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STT 5826
Projeto de pavimentos
Deformabilidade dos
1 O pavimento 5
materiais I
Deformabilidade dos
2 Tráfego 6
materiais II
STT 5826 – Projeto de Pavimentos
Dimensionamento de
3 Teorias de camadas I 7
pavimentos
Deformabilidade dos
1 O pavimento 5
materiais I
Deformabilidade dos
2 Tráfego 6
materiais II
Dimensionamento de
3 Teorias de camadas I 7
pavimentos
O que é projetar?
a estrutura do pavimento em si
(comportamento conjunto das camadas perante as solicitações)
1 O pavimento
Definições
▪ NBR 7207/82
O pavimento é uma estrutura construída após terraplenagem e destinada, econômica
e simultaneamente, em seu conjunto a
▪ resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego
▪ melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança
▪ resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a
superfície de rolamento
1 O pavimento
Definições
Definições
▪ Material do curso de Projeto de Pavimentos do Prof. Manoel H. A. Sória
Do ponto de vista físico, o pavimento é uma estrutura em camadas, que recebe em sua
superfície solicitações do tráfego de veículos com rodas flexíveis (pneus) e se apoia
diretamente sobre sua fundação
Do ponto de vista funcional, o pavimento tem a tarefa de suportar o tráfego em
condições de velocidade, segurança, conforto e economia. Essa função está intimamente
relacionada com o estado da superfície do pavimento. A evolução das condições de
rolamento, por sua vez, dependem das intempéries, do tráfego e das características
estruturais do pavimento.
O pavimento, se comparado com outras estruturas usuais da engenharia civil, tem vida
curta. É, na realidade, construído para ser destruído pelo tráfego ao longo de 10, 20 ou,
no máximo, 50 anos. Por esse motivo, a compreensão dos processos de deterioração e
destruição do pavimento é de vital importância.
1 O pavimento
▪ Egito
▪ estradas pavimentadas destinadas a trenós para transporte de cargas para
construção das pirâmides (2600-2400 AC)
▪ vias com lajões justapostos em base com boa capacidade de suporte
▪ atrito amenizado com umedecimento constante (água, azeite, musgo molhado)
▪ Via Appia, 312 a.C., construída por Claudio Appio Cieco, ligando Roma a Taranto
▪ plostrum: veiculo de carga romano, reboque apoiado em eixo ligado a rodas de
madeira maciça
▪ Baixa Idade Média: período de decadência econômica na Europa, vias romanas
foram abandonadas
▪ fim da Baixa Idade Média: ressurgimento da indústria artesanal, a construção
de vias foi retomada, empregando técnicas romanas
▪ técnicas romanas se estenderam até meados do século 18
▪ 1770: engenheiro francês Pier-Maria Jerolame Trésaguet apresentou novos
critérios de pavimentação
▪ 1820: engenheiro escocês John Loudon Mac-Adam publica notas técnicas
refutando os conceitos franceses
1 O pavimento
execução do revestimento
summa crusta (vias urbanas e interregionais) – calcário dos Apeninos justapostas
glarea stratae (vias consulares) – saibros aglomerados com pasta de cal
Pavimentos romanos
camadas superiores
sobre a fundação, executava-se manualmente uma camada de 8 a 10 cm de pedras trituradas
e compactadas; na camada final deveriam ser utilizadas pedras de razoável resistência que
pudessem ser trituradas até atingir o diâmetro de uma noz (entre 7 e 8 cm)
fundação
seção transversal em forma de arco preenchida com camada de 30 cm de pedras cravadas,
visando a uniformização das condições de apoio
1 O pavimento
▪ 1865-66
▪ primeiros trechos experimentais em concreto na Escócia
▪ nenhuma deterioração nos primeiros 3 anos
▪ após 10 anos, verificou-se muita deterioração e se chegou à conclusão de
que o pavimento em concreto sem revestimento asfáltico se torna
quebradiço com o tempo e não deveria ser usado a não ser para tráfego leve
▪ início da década de 1910, na Inglaterra
▪ primeiros pavimentos em concreto em áreas portuárias
▪ Primeira Guerra obrigou a expansão das áreas portuárias e algumas milhas
de pavimentos de concreto foram construídas
1 O pavimento
▪ 1909
▪ primeira reunião da PIARC (Permanent International Associoation of Road
