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1- O pensamento de Sócrates deve ser entendido, portanto, tendo como

fundamentos o contexto histórico e sociopolítico de sua época, pois tem um


compromisso bastante direto e explícito com essa realidade. É importante notar
que, na concepção socrática, essa melhor compreensão só pode ser resultado
de um processo de reflexão do próprio indivíduo, que descobrirá, a partir de sua
experiência, o sentido daquilo que busca. Isso se dá através de sucessivos graus
de abstração e do exame do que essa própria experiência envolve, explicitando
o que no fundo já está contido nela. Sócrates jamais responde as questões que
formula, apenas indica quando as respostas de seu interlocutor são
insatisfatórias e por que o são.
Platão foi uma dos filósofos mais conscientes do modo como a filosofia deveria
ser concebida. Platão frequentemente se atribui uma posição filosófica que
atualmente seria descrita como racionalista, parte de uma definição de raciocínio
como uma operação mental discursiva, pautada pela lógica, e utilizando
proposições para extrair conclusões; realista, em relação à existência de
universais, as formas ideais; idealista, com sua teoria das ideias, na qual a
verdadeira realidade estaria no mundo das ideias, sendo acessível apenas à
razão; e dualista, concepção baseada na existência de duas substâncias
irredutíveis uma a outra. Embora estas posições não tenham sido
completamente desenvolvidas por Platão,

2-a) Para Sócrates não existia a verdade absoluta, por isso ele não se
considerava o mais inteligente, mas acabava sendo, por assumir que não sabia
de tudo.

2-b) Sócrates fazia os Sofistas se questionar sobre suas certezas e, assim , ver
que o conhecimento existe de dentro do homem, fazendo ele se questionar, e
obter respostas cada vez melhores de seu próprio raciocínio, fazendo o uso da
maiêutica (com o uso da ironia buscando o conhecimento). Já Platão entendia a
perfeição como parte do mundo das ideias, porém a alma quando aprisionada
no corpo acabava por esquecer, tendo que aprender novamente e somente
retornaria ao máximo nível de conhecimento quando o corpo libertasse a alma.

2-c) As consequências éticas, para Platão, o Direito privado, a propriedade


particular e a família, não estavam salvas. Como o homem era o centro de tudo,
tinham o direito de ser o árbitro de seus valores, de sua vida ética, embora com
sentimentalismos. E finalmente afirmou que na visão dele era impossível saber
sem querer, ou seja, é impossível a quem deixou de captar pela racionalidade
agora contra a dinâmica que conduz ao bem supremo. Quem age imoralmente
é porque não sabe, ou “perdeu” os caminhos da razão. Em contra partida ele
sabia que o sentimentalismo acaba por atrapalhar chegar à razão. E por isso
dividiu o corpo humano em três partes: cabeça (razão), peito (vontade) e baixo-
ventre (desejo ou prazer) e achava que quando elas agiam como um todo tinha-
se o homem íntegro, que atingiu a temperança.

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