao
circuito primário, Figura 8.

Figura 8 – Transformador de Corrente.


Fonte: Grantel (2015).

2.2.3.2 Transformadores de Potencial

Os transformadores de potencial, Figura 9, têm a função de possibilitar a medição


de tensão em sistemas de tensão acima de 600V, ou seja, tem a finalidade de isolar o cir-
cuito de menor tensão (secundário) do circuito de maior tensão (primário) e reproduzir com
fidelidade dos efeitos observados em regime permanente e em regime transitório (MUZY,
2012).
24

Figura 9 – Transformador de Potencial.


Fonte: Grantel (2015).

2.2.4 Equipamentos de compensação

A compensação reativa traz vários benefícios para os sistemas elétricos dentre


os quais destacam-se: maior e melhor aproveitamento do sistema existente, equilíbrio no
balanço geração/consumo de potência reativa, fatores de potência ajustados e perfil de
tensão adequado (CHAVES, 2007). Dentre os equipamentos utilizados para compensação
de reativos em subestações, destacam-se:

2.2.4.1 Banco de Capacitor

A instalação dos bancos de capacitores, Figura 10, tem por objetivo elevar o fa-
tor de potência do sistema com intuito de redução do carregamento nos transformadores
25

das subestações e nos alimentadores, redução das perdas, melhoria na estabilidade do


sistema e aumento do nível de tensão da rede (FRAGOAS, 2008).
Segundo Santos e Monte (2009), os bancos de capacitores ligados em derivação
são utilizados para compensar as perdas do sistema e garantir níveis seguros de tensão em
condições de carregamento elevado. A desvantagem da sua utilização é que a geração de
reativos é proporcional ao quadrado da tensão, logo, em uma queda de tensão no sistema,
o capacitor em derivação fornecerá uma quantidade menor de reativos exatamente no
momento em que o sistema mais necessitará dos mesmos.
Os capacitores em série são utilizados para compensar a reatância indutiva das
linhas de transmissão. A energia reativa indutiva da linha é reduzida (compensada) pela
energia reativa capacitiva dos capacitores em série. Isso contribui para o aumento do limite
de transmissão de potência através da redução das perdas reativas das linhas, além de
proporcionar melhoria na estabilidade da tensão (SANTOS; MONTE, 2009).

Figura 10 – Banco de Capacitor.


Fonte: Grantel (2015).
26

2.2.4.2 Reatores

Em sistemas de potência, os reatores são empregados para controlar as tensões


de barramentos em regime permanente e para a redução das sobretensões, além dos
surtos de manobra, que são mudanças bruscas no regime energético. Tais equipamentos,
Figura 11, são usados também na compensação de reativos ou redução de corrente de
curto-circuito (JESUS, 2005). É comum a inserção de reatores nos períodos em que o
sistema opera com baixo carregamento, onde as tensões tendem a se elevar, para evitar
que ultrapassem os limites aceitáveis dos equipamentos do SEP. Segundo Santos e Monte
(2009), os reatores são usados para compensar o efeito da capacitância das linhas de
transmissão, evitando sobretensões no final das mesmas, além de limitar a elevação de
tensõ na abertura de um circuito.

Figura 11 – Reator.
Fonte: Grantel (2015).

2.2.4.3 Compensadores

Segundo Alves (2008), a função do compensador estático, é regular a tensão do


barramento, pela compensação de energia reativa e amortecer oscilações dinâmicas de
tensão que possam aparecer durante perturbações no sistema, podendo ser operados de
forma automática e manual. A potência reativa capacitava de um compensador estático é
27

gerada a partir de filtros harmônicos, que evitam que as correntes de harmônicos geradas
pelos tiristores se propaguem pelo sistema.
A importância de um compensador síncrono é em relação a sua versatilidade,
onde automaticamente responde as variações de tensão do sistema, tanto fornecendo
como absorvendo reativos e podem ser instalados em subestações mais próximas aos
centros consumidores (ALVES, 2008).

2.2.4.4 Equipamentos de Supervisão e Controle

Os equipamentos de Supervisão e Controle de uma subestação, são destinados


a coletar informações e transmitir dados do sistema elétrico para os centros de operação.
Ao conjunto dos equipamentos (hardware e software) que realizam as funções de super-
visão e controle é atribuída a designação de SCADA (Supervisory, Control and Data Ac-
quisition), onde possui funções como: monitoração, comando remoto, alarme, registro de
dados, sequência de eventos, gráficos, lógicas de intertravamento, religamento automático
e interface homem-máquina (SALIM, 2007).

• Monitoração: Apresentação ao operador do estado dos equipamentos presentes em


uma subestação (disjuntores, chaves seccionadoras, etc.), além das indicações das
medidas relevantes como: potência ativa e reativa, tensão, corrente, frequência, tem-
peraturas dos transformadores, etc.;

• Comando remoto: manobra dos equipamentos da subestação a partir da sala de


controle, por meio de interface gráfica de comando;

• Alarme: Informação ao operador da alteração de um status importante para determi-


nação do perfeito funcionamento da subestação;

• Registro de dados: Para uma análise pós operativa é necessário que todas as infor-
mações referentes às medições, indicações de estados, alarme e ações devem ser
armazenadas;

• Sequência de Eventos: Registro das informações dos relés do sistema de proteção


e dos comandos de abertura e fechamento dos disjuntores e chaves seccionadoras;

• Gráficos de tendência: Informações de grandezas analógicas com suas respectivas


variações no tempo;

• Lógicas de intertravamento: Em função da topologia das subestações, efetuam o


bloqueio ou a permissão de ações de comando nos equipamentos;

• Religamento automático: Algoritimo de controle que tenta restabelecer automatica-


mente a topologia em caso de abertura de disjuntor;

• Interface homem-máquina: Recursos gráficos de operação que permitem a veri-


ficação dos estados dos equipamentos, medições realizadas e a sinalização de
alarmes.
28

2.3 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM SUBESTAÇÕES

Em uma subestação de energia elétrica a Proteção Contra Incêndio se destaca


como uma forma de reduzir os riscos e perdas de equipamentos, proteger as instalações
elétricas, assegurar a continuidade operacional do sistema e salvar vidas. Portanto, é
necessária uma análise detalhada do ambiente a ser protegido e determinar as melhores
condições de proteção, com a utilização dos melhores sistemas de proteção contra incên-
dio de acordo com sua viabilidade, a fim de minimizar os danos ou até mesmo extingui-los.
Com o objetivo de proteger as pessoas e os bens materiais, existem legislações
específicas, normas técnicas, portarias e Resoluções do Corpo de Bombeiros, no qual
orientam os projetos de prevenção contra incêndio das subestações. Cabe salientar, que
cada estado brasileiro possui a sua legislação na qual determina os parâmetros a serem
seguidos.
Segundo ABNT, NBR 13.231 (2014), em função da análise de risco de incên-
dio, códigos aplicáveis e da importância da subestação no sistema de energia, as dire-
trizes de prevenção e proteção contra incêndio podem ser avaliados levando em consider-
ação aspectos específicos dos requisitos de projeto, arranjo físico e modo de operação da
subestação, podendo ainda exigir sistemas de proteção complementares.
A análise dos riscos de incêndio deve ser realizada por projetistas da subestação,
especialistas na proteção contra incêndio e pessoal de operação. Esse processo deve ser
usado em subestações novas e existentes para determinar o nível apropriado de proteção
contra incêndio e minimizar suas consequências, (ABNT, NBR 13.231, 2014).

2.3.1 Riscos de Incêndio

Os registros históricos de incêndios em subestações também ajudam a análise


dos riscos de incêndio. A seguir apresentam-se os riscos de incêndio conhecidos e encon-
trados em subestações.