Congresses, em Paris
▪ EUA
▪ posição distinta da européia em termos do desenvolvimento rodoviária,
especialmente pelo fato dos estados terem dimensões muito grandes
▪ 1898: fundação da American Society for Testing and Materials (ASTM)
▪ 1914: fundação da Association of State Highway Officials (AASHO)
▪ ambas assumiram a responsabilidade pela preparação de especificações
para materiais rodoviários e procedimentos de ensaio
▪ 1958-62: AASHO Road Test, o maior experimento rodoviário, relacionando
tráfego, materiais e projeto de pavimentos
1 O pavimento
▪ década de 1920
▪ H. M. Westergaard introduz a teoria estrutural no projeto de pavimentos
▪ introduziu a análise de tensões em pavimentos de concreto
▪ o problema mais complexo da análise de tensões em pavimentos asfálticos
de múltiplas camadas não podia ser abordado até o desenvolvimento do
método de elementos finitos
▪ as propriedades estruturais de todos os materiais rodoviários, no entanto, são
muito complexas e variáveis, e é improvável que os métodos de projeto de
pavimento fundamentados exclusivamente em teoria sejam sempre praticáveis;
a combinação de teoria e experiência rodoviária parece ser o caminho
1 O pavimento
▪ final do século 19
▪ emprego crescente das vias por veículos tracionados mecanicamente
revelaram diversas deficiências dos pavimentos
▪ EUA produzem asfalto derivado de petróleo por refinamento
▪ 1890 na Alemanha e 1909 nos EUA
▪ uso freqüente dos pavimentos de concreto
▪ 1909
▪ fundação da Association Internationale Permanent des Congréss
de la Route (Piarc), atual World Road Association
1 O pavimento
▪ década de 1920
▪ advento da Mecânica dos Solos
▪ Porter (1929), engenheiro do California Division of Highways, realizou
pesquisas que permitiram definir algumas das principais causas de ruptura
de pavimentos flexíveis
▪ Porter apresenta a primeira curva empírica para dimensionamento com
base em um critério de resistência ao cisalhamento do subleito indiretamente
obtido pelo ensaio de CBR
▪ contemporaneamente, estabelecia-se o ensaio de Proctor para a
compactação de solos
▪ tais trabalhos influenciaram os critérios de projeto de pavimentos do USACE
1 O pavimento
▪ 1927
▪ Harold Malcom Westergaard, sueco, professor da Universidade de Illinois
publicava sua teoria para projeto de pavimentos de concreto no HRB,
propondo equações analíticas para o cálculo da espessura de placas de
concreto apoiadas sobre o subleito, baseadas no cálculo de deformações
e momentos fletores
▪ 1930
▪ Arlington Experimental Farm, coordenado pelo BPR, nos EUA, tinha por
objetivo verificar experimentalmente a adequação das equações de
Westergaard
1 O pavimento
▪ década de 1940
▪ desenvolvimento de técnicas de estabilização química de solos, motivada
pela escassez de material de qualidade
▪ 1943
▪ engenheiro e professor da Universidade de Columbia, D. M. Burmister,
desenvolveu sua teoria de tensões e deslocamentos em sistemas de
camadas, resultante da extensão das equações de Boussinesq para sistemas
de múltiplas camadas
▪ ponto de partida para o desenvolvimento (década de 1960) de programas
computacionais para o cálculo de tensões e deformações em camadas de
pavimentos flexíveis (Dama 2, Bisar e Elsym 5)
1 O pavimento
▪ década de 1940
▪ devido à Segunda Guerra Mundial, o USACE formalizou seu procedimento
para dimensionamento de pavimentos para aeroportos, baseado no trabalho
de Porter, consolidando o critério do CBR
▪ 1945
▪ o HRB publica a classificação de solos para fins rodoviários do Bureau of
Public Roads (BPR), conhecida como classificação HRB
▪ 1953
▪ A. C. Benkelmen introduz a viga Benkelmen para a medida de deformações
em pavimentos sob ação de carga de eixo de caminhão
▪ conceito da medida de deflexões como critério de avaliação estrutural,
incorporado a equipamentos mais modernos (FWD)
1 O pavimento
▪ década de 1950
▪ concepção de grande plano de pavimentação nos EUA (Interstate System)
▪ culminou no planejamento dos experimentos da AASHO
▪ AASHO Road Test (1958-1961)
▪ pesquisa sobre o desempenho de pavimentos
