Cambridge
Cambridge University Press
1986
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Introdução.
um controle sobre uma área ou espaço que deve ser concebida e comunicada,
então alguém pode levantar que a Territorialidade, neste sentido, é muito
improvável na maioria senão em todos os animais. A Territorialidade nos
humanos é melhor entendida como uma estratégia espacial para afetar,
influenciar ou controlar fontes e pessoas, controlando área; e, como uma
estratégia, a Territorialidade pode ser ligada e desligada. Em termos
geográficos ela é uma forma de comportamento espacial. A questão então é
descobrir sobr e que condições e porquê a Territorialidade é ou não é
empregada.
1. O significado da Territorialidade.
Exemplos de Territorialidade.
Os Chippewa.
decisões em cima dos outros e não podia impedir que uma pessoa obtesse a
sua independência. Em termos econômicos, estas pessoas eram igualitárias.
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O que pode-se dizer sobre a organização territorial Chippewa? Está claro que
eles como uma entidade ocupavam uma vasta área. Mas, as suas habitações
nunca foram claramente ligadas e flutuavam de ano a ano. No leste, os
Chippewa estavam misturados entre os amigáveis Ottawa e os Potawatomi; no
norte eles estavam misturados entre os normalmente amigáveis Cree; e no
para a não preservação dos índios. Bem como, para o estabelecimento dos
europeus. As reservas eram territórios permanentes, somente, se contivessem
terras que os europeus achassem que eram indesejáveis. Além destas
retaliações contra a Territorialidade impor restrições à cultura indígena, as
fronteiras da reserva, geralmente, formavam um entendimento para uma
geometria simétrica dos estados vizinhos. Cortando a terra retangular e
interrompendo os domínios da autoridade local.
O lar.
O local de trabalho.
cidades, territórios, não tem nenhum propósito, a menos que o termo alcance o
nosso entendimento sobre elas. Isto significa que a Territorialidade deve ser
definida, amplamente, o suficiente para cobrir estes e outros casos e ainda
ricamente o suficiente para iluminar seus diferentes efeito s. Nós precisamos
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exemplo, o quão forte um piso deve ser para suportar a estátua e a maçã. Nós
seríamos capazes de antecipar o impacto que cada uma causaria se jogadas
da janela de um segundo andar. Saber a massa de algo, aumenta a nossa
compreensão daquilo e as suas conexões com o mundo. Mas, de maneira
alguma isso nos diz tudo que se há pra saber sobre o objeto e suas
interrelações. A estátua e a maçã são ambas massas, mas elas exibem muitos
outros atributos definidos e significantes, que elas não partilham e que não
podem ser descobertos, olhando-as somente como exemplos de massa.
Definindo a Territorialidade.
restringir, bem como para excluir. E os indivíduos que exercem controle não
precisam estar dentro do território. E é claro que eles não precisam estar
próximos dele. Uma cerca ou um muro pode controlar, da mesma forma um
sinal de não passe. A definição aponta que a Territorialidade estabelece um
controle sobre uma área, como um meio de controlar as coisas e as relações.
a entrar na cozinha, mesmo que o pai tenha dito para não fazê-lo, então, o pai
deve recorrer a uma forma de intervenção não-territorial).
O significado da Territorialidade.
forma de classificação por área. Quando alguém diz que alguma coisa ou
mesmo algumas coisas, em um quarto são dele ou estão fora do limite par
você ou ainda que você não pode tocar em nada fora deste quarto, ele está
usando uma área para classificar ou determinar coisas em uma categoria
como dele, não sua. Ele não precisa enumerar ou definir os tipos de coisas
que são dele e não suas. Quando usa a Territorialidade, o pai não tem que
dizer a criança o que ela não pode tocar. Elas, simplesmente, não são
admitidas no compartimento, no quarto. De acordo com Piaget, existem duas
maiores formas de classificação: uma é pelo tipo e a outra é pela área. A
Territorialidade é claro pode empregar ambas, mas ela sempre emprega esta
última.
desejamos não divulgar tal lista. O time de futebol, treinando para um grande
jogo, pode desejar que o oponente não saiba sobre os novos atletas. Pra
ajudar a manter o segredo, o treinador pode usar a Territorialidade para excluir
os observadores do campo e das arquibancadas.
grades , do que permitir que eles circulem por aí, com guardas os seguindo.
Controlar as coisas territorialmente pode poupar muitos esforços.
Métodos Prévios.
A Territorialidade e a Geografia.
Territorialidade e História.
2. Teoria.
sete dos outros efeitos potenciais podem estar ligados a estas três facetas. E
que estes efeitos, mais os três srcinais nos levam a, aproximadamente,
quatorze combinações de características. Notem que, o número preciso não é
o assunto crítico, eles podem ser reduzidos a menos que dez ou quatorze. O
que é crítico, é que a definição de Territorialidade deve ser rica o suficiente
para delimitar o alcance das vantagens potenciais oferecidas por uma
estratégia territorial e um nível de generalidade que seja preciso e útil.
Especificando esses efeitos, como eles estão conectados um ao outro e as
condições sobre as quai s eles serão empregadas, constitui a teoria de
Territorialidade.
palavras, a teoria pode nos ajudar a entender e a explicar. Mas, não é provável
que ela nos ajude a predizer, precisamente, o que acontecerá no futuro.
contextos sociais, que podem empregá-las. Desta forma, a teoria pode ser
religada a casos históricos específicos e a teorias do poder.
Teoria: Parte 1.
As dez tendências da Territorialidade.
coisa nesta área ou lugar é nossa ou que está fora do seu limite, nós
estamos classificando ou colocando as coisas numa categoria como, nossa
ou não sua, de acordo com sua localização no espaço. Nós não precisamos
estipular os tipos de coisas no lugar, que são nossa ou não sua. Assim, a
Territorialidade evita, em vários graus, a necessidade por uma enumeração
e classificação por tipo e pode ser o único meio de afirmar o controle se nós
não podemos enumerar todos os fatores significan tes e relações aos quais
nós temos acesso. Este efeito é, especialmente, útil na arena política, onde
uma parte da política é sua preocupação com condições inéditas e relações.