2.3.1.1 Óleo Mineral

Segundo ABNT, NBR 13.231 (2014), o óleo mineral constitui um dos principais
riscos de incêndio em uma subestação de energia, ao fato de ser um líquido isolante
de uso predominante em equipamentos elétricos, tais como: transformadores e reatores
(buchas, radiadores, conservadores, comutadores de derivação em carga e bombas de
resfriamento), transformadores de instrumentos, reguladores de tensão, disjuntores, cabos
(isolados a óleo, tubulares, caixas e juntas de transição), capacitores, sistemas de óleo
lubrificantes (para compensadores síncronos) e casas de bombas.
Atualmente, o óleo mineral é o fluido mais utilizado em escala industrial para apli-
cação em transformadores, que consiste no modelo com sistema de refrigeração através
da circulação de óleo. A função do óleo é promover o isolamento dielétrico entre os com-
ponentes internos do transformador quando em operação e proporcionar refrigeração do
transformador por meio da troca de calor, tendo como características o bom desempenho
devido ao seu custo e propriedades físico-químicas (SOARES, 2015).
Nos transformadores o desgaste químico deste material isolante é monitorado por
29

ensaios químicos e físico-químicos em laboratórios especializados, sendo que este acom-


panhamento é realizado por praticamente todas as concessionárias do setor elétrico, o que
garante a eficácia na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, (UHREN,
2007).
Ainda segundo Uhren (2007), a partir do momento em que as propriedades físico-
químicas do óleo mineral isolante em uso no transformador não atenderem mais as carac-
terísticas de dielétrico, ou seja, quando o fluido apresentar um alto grau de deterioração
oxidativa e térmica, este é substituído por um novo fluido ou submetido a um processo
regenerativo.
A eficácia da utilização do óleo mineral como material isolante é reconhecida tanto
no ponto de vista técnico, quanto no ponto de vista econômico, porém, do ponto de vista
ambiental no caso de acidentes com vazamentos e derramamentos dos óleos minerais
isolantes, podem ocorrer impactos ambientais significativos para a sociedade e econômi-
cos para a concessionária, (SILVA, 2013).
Existem vários líquidos isolantes alternativos com melhores propriedades de segu-
rança contra incêndio, desenvolvidos com pontos de fulgor e combustão mais altos, sendo
reconhecidos como dielétricos que reduzem os riscos de incêndios em comparação ao
óleo mineral. Esses fluidos são um meio eficaz de reduzir o risco de incêndio em uma
subestação, sendo eles: óleo vegetal isolante (éster natural), éster sintético, hidrocarbone-
tos de alto peso molecular e silicone (ABNT, NBR 13.231, 2014).
Visando eliminar ou minimizar os impactos ambientais em caso de vazamento,
a utilização de fluidos à base de óleo vegetal, possuem características biodegradáveis
e renováveis sendo denominados de fluidos ecologicamente corretos. Além disso, estes
fluidos preenchem todos os requisitos de um fluido isolante de alta temperatura, com a
vantagem de serem provenientes de matérias primas renováveis (UHREN, 2007).

2.3.1.2 Líquidos e gases inflamáveis e combustíveis

Segundo ABNT, NBR 13.231 (2014), outras fontes de combustível que podem ser
encontradas em subestações, como:

• Compensadores síncronos refrigerados a hidrogênio;

• Oxiacetileno para fins de manutenção e construção;

• Casa de baterias;

• Gás hidrogênio gerado no carregamento de baterias;

• Aquecimento gerado por curto-circuitos ou avalanches térmicas;

• Geradores a diesel ou gás, e células combustíveis para energia elétrica de emergên-


cia;

• Células de aquecimento a gás;

• Armazenamento, manuseio e distribuição de líquidos inflamáveis e combustíveis.


30

2.3.1.3 Riscos de Exposição ao fogo

De acordo ABNT, NBR 13.231 (2014), não apenas os equipamentos da subestação


podem ficar comprometidos devido à exposição ao fogo proveniente de outras fontes, mas
também outros ativos críticos, tais como:

• Estruturas auxiliares: áreas de escritório, armazenamento, edificações para grupos


geradores, áreas de armazenamento de materiais perigosos;

• Qualquer edificação, sala ou estrutura de suporte de construção combustível;

• Armazenamento de materiais combustíveis;

• Vegetação (florestas, cervas vidas e arbustos próximos).

2.3.1.4 Riscos em subestação interna

As subestações internas apresentam um conjunto único de riscos que requerem


um nível maior de proteção ao fogo segundo ABNT, NBR 13.231 (2014), devido as seguintes
razões:

• Qualquer fumaça e outros subprodutos de combustão encerrados na edificação po-


dem criar um risco de exposição aos ocupantes do edifício, pessoal de emergência
e possivelmente uma exposição corrosiva aos equipamentos críticos da subestação;

• Calor (incidência de chama, exposições radioativas e convectivas) e rajadas de pressão


provenientes de fogo e explosões contidos dentro da estrutura podem expor ao dano
a estrutura e/ou o equipamento;

• A saída dos ocupantes da edificação, acesso ao pessoal de emergência para com-


bate manual ao incêndio e operações de resgate podem ficar comprometidos devido
a fumaça, calor, dano estrutural e distâncias de percurso.

2.3.1.5 Perdas de ativos críticos

De acordo com a ABNT, NBR 13.231 (2014), podem impactar o funcionamento da


subestação, se destruídos ou danificados, os seguintes componentes:

• Salas e equipamentos de controle, proteção, comunicação, automação e chavea-


mento;

• Áreas de distribuição de cabos, canaletas, galerias e túneis;

• Geradores a diesel ou gás, e células combustíveis para energia elétrica de emergên-


cia;

• Baterias e sistema de carregamento;

• Estações de serviço de transformadores (seco e a óleo);


31

• Transformadores e reatores de potência;

• Disjuntores;

• Compensadores;

• Estruturas de barramento e equipamento auxiliar.

2.3.1.6 Manutenção e Construção

Atividades de manutenção e construção podem criar condições adicionais de risco


em uma subestação. Segundo ABNT, NBR 13.231 (2014), os seguintes equipamentos e
atividades podem apresentar condições de alto risco, sendo eles:

• Equipamentos de processamento de óleo;

• Transformadores e subestação móveis;

• Obras e reformas da subestação e/ou equipamentos;

• Pintura, trabalho a quente (operações de corte e solda);

• Atividades de manutenção;

• Maior exposição ao fogo e a cargas de combustível como: construção temporária


ou permanente, cargas combustíveis e inflamáveis provisórias (tambores de com-
bustível, trapos, madeiras), armazenamento de materiais e equipamentos, escritórios
móveis e veículos estacionados.

2.4 NORMAS APLICADAS

A prevenção contra incêndio é um conjunto de medidas com o intuito de evitar


que os sinistros aconteçam, mas não havendo essa possibilidade, que sejam mantidos
sob controle, evitando a propagação e facilitando o combate. Com o objetivo de prote-
ger as pessoas e os bens materiais, existem legislações, normas técnicas, resoluções do
Corpo de Bombeiros, que norteiam os projetos de prevenção e proteção contra incêndio,
porém cada estado brasileiro determina os parâmetros a serem seguidos, cada vez que for
construída uma subestação de energia.

2.4.1 Eletrobrás - Série GRIDIS 14

A série GRIDIS 14 - Critérios para Proteção Contra Incêndio em Subestações


tem o objetivo de estabelecer e recomendar critérios sob o aspecto de Segurança do Tra-
balho que visa eliminar ou neutralizar os riscos de incêndio e definir medidas preventivas
e combate a incêndio a serem consideradas na elaboração de projetos de subestações de
energia.
Em relação a proteção contra incêndio em subestações, na elaboração destes
critérios, levou-se em conta requisitos mínimos exigidos pelas normas e legislações vi-
gentes em função da carga de incêndio, riscos envolvidos e viabilidade econômica, deixando
32

a critério de cada empresa do setor de energia elétrica a complementação da proteção con-


tra incêndio julgada necessária.

2.4.1.1 Proteção Contra Incêndio das Edificações

A Proteção Contra Incêndio mínima das edificações segundo Gridis 14 (1986), é


constituída por sistemas de extintores de incêndio, dispositivos de segurança e sinalização
de segurança, que são dimensionados de acordo com os seguintes critérios:

• Sala de controle, sala de baterias, sala de relés: devem ser empregados extintores
tipo CO2 com capacidade de 6kg;

• Casa do Grupo Gerador de Emergência, casa de bombas, depósitos e sala de cabos:


devem ser empregados extintores de incêndio tipo Pó químico seco, com 6 e 12kg de
capacidade, desde que não cause danos secundários aos equipamentos e painéis;

• Guarita da subestação: deve ser instalado um extintor compatível com os riscos do


local;

• Escritório da subestação: deve ser empregado extintores tipo água-gás com 10 litros
de capacidade de carga em locais com classe de incêndio A;

• Paredes corta-fogo: devem ser utilizadas para separar a sala de baterias de outros
compartimentos da casa de comando e separar os tanques de combustíveis dos
motores do grupo gerador de emergência;

• Sinalização de segurança: constituída por placas instaladas em função do tipo de


risco existente nos diferentes compartimentos das edificações;

Complementando a proteção indicada acima, cada empresa do setor elétrico a


seu critério pode empregar sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio, desde
que um estudo de viabilidade econômica os justifique.