▪ seis pistas experimentais
▪ 836 seções de pavimento (asfáltico e de concreto)
▪ diversos materiais
▪ conceito de ruptura do pavimento associado à opinião dos
usuários (conceito serventia-desempenho)
▪ estabelecimento de conceitos de equivalência entre cargas
1 O pavimento
Rodovias
72 mil km de malha
58 mil km pavimentados
4.483 km concessionados
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Ferrovias
28 mil Km operados
pelo setor privado
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
ferroviário R$7,5 bi
aquaviário R$6,9 bi
dutoviário R$2,1 bi
aéreo R$1,9 bi
rodoviário R$104,3 bi
total R$122,5 bi
7,0% PIB
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
26 km em
comprimento 150 m 1,7 Km movimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
R$ 40,00
R$ 65,00
R$ 100,00
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Emissão de poluentes
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
▪ rodovias
▪ infraestrutura degradada, com deterioração das condições operacionais
(aumento do número de acidentes e perda energética elevada)
▪ idade dos pavimentos
▪ até 5 anos: 5% da malha
▪ de 5 a 10 anos: 15% da malha
▪ mais de 10 anos: 80% da malha
▪ insuficiência de capacidade nas regiões desenvolvidas
▪ extensão e cobertura inadequadas da malha nas regiões com potencialidade
de desenvolvimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
▪ ferrovias
▪ invasão da faixa de domínio nos centros urbanos e nos acessos aos portos
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/inpalestras.htm1
1 O pavimento
rígido
flexível
1 O pavimento
designação do
definição associações
revestimento
▪ subleito
▪ constituído de material natural consolidado e compactado
▪ aliviar os esforços do tráfego e do intemperismo transmitidos pelas
camadas superiores
▪ reforços do subleito
▪ camada de solo de melhor qualidade que serve de reforço sobre sua
superfície, de forma que a fundação receba pressões de menor magnitude
▪ vantagem econômica: redução das espessuras das camadas de
base/subbase (seriam mais espessas na ausência dos reforços)
1 O pavimento
▪ bases e subbases
▪ proporciona alívio das pressões sobre as camadas de solo inferiores e
também têm papel importante na drenagem subsuperficial do pavimento
▪ quando a espessura da camada de base é muito grande, procura-se por
razões de ordem construtiva e econômica, dividi-la em duas camadas
▪ empregam-se solo estabilizado naturalmente, misturas de solos e
agregados, BGS, BGTC, solo estabilizado quimicamente, concretos, etc.
▪ imprimações entre camadas (filmes asfálticos)
▪ pintura de ligação: aderir uma camada à outra (emulsões asfálticas)
▪ imprimação impermeabilizante: impermeabiliar uma camada de solo ou
granular antes do lançamento da camada superior (asfaltos diluídos)
1 O pavimento
nomenclatura abreviatura
nomenclatura abreviatura
nomenclatura abreviatura
nomenclatura abreviatura
bica corrida BC
grita graduada simples BGS
escória ESC
macadame hidráulico MH
macadame seco MS
paralelepípedo PAR
solo arenoso fino laterítico SAFL
solo argiloso laterítico SAL
solo laterítico concrecionado SLC
solo-brita ou solo-agregado SB
solo saprolítico SS
agregado reciclado de entulho de construção e de demolição RCD
camada final de terraplenagem CFT
1 O pavimento
MB CCR BGTC BC
PMF CCP SBC BGS
PMQ CAR SC MH
SB CPT SCA MS
CAUQ SAFL
CAUF SAL
CAMP SLC
SS
SB
RCD
1 O pavimento
▪ flexíveis
▪ é uma estrutura constituída de uma ou mais camadas de espessura finita,
assente sobre um semiespaço infinito, cujo revestimento é betuminoso
▪ o dimensionamento é comandado pela resistência do subleito
▪ rígido
▪ é formado, predominantemente, por camadas que trabalham
sensivelmente à tração
▪ o dimensionamento é comandado pela resistência do próprio pavimento
▪ não sendo nem um nem outro, surgem as expressões simi-rígido ou semiflexível
▪ quando uma das camadas subjacentes ao revestimento asfáltico for
cimentada, o pavimento é semi-rígido
1 O pavimento
▪ reforço do subleito
▪ camada existente, no caso de pavimentos muito espessos, executada com
