O documento discute a promessa de Jesus em João 14:1-3 sobre o arrebatamento da Igreja. Afirma que Jesus estava confortando e instruindo os discípulos sobre terem fé e esperança em Sua volta. Também analisa passagens em 1 Coríntios 15:52 e 1 Tessalonicenses 4:16-17 que corroboram a doutrina do arrebatamento pré-tribulacional, quando Cristo virá buscar Sua Igreja antes dos juízos da Grande Tribulação.
O documento discute a promessa de Jesus em João 14:1-3 sobre o arrebatamento da Igreja. Afirma que Jesus estava confortando e instruindo os discípulos sobre terem fé e esperança em Sua volta. Também analisa passagens em 1 Coríntios 15:52 e 1 Tessalonicenses 4:16-17 que corroboram a doutrina do arrebatamento pré-tribulacional, quando Cristo virá buscar Sua Igreja antes dos juízos da Grande Tribulação.
O documento discute a promessa de Jesus em João 14:1-3 sobre o arrebatamento da Igreja. Afirma que Jesus estava confortando e instruindo os discípulos sobre terem fé e esperança em Sua volta. Também analisa passagens em 1 Coríntios 15:52 e 1 Tessalonicenses 4:16-17 que corroboram a doutrina do arrebatamento pré-tribulacional, quando Cristo virá buscar Sua Igreja antes dos juízos da Grande Tribulação.
A promessa feita no início do capítulo quatorze de João por Jesus tem
um sentido, também de conforto e instruções finais a seus discípulos, e tem uma conotação escatológica mais incisiva referente ao arrebatamento. Para analisar esse texto iremos dividi-lo em partes, e vamos fazer uma exegese, a fim de compreender alguns sentidos expressos nele contidos. Carson (2007, p.490.)Enfatiza a ocorrência do verbo pisteiuô no imperativo; concedendo a conotação em “confiam em Deus confiam também em mim”. Jesus como nos diz Hendriksen (2004, p.645) “[...] Sabia que a fé deles com a sua ausência pessoal poderia ser minada, porém precisavam permanecer na fé. ” Uma autêntica fé com total segurança, é o que estava esperando Jesus, ao enfatizar que seus discípulos deveriam acreditar e confiar em Cristo realmente. No versículo 2, vemos em destaque as palavras “morada” e “lugar”, sendo mais destacado o termo “monê” que é cognata do verbo “menô” (permanecer, ficar e habitar), segundo nos informa Carson (2007, p.645), ao afirmar que “menô” “Significa exatamente habitação”. Assim podemos perceber que a ênfase está sendo concedida à “casa do Pai”, um local para os seus seguidores habitarem, uma morada eterna. No versículo três, inicia a nossa verificação com maior incidência do arrebatamento ou sua defesa nesta passagem e, a partir de agora ampliaremos sobre a posição dispensacionalista e pré-tribulacionista para o referido texto. Assim, acrescentaremos no transcorrer de nossa abordagem, um subtítulo a este capítulo. Pois, neste versículo está clara, a ênfase da “parusia”, do momento do “encontro” com a Igreja; sendo assim dedicaremos um aparte no capítulo para desenvolvermos uma exegese dentro deste contexto, que nos esclarecerá sobre o arrebatamento.. Concluindo sobre a promessa expressa por Jesus nesta passagem, podemos considerar alguns pontos: Jesus primeiramente está confortando e reanimando os seus discípulos, um segundo aspecto destacado é que Jesus lhes dá a diretriz que precisam ter depois de sua partida: fé, fidelidade e esperança; enfocando estes fatores com progressividade e amplitude. O terceiro aspecto, é a promessa de que os seus seguidores sendo fiéis e permanecendo em Cristo, obterão um lugar, uma “morada” no Céu, para viver com Ele para sempre. No quarto aspecto, observamos o seu retorno e a busca dos fiéis. Cristo virá buscar os seus fiéis, a fim de que estejam com Ele para sempre nos céus. Portanto, essa promessa se encontra dividida em partes, porém todas com o sentido de esperança e retorno, ou seja, escatológico. Parafraseando “fiquem firmes, não desanimem e nem enfraqueçam a fé; permaneçam fiéis. Haverá um retorno, Eu voltarei os levarei para habitar comigo, onde eu estou indo e um dia vocês também comigo estarão”.
