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tipo=LEI&num=869&comp=&ano=1952&texto=consolidado

Legislação Mineira

NORMA: LEI 869

LEI 869 de 05/07/1952 ­ Texto Atualizado

Dispõe  sobre  o  Estatuto  dos  Funcionários  Públicos  Civis  do  Estado  de


Minas Gerais.
 
(Vide Lei nº 10.254, de 20/7/1990.)
(Vide inciso I do art. 8º da Lei nº 20.010, de 5/1/2012.)

 
O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte
Lei:
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
 
Art. 1º ­ Esta lei regula as condições do provimento dos cargos públicos, os direitos e as vantagens, os deveres e
responsabilidades dos funcionários civis do Estado.
Parágrafo único ­ As suas disposições aplicam­se igualmente ao Ministério Público e ao Magistério.
(Vide art. 171 da Lei nº 7.109, de 13/10/1977.)
(Vide art. 85 da Lei Complementar nº 30, de 10/8/1993.)
(Vide art. 232 da Lei Complementar nº 34, de 12/9/1994.)
(Vide art. 301 da Lei Complementar nº 59, de 18/1/2001.)
(Vide art. 2° da Lei Complementar nº 85, de 28/12/2005.)
 
Art. 2º ­ Funcionário público é a pessoa legalmente investida em cargo público.
 
Art.  3º  ­  Cargo  público,  para  os  efeitos  deste  estatuto,  é  o  criado  por  lei  em  número  certo,  com  a  denominação
própria e pago pelos cofres do Estado.
Parágrafo único ­ Os vencimentos dos cargos públicos obedecerão a padrões previamente fixados em lei.
 
Art. 4º ­ Os cargos são de carreira ou isolados.
Parágrafo  único  ­  São  de  carreira  os  que  se  integram  em  classes  e  correspondem  a  uma  profissão;  isolados,  os
que não se podem integrar em classes e correspondem a certa e determinada função.
(Vide Lei nº 10.961, de 14/12/1992.)
 
Art. 5º ­ Classe é um agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão de vencimento.
 
Art.  6º  ­  Carreira  é  um  conjunto  de  classes  da  mesma  profissão,  escalonadas  segundo  os  padrões  de
vencimentos.
 
Art. 7º ­ As atribuições de cada carreira serão definidas em regulamento.

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Parágrafo único ­ Respeitada essa regulamentação, as atribuições inerentes a uma carreira podem ser cometidas,
indistintamente, aos funcionários de suas diferentes classes.
 
Art. 8º ­ Quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções gratificadas.
 
Art. 9º ­ Não haverá equivalência entre as diferentes carreiras, nem entre cargos isolados ou funções gratificadas.
 
TÍTULO I
Do Provimento
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
 
Art. 10 ­ Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, observados os requisitos que a lei estabelecer.
Parágrafo  único  ­  Os  cargos  de  carreira  serão  de  provimento  efetivo;  os  isolados,  de  provimento  efetivo  ou  em
comissão, segundo a lei que os criar.
(Vide Lei nº 10.961, de 14/12/1992.)
 
Art.  11  ­  Compete  ao  Governador  do  Estado  prover,  na  forma  da  lei  e  com  as  ressalvas  estatuídas  na
Constituição, os cargos públicos estaduais.
 
Art. 12 ­ Os cargos públicos são providos por:
I ­ Nomeação;
II ­ Promoção;
III ­ Transferência;
IV ­ Reintegração;
V ­ Readmissão;
(Vide art. 35 da Lei nº 7.109, de 13/10/1977.)
(Vide art. 40 da Lei nº 10.961, de 14/12/1992.)
VI ­ Reversão;
VII ­ Aproveitamento.
 
Art. 13 ­ Só poderá ser provido em cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos:
I ­ ser brasileiro;
II ­ ter completado dezoito anos de idade;
III ­ haver cumprido as obrigações militares fixadas em lei;
IV ­ estar em gozo dos direitos políticos;
V ­ ter boa conduta;
VI ­ gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica;
VII ­ ter­se habilitado previamente em concurso, salvo quando se tratar de cargos isolados para os quais não haja
essa exigência;
VIII ­ ter atendido às condições especiais, inclusive quanto à idade, prescrita no respectivo edital de concurso.
(Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 6.871, de 17/9/1976.)
Parágrafo único ­ (Revogado pelo art. 2º da Lei nº 6.871, de 17/9/1976.)
Dispositivo revogado:

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“Parágrafo único ­ Não poderá ser investido em cargo inicial de carreira a pessoa que contar mais de 40 anos de
idade.”
 
CAPÍTULO II
Da nomeação
SEÇÃO I
Disposições Gerais
 
Art. 14 ­ As nomeações serão feitas:
I ­ em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira ou isolado que, por lei, assim deva ser provido;
II ­ em comissão, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude de lei, assim deva ser provido;
III ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“III ­ interinamente em cargo vago de classe inicial de carreira, ou em cargo isolado de provimento efetivo, para o
qual não haja candidato legalmente habilitado;”
IV  ­  em  substituição  no  impedimento  legal  ou  temporário  de  ocupante  de  cargo  isolado  de  provimento  efetivo  ou
em comissão.
Parágrafo único ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Parágrafo único ­ O funcionário efetivo poderá, no interesse da administração, ser comissionado em outro cargo,
sem perda daquele de que é titular, desde que não se trate de cargo intermediário ou final de carreira.”
(Vide art. 28 da Lei nº 7.109, de 13/10/1977.)
 
Art. 15 ­ É vedada a nomeação de candidato habilitado em concurso após a expiração do prazo de sua validade.
(Vide art. 21 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
SEÇÃO II
Dos Concursos
 
Art.  16  ­  A  primeira  investidura  em  cargo  de  carreira  e  em  outros  que  a  lei  determinar  efetuar­se­á  mediante
concurso, precedida de inspeção de saúde.
Parágrafo único ­ Os concursos serão de provas e, subsidiariamente, de títulos.
(Vide art. 21 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide Lei nº 11.867, de 28/7/1995.)
(Vide Lei Complementar nº 73, de 30/7/2003.)
 
Art. 17 ­ Os limites de idade para a inscrição em concurso e o prazo de validade deste serão fixados, de acordo
com  a  natureza  das  atribuições  da  carreira  ou  cargo,  na  conformidade  das  leis  e  regulamentos  e  das  instruções
respectivas, quando for o caso.
(Vide art. 21 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide Lei nº 11.867, de 28/7/1995.)
(Vide Lei Complementar nº 73, de 30/7/2003.)
 
Art. 18 ­ Não ficarão sujeitos a limites de idade, para inscrição em concurso e nomeação, os ocupantes de cargos
efetivos ou funções públicas estaduais.

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(Vide art. 21 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide Lei nº 11.867, de 28/7/1995.)
(Vide Lei Complementar nº 73, de 30/7/2003.)
 
Art.  19  ­  Os  concursos  deverão  realizar­se  dentro  dos  seis  meses  seguintes  ao  encerramento  das  respectivas
inscrições.
Parágrafo único ­ Realizado o concurso será expedido, pelo órgão competente, o certificado de habilitação.
(Vide art. 21 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide Lei nº 11.867, de 28/7/1995.)
(Vide Lei Complementar nº 73, de 30/7/2003.)
 
SEÇÃO III
Da Interinidade
 
Art. 20 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art. 20 ­ Tratando­se de vaga em classe inicial de carreira ou em cargo isolado de provimento efetivo, poderá ser
feito o preenchimento em caráter interino, enquanto não houver candidato habilitado em concurso, atendido o disposto nos
itens I, III, V, VI e VIII do art. 13 e no § 5º deste artigo.
§  1º  ­  O  exercício  interino  de  cargo  cujo  provimento  depende  de  concurso  não  isenta  dessa  exigência,  para
nomeação efetiva, o seu ocupante, qualquer que seja o tempo de serviço.
§ 2º ­ Todo aquele que ocupar interinamente cargo, cujo provimento efetivo dependa de habilitação em concurso,
será inscrito, "ex­officio", no primeiro que se realizar para cargos de respectiva profissão.
§ 3º ­ A aprovação da inscrição dependerá da satisfação, por parte do interino, das exigências estabelecidas para
o concurso.
§  4º  ­  Aprovadas  as  inscrições,  serão  exonerados  os  interinos  que  tiverem  deixado  de  cumprir  o  disposto  no
parágrafo anterior.
§ 5º ­ Após o encerramento das inscrições do concurso, não serão feitas nomeações em caráter interino.
§ 6º ­ Homologado o concurso, considerar­se­ão exonerados, automaticamente, todos os interinos.”
 
Art. 21 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art.  21  ­  Qualquer  cargo  público  vago,  cuja  investidura  dependa  de  concurso  não  poderá  ser  exercido
interinamente por mais de um ano.”
 
Art. 22 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art.  22  ­  Perderá  a  estabilidade  o  funcionário  que  tomar  posse  em  cargo  para  o  qual  tenha  sido  nomeado
interinamente.”
 
SEÇÃO IV
Do Estágio Probatório
(Vide art. 35 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 

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Art.  23  ­  Estágio  probatório  é  o  período  de  dois  anos  de  efetivo  exercício  do  funcionário  nomeado  em  virtude  de
concurso, e de cinco anos para os demais casos.
(Vide art. 14 do Decreto nº 43.764, de 16/3/2004.)
§ 1º ­ No período de estágio apurar­se­ão os seguintes requisitos:
I ­ idoneidade moral;
II ­ assiduidade;
III ­ disciplina;
IV ­ eficiência.
§ 2º ­ Não ficará sujeito a novo estágio probatório o funcionário que, nomeado para outro cargo público, já houver
adquirido estabilidade em virtude de qualquer prescrição legal.
§  3º  ­  Sem  prejuízo  da  remessa  periódica  do  boletim  de  merecimento  ao  Serviço  de  Pessoal,  o  diretor  da
repartição  ou  serviço  em  que  sirva  o  funcionário,  sujeito  ao  estágio  probatório,  quatro  meses  antes  da  terminação  deste,
informará reservadamente ao Órgão de Pessoal sobre o funcionário, tendo em vista os requisitos enumerados nos itens I a
IV deste artigo.
§ 4º ­ Em seguida, o Órgão de Pessoal formulará parecer escrito, opinando sobre o merecimento do estagiário em
relação a cada um dos requisitos e concluindo a favor ou contra a confirmação.
§ 5º ­ Desse parecer, se contrário à confirmação, será dada vista ao estagiário pelo prazo de cinco dias.
§  6º  ­  Se  o  despacho  do  Governador  do  Estado  for  favorável  à  permanência  do  funcionário,  a  confirmação  não
dependerá de qualquer novo ato.
§  7º  ­  A  apuração  dos  requisitos  de  que  trata  este  artigo  deverá  processar­se  de  modo  que  a  exoneração  do
funcionário possa ser feita antes de findo o período de estágio.
(Vide art. 33 da Lei nº 7.109, de 13/10/1977.)
(Vide art. 104 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide art. 10 da Emenda à Constituição n° 49, de 13/6/2001.)
 
SEÇÃO V
Da Substituição
 
Art.  24  ­  Haverá  substituição  no  impedimento  do  ocupante  de  cargo  isolado,  de  provimento  efetivo  ou  em
comissão, e de função gratificada.
(Vide art. 289 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 25 ­ A substituição será automática ou dependerá de ato da administração.
§ 1º ­ A substituição não automática, por período igual ou inferior a 180 (cento e oitenta) dias, far­se­á por ato do
Secretário ou Diretor do Departamento em que estiver lotado o cargo ou se exercer a função gratificada.
(Parágrafo com redação dada pelo art. 21 da Lei nº 4185, de 30/5/1966.)
 
§ 2º ­ (Revogado pelo art. 21 da Lei nº 4.185, de 30/5/1966.)
Dispositivo revogado:
“§ 2º ­ A substituição remunerada dependerá de ato da autoridade competente para nomear ou designar.”
 
§  2º  ­  O  substituto  perderá,  durante  o  tempo  da  substituição,  o  vencimento  ou  remuneração  do  cargo  de  que  for
ocupante efetivo, salvo no caso de função gratificada e opção.
(O  Parágrafo  2º  foi  revogado  pelo  art.  21  da  Lei  nº  4.185,  de  30/5/1966,  sendo  o  Parágrafo  3º  renumerado  para
Parágrafo 2º pelo mesmo artigo da Lei.)

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(Vide art. 289 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
CAPÍTULO III
Da Promoção
 
Art. 26 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1994.)
Dispositivo revogado:
“Art.  26  ­  As  promoções  obedecerão  ao  critério  de  antigüidade  de  classe  e  ao  de  merecimento  alternadamente,
sendo a primeira sempre pelo critério de antigüidade.
§ 1º ­ O critério a que obedecer a promoção deverá vir expresso no decreto respectivo.
§ 2º ­ Somente se dará promoção de uma classe à imediatamente superior.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 27 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art. 27 ­ A promoção por antigüidade recairá no funcionário mais antigo na classe.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 28 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art. 28 ­ A promoção por merecimento recairá no funcionário de maior mérito, segundo dados objetivos apurados
na forma do regulamento.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 29 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art. 29 ­ Não poderá ser promovido, inclusive à classe final de carreira, o funcionário que não tenha o interstício
de setecentos e trinta dias de efetivo exercício na classe.
Parágrafo único ­ Na hipótese de não haver funcionário com interstício poderá a promoção por merecimento recair
no que contar pelo menos trezentos e sessenta e cinco dias de efetivo exercício na classe.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 30 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art. 30 ­ O merecimento será apurado, objetivamente, segundo condições definidas em regulamento.
Parágrafo  único  ­  O  merecimento  é  adquirido  na  classe;  promovido  o  funcionário,  recomeçará  a  apuração  do
merecimento a contar do ingresso na nova classe.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 31 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964)
Dispositivo revogado:
“Art. 31 ­ A antigüidade de classe será determinada pelo tempo de efetivo exercício do funcionário na classe a que
pertencer.
§ 1º ­ Quando houver fusão de classes, o funcionário contará na nova classe também a antigüidade que trouxer da
anterior.

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§ 2º ­ No caso do parágrafo precedente, serão promovidos, em primeiro lugar, os funcionários que eram ocupantes
dos cargos da classe superior, obedecendo­se o mesmo critério em ordem decrescente.
§ 3º ­ O funcionário, exonerado na forma do § 6º, do art. 20, que for nomeado em virtude de habilitação no mesmo
concurso, contará, como antigüidade de classe o tempo de efetivo exercício na interinidade.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 32 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art.  32  ­  A  antigüidade  de  classe  no  caso  de  transferência,  a  pedido,  ou  por  permuta,  será  contada  da  data  em
que o funcionário entrar em exercício na nova classe.
Parágrafo único ­ Se a transferência ocorrer "ex­officio", no interesse da administração, serão levados em conta o
tempo de efetivo exercício e o merecimento na classe a que pertencia.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 33 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art.  33  ­  Na  classificação  por  antigüidade,  quando  ocorrer  empate  no  tempo  de  classe,  terá  preferência,
sucessivamente:
a) o funcionário mais antigo na carreira;
b) o mais antigo no Serviço Público Estadual;
c) o que tiver maior tempo de serviço público;
d) o funcionário casado ou viúvo que tiver maior número de filhos;
e) o casado;
f) o solteiro que tiver filhos reconhecidos;
g) o mais idoso.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 34 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art. 34 ­ No caso de igualdade de merecimento adotar­se­á como fator de desempate, sucessivamente:
a) o fato de ter o funcionário participado em operação de guerra;
b) o funcionário mais antigo na classe;
c) o funcionário mais antigo na carreira;
d) o mais antigo no Serviço Público Estadual;
e) o que tiver maior tempo de serviço público;
f) o funcionário casado ou viúvo que tiver maior número de filhos;
g) o casado;
h) o solteiro que tiver filhos reconhecidos;
i) o mais idoso.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 35 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art.  35  ­  Não  serão  considerados,  para  efeito  dos  arts.  33  e  34,  os  filhos  maiores  e  os  que  exerçam  qualquer
atividade remunerada pública ou privada.