2.4.1.2 Proteção Contra Incêndio de Equipamentos e Instalações de Pátio

A proteção mínima contra incêndio de equipamentos e instações do pátio segundo


Gridis 14 (1986), devem:

• Sistema móvel: Extintores portáteis e sobre rodas;

• Dispositivos de Segurança: Bacia de contenção de óleo, sistema de drenagem de


óleo e paredes corta-fogo;

• Sinalização de Segurança: Placas de segurança.

A proteção mínima contra incêndio banco de transformadores e reatores de potên-


cia, devem ser:

• Dois extintores de pó químico seco sobre rodas com capacidade de carga de 50kg;
33

• Bacia de contenção e drenagem de óleo;

• Paredes Corta-fogo com a finalidade de separar os riscos;

• Sinalização de segurança por placas.

A proteção mínima contra incêndio para os disjuntores são:

• Extintores de pó químico seco-PQS sobre rodas com capacidade de carga de 50kg;

• Bacia de contenção e drenagem de óleo;

• Paredes Corta-fogo somente se necessário.

A proteção mínima contra incêndio para os cubículos, considera:

• Extintores de pó químico seco-PQS sobre rodas com capacidade de carga de 12kg;

• Sinalização de segurança por placas.

2.4.1.3 Proteção Contra Incêndio Complementar

Dependendo dos riscos envolvidos, da localização, do arranjo físico, bem como


do tipo e da importância da subestação, como complementação, podem ser instalados
sistemas fixos de proteção contra incêndio, para proteção dos equipamentos e instalações
de pátio, desde que um estudo prévio de viabilidade técnica e econômica os justifique.
Segundo Gridis 14 (1986), os sistemas fixos de proteção contra incêndio que po-
dem ser utilizados, são os seguintes:

• Sistema de água nebulizada: indicado a proteção dos transformadores e reatores de


potência, tanque de óleo isolante e disjuntores;

• Sistema de drenagem e agitação de óleo com nitrogênio: indicado a proteção dos


transformadores e reatores de potência;

• Sistema de gás carbônico CO2: indicado a proteção da sala de tratamento de óleo


isolante, compensadores síncronos, transformadores, disjuntores e outros equipa-
mentos que apresentarem risco de incêndio em subestações abrigadas;

• Sistema Halon: indicado a proteção da sala de tratamento de óleo isolante, com-


pensadores síncronos, transformadores, disjuntores e outros equipamentos onde há
risco de incêndio em subestações abrigadas;

• Sistema de Hidrantes: indicado no combate ao incêndio de transformadores e reatores


de potência, tanques de óleo isolante, tanques de óleo combustível, disjuntores e
outros, sendo utilizado esguicho tipo neblina devido a condutividade da água.

Não recomenda-se a instalação de sistema de hidrante para proteção da casa de


controle, pelos danos que a água sob pressão pode causar nos painéis e equipamentos
sensíveis no local (GRIDIS 14, 1986).
34

2.4.2 ABNT NBR 13231:2014

A norma brasileira ABNT NBR 13231:2014 - Proteção contra incêndio em SEs,


tem como intuito aprimorar procedimentos e incorporar tecnologias seguras de prevenção e
combate a incêndio, incluindo aspectos relacionados ao risco ambiental na proteção contra
incêndio. Esta norma aplica-se para subestações do tipo externa, interna, convencional e
compacta e estabelece os requisitos mínimos exigidos para proteção contra incêndio em
subestações elétricas, sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia (ABNT,
NBR 13.231, 2014).

2.4.2.1 Requisitos de proteção contra incêndio para edificações

Segundo ABNT, NBR 13.231 (2014), os requisitos mínimos de proteção contra


incêndio em edificações devem ser:

• Arranjo físico da subestação

A proteção mínima exigida prevê a separação física entre os equipamentos e


edificações que apresentam considerável risco de incêndio e explosão, atendendo às
condições de isolando, separação dos riscos de incêndio e vias livres de acesso de equipa-
mentos e viaturas para combate a incêdio.

• Instalações elétricas

As instalações elétricas devem ser de acordo com as ABNT NBR 5410, ABNT
NBR 14039 e NR 10.
Segundo a ABNT NBR 5.410 (2004), esta norma estabelece condições que devem
ser satisfeitas pelas instalações elétricas de baixa tensão, garantindo a segurança das
pessoas, dos animais, funcionamento adequado das instalações e conservação dos bens.
De acordo com a ABNT NBR 14.039 (2003), de modo a garantir segurança e
continuidade dos serviços, esta norma estabelece um sistema para o projeto e execução
de instalações elétricas de média tensão (1,0kV a 36,2kV). Esta norma abrange instalações
alimentadas pelas concessionárias, instalações alimentadas por própria fonte de energia
em média tensão, instalações de geração, distribuição e utilização de energia elétrica.
A NR-10 - Segurança em istalações e serviços em eletricidade estabelece que os
requisitos mínimos para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos,
devem garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que estejam em contato com
instalações elétricas e serviços com eletricidade (BRASIL, 2015).

• Cabos, eletrodutos e bandejas

Os cabos de força e controle devem ser do tipo autoextinguível, livres de halogênio,


baixa emissâo de fumaça e gases tóxicos. Da mesma forma, os eletrodutos e bandejas e
outros suportes devem ser de material autoextinguível, protegidos da umidade, não apre-
sentar cantos vivos que danifiquem os cabos e estar a uma distância suficiente para evitar
a propagação de chama.
35

• Aberturas para passagem de cabos

Visando evitar a transferência de gases, calor e chamas de uma ambiente para o


outro, as aberturas para passagem dos cabos em pisos, paredes e tetos devem ser seladas
de forma a promover a vedação total corta-fogo, considerando uma resitência mínima de
2h ao fogo.

• Canaletas de cabos

As canaletas devem ser previdas de meio isolante para evitar a penetração de


líquidos, afastadas de equipamentos imersos em líquido isolante, possuir tampas e su-
porte de cabos em material incombustível. É necessário canaletas distintas previstas para
abrigar cabos e tubulações.

• Galerias, salas e túneis de cabos

As salas, galerias e túneis devem possuir sistemas de iluminação de emergência,


pé-direito entre o piso e teto de no mínimo 2 metros, e permitir o acesso de um homem
equipado com aparelho de respiração autônoma, desocupação imediata e extinção de
incêndio com a utilização de extintores portáteis.

• Sistemas de Climatização

Deve-se levar em consideração para a realização do projeto dos sistemas de


climatização (ar-condicionado, ventilação, aquecimento e exaustão) os riscos de incên-
dio nas áreas específicas e projetados de forma a serem desligados automaticamente pela
presença de fumaça, com intuito de prevenir a propagação de fumaça pela edificação.

• Edificações de controle e apoio operacional

Em função da análise de risco de incêndio e da importância da subestação, os am-


bientes da casa de controle e das edificações de apoio operacional devem ser protegidos
contra incêndio por um sistema de extintores e vir a ter sistemas de proteção complementar
caso seja necessário.

• Sala de controle

A sala de controle deve possuir uma área mínima de escritório, pois deve ser
reservada para equipamentos de controle, medição, supervisão, telemetria e comunicação,
equipamentos de distribuição de baixa tensão, cubículos de manobra e relés. Deve estar
localizada também na sala de controle os quadros de supervisão e comando dos sistemas
fixos de proteção contra incêndio da subestação e estes quadros devem possuir sinalização
luminosa e sonora diferente de outras existentes no local.

• Área de instalação de baterias


36

A área da instalação de baterias que atende todos os requisitos de ventilação


é considerada sem risco de explosão, dessa forma, a sala de baterias deve possuir um
sistema de ventilação mecânica suficiente para previnir ou manter o acumulo de hidrogênio
a menos de 1% do volume total da área da bateria. Devem ser utilizados dispositivos de
segurança para previnir falhas de funcionamento do carregador e evitar situações onde a
falha de funcionamento do carregador acarrete a geração de um volume de gases maior
do que o previsto no dimensionamento da ventilação.

• Casa de Grupo Motogerador de emergência

Próximas ao grupo motogerador deve ser prevista canaletas, drenagem de óleo


combustível e ventilação natural, podendo ser completada por ventilação forçada, de modo
a impedir que a temperatura atinja valores elevados e que haja o acúmulo de vapores
combustíveis. Deve ser instalado em local externo da edificação o tanque de óleo com-
bustível para alimentação do motogerador, de modo sinalizado, protegido contra inter-
péries, drenagem, suspiro, aterramento e meios de coleta de resíduos de vazamento.

