Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAMPUS DE ARIQUEMES
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
Ariquemes
2017
DANIELLE SOARES DOS SANTOS
LUANA OLIVEIRA DA SILVA
THAYONÁ GHABRIELLE GUIMARÃES DIAS
Ariquemes
2017
Sumário
1. Introdução ............................................................................................................ 4
2. Objetivos .............................................................................................................. 6
2.1. Objetivo geral................................................................................................ 6
2.2. Objetivos específicos ................................................................................... 6
3. Material e métodos .............................................................................................. 7
3.1. Material .......................................................................................................... 7
3.2. Métodos......................................................................................................... 9
4. Resultados e discussão .................................................................................... 12
5. Conclusões ........................................................................................................ 16
Referências ............................................................................................................... 17
1. Introdução
A análise de alimentos está presente de forma ampla na atuação do
engenheiro de alimentos, podendo ser aplicada no controle de qualidade,
fabricação e estocagem do alimento processado (CECCHI, 2003).
A composição centesimal é de extrema importância pois, a descoberta de
uma nova matéria-prima traz consigo a necessidade da investigação da
composição desta para que seja dada a ela um destino correto, seja ele o
consumo in natura ou a transformação em produto processado, sendo a
composição deste, também determinada posteriormente.
Entre as análises de composição centesimal está a determinação de
umidade. Sua importância se justifica pelo fato de que a deterioração de um
alimento é geralmente resultante do crescimento microbiano, da atividade
enzimática e de reações químicas, que, em sua maioria, dependem da presença
de água (RIBEIRO; SERAVALLI, 2007).
Sabe-se porém, que, por mais que a umidade esteja relacionada à
estabilidade, qualidade e composição do alimento, seu teor não pode ser
considerado isoladamente para determinar essas propriedades, uma vez que a
forma como esta água está presente no alimento é de extrema importância pois
isto afeta diretamente na ocorrência ou não das reações bioquímicas citadas ou
até mesmo acarretar que certos métodos não sejam eficazes na determinação
da umidade.
Ao retirar a água do alimento para a determinação de umidade, o material
restante é definido como matéria seca.
Entre os componentes desta matéria estão os carboidratos que, de acordo
com Ordóñez (2005), são compostos orgânicos produzidos nas células
fotossintéticas das plantas a partir do dióxido de carbono e da água. São
amplamente distribuídos e abundantes, estando presentes nos tecidos animais
e vegetais, assim como nos microrganismos. Os carboidratos digeríveis
favorecem a mobilização das gorduras e reduzem o gasto de proteínas. Nos
alimentos, ajudam a torná-los mais saborosos e de aspecto mais agradável.
Um composto muitas vezes incluído nos carboidratos é a fibra, mas este,
porém, não possui uma definição concreta. Todavia, para Ordóñez (2005), as
fibras são o conjunto de polissacarídeos hidrossolúveis diferentes do amido,
caracterizados por resistirem a hidrólise por enzimas digestivas do trato
intestinal. Incluem-se neste grupo as gomas, pectinas, mucilagens,
polissacarídeos de reserva, celulose, lignina entre outros.
As proteínas, por sua vez, são moléculas complexas constituídas, na
maioria das vezes, de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Sua formação
se dá por aminoácidos unidos por ligações peptídicas e são eles, juntamente
com a disposição das ligações que estabilizam a estrutura que conferem a cada
proteína suas propriedades e funcionalidades. Quando as proteínas possuem
atividade biológica, são denominadas enzimas (ORDÓÑEZ, 2005).
Os lipídeos, juntamente com os carboidratos e proteínas, constituem as
estruturas celulares. Sua definição mais simples diz que são substâncias
solúveis em éter, clorofórmio e demais solventes das gorduras, mas pouco
solúveis em água (ORDÓÑEZ, 2005). Ribeiro e Seravalli (2007), dizem que
pertencem a este grupo substâncias geralmente solúveis em solventes
orgânicos e insolúveis ou ligeiramente solúveis em água.
Os compostos descritos acima compõem a matéria orgânica do alimento,
que é transformada em CO2, H2O E NO2 quando submetida a queima, restando
apenas a cinza, que é o resíduo inorgânico. Este pode ser composto por Na, Mg,
Fe, Zn, I entre outros minerais (CECCHI, 2003). A caracterização da cinza obtida,
entretanto, não é o objetivo da presente aula prática.
A massa alimentícia ou macarrão, segundo a ANVISA (2000), é o produto
não fermentado, apresentado sob várias formas, recheado ou não, obtido pelo
empasto, amassamento mecânico de farinha de trigo comum e ou
sêmola/semolina de trigo e ou farinha de trigo integral e ou farinha de trigo durum
e ou sêmola/semolina de trigo durum e ou farinha integral de trigo durum e ou
derivados de cereais, leguminosas, raízes ou tubérculos, adicionado ou não de
outros ingredientes e acompanhado ou não de temperos e ou complementos,
isoladamente ou adicionados diretamente à massa.