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Parágrafo  único  ­  Também  não  será  considerado  para  o  mesmo  efeito  o  estado  de  casado,  desde  que  ambos  os
cônjuges sejam servidores públicos.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 36 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art. 36 ­ O tempo de exercício para verificação de antigüidade de classe será apurado somente em dias.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 37 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art. 37 ­ As promoções serão processadas e realizadas em época fixada em regulamento.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 38 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964)
Dispositivo revogado:
“Art.  38  ­  O  funcionário  suspenso  poderá  ser  promovido,  mas  a  promoção  ficará  sem  efeito,  se  verificada  a
procedência da penalidade aplicada.
Parágrafo único ­ Na hipótese deste artigo, o funcionário só perceberá o vencimento correspondente à nova classe
quando  tornada  sem  efeito  a  penalidade  aplicada,  caso  em  que  a  promoção  surtirá  efeito  a  partir  da  data  de  sua
publicação.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 39 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art.  39  ­  Será  declarado  sem  efeito  em  benefício  daquele  a  quem  cabia  de  direito  a  promoção,  o  decreto  que
promover indevidamente o funcionário.
§ 1º ­ O funcionário promovido indevidamente não ficará obrigado a restituir o que a mais houver recebido.
§ 2º ­ O funcionário, a quem cabia a promoção, será indenizado da diferença de vencimento ou remuneração a que
tiver direito, ficando essa indenização a cargo de quem, comprovadamente, tenha ocasionado a indevida promoção.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 40 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art.  40  ­  Os  funcionários  que  demonstrarem  parcialidade  no  julgamento  do  merecimento  serão  punidos
disciplinarmente pela autoridade a que estiverem subordinados.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 41 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art. 41 ­ A promoção de funcionário em exercício de mandato legislativo só se poderá fazer por antigüidade.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 42 ­ (Vetado).
(Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964).

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(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 43 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art.  43  ­  Na  apuração  de  antigüidade  e  merecimento,  só  serão  observados  os  critérios  estabelecidos  nesta  lei  e
no  regulamento  de  promoções,  não  devendo  ser  considerados,  em  hipótese  alguma,  os  pedidos  de  promoções  feito  pelo
funcionário ou por alguém a seu rogo.
Parágrafo  único  ­  Não  se  compreendem  neste  artigo  os  recursos  interpostos  pelo  funcionário  relativamente  a
apuração de antigüidade ou merecimento.”
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
CAPÍTULO IV
Da Transferência
 
Art. 44 ­ O funcionário poderá ser transferido:
I ­ de uma para outra carreira;
II ­ de um cargo isolado, de provimento efetivo e que exija concurso, para outro de carreira;
III ­ de um cargo de carreira para outro isolado, de provimento efetivo;
IV ­ de um cargo isolado, de provimento efetivo, para outro da mesma natureza.
 
Art. 45 ­ As transferências, de qualquer natureza, serão feitas a pedido do funcionário, atendida a conveniência do
serviço ou "ex­officio" respeitada sempre a habilitação profissional.
§  1º  ­  A  transferência  a  pedido  para  o  cargo  de  carreira  só  poderá  ser  feita  para  vaga  que  tenha  de  ser  provida
mediante promoção por merecimento.
§ 2º ­ As transferências para cargos de carreira não poderão exceder de um terço dos cargos de cada classe e só
poderão ser efetuadas no mês seguinte ao fixado para as promoções.
(Vide § 13 do art. 14 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  46  ­  A  transferência  só  poderá  ser  feita  para  cargo  do  mesmo  padrão  de  vencimento  ou  igual  remuneração,
salvo  nos  casos  dos  itens  III  e  IV  do  art.  44,  quando  a  transferência  a  pedido  poderá  dar­se  para  cargo  de  padrão  de
vencimento inferior.
 
Art. 47 ­ A transferência "ex­officio", no interesse da administração, será feita mediante proposta do Secretário de
Estado ou Chefe do departamento autônomo.
 
Art. 48 ­ O interstício para a transferência será de 365 dias na classe e no cargo isolado.
 
CAPÍTULO V
Da Permuta
 
Art. 49 ­ A transferência e a remoção por permuta serão processadas a pedido escrito de ambos os interessados e
de acordo com o prescrito no Capítulo IV desse Título e no Título II.
Parágrafo único ­ Tratando­se de permuta entre titulares de cargos isolados, não será obrigatória a regra instituída
no artigo 46.
(Vide art. 70 da Lei nº 7.109, de 13/10/1977.)

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(Vide art. 40 da Lei nº 9.381, de 18/12/1986.)
(Vide art. 1° da Lei nº 9.938, de 26/7/1989.)
(Vide art. 65 da Lei nº 11.050, de 19/1/1993.)
 
CAPÍTULO VI
Da Reintegração
 
Art.  50  ­  A  reintegração,  que  decorrerá  de  decisão  administrativa  ou  sentença  judiciária  passada  em  julgado,  é  o
ato  pelo  qual  o  funcionário  demitido  reingressa  no  serviço  público,  com  ressarcimento  dos  prejuízos  decorrentes  do
afastamento.
§  1º  ­  A  reintegração  será  feita  no  cargo  anteriormente  ocupado  se  esse  houver  sido  transformado,  no  cargo
resultante  da  transformação;  e,  se  provido  ou  extinto,  em  cargo  de  natureza,  vencimento  ou  remuneração  equivalentes,
respeitada a habilitação profissional.
§  2º  ­  Não  sendo  possível  fazer  a  reintegração  pela  forma  prescrita  no  parágrafo  anterior,  será  o  ex­funcionário
posto em disponibilidade no cargo que exercia, com provento igual ao vencimento ou remuneração.
§ 3º ­ O funcionário reintegrado será submetido a inspeção médica; verificada a incapacidade será aposentado no
cargo em que houver sido reintegrado.
(Vide § 2º do inciso III do art. 35 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
CAPÍTULO VII
Da Readmissão
 
Art. 51 ­ (Revogado pelo art. 42 da Lei nº 5.945, de 11/7/1972.)
Dispositivo revogado:
“Art.  51  ­  Readmissão  é  o  ato  pelo  qual  o  funcionário  demitido  ou  exonerado  reingressa  no  serviço  público  sem
direito  a  ressarcimento  de  prejuízos,  assegurada,  apenas,  a  contagem  de  tempo  de  serviço  em  cargos  anteriores,  para
efeito de aposentadoria e disponibilidade.
Parágrafo  único  ­  Em  nenhum  caso  poderá  efetuar­se  readmissão  sem  que  mediante  inspeção  médica,  fique
provada a capacidade para o exercício da função.”
(Vide arts. 28 e 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
 
Art. 52 ­ (Revogado pelo art. 42 da Lei nº 5.945, de 11/7/1972.)
Dispositivo revogado:
“Art. 52 ­ O ex­funcionário poderá ser readmitido, quando ficar apurado, em processo, que não mais subsistem os
motivos  determinantes  de  sua  demissão  ou  verificado  que  não  há  inconveniência  para  o  serviço  público,  quando  a
exoneração se tenha processado a pedido.”
(Vide arts. 28 e 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
 
Art. 53 ­ (Revogado pelo art. 42 da Lei nº 5.945, de 11/7/1972.)
Dispositivo revogado :
“Art.  53  ­  A  readmissão,  que  se  entenderá  como  nova  admissão,  far­se­á  de  preferência  no  cargo  anteriormente
exercido  pelo  ex­funcionário  ou  em  outro  equivalente,  respeitada  a  habilitação  profissional  e  as  condições  que  a  lei  fixar
para o provimento.
Parágrafo  único  ­  A  readmissão  em  cargo  de  carreira  dependerá  da  existência  de  vaga  que  deva  ser  preenchida
mediante promoção por merecimento.”

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(Vide arts. 28 e 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
 
CAPÍTULO VIII
Da Reversão
 
Art. 54 ­ Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingresse no serviço público, após verificação, em processo,
de que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.
§ 1º ­ A reversão far­se­á a pedido ou "ex­officio".
§ 2º ­ O aposentado não poderá reverter à atividade se contar mais de cinqüenta e cinco anos de idade.
§  3º  ­  Em  nenhum  caso  poderá  efetuar­se  a  reversão,  sem  que  mediante  inspeção  médica  fique  provada  a
capacidade para o exercício da função.
§  4º  ­  Será  cassada  a  aposentadoria  do  funcionário  que  reverter  e  não  tomar  posse  e  entrar  em  exercício  dentro
dos prazos legais.
(Vide art. 28 da Lei nº 7.109, de 13/10/1977.)
(Vide art. 37 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 47 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
 
Art. 55 ­ A reversão far­se­á de preferência no mesmo cargo.
§ 1º ­ A reversão "ex­officio" não poderá verificar­se em cargo de vencimento ou remuneração inferior ao provento
da inatividade.
§  2º  ­  A  reversão  ao  cargo  de  carreira  dependerá  da  existência  da  vaga  que  deva  ser  preenchida  mediante
promoção por merecimento.
(Vide art. 37 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 47 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
 
Art.  56  ­  A  reversão  dará  direito  para  nova  aposentadoria,  à  contagem  de  tempo  em  que  o  funcionário  esteve
aposentado.
(Vide art. 37 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 47 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
 
CAPÍTULO IX
Do Aproveitamento
 
Art. 57 ­ Aproveitamento é o reingresso no serviço público do funcionário em disponibilidade.
 
Art.  58  ­  Será  obrigatório  o  aproveitamento  do  funcionário  estável  em  cargo,  de  natureza  e  vencimentos  ou
remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado.
Parágrafo único ­ O aproveitamento dependerá de prova de capacidade mediante inspeção médica.
 
Art. 59 ­ Havendo mais de um concorrente à mesma vaga terá preferência o de maior tempo de disponibilidade e,
no caso de empate, o de maior tempo de serviço público.
 
Art. 60 ­ Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o funcionário não tomar posse
no prazo legal, salvo caso de doença comprovada em inspeção médica.
Parágrafo único ­ Provada a incapacidade definitiva em inspeção médica, será decretada a aposentadoria.

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CAPÍTULO X
Dos Atos Complementares
SEÇÃO I
Da Posse
 
Art. 61 ­ Posse é o ato que investe o cidadão em cargo ou em função gratificada.
Parágrafo único ­ Não haverá posse nos casos de promoção, remoção, designação para o desempenho de função
não gratificada e reintegração.
 
Art. 62 ­ São competentes para dar posse:
I ­ o Governador do Estado;
II ­ os Secretários de Estado;
III ­ os Diretores de Departamentos diretamente subordinados ao Governador;
IV ­ as demais autoridades designadas em regulamentos.
 
Art. 63 ­ A posse verificar­se­á mediante a lavratura de um termo que, assinado pela autoridade que a der e pelo
funcionário, será arquivado no órgão de pessoal da respectiva Repartição, depois dos competentes registros.
Parágrafo  único  ­  O  funcionário  prestará,  no  ato  da  posse,  o  compromisso  de  cumprir  fielmente  os  deveres  do
cargo ou da função.
 
Art.  64  ­  A  posse  poderá  ser  tomada  por  procuração,  quando  se  tratar  de  funcionário  ausente  do  Estado,  em
missão do Governo, ou em casos especiais, a critério da autoridade competente.
 
Art.  65  ­  A  autoridade  que  der  posse  deverá  verificar,  sob  pena  de  ser  pessoalmente  responsabilizada,  se  forem
satisfeitas as condições estabelecidas no art. 13 e as especiais fixadas em lei ou regulamento, para a investidura no cargo
ou na função.
 
Art. 66 ­ A posse deverá verificar­se no prazo de trinta dias, contados da data da publicação do decreto no órgão
oficial.
§  1º  ­  Esse  prazo  poderá  ser  prorrogado,  por  outros  trinta  dias,  mediante  solicitação  escrita  e  fundamentada  do
interessado e despacho da autoridade competente para dar posse.
§ 2º ­ Se a posse não se der dentro do prazo inicial e no da prorrogação, será tornada sem efeito, por decreto, a
nomeação.
 
SEÇÃO II
Da Fiança
 
Art.  67  ­  O  exercício  do  cargo  cujo  provimento,  por  prescrição  legal  ou  regulamentar,  exija  fiança,  dependerá  da
prévia prestação desta.
§ 1º ­ A fiança poderá ser prestada:
I ­ em dinheiro;
II ­ em títulos da dívida pública;
III  ­  em  apólices  de  seguro  de  fidelidade  funcional,  emitidas  por  institutos  oficiais  ou  companhias  legalmente
autorizadas.

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§ 2º ­ Não poderá ser autorizado o levantamento da fiança antes de tomadas as contas do funcionário.
 
SEÇÃO III
Do Exercício
 
Art.  68  ­  O  início,  a  interrupção  e  o  reinicio  do  exercício  serão  registrados  no  assentamento  individual  do
funcionário.
Parágrafo  único  ­  O  início  do  exercício  e  as  alterações  que  neste  ocorrerem  serão  comunicados,  pelo  chefe  da
repartição ou serviço em que estiver lotado o funcionário, ao respectivo serviço de pessoal e às autoridades, a quem caiba
tomar conhecimento.
 
Art. 69 ­ O chefe da repartição ou do serviço para que for designado o funcionário é a autoridade competente para
dar­lhe exercício.
 
Art. 70 ­ O exercício do cargo ou da função terá início dentro do prazo de trinta dias, contados:
I ­ da data da publicação oficial do ato, nos casos de promoção, remoção, reintegração e designação para função
gratificada;
II ­ da data da posse, nos demais casos.
§  1º  ­  Os  prazos  previstos  neste  artigo  poderão  ser  prorrogados,  por  solicitação  do  interessado  e  a  juízo  da
autoridade competente, desde que a prorrogação não exceda a trinta dias.
§  2º  ­  No  caso  de  remoção  e  transferência,  o  prazo  inicial  para  o  funcionário  em  férias  ou  licenciado,  exceto  no
caso de licença para tratar de interesses particulares, será contado da data em que voltar ao serviço.
 
Art. 71 ­ O funcionário nomeado deverá ter exercício na repartição cuja lotação houver vaga.
Parágrafo único ­ O funcionário promovido poderá continuar em exercício na repartição em que estiver servindo.
 
Art.  72  ­  Nenhum  funcionário  poderá  ter  exercício  em  serviço  ou  repartição  diferente  daquele  em  que  estiver
lotado, salvo os casos previstos neste Estatuto ou prévia autorização do Governador do Estado.
Parágrafo  único  ­  Nesta  última  hipótese,  o  afastamento  do  funcionário  só  será  permitido  para  fim  determinado  e
por prazo certo.
 
Art.  73  ­  Entende­se  por  lotação  o  número  de  funcionários  de  cada  carreira  e  de  cargos  isolados  que  devam  ter
exercício em cada repartição ou serviço.
 
Art.  74  ­  O  funcionário  deverá  apresentar  ao  órgão  competente,  após  ter  tomado  posse  e  antes  de  entrar  em
exercício, os elementos necessários a abertura do assentamento individual.
 
Art.  75  ­  O  número  de  dias  que  o  funcionário  gastar  em  viagem  para  entrar  em  exercício  será  considerado,  para
todos os efeitos, como de efetivo exercício.
Parágrafo único ­ Esse período de trânsito será contado da data do desligamento do funcionário.
 
Art. 76 ­ Nenhum funcionário poderá ausentar­se do Estado, para estudo ou missão de qualquer natureza, com ou
sem ônus para os cofres públicos, sem autorização ou designação expressa do Governador do Estado.
 

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Art. 77 ­ O funcionário designado para estudo ou aperfeiçoamento fora do Estado, com ônus para os cofres deste,
ficará obrigado a prestar serviços pelo menos por mais três anos.
Parágrafo  único  ­  Não  cumprida  essa  obrigação  indenizará  os  cofres  públicos  da  importância  despendida  pelo
Estado com o custeio da viagem de estudo ou aperfeiçoamento.
 
Art.  78  ­  Salvo  casos  de  absoluta  conveniência,  a  juízo  do  Governador  do  Estado,  nenhum  funcionário  poderá
permanecer por mais de quatro anos em missão fora do Estado, nem exercer outra senão depois de corridos quatro anos
de serviço efetivo no Estado, contados da data do regresso.
 
Art. 79 ­ O funcionário preso por crime comum ou denunciado por crime funcional ou, ainda, condenado por crime
inafiançável em processo no qual não haja pronúncia será afastado do exercício até decisão final passada em julgado.
§  1º  ­  Nos  casos  previstos  neste  artigo,  o  funcionário  perderá,  durante  o  tempo  do  afastamento,  um  terço  do
vencimento ou remuneração, com direito à diferença, se absolvido.
§  2º  ­  No  caso  de  condenação,  e  se  esta  não  for  de  natureza  que  determine  a  demissão,  será  o  funcionário
afastado, na forma deste artigo, a partir da decisão definitiva, até o cumprimento total da pena, com direito, apenas, a um
terço do vencimento ou remuneração.
(Artigo com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 2.364, de 13/1/1961.)
 