2.4.2.2 Requisitos de proteção contra incêndio para equipamentos e instalações de pátio

As consequências de incêndios e explosões em equipamentos de pátio de uma


subestação, deve-se a grande quantidade de energia envolvida e as sobrepressões decor-
rentes de arcos elétricos internos. Deve ser dado atenção ao uso de equipamentos com
proteção adequada e ao projeto das obras civis, para que o local da eventual evacuação
de óleo e gases em chamas não esteja localizado de forma que haja o realimento do fogo
(ABNT, NBR 13.231, 2014).
As medidas mínimas necessárias para proteção contra incêndio em equipamentos
de pátio e instalações, segundo ABNT, NBR 13.231 (2014), devem ser:

• Transformadores e reatores

Os riscos de incêndio associados aos transformadores dependem de alguns fa-


tores como: potência e tensão nominal, tipo e volume de líquido isolante, proximidade, ex-
posição e tipo de equipamentos adjacentes. Os transformadores podem ser de dois tipos:
imersos em líquido isolante e tipo a seco, definidos conforme seu ponto de combustão e
seu comportamento quando expostos ao fogo, respectivamente.
Os transformadores devem ser instalados preferencialmente externos às edifi-
cações, considerando os seguintes meios de proteção contra incêndio: distâncias mínimas
de transformadores a outros equipamentos e edificações, caso seja necessário a utilização
de paredes tipo corta-fogo, havendo necessidade de proteção adicional por sistemas fixos
automáticos.
Caso os transformadores não puderem ser instalados externamente, devem ser
considerados os seguintes meios de proteção contra incêndio: providenciar edificação ou
sala especificamente para os transformadores, considerar aberturas normalmente fechadas
e com mesma classe de resistência ao fogo, distância mínima de separação das paredes
necessários pelos requisitos de ventilação e acesso para manutenção.
37

• Parede tipo corta-fogo

Quando as distâncias mínimas de separação do tipo de transformador ou líquido


isolante não puderem ser atendidas, deve-se providenciar o uso de paredes corta-fogo,
com o objetivo de impedir a propagação de incêndio de um equipamento a uma edificação
ou a outro equipamento.
As paredes corta-fogo devem atender os seguintes requisitos: distância mínima de
separação de 0,5 metros entre um equipamento, suportar 25% da carga de vento total de
projeto à temperatura máxima de exposição ao fogo, ser construídas com bloco de concreto
que suportam 2h de exposição ao fogo, não pode atingir edificação ou equipamento em
caso de queda, não pode permitir a passagem de calor e chamas em locais próximos e
impedir rotas de fuga.

• Material de recobrimento do pátio da subestação

O tipo de material a ser utilizado no recobrimento do pátio da subestação pode


impactar o risco de incêndio criado pelo nivelamento do terreno, pois o uso de materias
duros (superfície impermeável) permite que a chama do óleo mineral se alastre, já o uso
de pedra britada como recobrimento ajuda a minimizar ou suprimir um incêndio. A camada
de brita deve atender os requisitos do sistema de aterramento da subestação, receber
manutenção periódica para remoção de materiais orgânicos ou ervas daninhas.

• Sistema de Contenção de Líquido isolante

Os requisitos básicos estabelecidos para o sistema de contenção de líquido isolante


considera os aspectos de proteção e redução do risco de incêndio com intuito de pre-
venir danos ambientais. O uso do sistema de conteção em equipamento imersos em óleo
isolante permite reduzir a área de derrame e incêndio, área de limpeza e restauração após
o evento.
Os seguintes fatores devem ser considerados no projeto e arranjo de um sistema
de contenção: tipo e volume do líquido isolante contido no equipamento, volume dos sis-
temas fixos ou manuais de supressão de incêndio, área disponível e condições do solo.
Para sistema de contenção para equipamentos instalados externamente, devem
atender os seguintes requisitos: ser impermeável (incluindo tubulação, dutos, interligações
e caixas), ser projetados de forma que o fogo de um equipamento não se alastre para outro
e ser construído de material que suporte altas temperaturas mantendo sua estanqueidade
e segurança estrutural.
Sistemas de conteção de líquido isolante em instalações internas, devem aten-
der os seguintes requisitos: ser impermeável (incluindo paredes, pisos, tubulações, dutos,
interligações e caixas), ser construído de materiais que suportam altas temperaturas man-
tendo sua estanqueidade e segurança estrutural, ter coleta de óleo projetados de forma
que o fogo de um equipamento não alcance o outro, ter drenagem do óleo derramado e
água do sistema de proteção fixo automático (conteção fora da edificação) e ter dispositivo
de supressão de chamas.
38

2.5 EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Os equipamentos e sistemas de combate a incêndio, tem por objetivo proteger


as instalações e assegurar a continuidade operacional da instalação. A proteção contra
incêndio em uma subestação deve ser projetada e instalada levando em consideração à
carga combustível de incêndio, os riscos envolvidos, o arranjo físico dos equipamentos,
classe de ocupação dos riscos e tipo de construção, além de combater de forma imediata
todo incêndio que se produzir no equipamento ou intalação da subestação e atender as re-
comendações das normas de segurança do trabalho e Corpo de Bombeiros local. (GRIDIS
14, 1986).

2.5.1 Sistema de Extintores de Incêndio

O extintor de incêndio é um equipamento de acionamento manual, constituído de


recipiente contendo o agente extintor distinado a combater os princípios de incêndio, insta-
lados isoladamento ou fazendo parte de um conjunto de instalações (ABNT NBR 12.693,
1993).
Os extintores podem ser classificados dependendo de seu agente extintor de
acordo com Gridis 14 (1986) em quatro tipos principais, conforme descrito abaixo:

• Extintores Tipo Água-Gás: São extintores com carga a base de água que utilizam o
gás carbônico ou nitrogênio como agente propulsor, produzindo o encharcamento e
resfriamento dos materiais em combustão, com a finalidade de combater os princí-
pios de incêndio dos materiais da Classe A. Como adotado padrão em subestações
possuem capacidade de 10 litros de água.

• Extintores Tipo Espuma Química: Seu agente extintor é a espuma química, que
resulta da reação química entre sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio, causando
abafamento em incêndios Classe A e B. Seu uso vem sendo eliminado tendo em vista
seu baixo nível de desempenho e eficiência.

• Extintores Tipo Gás Carbônico: Atua por abafamento e seu agente extintor é o gás
carbônico, podendo ser utilizado para extinção de princípios de incêndio das Classes
A e B, e por ser mau condutor de corrente elétrica possui ótima utilização ao combate
de incêndio de materiais Classe C. Como adotado padrão em subestações possuem
capacidade de 6 a 20 kg de carga de dióxido de carbono.

• Extintores Tipo Pó Químico Seco: Utiliza como agente propulsor o nitrogênio ou gás
carbônico, e atua com o abafamento rápido das chamas. Pode ser empregado sem
restrições no combate ao princípio de incêndio dos materiais Classe B e C. Como
adotado padrão em subestações possuem capacidade de 4, 6, 12 e 50 kg de carga.

A sinalização dos locais onde estão instalados os extintores deve ser feita através
de marcação de piso, parede, coluna ou teto, que possibilite a localização da unidade
extintora à distância, com fácil acesso e onde o risco de bloqueio pelo fogo seja menor
(GRIDIS 14, 1986).
39

2.5.2 Sistemas Fixos de Proteção Contra Incêndio

Os sistemas fixos de proteção contra incêndio em subestações são constituídos


por sistema de hidrante, sistema de água nebulizada, sistema de drenagem e agitação do
óleo, complementados por dispositivos de segurança (GRIDIS 14, 1986).

• Sistema de Água Nebulizada

A composição do sistema de água nebulizada, basicamento é constituída por uma


fonte confiável de suprimento de água (reservatório elevado, ou tipo cisterna com estação
de bombeamento), estação de bombeamento de água com até duas bombas de incêndio
(acionada por motor elétrico ou a diesel), tanque hidropneumático com bomba de compen-
sação e pressurização, tubulação e suportes, válvulas dilúvio, anéis de distribuição dos
bicos de nebulização, sistema automático de detecção e painel de comando, sinalização e
alarme (GRIDIS 14, 1986).
O objetivo da aplicação do sistema de água nebulizada sobre equipamento em
chamas é limitar a absorção de calor a um nível que evite danos, falhas e propagação
do incêndio. O sistema pode ser utilizado com os seguintes propósitos: prevenção de
incêndio, extinção de incêndio, proteção contra exposição e controle de combustão (ABNT
NBR 8.674, 1984).
De acordo com Gridis 14 (1986), na utilização do sistema de água nebulizada
deve-se levar em conta o tipo do equipamento, os riscos envolvidos, a localização do
arranjo físico da subestação, sua importância operacional e os aspectos econômicos en-
volvidos.
É recomendado sua utilização para combate a incêndio das Classes B e C, pro-
teção dos bancos de transformadores e reatores de potência, banco de transformadores
para o serviço auxiliar, disjuntores GVO e tanques de óleo isolante (GRIDIS 14, 1986).

