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A doutrina quanto à natureza humana de Cristo, conforme é hoje ensinada na igreja, não
corresponde de modo nenhum, com aquela em que acreditavam os pioneiros
adventistas, a qual acredito estar verdadeiramente em harmonia com a Palavra de Deus.
O 1º parágrafo da pág. 45, no qual se insere a frase que me foi enviada por um leitor
deste blogue: "a humanidade de Cristo, não era a humanidade adâmica, isto é, a
humanidade de Adão antes da queda ;...", é uma referência a Henry Melvill (veja a nota
nº13 do capítulo 4 desse livro). A igreja não está aqui a defender que Jesus possuía uma
natureza caída como a nossa, mas contrariamente, a apresentar o ponto de vista de
Melvill, que apresentam como aparentando ser a maneira de pensar de Ellen White.
Se lermos todo o parágrafo, afirma-se que a natureza de Cristo não era a de Adão, nem
tão pouco era a nossa natureza humana caída, mas a nossa humanidade sem as
propensões pecaminosas hereditárias. Na pág. 47 pode-se confimar o que estou dizendo:
"Jesus tomou a nossa natureza com todas as suas desvantagens, mas livre de corrupção
ou depravação hereditária, e do pecado em si mesmo."
Depois de 18 encontros ecuménicos realizados entre 1955 e 1956, entre alguns líderes
da Associação Ministerial da Conferência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, tais
como Froom, Anderson, e Walter Read, e os evangélicos, Barnhouse e Walter Martin, a
posição oficial da igreja em relação à natureza humana de Cristo e outros assuntos, foi
³forçadaÔ a mudar (Ver ³ , pág. 170,171). Passarei a explicar o
que acabei de afirmar.
Passo a citar algumas frases de publicações adventistas, que demonstram o que estou a
dizer:
³Parece que Froom, Anderson, e seus colegas não foram totalmente francos quando
deram a Martin e Barnhouse a opinião de que ³a esmagadora maioria nunca defendeu
esses pontos de vista divergentesÔ [como é o caso da crença de que Jesus partilhou da
natureza caída e pecaminosa do ser humano em Sua encarnação].Ô
, pág. 171.
³Parece que« não foram totalmente francosÔ, não passa de um eufemismo forçado do
historiador adventista George Knight, para não lhes chamar mentirosos e enganadores.
Na realidade, estas são algumas das características dos jesuítas. Estes encontros
ecuménicos e o livro deles resultante ³
Ô, não foram senão ³o
cavalo de TróiaÔ, para mudar mais algumas doutrinas da igreja adventista tornando-a
mais próxima de ³RomaÔ. Depois de terem conseguido infiltrar a doutrina pagã da
trindade, conseguiram também alterar a crença sobre a natureza humana de Jesus e a
expiação, etc.:
³A pesquisa histórica, contudo, demonstra que exactamente o oposto é que era verdade
a respeito da questão da natureza humana de Cristo e até mesmo a respeito de crenças
como a expiação completa e a existência eterna de Cristo.
Novamente o historiador evita ser categórico, suavizando o facto de que este livro tinha
a aprovação da Associação Geral, caso contrário não teria sido produzido por uma
publicadora adventista, ao dizer que o mesmo era ³quase oficialÔ, para não dizer
simplesmente oficial, acabando por comprometer a liderança máxima da igreja de então.
³Andreasen [teólogo adventista que nos anos seguintes à saída do livro ³
Ô se afirmou em público contra as mudanças de doutrina na igreja adventista, e
os erros deste livro, escrevendo ainda as famosas ³ Ô] não deixou
escapar o fato de que LeRoy Froom e os seus associados no diálogo com os evangélicos
não haviam contado a verdade acerca do ensino de longa data da denominação sobre a
natureza humana de Cristo ou o fato de que ele mesmo e os seus colegas crentes tinham
sido apelidados de ³extremidade lunáticaÔ e ³pessoas irresponsáveis de visão
extravaganteÔ, em descompasso com a ³liderança sensataÔ da denominação, que estava
³determinada a deter qualquer membro que procure sustentar posições divergentes
daquela relativa à liderança responsável da denominaçãoÔ.