TÍTULO II
Da Remoção
 
Art. 80 ­ A remoção, que se processará a pedido do funcionário ou "ex­officio", dar­se­á:
I ­ de uma para outra repartição ou serviço;
II ­ de um para outro órgão de repartição, ou serviço.
§ 1º ­ A remoção só poderá ser feita respeitada a lotação de cada repartição ou serviço.
§ 2º ­ A autoridade competente para ordenar a remoção será aquela a quem estiverem subordinados os órgãos, ou
as repartições ou serviços entre os quais ela se faz.
§  3º  ­  Ficam  asseguradas  à  professora  primária  casada  com  servidor  federal,  estadual  e  militar  as  garantias
previstas pela Lei nº 814, de 14/12/51.
(Vide arts. 70 e 93 da Lei nº 7.109, de 13/10/1977.)
(Vide Lei nº 8.193, de 13/5/1982.)
(Vide art. 8° da Lei nº 9.347, de 5/12/1986.)
(Vide art. 56 da Lei nº 9.381, de 18/12/1986.)
(Vide art. 1° da Lei nº 9.938, de 26/7/1989.)
(Vide art. 65 da Lei nº 11.050, de 19/1/1993.)
 
TÍTULO III
Da Readaptação
 
Art. 81 ­ Dar­se­á readaptação:
a)  nos  casos  de  perda  da  capacidade  funcional  decorrente  da  modificação  do  estado  físico  ou  das  condições  de
saúde do funcionário, que não justifiquem a aposentadoria;
b)  nos  casos  de  desajustamento  funcional  no  exercício  das  atribuições  do  cargo  isolado  de  que  for  titular  o
funcionário ou da carreira a que pertencer.
(Vide arts. 70 e 93 da Lei nº 7.109, de 13/10/1977.)

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(Vide Lei nº 8.193, de 13/5/1982.)
(Vide art. 8° da Lei nº 9.347, de 5/12/1986.)
(Vide art. 56 da Lei nº 9.381, de 18/12/1986.)
(Vide art. 1° da Lei nº 9.938, de 26/7/1989.)
(Vide art. 65 da Lei nº 11.050, de 19/1/1993.)
 
Art.  82  ­  A  readaptação  prevista  na  alínea  "a"  do  art.  anterior  verificar­se­á  mediante  atribuições  de  novos
encargos ao funcionário, compatíveis com a sua condição física e estado de saúde atuais.
 
Art. 83 ­ Far­se­á a readaptação prevista na alínea "b" do art. 81:
I ­ pelo cometimento de novos encargos ao funcionário, respeitadas as atribuições inerentes ao cargo isolado ou à
carreira a que pertencer, quando se verificar uma das seguintes causas:
a)  o  nível  mental  ou  intelectual  do  funcionário  não  corresponder  às  exigências  da  função  que  esteja
desempenhando;
b) a função atribuída ao funcionário não corresponder aos seus pendores vocacionais.
II ­ Por transferência, a juízo da administração, nos casos de:
a) não ser possível verificar­se a readaptação na forma do item anterior;
b) não possuir o funcionário habilitação profissional exigida em lei para o exercício do cargo de que for titular;
c)  ser  o  funcionário  portador  de  diploma  de  escola  superior  devidamente  legalizado,  de  título  ou  certificado  de
conclusão  de  curso  científico  ou  prático  instituído  em  lei  e  estar  em  exercício  de  cargo  isolado  ou  de  carreira,  cujas
atribuições não correspondam aos seus pendores vocacionais, tendo­se em vista a especialização.
 
Art.  84  ­  A  readaptação  de  que  trata  o  item  II,  do  artigo  anterior,  poderá  ser  feita  para  cargo  de  padrão  de
vencimento superior ao daquele que ocupar o funcionário, verificado que o desajustamento funcional decorre do exercício
de atribuições de nível intelectual menos elevado.
§  1º  ­  Quando  o  vencimento  do  readaptando  for  inferior  ao  de  cargo  inicial  da  carreira  para  a  qual  deva  ser
transferido, só poderá haver readaptação para cargo dessa classe inicial.
§ 2º ­ Se a readaptação tiver que ser feita para classe intermediária de carreira, só haverá transferência para cargo
de igual padrão de vencimento.
§ 3º ­ No caso de que trata o parágrafo anterior, a readaptação só poderá ser feita na vaga que deva ser provida
pelo critério de merecimento.
 
Art.  85  ­  A  readaptação  por  transferência  só  poderá  ser  feita  mediante  rigorosa  verificação  da  capacidade
intelectual do readaptando.
 
Art. 86 ­ A readaptação será sempre "ex­officio" e se fará nos termos do regulamento próprio.
 
TÍTULO IV
Do Tempo de Serviço
 
Art. 87 ­ A apuração do tempo de serviço, para efeito de aposentadoria, promoção e adicionais, será feita em dias.
§  1º  ­  Serão  computados  os  dias  de  efetivo  exercício,  à  vista  de  documentação  própria  que  comprove  a
freqüência, especialmente livro de ponto e folha de pagamento.
§ 2º ­ Para efeito de aposentadoria e adicionais, o número de dias será convertido em anos, considerados sempre
estes como de trezentos e sessenta e cinco dias.

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§ 3º ­ Feita a conversão de que trata o parágrafo anterior, os dias restantes até cento e oitenta e dois não serão
computados, arredondando­se para um ano quando excederem esse número.
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 43, inciso II do art. 114 e arts. 115 e 116 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide art. 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  88  ­  Serão  considerados  de  efetivo  exercício  para  os  efeitos  do  artigo  anterior  os  dias  em  que  o  funcionário
estiver afastado do serviço em virtude de:
I ­ férias e férias­prêmio;
II ­ casamento, até oito dias;
III ­ luto pelo falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão até oito dias;
IV ­ exercício de outro cargo estadual, de provimento em comissão;
V ­ convocação para serviço militar;
VI ­ júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII ­ exercício de funções de governo ou administração em qualquer parte do território estadual, por nomeação do
Governador do Estado;
VIII ­ exercício de funções de governo ou administração em qualquer parte do território nacional, por nomeação do
Presidente da República;
IX ­ desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal;
X ­ licença ao funcionário acidentado em serviço ou atacado de doença profissional;
XI ­ licença à funcionária gestante;
XII  ­  missão  ou  estudo  de  interesse  da  administração,  noutros  pontos  do  território  nacional  ou  no  estrangeiro,
quando o afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado.
Parágrafo único ­ Para efeito de promoção por antigüidade, computar­se­á, como de efetivo exercício, o período de
licença para tratamento de saúde.
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 43, inciso II do art. 114 e arts. 115 e 116 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide art. 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 89 ­ Na contagem de tempo para os efeitos de aposentadoria, computar­se­á integralmente:
a)  o  tempo  de  serviço  público  prestado  à  União,  aos  Municípios  do  Estado,  às  entidades  autárquicas  e
paraestatais da União e do Estado;
b) o período de serviço ativo no Exército, na Armada, nas Forças Aéreas e nas Auxiliares, prestado durante a paz,
computando­se pelo dobro o tempo em operações de guerra;
c) o número de dias em que o funcionário houver trabalhado como extranumerário ou sob outra qualquer forma de
admissão, desde que remunerado pelos cofres públicos;
d) o período em que o funcionário esteve afastado para tratamento de saúde;
e)  o  período  em  que  o  funcionário  tiver  desempenhado,  mediante  autorização  do  Governo  do  Estado,  cargos  ou
funções federais, estaduais ou municipais;
f) o tempo de serviço prestado, pelo funcionário, mediante a autorização do Governo do Estado, às organizações
autárquicas e paraestatais;
g) o período relativo à disponibilidade remunerada;
h)  o  período  em  que  o  funcionário  tiver  desempenhado  mandato  eletivo  federal,  estadual  ou  municipal,  antes  de
haver ingressado ou de haver sido readmitido nos quadros do funcionalismo estadual.
(Alínea acrescentada pelo art. 37 da Lei nº 2.001, de 17/11/1959)

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(Alínea com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 2.327, de 07/01/1961.)
Parágrafo  único  ­  O  tempo  de  serviço,  a  que  se  referem  as  alíneas  "e"  e  "f"  será  computado  à  vista  de  certidão
passada pela autoridade competente.
(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 43, inciso II do art. 114 e arts. 115 e 116 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide art. 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  90  ­  É  vedado  a  acumulação  de  tempo  de  serviço  simultaneamente  prestado,  em  dois  ou  mais  cargos  ou
funções, à União, ao Estado, aos Municípios e às autarquias.
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 43, inciso II do art. 114 e arts. 115 e 116 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide art. 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 91 ­ Para nenhum efeito será computado o tempo de serviço gratuito, salvo o prestado a título de aprendizado
em serviço público.
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 43, inciso II do art. 114 e arts. 115 e 116 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide art. 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
TÍTULO V
Da Freqüência e do Horário
 
Art.  92  ­  O  expediente  normal  das  repartições  públicas  será  estabelecido  pelo  Governo,  em  decreto,  no  qual  a
determinará o número de horas de trabalho normal para os diversos cargos e funções.
(Vide Lei nº 9.381, de 18/12/1986.)
 
Art. 93 ­ O funcionário deverá permanecer na repartição durante as horas do trabalho ordinário e as do expediente.
Parágrafo  único  ­  O  disposto  no  presente  artigo  aplica­se,  igualmente,  aos  funcionários  investidos  em  cargo  ou
função de chefia.
(Vide art. 288 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 48 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
 
Art. 94 ­ A freqüência será apurada por meio do ponto.

Art.  95  ­  Ponto  é  o  registro  pelo  qual  se  verificarão,  diariamente,  as  entradas  e  saídas  dos  funcionários  em
serviço.
§ 1º ­ Nos registros de ponto deverão ser lançados todos os elementos necessários à apuração da freqüência.
§  2º  ­  Salvo  nos  casos  expressamente  previstos  em  lei  ou  regulamento  é  vedado  dispensar  o  funcionário  de
registro de ponto e abonar faltas ao serviço.
 
Art.  96  ­  O  período  de  trabalho  poderá  ser  antecipado  ou  prorrogado  para  toda  repartição  ou  partes,  conforme  a
necessidade do serviço.
Parágrafo  único  ­  No  caso  de  antecipação  ou  prorrogação  desse  período,  será  remunerado  o  trabalho
extraordinário, na forma estabelecida no Capítulo VII do Título VII.

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Art. 97 ­ Nos dias úteis, só por determinação do Governador do Estado poderão deixar de funcionar as repartições
públicas, ou ser suspensos os seus trabalhos, em todo ou em parte.
 
Art. 98 ­ Para efeito de pagamento, apurar­se­á a freqüência do seguinte modo:
I ­ pelo ponto;
II ­ pela forma que for determinada, quanto aos funcionários não sujeitos a ponto.
Parágrafo único ­ Haverá um boletim padronizado para a comunicação da freqüência.
 
Art. 99 ­ O funcionário perderá:
I ­ o vencimento ou remuneração do dia, se não comparecer ao serviço;
II  ­  um  quinto  do  vencimento  ou  remuneração,  quando  comparecer  depois  da  hora  marcada  para  início  do
expediente, até 55 minutos;
III  ­  o  vencimento  ou  remuneração  do  dia,  quando  comparecer  na  repartição  sem  a  observância  do  limite  horário
estabelecido no item anterior;
IV  ­  quatro  quintos  do  vencimento  ou  remuneração,  quando  se  retirar  da  repartição  no  fim  da  segunda  hora  do
expediente;
V  ­  três  quintos  do  vencimento  ou  remuneração,  quando  se  retirar  no  período  compreendido  entre  o  princípio  e  o
fim da terceira hora do expediente;
VI ­ dois quintos do vencimento ou remuneração, quando se retirar no período compreendido entre o princípio e o
fim da quarta hora;
VII ­ um quinto do vencimento ou remuneração, quando se retirar do princípio da quinta hora em diante.
 
Art.  100  ­  No  caso  de  faltas  sucessivas,  serão  computados,  para  efeito  de  descontos,  os  domingos  e  feriados
intercalados.
 
Art.  101  ­  O  funcionário  que,  por  motivo  de  moléstia  grave  ou  súbita,  não  puder  comparecer  ao  serviço,  fica
obrigado a fazer pronta comunicação do fato, por escrito ou por alguém a seu rogo, ao chefe direto, cabendo a este mandar
examiná­lo, imediatamente, na forma do Regulamento.
 
Art.  102  ­  Aos  funcionários  que  sejam  estudantes  será  possibilitada,  nos  termos  dos  regulamentos,  tolerância
quanto ao comparecimento normal do expediente da repartição, obedecidas as seguintes condições:
a) deverá o interessado apresentar, ao órgão de pessoal respectivo, atestado fornecido pela Secretaria do Instituto
de Ensino comprovando ser aluno do mesmo e declarando qual o horário das aulas;
b) apresentará o interessado, mensalmente, atestado de freqüência às aulas, fornecido pela aludida Secretaria da
escola;
c) o limite da tolerância será, no máximo, de uma hora e trinta minutos por dia;
d)  comprometer­se­á  o  interessado  a  manter  em  dia  e  em  boa  ordem  os  trabalhos  que  lhe  forem  confiados,  sob
pena de perda da regalia.
 
TÍTULO VI
Da Vacância
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
 

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Art. 103 ­ A vacância do cargo decorrerá de:
a) exoneração;
b) demissão;
c) promoção;
d) transferência;
e) aposentadoria;
f) posse em outro cargo, desde que dela se verifique acumulação vedada;
g) falecimento.
(Vide arts. 87 e 88 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 104 ­ Verificada vaga em uma carreira, serão, na mesma data, consideradas abertas todas as que decorrerem
do seu preenchimento.
Parágrafo único ­ Verifica­se a vaga na data:
I ­ do falecimento do ocupante do cargo;
II ­ da publicação do decreto que transferir, aposentar, demitir ou exonerar o ocupante do cargo;
III  ­  da  publicação  da  lei  que  criar  o  cargo,  e  conceder  dotação  para  o  seu  provimento,  ou  da  que  determinar
apenas esta última medida, se o cargo estiver criado;
IV ­ da aceitação de outro cargo pela posse do mesmo, quando desta decorra acumulação legalmente vedada.
(Vide arts. 87 e 88 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 105 ­ Quando se tratar de função gratificada, dar­se­á a vacância por:
a) dispensa a pedido do funcionário;
b) dispensa a critério da autoridade;
c) não haver o funcionário designado assumido o exercício dentro do prazo legal;
d) destituição na forma do art. 248.
(Vide arts. 87 e 88 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
 
CAPÍTULO II
Da Exoneração
 
Art. 106 ­ Dar­se­á exoneração:
a) a pedido do funcionário;
b) a critério do Governo quando se tratar de ocupante de cargo em comissão ou interino em cargo de carreira ou
isolado, de provimento efetivo;
(Vide art. 117 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
c) quando o funcionário não satisfizer as condições de estágio probatório;
d)  quando  o  funcionário  interino  em  cargo  de  carreira  ou  isolado,  de  provimento  efetivo,  não  satisfizer  as
exigências para a inscrição, em concurso;
e)  automaticamente,  após  a  homologação  do  resultado  do  concurso  para  provimento  do  cargo  ocupado
interinamente pelo funcionário.
(Vide art. 27 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
CAPÍTULO III
Da Demissão

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Art. 107 ­ A demissão será aplicada como penalidade.
(Vide incisos II e III do § 1º do art. 35 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
CAPÍTULO IV
Da Aposentadoria
 