2. A Territorialidade pod e ser fácil para com unicar, porque ela reque r um tipo
de marca ou sinal, a fronteira. A fronteira territorial pode ser somente a
forma simbólica que combina a direção no espaço e uma afirmação sobre a
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Combinações primárias.
pela prisão. É claro que, mesmo uma prisão sem celas, mas com muros ao
redor , propicia um meio mais efetivo de supervisão, do que uma forma não-
territorial de contato, tal como algemando um prisioneiro a um guarda. O
indicador quantitativo importante do grau da eficiência de supervisão, seria
a extensão do controle, por exemplo, os números de supervisores por
supervisionados. Esta medida é um indicador conhecido da estrutura
organizacional e é exibida por todas as organizações territoriais.
Exemplos disto, podem ser vistos na atenção dada às crises urbanas e aos
conflitos entre as cidades do interior versus os subúrbios e ao cinturão da
neve versus o cinturão do sol, ao invés de se dar atenção às relações sócio-
econômicas que causam os conflitos.
m. Moldar a Geografia das ações em várias escalas ( 8), aliada com o reforço
de responsabilidades de planejamento de longo e curto alcance à
correspondentes níveis de hierarquia (3), dá a organizações a oportunidade
de obscurecer o impacto geográfico de um evento. Isto ocorre, através de
uma especificação correta da Geografia em uma escala, digamos a
nacional, e não em outras ou dividindo uma decisão em partes, tal que o
inicio de uma ação, que pode ser irreversível, é considerado no contexto do
maior território. E a implementação da ação é deixada mais tarde para os
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fazer alguma coisa neste sentido corremos o risco de nos tornamos gerais ou
específicos demais. Novamente, uma definição e seus vínculos estão em nível
próprio que não podem ser provadas abstratamente. Nós somente podemos
ilustrar a utilidade da teoria, em explorar casos de estudo da Territorialidade.
Teoria: Parte 2.
Weber.
53
alguma coisa a ver com alguns destes efeitos. Estes pontos críticos, são
equivalentes territoriais dos efeitos oligarquicos e conservativos da
burocracia .
Marx.
Uma segunda teoria social que pode ser ligada com sucesso com
a Territorialidade, é o Marxismo. Marx não examinou a possibilidade das
dinâmicas burocráticas como um fenômeno independente. Ao invés disso, os
seus escritos discutem sobre a burocracia como uma instituição a ser
manipulada pela classe dominante. Isto é porque, Marx ensinou que a divisão
social do trabalho, conforme manifestado nos arranjos, especializações e
papéis, é determinada pela divisão econômica do trabalho. As idas e vindas da
burocracia, são ligadas ao desenvolvimento das classes econômicas e suas
interrelações. Uma vez que o comunismo remove o conflito de classe, o
Estado como um agente da opressão, definharia. Marx não se prendeu
diretamente à questão de que, se a burocracia também definharia junto com o
Estado. Mas, em sua crítica inicial a Hegel, ele vê o socialismo simplificando a
burocratização do Estado. Recentemente, os marxistas reconheceram que a
burocratização é uma força a ser considerada nos países socialistas, senão no
mundo utópico do comunismo. As burocracias soviéticas, têm dinâmicas
Tendências e Complexidades.
civilizações e também possuem fortes semelhanças com que nós sabemos das
sociedades primitivas a partir do restos arqueológicos. A abstração e a
combinação dos dois tipos de evidência, apresenta um quadro composto que,
com as devidas precauções, servirá para a caracterização das sociedades
primitivas.
A economia doméstica.
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forte começa a usar o seu poder injustamente ou sem sabedoria, aqueles que
estão descontentes ou que estão sendo prejudicados, podem sair para formar
a sua própria comunidade ou se juntarem a outra. Se isto não for possível, a
comunidade pode adotar uma postura de ostracismo com relação ao “brigão”.
Uma vez que estas comunidades são pequenas, os efeitos da ação de alguém
sobre outros pode ser visto rapidamente por todos. Esta intimidade e a
interdependência econômica dos membros da comunidade torna a ajuda
mutual e a cooperação importantes coisas.
las melhor do que os outros, isto não torna impossível que os outros a
produzam. O conhecimento da manufatura da ferramenta, não pode ser
monopolizado e nem ninguém dentro da comunidade pode monopolizar o
gamo, o peixe, as amoras ou as castanhas. Mesmo se a sociedade é de
agricultura, raramente há uma escassez de terra arável. E então, novamente, a
monopolização dos lotes dentro da comunidade é algo improvável.
Territorialidade.
eles pelos seus deuses. Na Austrália, cada grupo totêmico está associado com
um local, do qual um ancestral totêmico, supostamente, emergiu. Quando uma
pessoa morre, seu espirito retorna ao lugar da srcem totêmica. Os aborígenes
Aranda, do norte da Austrália
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se apegam ao seu solo nativo com cada fibra do seu ser. Eles sempre falam
dos seus locais de nascimento com amor e reverência. Hoje as lágrimas vêm
aos seus olhos, quando eles mencionam que um local ancestral tem sido às
vezes violado pelos brancos usurpadores do território do seu
grupo...Montanhas e riachos, primaveras e olhos d’águas, são para eles nada
além de interessante ou bonitas características cênicas...; eles são o trabalho
dos ancestrais, dos quais eles descendem. Eles vêem, registrados nos
arredores, a história antiga das vidas e os atos dos importantes seres a quem
eles reverenciam. Seres que, por um breve momento no espaço, podem tornar
a forma humana, novamente. Seres que, para muitos deles, foram conhecidos
através das suas próprias experiências, como seus pais, avós, irmãos, mães e
irmãs. O campo inteiro é uma árvore da família viva. A história dos seus
ancestrais totêmicos, é para o nativo o que conta desde o começo da sua vida
até o final dela, quando o mundo que ele conhece está sendo moldado e
formado por mãos poderosas.
que dão as lagartas comestíveis das árvores, os peixes dos rios, os vinhos das
palmas e as colheitas dos campos. Os membros do clã que estão sob o solo
podem cultivar, colher, caçar, pescar; eles fazem uso do domínio de seus
ancestrais, mas é o morto que permanece como guardião. O clã e o solo que
ele ocupa, constitui uma coisa indivisível e o todo está sobre as regras do
Bakulu, de maneira que uma alienação total da terra ou de parte dela, é algo
contrário à mentalidade dos Bakongo.
