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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA


___ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SALVADOR - BAHIA.

URGENTE: PLEITO LIMINAR REFERENTE


AO CARNAVAL DE 2018.

JOSÉ GONÇALVES TRINDADE, brasileiro, maior, casado,

Se impresso, para conferência acesse o site http://esaj.tjba.jus.br/esaj, informe o processo 0505913-58.2018.8.05.0001 e o código 41D8C0F.
Este documento foi assinado digitalmente por CARLOS EDMUNDO SILVA DE SOUZA JUNIOR. Protocolado em 05/02/2018 às 09:15:57.
vereador, nascido em 06/08/1963, filho de José Cardoso Trindade e Alayde
Gonçalves Trindade, portador da Cédula de Identidade nº. 02.284.191-15,
inscrito no CPF sob o nº. 287.078.345-00, portador do Título Eleitoral nº.
03.609.218-05/58 (Doc. 01), e gabinete funcional situado na Travessa da Ajuda,
nº. 39, Edf. Sulamérica, sala 409, Centro, Salvador/BA, CEP: 40.020-030,
tel./fax: (71) 3320-0112/ 3320-0289, e-mail trindade@cms.ba.gov.br, legalmente
isento do recolhimento das custas e despesas judiciais ao ingresso desta,
conforme art. 5º, inc. LXXIII, da CF/88 e art. 87 do CDC, vem, perante Vossa
Excelência, através de seu advogado in fine assinado, conforme procuração
(Doc. 02), propor a presente
AÇÃO POPULAR,
COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA,
em face da SALTUR - Empresa Salvador Turismo, sociedade de economia
mista, representada pelo seu Presidente, Sr. Isaac Edington, com sede sito à
Rua Humberto de Campos, nº. 251, Graça, CEP 40.150-130, Salvador/BA, tel.:
(71) 3202-7600, do MUNICÍPIO DE SALVADOR, Estado da Bahia, pessoa
jurídica de direito público interno, inscrita no CNPJ sob o nº. 13.927.801/0001-
49 (Doc. 03), com sede na Prefeitura Municipal, situada à Praça Thomé de
Souza, s/nº, Centro, Salvador/BA, CEP 40.020-010, tel.: (71) 3202-6000, tendo
como seu representante legal, o Sr. Antônio Carlos Peixoto de Magalhães
Neto, atual Prefeito Municipal e da AMBEV S.A., pessoa jurídica de direito
privado, sociedade empresária inscrita no CNPJ sob o nº. 07.526.557/0001-00
(Doc. 04), com sede à Rua Dr. Renato Paes de Barros, nº. 1017, Itaim Bibi, CEP
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04530-001, São Paulo/SP, com base nos arts. 5º, inc. XXXII e 170, incs. VI, V,
ambos da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, nos arts. 1º,
incs. II, IV e V, 3º, 5º, inc. V e 21, todos da Lei nº. 4.717/65 (Lei de Ação Popular),
arts. 1º, 2º, parágrafo único, 3º, 4º, incs. I, II, III, VI, 6º, incs. II, IV, VI, VIII, 29, 39,
caput, 81, 82, 83, 91, 92 e 106, inc. VI, todos estes do Código de Defesa do
Consumidor (CDC), a partir dos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos.

1. DO BREVE ESCORÇO FÁTICO.

De início, admoeste-se que é de conhecimento extensivo, logo,

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não sendo qualquer novidade, que os administradores públicos devem agir em

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consonância com a lei e com os princípios constitucionais que regem a
Administração Pública. Esta é uma garantia de que os bens e as rendas públicas
estão sendo aplicados segundo a correspondente destinação legal, sem o
manuseio pérfido de desvios, nem subterfúgios íntimos.

Infelizmente, ínclito Julgador, à singela compreensão do ora


Acionante, os Réus assim não vem agindo, visto que, em pleno século XXI,
estão, sob a justificativa de incentivos privados à realização das festas oficiais
públicas da capital soteropolitana, algumas até bem famosas mundo afora, v.g.
do carnaval, contrariando mandamento constitucional, com ofensa inequívoca
à livre iniciativa privada, à livre concorrência, à livre escolha dos
consumidores e à ordem econômica, quanto à comercialização de bebidas,
sobretudo alcoólicas e, notadamente, cervejas, em meio aos espaços
públicos em que são realizadas estas celebrações, administradas pelo Poder
Executivo Municipal de Salvador/BA.

É preciso advertir a V. Ex.ª que este expediente visa assegurar


meios de que os comerciantes credenciados pela Prefeitura Municipal de
Salvador/BA possam, sob a guarida dos Princípios Fundamentais da Ordem
Econômica e do Direito do Consumidor, quais sejam a Livre Iniciativa e a Livre
Concorrência, previstas nos arts. 1º, inc. IV, e 170, incs. IV e V, da CF/88, e
os foliões de todas as origens, sob a guarda do também fundamental Princípio
da Liberdade de Escolha do Consumidor, este constante do art. 6º, incs. II

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e IV, do CDC (Lei Federal nº 8.078/90), tenham condições de, respectivamente,


vender e comprar bebidas, em especial aquelas amplamente consumidas, como
águas, refrigerantes e cervejas de outras marcas, em pleno circuito dos festejos
oficiais, como o vindouro Carnaval, além daquela que já ostenta ou venha a
ostentar, futuramente, a condição de patrocinadora oficial das festas oficiais,
como do próprio Carnaval de Salvador/BA.

Afirma-se isso, ínclito Julgador, haja vista que as autoridades


municipais responsáveis pela promoção e administração das festas oficiais e
públicas da capital soteropolitana, ora Requeridas, estão se deixando levar

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apenas pelo aspecto e vulto econômico dos patrocínios, não percebendo que, a

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exemplo, das cervejarias, aqui em discussão, estão transformando um espaço,
nitidamente, público - voltado à realização de uma celebração festiva
tradicionalíssima e bastante conhecida não só em nosso país, mas no mundo
inteiro - num verdadeiro espaço privado, como se um camarote a céu aberto o
fosse, em que os cidadãos presentes tem que consumir naquele amplíssimo
espaço público, e não privado, a bebida, única, exclusiva e obrigatoriamente,
comercializada, por exemplo, por tal cervejaria, enquanto patrocinadora oficial
das celebrações oficiais, públicas e culturais da capital soteropolitana por
determinado período de tempo após a realização de processo licitatório nesse
sentido.

É consabido que há também diversas outras empresas, por


sinal, de estatura internacional, que vem patrocinando o Réveillon, Aniversário
da Cidade, Festival da Primavera, dentre outras celebrações, além da nossa
gigantesca folia momesca, como é o caso de companhias aéreas e bancos
comerciais. Todavia, Excelência, é válido advertir, que todas essas, à exceção
injustificada das cervejarias, patrocinam a festa, no entanto, tendo como
contrapartida apenas - é o que se crê - a estampa da sua imagem, melhor
dizendo, das suas marcas nos diversos estandartes espalhados nos centros da
folia. Isto porque, a nenhum comerciante credenciado ou folião, por exemplo, no
período do carnaval, respectivamente, é imposto que só faça uso das passagens
daquela companhia, nem que tenham apenas conta naquele determinado banco
comercial. A contrariu sensu, às cervejarias é permitida - ao arrepio dos

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princípios constitucionais, do direito econômico e da defesa do consumidor - a


imposição da condição de exclusividade na comercialização dos seus produtos.

Desta sorte, a venda, o consumo e a aquisição de produtos ou


serviços destas outras patrocinadoras oficiais das festividades públicas
soteropolitanas - bancos e empresas aéreas, por exemplo -, é facultativo,
diversamente da realidade envolta ao patrocínio oficial de uma determinada
cervejaria, aqui Ré, em que, além da divulgação da sua marca no extenso e
amplo espaço público em meio às festividades oficiais, como a carnavalesca,
com a propagação dela sem precedentes e fronteiras, face à cobertura da

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imprensa televisiva, internacional e nacional, e da rede mundial (internet),

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somente se contentam com a exclusividade nas vendas de suas bebidas,
notadamente cerveja, nos circuitos públicos do carnaval soteropolitano, e
entornos, em detrimento, todavia à Livre Iniciativa e Concorrência, pois os
vendedores credenciados não podem vender outras marcas ao melhor gosto dos
foliões, reduzindo e impactando, significativamente, em seu ganho, e à livre
opção do consumidor, neste caso, do folião, de escolher uma marca de bebida
alcoólica de sua preferência em meio aos circuitos sem, necessariamente,
precisar se deslocar ou, até mesmo, deixar os festejos para adquirir a bebida em
bares e restaurantes já distantes dos centros das festas, se expondo, inclusive
ao riscos de eventual baixo monitoramento ou policiamento destes trechos mais
distantes.