Art. 108 ­ O funcionário, ocupante de cargo de provimento efetivo, será aposentado:
a) compulsoriamente, aos setenta anos de idade;
b) se o requerer, quando contar 30 anos de serviço;
c) quando verificada a sua invalidez para o serviço público;
d)  quando  inválido  em  conseqüência  de  acidente  ou  agressão,  não  provocada,  no  exercício  de  suas  atribuições,
ou doença profissional;
e)  quando  acometido  de  tuberculose  ativa,  alienação  mental,  neoplasia  maligna,  cegueira,  cardiopatia
descompensada,  hanseníase,  leucemia,  pênfigo  foliáceo,  paralisia,  síndrome  da  imunodeficiência  adquirida  ­  AIDS­,
nefropatia grave, esclerose múltipla, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, mal de Paget, hepatopatia grave
ou outra doença que o incapacite para o exercício da função pública.
(Alínea com redação dada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 44, de 5/7/1996.)
(Vide art. 9º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
 
§ 1º ­ Acidente é o evento danoso que tiver como causa mediata ou imediata o exercício das atribuições inerentes
ao cargo.
§  2º  ­  Equipara­se  a  acidente  a  agressão  sofrida  e  não  provocada  pelo  funcionário  no  exercício  de  suas
atribuições.
§  3º  ­  A  prova  de  acidente  será  feita  em  processo  especial,  no  prazo  de  oito  dias,  prorrogável  quando  as
circunstâncias o exigirem, sob pena de suspensão.
§  4º  ­  Entende­se  por  doença  profissional  a  que  decorrer  das  condições  do  serviço  ou  de  fato  nele  ocorrido,
devendo o laudo médico estabelecer­lhe a rigorosa caracterização.
§  5º  ­  A  aposentadoria,  a  que  se  referem  as  alíneas  "c",  "d"  e  "e”  só  será  concedida  quando  verificado  o  caráter
incapacitante e irreversível da doença ou da lesão, que implique a impossibilidade de o servidor reassumir o exercício do
cargo mesmo depois de haver esgotado o prazo máximo admitido neste Estatuto para o gozo de licença para tratamento
de saúde.
(Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 44, de 5/7/1996.)
(Vide art. 9º da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
§  6º  ­  No  caso  de  serviços  que,  por  sua  natureza,  demandem  tratamento  especial,  a  lei  poderá  fixar,  para  os
funcionários  que  neles  trabalhem,  redução  dos  prazos  relativos  à  aposentadoria  requerida  ou  idade  inferior  para  a
compulsória.
§  7º  ­  Será  aposentado,  se  o  requerer,  o  funcionário  que  contar  vinte  e  cinco  anos  de  efetivo  exercício  no
magistério.
Para  todos  os  fins  e  vantagens,  considera­se  como  "efetivo  exercício  no  magistério"  o  referente  à  duração  do
Curso de Aperfeiçoamento frequentado pelo funcionário.
§ 8º ­ As professoras primárias têm direito à aposentadoria, desde que contem sessenta anos de idade.
§  9º  ­  Os  demais  funcionários  ao  atingirem  a  idade  fixada  no  parágrafo  anterior  e  desde  que  contem  mais  de  20
(vinte)  anos  de  serviço  prestado  ao  Estado,  poderão  ser  aposentados,  se  o  requererem,  com  o  vencimento  ou  a
remuneração calculados de acordo com o disposto nos itens III e IV do art. 110.

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(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 4.065, de 28/12/1965.)
(Vide Lei n° 1.282, de 27/8/1955.)
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide art. 36 da Lei nº 11.050, de 19/1/1993.)
(Vide arts. 7º ao 15 e arts. 47, 74, 75 e 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  109  ­  A  aposentadoria  dependente  de  inspeção  médica  só  será  decretada  depois  de  verificada  a
impossibilidade de readaptação do funcionário.
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide arts. 7º ao 15 e arts. 47, 74, 75 e 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 110 ­ Os proventos da aposentadoria serão integrais:
I ­ se o funcionário contar 30 anos de efetivo exercício;
II ­ quando ocuparem as hipóteses das alíneas "c", "d" e "e" do art. 108, e parágrafo 8º do mesmo artigo;
III  ­  proporcional  ao  tempo  de  serviço  na  razão  de  tantos  avos  por  ano  quantos  os  anos  necessários  de
permanência no serviço, nos casos previstos nos parágrafos 6º e 7º do art. 108;
IV ­ proporcional ao tempo de serviço na razão de um trinta avos por ano, sobre o vencimento ou remuneração de
atividade, nos demais casos.
(Vide Lei n° 1.282, de 27/8/1955.)
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide arts. 7º ao 15 e arts. 47, 74, 75 e 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 111 ­ (Revogado pelo art. 18 da Lei nº 1.435, de 30/1/1956.)
Dispositivo revogado:
“Art. 111 ­ O funcionário que contar 30 anos de serviço público será aposentado desde que o requeira:
a)  com  as  vantagens  da  comissão  ou  função  gratificada  em  cujo  exercício  se  achar,  desde  que  o  exercício
abranja, sem interrupção, os seis anos anteriores;
b)  com  idênticas  vantagens,  desde  que  o  exercício  do  cargo  em  comissão  ou  da  função  gratificada  tenha
compreendido  um  período  de  dez  anos,  consecutivos  ou  não,  mesmo  que,  ao  aposentar­se,  o  funcionário  já  esteja  fora
daquele exercício.
§ 1º ­ No caso da letra "b" deste artigo, quando mais de um cargo ou função tenha sido exercido, serão atribuídas
as vantagens de maior padrão desde que lhe corresponda um exercício mínimo de dois anos; fora dessa hipótese, atribuir­
se­ão as vantagens do cargo ou função de remuneração imediatamente inferior.
§ 2º ­ A aplicação do regime estabelecido neste artigo exclui as vantagens instituídas no art. 117, salvo o direito
de opção.”
(Vide Lei n° 1.282, de 27/8/1955.)
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide arts. 7º ao 15 e arts. 47, 74, 75 e 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 112 ­ O funcionário interino não poderá ser aposentado, exceto no caso previsto no art. 108, alíneas "d" e "e".
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)

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(Vide art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide arts. 7º ao 15 e arts. 47, 74, 75 e 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 113 ­ Os proventos da inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração de poder aquisitivo da
moeda, se modificarem os vencimentos dos funcionários em atividade.
(Vide Lei n° 1.282, de 27/8/1955.)
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide arts. 7º ao 15 e arts. 47, 74, 75 e 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 114 ­ (Vetado).
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide arts. 7º ao 15 e arts. 47, 74, 75 e 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  115  ­  Os  vencimentos  da  aposentadoria  não  poderão  ser  superiores  ao  vencimento  ou  remuneração  da
atividade, nem inferiores a um terço.
(Vide § 4º da alínea “d” do inciso III do art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide arts. 7º ao 15 e arts. 47, 74, 75 e 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 116 ­ Serão incorporados aos vencimentos, para efeito de aposentadoria:
a) os adicionais por tempo de serviço;
b)  adicional  de  família  extinguindo­se  à  medida  que  os  filhos,  existentes  ao  tempo  da  aposentadoria,  forem
atingindo o limite de idade estabelecida no art. 126, nº II;
c) (Revogada pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“c) a gratificação de função, nos termos do art. 143, letra "g".”
d) (Vetado).
(Vide arts. 7° e 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide arts. 7º ao 15 e arts. 47, 74, 75 e 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 117 ­ (Revogado pelo art. 129 da Lei nº 3.214, de 16/10/1964.)
Dispositivo revogado:
“Art.  117  ­  O  funcionário  que  contar  30  (trinta)  anos  de  exercício  no  serviço  público  será  aposentado  com  os
proventos  acrescidos  de  15%  (quinze  por  cento),  não  podendo  este  aumento,  no  entanto,  exceder  de  Cr$  500,00
(quinhentos cruzeiros) mensais.”
(Artigo com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
(Vide art. 36 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 39 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
(Vide art. 7º ao 15, 47, 74, 75 e 76 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
TÍTULO VII

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Dos Direitos, Vantagens e Concessões
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
 
Art. 118 ­ Além de vencimento ou da remuneração do cargo o funcionário poderá auferir as seguintes vantagens:
I ­ ajuda de custo;
II ­ diárias;
III ­ auxílio para diferença de caixa;
IV ­ abono de família;
V ­ gratificações;
VI ­ honorários;
(Vide art. 11 da Lei nº 18.384, de 15/9/2009.)
VII ­ quotas­partes e percentagens previstas em lei;
VIII ­ adicionais previstos em lei.
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  119  ­  Excetuados  os  casos  expressamente  previstos  no  artigo  anterior,  o  funcionário  não  poderá  receber,  a
qualquer  título,  seja  qual  for  o  motivo  ou  a  forma  de  pagamento,  nenhuma  outra  vantagem  pecuniária  dos  órgãos  ou
serviços públicos, das entidades autárquicas ou paraestatais, ou organizações públicas, em razão de seu cargo ou função,
nos quais tenha sido mandado servir, ou ainda de particular.
(Vide art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
CAPÍTULO II
Do Vencimento e da Remuneração
 
Art. 120 ­ Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo correspondente ao padrão
fixado em lei.
(Vide § 1º do art. 27 e arts. 30 e 32 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  121  ­  Remuneração  é  a  retribuição  paga  ao  funcionário  pelo  efetivo  exercício  do  cargo  correspondente  ao
padrão de vencimento e mais as quotas ou porcentagens, que, por lei, lhe tenham sido atribuídas.
(Vide § 1º do art. 27 e arts. 30 e 32 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 122 ­ Somente nos casos previstos em lei poderá perceber vencimento ou remuneração o funcionário que não
estiver no exercício do cargo.
(Vide § 1º do art. 27 e arts. 30 e 32 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  123  ­  O  funcionário  nomeado  para  exercer  cargo  isolado,  provido  em  comissão,  perderá  o  vencimento  ou
remuneração ao cargo efetivo, salvo opção.
(Vide art. 8° da Lei nº 9.263, de 11/9/1986.)
(Vide § 1º do art. 27 e arts. 30 e 32 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 7° da Lei nº 10.363, de 27/12/1990.)
 

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Art.  124  ­  O  vencimento  ou  a  remuneração  dos  funcionários  não  poderão  ser  objeto  de  arresto,  seqüestro  ou
penhora, salvo quando se tratar:
I ­ de prestação de alimentos, na forma da lei civil;
II ­ de dívida à Fazenda Pública.
(Vide § 1º do art. 27 e arts. 30 e 32 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  125  ­  A  partir  da  data  da  publicação  do  decreto  que  o  promover,  ao  funcionário,  licenciado  ou  não,  ficarão
assegurados os direitos e o vencimento ou a remuneração decorrentes da promoção.
(Vide § 1º do art. 27 e arts. 30 e 32 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
CAPÍTULO III
Do Abono de Família
 
Art. 126 ­ O abono de família será concedido, na forma da Lei, ao funcionário ativo ou inativo:
I ­ pela esposa;
II ­ por filho menor de 21 anos que não exerça profissão lucrativa;
(Inciso com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 2.364, de 13/1/1961.)
III ­ por filho inválido ou mentalmente incapaz;
IV ­ por filha solteira que não tiver profissão lucrativa;
V  ­  por  filho  estudante  que  freqüentar  curso  secundário  ou  superior  em  estabelecimento  de  ensino  oficial  ou
particular fiscalizado pelo Governo, e que não exerça atividade lucrativa, até a idade de 24 anos.
(Inciso com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
Parágrafo único ­ Compreende­se neste artigo os filhos de qualquer condição, os enteados, os adotivos e o menor
que, mediante autorização judicial, viver sob a guarda e sustento do funcionário.
(Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 3.071, de 30/12/1963.)
(Vide art. 6º e 18 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  127  ­  Quando  pai  ou  mãe  forem  funcionários  inativos  e  viverem  em  comum,  o  abono  de  família  será
concedido àquele que tiver o maior vencimento.
§ 1º ­ Se não viverem em comum, será concedido ao que tiver os dependentes sob sua guarda.
§ 2º ­ Se ambos os tiverem, será concedido a um e outro dos pais, de acordo com a distribuição dos dependentes.
(Vide arts. 6º e 18 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 128 ­ (Revogado pelo art. 4º da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
Dispositivo revogado:
“Art. 128 ­ Ao pai e à mãe equiparam­se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos
incapazes.”
(Vide arts. 6º e 18 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 129 ­ O abono de família será pago, ainda nos casos em que o funcionário ativo ou inativo deixar de perceber
vencimento, remuneração ou provento.
(Vide arts. 6º e 18 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  130  ­  O  abono  de  família  não  está  sujeito  a  qualquer  imposto  ou  taxa,  mas  servirá  de  base  para  qualquer
contribuição ou consignação em folha, inclusive para fins de previdência social.

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(Artigo com redação dada pelo art. 5º da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
(Vide arts. 6º e 18 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
CAPÍTULO IV
Do Auxílio para Diferença de Caixa
 
Art. 131 ­ Ao funcionário que, no desempenho de suas atribuições comuns, pagar ou receber, em moeda corrente,
poderá ser concedido um auxílio, fixado em lei, para compensar as diferenças de caixa.
Parágrafo  único  ­  O  auxílio  não  poderá  exceder  a  cinco  por  cento  do  padrão  de  vencimento  e  só  será  concedido
dentro dos limites da dotação orçamentária.
 
CAPÍTULO V
Da Ajuda de Custo
 
(Vide art. 12 da Lei nº 18.185, de 4/6/2009.)
 
Art.  132  ­  Será  concedida  ajuda  de  custo  ao  funcionário  que,  em  virtude  de  transferência,  remoção,  designação
para função gratificada, passar a ter exercício em nova sede, ou quando designado para serviço ou estudo fora do Estado.
§ 1º ­ A ajuda de custo destina­se a indenizar o funcionário das despesas de viagem e de nova instalação.
§ 2º ­ O transporte do funcionário e de sua família correrá por conta do Estado.
 
Art.  133  ­  A  ajuda  de  custo  será  arbitrada  pelos  Secretários  do  Estado  e  Diretores  de  Departamento  diretamente
subordinados  ao  Governador  do  Estado,  tendo  em  vista  cada  caso,  as  condições  de  vida  na  nova  sede,  a  distância  que
deverá ser percorrida, o tempo de viagem e os recursos orçamentários disponíveis.
§  1º  ­  A  ajuda  de  custo  não  poderá  ser  inferior  à  importância  correspondente  a  um  mês  de  vencimento  e  nem
superior a três, salvo quando se tratar do funcionário designado para serviço ou estudo no estrangeiro.
§ 2º ­ No caso de remuneração, calcular­se­á sobre a média mensal da mesma no último exercício financeiro.
§ 3º ­ Será a ajuda de custo calculada, nos casos de promoção, na base do vencimento ou remuneração do novo
cargo a ser exercido.
 
Art. 134 ­ A ajuda de custo será paga ao funcionário diantadamente no local da repartição ou do serviço do que foi
desligado.
Parágrafo único ­ O funcionário sempre que o preferir, poderá receber, integralmente, a ajuda de custo, na sede da
nova repartição ou serviço.
 
Art. 135 ­ Não será concedida a ajuda de custo:
I ­ quando o funcionário se afastar da sede, ou a ela voltar, em virtude de mandato eletivo;
II quando for posto à disposição do Governo Federal, municipal e de outro Estado;
III ­ quando for transferido ou removido a pedido ou permuta, inclusive.
 
Art. 136 ­ Restituirá a ajuda de custo que tiver recebido:
I ­ o funcionário que não seguir para a nova sede dentro dos prazos determinados;
II ­ o funcionário que, antes de terminado o desempenho da incumbência que lhe foi cometida, regressar da nova
sede, pedir exoneração ou abandonar o serviço.

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§  1º  ­  A  restituição  será  feita  parceladamente,  salvo  no  caso  de  recebimento  indevido,  em  que  a  importância
correspondente  será  descontada  integralmente  do  vencimento  ou  remuneração,  sem  prejuízo  da  aplicação  da  pena
disciplinar cabível na espécie.
§ 2º ­ A responsabilidade pela restituição de que trata este artigo atinge exclusivamente a pessoa do funcionário.
§  3º  ­  Se  o  regresso  do  funcionário  for  determinado  pela  autoridade  competente,  ou,  em  caso  de  pedido  de
exoneração, apresentado pelo menos noventa dias após seus exercício na nova sede, ou doença comprovada, não ficará
ele obrigado a restituir a ajuda de custo.
 
Art.  137  ­  O  transporte  do  funcionário  e  de  sua  família  compreende  passagens  e  bagagens,  observado,  quanto  a
estas, o limite estabelecido no regulamento próprio.
§ 1º ­ Poderá ainda ser fornecida passagem a um serviçal que acompanhe o funcionário.
§  2º  ­  O  funcionário  será  obrigado  a  repor  a  importância  correspondente  ao  transporte  irregularmente  requisitado,
além de sofrer a pena disciplinar que for aplicável.
 
