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Por exemplo, quem for executar esse método tem que estar apto para
isso, não pode ser um iniciante no treinamento com pesos, deve ser
intermediário ou avançado. A segunda questão citada acima, foi
quando aplicar algum método? Bom, tem que analisar que fase da
periodização você ou seu cliente se encontra!
- A pessoa que vai adotar tal método como estratégia de treino, está
apta fisicamente e clinicamente para esse determinado método de
treino?
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Este método de treino é baseado em realizar as repetições até a
exaustão (fadiga). As repetições serão finalizadas quando houver
uma falha concêntrica do movimento, ou seja, quando o padrão do
movimento estiver comprometido.
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A falha concêntrica do ponto de vista fisiológico é quando ocorre a
fadiga gradual das fibras musculares, incapacitando o músculo de
recrutar mais fibras, e isso é bom, porque chegando nessa falha
concêntrica é sinal que foram recrutadas muitas fibras musculares
tanto as do tipo 1 (contração lenta) quanto as do tipo 2 (contração
rápida).
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Esse método consiste em executar o exercício com a perfeita técnica
do movimento, até que ocorra a falha concêntrica, e logo em
seguida, o padrão de movimento é alterado com a finalidade de
realizar mais algumas repetições. Lembrando que essa técnica não é
simplesmente realizar um movimento de forma errada. A mudança
no padrão de movimento só deve ser feita quando, for impossível a
execução correta, ou seja, deve-se manter o movimento correto no
inicio do exercício e quando não suportar mais a carga, altera-se o
padrão de movimento. Desta maneira, aumenta a tensão muscular,
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terra, supino com barra livre. Use sempre o bom senso. Nesse
método, geralmente é recomendado que se faça 3 séries de 10 á 15
repetições com intervalo de 1 á 2 minutos.
Esse método funciona da seguinte forma: É
realizado um exercício monoarticular (onde se
utiliza uma única articulação) primeiramente e
em seguida outro exercício multiarticular
(onde se utiliza mais de uma articulação). O
objetivo principal desse método é dar ênfase no músculo alvo
isolando ele no primeiro exercício, por isso, se deve começar sempre
com o exercício monoarticular, indepedentemente de qual músculo
esteja trabalhando. Por exemplo, se o músculo alvo for o peitoral,
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Essa metodologia de treino pode ser usada de duas maneiras
diferentes. A primeira forma de se usar é trabalhando os músculos
antagonistas. Funciona assim, é realizado uma série até a falha,
seguida de um exercício diferente, sendo ele para a musculatura
antagonista.
Este método permite um treino mais efetivo e rápido, mas deve ser
usado por pessoas bem treinadas, pela alta solicitação muscular e
energética que esse método proporciona.
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O método Bi-Set consiste na realização de dois exercícios
consecutivos, sem intervalo, para o
mesmo grupo muscular. Esse método tem
como objetivo, promover o aumento do
fluxo de sangue na musculatura. Por
exemplo, o praticante faz um barra fixa
para trabalhar dorsais, ocorre a falha
concêntrica do movimento, então, faz-se
uma remada baixa até a falha também.
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Esse método consiste na realização de
3 exercícios em sequência, sem
intervalos entre eles, para o mesmo
grupo muscular. Sua base é similar à
do bi-set, só que com um estímulo
ainda mais prolongado.
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Esse método talvez seja um dos mais
utilizados nas academias. O método
drop-set consiste na realização do
movimento com uma técnica perfeita,
até que ocorra a falha concêntrica, a
partir da falha concêntrica, a carga de
trabalho é reduzida em 20% e continua com o
exercício mantendo a boa técnica, até que ocorra uma nova
falha concêntrica.
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O método da pirâmide pode ser usado de duas maneiras diferentes, a
crescente e a decrescente. Vamos falar um pouco sobre elas a seguir:
-Pirâmide Crescente
-Pirâmide Decrescente
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Essa metodologia é uma das que tem, o maior amparo da fisiologia.
Quando se utiliza cargas mais elevadas no começo da série, ocorre
um aproveitamento do estado neural para fornecer estímulos
tensionais.
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Nesse método de repetições forçadas, o praticante
executa o movimento até que ocorra a falha
concêntrica momentanêa. Depois que acontece a
falha, o professor auxilia na fase
concêntrica do movimento
mantendo a cadência
naturalmente, e deixa o praticante
executar a fase excêntrica sozinho. Essa
ajuda só deve ocorrer nos momentos que
a falha concêntrica ocorrer, a partir daí,
acontece o auxílio com a força
necessária, para que o movimento prossiga
naturalmente. Se não for assim, o método não
intensificará o exercício, podendo ainda diminuir a sua eficácia.
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O método de série única é bem tranquilo e não
tem muito segredo. Esse método consiste em realizar uma única
série para cada grupo muscular. É indicado para pessoas que estão
iniciando no treinamento com pesos (musculação).
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O método de séries múltiplas consiste em realizar
mais de uma série por grupo muscular. O praticante
executa varias séries com a mesma carga, geralmente
3 séries. Porém, não há uma regra exata no que diz
respeito a quantidade de séries, repetições e
exercícios.
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O método super lento ou super
slow consiste em realizar
repetições de forma muito
lenta, levando de 15 á 30 segundos para completar um ciclo de
movimento. A proposta original de Ken Hutchins, é a realização de
repetições cadenciadas, com 5 segundos para fase excêntrica e 5
segundos para fase concêntrica. Com isso, o músculo permanece
bastante tempo sob tensão, gerando uma boa resposta hipertrófica.
