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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CIDADE UNIV. PROF. JOSÉ ALOÍSIO DE CAMPOS

Alan Goes Teles dos Santos (alannngteles@gmail.com)

Cleison Freitas da Hora (cleisonfreitas39@gmail.com)

Gustavo Viana de Alcantara (gustavoalcantara2106@gmail.com)

Nayara Isabelle Feliciano Souza (nisouza@academico.ufs.br)

Raul Goes Aragão Santos (raul_goes00@hotmail.com)

Victor Eugênio da Silva (victor.eugennio@gmail.com)

RELATÓRIO DE EXPERIMENTO:

Transformadores

São Cristóvão
2020
Sumário
1 RESUMO ....................................................................................................................................................... 3
2 METODOLOGIA ............................................................................................................................................. 4
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS .........................................................................................................................................4
2.2 METODOLOGIA PARA OBTENÇÃO DE DADOS...............................................................................................................5
3 RESULTADOS ................................................................................................................................................ 6
4 DISCUSSÃO ................................................................................................................................................... 7
5 CONCLUSÕES .............................................................................................................................................. 16
5.1 ESPECÍFICAS: .....................................................................................................................................................16
5.2 GERAL ..............................................................................................................................................................16
6 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................. 17
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1 RESUMO

O experimento aborda os fenômenos da indução eletromagnética, relacionado a força


eletromotriz.

O objetivo deste experimento é contribuir para a compreensão dos efeitos de um


transformador, compreender o efeito da indução no secundário de um transformador, e a dependência
da tensão induzida com a tensão do primário, com o número de espiras do primário e com o número
de espiras do secundário.

Foi seguido os métodos descritos no roteiro experimental para tornar possível a realização
do experimento.

Através das leis de indução eletromagnética conseguimos chegar em um resultado


esperado, assim, as leis foram obedecidas.
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2 METODOLOGIA

2.1 Materiais Utilizados

Para a execução deste experimento foram utilizados uma fonte, bobinas de 300, 600, 1200,
1800 e 3600 voltas, dois multímetros, cabos e um suporte para as bobinas.

Figura 1: Fonte com unidade de medida em Volt (V).

Figura 2: Bobinas devidamente inseridas no suporte


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2.2 Metodologia para obtenção de dados

A prática consistiu em três partes distintas. Primeiramente, selecionamosas bobinas de


600 e de 300 voltas, definindo a de 600 como primária e a de 300 como secundária, e inserimos no
suporte para realizar a primeira parte do experimento, que consistia na medição da tensão na bobina
secundária, com a fonte ligada na bobina primária. Em seguida, ligamos um dos
multímetrosdiretamente na fonte para obter maior precisão sobre a voltagem que sendo utilizada, e o
multímetro restante utilizamos para medir a tensão na bobina secundária. Realizamos 10 medições,
variando a tensão da fonte de 1 a 10, em Volts.

Após isso, iniciamos a segunda parte, que consistia em variar apenas o número de espiras
da bobina secundária para medir sua tensão, mantendo a fonte ligada na bobina primária. E para isso,
fixamos a voltagem da fonte em 5V, o número de voltas da bobina primária em 600 e medimos a
tensão para 4 valores diferentes de voltas na bobina secundária (300, 1200, 1800, 3600 voltas).

E por fim, na terceira parte, que se assemelha a segunda, porém, desta vez, devemos variar
o número de espiras primárias e manter fixo o número de espiras secundárias, a tensão em 5V e realizar
da mesma forma a medição da tensão da bobina secundária. Então, mantemos o número de espiras
secundárias em 300 e variamos entre 600, 1200, 1800 e 3600 o número de espiras da bobina primária
e a cada variação medimos a tensão da bobina secundária.

Ao executarmos toda a prática, utilizamos o software SciDavis para analisar os dados


obtidos e obter os devidos ajustes.
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3 RESULTADOS

A tabela abaixo corresponde aos valores tensão induzida no secundário (Ɛs),


após a aplicação de tensão no primário (Ɛp).

Tabela 1: Dados de Ɛp e Ɛs
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4 DISCUSSÃO

4.1. O gráfico abaixo mostra a relação entre a tensão induzida no secundário x


tensão no primário, em um transformador. Os dados para a construção do gráfico 1 são
advindos da Tabela 1.