(«) Para Andreasen, a mudança sobre a natureza humana de Cristo não foi nada mais
do que uma traição a fim de ganhar o reconhecimento dos evangélicos. V
. Como resultado, algumas fortes citações de Ellen White afirmando
claramente que Cristo possuía uma natureza humana pecaminosa foram deixadas fora
da compilação sobre o tópico no apêndice do livro
enquanto
um título equivocado implicando que Ellen White sustentava que Cristo tinha uma
natureza humana sem pecado foi suprido.
O resultado seria um assombroso desastre nas fileiras adventistas nos anos seguintes. O
adventismo oficial pode ter ganho reconhecimento como sendo cristão pelo mundo
evangélico, mas, no processo, uma brecha foi aberta e ainda não foi curada nos últimos
50 anos e talvez nunca seja. m
! "Ô
, págs. 442, 443.
Desta forma pode-se concluir que a igreja actualmente acredita que os adventistas do 7º
dia do passado andaram errados durante 100 anos quanto à questão da natureza humana
de Cristo. Faz lembrar a ³grande sabedoria e inteligênciaÔ (estupidez) daqueles que
acham que o povo hebreu andou errado e na ignorância durante cerca de 2000 anos, pois
não tinha o total conhecimento da verdade, e por isso não conseguiram discernir a (in)
³verdadeÔ da trindade! Basta olhar para a história para ver que primeiro vieram as
igrejas puras e depois a apostasia. Israel apostatou, os Judeus apostataram, igreja cristã
apostatou, os protestantes também, e finalmente a própria igreja adventista.
³Em outras palavras, Melvill sustentava que o Cristo encarnado não era exactamente
como Adão antes da Queda, nem exactamente como a humanidade caída desde a
entrada do pecado. Essa parece ser a posição mantida por Ellen White.Ô , pág. 444.
"Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote que penetrou os céus, a saber, Jesus, Filho
de Deus, guardemos firmes a nossa confissão.
Pois não temos um sumo-sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
enfermidades [físicas, mentais e morais], mas que tem sido tentado em todas as coisas à
nossa semelhança, mas sem pecado.
o qual possa condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois que ele também está
cercado de enfermidades..." Heb. 4:14-16; 5:1-2
"Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus, revestir-Se da natureza
humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência, no Éden. Mas
Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos
de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande
lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de Seus
ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e
tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável." O Desejado de Todas as
Nações, pág. 34.
"Muitos há que não consideram esse conflito entre Cristo e Satanás como tendo relação
especial com sua própria vida; pouco interesse tem para eles. Mas, essa luta repete-se
nos domínios de cada coração. Ninguém abandona jamais as fileiras do mal para o
serviço de Deus, sem enfrentar os assaltos de Satanás. As sedutoras sugestões a que
Cristo resistiu, foram as mesmas que tão difícil achamos vencer. A pressão que
exerciam sobre Ele era tanto maior, quanto Seu carácter era superior ao nosso. Com o
terrível peso dos pecados do mundo sobre Si, Cristo suportou a prova quanto ao apetite,
o amor do mundo e da ostentação, que induz à presunção. Foram essas as tentações que
derrotaram Adão e Eva, e tão prontamente nos vencem a nós.
Satanás apontara o pecado de Adão como prova de que a lei de Deus era injusta, e não
podia ser obedecida. Cristo devia redimir, em nossa humanidade, a falha de Adão.
Quando este fora vencido pelo tentador, entretanto, não tinha sobre si nenhum dos
efeitos do pecado. Encontrava-se na pujança da perfeita varonilidade, possuindo o pleno
vigor da mente e do corpo. Achava-se circundado das glórias do Éden, e em
comunicação diária com seres celestiais. Não assim quanto a Jesus, quando penetrou no
deserto para medir-Se com Satanás. Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em
forças físicas, vigor mental e moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da
humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de
sua degradação.