Sob esta óptica, vejamos o que reza o Decreto 28.266/2017


(Doc. 05) - que segue o mesmo sentido dos anteriores - voltado para o carnaval
de 2017, com probabilidade de expedição pela Chefia do Executivo de novo ato
administrativo, ora a ser voltado para os vindouros festejos carnavalescos deste
ano sobre a vergastada exclusividade de comercialização de produtos para o
Carnaval, senão vejamos:

Decreto 28.266/2017:
(...)
Considerando a celebração dos Contratos de Patrocínio pela
Administração Pública Municipal como a operação mais adequada

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para obtenção de recursos financeiros pelo Município do Salvador,


exigindo-se, em contrapartida, o cumprimento de obrigações
que viabilizem ações de marketing eficazes, DECRETA:
(...)
Art. 2º Nos Circuitos do Carnaval, os titulares de Alvará de
Autorização para exercício de comércio informal em
logradouro público, de Alvará de Autorização Especial e de
Alvará de Autorização para a exploração de atividades, em
caráter eventual, só poderão divulgar as marcas, distribuir,
vender, dar publicidade ou realizar propaganda de produtos e

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serviços, bem como realizar outras atividades promocionais ou

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de comércio de rua no segmento de bebidas, quais sejam,
cervejas, refrigerantes, água, energéticos, isotônicos, vodkas
e sucos, relacionadas aos Patrocinadores Oficiais.” (destaque
e grifo feito)

Frise-se ao MM. Juízo que a ação em exame não pretende, de


forma alguma, eliminar os patrocínios e incentivos financeiros privados de
empresas referenciais de vários segmentos do mercado nacional e internacional
(cervejaria, seguradora, banco, companhia aérea), tampouco eleger, beneficiar
uma ou outra determinada empresa de cervejaria, mas, garantir, sim, sobretudo,
o respeito à Livre Iniciativa, à Livre Concorrência, oportunizando-a, a
exemplo, aos ambulantes credenciados, quanto à venda de bebidas, em
especial alcoólicas, dentre elas, cerveja, e o direito do consumidor de
predileção em meio aos circuitos carnavalescos onde se realizam os
festejos.

Por fim, importante informar que face a narrativa fática tecida


que ventila a conjuntura, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(CADE) há tempos já foi acionado, através de representação formal, a fim de
que promovesse a devida averiguação e adoção de medidas legalmente
cabíveis, envidando, se possível, inicialmente, recomendação às autoridades
públicas e à empresa privada beneficiária do direito de exclusividade na
comercialização de seus produtos em via pública, com o fito de evitar o

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amesquinhamento da Livre Iniciativa e da Livre Concorrência asseguradas


pelo vigente mandamento constitucional, e, acima de tudo, a Liberdade de
escolha do Consumidor através do seu direito de opção ofertados pelo nosso
CDC.

Não podemos olvidar os inúmeros relatos de insatisfação


popular de parte à parte - em todas as etapas da produção e distribuição, da
oferta à aquisição, das limitações às parcerias comerciais, do comerciante, do
ambulante, do fornecedor até ao consumidor popular, munícipes e turistas -
quanto aos efeitos negativos da exclusividade, da restrição ao seu direito de

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vender e comprar, da sua liberdade enquanto cidadão e consumidor de poder

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exercer a sua soberania pessoal, o seu livre arbítrio, ao escolher, o consumidor,
o que lhe apeteça e o que lhe faça o desejo de consumo.

Exatamente esta insatisfação de todos - de quem compra a


quem vende, ou tentou vender, e amargou significativos prejuízos - ensejaram
as manifestações populares, os atos de reivindicação, de emancipação e grito
social contrário às imposições da Gestão Executiva do Município de Salvador,
que se fizeram em pleno circuito do Carnaval, sendo flagrado por todas as
emissoras de televisão, rádio e mídia digital, à revelia e indiferença do Poder
Público Municipal, que se limitou a renovar as falas restritivas e de fiscalização
sancionatória, em prejuízo vertiginoso e abissal dos ambulantes, que buscavam
garantir a beleza da festa e a sua renda, para sustento da família, como próprio
preâmbulo do Decreto 28.266/2017 diz:

Decreto 28.266/2017:
(...)
Considerando que o carnaval se tornou um bem público imaterial,
do qual se beneficia toda a coletividade, seja para explorá-lo
economicamente, obtendo lucros, ou para fins de lazer e
diversão, razão pela qual se deve buscar o equilíbrio em relação
ao suporte financeiro para a sua realização, repartindo-se o ônus
entre o poder público e a iniciativa privada. ” (destaque e grifo
feito)

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Embora seja necessária a participação da iniciativa privada,


através de patrocínio no fomento das produções e celebrações culturais, como
Révellion, Aniversário da Cidade, Festival da Primavera, dentre outras
celebrações, além da nossa gigantesca folia momesca, NÃO HÁ DÚVIDAS,
douto Magistrado, que a mesquinha escolha e imposição de venda
exclusiva prejudicou e vem prejudicando todo o setor econômico do
município - potencialmente extensível ao Estado da Bahia -, da
Macroeconomia, enfraquecendo a livre concorrência e a participação de
empresas sediadas no Estado, geradoras de emprego e investimentos ao longo

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dos anos, até a Microeconomia, aquela de subsistência dos trabalhadores

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eventuais e daqueles que se põem nas longas filas dos desempregados em
Salvador/BA, e aqueles vindos do interior do Estado, em busca de melhores
perspectivas ou renda extra nos períodos festivos. Todos sairão perdendo!

Muitas pessoas, contudo, que aproveitam esses eventos para


adquirir uma renda extra - as quais são vítimas da crise e muitas vezes estão
desempregadas e que se preparam e criam expectativas para tais eventos com
muita antecedência - são extremamente prejudicadas, pois são impedidos de
comercializar bebidas de agrado do público, priorizando outras que, muitas
vezes, não são a preferência do consumidor.

A prática abusiva adotada pelos Acionados não pode ter o


condão de direcionar o vulnerável a consumir produtos que não fazem parte do
seu rol de escolhas ou preferências em momentos normais de consumo. Tal
conduta se revela ilícita, em especial porque os eventos oficiais soteropolitanos
são realizados em espaço público acessível a todos os transeuntes, celebrações
oficiais estas, mundialmente, conhecidas, a exemplo do vindouro Carnaval, tida
como a maior festa popular do planeta, caso em que se espera, ao menos, num
Estado Democrático de Direito, que as liberdades individuais sejam respeitadas.

Vale ressaltar que foi veiculado na própria agência de Notícias


da Prefeitura Municipal de Salvador (Doc. 06) que a mesma e a Ambev firmaram
um contrato de patrocínio para grandes eventos na cidade, com investimentos

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da ordem de R$ 30 milhões por ano, com vigência para 03 (três) anos, com fins
à realização de eventos como o Carnaval e o Réveillon, além dos festivais da
Cidade e da Primavera.

Destaca-se que, em nenhum momento, houve a divulgação


oficial do referido contrato e, consequentemente, dos seus efeitos, quais foram
as formas de contratação, a proposta do contrato e qual o ato o autorizou e
mesmo depois de solicitar, através de Pedido de Informação (Doc. 07), todas
essas questões não foram respondidas.

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Não obstante, convém que se faça a análise da improbidade

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dos atos determinantes para esta venda com exclusividade em praça
pública. Muito importante conhecer a fundo as causas desta determinação de
exclusividade, a forma como foram feitos os acordos e as negociações, às
escusas do domínio público, decidindo-se tudo por Decreto Municipal do Chefe
do Executivo, sem que fosse estudado ou mesmo levado a conhecimento da
augusta Casa Legislativa Municipal, na qual se abrigam os Edis, legítimos
representantes do povo soteropolitano.

Destarte, foi enviado ao Chefe de Gabinete do Prefeito, João


Inácio Ribeiro Roma Neto, Pedido de Informação (vide Doc. 07), que solicitava
a cópia integral do instrumento contratual firmado entre as partes e do
procedimento licitatório que ensejou a assinatura do referido contrato, ou,
alternativamente, a cópia integral do procedimento administrativo que resultou
na dispensa ou inexigibilidade de licitação, o qual sequer foi respondido.

Empós, novo ofício (Doc. 08), reiterando o pedido, foi enviado e


a resposta recebida da SALTUR (Doc. 09) não sana os questionamentos feitos
e ao contrário do que alegado no ofício, as bases não são as mesmas das
décadas anteriores, uma vez que antes não abrangia exclusividade de
comercialização.

Expostos, por fim, os fatos envoltos à exclusividade de venda de


bebidas de dada cervejaria nas festas públicas promovidas pelo Município de

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Salvador/BA, sobretudo a do Carnaval, prestes a ocorrer, passamos, a partir de


então, às razões jurídicas que assegurarão decerto o acolhimento da pretensão,
ora veiculada.

2. DO DIREITO

2.1. DO FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL À DEFESA DA ORDEM


ECONÔMICA, DA LIVRE CONCORRÊNCIA E DO CONSUMIDOR.

É cediço que a Constituição Federal de 1988 elevou ao

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ordenamento constitucional uma série de fundamentos, valores e princípios,

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dentre estes o da livre iniciativa, da livre concorrência e da defesa do
consumidor, visualizados, respectivamente, nos seus arts. 1º, inc. IV, 5º, inc.
XXXII, e 170, incs. IV e V, conforme abaixo transcritos:

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
(...)
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
(...)
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
(...)
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano
e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme
os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
(...)
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;” (destaque e grifo realizados)

Nesta esteira, surgiu a Lei Federal nº. 8.078, de 11 de


setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras

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providências. Através deste marco regulatório, criou-se um microssistema


derivado do Direito Civil. Nasce um novo ramo do Direito, que é o Direito do
Consumidor, com seus princípios e normas próprias. O seu próprio art. 1º
dispõe: “O presente código estabelece normas de proteção e defesa do
consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso
XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições
Transitórias.”.