Art.  138  ­  Compete  ao  Governador  do  Estado  arbitrar  a  ajuda  de  custo  que  será  paga  ao  funcionário  designado
para serviço ou estudo fora do Estado.
Parágrafo único ­ A ajuda de custo, de que trata este artigo, não poderá ser inferior a um mês de vencimento ou
remuneração do funcionário.
 
CAPÍTULO VI
Das Diárias
 
(Vide art. 12 da Lei nº 18.185, de 4/6/2009.)
 
Art. 139 ­ O funcionário que se deslocar de sua sede, eventualmente e por motivo de serviço, faz jus à percepção
de diária, nos termos de regulamento.
§ 1º ­ A diária não é devida:
1) no período de trânsito, ao funcionário removido ou transferido.
2) quando o deslocamento do funcionário durar menos de seis horas;
3) quando o deslocamento se der para a localidade onde o funcionário resida;
4) quando relativa a sábado, domingo ou feriado, salvo se a permanência do funcionário fora da sede nesses dias
for conveniente ou necessária ao serviço.
§ 2º ­ Sede é a localidade onde o funcionário tem exercício.
(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 7.179, de 19/12/1977.)
 
Art.  140  ­  O  pagamento  de  diária,  que  pode  ser  feito  antecipadamente,  destina­se  a  indenizar  o  funcionário  por
despesas com alimentação e pousada, devendo ocorrer por dia de afastamento e pelo valor fixado no regulamento.
§  1º  ­  A  diária  é  integral  quando  o  afastamento  se  der  por  mais  de  doze  horas  e  exigir  pousada  paga  pelo
funcionário.
§ 2º ­ Ocorrendo afastamento por até doze horas, é devida apenas a parcela da diária relativa a alimentação.
(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 7.179, de 19/12/1977.)
 
Art. 141 ­ É vedado o pagamento de diária cumulativamente com qualquer outra retribuição de caráter indenizatório
de despesa com alimentação e pousada.
(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 7.179, de 19/12/1977.)

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Art. 142 ­ Constitui infração disciplinar grave, punível na forma da lei, conceder ou receber diária indevidamente.
(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 7.179, de 19/12/1977.)
 
CAPÍTULO VII
Das Gratificações
 
Art. 143 ­ Será concedida gratificação ao funcionário:
a) pelo exercício em determinadas zonas ou locais;
b) pela execução de trabalho de natureza especial, com risco de vida ou saúde;
c) pela elaboração de trabalho técnico ou científico de utilidade para o serviço público;
d)de representação, quando em serviço ou estudo no estrangeiro ou no país;
e)  quando  regularmente  nomeado  ou  designado  para  fazer  parte  do  órgão  legal  de  deliberação  coletiva  ou  para
cargo ou função de confiança;
f) pela prestação de serviço extraordinário;
g) de função de chefia prevista em lei;
h) adicional por tempo de serviço, nos termos de lei.
§  1º  ­  A  gratificação  a  que  se  refere  a  alínea  "e"  deste  artigo  será  fixada  no  limite  máximo  de  um  terço  do
vencimento ou remuneração.
§ 2º ­ Será estabelecido em decreto o quanto das gratificações a que se referem as alíneas "a" e "b" deste artigo.
 
Art.  144  ­  A  gratificação  pelo  exercício  em  determinadas  zonas  ou  locais  e  pela  execução  de  trabalhos  de
natureza especial, com risco da vida ou da saúde, será determinada em lei.
 
Art.  145  ­  A  gratificação  pela  elaboração  de  trabalho  técnico  ou  científico,  ou  de  utilidade  para  o  serviço  público,
será arbitrada pelo Governador do Estado, após sua conclusão.
 
Art.  146  ­  A  gratificação  a  título  de  representação  quando  em  serviço  ou  estudo  fora  do  Estado,  será  autorizada
pelo  Governador  do  Estado,  levando  em  conta  o  vencimento  e  a  duração  certa  ou  presumível  do  estudo  e  as  condições
locais, salvo se a lei ou regulamento já dispuser a respeito.
Parágrafo  único  ­  A  gratificação  de  que  trata  este  artigo  terá  limite  mínimo  de  um  terço  do  vencimento  do
funcionário.
 
Art. 147 ­ A gratificação relativa ao exercício em órgão legal de deliberação coletiva será fixada em lei.
 
Art. 148 ­ A gratificação pela prestação de serviço extraordinário, que não poderá, em hipótese alguma, exceder ao
vencimento do funcionário, será:
a)  previamente  arbitrada  pelo  Secretário  de  Estado  ou  Diretor  de  Departamento  diretamente  subordinado  ao
Governador do Estado;
b) paga por hora de trabalho prorrogado ou antecipado.
§ 1º ­ No caso da alínea "b", a gratificação será paga por hora de trabalho antecipado ou prorrogado, salvo quando
a prorrogação for apenas de uma hora e tiver corrido apenas duas vezes no mês, caso em que não será remunerada.
§  2º  ­  Entende­se  por  serviço  extraordinário  todo  e  qualquer  trabalho  previsto  em  regimento  ou  regulamento,
executado  fora  da  hora  do  expediente  regulamentar  da  repartição  e  previamente  autorizado  pelo  Secretário  de  Estado  ou
Diretor de Departamento diretamente subordinado ao Governador do Estado.

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§  3º  ­  O  pagamento  de  que  trata  este  artigo  será  efetuado  mediante  folha  especial  previamente  aprovada  pela
autoridade a que se refere o parágrafo anterior e publicado no órgão oficial, da qual constem o nome do funcionário, cargo,
o  vencimento  mensal,  e  o  número  de  horas  de  serviço  extraordinário,  a  gratificação  arbitrada,  se  for  o  caso,  e  a
importância total de despesa.
 
Art.  149  ­  O  funcionário  perceberá  honorário  quando  designado  para  exercer,  fora  do  período  normal  ou
extraordinário de trabalho, as funções de auxiliar ou membro de bancas e comissões de concursos ou provas, de professor
ou auxiliar de cursos legalmente instituídos.
 
CAPÍTULO VIII
Da Função Gratificada
 
Art. 150 ­ Função gratificada é a instituída em lei para atender os encargos de chefia e outros que a lei determinar.
(Vide inciso V do § 11 do art. 14 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 151 ­ Não perderá a gratificação o funcionário que deixar de comparecer ao serviço em virtude de férias, luto,
casamento, doença comprovada, serviços obrigatórios por lei.
(Vide inciso V do § 11 do art. 14 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
CAPÍTULO IX
Das Férias
 
(Vide art. 12 da Lei nº 18185, de 4/6/2009.)
 
Art.  152  ­  O  funcionário  gozará,  obrigatoriamente,  por  ano  vinte  e  cinco  dias  úteis  de  férias,  observada  a  escala
que for organizada de acordo com conveniência do serviço, não sendo permitida a acumulação de férias.
§  1º  ­  Na  elaboração  da  escala,  não  será  permitido  que  entrem  em  gozo  de  férias,  em  um  só  mês,  mais  de  um
terço de funcionários de uma seção ou serviço.
§ 2º ­ É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
§  3º  ­  Ingressando  no  serviço  público  estadual,  somente  depois  do  11º  mês  de  exercício  poderá  o  funcionário
gozar férias.
(Vide Lei n° 1.282, de 27/8/1955.)
(Vide art. 17 da Lei Complementar nº 102, de 17/1/2008.)
 
Art.  153  ­  Durante  as  férias,  o  funcionário  terá  direito  ao  vencimento  ou  remuneração  e  a  todas  as  vantagens,
como se estivesse em exercício exceto a gratificação por serviço extraordinário.
 
Art.  154  ­  O  funcionário  promovido,  transferido  ou  removido,  quando  em  gozo  de  férias,  não  será  obrigado  a
apresentar­se antes de terminá­las.
 
Art. 155 ­ É facultado ao funcionário gozar férias onde lhe convier, cumprindo­lhe, entretanto, antes do seu início,
comunicar o seu endereço eventual ao chefe da repartição ou serviço a que estiver subordinado.
 
CAPÍTULO X
Das Férias­Prêmio
 

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Art.  156  ­  O  funcionário  gozará  férias­prêmio  correspondente  a  decênio  de  efetivo  exercício  em  cargos  estaduais
na base de quatro meses por decênio.
§  1º  ­  As  férias­prêmio  serão  concedidas  com  o  vencimento  ou  remuneração  e  todas  as  demais  vantagens  do
cargo, excetuadas somente as gratificações por serviços extraordinários, e sem perda da contagem de tempo para todos
os efeitos, como se estivesse em exercício.
§ 2º ­ Para tal fim, não se computará o afastamento do exercício das funções, por motivo de:
a) gala ou nojo, até 8 dias cada afastamento;
b) férias anuais;
c) requisição de outras entidades públicas, com afastamento autorizado pelo Governo do Estado;
d) viagem de estudo, aperfeiçoamento ou representação fora da sede, autorizada pelo Governo do Estado;
e) licença para tratamento de saúde até 180 dias;
f) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
g)  exercício  de  funções  de  governo  ou  administração  em  qualquer  parte  do  território  estadual,  por  nomeação  do
Governo do Estado.
§  3º  ­  O  servidor  público  terá,  automaticamente,  contado  em  dobro,  para  fins  de  aposentadoria  e  vantagens  dela
decorrentes, o tempo de férias­prêmio não gozadas.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 3.579, de 19/11/1965.)
(Vide § 4º do art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  157  ­  O  pedido  de  concessão  de  férias­prêmio  deverá  ser  instruído  com  certidão  de  contagem  de  tempo
fornecida pela repartição competente.
Parágrafo único ­ Considera­se repartição competente para tal fim aquela que dispuser de elementos para certificar
o tempo de serviço mediante fichas oficiais cópias de folhas de pagamento ou registro de ponto.
(Vide § 4º do art. 31 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
CAPÍTULO XI
Das Licenças
SEÇÃO I
Disposições Gerais
 
Art. 158 ­ O funcionário poderá ser licenciado:
I ­ para tratamento de saúde;
II ­ quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença profissional;
III ­ por motivo de doença em pessoa de sua família;
IV ­ no caso previsto no art. 175;
V ­ quando convocado para serviço militar;
VI ­ para tratar de interesses particulares;
VII ­ no caso previsto no art. 186.
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  159  ­  Aos  funcionários  interinos  e  aos  em  comissão  não  será  concedida  licença  para  tratar  de  interesses
particulares.
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 

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Art.  160  ­  A  competência  para  a  concessão  de  licença  para  tratamento  de  saúde  será  definida  em  regulamento
próprio.
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 161 ­ A licença dependente de inspeção médica será concedida pelo prazo indicado no respectivo laudo.
Parágrafo  único  ­  Antes  de  findo  esse  prazo  o  funcionário  será  submetido  a  nova  inspeção  e  o  laudo  médico
concluirá pela sua volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 162 ­ Finda a licença, o funcionário deverá reassumir, imediatamente, o exercício do cargo, se assim concluir
o laudo de inspeção médica, salvo caso de prorrogação, mesmo sem o despacho final desta.
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 163 ­ As licenças concedidas dentro de sessenta dias contados da terminação da anterior serão consideradas
como prorrogação.
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  164  ­  O  funcionário  não  poderá  permanecer  em  licença  por  prazo  superior  a  24  meses  salvo  o  portador  de
tuberculose,  lepra  ou  pênfigo  foliáceo,  que  poderá  ter  mais  três  prorrogações  de  12  meses  cada  uma,  desde  que,  em
exames periódicos anuais, não se tenha verificado a cura.
(Artigo com redação dada pelo art. 6º da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
(Vide arts. 6º e 13 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  165  ­  Decorrido  o  prazo  estabelecido  no  artigo  anterior,  o  funcionário  será  submetido  a  inspeção  médica  e
aposentado, se for considerado definitivamente inválido para o serviço público em geral.
(Vide art. 6º e 13 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  166  ­  O  funcionário  poderá  gozar  licença  onde  lhe  convier,  ficando  obrigado  a  comunicar,  por  escrito,  o  seu
endereço ao chefe a que estiver imediatamente subordinado.
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  167  ­  O  funcionário  acidentado  no  exercício  de  suas  atribuições  terá  assistência  hospitalar,  médica  e
farmacêutica dada a custa do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais.
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
SEÇÃO II
Licença para Tratamento de Saúde
 
Art. 168 ­ A licença para tratamento de saúde será concedida a pedido do funcionário ou "ex­officio".
Parágrafo  único  ­  Num  e  noutro  caso  de  que  cogita  este  artigo  é  indispensável  a  inspeção  médica,  que  deverá
realizar­se, sempre que necessária, na residência do funcionário.
(Vide art. 16 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  169  ­  O  funcionário  licenciado  para  tratamento  de  saúde  não  poderá  dedicar­se  a  qualquer  atividade
remunerada.

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(Artigo com redação dada pelo art. 7º da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
(Vide art. 16 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  170  ­  Quando  licenciado  para  tratamento  de  saúde,  acidente  no  serviço  de  suas  atribuições,  ou  doença
profissional, o funcionário receberá integralmente o vencimento ou a remuneração e demais vantagens.
(Vide art. 16 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  171  ­  O  funcionário  licenciado  para  tratamento  de  saúde  é  obrigado  a  reassumir  o  exercício,  se  for
considerado apto em inspeção médica "ex­officio".
Parágrafo único ­ O funcionário poderá desistir da licença desde que, mediante inspeção médica, seja julgado apto
para o exercício.
(Vide art. 16 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  172  ­  O  funcionário  atacado  de  tuberculose  ativa,  cardiopatia  descompensada,  alienação  mental,  neoplasia
maligna,  leucemia,  cegueira,  lepra,  pênfigo  foliáceo  ou  paralisia  que  o  impeça  de  locomover­se,  será  compulsoriamente
licenciado, com vencimento ou remuneração integral e demais vantagens.
Parágrafo  único  ­  Para  verificação  das  moléstias  referidas  neste  artigo,  a  inspeção  médica  será  feita
obrigatoriamente por uma junta médica oficial, de três membros, todos presentes.
(Vide art. 16 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 173 ­ O funcionário, durante a licença, ficar obrigado a seguir rigorosamente o tratamento médico adequado à
doença, sob pena de lhe ser suspenso o pagamento de vencimento ou remuneração.
§ 1º ­ No caso de alienado mental, responderá o curador pela obrigação de que trata este artigo.
§ 2º ­ A repartição competente fiscalizará a observância do disposto neste artigo.
(Vide art. 16 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 174 ­ A licença será convertida em aposentadoria, na forma do art. 165, e antes do prazo nele estabelecido,
quando assim opinar a junta médica, por considerar definitiva, para o serviço público em geral, a invalidez do funcionário.
(Vide art. 16 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
SEÇÃO III
Licença à Funcionária Gestante
 
Art.  175  ­  À  funcionária  gestante  será  concedida,  mediante  inspeção  médica,  licença,  por  três  meses,  com
vencimento ou remuneração e demais vantagens.
§  1º  ­  A  licença  só  poderá  ser  concedida  para  o  período  que  compreenda,  tanto  quanto  possível,  os  últimos
quarenta e cinco dias da gestação e o puerpério.
§ 2º ­ A licença deverá ser requerida até o oitavo mês da gestação, competindo à junta médica fixar a data do seu
início.
§ 3º ­ O pedido encaminhado depois do oitavo mês da gestação será prejudicado quanto à duração da licença, que
se reduzirá dos dias correspondentes ao atraso na formulação do pedido.
§ 4º ­ Se a criança nascer viva, prematuramente, antes que a funcionária tenha requerido a licença, o início desta
será a partir da data do parto.
(Vide arts. 17 e 70 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 

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SEÇÃO IV
Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
 
Art.  176  ­  O  funcionário  poderá  obter  licença  por  motivo  de  doença  na  pessoa  do  pai,  mãe,  filhos  ou  cônjuge  de
que não esteja legalmente separado.
§ 1º ­ (Vetado).
§  2º  ­  Provar­se­á  a  doença  mediante  inspeção  médica,  na  forma  prevista  em  lei,  para  a  licença  de  que  trata  o
artigo.
§ 3º ­ (Vetado).
 