• Sistema de Drenagem e Agitação do Óleo

O sistema de drenagem e agitação do óleo em transformadores e reatores de


potência fundamenta-se na utilização da própria massa de óleo isolante do equipamento
protegido, para resfrimento da camada superior do óleo quando atinge o ponto de com-
bustão pela agitação, através da injeção de nitrogênio (GRIDIS 14, 1986).
Basicamente, o objetivo desse sistema é combater automaticamente incêndios
em transformadores e reatores de potência. Segundo Gridis 14 (1986), esse sistema é
constituído pelos seguintes componentes: cilindros de nitrogênio, tubulações e suportes,
sistema automático de detecção e comando, válvulas de injeção de nitrogênio, dispositivos
de comando local e remoto, painel de comando e sinalização e alarme e recipiente de
drenagem do óleo.

• Sistema de Gás Carbônico de Inundação Total

O sistema de gás carbônico por inundação total é uma instalação fixa constituída
de cilindros de gás carbônico, tubulação, válvulas, difusores, rede de detecção, sinalização
e alarme, com o objetivo de combater o incêndio por abafamento através da descarga
40

de CO2. Como vantagem, o gás carbônico não produz corrente elétrica, sendo indicado
para o combate a incêndio Classe C, contudo, como desvantagem a produção de névoa
no ambiente que limita a visibilidade e provoca a redução do oxigênio livre no ambiente,
causando um ambiente confinado (GRIDIS 14, 1986).
Em área normalmente ocupada, protegida pelo sistema fixo de CO2, deve ser
instalada uma válvula de bloqueio mecânica no acesso principal, para evitar descargas
acidentais na presença de pessoas (NPT 026, 2001).
Segundo Gridis 14 (1986), o sistema de gás carbônico é constituído dos seguintes
componentes: baterias de cilindros de CO2 (principal e reserva), coletor de descarga,
tubulação de distribuição, válvulas direcionais de alívio e de segurança, difusores de CO2,
sinalização e alarmes, sistema automático de detecção, painel de comando, instrumen-
tação e acessórios. O principal objetivo desse sistema é proteger equipamentos elétricos
e eletrônicos contra risco de incêndio.

• Sistema de Halon de Inundação Total

Segundo Gridis 14 (1986), o conceito do sistema de halon é muito similar ao sis-


tema de gás carbônico, com a diferença que utiliza o halon 1301 como agente extintor.
Como vantagens específicas a esse sistema temos: não produz névoa e permite visibili-
dade normal, permite maior compactação (acondicionamento em cilindros menores), não
resfria o ambiente ao se expandir e sua concentração final requerida para abafar o incên-
dio é inferior ao limite mínimo de toxidez (pessoas presas acidentalemente podem respirar
normalmente).
As mesmas considerações feitas para o sistema de gás carbônico como sua insta-
lação, composição do sistema e objetivo da sua utilização, podem ser consideradas para
o sistema halon.

• Sistema de Hidrante

O sistema de hidrante é utilizado para proteger os riscos existentes nos equipa-


mentos e instalações de pátio, e constituído basicamento pelos seguintes equipamen-
tos: reservatório de água, estação de bombeamento de água com uma ou duas bombas
(acionado por motor elétrico ou diesel/gasolina), tanque hidropneumático, hidrantes, ar-
mários para mangueiras de incêndio, tubulações, suportes, esguichos de neblina variável,
painel de comando, sinalização e alarme (GRIDIS 14, 1986).
Segundo Gridis 14 (1986), o sistema possui como vantagens a extinção do fogo
por abafamento, resfriamento e encharcamento e como principal desvantagem a condução
de eletricidade quando em forma de jato sólido. Na casa de controle (salas de controle,
comunicações e relés), não recomenda-se a proteção por sistema de hidrantes e sim por
sistemas de extintores de incêndio devido sua carga de incêndio e características das
instalações.

• Sistema de Detecção, de Sinalização e Alarme

Segundo Gridis 14 (1986), o sistema é composto por detectores de incêndio,


acionadores manuais ou automáticos, alarme sonoro e luminoso, supervisão no painel
41

central de comando e poussui como objetivo principal detectar e sinalizar princípios de


incêndio e anormalizadades nas instalações da subestação, possibilitando uma ação cor-
retiva o mais rápido possível.
42

3 METODOLOGIA

Este trabalho tem como estudo de caso, a exigência do Corpo de Bombeiros para
o uso do Sistema de Hidrante sob comando de operador para Combate e Proteção Contra
Incêdio da Subestação Olímpica 138/13,8kV, Figura 12. A implantação da subestação teve
em um primeiro momento como objetivo, o fornecimento de energia elétrica para o Parque
Olímpico, construído na Barra da Tijuca - Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016,
e no futuro a região vizinha.

Figura 12 – Perspectiva Geral da Subestação Olímpica 138/13,8kV.


Fonte: Grantel (2015).

3.1 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A Subestação Olímpica é uma subestação transformadora de alta (138 kV) para


média tensão (13,8 kV), com potência total de 120 MVA. Possui três transformadores trifási-
cos (138/13,8 kV de 40 MVA cada), isolados a óleo vegetal, 51 cubículos de 13,8 kV, 6
conjuntos de bancos de capacitores, além de sistema digital para proteção e automação.
Permitindo que sua estrutura seja mais compacta, possui 3,875 m2 e altura do porão ao
topo de 14,4 metros, construída em concreto pré-moldado, cabeamentos subterrâneos, e
possui dois barramentos encapsulados e isolados a gás, ou seja, uma Subestação Com-
pacta Blindada Isolada a Gás, que neste contexto é identificada por GIS (Gas Insulated
Substation).
As subestações isoladas a gás (GIS) Figura 13, são aquelas em que os equipa-
mentos de seccionamento, manobra e medição em alta tensão são encapsulados em gás
SF6, cujas propriedades dielétricas são extremamente superiores ao ar, o que implica, que
as distâncias elétricas necessárias entre fases podem ser muito reduzidas quando com-
paradas à subestação convencional com isolamento em ar. O gás comumente utilizado no
isolamento é o SF6, hexafluoreto de enxofre, que possui como vantagens, ser transparente,
inodoro, não inflamável, estável, inerte e não se degrada pela ação do tempo (MEIRELES,
2010).
43

Figura 13 – GIS (Gas Insulated Substation).


Fonte: Grantel (2015).

A Subestação Olímpica é subdivida em três espaços: o dos barramentos (GIS),


o dos transformadores e a sala dos bancos de capacitores e cubículos (de onde saem os
ramais que atenderão as instalações do Parque Olímpico), conforme Figura 14.

Figura 14 – Subdivisão dos Espaços da Subestação Olímpica 138/13,8kV.


Fonte: Grantel (2015).

Na área blindada de 15kV (Sala dos Cubículos), foi instalados dispositivos (su-
portes de cabos de força, passarelas sobre os cabos de força, caixas, escapes de emergên-
cia para pessoas, etc.) que permitam a passagem e distribuição dos cabos de força. Os
cabos de controle foram dispostos em compartimentos isolados dentro dos cubículos total-
mente separados dos cabos de força e demais componentes dos equipamento blindados.
As fileiras dos cubículos foram isoladas por paredes de alvenaria e seu pé direito de 2,55
m, atendendo também a condição de distância livre de 1,5 m entre o teto dos cubículos e
a cobertura projetada, conforme Figura 15.
Na sala de baterias, foi instalado um equipamento de ar condicionado próprio,
para que as baterias que são seladas, fiquem refrigeradas. Esse sistema de refrigeração
é monitorado e interligado com o sistema de supervisão da subestação, indicando que a
temperatura ambiente não está adequada.
44

Figura 15 – Corte dos Pavimentos da SE Olímpica 138/13,8kV.


Fonte: Grantel (2015).

