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Psicologia Comunitária
A Psicologia Comunitária é uma disciplina científica e um movimento social que tem como
objectivo primordial a melhoria efectiva do bem-estar das populações, em particular das
pessoas que se encontram em situação de maior vulnerabilidade social. O envolvimento
cívico, o sentimento de comunidade, a participação e envolvimento comunitário,
o empowerment e a liderança comunitária, funcionam como fonte inspiradora. (SILVA,
2012).
O Psicólogo na comunidade
Falar de Comunidade é falar sobre vida cotidiana, vida em comum, coletividade. Segundo
Campos, (1994, p. 9) “é na Comunidade que grande parte da vida do sujeito é vivida”.
Durante muito tempo desde o golpe militar no Brasil, o conceito de Comunidade esteve
distante do discurso psicológico, mas por volta dos anos 70, surge um interesse sobre essa
temática dentro da Psicologia Social, é neste momento que ela denomina-se Comunitária
(SAWAIA, 1994, p 35).
A Profissão de Psicólogo foi reconhecida no Brasil em 1962, dois anos antes do golpe militar
que impôs ao país um regime ditatorial. A prática psicológica neste período baseava-se em
intervenções desenvolvimentistas oriundas de uma repressão política, o que resultou em um
modelo individualizado de atuação. O pensamento ideológico desenvolvimentista causava na
população brasileira, mais especificamente na classe média, um comportamento consumista e
um posicionamento conformista frente ao sistema político. Predominava-se o individualismo
que afetava as práticas psicológicas e a produção de novos conhecimentos.
Nessa época, os movimentos sociais eram impedidos pelo controle e repressão da ditadura, e
isto fazia com que os cidadãos não tomassem um “posicionamento crítico em relação à
realidade vivida”. (SCARPARO, GUARESCHI, 2007, p.8).
Durante a ditadura, os trabalhos dos psicólogos eram direcionados pelo modelo clinico,
intervenções aconteciam em escolas e trabalhos eram feitos na área de recrutamento e seleção.
Nesse período ditatorial a psicologia estava sendo refém de necessidades políticas e
econômicas geradas pelo governo militar. O Brasil estava sujeito a um modelo de governo
que privava o indivíduo dos seus direitos básicos, tais como: moradia, educação, emprego. A
partir desse processo social, vários profissionais começaram a atuar junto à população
(CRUZ; FREITAS; AMORETTI, 2010).
Dessa forma, ia se criando uma nova forma de pensar sobre a prática psicológica, isso
acontecia em um contexto de repressão que a sociedade estava vivenciando. As intervenções
de forma individualizantes não conseguiam da conta de questões que eram de ordem macro
social. Essa mudança de enfoque que ocorreu na America Latina em relação aos modelos
tradicionais de formação acadêmica na área possibilitou uma postura diferenciada dos
profissionais que “maximizava a saúde dos cidadãos e que essa saúde só poderia ser
alcançada com a educação, a cultura, a habitação, ao lazer” (CRUZ; FREITAS; AMORETTI,
2010, p. 78). O propósito disso era atingir relações mais justas e igualitárias.
Um dos primeiros passos para a mudança das práticas psicológicas era pensar sobre elas, o
outro era fundamentar esse novo olhar fora do pensamento original. No entanto, nos Estados
Unidos que surge a nomenclatura “Psicologia Comunitária”, referindo-se a profissionais que
trabalhavam com populações desfavorecidas, esses trabalhos possuíam um forte caráter
assistencialista, contudo sem uma análise crítica, o que gerou poucos resultados (LANE,
1996, p. 18)
Comportamento social;
Métodos de pesquisa;
Estatística;
Saúde pública;
Desenvolvimento organizacional;
Psicologia do desenvolvimento;
Sociologia;
Problemas sociais;
Desenvolvimento comunitário.
Conclusão