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3.1. Dissolva uma ponta de espátula de bórax em 8 mL de água.

Aqueça a solução sem


deixar entrar em ebulição. Espere esfriar e então meça o pH da solução com auxílio de
um medidor de pH.
O borax ao ser dissolvido em água reage com a mesma gerando uma solução
aquosa de hidróxido de sódio (base forte) e ácido bórico (ácido fraco), está reação explica
o pH = 9.
Na 2B4O7.10H2O(s) + H2O Na 2B4O7 (aq)
Na2B4O7(aq) + 7H2O(l) 2Na+(aq ) + 2OH- (aq) + 4H3BO3 (aq)
Ao se aquecer o ácido bórico ocorre uma desidratação do mesmo, gerando assim
o óxido de boro.
2H3BO3(s) 2HBO2 (s) + 2H2O

3.2. Aqueça uma alça de Ni/Cr em um bico de Bunsen até ficar rubra. Coloque bórax
sólido sobre a alça de Ni/Cr aquecida e leve-a novamente a chama, até a formação de uma
pérola clara com aspecto vítreo.
3.3. Umedeça a pérola com gotas de uma solução diluída de sulfatos de metais de
transição (A, B e C), que se encontra na sua bancada e re-aqueça a pérola até que a mesma
fique transparente. Repita o procedimento para as outras soluções de sais de metais de
transição e tente identificar o metal pela cor da pérola.

Infelizmente nosso experimento não pode ser realizado utilizando a alça de Ni/Cr
e o bico de Bunsen. Porém, fizemos a prática utilizando outra alça e uma lamparina para
o aquecimento do bórax.
Aqueceu-se uma alça de ferro em uma lamparina até ficar rubra. Colocou-se uma
pequena porção de Bórax sólido sobre a alça aquecida e levou-se novamente a chama até
a formação de uma pérola clara com aspecto vítreo. Em seguida umedeceu-se a pérola
em uma solução diluída de CuSO4.
A partir da pérola de bórax pode identificar alguns metais de transição. Quando o
bórax sólido foi aquecido na chama em um anel de ferro pode-se observar que houve a
formação de uma pérola de metaborato de aspecto vítreo, e estas pérolas de metaborato
de muitos metais de transição apresentam cores características. As cores decorrem das
transições eletrônicas de orbitais “d”. No caso do CuSO4 a cor da pérola ficou verde
quando quente e azul quando fria.
Também não foi possível continuar o experimento com os outros metais, talvez
pelo fato da alça não ser de Ni/Cr ou as soluções estarem contaminada com outros
reagentes.

3.4. Adicione três espátulas de ácido bórico a uma cápsula de porcelana. Acrescente 5
gotas de ácido sulfúrico concentrado (Cuidado corrosivo!), misture bem com um bastão
de vidro e adicione 5 mL de etanol e faça ignição da solução (Obs: todo o procedimento
deve ser feito na capela) . Observe a cor da chama.

H3BO3 +3CH3COOH + H2SO4 B(OCH2CH3)3 + H2O


Este experimento se fundamenta na energia emitida pelo elétron da última amada.
Quando exposto a uma temperatura, este elétron irá absorver essa energia proveniente da
chama e recebi da essa energia ele irá saltar a um nível eletrônico, ou seja, a uma camada
mais e levada. O mesmo volta a sua órbita de origem, liberando a energia recebida em
forma de luz visível. Cada nível energético irá definir qual a frequência que esta luz terá,
ou seja, qual cor ele irá emitir. Ao inflamar com álcool e com isso, amostra liberou uma
grande quantidade de energia, a coloração que seria vista nesse procedimento seria a cor
verde. Um mol do ácido bórico irá reagir com três mols do álcool etílico e um mol do
ácido sulfúrico, formando o éster volátil borato de etila (B(OCH2CH3)3) e água.
O ácido sulfúrico absorverá a água produzida durante a esterificação do ácido
bórico como o etanol, com a finalidade de aumentar o rendimento do éster formado
(borato de etila).

3.5. Coloque 8 mL de solução de ácido bórico (2,6g/100mL) em um tubo de ensaio e


meça o pH. Ao tubo adicione duas espátulas de manitol (0,2g), agite e meça novamente
o pH da solução.