Importante a lição trazida por Rizzatto Nunes, que se referiu ao


caráter de ordem pública e interesse social de uma lei, vejamos:

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“Na medida em que a Lei nº 8.078/90 se instaura também com princípio da
ordem pública e interesse social, suas normas se impõem contra a vontade
dos partícipes da relação de consumo, dentro de seus comandos imperativos e
nos limites por ela delineados, podendo o magistrado no caso levado a juízo,
aplicar-lhes as regras ex officio, isto é, independentemente do
requerimento ou protesto das partes.” (NUNES, Luiz Antônio Rizzatto
Comentários ao Código de Defesa do Consumidor – 6. ed. Ver., atual. e ampl. –
São Paulo: Saraiva 2011) [destacamos]

Entendendo ser o interesse público de especial importância na


vida social e no direcionamento das ações do poder estatal, Maria Sylvia
Zanella Di Pietro, que segue o mesmo raciocínio, ensina:

“O direito deixou de ser apenas instrumento de garantia dos direitos do individuo


e passou a ser visto como meio para consecução da justiça social, do bem
comum, do bem-estar coletivo.” (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito
Administrativo. 22ª ed. São Paulo. Atlas. 2009. p. 65) [destacamos]

A estes doutrinadores soma-se José dos Santos Carvalho


Filho, que leciona:

“Logicamente, as relações sociais vão ensejar, em determinados momentos, um


conflito ente o interesse público e o interesse privado, mas, ocorrendo esse
conflito, há de prevalecer o interesse público.” (FILHO, José dos Santos

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Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 21ª ed. Rio de Janeiro. 2009. p. 31)
[destacamos]

Neste sentido, determina, ainda, o CDC, no rol dos direitos


básicos (art. 6º, inc. VI), a efetiva prevenção e reparação dos danos patrimoniais
e morais, individuais, coletivos e difusos.

Como é possível vislumbrar, insigne Julgador, diante do


desconhecido certame licitatório do qual decorre contrato administrativo firmado
com a Ambev pelos próximos 03 (três) anos - com perspectivas de comprometer
os festejos oficiais e públicos da capital baiana pelos próximos três anos - o

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Chefe do Executivo Municipal de Salvador/BA, em claro e inequívoco abuso
do exercício do poder de polícia, impõe a restrição, por instrumento
inidôneo e questionável, frise-se, denotando a MANIFESTA ILEGALIDADE,
à livre iniciativa, à concorrência, ao direito do consumidor e aos princípios
da Administração Pública, com relação à EXCLUSIVIDADE NA VENDA DE
BEBIDAS, dentre estas aquelas larga, e indiscutivelmente, consumidas, como
as cervejas e refrigerantes, nas celebrações oficiais e públicas realizadas pela
Prefeitura Municipal de Salvador, haja vista que, por previsão constitucional,
qualquer conduta, comissiva ou omissiva, exigida do cidadão pela Administração
Pública somente pode decorrer de lei stricto sensu, conforme determina a Carta
Magna, nos termos do seu art. 5º, inc. II, senão vejamos:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(...)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei;” [destacamos]

Além da visível ilegalidade, pois imposta restrição à livre


iniciativa e à concorrência através de inadequado contrato administrativo,
verifica-se a sua inconstitucionalidade frente à dicção do antes exortado art. 5º,
inc. II, da CF/88.

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Diante do relevante fato trazido à tona e a demonstração da


afetação da livre iniciativa, da livre concorrência e da defesa do consumidor, é
compreensão inexorável de que resta, igualmente, afetada a ordem econômica,
pois lastreada sobre esses valores e princípios, na forma prevista pelo caput, do
art. 170, da CF/88. Nos termos da Lei Federal nº. 12.529/2011, que dispõe sobre
a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica, a legislação,
em caso de infração à ordem econômica, pode ser aplicada às seguintes
pessoas, senão vejamos:

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“Art. 31. Esta Lei aplica-se às pessoas físicas ou jurídicas de direito público

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ou privado, bem como a quaisquer associações de entidades ou pessoas,
constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente, com ou sem
personalidade jurídica, mesmo que exerçam atividade sob regime de
monopólio legal.
Art. 32. As diversas formas de infração da ordem econômica implicam a
responsabilidade da empresa e a responsabilidade individual de seus
dirigentes ou administradores, solidariamente.
Art. 33. Serão solidariamente responsáveis as empresas ou entidades
integrantes de grupo econômico, de fato ou de direito, quando pelo menos
uma delas praticar infração à ordem econômica.” [destacamos e grifamos]

Sob o manto da Lei Federal nº. 12.529/2011, é por demais


provável que a prática realizada, frise-se, assaz questionável, pelos
Demandados, à frente da administração e promoção dos festejos oficiais, dentre
estas da faraônica festa momesca prestes a ocorrer, quanto à determinação
de venda exclusiva de apenas determinada marca de bebida, a exemplo
alcoólica, nos espaços públicos destes festejos realizados pela Prefeitura de
Salvador/BA, a pretexto de ser a Ambev a patrocinadora oficial e de cumprir
obrigações voltadas às ações de marketing, está prestes a consumar ofensa
com a realização iminente do Carnaval de 2018 e pelos próximos 03 (três)
anos, a ordem econômica, incorrendo, pois, os Réus nas seguintes e possíveis
infrações, nos termos do seu art. 36, incisos e parágrafos, abaixo reproduzidos:

12
fls. 13

“Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de


culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou
possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados:
I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a
livre iniciativa;
II - dominar mercado relevante de bens ou serviços;
(...)
IV - exercer de forma abusiva posição dominante.
(...)
§ 2º Presume-se posição dominante sempre que uma empresa ou grupo de
empresas for capaz de alterar unilateral ou coordenadamente as condições
de mercado ou quando controlar 20% (vinte por cento) ou mais do mercado

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relevante, podendo este percentual ser alterado pelo Cade para setores

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específicos da economia.”
§ 3º As seguintes condutas, além de outras, na medida em que configurem
hipótese prevista no caput deste artigo e seus incisos, caracterizam
infração da ordem econômica:
(...)
VI - exigir ou conceder exclusividade para divulgação de publicidade nos
meios de comunicação de massa;” [destacamos e grifamos]

Demonstrado que a questionável política adotada e patrocinada


pelos Acionados à celebração de contratos de patrocínio, notadamente com as
empresas de bebidas, como água, refrigerante e cerveja, está vulnerando, de
sobremaneira, a Livre Iniciativa do Particular, a Livre Concorrência e Liberdade
de Escolha do Consumidor, enquanto valores e princípios fundantes da ordem
econômica, está também a caracterizar as infrações como acima exortadas,
cujas penas estão previstas pelo art. 37, incs. I, II e III, § 1º, da mencionada Lei
nº. 12.529/2011, abaixo transcrito:

“Art. 37. A prática de infração da ordem econômica sujeita os responsáveis


às seguintes penas:
I - no caso de empresa, multa de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por
cento) do valor do faturamento bruto da empresa, grupo ou conglomerado obtido,
no último exercício anterior à instauração do processo administrativo, no ramo
de atividade empresarial em que ocorreu a infração, a qual nunca será inferior à
vantagem auferida, quando for possível sua estimação;

13
fls. 14

II - no caso das demais pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou


privado, bem como quaisquer associações de entidades ou pessoas
constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente, com ou sem
personalidade jurídica, que não exerçam atividade empresarial, não sendo
possível utilizar-se o critério do valor do faturamento bruto, a multa será entre R$
50.000,00 (cinquenta mil reais) e R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais);
III - no caso de administrador, direta ou indiretamente responsável pela
infração cometida, quando comprovada a sua culpa ou dolo, multa de 1% (um
por cento) a 20% (vinte por cento) daquela aplicada à empresa, no caso previsto
no inciso I do caput deste artigo, ou às pessoas jurídicas ou entidades, nos casos
previstos no inciso II do caput deste artigo.
§ 1º Em caso de reincidência, as multas cominadas serão aplicadas em

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dobro.” [destacamos e grifamos]

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Exaltado o total desrespeito à Livre Iniciativa, à Livre
Concorrência e à Ordem Econômica, a prática da conduta narrada nesta
causa revela-se afrontosa ao direito da livre escolha pelo consumidor, assim
como à sua proteção contra métodos coercitivos e desleais, e práticas abusivas
impostas no fornecimento de produtos, v. g. da venda exclusiva de bebidas,
em especial, de refrigerantes e cervejas de uma única empresa, por ser
patrocinadora oficial, em meio a toda extensão do espaço público no qual são
realizados os festejos públicos e tradicionais soteropolitanos, como o vindouro
Carnaval de 2018, aviltando, assim, a previsão dos incs. II e IV, do art. 6º, do
nosso CDC, abaixo transcrito:

“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


(...)
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços,
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
(...)
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou
impostas no fornecimento de produtos e serviços.”. [destacamos e grifamos]

Enfim, após a subsunção fática às normatizações legais das


mais diversas feições, clarividente resta a prática abusiva levada avante
pelos Acionados à frente da administração e promoção dos festejos

14
fls. 15

públicos da capital baiana, com a política de exclusividade imposta aos


particulares em pleno exercício de atividade econômica e aos próprios
foliões, quanto à venda de bebidas, como refrigerantes e alcoólicas, nos
espaços públicos desta capital, cometendo, enfim, os Demandados atos em
gritante ofensa à livre iniciativa, à livre concorrência, ao direito do consumidor e,
acima de tudo, enquanto seus primados e princípios basilares, em evidente
amesquinhamento à ordem econômica à luz da Lei Federal nº. 12.529/2011,
merecendo, em suma, de imprescindível processamento e, se necessário for, a
concessão de decisão judicial face a esta rechaçável prática, ora narrada,
com fins a assegurar a todos aqueles que participam das históricas e tradicionais

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festas populares soteropolitanas promovidas pela Prefeitura a livre iniciativa, a

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livre concorrência, o sagrado direito do consumidor de livre escolha, arbítrio e a
própria ordem econômica, atualmente, vulnerados pela política de gestão e
promoção dos festejos, a exemplo do Carnaval de 2018, pelas autoridades
públicas à frente da Prefeitura Municipal de Salvador/BA e da SALTUR.