1.1.1 A ênfase no arrebatamento em João 14.3
Neste subtítulo do capítulo, utilizaremos alguns pontos da exegese feita
pelo Dr. George Gunn, que nos traz uma visão dispensacionalista e pré- tribulacional; que vai pontuar o seguinte sobre esta passagem:
Ponto principal de Jesus aqui não é ensinar o caminho
posicional justiça, mas para mostrar o caminho de entrada para o céu. Para ter certeza somente aqueles que são posicionalmente justificados vai encontrar essa entrada, mas o ponto principal aqui não é imediato e pessoal; contrário, escatológico e local. Para entender a linguagem de "ir" aqui de Jesus, é importante notar que em todo o evangelho de João, há uma significativa subtema de "ir e vir”. (GUNN, 2001, p.36)
Podemos verificar que o enfatizado é estar se preparando para o retorno
e conseguinte entrada no Céu. Está ressaltado que Jesus está indo e se despedindo, porém, prometendo sua volta, porque se existe um “ir” neste texto, aqui também exclusivamente ocorre um “vir”. O retorno fica, portanto, ressaltado com a informação da partida, pois “ irá ao Pai”, mas “voltará outra vez”. Fica, também, explícito neste texto duas expressões de cunho escatológicos ligadas ao arrebatamento; a “realização e a eminência”. O “ir” indica o retorno que está ligado com uma realização ou tarefa, “preparar”. Jesus está indo realizar a preparação para a recepção da Igreja. Na última ceia, Ele pediu para os discípulos prepararem uma casa para passar com Eles a Páscoa. Agora Ele está anunciando que preparará a morada celestial, para que todos seus seguidores estejam com Ele, assim juntos participarão da ceia com Cristo, Ele prometeu que voltaria a beber do cálice: “[...] Não beberei deste fruto da vide até aquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai” (Mt 26.29p/b); sendo esta a ceia das “bodas do Cordeiro”. Já falamos da realização, agora veremos também no texto de Jo. 14.3 o “retorno”, este com um propósito, buscar sua Igreja, os seus “servos fiéis”, que estiveram se preparando e aguardando o momento do reencontro com o seu Senhor, ou seja, o arrebatamento.
1.1.2 O alerta do Apóstolo Paulo em 1 Coríntios 15.52
O Apóstolo Paulo escreve, não na condição de um profeta, mas como
um hagiógrafo, ou seja, autor sagrado inspirado pelo Espírito Santo. As palavras por Ele pronunciadas sobre o arrebatamento são por Jesus, validadas. Em 1Co 15.52, o Apóstolo Paulo está abordando sobre a ressurreição e trata do assunto detalhadamente, porém não vamos mencionar nada sobre esse tema, tendo em vista, que trataremos do referido assunto em outro capítulo, na sequência desta obra. Portanto, aqui só enfatizaremos os versículos que nos trazem uma maior elucidação pela temática deste livro. Nesta posição, só enfocaremos o versículo cinquenta e dois, a partir do qual será embasada a ocorrência da remoção da Igreja da face da terra, pelo arrebatamento; lembrando que sobre a glorificação, mencionada, trataremos em outro capítulo deste livro. O texto nos traz dois sentidos relevantes sobre o arrebatamento, primeiro sobre tempo, segundo Hendriksen (2003, p.466) “a palavra grega utilizada é átomos, do qual temos a palavra derivada átomo, que se refere a algo tão pequeno que não pode ser mais dividido”. Fica evidente assim que o Apóstolo está concedendo o sentido de mínima fração de tempo, que surpreenderá. O outro sentido relevante é sobre o toque “a última trombeta”, aqui o Apóstolo Paulo não está aludindo às trombetas escatológicas, ou seja, as que fazem parte do grupo de sinais “selos, trombetas e taças” do Apocalipse. Com a conotação, segundo Hendriksen (2003, p.466) de “o toque final na história da redenção”. Outro teólogo renomado que convalida esta tese de Hendriksen é John MacArthur, que assim diz: “Trombeta soará (v.52) para anunciar o fim da era da Igreja, quando todos os crentes serão removidos da terra no arrebatamento (1 Ts 4.16). Esse versículo é bem elucidativo e se relaciona com o mesmo assunto tratado por Paulo aos Tessalonicenses, consolidando a ida da Igreja “nos ares”, encontrar-se com Jesus Cristo.
