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Autismo1

Marcelo Pinheiro Martins2

O autismo é ainda desconhecido, os estudos pouco o explicam, cientificamente é


conhecido como Transtorno do Espectro Autista – TEA, é o principal motivo pelo qual a
condição ainda sofre preconceitos e que faz com que pais de crianças diagnosticadas com
autismo tenham receio pelos filhos.
De acordo com o último Manual de Saúde Mental – DSM-5, que é um guia de
classificação diagnóstica, diversas condições foram fundidas e passaram a receber um único
diagnóstico como Transtornos do Espectro Autista, são elas:
Os sintomas de autismo podem ser identificados como recorrentes os seguintes
comportamentos:
Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial,
gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;
Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e dificuldades
para começar e manter um diálogo;
Alterações comportamentais, como manias próprias, interesse intenso em coisas
específicas e dificuldade de imaginação.
O diagnóstico possível a partir dos sintomas de autismo é comum na infância,
ocorrendo normalmente entre 2 e 3 anos de idade.
O diagnóstico do autismo deve ser realizado por um profissional especializado, como
o pediatra ou psiquiatra. Uma vez que não existem exames que permitam identificar
clinicamente a condição, o diagnóstico é feito por meio de observação da criança e realização
de testes, ocorrendo normalmente entre os 2 e 3 anos de idade.
A confirmação costuma acontecer quando os pais relatam que a criança possui as três
características do autismo, os problemas de interação social, alteração comportamental e
dificuldade na comunicação.
Apesar dos esforços nas pesquisas conduzidas sobre o Transtorno do Espectro Autista,
as causas do autismo ainda não foram identificadas, sendo que alguns estudos indicam que se
trata da união de fatores genéticos com causas ambientais.
Dessa forma, o autismo pode ser desenvolvido por qualquer criança podendo ter
relação com questões como infecções por determinados tipos de vírus, consumo de alguns
alimentos ou contato com substâncias tóxicas, como o chumbo e mercúrio.

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Questões sobre o autismo, Psicologia Escolar – Prof. Nathália
2
Aluno do curso de Psicologia – Faest | 4º Semestre | Matutino
Algumas pesquisas indicam que o diagnóstico de autismo, normalmente, tem relação
com alguns fatores, como:
Deficiência e anormalidade cognitiva influenciada por fatores genéticos e hereditários;
Fatores ambientais, relacionados com o ambiente de crescimento da criança, mas
também complicações durante a gravidez ou parto;
Alterações bioquímicas do organismo, pois foi identificado o excesso de serotonina no
sangue de pacientes com TEA;
Anormalidade cromossômica, pois alguns pacientes apresentaram o desaparecimento
ou duplicação do cromossomo 16.
Apesar dessas suspeitas, as causas do autismo são desconhecidas, sendo necessário
que não sejam realizadas conclusões definitivas dessa condição que ainda está sendo
investigada.
Atualmente, o tratamento para autismo não inclui medicações que sejam eficientes
para amenizar os sintomas do TEA. Entretanto, o acompanhamento médico multidisciplinar é
indicado desde o diagnóstico para ajudar no desenvolvimento da criança com autismo. A
conduta indicada vai depender do grau de comprometimento da condição e da idade do
diagnóstico.
É comum que para pacientes de 0 a 2 anos de idade, o tratamento inclua o
acompanhamento com fonoaudiólogo com o objetivo de desenvolver a linguagem não-verbal,
sendo que o profissional contribuirá para outros estímulos, como para expressão facial e
curiosidade.
O acompanhamento com esse especialista deve continuar posteriormente para
incentivo da comunicação verbal. As terapias ocupacionais podem contribuir para o estímulo
sensorial, ajudando a evitar o comportamento repetitivo comum desses pacientes.

REFERÊNCIA
Instituto Pensi, Acessado em 10/10/2019, <https://autismo.institutopensi.org.br/informe-se/sobre-
o-autismo/o-que-e-autismo/>

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