2.2. DO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

Conforme ensina Hely Lopes Meirelles1:

“A publicidade é a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início


de seus efeitos externos. Daí porque as leis, atos e contratos administrativos que
produzem consequências jurídicas fora dos órgãos que os emitem exigem
publicidade para adquirirem validade universal, isto é, perante as partes e
terceiros.”

Destarte, o art. 37, caput, da CF diz que:

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
(...). “[destacamos]

1 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros Editores LTDA,
2013, p.97, ISBN 978-85-392-0159-4

15
fls. 16

Nesse sentido, o princípio da publicidade confere eficácia aos atos da


Administração Pública e possibilita o controle do ato pela população ou por
outros órgãos de controle. A publicidade visa dar conhecimento à coletividade
sobre os fatos, atos, decisões, contratos, isto é, de todos os comportamentos
dos administradores.

Logo, podemos frisar a PATENTE VIOLAÇÃO aos Princípios


Administrativos da Licitação Pública, da Publicidade dos Atos, da
Transparência de Gestão, da Impessoalidade e até da Moralidade, que
deveriam reger os atos do Chefe do Executivo, mas foram desrespeitados,

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questionando-se a legitimidade e legalidade do processo de escolha da

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empresa exclusivista ou da medida outorgada pelo Prefeito Municipal de
Salvador.

Contudo, o questionável instrumento contratual, nos moldes do


contrato administrativo firmado com a Ambev, apesar de requisitado, não
foi apresentado na íntegra com o respectivo processo do qual se origina.
Da mesma forma, ao acessar o Portal da Transparência (Doc. 10) não se pode
observar nenhum resultado pesquisando pelo nome ou CNPJ da empresa.

2.3. DA EXIGÊNCIA DE LICITAÇÃO E DA OFENSA À LEI DE


CONTRATAÇÕES COM O PODER PÚBLICO - LEI DE LICITAÇÕES Nº
8.666/93 DA EXIGÊNCIA DE LICITAÇÃO.

Ab initio, vejamos o que diz o art. 37, inciso XXI, da CF, in verbis:

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:
(...)
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública
que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas
que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da

16
fls. 17

proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de


qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.”

É válido, outrossim, transcrever a previsão impeditiva à


Administração Pública pela Lei nº. 8.666/93, que a veda de lançar mão de
licitações com indicação de marcas, ou características e especificações
peculiares de uma dada fornecedora de bens ou serviços, conforme apregoa o
seu art. 7º, § 5º, in verbis:

“Art. 7º (...)

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§ 5º É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços

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sem similaridade ou de marcas, características e especificações
exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda
quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de
administração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório.”.
[destacamos e grifamos]

A escolha escusa à única empresa, neste caso, a Ambev, em


razão de patrocínio a eventos públicos festivos soteropolitanos, para regime de
venda exclusiva de seus produtos, dentre tantas outras que comercializam
bebidas de todos os gêneros, em especial o setor de cervejarias, põe-se, enfim,
em contraponto ao regramento legal, como acima demonstrado.

2.4. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

O Autor, na defesa dos interesses difusos, homogêneos e


transindividuais, pugna pela aplicação do quanto estabelecido no art. 6º, inc. VII,
da Lei Federal nº. 8.078/90, que instituiu o nosso Código de Defesa do
Consumidor, que cuida da facilitação da defesa dos direitos do consumidor em
juízo, determinando a inversão do ônus da prova, em benefício do consumidor,
senão vejamos:

“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


(...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão
do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz,

17
fls. 18

for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as


regras ordinárias de experiências; ” (destacamos)

Assegurado pedido de inversão do ônus da prova, passemos,


doravante, à imperiosa necessidade da concessão in limine litis da tutela de
urgência, conforme as razões adiante tecidas.

2.5. DA TUTELA DE URGÊNCIA

Inicialmente, cumpre registrar que a Lei de Ação Popular, Lei nº.


4.717/65, autoriza a concessão de medida liminar para suspender ato lesivo ao

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patrimônio público, conforme se vê na lição extraída no seu art.5º, § 4º:

“Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação,


processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada
Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado
ou ao Município.
(...)
§ 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo
impugnado.”

Apesar da referida lei não trazer os requisitos necessários para


a concessão liminar, aplica-se, subsidiariamente, as previsões do Código de
Processo Civil. Nessa quadra, dispõem os seus arts. 297 e 300, in litteris:

“Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para
efetivação da tutela provisória.
(...)
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo. Pois bem. Frente à inteligência da norma supracitada, cumpre
demonstrar a presença da probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo, o que adiante passa a ser feito.”

Ao tratar dos requisitos acima, verifica-se a coexistência deles


no casuísmo em apreço, senão vejamos.

18
fls. 19

Pois bem. Atualmente, já se anunciou, de modo público e


notório, acerca do acordo formalizado entre a Prefeitura Municipal de Salvador
e a cervejaria AMBEV, deixando a todos apreensivos e incertos sob a
preservação do seu direito de livre iniciativa, de livre concorrência e de
liberdade de escolha.

Os comerciantes restringem seus estoques. Os ambulantes não


optam por produtos que possam oferecer maior giro de mercadoria, por não
poderem ser vendidos nos ambientes e circuitos das festas oficiais nem mesmo
nos seus respectivos entornos, a exemplo do Carnaval de 2018. As grandes

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redes de supermercado, no atacado e varejo, direcionam seus pedidos e

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redimensionam as marcas e produtos a serem comercializados, considerando
só a comercialização dos produtos de uma única empresa, vez que não
poderão ser vendidos outros nos espaços das festas públicas
soteropolitanas, a exemplo do Carnaval de 2018 prestes a ocorrer no início
de fevereiro, com restrição indiscutível da venda de bebidas de outras
marcas aos particulares e transeuntes neste grandioso evento festivo
público soteropolitano. Note-se o quão abrangente e delimitador, ao tempo
em que inoportuno, o contrato administrativo visado com a Ambev.

É cediço que a Constituição Federal, no art. 5º, inc. XXXV,


proclama, com termos peremptórios: "a lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". O texto demonstra, claramente,
a intenção do Constituinte, isto é, que o exame do Judiciário, à proteção dos
direitos, não seria apenas para reprimir o ato lesivo já praticado, mas e da
mesma forma, assegurar a proteção do direito ameaçado, já na iminência da
realização de festas públicas e das restrições a serem aplicáveis, como decerto
ocorrerá com a realização do vindouro Carnaval de 2018.

Assim, é certo que a concessão de medida liminar há de ser


precedida de apreciação criteriosa, devendo, pois, ser concedida tão somente
quando presentes os casos de iminente e irreparável lesão, precipuamente aos
princípios fundamentais da nossa Constituição, como a Livre Iniciativa, Livre

19
fls. 20

Concorrência e Liberdade de Escolha do Consumidor, em ataque direto à ordem


econômica e à ordem pública e interesse social.

Com efeito, para a concessão da medida urgente, ora


pretendida, há de ser observada a presença dos requisitos legais ensejadores,
impostos pela norma jurídica, quais sejam, o fumus boni iuris, ou a relevância da
fundamentação, e o periculum in mora, no caso, a possibilidade de ocorrência
de grave lesão à pretensão, acaso a medida aguarde o transcurso da demanda,
conforme estabelecem os outrora exortados arts. 297 e 300, do novo CPC.

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Cotejando este caso, vislumbra-se configurado o fumus

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boni iuris, vez que a deflagração da exclusividade na comercialização de
produtos, tem, por consequência, a suspensão da liberdade negocial de
micro e pequenos empresários, além da liberdade de escolha do
consumidor, enquanto vulnerável na relação de consumo, impossibilitando a
realização de boa parte das transações comerciais e essenciais ao bom fluxo da
economia local, ficando a população vulnerável à incidência de monopólio de
produto, em vendas operadas, Ex.ª, em pleno espaço público no qual ocorrem
as celebrações festivas públicas e tradicionais soteropolitanas promovidas pela
Administração Pública municipal, a exemplo do Carnaval prestes a ocorrer no
início de fevereiro.

Imperioso destacar, por oportuno, tratar-se de todas as


consequências da exclusividade, como a restrição ou criação de barreiras e
dificuldades à livre circulação, a exemplo, dos caminhões que apenas
ostentem marcas das empresas concorrentes à Ambev, como ocorreu
noutras celebrações festivas, apesar de públicas. Nota-se, doutro lado, o
ataque do Poder Público local, a pretexto do patrocínio privado, ao direito
fundamental do indivíduo de ir, vir, permanecer ou ficar, em vias públicas,
ou uso das vias e espaços públicos, próximos aos locais de festejos
oficiais, pois só será permitida a venda exclusiva de bebidas, sobretudo
alcóolicas, como cervejas, de determinada empresa cervejeira, in casu, da
Ambev, aqui também Ré.