Civilizações.
Uma vez que a vila A é a mais velha, vamos assumir que ele
também seja assumir que também seja a maior e a mais próspera e que sua
família sacerdotal também seja a mais poderosa, as outras podem encorajar os
seus sacerdotes a se casarem com as filhas desta família ou talvez a vila peça
para o segundo filho mais velho desta família, que se estabeleça entre eles
Modelos territoriais.
Esta terra obtida, pode agora ser trabalhada pelas vilas como um
meio de pagar os tributos e as taxas, para a classe governante. Esta terra
sacerdotal local, pode não estar sobre a supervisão direta da família
sacerdotal, mas sim sobre as direção de seus agentes ou de um capataz local.
Se nós considerarmos que a elite pode consistir, não somente da classe
sacerdotal, mas também de uma nobreza secular e que podem estar alojadas
em uma porção de terra que eles possuem (mesmo que eles a possuam
indiretamente no nome sacerdote-rei ou de outra autoridade) então nós temos
um modelo de um Estado, cuja autoridade e representantes são mais
descentralizados e que interferem mais na vida dos camponeses. Estes
elementos de posse da terra e de autoridade, correspondem intimamente ao
que tem sido chamado de feudal.
87
Capitalismo.
Mecanismos.
Ideologia.
99
Espaço e tempo.
Territorialidade.
na nossa visão pública e ela afeta até mesmo as nossas experiências pessoais
do mundo. As dinâmicas da sociedade moderna, tornam difíceis as coisas
ficarem paradas criarem raízes, ver os lugares como reuniões de eventos, leva
tempo e em nossa sociedade as coisas mudam rapidamente. Não admirem,
então, que até mesmo a disciplina da Geografia, que está preocupada
principalmente com o lugar e com o espaço, tenha acabado com o ambiente
físico, dentro do espaço métrico isotrópico. Ela também tem enfatizado de
maneira genérica lugares, ao invés de maneira específica e também reduziu
relações físicas em distâncias métricas.
4.A Igreja.
O Cristianismo primitivo.
O contexto judeu.
por ano. É provável que outros locais de adoração tenham surgido, mas não
há evidências de que tais lugares fossem encorajados pela ordem
estabelecida. E assumindo que eles eram tolerados, suas funções seriam
restritas porque a Bíblia contém referências à tentativa pelo Judaísmo
organizado de extinguir lugares competidores de sacrifício, embora talvez não
de oração.
lugar mais sagrado reservado somente para os mais altos sacerdotes. A este
respeito o Judaísmo não era diferente das outras religiões da época. Lugares
sacros e a hierarquia religiosa eram partes fundamentais das vizinhanças e
das religiões preexistentes no Oriente Médio e também eram importantes
facetas da religião de Roma. A organização hierárquica religiosa, entretanto,
era somente uma fração pequena da hierarquia dentro da civilização Romana.
escreveu aos Corinthians, que eles próprios, eram um Templo do Deus vivo
(Corinthians 2 ,6:16). De acordo com Matheus, Jesus não gostava de
demonstrações públicas de oração; aqueles que adoram rezar de pé nas
sinagogas e nos cantos da ruas ( Matheus 6:5). Ao invés disso, quando
desejar rezar, entre no seu quarto, feche a porta, ore ao pai que está em
segredo e pai qua está em segredo lhe dará a recompensa abertamente
( Matheus 6:6); e onde dois ou três se reunirem em meu nome ali eu também
estarei entre eles ( Matheus 18:20).
governo natural dos mais velhos. O Novo Testamento contém poucos termos
de organização consistente com o velho. Paulo, por exemplo, não a palavra
sinagoga nem arquinogogos, nem os títulos Judeus para clérigo. E o papel das
mulheres na sociedade cristã primária é mais liberal do que o papel
123
Territorialidade.
ver a Igreja visível e que ela não está ancorada a nenhum território. As cartas
da Igreja primária ( as cartas de Paulo aos Corinthians, as primeiras epístolas
de Clemente para os Corinthians, as epístolas de Inácio para os Efésios,
Magnésios, Trallians e Romanos), se referem a uma Igreja ser em um lugar (e
não) de um lugar e às vezes surgindo em um lugar. Embora, freqüentemente
se referindo ao governo da Igreja, estas cartas não falam diretamente sobre o
território. As cartas de Paulo aos Corinthians se referem à necessidade para
autoridade e hierarquia da Igreja e também avisos para a congregação está
alerta quanto aos profetas itinerantes, que podem desviar a congregação do
verdadeiro caminho da fé. As cartas reconhecem que a congregação ou
comunidade está na cidade e que normalmente há uma por cidade e o
conceito de profetas itinerantes sugere que a posição de um bispo ou clérigo
tenha se tornado geograficamente fixada. Mas, nenhuma menção é feita de se
usar os limites da cidade ou alguma outra fronteira especificável como um
meio de definir ou de impor uma jurisdição a uma congregação. O mesmo
pode ser dito de Clemente e mais ainda das epístolas de Inácio. Elas exortam
demais a congregação a seguir os seus bispos elas incentivam contra os
falsos profetas, os pregadores itinerantes e os faladores. Elas alertam contra
se ter tais pessoas ‘entre você’ e elas incentivam a congregação a ‘não admiti-
las’, mas novamente não há nenhum uso explícito do território para confirmar o
controle sobre a comunidade. É claro que isto que se esperava, porque elas
não tinham ainda nenhuma autoridade para recorrer nas afirmações
territoriais.
entram.