o objetivo de reduzir a espessura da própria subbase
▪ regularização do subleito
▪ camada de espessura variável, executada quando se torna necessário
preparar o leito da estrada para receber o pavimento
▪ a regularização não constitui propriamente uma camada do pavimento,
pois tem espessura variável, podendo ser nula em um ou mais pontos da
seção transversal
1 O pavimento
asfáltico e flexível
semi-rígido invertido
▪ pavimentos flexíveis
▪ após a abertura ao tráfego, deformação permanente começará a se formar
▪ em pavimentos bem-projetados, a deformação permanente é distribuída de
forma aproximadamente linear entre os materiais asfálticos, a base e a subbase
▪ nos materiais asfálticos, a deformação permanente pode surgir por
compactação adicional devida ao tráfego (pós-compactação) e por deslocamentos
laterais (expulsão)
▪ nos materiais granulares da base e no subleito, a deformação permanente
se deve a compactação do tráfego e apenas em pavimentos muito
subdimensionados surgirá cisalhamento no subleito
1 O pavimento
▪ pavimentos flexíveis
▪ as cargas das rodas submetem todas as camadas a tensões verticais de
compressão
▪ a camada de rolamento, a camada de ligação (binder) e qualquer material
betuminoso de base também estará sujeito a tensão de tração sob a passagem
das rodas
▪ a magnitude desta tensão de tração em cada camada será determinada
pelo módulo de elasticidade efetivo da camada e será máxima na parte
inferior da camada
▪ camadas asfálticas inferiores estarão sujeitas a tensões de tração menores
▪ materiais granulares usados em bases e subbases na podem sofrer tensões
de tração substanciais e a estrutura de tais camadas relaxará sob carregamento,
reduzindo o módulo elástico efetivo dos materiais
1 O pavimento
▪ pavimentos flexíveis
▪ a deflexão transiente (passageira, momentânea) do pavimento sob a passagem
de uma carga de roda é dividida entre as camadas do pavimento e o subleito
▪ a viscosidade do ligante asfáltico usado nos pavimentos flexíveis aumenta
substancialmente com o tempo, isto significa que a rigidez ou o módulo de
elasticidade efetivo da camada de rolamento, da camada de ligação e de
qualquer outro elemento betuminoso aumentará com o tempo, provocando
um substancial redução da deflexão transiente sob ação do tráfego
▪ em um pavimento bem-dimensionado, a deflexão pode ser metade da original
depois de em torno de 5 anos
▪ como os elementos betuminosos de um pavimento flexível enrijecem, os
materiais atrairão maiores tensões de tração do tráfego
1 O pavimento
▪ pavimentos flexíveis
▪ a falência estrutural normalmente terá início por trincamento por fadiga na
camada de rolamento, seguido por trincamento similar na camada de ligação e
em qualquer outra camada betuminosa
▪ segue que qualquer forma de teste acelerado de pavimentos asfálticos ou de
materiais betuminosos provavelmente indicará tempos de vida muito mais curtos
que os que ocorreriam na prática
▪ ao aplicar a teoria estrutural para o projeto de pavimentos também segue que
ensaios de propriedades estruturais, isto é, módulo elástico e vida de fadiga
efetuados em amostras virgens, serão irrelevantes, o que questiona testes
acelerados realizados em pistas circulares ou em rodovias
1 O pavimento
▪ pavimentos de concreto
▪ pavimentos de concreto não são suscetíveis a deformação superficial sob
tráfego e o processo de deterioração estrutural é indicado pelo trincamento
▪ a carga de rodas provoca o surgimento de tensões de tração na parte inferior
dos cantos das placas, o que em um pavimento subdimensionado, leva ao
trincamento por fadiga
▪ tanto a resistência à compressão quanto à flexão do concreto aumentam
substancialmente com o tempo
▪ o aumento na rigidez implicará no aumento das tensões de tração
▪ ensaios indicaram, no entanto, que a vida de fadiga aumenta muito mais rápido
com o tempo que a tensão de tração, seguindo que tanto com concreto quanto
▪ assim, tanto para pavimentos flexíveis quanto de concreto, testes acelerados
provavelmente subestimam a vida do pavimento sob condições de tráfego normal