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O método da pausa / descanso consiste em realizar o movimento até
que ocorra a falha concêntrica, após a falha é dado uma pausa de 5 á
15 segundos, em seguida retoma o movimento novamente até que
ocorra uma nova falha concêntrica. É só repetir esse processo até
atingir o objetivo proposto em questões de repetições, tempo,
número de pausas e séries. É recomendado que se faça 3 á 4 séries
de 12 á 20 repetições com intervalo de 1 minuto.
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A prescrição do treinamento de
força dentro da musculação,
depende basicamente da utilização correta de
3 fatores: Montagem de programa de treino, Carga de
treino e Método de treino.
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O conceito de força pode ser definido do ponto de vista fisiológico e
do ponto de vista físico. Do ponto de vista fisiológico, força pode ser
definida como a capacidade de produzir tensão pelo músculo ou
grupo de músculos. Já do ponto de vista físico, força pode ser
definida como algo capaz de modificar o estado de repouso ou
movimento do corpo.
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Sendo assim a força pode ser explicada como a capacidade de um
músculo ou grupo de músculos em gerar força em condições
específicas como amplitude, ângulo articular, velocidade, grupo
muscular, tipo de movimento, tipo de músculo, tipo de contração,
entre outros, sendo o produto da ação muscular, ativada e controlada
por vias neurais.
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A repetição é uma variável bastante usada
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A variável intensidade não se aplica somente a carga de trabalho
imposta nos exercícios, e sim, à um conjunto de fatores quando
associados irão proporcionar maior intensidade ao exercício. Os
principais fatores são a velocidade, a amplitude, o intervalo de
descanso, os métodos de treinamento, juntamente com a carga de
trabalho. Essas questões são fundamentais quando se trata de
intensidad.
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O volume de treino pode ser medido pela quantidade total de
trabalho realizado em uma única sessão de treino, em uma semana
de treino, em um mês de treino ou mais. Questões como o número
de sessões de treino, duração da sessão, a quantidade de séries e
repetições, e a quantidade de exercícios realizados interfere de forma
direta no volume de treinamento. Esse volume de treinamento pode
ser modulado quando se controla a quantidade de exercícios que irão
ser realizados na sessão, além do número de séries que irão ser
realizadas por exercícios e até o número de repetições realizadas por
cada série. O volume de treino deve ser aplicado na dose correta,
pois o excesso de treino pode ocasionar resultados insatisfatórios, e
mais do que isso, pode levar a um quadro de supertreinamento ou
overtraining como é popularmente conhecido. Esse processo ocorre
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O intervalo é o tempo que é dado
entre o final de uma série e o
inicio de outra série. Essa varíavel
é de suma importância e tem que
ser respeitada rigorosamente. O
intervalo depende do tipo de treino
que está sendo executado, ou do
estímulo que deseja ofertar ao
organismo. Por exemplo, treinos
mais tensionais onde se utiliza
cargas mais elevadas, o tempo de
descanso tem que ser maior , podendo chegar até 5 minutos em um
treino de força máxima, isso porque, o organismo precisa
restabelecer fisiologicamente as vias energéticas para a próxima
série. Já para um treino com estímulos metabólicos os intervalos são
curtos de 30 á 60 segundos no máximo. Página55
Existem muitos mecanismos envolvidos no processo de hipertrofia
muscular, desde eventos como a Transcrição de RNA,
Mecanotransdução,
Osmolaridade,
Polimorfismo, Dano
Muscular, AKT, mTOR,
PI3K, AMPK, MAPK,
GH, IGF-1, Testosterona,
Insulina, Miostatina,
Células Satélite, entre
outros.
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- Aumento do tamanho das fibras musculares.
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Os fatores metabólicos também são muito importantes para o
processo de hipertrofia muscular. A oclusão do fluxo sanguineo
parece ser uma fator determinante para os ganhos de força e
hipertrofia. A restrição do fluxo de sangue estimula a hipóxia (falta Página64
de oxigênio para os tecidos), a fadiga local, promovendo um
ambiente mais ácido. A oclusão aumenta a síntese proteica.
Treinar com cargas baixas, com pausas curtas e até a falha
concêntrica, aumenta o estresse metabólico, aumentando a hipóxia
que induzirá o dano tecidual e consequentemente a hipertrofia.
- O retículo sarcoplasmático.
- E as mitocôndrias. Página66
- Produzir movimento (por exemplo, postura, locomover)
- Contratilidade (contração)
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A unidade motora nada mais é do que um nervo motor, com o seu
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Vamos abordar somente as fibras do tipo 1 e tipo 2 que são as mais
relevantes para esse momento. As fibras musculares ou miócitos são
as células que constituem os músculos. As fibras musculares tem
algumas particularidades diferentes, que se forem entendidas, pode
facilitar no processo de montagem do programa de treinamento
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físico.
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Os principais tipos de contrações são: a concêntrica, excêntrica,
isométrica, isocinética, isotônica.
de uma articulação.
A contração isométrica ocorre no trabalho estático, o músculo não
produz movimento, ele gera tensão necessária somente para suportar
a carga. Nesse tipo de contração o músculo se encontra com o seu
comprimento constante, ou seja, não é alterado o comprimento do
músculo.
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