Cirta ( no ano 305) foi anotado que os bispos se encontraram numa casa
particular porque as Igrejas foram destruídas e não tinham sido restauradas.
ser revestida no século XII que marca o início do final do feudalismo em geral
e um ressurgimento na hierarquia e organização da Igreja.
A feudalização.
primeiro tem a ver com a posição do padre durante o serviço. Era costume até
o século XII para o padre ficar de frente para a congregação durante o serviço;
mas as reformas Gregorianas do final do século XI e XII tem o padre agora
encarando o altar e dando a sua costa para a congregação, desta forma
aumentando a ‘distância pessoal’ entre o padre e os paroquianos. O segundo
tem a ver com a acessibilidade da própria Bíblia, declarand o que somente o
clérigo deveria possuí-la. Em 1080 a Igreja proibiu qualq uer leigo de até
mesmo ler a Bíblia em sua totalidade. “A partir do Waldenses em diante tentar
examinar a Bíblia se tornou prova presumível de heresia.”
A Reforma e o após.
Protestantismo.
religião no alimento e nas vestimentas, nos lugares santos e nos dias santos.
Às vezes ele permitia que as igrejas fossem simplesmente locais convenientes
de adoração: “Nós não devemos restringir o prédio de igrejas adequadas e
seus adornos, nos não podemos viver sem eles. E a adoração pública deve
ser corretamente conduzida da maneira mais adequada. Mas deve haver um
limite para isto, e nós devemos tomar cuidado para que as intenções da
adoração sejam pura ao invés de monetárias.” Mas, em outros tempos ele as
teria eliminado todas junto. “A Igreja não tem mais nenhum laço com uma
cidade, pessoal ou tempo.” Ele via a forma física como desviando a atenção do
sagrado: “Nós somos desviados dos mandamentos de Deus por tal barulho e
agitação.”
impor a conduta da Igreja resultou numa ligação forte entre a Igreja e o Estado.
Em muitos países o Luteranismo se tornou a religião do Estado.
sagradas e nem eram para ser chamadas de casa de Deus: “Deixe aqueles
que atribuem à Igreja poder no sentido comum, ouçam o que Hilório tem a
dizer sobre esse assunto, ‘nós fazemos errado em venerar a Igreja de Deus
nos tetos e nos edifícios.’” As igrejas eram simplesmente locais de adoração e
por causa das rígidas regras sobre o comportamento do público, o alcance real
da conduta permissível dentro delas era bem pequeno. As igrejas rurais eram
fechadas quando não eram usadas para adoração.
A pós-reforma da Igreja.
153
Descoberta e colonização.
Emergência do espaço e do território abstrato.
As reivindicações coloniais.
por todas as almas dentro dos seus respectivos domínios. Como uma
concessão secular ela interpretada como uma extensão da autoridade feudal
sobre qualquer entidade política que este territórios pudessem conter.
161
inglês deve com todo direito tomar a terra dos índios porque Deus intencionou
que suas terras deveria ser cultivadas e não deixadas nas condições de um
lugar selvagem e desabitado, que eles, os selvagens, não faziam mais do que
habitar.”
Inglesa, teve que justificar o fato de que a terra pertencia aos índios. De
acordo com Cronon, Williams argumentou
que o Rei tinha cometido uma injustiça ao dar o país para seus assuntos
ingleses que pertenciam aos índios nativos. Mesmo se os índios usassem a
terra diferentemente do que os ingleses, eles entretanto a possuíam pelo
direito de a terem ocupado primeiro e pelo direito das mudanças ecológicas
que eles tinham operado nela. Se os índios tinham conduzido a agricultura ou
não, eles caçavam por todo país, e pela expedição das suas viagens de caça,
eles queimavam todos os arbustos no país, uma ou duas vezes por ano. A
queima de madeira, de acordo com Williams, era uma melhoria que deu aos
índios tanto o direito ao solo quanto o rei da Inglaterra poderia reclamar para
as suas florestas imperiais. Se o inglês podia invadir os territórios de caça dos
índios e reclamar direito de propriedade sobre eles porque eles estavam sendo
improdutivos, então os índios poderiam fazer da mesma forma com os parques
de jogos reais.
até os mares do sul, e então para o sul até o rio St. Matthias, que bordeava a
costa da Flórida, e dentro de um e trinta graus da latitude norte, e então para
oeste numa linha direta até o mar do sul já citado acima.
Nós devemos dar poderes a maior parte dos proprietários livres ou a seus
deputados ou representantes para serem escolhidos entre eles mesmos; dois
de cada tribo, divisão ou paróquia, de maneira que todos concordem, para
fazer suas próprias leis, com a orientação e o consentimento do governador e
do conselho.
e concede pleno poder e autoridade para dividir toda e qualquer parte dos
territórios aqui concedidos, em províncias, condados, cidades, lugarejos,
centenas ou paróquias em outras partes ou porções. Se estabelecendo em
todas ou em cada uma delas, para apontar ou lotear tais porções de terras
para usos públicos.
para estabelecer taxas iguais dentro dos vários recintos, centenas, paróquias,
feudos ou qualquer outra divisão que seja feita e estabelecida na dita
província. E para dividir tal província em centenas, paróquias, tribos ou divisões
que eles acharem adequadas, e que tal representação deve ser baseada nas
divisões dessas áreas.
leste para incluir as duas cidades acima descritas e colocá-las em uma forma
regular conforme dito acima.