SEÇÃO V
Licença para Serviço Militar
 
Art. 177 ­ Ao funcionário que for convocado para o serviço militar e outros encargos de segurança nacional, será
concedida  licença  com  vencimento  ou  remuneração  e  demais  vantagens,  descontada  mensalmente  a  importância  que
receber na qualidade de incorporado.
§  1º  ­  A  licença  será  concedida  mediante  comunicação  do  funcionário  ao  chefe  da  repartição  ou  do  serviço,
acompanhada de documento oficial de que prove a incorporação.
§  2º  ­  O  funcionário  desincorporado  reassumirá  imediatamente  o  exercício,  sob  pena  de  perda  do  vencimento  ou
remuneração e, se a ausência exceder a trinta dias, de demissão, por abandono do cargo.
§ 3º ­ Tratando­se de funcionário cuja incorporação tenha perdurado pelo menos um ano, o chefe da repartição ou
serviço a que tiver de se apresentar o funcionário poderá conceder­lhe o prazo de quinze dias para reassumir o exercício,
sem perda de vencimento ou remuneração.
§  4º  ­  Quando  a  desincorporação  se  verificar  em  lugar  diverso  do  exercício,  os  prazos  para  a  apresentação  do
funcionário à sua repartição ou serviço serão os marcados no artigo 70.
 
Art.  178  ­  Ao  funcionário  que  houver  feito  curso  para  oficial  da  reserva  das  forças  armadas,  será  também
concedida  licença  com  vencimento  ou  remuneração  e  demais  vantagens  durante  os  estágios  prescritos  pelos
regulamentos  militares,  quando  por  estes  não  tiver  direito  àquele  pagamento,  assegurado,  em  qualquer  caso,  o  direito  de
opção.
 
SEÇÃO VI
Licença para Tratar de Interesses Particulares
 
Art. 179 ­ Depois de dois anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem vencimento ou remuneração,
para tratar de interesses particulares.
§ 1º ­ A licença poderá ser negada quando o afastamento do funcionário for inconveniente ao interesse do serviço.
§ 2º ­ O funcionário deverá aguardar em exercício a concessão da licença.
(Vide § 4º do art. 26 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 180 ­ Não será concedida licença para tratar de interesses particulares ao funcionário nomeado, removido ou
transferido, antes de assumir o exercício.
(Vide § 4º do art. 26 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 

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Art.  181  ­  Não  será,  igualmente,  concedida  licença  para  tratar  de  interesses  particulares  ao  funcionário  que,  a
qualquer título, estiver ainda obrigado a indenização ou devolução aos cofres públicos.
(Vide § 4º do art. 26 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 182 ­ (Revogado pelo art. 42 da Lei nº 5.945, de 11/7/1972.)
Dispositivo revogado:
“Art. 182 ­ Só poderá ser concedida nova licença para tratar de interesses particulares, depois de decorridos dois
anos da terminação da anterior.”
(Vide § 4º do art. 26 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 183 ­ O funcionário poderá, a qualquer tempo, reassumir o exercício desistindo da licença.
(Vide § 4º do art. 26 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  184  ­  A  autoridade  que  houver  concedido  a  licença  poderá,  a  todo  tempo,  desde  que  o  exija  o  interesse  do
serviço público, cassá­la, marcando razoável prazo para que o funcionário licenciado reassuma o exercício.
(Vide § 4º do art. 26 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 185 ­ (Vetado).
(Vide § 4º do art. 26 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
SEÇÃO VII
Licença à Funcionária Casada com Funcionário
 
Art. 186 ­ A funcionária casada com funcionário estadual, federal ou militar, terá direito a licença, sem vencimento
ou remuneração, quando o marido for mandado servir, independentemente de solicitação, em outro ponto do Estado ou do
território nacional ou no estrangeiro.
Parágrafo  único  ­  A  licença  será  concedida  mediante  pedido,  devidamente  instruído,  e  vigorará  pelo  tempo  que
durar a comissão ou nova função do marido.
 
CAPÍTULO XII
Da Estabilidade
 
Art. 187 ­ O funcionário adquirirá estabilidade depois de:
I ­ dois anos de exercício, quando nomeado em virtude de concurso;
(Vide art. 35 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
II ­ cinco anos de exercício, o efetivo nomeado sem concurso.
Parágrafo  único  ­  Não  adquirirão  estabilidade,  qualquer  que  seja  o  tempo  de  serviço  o  funcionário  interino  e  no
cargo em que estiver substituindo ou comissionado, o nomeado em comissão ou em substituição.
(Vide art. 5° da Lei nº 9.938, de 26/7/1989.)
(Vide arts. 104 e 105 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
 
Art. 188 ­ Para fins de aquisição de estabilidade, só será contado o tempo de serviço efetivo, prestado em cargos
estaduais.
Parágrafo  único  ­  Desligando­se  do  serviço  público  estadual  e  sendo  readmitido  ou  nomeado  para  outro  cargo
estadual, a contagem de tempo será feita, para fim de estabilidade, na data da nova posse.

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(Vide art. 35 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide arts. 104 e 105 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
 
Art. 189 ­ Os funcionários públicos perderão o cargo:
I ­ quando vitalícios, somente em virtude de sentença judiciária;
II  ­  quando  estáveis,  no  caso  do  número  anterior,  no  de  extinguir  o  cargo  ou  no  de  serem  demitidos  mediante
processo administrativo em que se lhes tenha assegurada ampla defesa.
Parágrafo único ­ A estabilidade não diz respeito ao cargo, ressalvando­se à administração o direito de readaptar o
funcionário em outro cargo, removê­lo, transferi­lo ou transformar o cargo, no interesse do serviço.
(Vide art. 35 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide arts. 104 e 105 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.)
 
CAPÍTULO XIII
Da Disponibilidade
 
Art.  190  ­  Quando  se  extinguir  o  cargo,  o  funcionário  estável  ficará  em  disponibilidade  remunerada,  com
vencimento  ou  remuneração  integrais  e  demais  vantagens,  até  o  seu  obrigatório  aproveitamento  em  outro  cargo  de
natureza, vencimentos ou remuneração compatíveis com o que ocupava.
(Vide § 3º do inciso III do art. 35 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
CAPÍTULO XIV
Do Direito de Petição
(Vide art. 12 da Lei nº 18.185, de 4/6/2009.)
 
Art. 191 ­ É assegurado ao funcionário o direito de requerer ou representar.
 
Art.  192  ­  O  requerimento  será  dirigido  à  autoridade  competente  para  decidi­lo  e  encaminhado  por  intermédio
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
 
Art. 193 ­ O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira
decisão, não podendo ser renovado.
Parágrafo  único  ­  O  requerimento  e  o  pedido  de  reconsideração  de  que  tratam  os  artigos  anteriores  deverão  ser
despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta, improrrogáveis.
 
Art. 194 ­ Caberá recurso:
I ­ do indeferimento do pedido de reconsideração;
II ­ das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
§ 1º ­ O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão
e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
§ 2º ­ No encaminhamento do recurso observar­se­á o disposto na parte final do art. 192.
 
Art.  195  ­  Os  pedidos  de  reconsideração  e  os  recursos  que  não  têm  efeito  suspensivo;  os  que  forem  providos,
porém,  darão  lugar  às  retificações  necessárias,  retroagindo  os  seus  efeitos  à  data  do  ato  impugnado,  desde  que  outra
solução jurídica não determine a autoridade, quanto aos efeitos relativos ao passado.
 

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Art. 196 ­ O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá, em geral, nos mesmos prazos fixados para as
ações próprias cabíveis no judiciário, quanto à espécie.
Parágrafo  único  ­  Se  não  for  o  caso  de  direito  que  dê  oportunidade  à  ação  judicial,  prescreverá  a  faculdade  de
pleitear  na  esfera  administrativa,  dentro  de  120  dias  a  contar  da  data  da  publicação  oficial  do  ato  impugnado  ou,  quando
este for da natureza reservada, da data da ciência do interessado.
 
Art. 197 ­ O funcionário que se dirigir ao Poder Judiciário ficará obrigado a comunicar essa iniciativa a seu chefe
imediato para que este providencie a remessa do processo, se houver, ao juiz competente, como peça instrutiva da ação
judicial.
 
Art. 198 ­ São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo.
 
CAPÍTULO XV
Da Acumulação
(Vide art. 12 da Lei nº 18.185, de 4/6/2009.)
 
Art. 199 ­ É vedada a acumulação de cargo, exceto as previstas nos artigos 61, número I e 137, da Constituição
Estadual.
(Vide art. 25 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 200 ­ É vedada, ainda, a acumulação de funções ou de cargos e funções do Estado, ou do Estado com os da
União ou Município e com os das entidades autárquicas.
Parágrafo  único  ­  Não  se  compreende  na  proibição  deste  artigo  a  acumulação  de  cargo  ou  função  com  a
gratificação de função.
(Vide art. 25 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
CAPÍTULO XVI
Das Concessões
 
(Vide art. 12 da Lei nº 18.185, de 4/6/2009.)
 
Art.  201  ­  Sem  prejuízo  do  vencimento,  remuneração  ou  qualquer  outro  direito  ou  vantagem  legal,  o  funcionário
poderá faltar ao serviço até oito dias consecutivos por motivo de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, filhos, pais ou irmãos.
 
Art.  202  ­  Ao  funcionário  licenciado  para  tratamento  de  saúde  poderá  ser  concedido  transporte,  inclusive  para  as
pessoas de sua família, por conta do Estado, fora da sede de serviço, se assim o exigir o laudo médico oficial.
 
Art.  203  ­  Poderá  ser  concedido  transporte  à  família  do  funcionário,  quando  este  falecer  fora  da  sede  de  seus
trabalhos, no desempenho de serviço.
 
Art. 204 ­ (Revogado pelo art. 6º da Lei Complementar nº 70, de 30/7/2003.)
Dispositivo revogado:

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“Art.  204  ­  Ao  cônjuge,  ou,  na  falta  deste,  à  pessoa  que  provar  ter  feito  despesas  em  virtude  do  falecimento  do
funcionário  na  ativa  ou  em  disponibilidade,  será  concedida,  a  título  de  funeral,  importância  correspondente  a  um  mês  de
vencimento ou remuneração.
§ 1º ­ A despesa correrá pela dotação própria do cargo, não podendo, por esse motivo, o nomeado, para preenchê­
lo, entrar em exercício antes de decorridos trinta dias do falecimento do seu antecessor.
§ 2º ­ O pagamento será efetuado, pela respectiva repartição pagadora, no dia em que lhe forem apresentados o
atestado de óbito, se houver cônjuge, ou os comprovantes das despesas, em se tratando de outra pessoa.”
(Artigo com redação dada pelo art. 27 da Lei n° 3.422, de 8/10/1965.)
(Vide art. 24 da Lei nº 8.798, de 30/4/1985.)
(Vide art. 68 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  205  ­  O  vencimento  ou  a  remuneração  do  funcionário  em  atividade  ou  em  disponibilidade  e  o  provento
atribuído ao que estiver aposentado não poderão sofrer outros descontos que não sejam previstos em lei.
 
Art. 206 ­ A administração, em igualdade de condições, preferirá para transferência ou remoção da localidade onde
trabalha, o funcionário que não seja estudante.
 
Art.  207  ­  Ao  funcionário  estudante  matriculado  em  estabelecimento  de  ensino  será  concedido,  sempre  que
possível, horário especial de trabalho que possibilite a freqüência regular às aulas.
Parágrafo  único  ­  Ao  funcionário  estudante  será  permitido  faltar  ao  serviço,  sem  prejuízo  do  vencimento,
remuneração ou vantagens decorrentes do exercício, nos dias de prova ou de exame.
 
TÍTULO VIII
Dos Deveres e da Ação Disciplinar
CAPÍTULO I
Das Responsabilidades
(Vide art. 12 da Lei nº 18.185, de 4/6/2009.)
 
Art. 208 ­ Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente.
(Vide arts. 4º, 16 e 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  209  ­  A  responsabilidade  civil  decorre  de  procedimento  doloso  ou  culposo,  que  importe  em  prejuízo  da
Fazenda Estadual, ou de terceiro.
§  1º  ­  A  indenização  de  prejuízo  causado  à  Fazenda  Estadual  no  que  exceder  as  forças  da  fiança,  poderá  ser
liquidada mediante o desconto em prestações mensais não excedentes da décima parte do vencimento ou remuneração, à
míngua de outros bens que respondam pela indenização.
§  2º  ­  Tratando­se  de  dano  causado  a  terceiro,  responderá  o  funcionário  perante  a  Fazenda  Estadual,  em  ação
regressiva,  proposta  depois  de  transitar  em  julgado  a  decisão  de  última  instância  que  houver  condenado  a  Fazenda  a
indenizar o terceiro prejudicado.
(Vide arts. 4º, 16 e 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  210  ­  A  responsabilidade  penal  abrange  os  crimes  e  contravenções  imputados  ao  funcionário,  nessa
qualidade.
(Vide art. 4º, 16 e 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 

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Art.  211  ­  A  responsabilidade  administrativa  resulta  de  atos  ou  omissões  praticados  no  desempenho  do  cargo  ou
função.
(Vide arts. 4º, 16 e 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  212  ­  As  cominações  civis,  penais  e  disciplinares  poderão  cumular­se,  sendo  umas  e  outras  independentes
entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.
(Vide arts. 4º, 16 e 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
CAPÍTULO II
Da Prisão Preventiva e da Suspensão Preventiva
 
Art.  213  ­  Cabe,  dentro  das  respectivas  competências,  aos  Secretários  de  Estado  e  aos  Diretores  de
Departamentos  diretamente  subordinados  ao  Governador  do  Estado,  ordenar  a  prisão  administrativa  de  todo  ou  qualquer
responsável pelos dinheiros e valores pertencentes à Fazenda Estadual ou que se acharem sob a guarda desta, nos casos
de alcance ou omissão em efetuar as entradas nos devidos prazos.
§ 1º ­ A autoridade que ordenar a prisão comunicará o fato imediatamente à autoridade judiciária competente, para
os devidos efeitos.
§  2º  ­  Providenciará,  ainda,  no  sentido  de  ser  iniciado  com  urgência  e  imediatamente  concluído  o  processo  de
tomada de contas.
§ 3º ­ A prisão administrativa não poderá exceder a noventa dias.
 
Art. 214 ­ Poderá ser ordenada, pelo Secretário de Estado e Diretores de Departamentos diretamente subordinados
ao Governador do Estado, dentro da respectiva competência, a suspensão preventiva do funcionário, até trinta dias, desde
que  seu  afastamento  seja  necessário  para  a  averiguação  de  faltas  cometidas,  podendo  ser  prorrogada  até  noventa  dias,
findos os quais cessarão os efeitos da suspensão, ainda que o processo administrativo não esteja concluído.
 
Art. 215 ­ O funcionário terá direito:
I  ­  à  contagem  de  tempo  de  serviço  relativo  ao  período  da  prisão  ou  da  suspensão,  quando  do  processo  não
resultar punição, ou esta se limitar às penas de advertências, multa ou repreensão;
II ­ à diferença de vencimento ou remuneração e à contagem de tempo de serviço correspondente ao período de
afastamento excedente do prazo de suspensão efetivamente aplicada.
 
CAPÍTULO III
Dos Deveres e Proibições
 
Art. 216 ­ São deveres do funcionário:
I ­ assiduidade;
II ­ pontualidade;
III ­ discrição;
IV ­ urbanidade;
V ­ lealdade às instituições constitucionais e administrativas a que servir;
VI ­ observância das normas legais e regulamentares;
VII ­ obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
VIII ­ levar ao conhecimento da autoridade superior irregularidade de que tiver ciência em razão do cargo;
IX ­ zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;

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X ­ providenciar para que esteja sempre em ordem no assentamento individual a sua declaração de família;
XI ­ atender prontamente:
a) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;
b) à expedição das certidões requeridas para a defesa de direito.
(Vide art. 172 da Lei nº 7.109, de 13/10/1977.)
 