A tecnologia Gis permite a redução da área necessária para os arranjos da SE,


minimiza a emissão de ruídos, reduz os impactos visuais, além de prover a moderniza-
ção compatível com as necessidades do empreendimento. Adicionalmente, os equipa-
mentos encapsulados, Figura 16, permitem uma instalação com menor necessidade de
manutenção e melhorias para a operação, em função da redução de interrupções. Para a
sala da Gis, foi instalado no teto um sistema de exaustão eólica com 8 exaustores (para
garantir a temperatura da mesma) e para o porão de cabos, um pé direito de 3,00 m (dis-
tância do fundo do vigamento até o piso acabado).

Figura 16 – Corte dos Pavimentos GIS.


Fonte: Grantel (2015).
45

As duas Gis recebem a energia transmitida pela SE Gardênia e SE Barra II em


tensão de 138kV e a repassam para transformadores, onde estes se comunicam entre si e
rebaixam a tensão para 13,8kV. Se um deles apresentar defeito, o outro pode assumir as
suas funções. O sistema inclui três transformadores interligados, Figura 17, cada um pesa
100 toneladas, construídos sobre trilhos em uma área de manobra dentro da subestação,
de modo que um equipamento possa ser movimentado e substituído com facilidade, em
caso de emergência. Consiste no escopo da construção, paredes corta-fogo, bacia co-
letora de óleo e uma caixa separada de água e óleo, cujo volume suportável de 36,000
litros.

Figura 17 – Transformadores de Potência 138/13,8kV.


Fonte: Grantel (2015).

O projeto do Sistema de Proteção Contra Incêndio da Subestação, referenciado


pelo edital de construção, indicava que a construtora da subestação deveria prever todas
as proteções contra incêndio exigidas pelos regulamentos do CBMERJ, o preconizado pela
GRIDIS 14 da Eletrobrás e NBR 13231.
Além dos dispositivos de segurança contra incêndio exigidos pelos regulamentos,
normas pertinentes e projetos aprovados, foram exigidos extintores sobre rodas de 15kG
de CO2 extras para a instalação no porão dos cabos. Adicionando ao sistema de proteção
e combate a incêndio da subestação, em toda sua área foi previsto infraestrutura para
sistema de detecção e alarme nas portas externas, nas áreas de cablagem (forro falso,
piso elevado, porões de cabos) e nas salas dos cubículos blindados, interligado ao sistema
de supervisão e controle da subestação.
No projeto do Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas, o edital de
construção menciona um sistema completo destinado a proteger a subestação contra os
efeitos das descargas atmosféricas, o nível de proteção do SPDA deverá ser determinado
conforme a importância que representa uma subestação de energia.
Ainda conforme mencionado no edital de construção, a Proteção Passiva contra
fogo nos cabos de força e controle, será previsto um sistema de pintura intumescente em
46

cabos para evitar a propagação do fogo entre os circuitos próximos e reduzir a área afe-
tada num mesmo circuito. O uso de pinturas intumescente anti-chama nos cabos com
isolação seca e no bandejamento dos cabos de controle e proteção, tem por objetivo pre-
venir que um incêndio se propague ao longo dos cabos de um mesmo circuito e entre
circuitos quando existem curzamento entre eles.
Os transformadores de potência são equipamentos essenciais em qualquer sis-
tema elétrico onde seja necessário a interligaçao de subsistemas com diferentes níveis
de tensão. Por sua importância e pelo seu alto custo, faz-se necessário que o projeto do
SPCI seja feito de maneira correta, minimizando ou eliminando assim, perdas financeiras e
riscos às instalações e à vida humana. Portanto, a empresa fornecedora dos Equipamen-
tos da Subestação Olímpica 138/13,8 kV, de acordo com as normas vigentes, implentou o
Sistema de supressão de Gás Inerte para combate e proteção contra incêndio dos trans-
formadores de potência, Figura 18.

Figura 18 – Detalhes do Sistema de Gás Inerte no Transformador de Potência.


Fonte: Grantel (2015).
47

É possível verificar na Figura 19, que o Sistema de Supressão de Gás Inerte é


uma instalação fixa, composta por tubulações para injeção de gás inerte no comutador
e no transformador, tubulação para saída de gases explosivos no sistema de proteção,
conjunto de válvulas, sensores de detecção de fogo e gabinete com cilindro de gás inerte
instalado do outro lado da parede corta-fogo.

Figura 19 – Sistema de Gás Inerte no Transformador de Potência.


Fonte: Grantel (2015).

Os sistemas de supressão de incêndio por Gases Inertes, utilizam um cilindro


contendo uma mistura de gases de ocorrência natural na atmosfera, Nitrogêncio (52%),
Argônio (40%)e Dióxido de Carbono (8%), inertes e não corrosivos, não combustíveis e
não reagentes com a maioria das substâncias. Os Gases inertes para a supressão do
incêndio atuam sobre o fogo reduzinho o exigênio no ambiente, para um nível abaixo do
ponto de sustentação da combustão, com isso o sistema consegue grande sucesso na
extinção dos fogos das classes A, B e C.

3.2 EXIGÊNCIAS DO CORPO DE BOMBEIROS

O escopo da empresa construtora da Subestação, estabelece a obtenção de li-


cenças de todo o empreendimento junto aos órgãos públicos envolvidos e em particular
pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Ministério do Trabalho e Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ). Quando da finalização da construção, de-
verá ser providenciado o Habite-se e a inclusão predial das referidas construções junto à
prefeitura municipal. Portanto, para a obtenção das Licenças indispensáveis ao funciona-
mento da Subestação, foi necessário adquirir o Certificado de Aprovação do CBMERJ para
o Sistema de Proteção Contra Incêndio da Subestação.
Após reunião entre CBMERJ e a empresa construtora da subestação, o CBMERJ
descaracterizou o sistema implantado anteriormente (Sistema de Supressão de Incên-
48

dio por Gases Inertes e Extintores portáteis) e informou que exigiria hidrantes devido ao
tamanho do prédio, e seria impossível aprovar tal projeto sem um sistema de hidrantes.
De acordo com o a Resolução N. 142, de 15 de Março de 1994 do Corpo de
Bombeiros do Estado do Estado do Rio de Janeiro, a proteção fixa contra incêndio em
subestações de energia elétrica, onde a edificação da subestação deverá atender ao
COSCIP e a segunte exigência: quando se tratar de uma subestação cujo prédio com
área igual ou superior a 1500 m2, será exigido a rede preventiva contra incêndio previsto
no Cap. VII do COSCIP, considerada como de ’Risco Médio’.
Dessa forma, para a obtenção do Certificado de Aprovação do CBMERJ, o seguinte
Laudo de Exigências foi requerido:

• Hidrantes: 01 de recalque para CP e 01 Hidrante urbano do tipo coluna, caso não


haja aparelho instalado até 90 m do eixo da fachada da edificação.

• Caixa d’água superior: de acordo com o Código de Obras do Município.

• Caixa d’água inferior: 10,000 L com RTI=8,000 L.

• Canalização fixa: de acordo com o projeto, uma com 63 mm de diâmetro em AC,


FG ou FF, pressurizada por 02 eletrobombas de 5,0 CV, sendo uma reserva, que
atendam a uma vazão de 200 L/min e AMT de 48,90 mca. Os sistemas de bombas
com sucção negativa possuirão caixa d’água com 100 L a 2 m de altura do eixo da
bomba, para escorva automática da tubulação de sucção, com abastecimento de
água permanente.

• Caixa de Incêndio: de acordo com o projeto, 08 caixas, sendo: 02 semi-enterradas,


03 no primeiro pavimento, 03 no segundo pavimento, equipadas com dois lances
de mangueiras, TIPO 02 (conforme NBR 11.861/98), com a respectiva Marca de
Conformidade da ABNT, com 15 metros de comprimento e 38 mm de diâmetro, e
esguicho com requinte de 13 mm.

• Extintores: 15, sendo 01 CO2 de 50Kg e 01 PSQ de 50Kg semi-enterrado, 02 CO2


de 50Kg e 02 PQS de 50Kg e 06 PQS de 6Kg no primeiro pavimento, 01 CO2 de
6Kg e 01 PQS de 50Kg no segundo pavimento, 01 CO2 de 4Kg no CMI.

• Somente serão aceitas instalações, ignifugações, montagens e conservação de equipa-


mentos preventivos, quando executados por firmas credenciadas no CBMERJ.

• O Projeto aprovado com o respectivo memorial descritivo autenticado pelo CBMERJ


deverão ser apresentados ao oficial vistoriante por ocasião da vistoria de aprovação.

