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RESUMO
O presente trabalho tem como objeto a análise o meio ambiente ecologicamente equilibrado
sob o prisma da Constituição Federal Brasileira, posto a dificuldade em se aplicar a
responsabilidade legal aos agentes causadores do dano ambiental, é relevante a
conscientização de toda a sociedade para que sejam adotadas medidas preventivas e corretivas
para minimizar os efeitos desses danos. Sendo assim, foi necessário analisar o conceito de
meio ambiente, juntamente com a área de atuação do direito ambiental, adentrando na questão
dos princípios norteadores do direito ambiental conforme a Constituição Federal de 1988,
estabelecendo sua aplicação e a dificuldade encontrada na não observância destes. Desse
modo, o mérito do presente estudo é dar fundamentos para a identificação do dano do meio
ambiente ecologicamente equilibrado, observando quem é o agente causador do prejuízo, para
que haja a prevenção do dano, mas caso o dano já tenha ocorrido, que o mesmo seja reparado,
mostrando a dificuldade encontrada para que ocorra a prevenção como também o equilíbrio e
a restauração do ambiente degradado.
1. INTRODUÇÃO
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Aluno do curso do Programa para o Doutorado em Direito Constitucional da Faculdade de Direito da
Universidade de Buenos Aires.
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Professora da matéria Direito Ambiental do Programa para o Doutorado em Direito Constitucional da
Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.
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De acordo com este conceito normativo são elementos essenciais do meio, a vida em
todas as suas formas e tudo aquilo que está ligado ou relacionado direta ou indiretamente com
ela, analisando sempre a forma como se dá essa interação e os fatores que influenciam nessa
relação.
No entendimento de Reichardt (apud ANTUNES, 2006, p. 64) o meio ambiente é
conceituado da seguinte forma:
Definimos o ambiente de uma dada população de seres humanos como o sistema de
constantes espaciais e temporais de estrutura não-humanas, que influencia os
processos biológicos e o comportamento dessa população. No ‘ambiente’
compreendemos os processos sociais diretamente ligados a essas estruturas, como
sejam o trajeto regular dos suburbanos, ou o desvio comportamental em correlação
direta com a densidade da população ou com as condições habitacionais. Excluímos,
no entanto, os processos que se desenvolvem principalmente no exterior do sistema
social. É evidente que tal distinção, em certa medida, é arbitrária, pois num sistema
social cada elemento se acha vinculado a todos os outros.
Em outras palavras o autor quis dizer que Direito Ambiental é a reunião de normas e
institutos jurídicos com o único e exclusivo intuito de impor uma ordem ao comportamento
humano em relação ao meio ambiente em que vivem, ou seja, acima de tudo está a
preocupação com o meio ambiente, objetivando garantir a sobrevivência das gerações futuras.
É necessária a imposição desta ordem para que haja uma interação na sociedade que hoje é
dividida em classes e que assim cada indivíduo saiba o seu papel.
Diante de todas estas conceituações fica claro o papel do Direito Ambiental de
interagir com a sociedade, seja reprimindo, prevenindo ou intervindo nas suas atividades ou
mesmo estabelecendo formas de punições a estas atividades, bem como interpretar as diversas
situações fáticas existentes entre o homem e sua relação com o meio para que assim possa
desenvolver métodos eficientes para uma reparação eficaz do dano gerado, portanto este
assume um papel regulador, tanto de forma preventiva como de forma repressiva aos danos já
causados.
Frente a esse conceito, surge as importantes indagações suscitadas por Fiorillo (2009,
p. 15) em sua doutrina, as quais seriam: “A quem o Direito Ambiental serve? Ao homem ou a
toda e qualquer forma de vida?”.
Conforme o ensinamento desse ilustre doutrinador levando-se em conta o ponto de
vista antropocêntrico explicitamente adotado pela Constituição Federal de 1988, é possível
afirmar que o Direito Ambiental serve ao homem e que apenas como que por uma
consequência é que essa proteção recai sobre as demais espécies.
Essas questões são fáceis de ser respondidas se observada a parte final do preceito
legal disposto no artigo 225 da Carta Magna, quando fala da defesa do meio ambiente para as
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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas.
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético; (Regulamento) .
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade; .
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 16. Ed. São Paulo: Atlas S.A, 2014.
Ambiente – Ecos da Eco. Textos Didáticos. Campinas, SP, Nº. 8, IFCH / UNICAMP, Março
de 1993.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 17ª ed. São Paulo: Atlas; 1998.
DEVIA, Leila. Rumbo Ambiental + 20. Editorial: EUDEBA. Colección Fuera de colección.
2016.
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental. 3ª ed., São Paulo: Saraiva,
2000.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo : Atlas, 2010.
MAGALHÃES, Juraci Perez. A evolução do Direito Ambiental no Brasil. 2ª ed., São Paulo:
Juarez de Oliveira, 2002.
MUKAI, Toshio. Direito ambiental sistematizado/ Toshio Mukai. – 4. ed. – Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 2002.