Nota
Aluno(a): Turma: n.o:
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Instruções
Texto I
'Nunca achei que fosse possível uma mentira matar uma pessoa'
Publicado em 18 de agosto de 2018
Trata-se do primeiro caso de grande repercussão no Brasil em que boatos pela internet
serviram como fio condutor para uma história de final trágico. O primeiro grande alerta de
que um post enganoso pode matar.
Um resumo de como chegamos até aqui. Dias antes do linchamento, uma página no
Facebook chamada “Guarujá Alerta”, com 56 mil curtidas, publicou informações sobre “uma
mulher que está raptando crianças para realizar magia negra”, supostamente na região.
Além da frase “se é boato ou não devemos ficar alerta”, o administrador postou imagens:
um retrato falado (associado a um crime cometido no Rio, em 2012) e a foto de uma mulher
loira, que tampouco tinha a ver com o caso.
As duas eram bem diferentes entre si. E nenhuma delas parecia Fabiane, que morreu
ao ser confundida com a tal sequestradora. A história fica ainda pior, se for possível, pelo
fato de a criminosa em questão nem sequer existir: naquela época, depois a polícia
elucidou, não havia nenhuma denúncia de sequestro de crianças em Guarujá.
Desde então, histórias bárbaras como esta se repetem. Recentemente, na Índia, um
homem de 26 anos foi confundido com um sequestrador de crianças exibido em um vídeo.
Apanhou até a morte. Novamente uma invenção: tratava-se de uma campanha veiculada
no Paquistão, alertando para a segurança dos menores nas ruas. O material foi editado e
compartilhado via redes sociais, levando a população em pânico a matar outro inocente
– nos últimos meses, o país registrou dezenas de casos parecidos.
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2
Ausência de Fabiane
Coincidências trágicas
(...) Uma semana antes, enquanto o boato sobre a sequestradora ganhava força,
Fabiane havia cortado os longos fios na altura do ombro e tingira-os de ruivo. Não gostou:
segundo o marido, a intenção era descolorir para depois voltar à cor preta. Ao concluir
apenas a primeira etapa desse plano, seus cabelos ficaram curtos e relativamente loiros
– como os da mulher no Facebook, divulgada na página “Guarujá Alerta”. Foi assim que ela
saiu de casa no sábado.
Não há testemunhas que relatam o início das agressões – ou como um fósforo foi
riscado onde as fake news já haviam espalhado gasolina. Na versão que se tornou oficial,
sem origem certa, a mulher ofereceu banana para uma criança. Os pais viram a cena e a
acharam parecida com a tal “bruxa do Guarujá”. Correram para avisar um rapaz de
prontidão na biqueira, que já chegou batendo em Fabiane. Todos os depoimentos
começam a partir daí, quando testemunhas e acusados se depararam com o linchamento
já em curso.
Lucas, 23, aproximou-se da confusão com sua bicicleta. Quando viu a mulher deitada
no chão, ergueu a roda da frente e bateu com o pneu em sua cabeça. Explicou que foi “um
ato de emoção” e “não teve a intenção de matar”. Com um fio de eletricidade encontrado
na rua, amarrou os punhos da vítima (...).
Jair, 39, contou que ergueu a mulher para tirá-la dali, quando a ponte onde estavam
cedeu e Fabiane caiu. Foi uma queda de meio metro, em um mangue. Naquele momento,
afirmou, queriam colocar fogo na mulher, já muito machucada. Disse ainda que perguntou o
nome de Fabiane e, quando ela respondeu, ele tentou alertar as pessoas sobre a confusão.
Por isso, disse, ele tomou um chute.
Como as agressões físicas foram motivadas por alertas via internet, elas já começaram
com uma carga excessiva típica do ambiente virtual, diz Cristiano Nabuco, psicólogo do
Grupo de Dependências Tecnológicas do PRO-Amit (Programa Integrado dos Transtornos
do Impulso), do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo.