confiscadas nos Estados de Ulster na parte quatro diz que “os usuários dessas
terras seriam de vários tipos. 1. Ingleses e Escoceses que quisessem plantar
suas porções com inquilinos ingleses e escoceses. 2. Pessoas que estivessem
servindo na Irlanda que pudessem pegar inquilinos ingleses ou irlandeses a
sua escolha e 3. Nativos desses condados, que deviam ser proprietários
livres.”
sociais orgânicas. Mas a vitalidade desta visão foi diminuída conforme o papel
do comércio e da mobilidade geográfica aumentou. A batalha perdida para
reter um sentido definido socialmente de comunidade em nível local está
ilustrada por toda América do Norte, mas também mais fortemente no caso
puritano.
para melhor realizar os negócios entre eles, é assim ordenado que nenhum
homem deve ser admitido como habitante em Sa ndwich, ou goza r de
privilégios, sem a provação da Igreja e de Mr. Theo Prence, ou de qualquer um
dos assistentes que eles escolherem.” Regras similares foram estabelecidas
por outras cidades, mas geralmente era o caso de que se outra cidade
garantisse receber de volta os seus imigrantes, então ele poderia ficar por um
pouco mais; mas cedo ou tarde ele teria que pedir pela admissão à cidade na
qual ele agora residia. Em 1636, a colônia de Plymouth estabeleceu regras
para os novos moradores, estipulando que “nenhuma pessoa vindo de outras
partes seria permitida como habitante na sua jurisdição sem aprovação do
governador e de dois magistrados no mínimo”, e no mesmo ano Boston
estabeleceu regulamentos para controlar até mesmo a estadia de convidados
ordenando que “nenhum homem da cidade deve abrigar estranhos em suas
casa por mais de 14 dias, sem comunicar aqueles que são apontados para
ordenar os negócios da cidade.”
e o dito Richard Fairbanke deveria pagar por seu rompimento acima citado.” E
em 1657, a corte de Plymouth respondendo as queixas da cidade de Taunton
para o efeito que
dupla era se converter a uma das religiões existentes para suportar a paróquia
daquela igreja. A parte central deste paradoxo é que enquanto o controle
territorial ocorria parcialmente bem no estabelecimento formal de domínios de
responsabilidade para suportar e para a freqüência da Igreja Congressional,
ele não ocorria bem em conter as pessoas que ele intencionava controlar.
que este período também viu o desenvolvimento das importantes novas idéias
na política. Filósofos como Hobbes, Locke, Roussea u, Bodin, Montesquieu, e
seus contemporâneos realizaram análises sistemáticas da natureza da
sociedade e do governo. Eles estavam interessados em que as sociedades
realmente eram e como elas podiam ou deveriam ser. Coletivamente seus
questionamentos levantaram vários assuntos interrelacionados que tiveram a
ver com o desenvolvimento da organização política americana.
alguns como Rousseau que acreditavam que a comunidade devia ser pequena
e desta forma relativamente homogênea com relação aos interesses de classe.
Isto varia que o desejo das pessoas se tornasse o interesse do grupo e
tornaria possível a democracia pura (a democracia do governo sem
representantes) que seria preferível à democracia indireta. Estados que eram
grandes em população e área tinham suas vantagens, mas eles não uniformes
nos interesses e poderiam não ter democracias verdadeiras.
Os fundadores.
181
Novos Estados podem ser admitidos pelo Congresso nessa união: mas
nenhum novo Estado será formado ou erigido dentro da jurisdição de qualquer
outro Estado; e nenhum outro Estado será forçado a se unir a dois ou mais
Estados, ou a partes de Estados, sem o consentimento das Legislaturas dos
Estados referentes bem como do Congresso.
Sempre será mais fácil para os governos dos estados passar dos limites das
problema era evitar suas armadilhas e usar isto para vantagem. Para alguns, a
maior preocupação era a tendência para a Territorialidade em diferentes níveis
da hierarquia em criar diferenças no conhecimento e responsabilidade, dando
àqueles que tinham acesso ao topo maiores poderes do que àqueles mais
abaixo. Uma vez que tais diferenças existiam até mesmo nas mais bem
intencionadas sociedades, eles poderiam corromper aqueles no poder e limitar
as liberdades dos cidadãos comuns. As eleições democráticas poderiam não
ser o suficiente para restringi-las porque o tamanho do país e seu número de
cidadãos tornavam a representação remota e impessoal. Também, havia a
preocupação de que as responsabilidades seriam dadas aos níveis errados do
governo. Estas más escolhas do poder e responsabilidade criariam injustiças e
ineficiências.
não somente coisas físicas para consumo, mas estender os serviços de todos
os tipos e até mesmo ter mais facilidade de lazer.
193
como os efeitos que nós esperaríamos que elas produzissem, nos estaríamos
continuamente nos apresentando como novos indivíduos, como pertencendo a
novos grupos e associações. Mas, tanto a nossa posição geográfica quanto as
nossas identidades (ou imagens) se tornariam mutáveis. Nós nos veríamos
mais e mais como agentes potencialmente livres e independentes escolhendo
o nosso próprio local , a nossa própria ocupação e o nosso padrão de
consumo. É este estado alto de individualismo e mobilidade na sociedade
massa que constitui o contexto significante para examinar os usos da
Territorialidade no século XX.
Porque o território?
196
Níveis de territórios.
uma ação são chamadas de “spillovers” e estes criam uma maior necessidade
por uma coordenação governamental em maior escala. Por exemplo, todos
podem concordar que a provisão de uma e ducação adequada para a nossa
juventude é sempre de interesse nacional. Suponha que “x” é o total que tal
201
Então, neste sentido, somente o rico tem o voto. O capital é mais móvel que o
trabalho e uma comunidade que tem feito investimentos públicos em infra-
estrutura pode ser deixada na mão quando o capital encontra passos mais
verdes. Os ricos são mais móveis e sua ausência torna a comunidade ainda
mais pobre. Nós vemos esta tendência no trabalho no “vôo branco”, também
na situação geral na cidade do interior e na remoção do capital do Cinturão da
Neve para o Cinturão do Sol ou para países estrangeiros. A reação neo-
Keynesiana seria uma simpatia pelo deslocamento e uma crença de que o
governo federal tem a responsabilidade de pelo menos facilitar estas
transições.