3 H3BO3 + C6H14O6 3HBO3 + 6 H2O + C6H8


O pH do ácido bórico no inicio da prática estava em torno de 5,5 e verificou-se
que depois de adicionado o manitol o pH foi para 2,5.
Como o B(OH)3 só reage parcialmente com a água para formar H3O+ e [B(OH)4],
ele se comporta como um ácido fraco. Entretanto, se certos compostos orgânicos
polihidroxilados como glicerol, manitol ou açucares forem adicionados a mistura, o
B(OH)3 se comportará como um ácido monobásico forte (LEE, 1999).
O glicerol ou manitol reage com ácido bórico formando um éster complexo do
ácido ortobórico e o grupo hidroxila do glicol torna-se fortemente ácido (BRASIL, 1981).
Foram os numerosos estudos de Boeseken, em 1921 e 1922, que permitiram concluir que
o aumento da acidez e da condutividade de soluções aquosas de ácido bórico, em presença
de poliálcoois, fenois, hidroxiácidos, ácidos cetônicos, açúcares, etc. é devido a formação
de ácidos complexos mais fortes que os componentes originais (ALCARDE et al, 1971).

3.6. Em três tubos de ensaio coloque uma amostra de alumínio metálico. Em um dos tubos
adicione 3 mL de HCl 6 M, no outro 3 mL de NaOH 6M e no terceiro tubo 3 mL de HNO3
6M. Observe durante três minutos o ocorrido.

Quando adicionado HCl e NaOH nos tubos com uma amostra de alumínio
metálico, observou-se uma rápida reação, com formação de bolhas e efervescência. Já
com HNO3 o alumínio dissolveu também, porém de forma mais lenta, não ocorrendo
reação visível.
O alumínio se dissolve em ácidos minerais diluídos liberando hidrogênio.

2Al + 6HCl 2Al3+ + 6Cl- + 3H2


Contudo, o HNO3 concentrado torna o metal “passivo”, pois produz uma camada
protetora de óxido sobre a superfície do metal, por ser um agente oxidante. O alumínio
também se dissolve numa solução aquosa de NaOH (ele é, portanto, anfótero), formando
hidrogênio e o aluminato (Lee, 1999)

2Al + 2NaOH + 4H2O 2NaAl(OH)4 ou 2NaAlO2 · 2H2O + 3H2

3.7. Em um tubo de ensaio coloque uma amostra de Al, adicione 2 mL de NaOH 1M,
deixe em contato durante um minuto dilua com água destilada, descarte o sobrenadante e
lave seis vezes o Al com água destilada, descartando o sobrenadante . Coloque outra
amostra de alumínio metálico em outro tubo de ensaio. Acrescente aos dois tubos 3 mL
de HCl 6M. Observe o ocorrido e compare os dois tubos.
Quando o alumínio entra em contato com o ar forma uma película protetora de
óxido, fato este que explica o motivo pelo qual a reação não ocorreu de imediato. Depois
de realizar a filtração simples com o intuito de retirar o pedaço de alumínio que restou da
solução e adicionar HCl no primeiro e no segundo tubo houve desprendimento do gás
hidrogênio, característico pela formação de bolhas. O alumínio (Al) reagiu com o ácido
clorídrico (HCl) produzindo o cloreto de alumínio (AlCl3) liberando gás hidrogênio (H2)
sendo assim uma reação de simples troca.

2Al(s) + 6HCl(aq) 2AlCl3(aq) + 3H2(g)

3.8. Separe dois tubos de ensaio A e B. Em cada um dos tubos adicione 2 mL de solução
de AlCl3 1 M e 2mL de NaOH 1M. Agite cada tubo, observe e anote. Em seguida adicione
3 mL de HCl 6M ao tubo A e 3 mL de NaOH 6M ao tubo B. Agite cada tubo, observe o
ocorrido e anote.

3NaOH + AlCl3 Al(OH)3 + 3NaCl

As soluções aquosas de quase todos os sais de alumínio são ácidas, devido a


hidrólise do íon Al+3. Quando se adiciona uma base as soluções aquosas de alumínio,
forma- se um precipitado branco gelatinoso, de fórmula Al(OH)3.

O hidróxido de alumínio (Aℓ(OH)3) é um exemplo de comportamento anfótero.


A adição de OH- ao precipitado de Aℓ(OH)3 forma o íon [Aℓ(OH)4]-, solúvel em água.
Na reação, o Aℓ(OH)3 atua como ácido de Lewis, e o íon hidróxido como base de Lewis.

Al(OH)3 + OH- [Al(OH)4]

Se o precipitado de Aℓ(OH)3 for tratado por ácido, haverá dissolução. Neste caso,
porém, o hidróxido de alumínio é uma base de Brønsted:

Al(OH)3 + 3H3O+ Al3+ + 6H2O

BIBLIOGRAFIA

ALCARDE, J. C.; CATANI, R. A.; SOUZA, O. S. Determinação volumétrica do boro


em fertilizantes. Estudos sobre a quantidade de manitol. Anais da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz. vol.29. 1971.

BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária.


Laboratório Nacional de Referência Animal.Leite fluido. In:______. Métodos analíticos
oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes: métodos
físicos e químicos. Brasília, DF, 1981. v. II, cap.14, p.7-8.

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