“Quando as pessoas se comunicam online, o cérebro não tem um retorno imediato que
indica se estão sendo bem compreendidas, como acontece presencialmente. Por isso, a
personalidade eletrônica ‘exagera’ em suas características, apresentando-se de forma mais
agressiva ou erotizada, por exemplo, do que realmente é. Os ataques, portanto, iniciaram
com alguns graus de emoção acima do que teria acontecido se a história estivesse toda no
ambiente offline”, compara o especialista.
Somado a esse primeiro momento de fúria, houve o chamado comportamento de
manada, quando os indivíduos agem de acordo com o grupo. “Encontraram alguém que
julgaram ter infringido um valor muito importante e criou-se um vale tudo, pois consideraram
que aquela pessoa merecia ser sacrificada. Assumiram que aquele alguém não era como
eles e lidaram com suas inquietudes agredindo o diferente. Eles estavam no calor do
momento e na mesma sintonia, sendo que a massa humana é burra, não pensa.” Segundo
Nabuco, esse tipo de situação está ligado ao funcionamento das áreas mais primitivas do
cérebro.
Andréa Jotta, psicóloga e pesquisadora do LEPTIC (Laboratório de Estudos de
Psicologia e Tecnologias da Informação e Comunicação) da PUC-SP (Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo), compara a situação a uma forma extremada e violenta de
extravasar o ódio, como acontecia no Coliseu de Roma.
“O virtual possibilita o encontro de pessoas com os mesmos interesses, as mesmas
visões. Isso acaba se transferindo para o offline também. Nesse caso, havia um ambiente já
violento, onde as pessoas se juntaram por causa de uma notícia falsa. E as fake news têm a
característica de corroborar pensamentos e ideias, fazendo com que sejam passadas
adiante. Mesmo sem a certeza de serem reais ou falsas”, explicou.
A multidão em busca de justiça, portanto, deu e recebeu apoio de uma forma
extremada quando encontrou aquela que todos julgaram ser a causa de seu problema.
Problema esse que não existia, é importante reforçar.
Uma viatura tentou chegar ao local do linchamento, mas foi impedida pela população.
Voltou com reforço policial e também com uma equipe de resgate, que só puderam entrar
na presença da imprensa, pois os moradores queriam registrar a captura da criminosa – um
comentarista de segurança da TV Record foi até o local, onde fez uma gravação.
(...)
As câmeras dos celulares daquela multidão funcionaram durante toda a confusão no
Morrinhos, permitindo posteriormente a identificação dos envolvidos. Fecha-se assim o
círculo dessa história sem fronteiras entre online e offline. Os boatos que se espalharam
com ajuda da internet levaram ao espancamento e à morte (reais) de uma mulher. E essas
agressões físicas, nas ruas de Guarujá, foram depositadas também na internet, levando
depois à prisão dos protagonistas.
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(...)
Fabiane foi levada para o Hospital Santo Amaro, onde ficou internada na UTI (Unidade
de Tratamento Intensivo) durante duas noites. Ela morreu na manhã de segunda-feira sem
nunca ter dado sua versão sobre aquilo que aconteceu.
2. Identifique o único fragmento abaixo que não poderia figurar em uma notícia sobre o
linchamento de Fabiane ou sobre a resolução desse crime.
a. “Dias antes do linchamento, uma página no Facebook chamada ‘Guarujá Alerta’, com 56 mil
curtidas, publicou informações sobre ‘uma mulher que está raptando crianças para realizar
magia negra’, supostamente na região.”
b. “Desde então, histórias bárbaras como esta se repetem. Recentemente, na Índia, um homem
de 26 anos foi confundido com um sequestrador de crianças exibido em um vídeo.”
c. “Jaílson, nascido na Bahia, e Fabiane, no Rio, eram primos. Eles se conheceram na infância e
se reencontraram em Guarujá, onde então moravam, no aniversário de 16 anos dela.”
d. “Ele lembra da mulher como uma pessoa ‘boa, extrovertida, alegre, que conversava muito e
pegava amizade fácil’.”
e. “Cinco homens que participaram do linchamento foram condenados, entre outubro de 2016
e janeiro de 2017, à pena máxima de 30 anos de reclusão cada.”