20
fls. 21

Há de se ponderar, contudo, que não se pode imputar aos


consumidores o ônus decorrente da ausência imotivada de produtos ou serviços
prestados por quem não seja fornecedor exclusivo da Prefeitura Municipal de
Salvador.

Nesse prumo, resta, igualmente, configurado o periculum in


mora, vez que a referida medida impositiva da exclusividade na venda de
bebidas, notadamente cervejas, encontra-se na iminência de se instaurar a
começar com o Carnaval a ocorrer no início de fevereiro. O próprio Poder
Executivo local já se antecipou e anunciou a parceria firmada com a cervejaria

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AMBEV para as celebrações oficiais soteropolitanas, como o Réveillon,

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Aniversário da Cidade, Festival da Primavera, assim como o babilônico Carnaval,
prestes a ocorrer, ocupando-se as ruas e os logradouros públicos utilizados à
celebração destes festejos, apenas com bebidas, sobretudo, cervejas da
AMBEV, em grave cerceio ao direito de preferência dos cidadãos e transeuntes,
enquanto consumidores presentes nestas festas, que, em meio ao espaço em
que serão realizadas, só terão à disposição para consumo produtos
exclusivos desta mesma empresa, no caso em questão, da AMBEV, com
igual impedimento de vendedores e comerciantes em tais áreas venderem
bebidas de outras empresas concorrentes ao gosto dos foliões presentes a
estes festejos, promovidos pela própria Prefeitura Municipal de Salvador e pela
SALTUR, em indiscutível vilipêndio à defesa do consumidor e à ordem
econômica.

Por certo, faz-se imperiosa a concessão da medida liminar


no sentido de determinar para os Requeridos a OBRIGAÇÃO DE NÃO
FAZER, consistente na abstenção de restringir a comercialização de
multiprodutos, de marcas alheias, àqueles desejados e impostos pelo
Executivo Municipal, que interfere, diretamente, no mercado local de
consumo e na ordem econômica, movimentada por micro e pequenos
empresários, face os seus fornecedores e produtores daqueles bens a
serem consumidos pela ampla população de munícipes e de turistas,
durante os festejos e as celebrações oficiais da capital soteropolitana, a
exemplo do vindouro Carnaval/2018, na iminência de ser realizado.

21
fls. 22

De outra forma, faz-se a devida justiça também, quando


determinada, liminarmente, a OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER dos fiscais da
Prefeitura Municipal de Salvador e de eventuais terceirizados delegados
daquela, quanto à fiscalização da comercialização do produto, exclusivamente,
adquirido junto à empresa contratada pelo Executivo Municipal, como a única
autorizada a vender em vias públicas nas quais realizadas as festividades
públicas e tradicionais da urbe soteropolitana, de determinado produto, certo e
determinado, não correspondente, por sua vez, à preferência da maioria dos
consumidores. Com isso, restabelecer-se-ia a ordem natural da liberdade de

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iniciativa do empresário e a liberdade de escolha do consumidor, ganhando

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ambos os lados do comércio local.

Some-se a esta obrigação de não fazer imputada aos fiscais e


agentes credenciados da Prefeitura Municipal, da SALTUR ou da AMBEV, ora
Acionadas, aquela decorrente da abstenção quanto à tomada ou apreensão
de mercadoria diversa daquela determinada como possível de ser
comercializada, em razão de imposição de exclusividade pelo temerário e
discutível contrato firmado, JAMAIS APRESENTADO, conforme pedido de
informação do Autor (vide Doc. 07), entre o Município de Salvador e a
AMBEV, permitindo-se, destarte, o exercício, nos circuitos carnavalescos,
da Livre Iniciativa, Livre Concorrência e Liberdade de Escolha do
Consumidor.

Revelam-se, por fim, patentes no casuísmo em exame o


fumus boni iuris e o periculum in mora, requisitos estes autorizadores do
deferimento da tutela antecipada inaudita altera pars, uma vez que as
práticas estabelecidas pelos Réus são, altamente, lesivas para os empresários
e os consumidores, podendo acarretar prejuízos de difícil reparação a todo o
segmento do comércio local, como bares, restaurantes e ambulantes, e aos
próprios cidadãos interessados em participar das festividades públicas oficiais
soteropolitanas, a exemplo do próprio Carnaval de 2018, prestes a ocorrer
no início de fevereiro, a partir da questionável imposição de venda e de
consumo apenas das bebidas produzidas, exclusivamente, pela AMBEV no

22
fls. 23

espaço das festividades públicas tradicionais de Salvador/BA, como o Carnaval,


pelos próximos 03 (três) anos.

O direito que fundamenta o deferimento das medidas liminares


se consubstancia nos princípios fundamentais da Carta Magna e em normas
civilistas e consumeristas, ambas de ordem pública e interesse social,
passíveis de reconhecimento ex officio, em proteção e defesa do cidadão e do
consumidor.

Há risco na demora, vez que a omissão jurisdicional e a não

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adoção de providências imediatas, dará ensejo à multiplicação de prejuízos

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patrimoniais e morais à coletividade de fornecedores de micro, pequeno e
até de grande porte, prejudicando também os próprios consumidores, em
sensibilidade ainda maior, sobretudo, quando já foram experimentados nefastos
efeitos nesse sentido, quando das históricas imposições, via Decreto Municipal,
em relação a maior festa e famosa desta capital, qual seja, o Carnaval de 2013,
2014, 2015 e 2016.

Por tais motivos, requer a concessão de medida liminar, a ser


confirmada na decisão final do processo, no sentido de que os Demandados se
abstenham de promover, nos dias dos festejos tradicionais e públicos, como o
maior deles, o Carnaval, a ocorrer neste ano de 2018 já em fevereiro,
promovidos pela Prefeitura Municipal e SALTUR, ações de coibição à Livre
Iniciativa, à Livre Concorrência e à Liberdade de Escolha do Consumidor.

Ademais, ainda em sede de pedido liminar, novamente a ser


confirmado ao final deste processo, a justiça deverá determinar aos Requeridos
que se abstenham de cobrar taxas, multas contratuais e demais encargos
pecuniários incidentes sobre venda de produto diverso daquele que se
determina a exclusividade, durante a realização dos festejos oficiais, em
especial o Carnaval de 2018, no âmbito de Salvador, ou mesmo de
incluir/encaminhar o nome dos comerciantes, vendedores e ambulantes
nos cadastros de restrição à contratação com o Poder Público, por eventual
alegação de descumprimento contratual, ora vergastado.

23
fls. 24

Por fim, nos termos do artigo 84, § 4º, do CDC, requer a


cominação de multa diária aos Réus, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais),
em caso de descumprimento das determinações impostas em sede de medida
liminar, sem prejuízo de representação por eventual crime de desobediência à
ordem judicial e de ato atentatório à dignidade da Justiça.

3. DOS PEDIDOS

Diante de todo o expendido, requer de Vossa Excelência:

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a) O recebimento desta ação popular, isentando o Autor das
custas e despesas processuais, nos termos permitidos pelo
art. 5º, inc. LXXIII2, da nossa CF/88, gozando, nesta condição,
de isenção legal para o ingresso da presente demanda;
b) Seja concedida a medida liminar inaudita altera pars,
intimando-se, imediatamente, os Réus, para determinar a
abstenção de qualquer ato opressor à venda de bebidas, em
especial de cerveja, refrigerantes e água mineral de marcas
diversas à empresa patrocinadora oficial das celebrações
festivas municipais abarcadas pelo contrato firmado com a
AMBEV, notadamente no evento do Carnaval prestes a
ocorrer no início de fevereiro de 2018, por gravíssima
ofensa aos princípios da livre iniciativa, da concorrência, do
direito do consumidor e, sobretudo, à ordem econômica,
determinando:
b.1) a obrigação de não-fazer consistente em se abster,
quanto às restrições à comercialização de multiprodutos de
marcas alheias aos contratados pelo Executivo Municipal
junto à AMBEV por contrato administrativo de patrocínio,

2
“Art. 5º. (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência;”

24
fls. 25

porque, diretamente, interfere no mercado de consumo local


e na ordem econômica, afetando micro e pequenos
empresários face aos seus fornecedores e produtores
daqueles bens a serem consumidos pela ampla população de
munícipes e turistas presentes durante o Carnaval/2018 já a
ocorrer no início do mês de fevereiro;
b.2) a obrigação de não fazer dos fiscais da Prefeitura
Municipal de Salvador e de eventuais terceirizados delegados
daquela, quanto a impor a comercialização do produto
exclusivamente adquirido junto à empresa contratada pelo

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Poder Executivo Municipal, como a única autorizada a vender