Gráfico 1: Tensão no secundário x Tensão no primário

4.1.1 O gráfico acima nos informa o coeficiente angular da reta e a sua incerteza,
a = (0,434827998898828 +/- 0,005435368821426779).

Partindo do princípio que:

𝜀𝑝 = −𝑁𝑝 x (𝑑𝛷/𝑑𝑡) e 𝜀𝑠 = −𝑁𝑠 x (𝑑𝛷/𝑑𝑡)

Sabendo que o fluxo magnético por espira é o mesmo no primário e no


secundário e dividindo as equações, obtemos:
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𝜀𝑠/𝜀𝑝 = 𝑁𝑠/𝑁𝑝

Assim, chegamos a relação:

𝑁𝑠
𝑉𝑠 = ( ) 𝑉𝑝
𝑁𝑝

𝑁
Em que 𝑁𝑠 é o ajuste angular a ser considerado.
𝑝

Teoricamente, o valor do coeficiente angular do gráfico 1 é:

ateórico = (N𝑠/N𝑝)

ateórico = (300/600)

ateórico = 0,5

Assim, o valor teórico do coeficiente angular é de 0,5.

Visto que o ajuste angular experimental forneceu um valor diferente do esperado


pela teoria, foi feito o cálculo de erro relativo, dado pela relação:

𝑥 − 𝑥𝑣
𝑒= | | . 100% (2)
𝑥𝑣

Sendo x o valor obtido através do gráfico e 𝑥𝑣 o valor teórico, verificamos que o


erro relativo é:

0,434827998898828− 0,5
𝑒=( ) x 100%
0,5

𝑒 =13,03%

Portanto, tendo em vista o baixo erro relativo, concluímos que os valores obtidos
estão dentro do esperado.

Já para a segunda etapa da prática, os dados foram organizados na tabela 2 e


3.
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A tabela abaixo foi obtida mantendo o número de espiras e a tensão aplicada no


primário constantes e variando o número de espiras no secundário, assim, ela mostra a
variação da tensão induzida no secundária em função do número de espiras que ela possui.

Tabela 2: Dados de Ɛs em função do número de espiras do secundário.

A partir dos valores da tabela 2, foi possível construir o gráfico 2, sendo derivado
de (1), e se apresenta da seguinte forma:

(3)

𝑉𝑝
Em que 𝑁 é o de ajuste angular.
𝑝

Gráfico 2: Tensão no secundário x Número de espiras do secundário


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4.1.2. O gráfico acima nos informa o coeficiente angular da reta e a sua incerteza,
a = (0,00782233502537873 +/- 4,75683041426693 x 10 -05)

Partindo da relação (3), calculamos o valor teórico do coeficiente angular:

ateórico = V𝑝/ N𝑝

ateórico = 5/600

ateórico = 8,33 x 10 -03

Assim, o valor teórico do coeficiente angular é de 8,33 x 10 -03.

É possível determinar o valor de incerteza relativa através da equação

Substituindo os valores da prática, obtemos que o valor da incerteza relativa da


segunda parte é:
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Assim, foi possível estabelecer o valor encontrado experimentalmente para a


tensão na espira secundária:

Agora, vamos calcular, através da relação (2), o erro relativo, para assim,
identificar a precisão do experimento:

0,00782233502537873−0,00833
𝑒=( ) x 100%
0,00833

𝑒 = 6,09%

Melhor do que o primeiro, o erro relativo da segunda parte, comprova ainda mais
que os valores obtidos estão dentro do esperado.

Finalmente, o último gráfico foi preenchido a partir dos resultados no laboratório,


mantendo agora o número de espiras no secundário e a tensão no primário constantes e
variando o número de espiras no primário, para assim, obter a tensão no secundário em
função da variação do número de espiras no primário.

Tabela 3: Dados de Ɛs em função do número de espiras do primário.

A partir dos valores da tabela 3, foi possível construir o gráfico 3.