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Aluno(a): Turma: n.o:
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Um resumo de como chegamos até aqui. Dias antes do linchamento, uma página no
Facebook chamada “Guarujá Alerta”, com 56 mil curtidas, publicou informações sobre
“uma mulher que está raptando crianças para realizar magia negra”, supostamente na
região. Além da frase “se é boato ou não devemos ficar alerta”, o administrador postou
imagens: um retrato falado (associado a um crime cometido no Rio, em 2012) e a foto de
uma mulher loira, que tampouco tinha a ver com o caso.
As duas eram bem diferentes entre si. E nenhuma delas parecia Fabiane, que morreu
ao ser confundida com a tal sequestradora. A história fica ainda pior, se for possível, pelo
fato de a criminosa em questão nem sequer existir: naquela época, depois a polícia
elucidou, não havia nenhuma denúncia de sequestro de crianças em Guarujá.
Desde então, histórias bárbaras como esta se repetem. (...)
Grandes empresas de tecnologia e de comunicação vêm criando mecanismos para
reduzir o alcance e também desmentir as notícias falsas – é o caso do Comprova, projeto
que reúne 24 organizações brasileiras de mídia, do qual o UOL faz parte. Para o viúvo
Jaílson Alves das Neves, 44, no entanto, o estrago das fake news é irreversível: “O que
fizerem daqui para frente não vai mudar minha vida, não vai trazer a Fabiane de volta. Pode
mudar a de outras pessoas, evitar que aconteça novamente, mas o que aconteceu em
minha vida não vai mudar”.
Texto II:
O perigo do justiçamento
Não há mal maior que possa acometer uma sociedade organizada do que a descrença
no curso natural dos processos legislativo e jurisdicional, vale dizer, a perda da confiança
depositada pelos cidadãos nas instituições do Estado responsáveis pela redação e pela
aplicação das leis. Uma vez instalado, esse ambiente de desconfiança dá azo ao
questionamento da própria legitimidade daquelas instituições, corroendo, assim, a noção
fundamental de sociedade.
É a assunção coletiva do compromisso de obediência a um conjunto de normas que
visam a regulamentar o comportamento dos indivíduos e o funcionamento das
organizações que, precisamente, nos separa da selvageria, da luta de todos contra todos.
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Vocabulário
azo: motivo, oportunidade;
égide: o que ampara, protege;
anomia: ausência de lei ou de regra, desvio das leis naturais; anarquia, desorganização;
sanha: rancor, fúria, ira, desejo de vingança.
escrutínio: processo de votação.
dissuasórios: que convencem ou tentam convencer a desistir.
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1.
a. (valor: 0,9) Considerando os três primeiros parágrafos, explique o que seria o
“justiçamento”, segundo o artigo de opinião “O perigo do justiçamento”.
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b. (valor: 0,6) Considerando sua resposta ao item a, explique se é possível afirmar que o
linchamento de Fabiane – narrado no texto I - decorreu de um justiçamento.
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2.
a. (valor: 0,6) Reelabore o trecho “Quando todos julgam ser titulares do direito de dizer e
aplicar a lei, ninguém tem razão e se tende à anomia.”, estabelecendo uma relação de
condição. Faça somente as adaptações necessárias.
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b. (valor: 0,6) Reelabore a frase adaptada “Como o justiceiro não busca o aprimoramento da
lei e das instituições e prefere sujar as próprias mãos para dar vazão a uma sanha
punitiva, comete um sério desvio moral.”, empregando um conectivo que estabeleça a
relação de consequência. Faça somente as adaptações necessárias.
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Como criações humanas, as instituições do Estado não são infalíveis. Estarem sob
permanente escrutínio não só é legítimo, como desejado para o bom desenvolvimento da
democracia. Mas uma coisa é criticar uma lei ou o funcionamento de uma instituição. Outra,
diametralmente oposta, é usurpar a responsabilidade estatal e, sem freios dissuasórios,
passar a punir quaisquer desvios de comportamento por conta própria. É a barbárie.