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em via pública dos festejos produto certo e determinado, não
correspondente, necessariamente à preferência da maioria
dos consumidores, durante o Carnaval/2018 prestes a
ocorrer já no início do mês de fevereiro;
b.3) a obrigação de não fazer imputada aos fiscais e agentes
credenciados da Prefeitura Municipal, da SALTUR e/ou da
AMBEV, ora Acionados, para se absterem de retomar ou
apreender mercadorias diversas daquela determinada como
possível de ser comercializada durante o Carnaval/2018
prestes a ocorrer já no início de fevereiro, em razão da
maquiavélica imposição de exclusividade pelo temerário e
discutível acordo contratual firmado com a AMBEV para os
próximos 03 (três) anos, permitindo-se o exercício da Livre
Iniciativa, Livre Concorrência e Liberdade de Escolha do
Consumidor;
b.4) que se abstenham de cobrar taxas, multas contratuais e
demais encargos pecuniários incidentes sobre a venda de
produtos diversos daqueles produzidos pela empresa -
AMBEV - detentora da exclusividade, durante a realização
dos festejos oficiais do Carnaval de 2018 no âmbito de
Salvador/BA, ou mesmo de incluir/encaminhar o nome dos
comerciantes, vendedores e ambulantes nos cadastros de

25
fls. 26

restrição à contratação com o Poder Público, por eventual


alegação de descumprimento contratual, ora vergastado;
c) a citação dos Réus, no endereço indicado na exordial, a fim
de que, advertidos da sujeição aos efeitos da revelia, nos
termos da lei, apresentem, assim querendo, contestação no
prazo legal, determinando ainda a notificação inicial dos
Réus, para entregarem a esse MM. Juízo o contrato de
patrocínio firmado com a AMBEV e a cópia integral do
respectivo processo licitatório ou do processo
administrativo que resultou na dispensa ou na

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inexigibilidade de licitação, de acordo com o art. 1°, § 4°, da

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Lei de Ação popular, Lei n°. 4.717/65, sob pena de multa
diária aos Réus;
d) a publicação por edital, se assim V. Ex.ª compreender, no
Diário Oficial sobre o ingresso desta ação popular, a fim de
que, havendo interesse, outros interessados possam intervir
no presente feito como litisconsortes facultativos, sem
prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação
social por parte dos órgãos de defesa do consumidor, nos
termos do art. 94 do Código de Defesa do Consumidor;
e) seja a presente ação ao final julgada in totum procedente,
proferindo-se sentença para, confirmando a liminar, aqui
acima requerida, condenar os Réus ao cumprimento das
seguintes obrigações:
e.1) obrigação de não fazer consistente em se abster, quanto
às restrições à comercialização de multiprodutos de marcas
alheias aos contratados pelo Executivo Municipal junto à
AMBEV por contrato firmado, pois, interfere, diretamente, no
mercado de consumo local e na ordem econômica, afetando
micro e pequenos empresários face aos seus fornecedores e
produtores daqueles bens a serem consumidos pela ampla
população de munícipes e turistas presentes durante os
festejos oficiais e públicos de Salvador/BA abarcados pelo

26
fls. 27

acordo contratual firmado com a AMBEV com vigência para


os próximos 03 (três) anos, sobretudo durante o Carnaval;
e.2) obrigação de não fazer dos fiscais da Prefeitura Municipal
de Salvador e de eventuais terceirizados delegados daquela,
quanto a impor a comercialização do produto exclusivamente
adquirido junto à empresa contratada pelo Poder Executivo
Municipal, como a única autorizada a vender em vias públicas
dos festejos oficiais soteropolitanos dos produtos certos e
determinados, não correspondentes, necessariamente, à
preferência da grande maioria dos consumidores durante os

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festejos oficiais e públicos de Salvador/BA abarcados pelo

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acordo contratual firmado com a AMBEV com vigência pelos
próximos 03 (três) anos, sobretudo durante o Carnaval;
e.3) obrigação de não fazer imputada aos fiscais e agentes
credenciados da Prefeitura Municipal, da SALTUR e/ou da
AMBEV, ora Acionados, para se absterem de retomar ou
apreender mercadorias diversas daquela determinada como
possível de ser comercializada nos festejos tradicionais e
públicos de Salvador/BA, em razão da maquiavélica
imposição de exclusividade pelo temerário e discutível acordo
contratual firmado com a AMBEV para os próximos 03 (três)
anos, sobretudo no Carnaval, permitindo-se o exercício da
Livre Iniciativa, Livre Concorrência e Liberdade de Escolha do
Consumidor;
e.4) que se abstenham de cobrar taxas, multas contratuais e
demais encargos pecuniários incidentes sobre a venda de
produtos diversos daqueles produzidos pela empresa -
AMBEV - detentora da exclusividade, ou mesmo de
incluir/encaminhar o nome dos comerciantes, vendedores e
ambulantes nos cadastros de restrição à contratação com o
Poder Público, por eventual alegação de descumprimento
contratual, durante os festejos oficiais e públicos de
Salvador/BA abarcados pelo contrato firmado com a AMBEV

27
fls. 28

a viger pelos próximos 03 (três) anos, sobretudo durante o


Carnaval;
f) a condenação decerto dos Requeridos às custas e demais
despesas processuais decorrentes do ingresso deste feito,
inclusive aos honorários advocatícios do causídico signatário
desta nobre e justa causa popular;
g) seja o Ministério Público, na pessoa do seu representante
legal, intimado para se manifestar nos autos, como fiscal da
lei, mediante emissão do distinto parecer ministerial;
h) a produção de todos os meios de prova admitidos em Direito,

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especialmente a documental, testemunhal e pericial, sem

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prejuízo de outras que se fizerem indispensáveis à cabal
demonstração dos fatos articulados na presente inicial, bem
ainda o benefício previsto no art. 6º, inc. VIII, do Código de
Defesa do Consumidor, no que tange à inversão do ônus da
prova.

Dá-se à presente causa o valor de R$ 954,00 (novecentos e


cinquenta e quatro reais).

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Salvador/BA, 31 de janeiro de 2018.

CARLOS EDMUNDO SILVA DE SOUZA JÚNIOR


OAB/BA nº. 25.380
(Assinado eletronicamente)

ROL DE DOCUMENTOS ANEXOS

DOC. 01 – DOCUMENTOS PESSOAIS (RG, CPF, TÍTULO ELEITORAL, DIPLOMA E TERMO


DE POSSE DO VEREADOR);

28
fls. 29

DOC. 02 – PROCURAÇÃO;
DOC. 03 – CNPJ DO MUNICÍPIO;
DOC. 04 – CNPJ DA SALTUR;
DOC. 05 – DECRETO 28266/2017;
DOC. 06 – NOTA DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR,
QUE TRATA DO CONTRATO DE PATROCÍNIO;
DOC. 07 – PEDIDO DE INFORMAÇÃO N° 05/2017;
DOC. 08 – OFÍCIO N° 31/2017;
DOC. 09 – OFÍCIO N° 517/2017;
DOC. 10 – PRINT DO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA.

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29
fls. 30

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fls. 31

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fls. 32

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fls. 33

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fls. 34

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fls. 35

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fls. 36

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fls. 37

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03/08/2017 Tribunal Superior Eleitoral - Certid�o de Quita��o - Emiss�o
fls. 38

JUSTIÇA ELEITORAL

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

Certidão

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Certifico que, de acordo com os assentamentos do Cadastro
Eleitoral e com o que dispõe a Res.-TSE nº 21.823/2004, o eleitor abaixo
qualificado ESTÁ QUITE com a Justiça Eleitoral na presente data.

Eleitor: JOSE GONCALVES TRINDADE


Inscrição: 036092180558 Zona: 1 Seção: 31
Município: 38490 - SALVADOR UF: BA
Data de Nascimento: 06/08/1963 Domiciliado desde: 18/09/1986
Filiação: ALAYDE GONCALVES TRINDADE

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JOSE CARDOSO TRINDADE

Certidão emitida às 15:49 de 03/08/2017

Res.-TSE nº 21.823/2004:
"O conceito de quitação eleitoral reúne a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular
exercício do voto, salvo quando facultativo, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral
para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter
definitivo, pela Justiça eleitoral e não remitidas, excetuadas as anistias legais, e a regular
prestação de contas de campanha eleitoral, quando se tratar de candidatos."
A plenitude do gozo de direitos políticos decorre da inocorrência de perda de nacionalidade;
cancelamento de naturalização por sentença transitada em julgado; interdição por incapacidade
civil absoluta; condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa; condenação por
improbidade administrativa; conscrição; e opção, em Portugal, pelo estatuto da igualdade.

Esta certidão de quitação eleitoral é expedida gratuitamente. Sua


autenticidade poderá ser confirmada na página do Tribunal Superior
Eleitoral na Internet, no endereço: http://www.tse.jus.br, por meio do
código VPGY.LITZ.7SDB.ZØKT
* O literal Ø no código de validação representa o número 0 (zero).

http://www.tse.jus.br/eleitor/servicos/certidoes/certidao-de-quitacao-eleitoral 1/2
03/08/2017

http://www.tse.jus.br/eleitor/servicos/certidoes/certidao-de-quitacao-eleitoral
Tribunal Superior Eleitoral - Certid�o de Quita��o - Emiss�o

2/2
fls. 39

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fls. 40

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31/01/2018 Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral
fls. 41

Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral

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CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO DATA DE ABERTURA
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO
13.927.801/0001-49 31/12/1974
MATRIZ CADASTRAL
NOME EMPRESARIAL
MUNICIPIO DE SALVADOR
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA)
SALVADOR PREFEITURA GABINETE DO PREFEITO

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CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL
84.11-6-00 - Administração pública em geral
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS
Não informada
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA
124-4 - Município
LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO
PC THOME DE SOUZA SN

CEP BAIRRO/DISTRITO MUNICÍPIO UF


40.020-010 CENTRO SALVADOR BA
ENDEREÇO ELETRÔNICO TELEFONE
ANTONIETA@SALVADOR.BA.GOV.BR (71) 2201-6109
ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR)
MUNICÍPIO DE SALVADOR

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SITUAÇÃO CADASTRAL DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL
ATIVA 03/11/2005
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL

SITUAÇÃO ESPECIAL DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL


******** ********

Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 06 de maio de 2016.