As perspectivas neo-Marxistas.
tendo sido criadas e usadas pelo capital para atrapalhar a classe trabalhadora.
6. O local de trabalho.
fábrica moderna, para o aprendizado ocorrer como ele ocorre em uma escola
moderna, significa que o poder legal e social deve ser mantido para excluir
todas as outras atividades de um local e para organizar todos os detalhes que
servem ao propósito dessas atividades. É em locais especificados para
atividades tais como trabalho, recreação, aprendizado e para cura que nós
experimentamos a Territorialidade mais intensamente. Nós estamos tão
acostumados com essas formas penetrantes de segmentação espacial que
nós podemos esquecer não somente que essas são unidades territoriais , mas
também que elas são novas naquilo.
Imagine você caindo por meio de uma máquina do tempo, no meio de alguma
cidade
mítica Pré-industrial composta. Você está perplexo, primeiro de tudo, pela
grande quantidade de atividades aqui. Mercadores, operando em seus
pequenos espaços, espalhando as suas mercadorias na rua. Próximo a eles,
uma escola de algum tipo parece estar em aula e você se pergunta como os
estudantes podem se concentrar. Um vendedor ambulante está indo em
direção de você, gritando as maravilhas de suas mercadorias, e fora do
burburinho das ruas, você pode apenas notar os gritos de outros vendedores
ambulantes se movendo através das outras ruas. Um homem pára o vendedor
e eles começam a negociar sobre o preço de um item. Então você nota que os
mercadores mais imóveis também estão envolvidos em tal negociação,
algumas de longa duração. Aqui e ali, um encontro inesperado chamou a
atenção da multidão e os espectadores se envolveram eles mesmo na
interação. Todo mundo está gritando com muitos insultos indo e vindo.
Você vira uma esquina e você fica perplexo com uma visão
repulsiva aos seus olhos modernos; um homem foi pregado pelas orelhas em
uma porta. Perguntando você descobre, que este é o seu castigo por enganar
os seus clientes. Ele é um mercador e ele foi pregado na porta do seu próprio
estabelecimento. Agora um grande choro atrai a sua atenção você vira outra
esquina e descobre três pessoas, esfarrapadas, sendo conduzidas através das
ruas com chicotadas e empurrões. Mais tarde, nos arredores da cidade, você
vê o resto de corpos pendurados em grilhões e alguns em algum tipo de gaiola
elevada. Um ou dois dos grilhões sustentam corpos inteiro s; o resto, pendura
somente “pedaços”.
215
Interpretações.
um trabalhador não educado para o seu negócio, nem acostumado com o uso
do maquinario empregado nele poderia, escassamente talvez, com o máximo
de esforço, fazer um pino por dia, e certamente não poderia fazer vinte. Mas
da maneira que este negócio é agora realizado não somente todo negócio é
um negócio peculiar, mas está também dividido em um número de filiais, das
quais a grande parte são similarmente negócios peculiares. Um homem
desenrola o arame, outro o estica e um terceiro o corta, um quarto o aponta e
um quinto o prende pelo topo para receber a cabeça; fazer a cabeça requer
duas ou três operações distintas; laqueá-lo é um negócio peculiar, e
esbranquiçar os pinos é outro; e até mesmo um processo diferente para
colocá-los no papel; e um importante negócio de fazer um pino é, desta
maneira, divido em cerca de dezoito operações distintas, que em algumas
fábricas, são realizadas por mãos distintas, embora em outras o mesmo
homem irá às vezes realizar duas ou três delas. Eu tenho visto pequenas
fábricas deste tipo onde dez homens somente estão empregados, e onde
219
O efeito do trabalho.
importa se podem trabalhar ganhar o seu sustento ou não; por estes meios,
nós esperamos que as gerações vindouras se habituem ao trabalho constante
que será no futuro agradável e interessante a eles”.
A hora para freqüentar a escola é permitida somente com uma visão de ser
uma preparação para o trabalho. Os pais não têm nenhuma idéia de que haja
alguma vantagem nas crianças em passarem tanto anos na escola se a
mesma quantidade de aprendizado poderia ser adquirida num tempo menor.
Em resumo, eles vêem a escola não somente como um curso de disciplina,
mas somente como um meio de adquirir leitura, escrita, aritmética, costura e
bordado como uma preparação do principal negócio da vida - ganhar dinheiro.
O território e o espaço.
podem produzir a luz total. Para impedir isto, divida cada partição em duas,
colocando a metade a tal distância da outra que deve ser igual a abertura de
uma porta. Estas janelas da sala do inspetor abrem para a área intermediária,
na forma de portas, em tantos lugares quanto se achar necessário para admitir
a sua comunicação pronta com qualquer uma das celas. Pequenas lâmpadas,
no lado de fora de cada janela do compartimento, com um refletor atrás, para
jogar a luz nas celas correspondentes, isto aumentaria para a parte da noite a
segurança do dia. Para economizar o problema do esforço da voz que pode
vez ou outra ser necessária, e para evitar que um prisioneiro saiba que o
inspetor estava ocupado com outro prisioneiro a uma certa distância, um
pequeno tubo de lata pode alcançar de cada cela até a cela do inspetor,
passando através da área, e assim até a sala do inspetor... Com relação a
instrução, nos casos onde ela não pode ser dada sem o instrutor estar perto
232
para o trabalho, ou sem dar o seu toque na frente do aluno, o instrutor deve
aqui como em toda parte, mudar sua atenção tão freqüentemente haja ocasião
para visitar diferentes trabalhadores; a menos que ele chame os trabalhadores
para si... ou faça uso destes tubos. Eles pouparão, por um lado, o esforço da
voz, que seria necessária pela parte do instrutor, para comunicar as instruções
aos trabalhadores sem a sua estação central no compartimento; e, por outro
lado, a confusão que seria formada se diferentes instrutores de pessoas no
compartimento ou alojamento fossem chamadas ao mesmo tempo. E, no caso
dos hospitais, o silêncio que pode ser alcançado através desse pequeno
aparelho... garante uma vantagem adicional.