Os valores semânticos dos conectivos “como” e “sem” destacados nos fragmentos são,
respectivamente, _____________ e _______________.
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Texto III
Morte do Leiteiro
Há pouco leite no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há muita sede no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há no país uma legenda,
que ladrão se mata com tiro.
Então o moço que é leiteiro
de madrugada com sua lata
sai correndo e distribuindo
leite bom para gente ruim.
Sua lata, suas garrafas
e seus sapatos de borracha
vão dizendo aos homens no sono
que alguém acordou cedinho
e veio do último subúrbio
trazer o leite mais frio
e mais alvo da melhor vaca
para todos criarem força
na luta brava da cidade.
Na mão a garrafa branca
não tem tempo de dizer
as coisas que lhe atribuo
nem o moço leiteiro ignaro,
morador na Rua Namur,
empregado no entreposto,
com 21 anos de idade,
sabe lá o que seja impulso
de humana compreensão.
E já que tem pressa, o corpo
vai deixando à beira das casas
uma apenas mercadoria.
E como a porta dos fundos
também escondesse gente
que aspira ao pouco de leite
disponível em nosso tempo,
avancemos por esse beco,
peguemos o corredor,
depositemos o litro…
Sem fazer barulho, é claro,
que barulho nada resolve.
Meu leiteiro tão sutil
de passo maneiro e leve,
antes desliza que marcha.
É certo que algum rumor
sempre se faz: passo errado,
vaso de flor no caminho,
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Vocabulário:
Ignaro: ignorante, inculto, ou que não é conhecido, ignorado.
Quizilento: diz-se de quem tem aversão espontânea, antipatia ou inimizade.
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O clima de insegurança e de medo que vigora pode levar as pessoas a cometerem atos
violentos impensados, causando a morte de inocentes. No poema de Carlos Drummond de
Andrade, publicado em 1945, embora o leiteiro normalmente se movimentasse
silenciosamente, não pôde evitar completamente o barulho em seu deslocamento, ao
cumprir sua tarefa, e acabou assassinado por um morador do bairro que, sem antes
averiguar o motivo do alvoroço, supôs defender-se de um ladrão e disparou sua arma.
Nessa época, o leite não era industrializado, de modo que o produtor ordenhava a vaca
logo cedo, recolhia o leite num latão e percorria o bairro distribuindo o produto em garrafas
de vidro, as quais eram depositadas à porta das casas.
Os atos violentos irrefletidos, praticados muitas vezes com o intuito de proteger ou
defender a si mesmo ou seus pares, ainda atingem pessoas inocentes em nossa sociedade
atualmente, já que não é difícil encontrar notícias sobre tragédias desse tipo nos diferentes
meios de comunicação, como se evidencia no texto “'Nunca achei que fosse possível uma
mentira matar uma pessoa'” e nas seguintes manchetes recentes:
II. “PM acusado de matar adolescente que ia comprar bolachas no ABC vira réu e é preso”
(Do G1, 20/08/2018)
Tais manchetes introduzem notícias que relatam a morte de um inocente (I) ou a consequência
desse tipo de crime para seu agente (II). A partir da leitura do poema “Morte do leiteiro” e de
seus conhecimentos sobre o gênero, produza uma notícia na qual aborde o uso da violência que
causa a morte de inocente ou sua consequência e na qual faça uso dos personagens e do
episódio do poema. Imagine que a notícia seria publicada num jornal impresso, da mesma época
do poema, cujo público-alvo são adultos da classe média paulistana. Para isso, siga as seguintes
instruções:
Critérios
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Folha de Respostas
Disciplina: Estudos Linguísticos Bimestre: 4.o P 184002
Data da prova: 09/11/2018
Páginas Quadro dos Testes
Obs.: 1. Faça marcas sólidas nas bolhas sem exceder os limites.
2 2. Rasura = Anulação.