Emitido no dia 31/01/2018 às 13:14:21 (data e hora de Brasília). Página: 1/1

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fls. 42

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CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO DATA DE ABERTURA
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO
07.526.557/0001-00 19/07/2005
MATRIZ CADASTRAL
NOME EMPRESARIAL
AMBEV S.A.
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA)
********

Se impresso, para conferência acesse o site http://esaj.tjba.jus.br/esaj, informe o processo 0505913-58.2018.8.05.0001 e o código 41D8C14.
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL
11.13-5-02 - Fabricação de cervejas e chopes
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS
11.22-4-01 - Fabricação de refrigerantes
10.64-3-00 - Fabricação de farinha de milho e derivados, exceto óleos de milho
10.99-6-99 - Fabricação de outros produtos alimentícios não especificados anteriormente
01.11-3-99 - Cultivo de outros cereais não especificados anteriormente
01.41-5-01 - Produção de sementes certificadas, exceto de forrageiras para pasto
01.41-5-02 - Produção de sementes certificadas de forrageiras para formação de pasto
10.99-6-04 - Fabricação de gelo comum
17.31-1-00 - Fabricação de embalagens de papel
18.13-0-99 - Impressão de material para outros usos
18.13-0-01 - Impressão de material para uso publicitário
22.22-6-00 - Fabricação de embalagens de material plástico
23.12-5-00 - Fabricação de embalagens de vidro
25.91-8-00 - Fabricação de embalagens metálicas
20.14-2-00 - Fabricação de gases industriais
46.35-4-02 - Comércio atacadista de cerveja, chope e refrigerante
46.86-9-02 - Comércio atacadista de embalagens

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46.92-3-00 - Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de insumos agropecuários
46.23-1-99 - Comércio atacadista de matérias-primas agrícolas não especificadas anteriormente
46.37-1-99 - Comércio atacadista especializado em outros produtos alimentícios não especificados anteriormente
46.84-2-99 - Comércio atacadista de outros produtos químicos e petroquímicos não especificados anteriormente
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA
204-6 - Sociedade Anônima Aberta
LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO
R DOUTOR RENATO PAES DE BARROS 1017 3 ANDAR EDIFICIO CORP. PARK
CEP BAIRRO/DISTRITO MUNICÍPIO UF
04.530-001 ITAIM BIBI SAO PAULO SP
ENDEREÇO ELETRÔNICO TELEFONE
opobrigaces@ambev.com.br (19) 3313-5680 / (19) 3313-6000
ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR)
*****
SITUAÇÃO CADASTRAL DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL
ATIVA 19/07/2005
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL

SITUAÇÃO ESPECIAL DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL


******** ********

Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 06 de maio de 2016.

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fls. 43

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO DATA DE ABERTURA
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO
07.526.557/0001-00 19/07/2005
MATRIZ CADASTRAL
NOME EMPRESARIAL
AMBEV S.A.
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS
46.35-4-01 - Comércio atacadista de água mineral
46.32-0-01 - Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados
46.69-9-99 - Comércio atacadista de outras máquinas e equipamentos não especificados anteriormente; partes e peças
56.11-2-03 - Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares
73.20-3-00 - Pesquisas de mercado e de opinião pública
72.10-0-00 - Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais
73.19-0-02 - Promoção de vendas
64.62-0-00 - Holdings de instituições não-financeiras
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA
204-6 - Sociedade Anônima Aberta
LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO
R DOUTOR RENATO PAES DE BARROS 1017 3 ANDAR EDIFICIO CORP. PARK

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CEP BAIRRO/DISTRITO MUNICÍPIO UF
04.530-001 ITAIM BIBI SAO PAULO SP
ENDEREÇO ELETRÔNICO TELEFONE
opobrigaces@ambev.com.br (19) 3313-5680 / (19) 3313-6000
ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR)
*****
SITUAÇÃO CADASTRAL DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL
ATIVA 19/07/2005
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL

SITUAÇÃO ESPECIAL DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL


******** ********

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Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 06 de maio de 2016.
Emitido no dia 06/12/2017 às 12:42:35 (data e hora de Brasília). Página: 2/2

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fls. 44
1/6

DECRETO Nº 28.266 DE 16 DE FEVEREIRO DE 2017

Disciplina as obrigações
dos titulares de Alvará de
Autorização para
exercício de comércio
informal em logradouro público, de
Alvará de Autorização Especial e de
Alvará de Autorização para a
exploração de atividades, em caráter
eventual, durante o Carnaval de 2017 e

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dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DO SALVADOR, CAPITAL DO ESTADO DA BAHIA, no uso da


competência que lhe confere o art. 52, inciso V, da Lei Orgânica do Município do Salvador,

Considerando que compete ao Município do Salvador a realização e organização, em sua


circunscrição, da festa popular do Carnaval de 2017, que se iniciará às 06 horas do dia 18
de fevereiro e findar-se-á no dia 1º de março de 2017, às 14 horas;

Considerando que o Carnaval se tornou um bem público imaterial, do qual se beneficia


toda a coletividade, seja para explorá-lo economicamente, obtendo lucros, ou para fins de

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lazer e diversão, razão pela qual se deve buscar o equilíbrio em relação ao suporte
financeiro para sua realização, repartindo-se o ônus entre o poder público e a iniciativa
privada;

Considerando a celebração de Contratos de Patrocínio pela Administração Pública


Municipal como a operação mais adequada para obtenção de recursos financeiros pelo
Município do Salvador, exigindo-se, em contrapartida, o cumprimento de obrigações que
viabilizem ações de marketing eficazes, DECRETA:

Art. 1ºOs titulares de Alvará de Autorização para exercício de comércio informal em


logradouro público, de Alvará de Autorização Especial e de Alvará de Autorização para a
exploração de atividades, em caráter eventual, expedidos pela Secretaria Municipal de
Ordem Pública - SEMOP ou pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo -
SEDUR, deverão observar, dentro dos Circuitos do Carnaval, as regras de licenciamento e
comercialização de produtos dos Patrocinadores Oficiais do Carnaval 2017, ressalvadas as
áreas e estabelecimentos particulares, blocos de carnaval e afins.

§ 1º Considera-se Circuito do Carnaval todo o trajeto compreendido entre o local de início e


de término dos desfiles oficiais, assim como suas imediações e principais vias de acesso,
conforme Anexo.

§ 2º São Patrocinadores Oficiais do Carnaval 2017 as seguintes marcas: Ambev S/A (Skol),

Decreto 28266/2017 - LeisMunicipais.com.br


fls. 45
2/6

Itaú, AirEuropa, Trident, Avatim e SBT/Aratu, relativas a todos os Circuitos, quais sejam:

I - Circuito Dodô, compreendido pelo trecho de desfile entre a Barra e Ondina;

II - Circuito Osmar, compreendido pelo trecho de desfile entre o Campo Grande e a Rua
Chile (Praça Castro Alves);

III - Circuito Batatinha, compreendido no Centro Histórico/Pelourinho;

IV - Carnavais dos Bairros, compreendido em 09 (nove) bairros do Município, quais sejam:


Abaeté, Boca do Rio, Cajazeiras X, Liberdade, Periperi, Plataforma, Pituba, Pau da Lima e
Nordeste de Amaralina;

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V - Circuito Orlando Tapajós: do Clube Espanhol ao Farol da Barra;

VI - Circuito Sérgio Bezerra: compreendido entre o Farol da Barra e o Cristo.

§ 3º A ressalva estabelecida no caput para os estabelecimentos particulares e blocos de


carnaval somente se aplica a vendas no varejo e apenas na área interna e para os
integrantes do respectivo bloco.

Art. 2º Nos Circuitos do Carnaval, os titulares de Alvará de Autorização para exercício de


comércio informal em logradouro público, de Alvará de Autorização Especial e de Alvará de
Autorização para a exploração de atividades, em caráter eventual, só poderão divulgar as

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marcas, distribuir, vender, dar publicidade ou realizar propaganda de produtos e serviços,
bem como realizar outras atividades promocionais ou de comércio de rua relacionadas aos
Patrocinadores Oficiais.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput deste artigo para a veiculação de
publicidade licenciada na forma dos artigos 33 a 39 do Decreto nº 20.505/2009.

Art. 3º No intuito de assegurar o bom andamento da fiscalização e apreensão de


publicidade e produtos em desacordo com este Decreto, especialmente quanto ao
marketing de guerrilha ou de emboscada, fica designada ação em Força Tarefa, a ser
realizada pelos agentes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo -
SEDUR, da Secretaria Municipal de Ordem Pública - SEMOP, da Superintendência da
Guarda Civil Municipal - GCM e Empresa Salvador Turismo - SALTUR, sendo deferido a
tais agentes, conjunta ou separadamente, a realização das diligências legais necessárias
para garantir o cumprimento dos termos ora estabelecidos.