Art. 217 ­ Ao funcionário é proibido:
I ­ referir­se de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e atos da administração
pública, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá­los do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço;
II ­ retirar sem prévia autorização da autoridade competente qualquer documento ou objeto da repartição;
III ­ promover manifestações de apreço ou desapreço e fazer circular ou subscrever lista de donativos no recinto
da repartição;
IV ­ valer­se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função;
V ­ coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza partidária;
VI ­ participar da gerência ou administração de empresa comercial ou industrial, salvo os casos expressos em lei;
VII ­ exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista, quotista ou comandatário;
VIII ­ praticar a usura em qualquer de suas formas;
IX ­ pleitear, como procurador ou intermediário, junto às repartições públicas, salvo quando se tratar de percepção
de vencimentos e vantagens, de parente até segundo grau;
X ­ receber propinas, comissões, presentes e vantagens de qualquer espécie em razão das atribuições;
XI  ­  contar  a  pessoa  estranha  à  repartição,  fora  dos  casos  previstos  em  lei,  o  desempenho  de  encargo  que  lhe
competir ou a seus subordinados.
(Vide art. 173 da Lei nº 7.109, de 13/10/1977.)
 
CAPÍTULO IV
Da apuração de irregularidades
SEÇÃO I
Do processo administrativo
 
(Vide art. 10 da Lei Complementar nº 71, de 30/7/2003.)
(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 116, de 11/1/2011.)
 
Art. 218 ­ A autoridade que tiver ciência ou notícia da ocorrência de irregularidades no serviço público é obrigado a
promover­lhe a apuração imediata por meio de sumários, inquérito ou processo administrativo.
Parágrafo único ­ O processo administrativo precederá sempre à demissão do funcionário.
(Artigo com redação dada pelo art. 8º da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 10 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art. 219 ­ São competentes para determinar a instauração do processo administrativo os Secretários de Estado e
os Diretores de Departamentos diretamente subordinados ao Governador do Estado.
(Vide art. 11 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 220 ­ O processo administrativo constará de duas fases distintas:

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a) inquérito administrativo;
b) processo administrativo propriamente dito.
§ 1º ­ Ficará dispensada a fase do inquérito administrativo quando forem evidentes as provas que demonstrem a
responsabilidade do indiciado ou indiciados.
§  2º  ­  O  inquérito  administrativo  se  constituirá  de  averiguação  sumária,  sigilosa,  de  que  se  encarregarão
funcionários  designados  pelas  autoridades  a  que  se  refere  o  art.  219  e  deverá  ser  iniciado  e  concluído  no  prazo
improrrogável de 30 dias a partir da data de designação.
§  3º  ­  Os  funcionários  designados  para  proceder  ao  inquérito,  salvo  autorização  especial  da  autoridade
competente,  não  poderão  exercer  outras  atribuições  além  das  de  pesquisas  e  averiguação  indispensável  à  elucidação  do
fato, devendo levar as conclusões a que chegarem ao conhecimento da autoridade competente, com a caracterização dos
indiciados.
§ 4º ­ Nenhuma penalidade, exceto repreensão, multa e suspensão, poderá decorrer das conclusões a que chegar
o inquérito, que é simples fase preliminar do processo administrativo.
(Parágrafo vetado e com redação dada pelo art. 9º da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
§  5º  ­  Os  funcionários  encarregados  do  inquérito  administrativo  dedicarão  todo  o  seu  tempo  aos  trabalhos  do
mesmo, sem prejuízo de vencimento, remuneração ou vantagem decorrente do exercício.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  221  ­  O  processo  administrativo  será  realizado  por  uma  comissão,  designada  pela  autoridade  que  houver
determinado a sua instauração e composta de três funcionários estáveis.
§ 1º ­ A autoridade indicará, no ato da designação, um dos funcionários para dirigir, como presidente, os trabalhos
da comissão.
§ 2º ­ O presidente designará um dos outros componentes da comissão para secretariá­la.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  222  ­  Os  membros  da  comissão  dedicarão  todo  o  seu  tempo  aos  trabalhos  da  mesma,  ficando,  por  isso,
automaticamente  dispensados  do  serviço  de  sua  repartição,  sem  prejuízo  do  vencimento,  remuneração  ou  vantagens
decorrentes do exercício, durante a realização das diligências que se tornarem necessárias.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 223 ­ O processo administrativo deverá ser iniciado dentro do prazo, improrrogável, de três dias contados da
data da designação dos membros da comissão e concluído no de sessenta dias, a contar da data de seu início.
Parágrafo único ­ Por motivo de força­maior, poderá a autoridade competente prorrogar os trabalhos da comissão
pelo máximo de 30 dias.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  224  ­  A  comissão  procederá  a  todas  as  diligências  que  julgar  convenientes,  ouvindo,  quando  necessário,  a
opinião de técnicos ou peritos.
Parágrafo  único  ­  Terá  o  funcionário  indiciado  o  direito  de,  pessoalmente  ou  por  procurador,  acompanhar  todo  o
desenvolver  do  processo,  podendo,  através  do  seu  defensor,  indicar  e  inquirir  testemunhas,  requerer  juntada  de
documentos, vista do processo em mãos da comissão e o mais que for necessário a bem de seu interesse, sem prejuízo
para o andamento normal do trabalho.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 

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Art.  225  ­  Ultimado  o  processo,  a  comissão  mandará,  dentro  de  quarenta  e  oito  horas,  citar  o  acusado  para,  no
prazo de dez dias, apresentar defesa.
Parágrafo único ­ Achando­se o acusado em lugar incerto, a citação será feita por edital publicado no órgão oficial,
durante  oito  dias  consecutivos.  Neste  caso,  o  prazo  de  dez  dias  para  apresentação  da  defesa  será  contado  da  data  da
última publicação do edital.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  226  ­  No  caso  de  revelia,  será  designado,  "ex­officio",  pelo  presidente  da  comissão,  um  funcionário  para  se
incumbir da defesa.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 227 ­ Esgotado o prazo referido no art. 225, a comissão apreciará a defesa produzida e, então, apresentará o
seu relatório, dentro do prazo de dez dias.
§ 1º ­ Neste relatório, a comissão apreciará em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que
forem acusados, as provas colhidas no processo, as razões de defesa, propondo, então, justificadamente, a absolvição ou
a punição, e indicando, neste caso, a pena que couber.
§  2º  ­  Deverá,  também,  a  comissão  em  seu  relatório,  sugerir  quaisquer  outras  providências  que  lhe  pareçam  de
interesse do serviço público.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  228  ­  Apresentado  o  relatório,  os  componentes  da  comissão  assumirão  o  exercício  de  seus  cargos,  mas
ficarão à disposição da autoridade que houver mandado instaurar o processo para a prestação de qualquer esclarecimento
julgado necessário.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  229  ­  Entregue  o  relatório  da  comissão,  acompanhado  do  processo,  à  autoridade  que  houver  determinado  à
sua instauração, essa autoridade deverá proferir o julgamento dentro do prazo improrrogável de sessenta dias.
Parágrafo  único  ­  Se  o  processo  não  for  julgado  no  prazo  indicado  neste  artigo,  o  indiciado  reassumirá,
automaticamente,  o  exercício  de  seu  cargo  ou  função,  e  aguardará  em  exercício  o  julgamento,  salvo  o  caso  de  prisão
administrativa que ainda perdure.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  230  ­  Quando  escaparem  à  sua  alçada  as  penalidades  e  providências  que  lhe  parecerem  cabíveis,  a
autoridade que determinou a instauração do processo administrativo, propô­las­á dentro do prazo marcado para julgamento,
à autoridade competente.
§ 1º ­ Na hipótese deste artigo, o prazo para julgamento final será de quinze dias, improrrogável.
§ 2º ­ A autoridade julgadora promoverá as providências necessárias à sua execução.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 231 ­ As decisões serão sempre publicadas no órgão oficial, dentro do prazo de oito dias.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 232 ­ Quando ao funcionário se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade que determinar
a instauração do processo administrativo providenciará para que se instaure simultaneamente o inquérito policial.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)

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Art.  233  ­  Quando  a  infração  estiver  capitulada  na  lei  penal,  será  remetido  o  processo  à  autoridade  competente,
ficando traslado na repartição.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 234 ­ No caso de abandono do cargo ou função, de que cogita o art. 249, II, deste Estatuto, o presidente da
comissão de processo promoverá a publicação, no órgão oficial, de editais de chamamento, pelo prazo de vinte dias, se o
funcionário estiver ausente do serviço, em edital de citação, pelo mesmo prazo, se já tiver reassumido o exercício.
Parágrafo  único  ­  Findo  o  prazo  fixado  neste  artigo,  será  dado  início  ao  processo  normal,  com  a  designação  de
defensor "ex­officio", se não comparecer o funcionário, e, não tendo sido feita a prova da existência de força­maior ou de
coação ilegal, a comissão proporá a expedição do decreto de demissão, na conformidade do art. 249, item II.
(Vide § 4º do art. 4º da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
SEÇÃO II
Revisão do Processo Administrativo
(Vide art. 10 da Lei Complementar nº 71, de 30/7/2003.)
 
Art. 235 ­ A qualquer tempo pode ser requerida a revisão de processo administrativo, em que se impôs a pena de
suspensão,  multa,  destituição  de  função,  demissão  a  bem  do  serviço  público,  desde  que  se  aduzam  fatos  ou
circunstâncias susceptíveis de justificar a inocência do acusado.
Parágrafo único ­ Tratando­se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida por qualquer
pessoa relacionada no assentamento individual.
(Vide Lei nº 14.184, de 31/1/2002.
 
Art.  236  ­  Além  das  peças  necessárias  à  comprovação  dos  fatos  argüidos,  o  requerimento  será  obrigatoriamente
instruído com certidão do despacho que impôs a penalidade.
Parágrafo único ­ Não constitui fundamento para revisão a simples alegação de injustiça da penalidade.
 
Art. 237 ­ O requerimento será dirigido ao Governador do Estado, que o despachará à repartição onde se originou o
processo.
Parágrafo  único  ­  Se  o  Governador  do  Estado  julgar  insuficientemente  instruído  o  pedido  de  revisão,  indeferi­lo­á
"in limine".
 
Art.  238  ­  Recebido  o  requerimento  despachado  pelo  Governador  do  Estado,  o  chefe  da  repartição  o  distribuirá  a
uma comissão composta de três funcionários de categoria igual ou superior à do acusado, indicando o que deve servir de
presidente, para processar a revisão.
 
Art. 239 ­ O requerimento será apenso ao processo ou à sua cópia (art. 233) marcando­se ao interessado o prazo
de dez dias para contestar os fundamentos da acusação constantes do mesmo processo.
§ 1º ­ É impedido de funcionar na revisão quem compôs a comissão do processo administrativo.
§ 2º ­ Se o acusado pretender apresentar prova testemunhal deverá arrolar os nomes no requerimento de revisão.
§ 3º ­ O presidente da comissão de revisão designará um de seus membros para secretariá­la.
(Vide art. 10 da Lei Complementar nº 71, de 30/7/2003.)
 

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Art.  240  ­  Concluída  a  instrução  do  processo,  será  ele,  dentro  de  dez  dias,  encaminhado  com  relatório  da
comissão ao Governador do Estado, que o julgará.
Parágrafo  único  ­  Para  esse  julgamento,  o  Governador  do  Estado  terá  o  prazo  de  vinte  dias,  podendo  antes
determinar diligências que entenda necessárias ao melhor esclarecimento do processo.
 
Art. 241 ­ Julgando procedente a revisão, o Governador do Estado tornará sem efeito as penalidades aplicadas ao
acusado.
 
Art. 242 ­ O julgamento favorável do processo implicará também o restabelecimento de todos os direitos perdidos
em conseqüência da penalidade aplicada.
 
Art.  243  ­  Quando  o  acusado  pertencer  ou  houver  pertencido  a  órgão  diretamente  subordinado  ao  Governador  do
Estado, ao Secretário de Estado dos Negócios do Interior, competirá despachar o requerimento de revisão e julgá­lo, afinal.
 
CAPÍTULO V
Das Penalidades
 
(Vide art. 12 da Lei nº 18.185, de 4/6/2009.)
 
Art. 244 ­ São penas disciplinares:
I ­ Repreensão;
II ­ Multa;
III ­ Suspensão;
IV ­ Destituição de função;
V ­ Demissão;
VI ­ Demissão a bem do serviço público.
Parágrafo único ­ A aplicação das penas disciplinares não se sujeita à seqüência estabelecida neste artigo, mas é
autônoma, segundo cada caso e consideradas a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o
serviço público.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 245 ­ A pena de repreensão será aplicada por escrito em caso de desobediência ou falta de cumprimento de
deveres.
Parágrafo  único  ­  Havendo  dolo  ou  má­fé,  a  falta  de  cumprimento  de  deveres,  será  punida  com  a  pena  de
suspensão.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 246 ­ A pena de suspensão será aplicada em casos de:
I ­ Falta grave;
II ­ Recusa do funcionário em submeter­se à inspeção médica quando necessária;
III ­ Desrespeito às proibições consignadas neste Estatuto;
IV ­ Reincidência em falta já punida com repreensão;
V ­ Recebimento doloso e indevido de vencimento, ou remuneração ou vantagens;
VI ­ Requisição irregular de transporte;
VII ­ Concessão de laudo médico gracioso.

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§ 1º ­ A pena de suspensão não poderá exceder de noventa dias.
§ 2º ­ O funcionário suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do cargo.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 247 ­ A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 248 ­ A destituição de função dar­se­á:
I ­ quando se verificar a falta de exação no seu desempenho;
II ­ quando se verificar que, por negligência ou benevolência, o funcionário contribuiu para que se não apurasse, no
devido tempo, a falta de outro.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 249 ­ A pena de demissão será aplicada ao servidor que:
I ­ acumular, ilegalmente, cargos, funções ou cargos com funções;
II ­ incorrer em abandono de cargo ou função pública pelo não comparecimento ao serviço sem causa justificada
por mais de trinta dias consecutivos ou mais de noventa dias não consecutivos em um ano;
III ­ aplicar indevidamente dinheiros públicos;
IV ­ exercer a advocacia administrativa;
V ­ receber em avaliação periódica de desempenho:
a) dois conceitos sucessivos de desempenho insatisfatório;
b) três conceitos interpolados de desempenho insatisfatório em cinco avaliações consecutivas; ou
c) quatro conceitos interpolados de desempenho insatisfatório em dez avaliações consecutivas.
Parágrafo  único.  Receberá  conceito  de  desempenho  insatisfatório  o  servidor  cuja  avaliação  total,  considerados
todos os critérios de julgamento aplicáveis em cada caso, seja inferior a 50% (cinqüenta por cento) da pontuação máxima
admitida.
(Artigo com redação dada pelo art. 8º da Lei Complementar nº 71, de 30/7/2003.)
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
(Vide art. 24 da Lei Complementar nº 81, de 10/8/2004.)
 