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O gráfico 3 é derivado de (1), e se apresenta da seguinte forma:

onde o coeficiente angular é dado por

Gráfico 3: Tensão na espira secundária x o inverso do número de espiras primárias

4.1.3. O gráfico acima nos informa o coeficiente angular da reta e a sua incerteza,
a = (1168,34292705415 +/- 80,4152273029945).

Partindo da relação (4), calculamos o valor teórico do coeficiente angular:

ateórico = N𝑠 x V𝑝

ateórico = 300 x 5
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ateórico =1500

Assim, o valor teórico do coeficiente angular é 1500.

Novamente, por propagação de incerteza, foi obtido o valor da incerteza relativa


da terceira parte do experimento:

Logo, o valor obtido experimentalmente para a terceira parte da prática foi de:

Vamos calcular o erro relativo, a partir da relação (2), para podermos identificar
a precisão do experimento:

1168,34292705415 − 1500
𝑒=( ) . 100%
1500

𝑒 = 22,1%

Diferente dos dois primeiros, o erro relativo da terceira parte deu mais alto do que
o esperado, provavelmente uma pequena falha no multímetro ou até mesmo por parte dos
integrantes do grupo, ocasionoando tal resultado.

Através dessa prática, foi possível notar a diferença entre o valor teórico e o
experimental. A relação esperada era:

onde Φs Φp é o fluxo secundário e primário, respectivamente. Entretanto,


observou-se que o experimento seguiu a seguinte relação:
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É possível determinar o valor de η através de:

Com isso, a relação entre o fluxo primário, fluxo secundário e o fator de eficiência
η foi resumida nas tabelas a seguir:

Tabela 4: relação entre o fluxo primário, fluxo secundário e o fator de eficiência η

Tabela 5: relação entre o fluxo primário, fluxo secundário e o fator de eficiência η

Tabela 6: relação entre o fluxo primário, fluxo secundário e o fator de eficiência η


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É possível notar, através das tabelas 4, 5 e 6 que há perdas na tensão no


secundário, em relação ao primário que vão além do estabelecido teoricamente (𝑁𝑠/ 𝑁𝑝).
Tais perdas podem ser calculadas levando em consideração um fator de eficiência que
chamamos de ƞ, que por sua vez, pode variar entre 0 e 1.

Tais perdas supostamente se devem ao material utilizado no experimento.


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5 CONCLUSÕES

Diante dos valores encontrados e ás suas comparações com os valores teóricos,


chegamos ás seguintes conclusões.

5.1 Específicas:

No gráfico 1, onde há a relação de dependência da tensão induzida no


secundário com a tensão no primário (𝑉𝑆 𝑥 𝑉𝑝 ), o valor de 𝑁𝑆 /𝑁𝑃 foi igual a 0,43.

Já no gráfico 2, a relação é entre a tensão no secundário e o número de espiras


no secundário (𝑉𝑆 𝑥 𝑁𝑆 ), assim o valor obtido do coeficiente angular que corresponde a
𝑉𝑃 /𝑁𝑃 foi igual a 0,0078.

Por fim, o gráfico 3 traz a relação entre a tensão na espira secundária e o


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inverso do número de espiras secundárias (𝑉𝑆 𝑥 ), de tal forma que o valor do coeficiente
𝑁𝑆

angular encontrado que corresponde a 𝑉𝑃 ×𝑁𝑆 foi igual a 1168.

O erro relativo dos coeficientes angulares dos gráficos 1,2 e 3 foram 16,3%,
6,4% e 28%, respectivamente.

5.2 Geral

Os erros relativos dos coeficientes angulares evidenciam que apesar do núcleo


de ferro ser eficiente em não deixar que a maior parte das linhas de campo escapem, ainda
assim há uma perda e quem justamente identifica essa perda é o erro relativo. Contudo,
para fins laboratoriais o experimento teve sucesso em denotar as relações entre o
enrolamento primário e secundário, assim como com as suas espiras.
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6 BIBLIOGRAFIA

1. JEWETT, J.W., SERWAY, R. A., Princípios de Física Volume 3, 5ª edição, Cengage


Learning, São Paulo - 2014
2. Apostila de Laboratório de Física B, Experimento 2 - Associação de Resistores e Leis de
Kirchhoff, Departamento de Física - Universidade Federal de Sergipe

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