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Grupo:
Jessica Miranda
Juliana Maisonnette
Renato Mascarenhas
BIOQUÍMICA - MANHÃ
Profº. Carlos Sampaio
VITAMINA A
“Não é suficiente dar ternura, cuidar com carinho, fornecer alimentação e financiar a mais cara educação. Essas coisas não
significam nada a não ser que essa geração tenha um futuro. E não estamos certos de que ela terá.”
- George Wald
Histórico
A existência da Vitamina A foi reconhecida pelo bioquímico polonês dr. Casimir Funk em 1913; porém
apenas em 1933 o bioquímico americano George Wald a identificou como um componente importante dos
pigmentos da retina. Nos anos 50, Wlad e seus colaboradores elucidaram as reações químicas envolvidas na
visão, e demonstraram como a Vitamina A funciona na síntese dos três pigmentos visuais da visão colorida, e
que a cegueira de origem genética às cores (daltonismo) é causada pela ausência deum deles.
Funções da Vitamina A
Cientificamente denominada Retinol ou Axeroftol, tem por função mais importante atuar na síntese do
pigmento retiniano sensível à luz, a rodopsina, bem como dos pigmentos sensiveis às cores, usados pelos
bastonetes e pelos cones, na visão.
A Vitamina A é o composto químico utilizado, tanto pelos cones quanto pelos bastonetes, para a síntese de
substâncias fotossensíveis. Ao ser absorvida por um bastonete, a vitamina A é transformada em retineno. Esse
retineno combina-se com uma proteína dos bastonetes – a escotopsina – para formar o composto fotossensível
rodopsina – fundamental ao funcionamento da retina.
Exerce ainda função na cornificação da pele e das mucosas, no reforço do sistema imunológico, na formação
dos ossos, da pele, cabelos e unhas. É importante no desenvolvimento embrionário. Tem influência nas
reações imunológicas e estuda-se seus efeitos na prevenção de certos tumores.
A vitamina A também tem função antioxidante: ela fixa-se aos chamados radicais-livres que se originam da
oxidação de diversos elementos. Esses radicais-livres teriam um efeito nocivo para as células e são tidos como
causadores de arterioesclerose, catarata, tumores, doenças da pele e doenças reumáticas.
Fontes de Vitamina A
unidades/100g
Damascos 5.000
Brócolis 4.000
Manteiga 3.500
Cenouras 6.000
Collards 8.000
Beterraba 9.000
Chicória 15.000
Couve 20.000
Fígado 70.000
Folhas de mostarda 10.000
Batata-doce 3.000
Abóbora 7.000
Espinarfre 25.000
Carência de Vitamina A
A avitaminose que está relacionada com a carência de vitamina A é a xeroftalmia. Um dos epitélios
severamente afetado é o do revestimento ocular, levando à xeroftalmia. A xeroftalmia é o nome genérico dado
aos diversos sinais e sintomas oculares da hipovitaminose A. A forma clínica mais precoce da xeroftalmia é a
cegueira noturna ou Nictalopia, onde a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes pouco
iluminados; manifestações mais acentuadas da xeroftalmia são a mancha de Bitot, normalmente localizada na
parte exposta da conjuntiva e a xerose; nos estágios mais avançados a córnea também está afetada
constituindo a xerose corneal, caracterizada pela perda do brilho assumindo aspecto granular e ulceração da
córnea; a ulceração progressiva pode levar à necrose e destruição do globo ocular provocando a cegueira
irreversível, o que é chamado de ceratomalácia.
Outras complicações ligadas a deficiência de vitamina A incluem visão deficiente à noite (hemeralopia),
sensibilidade a luz (fotofobia), redução do olfato e do paladar, ressecamento e infecção na pele e nas mucosas
(xerodermia), estresse, espessamento da córnea, lesões na pele e câncer nos olhos.
A xeroftalmia é diferente de hemeralopia, esta sendo a chamada “cegueira noturna” e aquela, secura nos olhos
que promove o aumento do atrito entre as pálpebras e o olho, ocasionando ulcerações no epitélio ocular. A
deficiência de vitamina A também ocasiona hiperplasias (multiplicação descontrolada das células) e
metaplasias (perda da forma celular), além do aparecimento de doenças oportunistas. Infecções freqüentes
podem indicar carência, pois a falta de vitamina A reduz a capacidade do organismo de se defender das
doenças.
Causas da deficiência
Falta de amamentação ou desmame precoce: o leite materno é rico em vitamina A e é o alimento ideal
para crianças até dois anos de idade.
Consumo insuficiente de alimentos ricos em vitamina A.
Consumo insuficiente de alimentos que contêm gordura: o organismo humano necessita de uma
quantidade de gordura proveniente dos alimentos para manter diversas funções essenciais ao seu bom
funcionamento. Uma delas é permitir a absorção de algumas vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D,
E e K).
Infecções frequentes: as infecções que acometem as crianças levam a uma diminuição do apetite: a
criança passa a ingerir menos alimentos podendo surgir uma deficiência de Vitamina A. Além disso, a
infecção faz com que as necessidades orgânicas de vitamina A sejam mais altas, levando a redução
dos estoques no organismo e desencadeando ou agravando o estado nutricional.
Excesso de Vitamina A
Pela ingestão exagerada podem surgir manifestações como pele seca, áspera e descamativa, fissuras nos
lábios, ceratose folicular, dores ósseas e articulares, dores de cabeça, tonturas e náuseas, queda de cabelos,
cãimbras, lesões hepáticas e paradas do crescimento. Podem surgir também falta de apetite, edema, cansaço,
irritabilidade e sangramentos. Aumento do baço e fígado, alterações de provas de função hepática, redução
dos níveis de colesterol e HDL colesterol também podem ocorrer. Grande cuidado deve ser dado a produtos
que contenham o ácido retinóico usado no tratamento da acne.
Os precursores da vitamina A têm uma influência significativa sobre a quantidade de vitamina A que deve ser
ingerida. Existem compostos relacionados com as vitaminas que podem ser convertidos dentro do organismo
na vitamina ativa (pró-vitaminas). Alguns carotenóides são pró-vitamínicos A, sendo o mais importante o
beta-caroteno, seguido do alfa-caroteno. Como o excesso de vitamina A é armazenado no organismo
chegando a provocar níveis tóxicos, pode-se recorrer aos carotenóides que podem ser consumidos em doses
consideravelmente elevadas sem um acúmulo prejudicial ao organismo.
BIBLIOGRAFIA
3. Nobel Prize.org –
http://nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/laureates/1967/wald-bio.html