Art. 250 ­ Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço ao funcionário que:
I ­ for convencido de incontinência pública e escandalosa, de vício de jogos proibidos e de embriaguez habitual;
II ­ praticar crime contra a boa ordem e administração pública e a Fazenda Estadual;
III ­ revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função, desde que o faça dolosamente e
com prejuízo para o Estado ou particulares;
IV ­ praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em legítima defesa;
V ­ lesar os cofres públicos ou delapidar o patrimônio do Estado;
VI ­ receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 251 ­ O ato que demitir o funcionário mencionará sempre a disposição legal em que se fundamenta.
Parágrafo  único  ­  Uma  vez  submetidos  a  processo  administrativo,  os  funcionários  só  poderão  ser  exonerados
depois da conclusão do processo e de reconhecida a sua culpabilidade.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 

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Art. 252 ­ Para aplicação das penas do art. 244 são competentes:
I ­ o chefe do Governo, nos casos de demissão;
II  ­  os  Secretários  de  Estado  e  Diretores  de  Departamentos  diretamente  subordinados  ao  Governador  do  Estado,
nos casos de suspensão por mais de trinta dias;
III ­ os chefes de Departamentos, nos casos de repreensão e suspensão até trinta dias.
Parágrafo único ­ A aplicação da pena de destituição de função caberá à autoridade que houver feito a designação.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  253  ­  Deverão  constar  do  assentamento  individual  todas  as  penas  impostas  ao  funcionário,  inclusive  as
decorrentes da falta de comparecimento às sessões do júri para que for sorteado.
§  1º  ­  Além  da  pena  judicial  que  couber,  serão  considerados  como  de  suspensão  os  dias  em  que  o  funcionário
deixar de atender às convocações do juiz, sem motivo justificado.
§ 2º ­ O funcionário poderá requerer reabilitação administrativa, que consiste na retirada, dos registros funcionais,
das anotações das penas de repreensão, multa, suspensão e destituição de função, observado o decurso de tempo assim
estabelecido:
1  ­  três  (3)  anos  para  as  penas  de  suspensão  compreendidas  entre  sessenta  (60)  a  noventa  (90)  dias  ou
destituição de função;
2 ­ dois (2) anos para as penas de suspensão compreendidas entre trinta (3) e sessenta (60) dias;
3 ­ um (1) ano para as penas de suspensão de um (1) a trinta (30) dias, repreensão ou multa.
§  3º  ­  Os  prazos  a  que  se  refere  o  parágrafo  anterior  serão  contados  a  partir  do  cumprimento  integral  das
respectivas penalidades.
§ 4º ­ A reabilitação administrativa estende­se ao aposentado, desde que ocorram os requisitos a ela vinculados.
§ 5º ­ Em nenhum caso a reabilitação importará direito a ressarcimento, restituição ou indenização de vencimentos
ou vantagens não percebidos no período de duração da pena.
§ 6º ­ A reabilitação será concedida uma única vez.
§ 7º ­ Os procedimentos para o instituto da reabilitação serão definidos em decreto.
§ 8º ­ É da competência do Secretário de Administração decidir sobre a reabilitação, ouvido, previamente, o titular
da repartição de exercício do funcionário.
(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 9.442, de 22/10/1987.)
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  254  ­  Verificado,  em  qualquer  tempo,  ter  sido  gracioso  o  laudo  da  junta  médica,  o  órgão  competente
promoverá a punição dos responsáveis, incorrendo o funcionário, a que aproveitar a fraude, na pena de suspensão, e, na
reincidência, na de demissão, e os médicos em igual pena, se forem funcionários sem prejuízo da ação penal que couber.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  255  ­  O  funcionário  que  não  entrar  em  exercício  dentro  do  prazo  será  demitido  do  cargo  ou  destituído  da
função.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 256 ­ Terá cassada a licença e será demitido do cargo o funcionário licenciado para tratamento de saúde que
se dedicar a qualquer atividade remunerada.
(Artigo com redação dada pelo art. 10 da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 

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Art.  257  ­  Será  cassada,  por  decreto  do  Governador  do  Estado,  a  aposentadoria  ou  disponibilidade,  se  ficar
provado, em processo, que o aposentado ou funcionário em disponibilidade:
I  ­  praticou,  quando  em  atividade,  qualquer  dos  atos  para  os  quais  é  cominada  neste  Estatuto  a  pena  de
demissão, ou de demissão a bem do serviço público;
II ­ aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
III ­ aceitou representação de Estado estrangeiro, sem prévia autorização do Governador do Estado;
IV ­ praticou a usura, em qualquer de suas formas.
Parágrafo único ­ Será igualmente cassada a disponibilidade do servidor que não assumir, no prazo legal, o cargo
ou função em que for aproveitado.
(Artigo com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 2.364, de 13/1/1961.)
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  258  ­  As  penas  de  repreensão,  multa  e  suspensão  prescrevem  no  prazo  de  dois  anos  e  a  de  demissão,  por
abandono do cargo, no prazo de quatro anos.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 259 ­ No caso do art. 249, item I, provada a boa­fé, poderá o servidor optar, obedecidas as seguintes normas:
a)  tratando­se  do  exercício  acumulado  de  cargo,  funções  ou  cargos  e  funções  do  Estado,  mediante  simples
requerimento, de próprio punho e firma reconhecida, dirigido ao Governador do Estado;
b)  quando  forem  os  cargos  ou  funções  acumulados  de  esferas  diversas  da  Administração  ­  União,  Estado,
Município  ou  entidade  autárquica,  mediante  requerimento,  na  forma  da  alínea  anterior,  e  dada  ciência  imediata  do  fato  à
outra entidade interessada.
Parágrafo  único  ­  Se  não  for  provada  em  processo  administrativo  a  boa­fé,  o  servidor  será  demitido  do  cargo  ou
destituído  da  função  estadual,  sendo  cientificado  também,  neste  caso,  a  outra  entidade  interessada  e  ficando  o  servidor
ainda inabilitado, pelo prazo de 5 anos, para o exercício de cargos ou funções do Estado.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  260  ­  O  funcionário  que  indevidamente  receber  diária  será  obrigado  a  restituir,  de  uma  só  vez,  a  importância
recebida, ficando ainda sujeito a punição disciplinar a que se refere o art. 246, item V.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  261  ­  Será  punido  com  a  pena  de  suspensão,  e,  na  reincidência,  com  a  de  demissão,  o  funcionário  que,
indevidamente,  conceder  diárias,  com  o  objetivo  de  remunerar  outros  serviços  ou  encargos,  ficando  ainda  obrigado  à
reposição da importância correspondente.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  262  ­  Será  responsabilizado  pecuniariamente,  sem  prejuízo  da  sanção  disciplinar  que  couber,  o  chefe  de
repartição que ordenar a prestação de serviço extraordinário, sem que disponha do necessário crédito.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 263 ­ O funcionário que processar o pagamento de serviço extraordinário, sem observância do disposto nesta
lei, ficará obrigado a recolher aos cofres do Estado a importância respectiva.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 

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Art. 264 ­ Será punido com a pena de suspensão e, na reincidência, com a de demissão a bem do serviço público,
o funcionário que atestar falsamente a prestação de serviço extraordinário.
Parágrafo  único  ­  O  funcionário  que  se  recusar,  sem  justo  motivo,  à  prestação  de  serviço  extraordinário  será
punido com a pena de suspensão.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 265 ­ Comprovada a flagrante desnecessidade da antecipação ou prorrogação do período de trabalho, o chefe
da repartição que o tiver ordenado responderá pecuniariamente pelo serviço extraordinário.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  266  ­  Da  infração  do  disposto  no  art.  119  resultará  demissão  do  funcionário  por  procedimento  irregular,  e
imediata reposição aos cofres públicos da importância recebida, pela autoridade ordenadora do pagamento.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  267  ­  Serão  considerados  como  falta  os  dias  em  que  o  funcionário  licenciado  para  tratamento  de  saúde,
considerado apto em inspeção médica "ex­officio", deixar de comparecer ao serviço.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art. 268 ­ O responsável por alcance ou desvio de material não ficará isento da ação administrativa e criminal que
couber, ainda que o valor da fiança seja superior ao prejuízo verificado.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  269  ­  Nos  casos  de  indenização  à  Fazenda  Estadual,  o  funcionário  será  obrigado  a  repor,  de  uma  só  vez,  a
importância  do  prejuízo  causado  em  virtude  de  alcance,  desfalque  ou  omissão  em  efetuar  recolhimento  ou  entradas  nos
prazos legais.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  270  ­  Fora  dos  casos  incluídos  no  artigo  anterior,  a  importância  da  indenização  poderá  ser  descontada  do
vencimento ou remuneração, não excedendo o desconto à quinta parte de sua importância líquida.
Parágrafo único ­ O desconto poderá ser integral, quando o funcionário, para se esquivar ao ressarcimento devido,
solicitar exoneração ou abandonar o cargo.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  271  ­  Será  suspenso  por  noventa  dias,  e,  na  reincidência  demitido  o  funcionário  que  fora  dos  casos
expressamente previstos em lei, regulamentos ou regimentos, cometer à pessoas estranhas às repartições, o desempenho
de encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  272  ­  A  infração  do  disposto  no  art.  162  importará  a  perda  total  do  vencimento  ou  remuneração  e,  se  a
ausência exceder a trinta dias, a demissão por abandono do cargo.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
Art.  273  ­  A  responsabilidade  administrativa  não  exime  o  funcionário  da  responsabilidade  civil  ou  criminal  que  no
caso couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado o exime da pena disciplinar em que incorrer.
(Vide § 1º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)

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Art.  274  ­  A  autoridade  que  deixar  de  proferir  o  julgamento  em  processo  administrativo  no  prazo  marcado  no  art.
229, será responsabilizada pelos prejuízos que advierem do retardamento da decisão.
(Vide §§ 1º e 4º do art. 4º e art. 29 da Constituição do Estado de Minas Gerais.)
 
TÍTULO IX
Das Disposições Finais e Transitórias
 
Art.  275  ­  A  nomeação  de  funcionário  obedecerá  a  ordem  de  classificação  dos  candidatos  habilitados  em
concurso.
 
Art. 276 ­ É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens de parentes até segundo grau, salvo quando se tratar
de função de imediata confiança e de livre escolha, não podendo exceder a dois o número de auxiliares nessas condições.
 
Art. 277 ­ Poderá ser estabelecido o regime do tempo integral para os cargos ou funções que a lei determinar.
(Vide art. 22 da Lei n° 3.422, de 8/10/1965.)
 
Art.  278  ­  O  órgão  competente  fornecerá  ao  funcionário  uma  caderneta  de  que  constarão  os  elementos  de  sua
identificação e onde se registrarão os atos e fatos de sua vida funcional, essa caderneta valerá como prova de identidade,
para todos os efeitos, e será gratuita.
 
Art.  279  ­  Considerar­se­ão  da  família  do  funcionário,  desde  que  vivam  às  suas  expensas  e  constem  do  seu
assentamento individual:
I ­ o cônjuge;
II ­ as filhas, enteadas, sobrinhas e irmãs solteiras e viúvas;
III ­ os filhos, enteados, sobrinhos e irmãos menores de 18 anos ou incapazes;
IV ­ os pais;
V ­ os netos;
VI ­ os avós;
VII ­ os amparados pela delegação do pátrio poder.
 
Art.  280  ­  Os  prazos  previstos  neste  Estatuto  serão,  todos,  contados  por  dias  corridos,  salvo  as  exceções
previstas em lei.
 
Art.  281  ­  O  provimento  nos  cargos  e  transferências,  a  substituição  e  as  férias,  bem  como  o  vencimento  e  as
demais  vantagens  dos  cargos  de  Magistério  e  do  Ministério  Público  continuam  a  ser  reguladas  pelas  respectivas  leis
especiais, aplicadas subsidiariamente às disposições deste Estatuto.
 
Art.  282  ­  Nenhum  imposto  ou  taxa  estadual  gravará  vencimento,  remuneração  ou  gratificação  do  funcionário,  o
ato de sua nomeação, bem como os demais atos, requerimentos, recursos ou títulos referentes à sua vida funcional.
Parágrafo único ­ O vencimento da disponibilidade e o provento da aposentadoria não poderão, igualmente, sofrer
qualquer desconto por cobrança de impostos ou taxas estaduais.
 
Art. 283 ­ Para os efeitos do art. 111, será contado o tempo de efetivo exercício prestado pelo servidor em cargo
ou função de chefia anteriormente à vigência da Lei 858, de 29 de dezembro de 1951.

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Art. 284 ­ Nas primeiras promoções que se verificarem após a vigência desta lei, será observado o disposto no art.
46 da Lei 858, de 29 de dezembro de 1951.
 
Art.  285  ­  Os  decretos  de  provimento  de  cargos  públicos,  as  designações  para  função  gratificada,  bem  como
todos os atos ou portarias relativas a direitos, vantagens, concessões e licenças só produzirão efeito depois de publicados
no órgão oficial.
 
Art. 286 ­ (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 70,de 30/7/2003.)
Dispositivo revogado:
“Art.  286  ­  Ao  funcionário  licenciado  há  mais  de  dez  meses  para  tratamento  de  saúde,  é  assegurado  o  direito,  a
título de auxílio­doença, à percepção de um mês de vencimento.
Parágrafo  único  ­  Quando  se  tratar  de  moléstia  profissional  ou  de  acidente,  nos  termos  do  artigo  170,  o  auxílio­
doença será devido após três meses de licenciamento, sendo repetido quando este atingir um ano.”
(Vide art. 24 da Lei nº 8.798, de 30/4/1985.)
(Vide art. 68 da Lei Complementar nº 64, de 25/3/2002.)
 
Art.  287  ­  Aos  funcionários  que  trabalham  ou  tenham  trabalhado  pelo  menos  cinco  anos  nas  oficinas  do  "Minas
Gerais", em serviço noturno, abonar­se­ão setenta e dois dias, para efeito de aposentadoria, em cada ano que for apurado.
Parágrafo  único  ­  Consideram­se  funcionários  das  oficinas  do  "Minas  Gerais",  para  os  fins  deste  artigo,  os
pertencentes à:
a) revisão;
b) composição;
c) impressão;
d) expedição.
 
Art. 288 ­ Os funcionários da Polícia Civil, que trabalhem em serviço de natureza estritamente policial, terão direito
à  aposentadoria  com  o  vencimento  integral  e  a  incorporação  das  vantagens  a  que  se  refere  o  art.  116  desta  lei,  quando
completarem 25 anos de serviço dedicado exclusivamente às aludidas atividades policiais.
Parágrafo único ­ Consideram­se atividades policiais, para os fins deste artigo, as exercidas por:
a) Delegados de polícia;
b) médicos legistas;
c) investigadores;
d) guardas civis;
e) fiscais e inspetores de trânsito;
f) escrivães e escreventes da polícia;
g) peritos do Departamento da Polícia Técnica.
 
Art. 289 ­ Tem direito à aposentadoria com 25 anos de trabalho o funcionário que, durante este período, trabalhou
12  anos  e  seis  meses,  pelo  menos,  com  Raio  X,  substâncias  radioativas  ou  substâncias  químicas  de  emanações
corrosivas.
 
Art.  290  ­  As  professoras  e  diretoras  do  ensino  primário  que  por  qualquer  circunstância  tenham  prestado  ou
estejam  prestando  serviços  aos  Departamentos  Administrativos  das  Secretarias  do  Estado,  terão  direito  à  contagem  do

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tempo  de  serviço,  para  efeito  do  pagamento  de  seus  quinquênios  e  aposentadoria  no  quadro  a  que  pertencem,  conforme
prevê a Constituição do Estado.
 
Art.  291  ­  O  funcionário,  que,  não  obstante  aposentado,  tenha  permanecido,  a  qualquer  título,  por  exigência  do
serviço, sem solução de continuidade, a serviço do Estado, e ainda permaneça na data desta lei, terá sua aposentadoria
revista,  sendo­lhe  atribuídos  proventos  correspondentes  aos  vencimentos  da  situação  nova,  do  cargo  em  que  aposentou
nos termos da Lei 858, de 29 de dezembro de 1951, e as vantagens da presente lei, relativas à inatividade.
Parágrafo  único  ­  A  prova  dos  requisitos  relacionados  neste  artigo  será  feita  por  certidão  visada  pelo  chefe  da
repartição  onde  trabalhe  o  aposentado  beneficiário,  da  qual  constem  elementos  objetivos  que  atestem  a  permanência  no
serviço e o efetivo exercício, sendo o respectivo título apostilado pela mesma autoridade.
 
Art.  292  ­  Ficam  derrogados  os  artigos  5º  da  Lei  346,  de  30  de  dezembro  de  1948,  e  25,  I,  "a",  da  Lei  347,  da
mesma data, no que se referem ao limite máximo de idade para a admissão de extranumerários.
 
Art.  293  ­  A  concessão  de  diária  ao  funcionário  nos  termos  dos  artigos  139  e  seguintes,  desta  lei,  fica
condicionada a regulamento.
Parágrafo  único  ­  Enquanto  não  for  baixado  o  regulamento  de  que  trata  este  artigo,  as  diárias  serão  concedidas
nos termos da legislação anterior.
(Artigo acrescentado pelo art. 11 da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
 
Art. 294 ­ A concessão de licença para tratamento de saúde, prevista nos artigos 158, item I e 170, desta lei, fica
condicionada a regulamento.
Parágrafo único ­ Enquanto não for baixado o regulamento a que se refere este artigo, as licenças para tratamento
de saúde serão concedidas nos termos da legislação anterior à vigência desta lei.
(Artigo acrescentado pelo art. 12 da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
 
Art. 295 ­ A presente lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
(Artigo renumerado e com redação dada pelo art. 13 da Lei nº 937, de 18/6/1953.)
 
Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram
e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém.
 
Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, 5 de julho de 1952.
 
JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA
Geraldo Starling Soares
José Maria Alkmim
Tristão Ferreira da Cunha
José Esteves Rodrigues
Odilon Behrens
Mário Hugo Ladeira

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Data da última atualização: 6/1/2012.

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