síntese foi tanto abstrata quanto concreta. Embora seus projetos fossem
detalhados, eles tinham a intenção de oferecer uma estrutura versátil,
ilustrando o potencial para o controle territorial hierárquico. No abstrato, o
Panopticon incorpora os princípios da organização territorial que são
adequados para o uso do espaço pelo Capitalismo Industrial. Ele apresenta
um design arquitetural compreensivo para instituir os efeitos territoriais
modernos do espaço esvaziável e preenchível, e do facilitamento das
relações impessoais e burocráticas. A construção é uma concha contendo um
volume abstrato de espaço que pode ser divido variadamente, esvaziado,
preenchido e interconectado. Dentro de suas paredes, as subdivisões
espaciais impõem relações sociais impessoais, facilita a hierarquia e a
supervisão eficiente, e torna os espaços e os eventos relacionados
contingentemente.
maquinario, mas ela também tem uma fronteira, que embora não fisicamente
marcada está claramente delimitada na mente do trabalhador e do supervisor,
e podem bem ter sido especificadas nos desenhos srcinais para o layout da
planta.
O maior dos edifícios, construídos em 1791 por Toussaint Barré , tinha 110
metros de comprimento e tinha três andares. O andar térreo era devotado
principalmente para o bloco de impressão; ele continha 132 mesas arranjadas
em duas fileiras, a extensão da bancada de trabalho, que tinha oitenta e oito
janelas; cada impressor trabalhava em uma mesa com o seu “empurrador”,
que preparava e espalhava as cores. Haviam 264 pessoas no total. No final de
cada mesa havia uma espécie de rack com todo material que tinha acabado de
ser impresso e que era deixado para secar...And ando para cima e para baixo
no corredor central da bancada de trabalho, era possível realizar uma
supervisão que era ao mesmo tempo geral e individual: para obs ervar a
presença dos trabalhadores e aplicação, e a qualidade dos seus trabalhos;
para comparar os trabalhadores uns com os outros, para classificá-los de
acordo com a habilidade e a velocidade; e para acompanhar os estágios
sucessivos do processo de produção.
O lar.
238
gosta. Isto permite a oportunidade de dar ao lugar uma marca pessoal. Contra
tal argumento pode ser levantada a questão das fontes dos nossos gostos
pessoais. Com que freqüência eles vêem de outros: da televisão, dos vizinhos,
das revistas de modas ou dos projetistas de interiores? Nós estamos
expressando o nosso gosto ou nos estamos definindo aqueles de outros pelos
objetos que nós consumimos? E o quão confortável nós podemos estar com os
nossos interiores se nós os mudamos freqüentemente?
Camuflagem.
Estes domicílios eram parte do que pode ser chamados de uma economia
doméstica ou do lar ( figura 3.7a). Os trabalhadores estavam produzindo uma
comodidade especializada e eram dependente do mercado para sua
sobrevivência. Eles e suas famílias geralmente trabalhavam por longas horas
sob condições pobres - as casas eram geralmente estabelecimento em
salubres. Assim o trabalhador (e o aprendiz quando se tornava o seu próprio
mestre) estava ainda responsável pelo seu próprio processo de produção. Ele
podia decidir de alguma forma quando e como ele trabalharia dentro do seu
próprio estabelecimento. Ele podia se ele quisesse ficar a noite toda de pé e
então tirar o outro dia de folga. Esta liberdade do esquema de trabalho e a
divisão das tarefas com os membros da família permitia ao trabalhador
algumas oportunidades de realizar outras atividades para suplementar as suas
rendas no mercado. Com a exceção de uma poucas fábricas de tecelagem,
que serão discutidas brevemente, a maioria da indústria têxtil na Inglaterra
estava baseada neste tipo de “sistema doméstico” até o século XIX. Antes
deste período a maioria dos trabalhadores têxteis ingleses trabalhava em seus
próprios teares em suas casas, e muitos possuíam, além disso, alguma terra
para agricultura e até mesmo para um animal ou dois.
tecelões, como era o caso em algumas partes de Yorkshire, ou, como era
comum em Leicestershire, onde um mercador poderia oferecer intermediários
chamados de “carregadores” para trazer até as residências dos tecelões lã e
algodão que tinham sido desfiado ou enrolados em outras residências, e então
coletar deles o produto final, as jardas de tecido. Várias melhorias tecnológicas
ocorreram na indústria de tecelagem, mas, para a maior parte até a invenção
dos vários teares movidos a vapor no final do século XVIII e XIX, os tecelões
de residências eram capazes de construir, comprar e até mesmo alugar essas
novas máquinas e ferramentas e assim ainda permanecerem em casa. Embora
os artesãos geralmente empobrecessem e trabalhassem por longas horas por
um pequeno pagamento, eles ainda mantinham o controle sobre o processo de
produção . eles, exceto como aprendizes, não trabalhavam fora de casa e
sobre o controle de outras pessoas.
243
William Stump que tem um crédito de ter colocado mais de 100 teares sobre o
mesmo teto, e Jack de Newbury que tinha um estabelecimento ainda maior.
Um livro de nome, A história de John Winchcome, publicado em 1597,
descreve a manufatura de Jack de Newbury. Este estabelecimento
supostamente teria contido 200 artesãos juntos em um grande compartimento
manuseando 200 teares, assistidos por 100 mulheres desfiadeiras, 200
enroladores, 50 prendedores e 80 vestidores. Importantemente, estes
primeiros donos de fábricas foram reconhecidos por suas habilidades de
gerenciamento e de disciplina. O crescente número de casos de tais
manufaturas ou de lojas de trabalho pode ser encontrado em outras indústrias
bem como nas têxteis conforme nós nos aproximamos da Revolução Industrial.