• Os sistemas fixos de segurança contra incêndio deverão possuir circuitos elétricos


independentes.

• A CMI deverá atender ao projeto, memorial descritivo e Seção III do Cap. III da
Resolução SEDEC n. 142 de 15 de março de 1994.
49

• Dotar a edificação de sinalização visual nos equipamentos preventivos, áreas de


proibido fumar, estacionamento e tráfego de veículos, PC de luz e força e as saídas
da edificação.

• As instalações elétricas em geral deverão obedecer à NBR 5410 e serem protegidas


por chaves de desarme automáticos.

• As instalações elétricas destinadas a suprir sistemas de detecção, iluminação de


emergência, elevadores, bombas de recalque das canalizações preventivas e de
sprinklers e demais equipamentos necessários à proteção contra incêndio, deverão
possuir ligação denominada ’medidor de serviço’.

• A edificação deverá possuir Manual de Segurança e Plano de Escape e os respon-


sáveis devem providenciar, periodicamente a sua distribuição e instrução sobre os
mesmos.

• A edificação deverá ser provida de sistema elétrico ou eletrônico de emergência, a


fim de iluminar todas as saídas, setas e placas indicativas, dotadas de alimentador
próprio e capaz de entrar em funcionamento imediato, tão logo ocorra interrupção no
suprimento de energia da edificação.

• A conservação das intalações preventivas contra incêndio é obrigatória e de respon-


sabilidade dos proprietários, síndicos ou aqueles que, devidamente inscritos no CB-
MERJ, assumam a responsabilidade correspondente.

• Os tetos, rebaixamentos de tetos, revestimentos, jiraus, vitrinas, divisões, tapetes,


cortinas, prateleiras para materiais inflamáveis ou de fácil combustão serão de mate-
rial incombustível.

• Em cumprimento a Lei n. 1535 de 26/set/1989, a edificação deverá ser dotada de


medidas que orientem os frequentadores em caso de sinistros através de impressos
fixados em lugares visíveis em tamanho e quantidades suficientes, confeccionados
na dimensão mínima do formato A4 e em quantidade de um para casa 235 m2 a
cada 20 m.

Ainda de acordo com as exigências da Resolução N. 142, nos projetos de SEs


abrigadas, de grande porte e localizadas em grandes concentrações urbanas, será previsto
a construção de sistemas de contenção, drenagem e coleta de óleo, proveniente de seus
equipamentos. Ainda deverá ser previsto uma camada de brita sob os equipamentos para
assegurar a não propagação de fogo proveniente de vazamento de óleo.

3.3 SISTEMA CONTRA INCÊNDIO IMPLEMENTADO

Portanto para adquirir o Certificado de Aprovação do CBMERJ para o Sistema de


Proteção Contra Incêndio da Subestação, o Laudo de Exigências foi executado incluindo o
Sistema de Hidrantes, além do Sistema de Supressão de Gás Inerte já implementado.
50

No porão dos cabos, para o sistema preventivo fixo e móvel contra incêndio foi
instalado 2 (duas) Caixas de Incêndio - Hidrante Simples, 1 (um) extintor de gás carbônico
CO2 50 kg e 1 (um) extintor de pó químico seco PQS 50 kg, Figura 20, além de sistema de
sinalização e iluminação de emergência.

Figura 20 – Sistema de Hidrantes - Sala dos Porões.


Fonte: Grantel (2015).

No primeiro pavimento onde encontra-se as salas das Gis 1 e Gis 2, as celas


dos transformadores, sala dos cubículos e sala dos painéis de comando, foram instalados
1 (um) Hidrante de Recalque, 3 (três) Caixas de Incêndio - Hidrante Simples, 2 (duas)
Eletrobombas, 1 (uma) Casa de Máquinas de Incêndio (CMI) e 1 (uma) Porta corta-fogo, 1
(um) extintor de CO2 4 kg, 2 (dois) extintores PQS 6 kg, 2 (dois) extintores de CO2 50 kg e
2 (dois) PQS 50 kg, conforme Figura 21 e 22, além de sistema de sinalização e iluminação
de emergência. Para a sala dos Bancos de Capacitores 13,8 kV no segundo pavimento, foi
instalado para o sistema preventivo fixo e móvel contra incêndio, 1 (uma) Caixa de Incêndio
- Hidrante simples e 1 (um) extintor de CO2 50 kg.
Além dos sistemas fixos e móveis para combate e proteção contra incêndio, o
CBMERJ em seu Laudo de exigências solicitou ainda a instalação do Sistema de Proteção
Contra Descargas Atmosféricas, composto por cabos de aço cobreado de 95 mm2 para
subida do SPDA, cabos de cobre nú 70 mm2 para malha de terra, soldas exotérmicas e
hastes de aterramento, de acordo com a Figura 23.
51

Figura 21 – Sistema de Hidrantes - Primeiro Pavimento.


Fonte: Grantel (2015).

Figura 22 – Sistema de Hidrantes.


Fonte: Grantel (2015).
52

Figura 23 – Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA).


Fonte: Grantel (2015).
53

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 RECOMENDAÇÕES DA ELETROBRÁS GRIDIS 14 E ABNT NBR 13.231

Convém enfatizar que em obras do mesmo porte e características idênticas já


executadas junto a outros clientes, com a aprovação do Corpo de Bombeiros locais, não se
utilizou sistema de combate a incêndio por hidrantes, mormente em razão das justificativas
supracitadas a seguir, as quais sequer tiveram que ser alegadas.
O edital da construção da Subestação Olímpica 138/13,8 kV, indica como referên-
cia de projeto a ABNT NBR 13.231 - Proteção Contra Incêndio em Subestações Elétricas,
que logo em seu escopo expressa que esta norma não se aplica a subestações compactas
blindadas (GIS), aplica-se apenas a subestações ou transformadores móveis.
Inclusive, o edital também informa como referência a GRIDIS 14 da Eletrobrás -
Critérios para Proteção Contra Incêndio em Subestações, onde menciona que na deter-
minação dos critérios de projeto contra incêndio em subestações, serão levados critérios
mínimos exigidos em função da carga de incêndio e dos riscos envolvidos, bem como a
viabilidade econômica, deixando a critério de cada Empresa do Setor de Energia Elétrica,
a complementação da proteção contra incêndio julgada necessária.
Aliás, a Proteção Contra Incêndio das Edificações segundo a Gridis 14, menciona
que a proteção mínima indispensável será constituída por sistema de extintores de incêndio
e sinalização de segurança, para a sala de controle, baterias e demais locais com risco
classe C.
Como proteção complementar, menciona que a critério de cada empresa a pro-
teção complementar podem ser: Sistema de Água Nebulizada, Sistema de Drenagem e
Agitação de Óleo com Nitrogênio, Sistema de Gás Carbônico - CO2, Sistema de Halon e
Sistema de Hidrantes.
Com efeito, o Sistema de Hidrante não é recomendado à instalação para proteção
da casa de controle, devido à baixa carga de incêndio, proteção elétrica e a instalação de
condutores auto extinguíveis, bem como, pelos danos materiais que a água, especialmente
sob pressão pode causar aos painéis e equipamentos com circuitos eletrônicos (relés)
existentes no local (GRIDIS 14, 1986).
Tal sistema seria recomendado para utilização nos riscos existentes em equipa-
mentos de pátio, que necessitem de resfriamento, conforme itens específicos da Eletrobrás
GRIDIS 14.
De acordo com a Figura 24, pode-se ver uma comparação entre as recomen-
dações mínimas da ABNT NBR 13.231, Eletrobrás GRIDIS 14, exigências do COSCIP
do CBMERJ e os serviços de Combate e Proteção Contra Incêndio implementados na
subestação.
Devido a comparação, verifica-se que todas as recomendações mínimas para pro-
teção contra incêndio aplicadas a esta subestação foram executadas pela empresa con-
strutora. Porém, além do sistema complementar para proteção contra incêndio dos trans-
formadores com o sistema de supressão de gás inerte, foi necessário implementação do
sistema de hidrantes sob comando na edificação, distribuída em todos os pavimentos de
acordo com as exigências do CBMERJ.
54

Figura 24 – Comparação entre as exigências e recomendações.