Nota
Aluno(a): Turma: n.o:
Assinatura Assinatura
do Aluno: do Professor:
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
a.
b.
c.
d.
e.
b. (0,6)____________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
2.
a. (0,6)____________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
b. (0,6)____________________________________________________________________
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3. (0,8) Os valores semânticos dos conectivos “como” e “sem” destacados nos fragmentos são,
respectivamente, ____________________ e ______________________.
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2
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Parte I: Testes
1. Alternativa d.
Um característica estrutural das notícias é a lide: um parágrafo inicial em que se apresenta de
forma sucinta o que ocorreu, com quem, onde e quando. Já as reportagens não apresentam
estrutura fixa.
2. Alternativa b.
Como na notícia são apresentados fatos relativos a um episódio específico e, no caso,
seria sobre o linchamento de Fabiane e a punição dos assassinos, não seria pertinente,
nesse gênero, a referência ao linchamento de outra pessoa em outro país.
3. Alternativa e.
As alternativas b e c, embora apresentem hipônimos e seus respectivos hiperônimos, não são
respostas adequadas uma vez que os pares não remetem aos mesmos referentes.
“Sequestro” referia-se aos supostos crimes que estariam ocorrendo na região do Guarujá e
“crime” a um delito ocorrido no Rio de Janeiro, já “crianças” seriam as supostas vítimas de
sequestro, enquanto “pessoas” foi usado para referir aos que se beneficiariam das novas
estratégias para que notícias falsas não voltassem a gerar linchamentos como os de Fabiane.
Já as alternativas a e d apresentam os hiperônimos antes dos hipônimos.
4. Alternativa d.
A forma “vai” encontra-se no presente do indicativo, ainda que seja usada em locução que
marque ação posterior à enunciação. O verbo “ir” conjugado na terceira pessoa do singular no
futuro do presente do indicativo apresentaria a forma “irá”.
5. Alternativa c.
Em “denúncia de sequestro”, o termo "sequestro" indica o alvo da ação nomeada pelo
substantivo “denúncia”.
6. Alternativa d.
Como o verbo “haver” se encontra no futuro do presente do indicativo e a conjunção
condicional que introduz o verbo “tornar-se” é “caso”, a forma verbal deve se encontrar no
presente do subjuntivo.
7. Alternativa a.
A conjunção “segundo” indica conformidade entre a explicação do advogado e o fato de não
ter logrado a condenação do responsável pela divulgação da notícia falsa a qual gerou o
linchamento de Fabiane.
2 G184002 | 1.a Série Prova Bimestral | Estudos Linguísticos | 9/11/2018
8. Alternativa a.
Como na oração principal se indica que será expresso um desejo do locutor quanto ao futuro
introduzido por “tomara”, é necessário o uso do presente do subjuntivo. Na oração
“que incitem a violência”, apresenta-se uma caracterização hipotética das notícias falsas o que
justifica o uso do modo subjuntivo e, em “para que os divulgadores de notícias sejam punidos
por seus atos irresponsáveis e inconsequentes”, a locução conjuntiva final “para que” obriga o
uso do subjuntivo e proíbe o uso do futuro, de modo que o presente do subjuntivo também se
faz necessário.
2.
a. Se todos julgarem ser titulares do direito de dizer e aplicar a lei, ninguém terá razão e
se tenderá à anomia.
Caso/Contanto que/Por mais que todos julguem ser titulares do direito de dizer e
aplicar a lei, ninguém terá razão e se tenderá à anomia.
b. O justiceiro não busca o aprimoramento da lei e das instituições e prefere sujar as
próprias mãos para dar vazão a uma sanha punitiva de modo que comete um sério
desvio moral.
O justiceiro tanto não busca o aprimoramento da lei e das instituições e tanto prefere
sujar as próprias mãos para dar vazão a uma sanha punitiva que comete um sério
desvio moral.
3.
Os valores semânticos dos conectivos “como” e “sem” destacados nos fragmentos são,
respectivamente, causa e ausência.
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3 G184002 | 1.a Série Prova Bimestral | Estudos Linguísticos | 9/11/2018
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4 G184002 | 1.a Série Prova Bimestral | Estudos Linguísticos | 9/11/2018
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