Pode-se achar que eles fazem parte de um contínuo territorial: da residência,
para loja de trabalho residencial, para fábrica, e para fábrica de larga escala
244
empregos, e além disso não somente ganha mas justifica o seu lucro.
vantagens que eles têm em casa. Suponha que eu seja um pai que tenha
quatro, cinco ou seis crianças, e uma delas tem quatorze, outra doze e outra
dez: se eu estiver como a minha família em casa eu posso dar a eles emprego,
a um deles eu peço para bobinar, ao outro eu coloco para trabalhar no tear, e
um outro para trabalhar na fiadeira; mas se que for para a fábrica, eles não
deixarão que eu leve esses garotos, e então eu os deixarei a este mundo
grande para perecer.
outra casa tal que um bloco inteiro continha uma fileira ininterrupta de edifícios
ligados uns aos outros. O terceiro andar era um sótão o “topshop” no qual a
tecelagem ocorria. A alternativa dos donos das casas em entrarem em uma
fábrica moderna movida à vapor era deixar o “monstro” do vapor entrar em
suas casas; transformar as suas próprias casas em fábricas à vapor. O que
eles faziam era colocar o motor à vapor no final das fileiras das casas dos
artesãos, e conduzir o poder para cima até o topshop no final da fileira, e
transmitir o poder e mudando a fileira de um topshop para outro através das
partições das paredes separando as casas. No inicio de 1850 várias centenas
de casas tinham sido assim transformadas, e novas estavam sendo
construídas nessas bases. Havia um esquema para desenvolver “utopias”
urbanas pequenas de vários quarteirões baseados nessas casas-fábricas.
Claro que elas não podiam competir por muito tempo. As despesas do aluguel
do motor de vapor (a maioria senão todos, eram alugados) fez necessário para
cada morador trabalhar por longas horas. Ele tinha que pagar a sua parte do
aluguel mesmo se estivesse doente demais para trabalhar. No final do ano de
1860 estas pressões reduziram as casas de lojas de trabalho em Conventry
para uma coisa do passado.
trabalho. E, em muitos casos, até mesmo essa olhada poderiam não ser
necessária, para muitos tipos de máquinas que têm alimentação instantânea
que pode avisar o supervisor se o maquinario não está funcionando bem ou se
o trabalhador não está realizando a sua tarefa. Tal maquianario pode até
mesmo conter testes embutidos para a qualidade, desta forma incorporando
mais uma função do supervisor.
t gv sp com i
t – + – –
gv – – + +
sp + – – +
com – + – +
i – + + +
no nível da companhia,
8 oficiais 9 (dos quais 2 são capitães), e 208 homens;
no nível do pelotão,
258
a próxima peça... não chega ditada por um tempo mecânico pela linha mas é
removida do estoque do buffer; o time de produção vai ao buffer entre ele e o
grupo subsequente. As conseqüências desse sistema é que a autonomia do
grupo é radicalmente aumentada. O grupo controla o seu próprio tempo de
produção. E uma produção mais rápida para preencher o buffer, permite
intervalos mais longos, geralmente de mais de um hora e meia. O sistema de
buffer permite a cada grupo controlar o seu próprio processo de trabalho mais
ou menos como ele gosta. Os limites são definidos pelo tamanho do buffer,
mas, dentro deles, o grupo estabelece o seu próprio tempo, determina o seu
calendário e se o buffer estiver completamente cheio, pode simplesmente tirar
uma hora ou mais de folga.
pode esperar é que se esteja a par das possibilidades, que é o caso para a
teoria social no geral. Uma boa teoria social ajuda a dar sentido aos eventos
do passado e do presente e indica o que razoavelmente pode ser esperado se
certas condições forem obtidas.
ponto de mudar a compleição de uma sociedade inteira, mas ela pode, através
de suas próprias dinâmicas internas, colocar em movimento, conseqüências
sociais imprevisíveis e geralmente indesejáveis até aqui. Isto foi verdade com
as civilizações antigas. Foi verdade com a Igreja Católica. Foi o caso com o
sistema territorial americano e o local de trabalho. De toda forma é verdade
nos países socialistas e pode-se esperar que seja verdade nas tentativas de
estabelecer organizações comunais mais utópicas. Os efeitos da
Territorialidade são múltiplos, importantes e devem ser considerados.
também temos visto que este mesmo sistema espacial torna difícil se sentir em
casa, a se ligar a um lugar. Ao mesmo tempo que nós condenamos a perda
destes laços pessoais e tentamos restabelecer as raízes, o sistema econômico
com sua ênfase sobre o consumo, acena com uma promessa de uma solução
para estes paradoxos. Eles nos dizem que é através do consumo de produtos,
especialmente pela propaganda, que nós podemos novamente estar no centro
do mundo; que nós podemos estabelecer o controle sobre nossos próprios
destinos. O ato de consumir é visto como para criar conforto e contexto
significativo - ao mesmo tempo pequenos e grandes, efêmeros e substanciais -
assim ele alega citar muitos dos problemas de consumo que eles mesmo cria.
Ainda de fato o consumo aumenta o problema porque é através do consumo
que esses contextos geográficos e históricos são fragmentados, tornados
abstratos e justapostos.
271
umas nos caminhos das outras. E uma vez que Territorialidade será de uma
maneira ou outra empregada, nós devemos estar a par que ela possui as suas
próprias potencialidades para afetar e controlar, e que algumas destas podem
ser contrárias aos objetivos da sociedade. Planejar sem estas considerações
em mente seria negligenciar determinantes significantes das relações sociais.
A Territorialidade, como um componente do poder, não é somente um meio de
criar e manter a ordem, mas é um mecanismo para criar e manter muito do
contexto geográfico através do qual nós experimentamos o mundo e damos
sentido a ele.