Assim, o presente relatório apresentará a metodologia para determinação
de composição centesimal da massa alimentícia.
2. Objetivos
2.1. Objetivo geral
Compreender a metodologia para determinação da composição
centesimal de macarrão.
Equipamentos
Estufa;
Balança determinadora de umidade por infravermelho.
Balança analítica;
Vidrarias
Placa de Petri;
Dessecador com sílica gel.
Utensílios
Pinça;
Espátula de metal;
Cinzas
Equipamentos
Mufla;
Balança analítica.
Vidrarias
Dessecador com sílica gel;
Cadinho.
Utensílios
Espátula e pinça de metal.
Lipídeos
Equipamentos
Extrator Soxhlet;
Balança analítica.
Vidrarias
Tubos para gordura;
Dessecador.
Utensílios
Papel filtro.
Reagentes
Éter etílico, éter de petróleo ou hexano;
Água destilada.
Proteínas
Equipamentos
Balança analítica;
Bloco digestor;
Capela;
Destilador de nitrogênio;
Vidrarias
Tubos para proteínas;
Erlenmeyer;
Bureta;
Pipeta graduada.
Utensílios
Espátula;
Papel de seda;
Reagentes
Mistura catalítica;
NaOH 40 %;
Solução de ácido bórico 2%;
H2SO4 0,02 N;
Indicador.
3.2. Métodos
Umidade
Estufa
Radiação infravermelha
Cinzas
Lipídeos
Proteínas
Preparo dos reagentes
Mistura catalítica
Misturou-se 20 g de sulfato de cobre e 100 g de sulfato de sódio,
homogeneizou e acondicionou-se em frasco com tampa.
NaOH 40%:
Pesou-se 200 g de NaOH e diluiu-se em 500 mL de H2O destilada.
H2SO4 0,02 N
Diluiu-se 15 ml de H2SO4 concentrado em 500 mL de H2O destilada.
Diluiu-se 20 mL H2SO4 1N em 1 L de H2O destilada.
Indicador
Pesou-se 0,06 g de vermelho de Metila em 60 mL de Etanol. Pesou-se
0,15 g de verde de Bromocrezol em 150 mL de etanol. Juntou-se as duas
soluções para ter o indicador.
Procedimentos de análise
Digestão
Pesou-se 0,1 g de amostra em papel seda e transferiu-se para tubo para
digestão. Para o branco, ausência de amostra, mesmo procedimento. Colocou-
se 0,5 g de mistura catalítica e 10 mL de H2SO4 concentrado. Fez-se digestão da
amostra em bloco digestor (350-450ºC). Após resfriar, transferiu-se para o tubo
de destilação com auxílio de 5 mL H2O destilada.
Destilação
Colocou-se 10 mL de ácido bórico com três gotas de indicador, em
Erlenmeyer, encaixou-se no condensador. Acoplou-se o tubo com a amostra
também no destilador. Adicionou-se 15 mL de NaOH 40% no copo receptor.
Abriu-se cuidadosamente o mecanismo para que o líquido alcança-se a amostra.
Fechou-se. Ligou-se o aparelho até que o volume de ácido bórico atinge 50 mL
e adquiriu-se coloração verde;
Titulação
Retirou-se o Erlenmeyer do aparelho e realizou-se a titulação com H2SO4
0,02 N até coloração rosa e anotou-se o volume gasto.
4. Resultados e discussão
A título de comparação, a composição centesimal expressa na
embalagem do produto está disposta na Tabela 1.
Umidade 10,45*
Carboidratos 75
Proteínas 11
Lipídeo 0,8
A umidade foi determinada por dois métodos: a secagem por estufa e por
infravermelho. O método de secagem por estufa baseia-se no aquecimento do
alimento para promover a remoção de água, sendo o ar quente absorvido por
uma camada fina do alimento e então conduzido para o interior por condução. A
radiação infravermelha consiste de uma lâmpada de radiação infravermelha com
250 a 500 watts, que desenvolve uma temperatura entre 2.000º K a 2.500º K
(700º C) (CECCHI, 2003). A radiação infravermelha permite que a determinação
de umidade seja realizada em menos tempo, cerca de 1/3 de tempo a menos
que a secagem por estufa. Este método possui, porém, alguns detalhes a serem
observados, como a quantidade de amostra, o tempo e a temperatura utilizados.
As Tabelas 2 e 3 abaixo apresentam os resultados obtidos na
determinação de umidade por estufa e infravermelho.
Amostras Peso inicial (g) Peso final (g) Peso cinza Cinzas
(mg) (%)
1 3,0321 0,0266 26,6 0,87
2 3,0238 0,0208 20,8 0,68
3 3,0062 0,0205 20,5 0,68
Média ±DP* ----- ----- 22,6± 0,74±
*Média desvio padrão
Umidade 10,08
Carboidratos* 76,33
Lipídeo 0,29
Cinza 0,74