1.1.3 “Nos ares” (1 Tessalonicense 4.16 e 17)
O Apóstolo Paulo, nesta epístola, enfatiza sobre a parusia, tendo o tema
aparecido desde o princípio, porém tem maior incidência no quarto capítulo. Vemos nestes dois versículos, algumas expressões e acontecimentos relevantes sobre o arrebatamento que pontuaremos adiante. No v.16, veremos primeiro a expressão e ação “descer do céu com alarido”, sobre esta frase e fato a acontecer ainda, diz Glubish:
Haverá um “alarido” (keleusma) este é um termo técnico,
usado em situações militares como um grito de guerra ou ordem autoritária. Alguns o entendem como a ordem de Deus ao seu Filho, para que retorne aos crentes, porém é mais provável que Paulo esteja apresentando aimagem de um anúncio ou de um chamado para que os santos encontrem seu Senhor. (GLUBISH, 2003, p.1396)
Este posicionamento de Glubish nos inteira com a ação tríplice que
ocorrerá no momento glorioso do arrebatamento, primeiro, Jesus virá nos ares, em glória; segundo, um bradar que será o alarido; como uma ordem e grito de vitória final e, terceiro, o soar da trombeta para que os vencedores, a Igreja, vá ao encontro de seu Amado e Noivo. Sobre este terceiro, podemos inclusive relembrar o que ocorria com o povo de Deus na Antiga Aliança, conforme está registrado em Êxodo 19.16 a 19. Nesta dispensação, quando Deus “descia” por meio de uma manifestação teofânica, em “fogo sobre o monte”, Moisés levava o povo para fora do arraial para o encontro com Deus. Ocorria então o “sonido da trombeta” e o monte tremia e fumegava. No momento do arrebatamento, o povo de Deus, antiga e nova aliança, encontrar-se-ão com Jesus, “o Verbo”, não em manifestação de um fogo, mas em glória. O seu povo O contemplará em glória, sentindo sua presença como nunca em nenhuma dispensação foi sentida, pois Jesus estará presente ao lado de todos os santos. O versículo16 menciona a ressurreição dos que já morreram e estão com Jesus no paraíso, indicando que “ressuscitarão primeiro”. Neste versículo, Paulo relaciona o mesmo assunto já tratado em 1 Co 15.52, quando fala da transformação corpórea, ou seja, a glorificação. Não entraremos em detalhes em nenhuma destas explanações sobre a glorificação, pois como já mencionamos, será o assunto de outro capítulo deste livro. Contudo, convêm ressaltar que os mortos em Cristo serão ressuscitados e participarão em estado de glória junto com a Igreja, ou seja, já estarão ao seu lado, quando nós os vivos formos ao “encontro nos ares”. O versículo 17 se torna texto magno da incidência do termo Harpazo, ou seja, arrebatamento. Novamente vemos a utilização do verbo “encontrar”, neste encontro, está expressa a diferença entre arrebatamento e segunda vinda. No arrebatamento, a Igreja vai ao encontro nos ares com Jesus, e na segunda vinda Jesus desce dos ares, ou seja, do Céu com todos os Santos, pisando a plantas dos seus pés no monte das Oliveiras. Walvoord sobre essa sequência, a ressurreição dos mortos em Cristo e a ida dos vivos até Ele nos ares, diz:
Em termos práticos toda essa sequência acontecerá
instantaneamente. Os que estiverem vivos sobre a Terra e forem trasladados não esperarão pela ressurreição dos salvos porque, na verdade, estes ressuscitarão um momento antes deles. (WALVOORD, 2.000, p.420).
Fizemos questão de mencionar sobre este momento, pois muitos
possuem algumas dúvidas, referentes a estas duas etapas que, na verdade, estão ligadas e não separadas como muitos pensam. Ao citar o Apóstolo Paulo, vemos que ele menciona o termo “nuvens” que demonstra o caráter essencial do arrebatamento. Walvoord (2.000 p.420) acrescenta que ocorrerá “[...] Um rapto, erguimento corporal dos que estiverem na terra, vivos ou mortos”. A translação pode ser comparada a uma sucção, de todos os vivos até a presença de Cristo nos ares. Neste momento é selada a união da Igreja com Jesus para a eternidade, que nada separará. As “nuvens” também podem ser entendidas com um significado simbólico como diz Hendriksen: “Estão associadas à vinda do Senhor em majestade, para a punição dos inimigos de seus santos, portanto, para a salvação de seu povo (Cf. Dn 7.13/a seguir Mt26.64; finalmente, Êx 19. 16,20; Sl.97.2, Na.1.3) ” (HENDRIKSEN, 2.007, p.140). Dentro desta proposta de interpretação vemos mais uma possibilidade, para dizer que o Apóstolo Paulo, menciona as “nuvens”, porém preferimos ficar com uma citação da expressividade gloriosa do momento, que ocorrerá o arrebatamento impactando os “ares”, ou seja, os céus. Mas, também não radicalizamos, descartando outras hipóteses como a que citei de Hendriksen. O que este versículo nos deixa é que este será o encontro glorioso do povo de Deus com o seu Senhor e Soberano Rei. Concluindo essa parte, que nos trouxe uma interpretação sobre os três textos fundamentadores do evento glorioso do arrebatamento, podemos pontuar alguns fatos a ocorrer neste acontecimento. Tais como, Jesus virá nos ares, com o sentido de buscar aqueles que o aguardaram, mantendo-se fiéis. Fica também evidente nas três passagens, em relação ao momento do arrebatamento, que será um momento causador da esperança da Igreja, a simultaneidade dos mortos ressuscitando e os vivos indo aos ares se encontrar, trazem o sentido de que ocorrerá dois fenômenos em fração de segundos, mortos ressuscitando e sendo erguidos em estado de glóriaaté Ele e os vivos sendo transladados todos ao mesmo tempo em um só movimento até aos ares, para se encontrarem com Cristo. Fica explícito nestas passagens que o arrebatamento não será sucedido de um julgamento como na Segunda Vinda, pois não é citado nem juízo e nem julgamento no contexto imediato destas passagens. Portanto, ficam bem distinto e evidente, a diferença e propósito destes eventos, a partir da interpretação que se faz, da forma como apresentamos destes três textos.