Art. 4ºO descumprimento das regras deste Decreto sujeitará o infrator às sanções de
Cassação do Alvará e de Apreensão de Bens e Mercadorias previstas na Lei Municipal
nº 5.503/1999.

Art. 5º O exercício de atividade econômica nos Circuitos do Carnaval sem o devido Alvará
sujeitará o infrator à sanção de Apreensão de Bens e Mercadorias prevista na Lei Municipal

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3/6

nº 5.503/1999.

Art. 6ºAs obrigações previstas neste Decreto deverão ser cumpridas sem prejuízo do
cumprimento de outras obrigações previstas na legislação específica.

Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DO SALVADOR, em 16 de fevereiro de 2017.

ANTONIO CARLOS PEIXOTO DE MAGALHÃES NETO


Prefeito

JOÃO INÁCIO RIBEIRO ROMA NETO

Se impresso, para conferência acesse o site http://esaj.tjba.jus.br/esaj, informe o processo 0505913-58.2018.8.05.0001 e o código 41D8C14.
Chefe de Gabinete do Prefeito

LUIZ ANTÔNIO VASCONCELLOS CARREIRA


Chefe da Casa Civil

PAULO GANEM SOUTO


Secretário Municipal da Fazenda

MARCUS VINÍCIUS PASSOS RAIMUNDO


Secretário Municipal de Ordem Pública

Este documento foi assinado digitalmente por CARLOS EDMUNDO SILVA DE SOUZA JUNIOR.
THIAGO MARTINS DANTAS
Secretário Municipal de Gestão

PALOMA SANTANA MODESTO


Secretária Municipal da Educação

JOSÉ ANTÔNIO RODRIGUES ALVES


Secretário Municipal da Saúde

ANDRÉ MOREIRA FRAGA


Secretário Cidade Sustentável e Inovação

FÁBIO RIOS MOTA


Secretário Municipal de Mobilidade

ÁTILA BRANDÃO DE OLIVEIRA JUNIOR


Secretário Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza, em exercício

MARCÍLIO DE SOUZA BASTOS


Secretário Municipal de Manutenção da Cidade

GUILHERME CORTIZO BELLINTANI

Decreto 28266/2017 - LeisMunicipais.com.br


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Secretário Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo

CLÁUDIO TINOCO MELO DE OLIVEIRA


Secretário Municipal de Cultura e Turismo

GERALDO ALVES FERREIRA JÚNIOR


Secretário Municipal do Trabalho, Esportes e Lazer

ANTÔNIO ALMIR SANTANA MELO JR


Secretário Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas

PAULO EZEQUIEL DE ALENCAR


Secretário Municipal de Comunicação

Se impresso, para conferência acesse o site http://esaj.tjba.jus.br/esaj, informe o processo 0505913-58.2018.8.05.0001 e o código 41D8C14.
IVETE ALVES DO SACRAMENTO
Secretária Municipal da Reparação

TAÍSSA TEIXEIRA SANTOS DE VASCONCELLOS


Secretária Municipal de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude

ANEXO

Poligonal do Circuito DODÔ delimitada pelos seguintes pontos:

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Decreto 28266/2017 - LeisMunicipais.com.br


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5/6

__________________________________
| PONTO | LATITUDE | LONGITUDE |
|=======|============|=============|
| A |13º0`38.56"S|38º32`1.01"O |
|-------|------------|-------------|
| B |13º0`40.11"S|38º31`26.46"O|
|-------|------------|-------------|
| C |13º0`41.51"S|38º30`39.54"O|
|-------|------------|-------------|
| D |13º0`41.01"S|38º30`23.90"O|
|-------|------------|-------------|
| E |13º0`29.15"S|38º30`27.76"O|
|-------|------------|-------------|
| F |13º0`29.38"S|38º30`28.11"O|
|-------|------------|-------------|
| G |13º0`29.03"S|38º30`40.17"O|
|-------|------------|-------------|

Se impresso, para conferência acesse o site http://esaj.tjba.jus.br/esaj, informe o processo 0505913-58.2018.8.05.0001 e o código 41D8C14.
| H |13º0`32.48"S|38º30`40.55"O|
|-------|------------|-------------|
| I |13º0`24.49"S|38º30`57.31"O|
|-------|------------|-------------|
| J |13º0`14.33"S|38º31`4.53"O |
|-------|------------|-------------|
| K |13º0`13.14"S|38º31`22.95"O|
|-------|------------|-------------|
| L |13º0`20.70"S|38º31`37.21"O|
|-------|------------|-------------|
| M |13º0`14.77"S|38º31`54.68"O|
|-------|------------|-------------|
| N |13º 0`9.50"S|38º31`55.13"O|
|-------|------------|-------------|
| O |13º 0`8.49"S|38º31`57.69"O|
|-------|------------|-------------|

Este documento foi assinado digitalmente por CARLOS EDMUNDO SILVA DE SOUZA JUNIOR.
| P |13º0`16.02"S|38º32`1.85"O |
|-------|------------|-------------|
| Q |13º0`38.56"S|38º32`1.01"O |
|_______|____________|_____________|

Poligonal dos Circuitos OSMAR e BATATINHA delimitada pelos seguintes pontos:

Decreto 28266/2017 - LeisMunicipais.com.br


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6/6

___________________________________
| PONTO | LATITUDE | LONGITUDE |
|=======|=============|=============|
|R |12º59`34.95"S|38º31`9.88"O |
|-------|-------------|-------------|
|S |12º59`22.73"S|38º31`30.87"O|
|-------|-------------|-------------|
|T |12º58`35.81"S|38º30`58.06"O|
|-------|-------------|-------------|
|U |12º58`11.98"S|38º30`28.80"O|
|-------|-------------|-------------|
|V |12º58`28.53"S|38º30`30.05"O|
|-------|-------------|-------------|
|X |12º58`41.85"S|38º30`46.59"O|
|-------|-------------|-------------|
|Y |12º59`0.50"S |38º30`51.67"O|
|-------|-------------|-------------|

Se impresso, para conferência acesse o site http://esaj.tjba.jus.br/esaj, informe o processo 0505913-58.2018.8.05.0001 e o código 41D8C14.
|Z |12º59`14.62"S|38º31`6.96"O |
|-------|-------------|-------------|
|AA |12º59`13.76"S|38º31`10.52"O|
|-------|-------------|-------------|
|AB |12º59`17.64"S|38º31`10.78"O|
|-------|-------------|-------------|
|AC |12º59`18.08"S|38º31`7.00"O |
|-------|-------------|-------------|
|AD |12º59`22.91"S|38º31`10.66"O|
|-------|-------------|-------------|
|AE |12º59`26.82"S|38º31`6.14"O |
|-------|-------------|-------------|
|AF |12º59`24.45"S|38º31`11.36"O|
|-------|-------------|-------------|
|AG |12º59`34.95"S|38º31`9.88"O |
|_______|_____________|_____________|

Este documento foi assinado digitalmente por CARLOS EDMUNDO SILVA DE SOUZA JUNIOR.

Decreto 28266/2017 - LeisMunicipais.com.br


18/09/2017 Agência de Notícias - Prefeitura e Ambev firmam contrato de patrocínio para grandes eventos
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Prefeitura e Ambev firmam contrato de patrocínio para grandes eventos


Investimento será de R$90 milhões por três anos de contrato para Carnaval, Réveillon e festivais da Cidade e Primavera

Se impresso, para conferência acesse o site http://esaj.tjba.jus.br/esaj, informe o processo 0505913-58.2018.8.05.0001 e o código 41D8C14.
A Prefeitura e a Ambev firmaram o maior contrato de patrocínio para grandes eventos na cidade, com investimentos da ordem de R$ 30 milhões por ano, valendo
por três anos, para a realização de eventos como o Carnaval e Réveillon, além dos festivais da Cidade e da Primavera. Outros eventos do tipo também são
prospectados pela parceria, reforçando o calendário cultural da cidade.

A parceria foi firmada em evento realizado na quarta-feira (3), no Farol da Barra, com as presenças do prefeito ACM Neto, do vice-presidente de Vendas da Skol,
Ricardo Melo, a vice-presidente de Marketing da empresa, Paula Lindemberg, do secretário de Cultura e Turismo (Secult), Érico Mendonça, do presidente da
Empresa Salvador Turismo (Saltur), entre outras autoridades e artistas como Denny (Timbalada), Adelmo Casé (Negra Cor) e Tuca Fernandes.

O prefeito afirmou que esse contrato vinha sendo vislumbrado pela administração para ampliar os investimentos nos eventos da cidade, reduzindo a aplicação de
recursos públicos. Ele acredita que essa é uma parceria histórica para Salvador pois, além de bater os recordes de investimento, vai ajudar a cidade a realizar
festas cada vez mais bonitas e completas, seguindo um modelo de patrocínio adotado desde 2013 e que vem economizando recursos públicos.

O contrato já vale para o Réveillon 2016/2017, que contará com zona de exclusividade para a venda de produtos da empresa, modelo que tem se repetido desde

Este documento foi assinado digitalmente por CARLOS EDMUNDO SILVA DE SOUZA JUNIOR.
2014 como contrapartida pelos investimentos privados em grandes eventos realizados na cidade. Antes desse contrato firmado com a Ambev, a média de
patrocínio privado (apenas das cervejarias) era de R$ 25 milhões.

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