Pretendem muitos que era impossível Cristo ser vencido pela tentação. Neste caso, não
teria sido colocado na posição de Adão; não poderia haver obtido a vitória que aquele
deixara de ganhar. Se tivéssemos, em certo sentido, um mais probante conflito do que
teve Cristo, então Ele não estaria habilitado para nos socorrer. Mas nosso Salvador Se
revestiu da humanidade com todas as contingências da mesma. Tomou a natureza do
homem com a possibilidade de ceder à tentação. Não temos que suportar coisa nenhuma
que Ele não tenha sofrido.
Para Cristo, como para o santo par no Éden, foi o apetite o terreno da primeira grande
tentação. Exactamente onde começara a ruína, deveria começar a obra de nossa
redenção. Como, pela condescendência com o apetite, caíra Adão, assim, pela negação
do mesmo, devia Cristo vencer. "E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites,
depois teve fome; e, chegando-se a Ele o tentador, disse: Se Tu és o Filho de Deus,
manda que estas pedras se tornem pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito:
Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus". Mat.
4:2-4.
http://www.ellenwhitebooks.com/?l=4&p=116
Jesus partilhou da mesma natureza que eu e vocês! Que houve de diferente? Ele nunca
pecou! Jesus nasceu já desde criança na experiência do novo nascimento, da conversão,
na experiência em que cada um de nós pode viver.
Nasceu da carne pois sua mãe era humana, e por isso existiam em sua carne as mesmas
propensões pecaminosas que existem em nós; mas também era Filho gerado de Deus e
por isso em sua mente nunca se manifestaram tendências nenhumas para o pecado, pois
era nascido do Espírito, participante da natureza divina.
Nós também podemos viver da mesma maneira que Jesus viveu, tornando-nos filhos
adoptivos de Deus, participantes da natureza divina, ter a mente de Cristo, inclinados
não às paixões da carne, mas às coisas do Espírito:
"Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei,
operavam em nossos membros para darem fruto para a morte." Rom. 7:5
³Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não
andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em
Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à
lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança
da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; Para que a justiça da lei
se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são
segundo o Espírito para as coisas do Espírito. (...)
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em
vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. E, se Cristo está
em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por
causa da justiça. (...)
De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne.
Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as
obras do corpo, vivereis.
Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque
não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas
recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.Ô Rom. 8:1-5,
9,10,12-15.
³Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra
de Deus, viva, e que permanece para sempre.Ô; ³Porque para isto sois chamados; pois
também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas
pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.Ô; "Ora, pois, já
que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento, que
aquele que padeceu na carne já cessou do pecado; Para que, no tempo que vos resta na
carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade
de Deus." I Pe. 1:23; 2:21,22; 4:1,2.
³Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas
fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela
concupiscência há no mundo.Ô II Pe. 1:4.
³Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus,
para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. (...) Ora, o
homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é
espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a
mente de Cristo.Ô I Cor. 2:12, 14-16.
³Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são
os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens
foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se
achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus." ; "Ao que vencer
lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei
com meu Pai no seu trono." Apo. 14:4,5; 3:21.
Isto é justificação pela fé! Esta é a mensagem central na advertência do 3º anjo. Esta foi
a mensagem que Jones e Waggoner pregaram em 1888, mas que infelizmente a igreja
rejeitou. Qualquer coisa menos que isto, é anulação do evangelho, e opróbrio ao nome
de Cristo.
Nós que somos a última geração, não viveremos afinal esta mensagem?! Não
pretendemos ser o remanescente de Jeová?! Não desejamos nós fazer parte dos
144000?! Que tipo de evangelho pregamos e vivemos? Uma fábula, que nem a nós nem
aos do mundo pode servir de alguma utilidade?!