Fonte: A autora (2017).
55

De acordo com a importância da subestação para o empreendimento, os custos


resultantes de incêndios, perda da distribuição de energia, substituição de equipamentos
destruídos ou danificados, a proteção contra incêndio tem por objetivo proteger as insta-
lações, assegurar a continuidade operacional da instalação e principalmente a proteção
da vida humana. O fato é que, em se utilizando água, a continuidade operacional da
subestação ficará prejudicada e por medida de segurança, ressalta-se ainda que a área
da subestação é considerada como de elevado risco elétrico e torna a instalação de sis-
temas de hidrante sob comando totalmente incompatível e extremamente perigosa, devido
a exposição do operador da mangueira de incêndio à corrente elétrica acidental.
Em função de comprovações técnicas, trabalhos já realizados e dentre os vários
sistemas de combate a incêndio dedicados a equipamentos elétricos, existem outros sis-
temas capazes de extinguir o incêndio em subestações abrigadas, sem causar danos às
pessoas e equipamentos, são eles: Sistema fixo automático de gás e Sistema fixo au-
tomático por água nebulizada.

4.1.1 Sistema fixo automático de gás

Uma das alternativas que se enquadrou no cumprimento dos requisitos técnicos


da subestação, foi o Sistema fixo automático de gás para a área do transformador. O
Sistema Fixo de IG 541(INERGEN) é uma instalação fixa, onde o combate contra incêndio
se dará pelo método de Inundação, Figura 25. Este sistema é projetado e instalado de
acordo com os requisitos da norma NFPA-2001 - ’Clean Agent Fire Extinguishing System’,
extingue incêndios das classes A, B e C, mantendo o nível de oxigênio abaixo daquele
onde a combustão é sustentada.
A escolha do agente extintor para esta aplicação, deve ser pautada pelos critérios
ambientais, considerando que o agente adotado não afete a camada de ozônio, além de
que, é fundamental que o agente escolhido apresente desempenho satisfatório com vistas
ao objeto para o qual foi projetado, considerando o grau de segurança aprovado para o
uso em áreas ocupadas.
O IG 541 (INERGEN) é um gás inerte, não corrosivo, não combustível e não
reagente com a maioria das substâncias, não possui problemas de toxicidade, nem produz
subprodutos perigosos, inexistindo limitações quanto aos testes de sistemas e obrigato-
riedade de recuperação do agente (KOMBAT, 2015).
O Sistema consiste em cilindros de aço, onde é armazenado o agente extintor,
dotados de válvulas de disparo por acionamento automático e/ou manual. Os cilindros são
interligados por meio de um tubo coletor ao qual são conectados através de mangueiras
flexíveis, dotadas de válvulas de retenção individuais para cada cilindro. O agente INER-
GEN é distribuído e descarregado nos ambientes por meio de uma malha de tubos e bicos
nebulizadores, dimensionados de modo a proporcionar uma distribuição uniforme e obter
a correta concentração do agente extintor no ambiente, Figura 26.
Nas áreas protegidas pelo Inergen o combate é feito pelo método de Inundação
com o agente extintor na concentração necessária para a extinção prevista na Norma
NFPA-2001. Na ocorrência de um possível incêndio ou princípio do mesmo, o agente
extintor será descarregado em todo o ambiente protegido.
56

Figura 25 – Sistema fixo de gás Inergen na sala do transformador.


Fonte: A autora (2017).

Figura 26 – Cilindros do Sistema fixo de gás Inergen.


Fonte: A autora (2017).

O sistema será dotado ainda de acionamento manual direto no cilindro, permitindo


a atuação do sistema, mesmo que ocorra pane total do sistema elétrico. No modo au-
tomático, o sistema contará com retardo, cujo intervalo será programado de acordo coma
variação do instalador do sistema de detecção. Logo após a descarga, é imprescindível o
desligamento dos sistemas de ventilação e ar condicionado.
57

4.1.2 Sistema fixo automático por água nebulizada

Outra opção que atende as especificações de sistema complementar para pro-


teção contra incêndio de uma subestação, é o sistema fixo automático por água nebu-
lizada, Figura 27. Nesse sistema de incêndio para transformadores, a água pressurizada
é conduzida por uma tubulação para bicos especiais, que nebulizam essa água sobre o
transformador em chamas e sobre o óleo que dele vazou. É instalada também uma rede
de detecção de calor, que dispara automaticamente o sistema de sprinklers. Esses detec-
tores podem ser do tipo "sprinkler", do tipo blindados termo velocimétricos e do tipo cabo
sensor.

Figura 27 – Sistema fixo automático de água nebulizada para transformador.


Fonte: A autora (2017).

Nos sistemas de incêndio para transformadores, os bicos especiais nebulizam


a água, quebrando uma gota de água em 8,000 nano-gotículas. Com isso, a água se
torna uma névoa que, quando se aproxima do fogo, se transforma em vapor de baixa
temperatura. Em um processo de resfriamento acelerado, por exemplo, é possível reduzir
uma temperatura de 716 graus Celsius para 136 graus, em menos de 10 segundos. Com
essa ação de resfriamento ultra rápido, o incêndio é extinto com extrema agilidade. Uma
importante vantagem desse sistema, é a economia de água, que é cerca de 100 vezes
menor que a água necessária num sistema de sprinklers "Diluvio", para a mesma área
protegida.
O sistema suprime rapidamente o fogo com a mínima quantidade de água, de-
vido à descarga em alta pressão e velocidade das gotas d’gua, criando micro-gotas que
58

possibilitam: o resfriamento do incêndio, a retirada do oxigênio da zona de combustão,


o bloqueio do calor radiante, a lavagem dos gases tóxicos e fumaça no local protegido,
agilizando a liberação da área afetada.
59

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De mandeira a comprovar que todos os sistemas de proteção necessários foram


executados e não haveria necessidade de implementação de um sistema de hidrantes sob
comando, foi realizado uma comparação entre, as recomendações da Eletrobrás Gridis,
ABNT NBR 13231 e as exigências do Corpo de Bombeiros. A partir dessa comparação,
verificou-se que todas as recomendações mínimas para proteção contra incêndio aplicadas
a esta subestação, foram executadas pela empresa construtora.
De acordo com a importância da subestação para o empreendimento, os custos
resultantes de incêndios, perda da distribuição de energia, substituição de equipamen-
tos destruídos ou danificados, o Sistema de Hidrante sob comando não é recomendado
para proteção da subestação em incêndios de classe C, devido a duas situações críticas:
aos danos materiais que a água, especialmente sob pressão pode causar aos painéis e
equipamentos com circuitos eletrônicos (relés) existentes no local, e por tornar a instalação
extremamente perigosa, devido principalmente a exposição do operador da mangueira de
incêndio ao contato acidental com a corrente elétrica que pode ser conduzida pela água.
Em função de comprovações técnicas, trabalhos já realizados e dentre os vários
sistemas de combate a incêndio dedicados a equipamentos elétricos, existem outros sis-
temas capazes de extinguir o incêndio em subestações abrigadas, sem causar danos as
pessoas e equipamentos, são eles: Sistema fixo automático de gás e Sistema fixo au-
tomático por água nebulizada.
Neste empreendimento, a aplicação desses sistemas fixos de combate a incên-
dio são recomendados apenas para a proteção dos transformadores de potência. Para
as salas dos painéis, cubículos e porões, a proteção mínima poderá ser constituída por
sistema de extintores de incêndio e sinalização de segurança, devido a baixa carga de
incêndio, proteção elétrica e instalação de condutores autoextinguíveis.
Uma das alternativas que se enquadrou no cumprimento dos requisitos técnicos da
subestação, foi o Sistema fixo IG 541(INERGEN) automático para a área do transformador,
ou seja, não há necessidade de operador. O combate contra incêndio se dará pelo método
de Inundação e extingue incêndios das classes A, B e C.
Outra opção que atende as especificações do sistema complementar, é o sistema
fixo automático por água nebulizada, que também elimina a necessidade de operador.
Nesse sistema de incêndio para transformadores, a água pressurizada é conduzida por
uma tubulação para bicos especiais, que nebulizam essa água sobre o transformador em
chamas e sobre o óleo que dele vazou.
Ou seja, com a realização deste trabalho, foi possível recomendar outros tipos de
Proteção Contra Incêndio que poderiam ter sidos implementados na subestação abrigada,
ao invés da instalação do Sistema de Hidrantes sob comando solicitado pelo CBMERJ,
que atenderia todas as normas e recomendações necessárias, não colocaria em risco
a vida do operador da mangueira de incêndio e preservaria a continuidade operacional
da instalação. Como continuidade deste trabalho, sugere-se a realização de um estudo
detalhado deste cenário, para uma possível padronização das exigências do Corpo de
Bombeiros em empreendimentos similares.
60

REFERÊNCIAS

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